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Resumo:
Palavras-chave
Harry Potter. Literatura Infantil e Juvenil. Leitor. Crítica. Multimídia. Estética da
Recepção.
Não faz muito tempo – se considerarmos a idade da escrita – e o leitor tinha de usar
as duas mãos pra ler. Enquanto uma mão desenrolava o volumen de um lado, outra tratava
de fechar novamente o texto, circunscrito então à memória – e a uma memória
principalmente auditiva. Ler significava, antes, pronunciar em voz alta as palavras, além do
esforço de conduzir o rolo. O material de pergaminho facilitou a dobradura em fólio e o
1
Doutoranda em Teoria da Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, sob
orientação da Profª Vera Teixeira de Aguiar, realizando pesquisa em bolsa-sanduíche na UFMG, sob a
coorientação da Profª Thaïs Flores Nogueira Diniz. Defendeu dissertação de Mestrado na área de Literatura
Infantil e Juvenil, sobre a escrita do leitor de Harry Potter na internet. Atualmente realiza pesquisas nas áreas
de Literatura Infantil e Juvenil, Estética da Recepção, Crítica e Intermidialidade.
modelo do códice libertou uma das mãos do leitor, que então podia ler – já em silêncio – e
copiar ao mesmo tempo. Sem o suporte de madeira em que se enrolava, o texto escrito logo
ganhou um formato em que podia ser carregado, não necessitando mais de uma grande
mesa para ser lido. O códice desconectava-se dos scriptoriuns e das bibliotecas e permitia
ao leitor a escolha das páginas e a anotação das margens. O livro impresso perdeu a aura
pelo milagre da multiplicação e logo o leitor ganhou direito de escolha. E assim
perduraram-se os anos, enquanto o leitor e o livro estreitavam laços – políticos,
econômicos, sociais, pedagógicos, afetivos – e sempre alguém condenando ou decretando
a morte dessa relação. Até que nasceu a Literatura Infantil e o livro, já um objeto de
consumo, transformou-se novamente em instrumento.
Muito antes, o texto era sagrado – o verbo criador –, palavra incontestável que, sob
inspiração divina, o autor imprimia nas páginas impenetráveis pelo leitor, mero recebedor
estático da verdade, a da natureza e a do livro, que não se podia mudar. As vozes profanas
logo tiveram de ser reconhecidas – a punição precisava de nomes –, e o escritor,
desconectado da providência superior e criador de histórias autônomas, precisou mostrar
sua face humana e autoral. Quando o livro multiplicou-se nas prateleiras, com novos preços
e formatos, logo foi preciso uma voz autorizada a falar do texto e a vender o suporte, que
então incluía as folhas perenes do jornal – institucionalizou-se a crítica, não tão filosófica
quanto Aristóteles, e um tanto mais canônica.
Paremos por aí: os livros ainda eram feitos para serem lidos conforme a sequência
ordenada pelo autor, e o fictício limitado à estrutura do texto. Ao livro fechado na estante,
cabiam as chaves da memória do leitor e sua escrita palimpsêstica, apagando, borrando,
reescrevendo o texto, mas a pena estática e o corpo imóvel.
Certamente que esse percurso histórico se faz um tanto simplista, há mais coisas
entre os olhos e o papel; no entanto, cabe aqui mostrar que desde os tempos do manuscrito
havia categorias distintas e apartadas que conviviam dentro do sistema das letras, desde,
como Santo Agostinho pensava, o homem como instrumento do verbo divino – o escritor –,
o copista e seu status artesanal, o leitor, decifrador dos sons da palavra, até as categorias
modernas do autor, do editor, do crítico e do leitor. Poderes foram dados a este no tanto que
seu imaginário permitia concretizar a experiência do texto, então como algo existente
apenas na leitura. E esta, por tal, virou assunto polêmico já em Dom Quixote e Madame
Bovary, e acabou entre os muros da escola, meta e desafio prioritário dos mestres. O livro
retornando à tábua, agora como salvação social.
2
A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: UNESP, 1999, p. 17.
a primeira revolução é anterior à Gutemberg: a mudança do rolo ao códice, que justamente
libertou o leitor para a escrita concomitante à leitura. Também questões tipográficas
advindas com o modelo impresso do livro transformaram os modos de leitura e recepção
dos textos, configurando uma revolução que alterou o panorama do sistema das letras.
Agora, com o texto eletrônico, modificam-se tanto os processos de produção e distribuição
de textos quando os procedimentos, funções e modos de leitura, à medida que a resposta do
leitor ultrapassa os limites do discurso mental e da anotação às margens da página: ele tem
um suporte à disposição para uma resposta material à sua leitura. Autor, produtor e
distribuidor ou crítico e leitor, quem é quem no ciberespaço?
3
Por que as comunicações e as artes estão convergindo? São Paulo: Paulus, 2008.
É sobre esse receptor multimidiático que Lúcia Santaella fala em seu livro –
Navegar no ciperespaço –, estabelecendo o perfil do leitor imersivo, um dos três tipos de
leitores que ela classificou desde o leitor de livros – o contemplativo – passando pelo leitor
da era industrial – o movente – até o leitor virtual, que navega nas redes do ciberespaço, o
leitor imersivo:
Esse leitor cibernético, por tal, vem adquirindo capacidades diferentes de percepção,
análise e compreensão das artes que convergem no espaço virtual, em que novas
habilidades e cognições são exigidas: ele lê a arte hipermídia de uma forma completamente
diferente do receptor não conectado, que responde a apenas uma mídia e a uma linguagem
ou àquelas que não exigem sua resposta de forma ativa.
4
Navegar no ciberespaço. O perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus, 2004, pág. 32.
tradução de um texto, a transposição midiática, o recorte e a colagem textual, enfim, uma
série de respostas que o leitor pode dar ao texto.
5
Espécie de forma apocopada de fanatic fiction, ou fan fiction, que, na tradução literal, significa ficção de fã
ou histórias ficcionais criadas por fãs. As fanfictions nasceram dos fanzines5, narrativas que “roubam”
personagens ou enredos de outras histórias e, normalmente, também copiam o formato – história em
quadrinhos, por exemplo –, escritas geralmente por fãs decepcionados com o final de suas séries preferidas.
Na era digital, coube à fan fiction essa tarefa. Esse tipo de narrativa sobre Harry Potter surgiu em meados do
ano 2000, principalmente nos Estados Unidos, e rapidamente se espalhou pelo mundo, acompanhando o
sucesso dos livros. Um dos sites de busca mais utilizados pelos internautas, o Google, registra 1.510.000
páginas em português sobre fanfics “harry potter”; em novembro de 2004, eram apenas 911 páginas.
6
As formas fan fiction, fanfiction, fanfic, ou simplesmente fic, são igualmente utilizadas.
7
Desenhos animados japoneses/quadrinhos japoneses.
“game”, “misc”8, “movie”, “plays/musicals” e “TV shows”, e reúne um grande número de
textos em várias línguas, dependendo da origem do escritor. Na categoria livro, há 6219
opções, entre títulos de obras, nomes de personagens ou autores cujos fãs têm ali suas
histórias publicadas, de Peter Pan a Jane Austen. A quantidade de títulos para cada uma
dessas obras varia muito, vai de apenas 1 a 71.198, o número de fics de Twilight10, livro de
Stephenie Meyers lançado em 2005 que está virando mania entre os adolescentes e que, em
pouco tempo, conquistou o segundo lugar na lista de fanfictions publicadas. O terceiro
lugar, com 41.886 fics, é Lord of the rings, que foi o vice-campeão durante muitos anos,
agora ultrapassado pelo novo fenômeno de leitura. E o primeiro lugar? Harry Potter, com
393.459 histórias publicadas no fanfiction.net, em 29 línguas.
8
De miscellaneous – miscelânea, mistura.
9
Em setembro de 2006, havia 255 títulos de livros. Disponível em: http://www.fanfiction.net/book/. Acessado
em março de 2009.
10
Em português, Crepúsculo. Já vendeu mais de 8,8 milhões de livros, em 20 idiomas, conforme o site criado
pelos fãs. Disponível em: http://twilightteam.com.br/livros/. Acessado em: março de 2009.
11
Em 2006, havia 788 fics sobre as peças de Shakespeare, incluídas na opção “book”. Agora, foi criado o item
“play/musicals”, onde está Shakespeare e também Aida, Hairspray, Phantom of the opera, entre outros. Há 99
fics sobre Hamlet e 1.282 sobre Romeo and Juliet, por exemplo. Disponível em:
http://www.fanfiction.net/play/Shakespeare/
12
O número de fics de Final Fantasy aumentou tanto – havia 13.441 fics em setembro de 2006 – que foi
dividida em 14 subitens, dependendo do volume e do tipo de jogo.
13
Categoria em que se misturam originais diferentes, como Digimon e Pokemon. “Wrestling” é a mistura de
originais, gêneros, personagens e categorias, é a opção multimída da fanfiction.
Ao analisarmos a quantidade de fan fictions em cada categoria, incluindo aí aquelas
que têm o maior número de postagens, torna-se evidente e surpreendente a diferença entre
essas e a quantia apresentada pelo fandom14 de Harry Potter. Há uma relação entre esse
dado e o número de leitores, certamente, mas é possível a existência de outro elemento que
leve os receptores de Harry Potter a serem aqueles que publicam o maior número de
fanfics?15
Outro fator de diferença é que não existem fanfics de Harry Potter incluídas na
categoria “movie”, nem na categoria “game”, embora naquela existam histórias de Peter
Pan, Alice in Wonderland, Mists of Avalon – que foram sucesso primeiro em livro – e
outros títulos, cujas histórias podem ter tido seu primeiro suporte tanto em livro quanto em
quadrinhos, caso de X-man. Phanton of the opera, por exemplo, circula em “book”, “play”
e “movie”, Teen Titans em “comic” e “game”, Hairspray em “movie” e em “play/musical”,
e assim por diante, dependendo das várias mídias em que são lançadas tais narrativas –
considerando que os games constituem-se em narrativas criadas pela ação de um
jogador/leitor e que, através da fanfiction, confirmam-se no gênero. Essa negação dos
filmes e dos jogos eletrônicos leva-nos a pensar em um purismo – o livro como único
original, o suporte da “verdadeira” história.
14
Grupo de fãs que se reúne por sua afinidade com a série para debater os meandros da narrativa, as possíveis
interpretações, as lacunas, as possibilidades, e ainda para criar novas histórias ou outros objetos relacionados
com o original, como músicas, desenhos, histórias em quadrinhos, etc.
15
O leitor de Harry Potter objeto deste artigo é o leitor brasileiro, embora a configuração em outros países não
seja muito diferente. O internauta brasileiro diferencia-se pelo grande número de horas que permanece
conectado à internet em relação a internautas de outros países.
16
Como são popularmente conhecidos os escritores de fics em português.
17
Leitor de textos multimídias, que são textos que utilizam mais de uma mídia (suporte e/ou linguagem e/ou
arte diferente).
permanece aberto ao lado do computador, como fonte e obra de consulta. Através da
relação com o original, estabelecem-se outras escritas por parte desse receptor/escritor.
Inicia-se pela tradução, já que o a edição em inglês sempre foi anterior à edição em
português, e o tempo entre uma e outra era demasiado longo para a angústia do próximo
capítulo. Geralmente, cerca de três dias após o lançamento em inglês já havia pelo menos
meia dúzia de versões circulando na internet, realizada por leitores conectados em rede,
cada um responsável por um capítulo ou por determinado número de páginas.
Mais dois ou três dias, o livro lido, inicia-se vasta atividade por parte do fandom:
letras para músicas, que falem do enredo ou das personagens, adaptando-as a melodias das
mais variadas, já existentes, ou ainda para a trilha sonora dos filmes; desenhos, pinturas,
arte eletrônica e os mais variados tipos de artes visuais possíveis através do computador ou
criadas fora da tela e depois digitalizadas; mangás, histórias em quadrinhos ou ainda
pequenas animações. E, finalmente, textos literários – contos, poesias, novelas, romances,
que na rede ganham novas subdivisões, também chamadas genres: adventure, angst, crime,
drama, family, fantasy, friendship, general, horror, humor, hurt, comfort, mystery, parody,
poetry, romance, sci-fi, spiritual, supernatural, suspense, tragedy e western.
18
LIMA, Luís Costa. A literatura e o leitor: textos de estética da recepção. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002
tal, Jauss propunha investigar a Literatura através da análise desse diálogo no decorrer da
história, tomando-a em função de sua recepção por sujeitos distintos e em épocas, culturas e
pensamentos diferentes.
A idéia que aqui perpassa é a posição desse leitor frente ao texto original e a função
de sua escrita. Certamente que a razão para o grande volume de fanfiqueiros de Harry
Potter esteja centrada no aspecto lacunar da obra, como já comprovei em pesquisa de
Dissertação de Mestrado, defendida em 2006. Nesse trabalho, fiz a leitura de 346 fanfics
sobre a série Harry Potter, buscando compreender se a produção desse tipo de texto, ao ser
considerada como um elemento da recepção, seria uma forma de o leitor infanto-juvenil
preencher as indeterminações da narrativa original. Utilizando as teorias da Estética do
Efeito, de Wolfgang Iser, realizei uma análise do primeiro volume da série, Harry Potter e
19
Crítica e verdade. São Paulo: Perspectiva, 2003.
20
Idem.
a pedra filosofal, com a finalidade de descrever de que forma as perspectivas geridas pelo
texto introduzem indeterminações. A seguir, confrontei esses vazios com a resposta do
leitor, através do exame da sua produção na internet – as fanfictions – que se revelaram,
enfim, uma evidente tentativa de alcançar o sentido final da obra.
21
Pesquisa que venho realizando para a Tese de Doutorado.
leitores/escritores cuja escrita tinha por estímulo os vazios da série, configurando-se em
uma resposta ao volume recentemente lido, passaram a produzir novas histórias sobre as
personagens possibilitadas pela estrutura lacunar da série Harry Potter: como foi a vida de
Harry desde que fora deixado na porta dos Dursley até seus onze anos de idade? Como foi a
morte de Fred, o irmão de Rony? Qual o nome dos filhos de Gui e Fleur? Percy volta a
viver em harmonia com a família? As possibilidades são muitas e permanecem instigando a
escrita do leitor.22
Daí resulta todo um complexo tecido de possíveis ligações que incentivam o leitor a
que ele mesmo produza as conexões ainda não totalmente formuladas.24
22
Além disso, a série Harry Potter continua conquistando leitores, crianças que atingem a idade que os torna
capazes de realizar a leitura, pessoas que assistem ao filme e querem saber o final da série, ainda indisponível
nessa mídia, professores, curiosos, gente que gosta de ler.
23
O ato da leitura: Uma teoria do efeito estético, v. 1. Tradução Johannes Kretschmer. São Paulo: 34, 1996.
24 Id., Ib. p. 140.
Os lugares vazios regulam a oscilação do ponto do vista do leitor, estimulando a
transformação dos segmentos do texto de tema para horizonte. O tema é uma perspectiva
que está sendo enfocada pelo leitor que, ao entrar em choque com outra, cede seu espaço
para o segmento seguinte, passando ao status de horizonte; este, ultrapassado por novos
elementos inseridos pelo texto, fica à margem da zona de sentido. Esse tipo de lugar vazio
funciona no eixo sintagmático da leitura e permite ao leitor expandir os horizontes da
história, quando não entra em choque com nenhuma perspectiva do texto, caso de muitas
fanfics.
Aqui, entra a capacidade do leitor de promover respostas através de relações que ele
estabelece entre o texto, o mundo e si mesmo. No caso da produção de fanfiction, isso é
demonstrado significativamente, porque o leitor concretiza suas formulações através da
escrita de uma outra narrativa. Tal narrativa, no entanto, acaba por possibilitar ao fandom
uma leitura apurada do texto original, contribuindo com a sua formatação. O fanfiqueiro
não apenas formula hipóteses sobre o texto, como também acaba por induzir outras
formulações, assumindo um papel não apenas criativo, mas crítico.
Se foi preciso uma revolução para que o escritor perdesse o monopólio da palavra25,
que evidências se conflagram, agora, quando o leitor, insatisfeito talvez com a virtualidade
de sua escritura, reveste-se também da função de indutor de ambigüidades, recusando seu
25
Conforme Barthes, em Crítica e verdade, foi após a Revolução Francesa que, através principalmente do
discurso político, o escritor deixou de ser o único a falar.
lugar no texto – justamente esse: o de revertê-las. Barthes propunha que fosse a crítica uma
segunda escrita a partir da primeira escrita do texto26, ainda assim a linguagem seria o único
recurso do texto crítico, resguardada a substância do texto literário. No entanto, talvez seja
possível pensar em uma crítica que se realiza não apenas pela linguagem enquanto
procedimento de comunicação, mas enquanto gênero – uma segunda escrita guiada não
apenas pelo prazer rompido, mas pelo desejo de realizar as possibilidades do texto
servindo-se da mesma matéria que o escritor usou. Assim, o texto crítico serve-se dos
mesmos objeto, meio, modo e mito27 daquele que o originou e busca, ainda – e bem
explicitamente no caso da fanfiction – o mesmo efeito, ao dirigir-se a um leitor pré-
definido pela existência de um texto anterior. Ou talvez o escritor de fan fiction seja apenas
um falante cuja linguagem seja a mesma de que se valeu o texto para lhe fazer perguntas.
26
Crítica e verdade. Perspectiva: 2003.
27 Conforme Aristóteles, em sua Poética, essas são as partes que compõem a poesia – ou os gêneros épico,
trágico e dramático, em que ele classificou os textos literários.
28 Defendida na Universidade de São Paulo.
29 MOISÉS-PERRONE, Leyla. Texto, crítica, escritura. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 59.
produtor? O que ele manifesta e com que intenção? A intenção desse produtor é um critério
para incluir seu texto no rol da crítica, quando, hoje, são tão sutis as fronteiras entre os
discursos? Podemos pensar esse objeto como crítica, ela própria sem gênero definido desde
o nascimento?
Referências
CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: UNESP, 1999.
ISER, Wolfgang. O ato da leitura: Uma teoria do efeito estético. v. 2. Tradução Johannes
Kretschmer. São Paulo: 34, 1999.
ISER, Wolfgang. O ato da leitura: Uma teoria do efeito estético, v. 1. Tradução Johannes
Kretschmer. São Paulo: 34, 1996.
LIMA, Luiz Costa. A literatura e o leitor: textos de estética da recepção. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 2002.
PERROME-MOYSÉS, Leyla. Texto, crítica, escritura. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
SANTAELLA, Lúcia. Por que as comunicações e as artes estão convergindo? São Paulo:
Paulus, 2008.