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Dia Mundial do Braille reflete sobre atendimento aos cegos

INCLUSÃO
http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=58921
Quarta-feira, 03 de janeiro de 2018, 16h17

José Álvares de Azevedo

Comemorado em 4 de janeiro, o Dia Mundial do Braille é dedicado à reflexão


sobre a importância de mecanismos que favoreçam o desenvolvimento das
pessoas cegas ou com baixa visão. O sistema Braille de escrita e leitura foi
criado há cerca de 200 anos na França. No Brasil, chegou por meio de José
Álvares de Azevedo, que aprendeu a técnica ainda criança e se dedicou a
disseminá-la, com apoio do Imperial Instituto de Meninos Cegos, hoje Instituto
Benjamin Constant (IBC), no Rio de Janeiro.

Instituto Benjamin Constant (IBC), no Rio de Janeiro.


Para a diretora de políticas de educação especial do Ministério da Educação,
Patrícia Raposo, o Sistema Braille é importante porque possibilita às pessoas
com deficiência visual escrever e ler. “E sabemos que isso é importante para
qualquer aluno, pois dá acesso à informação através da comunicação escrita em
todo o mundo”, salienta ela.
O Ministério da Educação tem se preocupado e cuidado para que a inclusão
dessa parcela da população seja prioridade. Por meio da Diretoria de Políticas
de Educação Especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão (Secadi), desenvolve uma série de programas para
atender às pessoas cegas ou com baixa visão.
Exemplo disso é o programa Livro Acessível, que em parceria com o Instituto
Benjamin Constant, oferece livros didáticos e paradidáticos em Braille para
alunos cegos e com deficiência visual matriculados na educação básica. Esse
programa faz parte do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), e tem como
objetivo fornecer em Braille os mesmos livros utilizados pelos demais alunos. Em
2016 e 2017 foram distribuídas cerca de 3.000 obras.
Além disso, a Comissão Brasileira do Braille (CBB) do MEC acompanha e
atualiza o uso e aplicação do Sistema Braille no Brasil em todas as áreas do
conhecimento. Recentemente, o MEC e a CBB publicaram a Grafia Química
Braille para Uso no Brasil, que atenderá alunos e profissionais da educação
básica e superior. Agora, a comissão trabalha na revisão da Grafia Braille para
Língua Portuguesa e das normas técnicas para produção de textos em Braille.
Patrícia Raposo enumerou algumas conquistas dos jovens com deficiência
visual, como o maior número de vagas nas escolas, com o apoio de recursos
humanos e materiais. Ela lembrou que o edital do Programa Nacional do Livro
Didático deste ano já saiu com a normativa que estabelece que todas as editoras
participantes devem publicar os livros em formato acessível. “Isso é um avanço
muito grande, porque desse formato acessível nós conseguiremos atender
alunos cegos e com baixa visão”, conclui ela.
Ela cita também as cotas para pessoas com deficiência visual nas universidades
e institutos federais de ensino, que já são uma realidade desde 2017.
Um dos desafios, agora, revela Patrícia Raposo, é melhorar a participação e
aprendizagem, permitindo que os alunos tenham uma trajetória escolar e que
sigam para a educação superior. "Já existe um número importante de pessoas
no ensino superior, mas ainda é menor do que a população geral”, finalizou.
Data – A celebração do Dia Mundial do Braille presta homenagem ao nascimento
de Louis Braille, criador do sistema de leitura e escrita usado por milhões de
pessoas cegas e com deficiência visual em todo o mundo. Louis Braille ficou
cego aos 3 anos de idade e aos 20 anos conseguiu formar um sistema com
diferentes combinações de 1 a 6 pontos em relevo, que se alastrou pelo mundo
e hoje é usado como forma oficial de escrita e de leitura das pessoas cegas.
O Braille é composto por 63 sinais, gravados em relevo. Esses sinais são
combinados em duas filas verticais com 3 pontos cada uma. A leitura se faz da
esquerda para a direita.
Carta – A União Mundial dos Cegos (UMC) divulgou uma carta em que explica
que a data dá a oportunidade de aumentar a conscientização sobre os problemas
enfrentados pelas pessoas cegas e a importância de continuar a produzir obras
em relevo, para proporcionar-lhes as mesmas oportunidades de ler e aprender
que têm os que podem ver.
A entidade concorda que os países devem dar um novo impulso a esse sistema,
agora que muitos dos fatores técnicos e econômicos que o tornaram de alto
custo e de difícil produção foram superados. Durante este ano, a UMC tentará
garantir também o futuro da música Braille, adotando uma abordagem muito
mais cooperativa para sua produção e catalogação.
A UMC é uma organização global que representa um total estimado em 253
milhões de pessoas cegas ou com deficiência visual no mundo. Os seus
membros são entidades de pessoas cegas que reivindicam – em seu próprio
nome – seus direitos e as instituições que prestam serviços a eles em mais de
190 países, bem como organizações internacionais que trabalham no campo da
deficiência visual.
Apesar do aumento maciço de recursos de áudio transmitidos pela internet, o
Braille continua sendo o principal meio de alfabetização para pessoas cegas e
sabe-se que seu uso proporciona um aumento significativo nas oportunidades
de emprego.
Assessoria de Comunicação Social

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