Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
O monismo dará margem, por sua vez, à outra cisão: em havendo origem comum
para as normas nacionais e internacionais, como será possível escaloná-las? Pode-se
propugnar pela supremacia do Direito Interno, reconhecendo neste caso, o Direito
Internacional como mero desdobramento do Direito Interno; pode-se defender a
tese da supremacia das normas internacionais, considerando então que a autonomia
estatal encontra seu limite no ordenamento internacional; e, por fim, há a chamada
corrente do monismo moderado, que vê equivalência entre as normas nacionais e
internacionais, devendo possível conflito ser suprimido mediante critérios próprios,
como o da revogação da lei mais antiga pela mais recente.
Do lado oposto, como vimos, há a teoria dualista. Aqui, enxerga-se uma distinção
clara entre os dois ordenamentos, o Interno e o Internacional, de sorte que a ordem
jurídica interna compreende a Constituição e demais instâncias normativas vigentes
no País, e a externa envolve tratados e demais critérios que regem o relacionamento
entre os diversos Estados. Seria possível tal distinção, segundo os dualistas, pois
ambas as normas, internas e externas, atuam em esferas distintas, tendo origens e
objetos diversos. A norma externa, logo, só teria aplicabilidade no Direito Interno
caso fosse recepcionada pelo mesmo, não havendo assim conflito. O
descumprimento pelo Estado da incorporação em seu ordenamento interno de uma
norma externa com a qual houvesse se comprometido ensejaria apenas sua
responsabilidade internacional, não podendo haver jamais imposição por parte dos
demais signatários.
Apenas após todo esse trâmite o tratado externo terá vigor no País, tendo status de
lei ordinária (salvo tratados que versem sobre direitos humanos), sendo suscetível
inclusive de controle de constitucionalidade.
Referências:
ARAÚJO, Luis Ivani de Amorim. Curso de direito internacional público. 10ª ed. Rio de
Janeiro: Forense, 2002.
GUIMARÃES, Marcelo Cunha. As normas dos tratados internacionais interpretadas à
luz do disposto no art. 5º, §2º da Constituição Federal. Revista tributária e de
finanças públicas, nº 60. São Paulo: RT, 2005.
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Trad. J. Cretella Jr e Agnes Cretella. São
Paulo.