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CAPÍTULO 3: OSTEOLOGIA ANIMAL COMPARADA

O MEMBRO TORÁCICO

O membro torácico
consiste de quatro segmentos Escápula
principais, a saber: cíngulo
escapular, braço, antebraço e
mão.
O Cíngulo escapular (ou Braço
peitoral) quando completamente
desenvolvido, consiste de três
ossos – a escápula (ou osso do
ombro), o coracóide (no galo) e
Antebraço

Profª Ana Cláudia Campos


a clavícula (ou osso do
pescoço). O cíngulo escapular só
é completamente desenvolvido

DZ - UFC
nas aves e mamíferos inferiores.

Mão

Membro torácico bovino

ESCÁPULA

A escápula é um osso plano que se situa sobre a parte cranial da parede lateral
do tórax, lateralmente comprimida, onde é mantida em posição por uma estrutura de
músculos, sem formar uma articulação convencional com o tronco. É de contorno
triangular e apresenta para descrição 2 faces, 3 bordas e 3 ângulos. É a base da
região do ombro.
Em ungulados, a escápula é prolongada dorsalmente por uma porção não
ossificada, a cartilagem escapular, o que aumenta a área para fixação muscular. A
cartilagem se torna cada vez mais ossificadas e, portanto, mais rígida com a idade.

Borda dorsal Borda dorsal

Ângulo cranial
Ângulo cranial Ângulo caudal
Ângulo caudal

Fossa supra-espinhosa
Fossa supra-espinhosa Fossa infra-espinhosa
Fossa infra-espinhosa

Borda cranial
Borda caudal Borda cranial

Espinha Borda caudal


Espinha

Tubérculo supraglenóide
Acrômio

Tubérculo supragleniode
Cavidade glenóide Profª Ana Cláudia
BovinoCampos Profª Ana Cláudia Campos Cavidade glenoide
DZ - UFC DZ - UFC
Escápula Eqüina: vista lateral direita Escápula Bovina: vista lateral esquerda

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A face lateral da escápula é irregularmente dividida por uma espinha em
fossas supra-espinhosa (cranial) e infra-espinhosa (caudal), a primeira é a menor das
duas. Essa espinha, exceto no equino e no suíno, termina num processo saliente, o
acrômio, entretanto, no suíno alguns autores aceitam a existência do acrômio. A face
costal está escavada longitudinalmente.

Borda dorsal
A borda cranial é
convexa, a caudal é côncava
Ângulo cranial e a dorsal suporta a
Ângulo caudal
cartilagem escapular. O
Fossa supra-espinhosa ângulo cranial encontra-se
Fossa infra-espinhosa na junção das bordas cranial
Borda cranial e dorsal, o caudal é espesso
e rugoso, o ventral ou
Profª Ana Cláudia Campos

Borda caudal glenóide une-se ao corpo do


Espinha
osso pelo colo da escápula, é
DZ - UFC

alargado e suporta a
Acrômio cavidade glenóide.
A clavícula está
reduzida a uma intersecção
fibrosa no músculo
Cavidade glenóide Tubérculo supraglenóide braquiocefálico.
Nas aves, o processo
Escápula Suína: vista lateral direita coracóide encontra-se bem
desenvolvido.
Na face medial encontra-se a fossa subescapular.

Borda dorsal

Ângulo caudal Ângulo cranial

Face serrátil

Fossa subescapular
Borda caudal
Borda cranial
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Escápula bovina:
DZ - UFC

vista medial esquerda

Escápula Suína: vista medial direita

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Borda dorsal

Ângulo cranial Face serrátil

Ângulo caudal

Fossa subescapular

Borda cranial
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Borda caudal
DZ - UFC

Borda Dorsal

Face Serrátil
Escápula equina: vista medial esquerda
Borda Caudal
Borda Cranial
Fossa Subescapular Profª Ana Cláudia Campos
DZ- UFC

Tubérculo Supra-Glenóide

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DZ- UFC

Cavidade Glenóide

Vista Ventral

ÚMERO

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O úmero forma o esqueleto do braço, é um osso longo que se estende do
ombro proximalmente, onde se articula com a escápula, até ao cotovelo distal e
caudalmente onde se articula com o rádio e a ulna, respectivamente. Assim, pode-se
dizer que se situa obliquamente contra a parede ventral do tórax, mais horizontalmente
nas grandes espécies que nas pequenas. Em eqüinos e bovinos, é relativamente mais
curto e mais vigoroso que nos pequenos ruminantes.
O corpo (diáfise) é irregularmente cilíndrico e tem a aparência de ter sofrido
uma torção. No suíno parece um f em itálico sem o traço.
Na extremidade proximal do úmero existe uma grande cabeça articular
(caudo-medial) que se articula na cavidade glenóide da escápula. Nessa extremidade
do osso (epífise proximal) existem ainda duas protuberâncias, os tubérculos maior
(lateral) e menor (medial); que são separadas pelo sulco intertubercular. No cavalo, as
protuberâncias são mais ou menos iguais, mas freqüentemente, a protuberância
lateral (tubérculo maior) é maior, como ocorre no bovino. No boi, ambos os tubérculos
se dividem em porções cranial e caudal. No cavalo, o sulco intertubercular é moldado
por um tubérculo intermediário.
A extremidade distal apresenta côndilos articulares, denominados de capítulo
(côndilo lateral) e tróclea (côndilo medial), que foram um ângulo em relação ao eixo do
corpo. Os côndilos articulam-se com a fóvea do rádio.
Em todas as espécies, a parte caudal do sulco da tróclea é prolongada por uma
fossa profunda (olécrano), que recebe o processo ancôneo da ulna. Existem também
duas saliências conhecidas como epicôndilos. O epicôndilo medial dá origem aos
músculos flexores do carpo e dos dedos, e o epicôndilo lateral dá origem aos
músculos extensores do carpo e dedos.

Vista lateral – úmero direito

Tubérculo maior
Tubérculo maior

Cabeça Tubérculo
intermediário cabeça
Colo
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Tuberosidade
deltóide Tuberosidade deltóide
DZ - UFC

Profª Ana Cláudia Campos


DZ - UFC

Fossa Radial
Fossa Radial
Fossa do Tróclea
olécrano Tróclea
Capítulo

Capítulo
Capítulo
Eqüino Bovino

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Sulco intertuberal

Tubérculo maior Tubérculo menor


Epífise proximal
Cabeça

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Tuberosidade deltóide

DZ - UFC
Diáfise

Fossa Radial

Capítulo
Tróclea Epífise distal

Vista Lateral - Suíno

Vista cranial – úmero direito

A tuberosidade deltóide é menos proeminente no bovino do que no eqüino. No


suíno é muito pequena.
Sulco intertuberal
Tubérculo maior
Tubérculo maior Tubérculo menor Tubérculo menor

Tubérculo Sulco intertuberal


intermediário
Tuberosidade
deltóide Tuberosidade
deltóide

Fossa Radial

Fossa Radial
Capítulo Tróclea
Capítulo
Tróclea
côndilos
Equino côndilos
Bovino

Fossa olecrânica
Vista caudal da epífise distal

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ANTEBRAÇO
Há dois ossos, o rádio e a ulna. Estes variam quanto ao tamanho e a
mobilidade. No cavalo e no boi os dois ossos são fundidos e a parte distal do membro
é fixada na posição de pronação. O rádio está colocado cranialmente e suporta o
peso. A ulna é bem desenvolvida somente em sua parte proximal, que forma uma
alavanca para os músculos extensores do cotovelo. No suíno a ulna é o maior e mais
longo dos dois ossos, mas ela está intimamente unida no lado caudal do rádio.

RÁDIO E ULNA
O rádio e a ulna formam o esqueleto do antebraço. A ulna é caudal ao rádio na
parte superior do antebraço, mas lateral na parte inferior.
Na maioria dos animais domésticos, esses dois ossos são mantidos
firmemente juntos por ligamentos ou por fusão na porção inclinada. Desta maneira, a
capacidade para movimentos como supinação* e pronação** é reduzida ou
inexistente. Nos ungulados, os ossos estão fundidos, condição que atinge seu extremo
no cavalo, em que apenas a extremidade superior da ulna permanece distinta.
O rádio é um osso semelhante a uma haste, em geral muito mais forte que a
ulna em ungulados. A extremidade proximal é dilatada transversalmente. No suíno o
rádio é curto e estreito, mas espesso. O corpo aumenta de tamanho distalmente.
Articula-se com a superfície articular distal do úmero. O corpo é comprimido
craniocaudalmente e levemente curvo em seu comprimento. A parte distal da
superfície cranial é sulcada para a passagem dos tendões extensores, ao passo que a
superfície caudal é irregular para a fixação muscular.
A extremidade distal do rádio é algo dilatada. Apresenta uma superfície
articular que é côncava em sua parte cranial e convexa em sua parte caudal em
ungulados. Medial à articulação radiocárpica, o rádio é prolongado e forma um
processo estilóide; a projeção lateral correspondente é formada pela ulna e no cavalo
pela porção do rádio que representa a ulna incorporada. O corpo da ulna, em geral, é
reduzido e segue ao lado do rádio, ao qual se fixa por uma membrana ou fusão. A
extremidade distal apresenta uma pequena faceta articular para o rádio e, além desta,
continua como o processo estilóide lateral, que fica em contato com o osso ulnar do
carpo. Mesmo no cavalo, a fusão é incompleta e existe um pequeno espaço interósseo
entre os corpos dos dois ossos. No cavalo, o corpo da ulna está grandemente
reduzido e se afila, terminando no meio do antebraço; sua extremidade distal está
incorporada ao rádio.
Vista lateral – rádio e ulna esquerdos de equino Vista caudal – rádio e ulna esquerdos

Tuberosidade do
Tuberosidade do olécrano olécrano
Processo ancôneo

Fóvea do radio Processo ancôneo

Espaço inter-ósseo Ulna

Espaço inter-ósseo
Corpo da Ulna Corpo da Ulna
Profª Ana Cláudia Campos

Profª Ana Cláudia Campos

Corpo do radio
Corpo do rádio
DZ - UFC

DZ - UFC

* supinação: rotação da mão de tal maneira


Superfície que
articular a palma fica voltada para frente (homem)
cárpica
** pronação: ou voltada para trás. Processo estilóide

Radio e Ulna direitos de Suíno

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Tuberosidade do olécrano

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Processo ancôneo

DZ - UFC
Fóvea do Rádio

Corpo da Ulna
Corpo do Rádio

Processo estilóide

VISTA MEDIAL DIREITA

Radio e Ulna esquerdos de Bovino

Tuberosidade do olécrano
Processo ancôneo

Fóvea do Rádio

Espaço interósseo

Corpo da Ulna
Corpo do Rádio
Profª Ana Cláudia Campos
DZ - UFC

Processo estilóide

VISTA MEDIAL

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MÃO
Tal como no homem, consiste de três subdivisões: o carpo, metacarpo e pelas
falanges (dedos).
Os ossos do carpo (homólogo do pulso do homem) têm um grupo de ossos
pequenos e curtos, se articulam de maneira complexa. O plano do esqueleto cárpico
primitivo é incerto, mas nas espécies domésticas os ossos em número de seis a oito
(eqüino: 7-8; bovino: 6; suíno: 8) e são nitidamente expostos em duas fileiras
transversas – uma proximal e outra distal.
A fileira proximal compreende (em seqüência mediolateral) os ossos radial,
intemediário, ulnar e acessório; o último parece como um apêndice projetando-se atrás
do carpo. Os elementos da fileira distal são numerados de um a cinco (seqüência
mediolateral), embora o quinto jamais se apresente como osso separado, estando
suprimido ou fundido com o quarto. O primeiro costuma estar ausente, enquanto o
segundo e o terceiro se fundem em ruminantes.

Mão de Equino
Carpo Equino
Profª Ana Cláudia Campos

Carpo
DZ - UFC

Fileira
Proximal

Metacarpos
Fileira Distal

Falange proximal

Falange média
Falange distal

Vista crânio-lateral

O padrão primitivo para o esqueleto da mão dos mamíferos apresenta cinco


raios, cada um consistindo num osso metacárpico e em falanges proximal, média e
distal. Este padrão foi modificado em todas as espécies domésticas. Assim, existem
animais plantígrados (urso), que apoiam a planta dos pés no chão; os digitígrados
(cães), que se sustentam apenas pelos dedos e ungulados (equino, suíno,
ruminantes), que apoiam apenas as pontas dos dedos no chão.
O processo resulta nos dedos abaxiais primeiramente perdendo contato
permanente com o solo. Os suínos perderam totalmente o primeiro dedo; o 2o e o 5o
dedos são muito reduzidos. Em ruminantes, embora estejam presentes elementos dos
quatro dedos, os do par abaxial são vestigiais; os ossos metacárpicos do terceiro e
quarto dedos funcionais se fundem num único osso. No cavalo, apenas o 3o raio
sobrevive em forma funcional e seu eixo coincide com o do membro. Existem vestígios
do segundo e quarto ossos metacárpicos.
O único osso metacárpico (terceiro) do cavalo tem um corpo particularmente
resistente, suporta um dedo, os outros dois são muito reduzidos e são comumente
denominados de pequenos metacarpianos.

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Metacarpo Metacarpos e falanges Mão de suíno
bovino de caprinos

carpo

metacarpos

falanges

Vista caudal

Nos ruminantes, consiste de um grande metacarpiano e um osso metacárpico


lateral. O grande osso resulta da fusão do 3o e 4o ossos do feto e apresenta evidências
de sua dupla origem quando adulto. O corpo é menor que no cavalo e é relativamente
mais largo e mais plano. O pequeno osso metacárpico é uma haste arredondada com
cerca de 3,5 – 4 cm de comprimento, que se localiza na parte proximal da borda lateral
do grande osso. Apresenta a extremidade distal pontiaguda.
No suíno quatro ossos metacarpianos estão presentes. O 1o está ausente, o 3o
e o 4 são grandes e sustentam os principais dígitos, enquanto o 2o e o 5o são bem
o

menores e comportam os dígitos acessórios.

Dedos da mão
No cavalo o dedo da mão consiste de três falanges e ossos sesamoides. No
boi estão presentes quatro dedos. Destes, dois 3o e 4o estão completamente
desenvolvidos, e cada um têm 3 falanges e 3 sesamoides. O 2o e 5o são vestígios e
têm situação palmar ao boleto como “para dígitos”; cada um possui 1 ou 2 pequenos
ossos que não se articulam com o resto do esqueleto.
A falange proximal (1a falange) é um osso cilíndrico curto com a extremidade
proximal adaptada à cabeça do osso metacárpico e uma articulação distal na forma de
uma tróclea rasa articula-se com a falange média. No bovino é mais curta e mais
estreita que no cavalo. A falange média (2a falange) é mais curta que a primeira
falange, mas muito semelhante a ela. A falange distal corresponde à forma do casco
ou unha em que está contida. Existem na face palmar da articulação
metacarpofalângica distal, os ossos sesamóides proximais.

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FALANGES

proximal

média

distal

OSSOS DO MEMBRO PÉLVICO

O membro pélvico consiste de quatro segmentos: o cíngulo pélvico, coxa,


perna e pé.
O cíngulo pélvico consiste do
osso do quadril que se junta ao lado
oposto, ventralmente, na sínfise pélvica e
articula-se muito firmemente com o sacro,
dorsalmente. Os dois ossos do quadril,
juntos com o sacro e as primeiras
vértebras caudais, constituem a pelve
óssea. Sua parede dorsal ou teto é
formado pelo sacro e as primeiras
vértebras caudais e a parede ventral ou
assoalho pelos ossos púbis e ísquio. As
paredes laterais são formadas pelos ílios e
parte acetabular dos ísquios.
Osso do quadril: O osso coxal, do
quadril ou osso inominado, é o maior dos
ossos planos. Ele consiste primariamente
de três partes, o ílio, ísquio e púbis, os
corpos dos quais se juntam para formar o
acetábulo, uma grande cavidade cotilóide
que se articula com a cabeça do fêmur, no
bovino é menor que no cavalo.

Estas partes estão fundidas no adulto, mas é conveniente descrevê-las


separadamente.

Ílio: é o maior das três partes, sendo a porção expandida que se estende do
acetábulo em direção cranial e está situado na parede lateral da pelve. O ílio é
divisível em duas partes, o corpo e a asa. O corpo entra na formação do acetábulo e
é contínuo com a face pélvica do ísquio e do púbis. A asa é a grande porção
expandida.

Ísquio: estende-se do acetábulo em direção caudal e está situado na parte


caudal da parede ventral da pelve. É irregularmente quadrilátero. Forma a parte caudal
do osso do quadril ou coxal e entra na formação do acetábulo, forame obturatório, e
sínfise pélvica. Ele é divisível em um corpo, um ramo, uma tuberosidade e uma tábula.
O corpo entra na formação do acetábulo e fica lateral ao forame obturatório. A tábula é
uma porção aplanada irregularmente quadrilátera em posição caudal ao ramo e ao
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corpo e inclui a tuberosidade. A tuberosidade isquiática é uma protuberância rugosa,
freqüentemente triangular, que serve como uma área da qual saem músculos.

Púbis: estende-se do acetábulo em direção medial ao osso do lado oposto até


a sínfise púbica e está situado na parte cranial (assoalho) da pelve. É divisível em um
corpo e um ramo cranial e caudal. Sua borda caudal limita a parte cranial do forame
obturatório. O corpo é espesso e entra na formação do acetábulo. O ramo cranial
estende-se do corpo ao plano mediano onde se encontra com o lado oposto para
formar a sínfise púbica. O ramo caudal caminha caudalmente na porção medial do
ramo cranial. Ele tornar-se estreito à medida que se dirige caudalmente para unir-se
ao ramo do ísquio ao longo do forame obturatório.

OSSOS COXAIS BOVINO

Tuberosidade Tuberosidade
Coxal Sacral

Asa Ílio

Corpo do Ílio
Púbis

Acetábulo

Forame Obturatório

Sínfise pélvica

Tuberosidade Isquiática

VISTA VENTRAL

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Ossos Coxais Bovino
Tuberosidade
Sacral Tuberosidade
Coxal

Asa do Ílio

Corpo do Ílio
Sínfise
pélvica

Púbis

Forame
Ísquio Obturatório

Tuberosidade
Isquiática

Vista Dorso-Caudal

Vista dorsal dos ossos coxais de ovino

Vista ventral dos ossos coxais de ovino


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Diferenças entre as espécies na forma
geral do cíngulo pélvico são muito
pronunciadas. O ílio é mais vertical nas
espécies maiores e mais pesadas, uma
ílio
conformação que deixa a articulação
sacroilíaca e, portanto, o peso do tronco mais
aproximadamente acima da articulação
coxofemoral. Em espécies menores, nas
quais essa consideração é de pouca Área de
importância, o ílio é muito oblíquo, isso crescimento
desloca o assoalho pélvico caudalmente com
relação às vértebras e aumenta a eficácia dos acetábulo
músculos abdominais que flexionam a coluna
nos saltos. púbis

Veja na figura ao lado, o osso coxal de ísquio


um bovino jovem mostrando as três partes
ósseas que formaram o acetábulo.

FÊMUR
É o maior e mais pesado dos ossos longos. É o osso da coxa. Estende-se de
modo obliquo, distal e cranialmente, articulando-se proximalmente com o acetábulo e
distalmente com a tíbia e a patela (formando a articulação do joelho). Apresenta para
exame duas extremidades e um corpo.
O corpo (diáfise): no eqüino é geralmente cilíndrico, mas é aplanado
caudalmente e mais largo proximalmente que distalmente. O bovino tem o corpo
relativamente pequeno, que é cilíndrico no meio e prismático distalmente. No suíno, o
corpo é relativamente largo e maciço, no qual quatro superfícies poderiam ser
reconhecidas.

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Fêmur Esquerdo Equino

Trocanter Maior

Fossa Cabeça
Trocantérica
Chanfradura
Profunda

Terceiro Trocanter Menor Terceiro


Trocanter Trocanter

Fossa
Supracondilar

Tróclea
Fossa Côndilos
Intercondilar

Vista Caudal Vista Cranial

Fêmur Direito Bovino

Trocanter Maior
Cabeça Cabeça
Fossa
Trocantérica Terceiro
Trocanter Trocanter
Menor

Fossa
Supracondilar

Fossa Tróclea
Intercondilar Côndilos

Vista Caudal Vista Cranial

Fêmur Suíno Direito


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Cabeça Trocanter Cabeça
Maior
Fossa
Trocantérica
Trocanter
Menor

Fossa
Intercondilar Côndilos Tróclea

Vista Caudal Vista Cranio-lateral

A extremidade proximal é larga e consiste da cabeça, colo e trocanter maior.


A cabeça está colocada no lado medial, em posição proximal e um pouco
cranialmente. É aproximadamente esférica e articula-se com o acetábulo. A cabeça é
escavada medialmente por uma fóvea (chanfradura profunda no equino). No bovino a
cabeça é menor que no equino, a fóvea é pequena e rasa, o colo é bem definido
(exceto proximalmente), o trocanter maior é muito maciço e não dividido. No equino o
trocanter maior está situado lateralmente e apresenta três aspectos (parte cranial,
caudal e chanfradura). No suíno a cabeça é acentuadamente curva, o colo é distinto e
o trocanter maior, embora maciço, não se estende acima do nível da cabeça.

Equino Bovino Suíno


Fóvea
Fóvea

Chanfradura Profunda

A extremidade distal é larga em ambas as direções e compreendem a tróclea


cranialmente e dois côndilos caudalmente. A tróclea consiste de duas cristas
separadas por um sulco e forma uma extensa área para a articulação com a patela.
Os côndilos medial e lateral são separados por uma fossa profunda intercondilóide e

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se articulam com os côndilos da tíbia e os meniscos da articulação do joelho. No suíno
o terceiro trocanter está ausente.

PATELA
É um osso sesamóide largo que se articula com a tróclea do fêmur; está
desenvolvido na inserção do quadríceps femoral, o principal extensor do joelho. É
prismático no eqüino e bovino. É prolongado medial e lateralmente por cartilagens
parapatelares no estado fresco. No suíno, é muito comprimida transversalmente.

Equino Bovino Suíno


1
1 1

3 3 3

suíno
bovino
eqüino

2
2 2
vista cranial: 1. Base, 2. ápice, 3. face cutânea.

OSSOS DA PERNA
Compreendem dois ossos, a tíbia e a fíbula.
TÍBIA
É um osso longo, grande e prismático que suporta e articula-se proximalmente
com o fêmur, distalmente com o talus (osso társico tibial) e lateralmente com a fíbula.
A tíbia estende-se obliquamente, distal e caudalmente da soldra (prega da virilha ou
babilha do joelho). No suíno a tíbia é ligeiramente curva e convexa medialmente. A
tíbia do bovino parece com a do cavalo, porém é um pouco mais curta.
O corpo (diáfise) é largo e trifacetado proximalmente, torna-se menor e
achatado em direção sagital distalmente, mas alarga-se na extremidade distal. No
bovino, o corpo é perfeitamente encurvado, tanto que o lado medial é convexo. A
extremidade proximal é larga e trifacetada apresenta duas eminências articulares, os
côndilos medial e lateral. A eminência intercondilar ou espinha é uma proeminência
central, e em cujos lados prolongam-se as faces articulares.
A extremidade distal é muito menor que a proximal, é de forma quadrangular
e mais larga medialmente que lateralmente. Apresenta uma face articular que se
adapta à tróclea do tarso tibial (astrágalo) e consiste de dois sulcos separados por
uma crista. No bovino, os sulcos articulares e a crista da extremidade distal ou tróclea
são quase de direção sagital. A do suíno é semelhante a do bovino, porém é
relativamente mais estreita transversalmente.

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FÍBULA
Está situada ao longo da borda lateral da tíbia e tem apenas contato restrito
com o jarrete. Ela é mais delgada que a tíbia e não se articula com o fêmur. No suíno
ela possui um corpo completo e duas extremidades estendem-se por todo o
comprimento da região, estando separado da tíbia pelo espaço interósseo da perna.
No equino é um osso longo reduzido, ou seja, uma haste delgada que forma os limite
lateral do espaço interósseo da perna, sua extremidade distal geralmente termina em
ponta na metade a 2/3 distais da borda lateral da tíbia. No bovino, a cabeça está
fundida com o côndilo lateral da tíbia e é continuada distalmente por um pequeno
prolongamento, em haste pontiaguda. Todavia, como a fíbula primitiva é cartilaginosa,
a parte proximal pode sofrer ossificação parcial, formando uma delgada haste que se
une a borda lateral da tíbia (ver figura abaixo). No suíno, o corpo é achatado
lateralmente, a parte distal é mais estreita e espessa.
A extremidade distal no eqüino está fusionada com a tíbia, constituindo o
maléolo lateral, no bovino, permanece separada e forma o maléolo lateral (osso
maleolar). Ela é quadrilátera no seu contorno e comprimida lado a lado. No suíno,
forma o maléolo lateral.

Tíbia Direita Equina Tíbia e Fíbula Direita Bovina


Eminência Eminência Eminência
Intercondilar Intercondilar Intercondilar

Côndilos
Côndilos

Tuberosidade
da Tíbia Tuberosidade
da Tíbia

Fíbula

Estrias
Estrias
Musculares
Musculares

Maléolo
lateral

Vista Caudal Vista Cranial Vista Caudal Vista Cranial

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Tíbia e Fíbula Esquerdas Suína
Eminência Eminência
Intercondilar Intercondilar
Eminência
Intercondilar
Côndilos Côndilo

Fíbula

Vista Dorsal da epífise


proximal da Tíbia

Maléolo
Lateral
Vista Caudal Vista Cranial

ESQUELETO DO PÉ
Homólogo do pé humano consiste de três subdivisões, a saber, o tarso,
metatarso e dedos (falanges).
No eqüino, o tarso ou jarrete compõe-se de seis ossos curtos (às vezes 7).
Estão dispostos em três fileiras: proximal, média e distal. No bovino são 5 peças, pois
os ossos társico central e 4o , e 2o e 3o estão fundidos.
Metatarso e
Pé Equino
falanges
caprino Pé Suíno

Tarso (jarrete) Tarso

Metatarso

Metatarso

Ossos
Falanges sesamóides
Falanges

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TARSO TIBIAL (ASTRÁGALO, TALUS): o osso é medial da 1a fileira proximal, é de
forma extremamente irregular. No bovino é relativamente longo e estreito.
CALCÂNEO (TARSO FIBULAR): é o maior dos ossos do jarrete e forma uma
alavanca para os músculos extensores do jarrete. No bovino é mais longo e mais
delgado que no cavalo; no suíno a tuberosidade do calcâneo é profundamente sulcada
plantarmente.
OSSO CENTRAL DO TARSO: é irregularmente quadrilátero.
1O e 2O TARSIANOS: são fusionados no cavalo é o menor dos ossos társicos.
3O OSSO TARSIANO: assemelha-se ao osso central, porém é menor e de
contorno triangular no cavalo.
4o osso tarsiano
Os ossos restantes do membro pélvico lembram os do membro torácico,
embora tendam a ser menos vigorosos. Os ossos metatarsianos são mais longos (+/-
20%) que os metacárpicos e são mais redondos ao corte sagital.

Tarso

Calcâneo

Talus

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A COLUNA VERTEBRAL

É formada por uma série de ossos chamados vértebras. Ela consiste de uma
cadeia mediana e ímpar, de ossos irregulares que se estendem do crânio à
extremidade da cauda. No adulto, certas vértebras fundem-se para formar uma massa
simples óssea com a qual o cíngulo pélvico se articula. As vértebras assim fundidas
são chamadas vértebras fixadas (ou falsas), distinguidas das vértebras móveis (ou
verdadeiras).
A coluna vertebral é subdividida para descrição em cinco regiões, que são
designadas de acordo com a parte do corpo na qual as vértebras estão situadas.
Assim as vértebras são denominadas cervicais, torácicas, lombares, sacrais e
caudais (coccígeas). O número de vértebras em uma dada espécie é perfeitamente
constante para cada região, exceto na última, tanto que a fórmula vertebral pode ser
expressa como se segue:
Cavalo: C7T18L6S5Ca15-21
Bovino: C7T13L6S5Ca18-20
Ovino: C7T13L6-7S4Ca16-18
Suíno: C7T14-15L6-7S4Ca20-23

As vértebras, em uma dada região, têm características através das quais elas
podem ser distinguidas daquelas de outras regiões, e as vértebras individualmente
têm características especiais que são mais ou menos claramente reconhecíveis.
Todas as vértebras típicas têm um plano estrutural comum que pode de início ser
compreendido.
Uma vértebra consiste de corpo, arco e processos.

O corpo da vértebra é a massa mais ou menos cilíndrica


sobre a qual as outras partes estão formadas. As
Processo extremidades cranial e caudal estão inseridas nas
espinhoso vértebras adjacentes por discos fibrocartilaginosos
intervertebrais e são usualmente convexas e côncavas,
respectivamente. A superfície dorsal é aplanada e entra
Processo na formação do canal vertebral, enquanto a face ventral é
Processo
articular limitada lateralmente e está em relação com vários
Transverso
músculos e vísceras. Na região torácica, o corpo
apresenta dois pares de facetas nas extremidades, para a
Forame Facetas articulação com a parte das cabeças de dois pares de
vertebral rame costais costelas. O arco está formado sobre a face dorsal do
Corpo corpo e consiste de duas metades laterais, sendo cada
uma, constituída de um pedículo (parede lateral do arco) e
uma lâmina dorsal (completam o arco dorsalmente).

O corpo e o arco formam um anel ósseo que envolve o forame vertebral.


Os processos encontrados são: articulares, espinhoso e o transverso.
Articulares: são dois craniais e dois caudais que se projetam na borda do arco.
São superfícies articulares adaptadas àquelas das vértebras adjacentes.
Um processo (apófise) espinhoso está situado dorsalmente no meio do arco.
Varia de forma, tamanho e direção nas diferentes vértebras, sendo muito proeminente
nas vértebras torácicas. Este processo proporciona inserção a músculos e ligamentos.
Transversos: são dois e projetam-se lateralmente dos lados do arco ou da
junção do arco com o corpo. Na região cervical, os processos transversos da 3a a 6a
vértebra apresentam uma porção cranial e caudal. Ainda nesta região, os processos
transversos são perfurados pelo forame transverso. Na região torácica, cada um
apresenta uma faceta para articulação com o tubérculo de uma costela. Os processos
transversos dão inserção a músculos e ligamentos.
28
Algumas vértebras também apresentam uma crista ventral, tubérculo ventral
ou um arco hemal. Processos mamilares ao encontrados em muitos animais, nas
vértebras torácicas, caudais e lombares craniais, entre os processos transversos e
articulares craniais ou sobre os últimos. Processos acessórios, quando presentes,
estão situados entre os processos transversos e articulares caudais.

Vértebras cervicais
Bovina Caprina

Vista Dorsal

Vista Dorsal

As duas primeiras vértebras cervicais são respectivamente o Atlas e o Axis e


estão muito modificadas para permitir livre movimento da cabeça, requerendo
descrição individual. O Atlas é o mais singular de todas as vértebras, pois
aparentemente não possui corpo algum, mas consiste em duas massas laterais unidas
por arcos dorsal e ventral.

29
Atlas Bovino- Vista Dorsal Atlas Bovino- Vista Caudal
Asa Forame
Forame Vertebral
Alar

Tubérculo
Dorsal

Fóvea para
o dente do
axis
Crista
Ventral

Atlas Equino- Vista Dorsal Atlas Equino - Vista Caudal


Forame
Forame Vertebral
Alar
Tubérculo
Dorsal
Asa
Fóvea para
o dente do
Forame axis
Vertebral Crista
Lateral Ventral

O Axis em geral é a vértebra mais longa. Sua extremidade cranial apresenta o


dente, que é semelhante a um bico em determinadas espécies. A extremidade cranial
do corpo e a superfície ventral do dente colaboram na formação de uma única
articulação ampla com o Atlas. O arco contém um processo espinhoso muito alto. Os
processos transversos são grandes. Cada um deles perfurado em direção à sua raiz
por um forame transverso que conduz a artéria, veia e os nervos vertebrais.

Axis Equino – Vista Lateral Axis Equino – Vista Caudal

Processo
Espinhoso

Processo
Articular

Processo Processo
Articular Dente Transverso

Superfície
Articular Corpo
Forame
Crista Processo Forame Transverso
Ventral Transverso Vertebral
Lateral Forame
Vetebral
Crista
Ventral
Axis Bovino – Vista Lateral Axis Bovino – Vista Caudal
30
Processo
Espinhoso

Processo Forame
Articular Vertebral
Processo
Articular Forame
Dente Transverso
Corpo

Corpo
Forame Processo
Transverso Transverso
Crista Forame Crista
Ventral Vertebral
Ventral
Lateral

As vértebras cervicais restantes se tornam progressivamente mais curtas, à


medida que a série é observada em direção a sua junção com o tórax. As
extremidades do corpo são mais distintamente curvadas que em outras regiões e se
inclinam obliquamente. A face ventral apresenta uma crista sólida. O arco é forte e
mais largo, mas o processo espinhoso é pouco desenvolvido, exceto na última (mas
com variação considerável entre as espécies). A 7a vértebra cervical que serve de
transição para as vértebras da região torácica, distingue-se por seu processo
espinhoso mais alto, por processos transversos não-perfurados e pela presença de
fóveas na extremidade caudal de seu corpo, para a articulação com o 1o par de
costelas.

Vértebras torácicas
As vértebras torácicas
se articulam com as costelas e
correspondem às mesmas em
número. Todas as vértebras
torácicas compartilham
Processo aspectos comuns, mas também
Espinhoso existem alterações seriadas
que distinguem os ossos mais
craniais dos mais caudais. Os
aspectos torácicos comuns
são: corpos curtos com
extremidades achatadas;
Processo fóveas (facetas) costais em
Articular ambas as extremidades para
as cabeças das costelas e nos
Processo processos transversos para o
Transverso tubérculo das costelas;
Forame processos transversos curtos e
Faceta Vertebral grossos; arcos firmemente
Costal ajustados; processos espinhais
Corpo
muito proeminentes; processos
articulares baixos.
Face Cranial
Em algumas espécies, os últimos elementos da série torácica possuem ainda
outros processos (acessórios), que se originam da parte caudal do arco, sobrepondo-
se ao osso seguinte.
31
Vértebra Torácica – face cranial Vértebra Torácica – face
caudal
Processo
Articular

Processo
Faceta para Transverso
o tubérculo
da costela
Faceta Forame
Costal Vertebral Faceta
Costal
Corpo

Crista
Ventral

Vista Lateral

Processo
Espinhoso

Faceta
Costal

Vértebras lombares

As vértebras lombares diferem das vértebras torácicas no maior comprimento e


no formato mais uniforme de seus corpos. Outras características regionais são:
ausência de fóveas ou facetas costais; uma altura menor e geralmente inclinação
anterior dos processos espinhosos; processos transversos achatados e longos que se
projetam lateralmente; processos articulares enganchados (interligados); e processos
mamilares proeminentes e às vezes, também processos acessórios.

32
Vertebra Lombar - Vista Caudal

Processo Espinhoso Processo Articular Caudal

Forame Vertebral

Corpo Processo Transverso

Crista
Ventral

Vértebras sacrais

Caudal ao lombo, a coluna vertebral é prolongada pelo sacro, um osso único


formado pela fusão de várias vértebras. O sacro forma uma articulação firme com o
cíngulo pélvico, através do qual o impulso dos membros pélvicos é transmitido ao
tronco. Em alguns animais (especialmente o suíno), uma ou mais vértebras da cauda
podem ser incorporadas ao sacro posteriormente.
Na maioria das espécies, a face dorsal da cavidade da pelve é marcada pelo
número apropriado de processos espinhosos, embora as mesmas possam ser
reduzidas ou mesmo ausentes (suíno). Quando presentes podem preservar sua
independência (cão, eqüino) ou se fundir, formando uma crista contínua (ruminantes).
O grau de fusão das vértebras sacrais varia entre as espécies; a menos completa é a
do suíno.

Sacro Bovino – Vista Dorsal


Processo Articular

Sacro Bovino – Vista Lateral


Asa

Crista Lateral

Crista Mediana

Forame do Sacro Crista Lateral

O número de vértebras caudais varia bastante, mesmo dentro de uma única


espécie. Os contornos da coluna vertebral variam com a postura, espécie e raça. A
maior parte da cauda se inclina para baixo em grandes animais.

33
Sacro Bovino – Vista Cranial

Canal do Sacro

Asa

Corpo
Sacro Equino – Vista Lateral
Sacro Equino – Vista Dorsal

Asa
Processo
Articular

Forame do
sacro

Processo
Espinhoso

Sacro Suíno – Vista Dorsal Sacro Suíno – Vista Ventral

Asa do sacro

Forame do
sacro

COSTELAS
34
O esqueleto torácico é completado pelas costelas e esterno.
As costelas são ossos alongados, encurvados, que formam o esqueleto das
paredes laterais do tórax. Elas estão dispostas em série aos pares que correspondem
em número às vértebras torácicas. Cada uma articula-se dorsalmente com duas
vértebras e é prolongada ventralmente por uma cartilagem costal. Aquelas que se
articulam com o esterno por meio de duas cartilagens são designadas costelas
esternais (verdadeiras); as restantes são as costelas asternais (falsas). As últimas
costelas da série que têm suas extremidades ventrais livres e não inseridas a uma
cartilagem adjacente são chamadas costelas flutuantes. Os intervalos entre as
costelas são chamados espaços intercostais.
As costelas de diferentes partes da série variam muito em comprimento,
curvatura e outras características. Uma costela típica consiste de um corpo e duas
extremidades.
A extremidade dorsal da costela termina numa cabeça arredondada que
apresenta duas faces, cada uma para articulação com o corpo de uma das duas
vértebras com as quais está ligada. A cabeça é ligada ao corpo da costela por um colo
curto e apertado, cuja parte inferior apresenta um tubérculo lateral. O corpo da costela
começa além do tubérculo. É longo, curvo em seu comprimento e em geral achatado
lateralmente, em particular nas espécies maiores e em direção à extremidade inferior.
As cartilagens costais são hastes de cartilagem hialina em continuidade às
costelas, são flexíveis no animal jovem. Torna-se mais rígida à medida que a
calcificação se desenvolve e aumenta com a idade. Aquelas das costelas esternais
articulam-se com o esterno, enquanto que aquelas das costelas asternais estão
superpostas e inseridas umas às outras por tecido elástico, para formar o arco costal.
As cartilagens das costelas flutuantes não estão inseridas àquelas adjacentes.

Colo
A primeira costela é sempre
Tubérculo Colo
relativamente forte, curta e reta. Sua
cartilagem também é curta e grossa e
se articula com o esterno numa
Cabeça Cabeça
articulação firme que fixa a costela; isto
lhe permite funcionar como uma sólida
base, em cuja direção as outras
costelas podem ser tracionadas à
inspiração. As costelas seguintes
aumentam em comprimento, curvatura
e inclinação caudoventral, mais
acentuadamente acima da parte caudal
da parede torácica, embora as duas ou
três últimas possam novamente ser
algo mais curta. As cartilagens das
costelas esternais são curtas e
aproximadamente tão espessas quanto
as costelas ósseas; as cartilagens das
costelas asternais são extremamente
finas e se afilam em direção às suas
extremidades ventrais.
Nos suínos, as costelas são em
número de 14 ou 15 pares, das quais 7
são normalmente verdadeiras e 7 ou 8
são falsas.

35
Esterno

O esterno (osso do peito) é um osso segmentado mediano que completa o


esqueleto do tórax ventralmente e articula-se com as cartilagens das costelas
esternais lateralmente. Ele consiste de um número variável de segmentos ósseos
dependendo da espécie, unidos por meio de cartilagem no indivíduo jovem. Sua forma
varia com aquela do tórax em geral e com o desenvolvimento das clavículas nos
animais em que estes ossos estão presentes. Sua extremidade cranial, o manúbrio
esternal é especialmente afetado pelo último fator, sendo larga e forte quando as
clavículas são bem desenvolvidas e articula-se com ela (homem), e relativamente
pequena e comprimida lateralmente quando elas estão ausentes (cavalo). As
cartilagens do primeiro par de costelas articulam-se com ela. O corpo ou mesoesterno
apresenta lateralmente, na junção dos segmentos, facetas côncavas para articulação
com as cartilagens das costelas esternais. A extremidade caudal ou última esternébra
apresenta o processo xifóide. A cartilagem xifóide estende-se caudalmente do
processo xifóide. Ela é delgada e larga no eqüino, bovino, caprino e ovino.
No eqüino tem forma de canoa, é comprimido lateralmente. No bovino, o
esterno tem sete esternébras, sendo mais largo, mais aplanado e relativamente mais
longo que no cavalo. No ovino são 6 esternebras. O esterno de suínos apresenta 6
segmentos e assemelha-se ao do bovino.

Esterno Bovino – Vista Ventral

1ª Esternébra: Manúbrio

2ª Esternébra

Manúbrio
3ª Esternébra

4ª Esternébra

5ª Esternébra

6ª Esternébra

7ª Esternébra
com Processo Xifóide

Fragmento da cartilagem Xifóide

36
CRÂNIO

O crânio constitui um meio de proteção para o encéfalo, os órgãos dos sentidos


especiais (visão olfato, audição, equilíbrio e gustação), as aberturas para as
passagens de ar e alimentos e os maxilares e mandíbulas, incluindo os dentes para a
mastigação. A maior parte dos ossos do crânio é plana, desenvolvida em membranas;
aqueles ossos da base do crânio podem ser classificados como irregulares e são
desenvolvidos em cartilagem. Somente dois ossos formam articulações móveis
permanentes com outras partes do crânio. A mandíbula (osso maxilar inferior) forma
articulações sinoviais com os ossos temporais, e o osso hióide está inserido ao último
por hastes de cartilagem. As articulações imóveis localizadas entre a maioria dos
ossos do crânio são chamadas de suturas. Elas tomam a aparência de linhas
irregulares chamadas linhas de sutura. Elas tomam a aparência de linhas irregulares
chamadas linhas de sutura no crânio de animais jovens. Com o evoluir da idade,
muitas das suturas desaparecem por fusão óssea entre os ossos adjacentes. Alguns
autores dizem que o crânio é um mosaico de muitos ossos, na maioria das vezes
pares, mas alguns são medianos e ímpares, que se encaixam perfeitamente para
formar uma única estrutura rígida.
O crânio apresenta numerosos foramens, canais e fissuras através dos quais
os nervos craniais e vasos sanguíneos entram e saem.

CRÂNIO DO CAVALO
Caracteriza-se por uma face relativamente longa, uma característica que se
desenvolve posteriormente com o tamanho crescente; é, portanto, mais pronunciando
em animais adultos, que em jovens e em raças grandes que em pequenas. O crânio é
relativamente estreito e, a crista sagital externa é mais fraca. A fronte é larga entre as
origens dos processos zigomáticos dos ossos frontais, que se inclinam ventralmente e
se unem aos arcos zigomáticos.
O arco zigomático é nitidamente forte, mesmo sem levar em consideração o
suporte extra que obtém o processo zigomático, ligando-o ao osso frontal. Não se
curva lateralmente e, em seu aspecto caudoventral, apresenta uma superfície articular
bem complexa; esta superfície compreende uma tuberosidade rostral, uma fossa
intermediária e um processo retroarticular saliente. A órbita se apresenta quase que
lateralmente e possui uma borda óssea completa; sua cavidade é invadida em cima
pela grande tuberosidade da maxila que parece continuar o processo alveolar
diretamente. O arco zigomático se prolonga rostralmente, além da órbita, como uma
aresta saliente sobre a superfície lateral da face. Esta aresta, a crista facial, segue
paralela ao contorno dorsal do focinho e termina acima de um septo entre os alvéolos
do terceiro e quarto dentes molares.
Uma incisura profunda (nasoincisiva) separa o osso nasal agudo do incisivo.
Esta incisura e o limite rostral da crista facial são marcos identificados muito
facilmente. São usados como guias para a posição do forame infra-orbitário, que se
situa um pouco caudal ao meio da linha de união.
As características visíveis no aspecto ventral situam-se mais ou menos um
mesmo nível. A parte caudal desta superfície se distingue pelos processos jugulares
grandes e muito salientes e pelos contornos recortados das grandes aberturas de
cada lado do osso occipital. Cada abertura resulta da impossibilidade do osso
temporal de atingir a borda lateral do osso occipital, o que permite a confluência de
vários forames que são distintos no cão. A parte caudal corresponde à fissura
tímpano-occipital; a parte cranial (forame lacerado) combina os forames oval e
carótido. A bolha timpânica não é proeminente, mas os processos estilóide (para o
aparelho hióide) e muscular do osso temporal são bem desenvolvidos.
As coanas situam-se quase no plano do palato duro. A lâmina vertical do osso
que separa a região coanal da pterigopalatina apresenta um processo hamular
proeminente. O palato é plano e sem nada de extraordinário. A maior parte de sua
borda é ocupada pelos alvéolos dos dentes incisivos e molares.

37
Há uma protuberância occipital externa bem pronunciada na superfície nucal e
a borda dorsal do forame magno. A mandíbula é maciça e suas metades direita e
esquerda divergem num ângulo relativamente pequeno. A sínfise se torna obliterada
bem cedo, em geral por volta de dois anos. A borda inferior apresenta uma incisura
vascular saliente, onde os nervos faciais se viram para a face. O ramo é alto; o
processo coronóide se projeta em grande parte na fossa temporal e o processo
articular apresenta a superfície articular oval bem acima do plano oclusivo dos dentes
molares.
As partes do aparelho hióide estão situadas entre os ramos da mandíbula e
são comprimidas lateralmente. Um processo lingual considerável se projeta do
basisfenóide junto à raiz da língua.

Vista Lateral do Crânio Equino

Profª Ana Cláudia Campos


DZ - UFC

Vista Dorsal do Crânio Equino


Profª Ana Cláudia Campos
DZ - UFC

38
Na figura ao lado encontra-se o crânio
de equino cujas suturas já desapareceram,
exceto a sutura internasal.

Vista Rostral

Vista Lateral

CRÂNIO DO BOVINO

É relativamente curto é largo e sua forma geral sendo piramidal. Processos


cornuais (cornos) se projetam dos ossos frontais de raças com cornos, onde as
superfícies dorsal, lateral e nucal se unem; seu tamanho e sua direção variam
grandemente com a raça, idade e sexo. A região frontal muito larga e plana é limitada
por uma fossa temporal salientes, que pende sobre a fossa temporal profunda e
restringe a mesma ao aspecto lateral do crânio. A fronte se prolonga de maneira
uniforme no contorno dorsal do focinho.
As principais características do aspecto lateral são o confinamento da fossa
temporal e a elevação da borda orbitária acima de suas adjacências. A borda é
completa e, sua parte caudal, é formada pela união dos processos dos ossos
zigomático e frontal. Não existe qualquer crista facial, apenas uma discreta
tuberosidade facial, da qual se origina a parte rostral do masseter. O forame infra-
orbitário fica diretamente acima do primeiro dente molar, bem baixo em direção ao
palato.
A superfície ventral é muito irregular, com a base cranial localizada num plano
consideravelmente mais dorsal que o palato. Os ossos temporal e occipital são
separados por uma fissura estreita, uma estrutura intermediária entre a sutura no cão
e a larga abertura do cavalo e do suíno. A bolha timpânica é proeminente e
lateralmente comprimida. As coanas são separadas pelo prolongamento caudal da
parte ventral do septo nasal e são envoltas lateralmente por placas muito extensas de
osso. O palato, longo e estrito, é limitado por altos processos alveolares. Não existem,
naturalmente, quaisquer alvéolos para dentes incisivos ou caninos (ausentes nos
ossos incisivos de ruminantes).

39
A sínfise mandibular se ossifica tarde, se é que isto acontece, em ruminantes.
Em geral, a mandíbula é mais fraca que a do cavalo, uma característica muito evidente
no corpo do osso com sua borda ventral levemente convexa. O processo coronóide é
alto e caudalmente curvado. A superfície articular é côncava e alargada lateralmente.

Vista Dorsal – Crânio Bovino

Processo Cornual

Forame Supra-orbitário Frontal

Órbita

Nasal
Lacrimal

Maxilar

Incisivo

Vista lateral – Crânio Bovino Nasal

Frontal

Parietal

Processo Temporal Zigomático Forame Infra-


Lacrimal Maxilar Incisivo
Cornual orbitário
40
CRÂNIO DO SUÍNO
É muito variável. Ele é mais ou menos piramidal em raças primitivas, mas se
encurva agudamente, constituindo uma proeminência elevada disposta acima do
encéfalo, nas raças geneticamente melhoradas. A superfície dorsal do crânio é
agudamente demarcada ao nível da fossa temporal por uma proeminente linha
temporal. Esta linha se continua com o processo zigomático do osso frontal, que deixa
de completar a margem orbitária. A órbita é pequena. O arco zigomático é
extremamente robusto e profundo, ajudando a limitar a fossa temporal lateralmente. A
superfície articular temporal é ampla e aplanada. A fossa, disposta rostral à órbita,
define a origem do músculo levantador do lábio superior.
Sobre a superfície basal, as regiões do crânio e das coanas são dorsais no
plano do palato. A região cranial é mais bem demarcada pelo longo processo jugular e
pela grande bolha timpânica. As coanas curtas, porém largas, estando bem
delimitadas mais caudalmente, onde normalmente são observadas. A elevada
superfície nucal é limitada por cristas nucais espessas.
A mandíbula é robusta, sólida e preferencialmente segue orientação retilínea. A
sínfise da mandíbula se ossifica, em média, um ano após o nascimento. A região
mentoniana do suíno é dividida como uma adaptação ao hábito de revirar a terra. O
processo coronóide é curto, o processo condilar é pequeno e triangular.

Crânio Suíno – Vista Lateral

Crista Nucal
Frontal

Nasal Parietal

Temporal
Forame Infra-
orbitário

Côndilos
Incisivo
Maxilar

Mandíbula

41
Crânio Suíno- Vista Frontal

Crista Nucal

Frontal

Forame Supra-orbitário

Profª Ana Cláudia Campos Maxilar

Nasal
DZ - UFC

Incisivo

Vista Caudal – Crânio Bovino

Vista Caudal – Crânio Suíno

Occiptal

Processo Jugular Côndilos

Processo
Jugular
Forame
Magno

Vista Caudal – Crânio Equino

42
Mandíbula Equina – Vista Lateral

Processo
Processo Coronóide
Condilar

Ramo

Corpo Forame
Ângulo da
Mentoniano
Mandíbula

Mandíbula Equina – Vista Caudal Mandíbula Suína – Vista


Caudal

Processo
Coronóide

Processo
Condilar

Forame
Mandibular

43
Processo Mandíbula Suína – Vista Lateral
Coronóide

Processo
Condilar

Forames
Mentonianos

44

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