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Resumo: O princípio da entidade diz respeito ao patrimônio, objeto da Contabilidade, e esclarece que o patrimônio da empresa não
pode ser confundido com o patrimônio dos sócios ou proprietários. Entretanto, uma das teorias do patrimônio líquido – a teoria do
proprietário – pressupõe que ativos e passivos pertencem ao proprietário. Nessa perspectiva, a entidade existe para satisfazer aos
objetivos e necessidades do dono, que assume o papel de referencial dos procedimentos contábeis. Assim, resta saber se o princípio
da entidade é respeitado no caso de micro e pequenas empresas que, naturalmente, se enquadrariam na teoria do proprietário. O
objetivo da pesquisa realizada é analisar a aplicabilidade do princípio da entidade em micro e pequenas empresas do Distrito Federal,
respondendo ao seguinte problema: qual o grau de aplicabilidade do princípio da entidade nas micro e pequenas empresas? Para isso,
foi desenvolvido um estudo multicaso, com três microempresas e três pequenas empresas, identificadas como Micro01, Micro02,
Micro03 e Peque01, Peque02 e Peque03, respectivamente. De maneira geral, as evidências sugerem desrespeito ao princípio da
entidade, sendo mais evidente em relação às microempresas. As empresas do estudo parecem ter um relativo conhecimento sobre o
princípio da entidade. Porém, percebe-se que, em algumas situações, não existe observância a esse princípio. A preocupação maior
parece ser a adequação a regras tributárias e de concessão de crédito, e não à qualidade da informação contábil, decorrente da
aplicação dos princípios contábeis. Dada à relevância do tema e o contingente de micro e pequenas empresas, sugere-se estender a
pesquisa para outras amostras.
Palavras-chave: Princípio da Entidade, Microempresa, Pequena Empresa, Teorias do Patrimônio Líquido.
Abstract:. The entity principle refers to the patrimony, object of Accounting, and states that the company's assets cannot be confused
with the assets of the partners or owners. However, one of the theories of equity - the owner theory - assumes that assets and liabilities
belong to the owner. From this perspective, the organization exists to fulfill the goals and needs of the owner, who assumes the role of
reference of accounting procedures. So, the question is whether the entity principle is respected in the case of micro and small
businesses, of course, would fit the owner theory. The purpose of this article is to analyze the applicability of the entity in micro and
small companies in the Federal District, responding to the following question: What is the degree of applicability of the entity principle in
micro and small businesses. To do so, it was developed a multi case study with three micro and three small companies, identified as
Micro01, Micro02, Micro03 and Peque01, Peque02 and Peque03 respectively. Overall, the evidence suggests disrespect for the entity
principle, being more evident in relation to micro-enterprises. The companies in the study seem to have a relative knowledge of the
entity principle. However, it is clear that in some situations, there is no observance of this principle. The biggest concern seems to be
the fitness for tax rules and granting credit, not the quality of accounting information, resulting from the application of accounting
principles. Given the contingent of micro and small businesses, analysis should be extend to other samples.
Keywords: Entity Principle, Microenterprise, Small Company, Shareholders' Equity Theories.
Contato: nip@unicesp.edu.br
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e pequenas empresas. Porém, a questão da Em micro e pequenas empresas, se não é
aplicabilidade dos princípios contábeis não vem considerado o princípio da entidade, o patrimônio
merecendo a devida atenção. é gerido de forma inadequada, pois as contas
pessoais são misturadas com as jurídicas, o que
Os princípios contábeis são os fundamentos
acaba ocasionando uma imprecisão dos
da Teoria Contábil; e os estudos que verificam
resultados dessas empresas.
como a teoria é posta em prática são necessários
para o desenvolvimento da ciência. Contudo, Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa é
conforme indicam Niyama e Silva (2013), os analisar a aplicabilidade do princípio da entidade
estudos e as pesquisas que discorrem sobre estes em micro e pequenas empresas do Distrito
princípios têm sido deixado de lado por diversos Federal, por meio da mensuração do seu grau de
motivos, dentre eles: a ênfase atribuída ao aplicabilidade.
mecanismo de funcionamento do débito e crédito
Assim, o estudo proposto sobre o princípio
e à prática contábil; e a pouca valorização do
da entidade coloca em pauta um tema que
profissional contábil.
necessita de discussão acadêmica, evidenciando,
Este panorama apresentado confronta-se consequentemente, sua relevância para o
com o entendimento de que a utilização dos desenvolvimento da Ciência Contábil. Além disso,
princípios contábeis e o uso de ferramentas da no caso das micro e pequenas empresas,
contabilidade gerencial são a base da gestão proprietários e contadores podem entender como
empresarial. Sendo assim, quando os princípios aplicar o princípio da entidade e tirar proveito na
da contabilidade são deixados de lado, os análise do desempenho das empresas.
resultados podem ser desastrosos para as
empresas, afetando a sua sustentabilidade.
O Princípio da Entidade e o Patrimônio
De fato, a observância dos princípios de
Contábil
contabilidade é obrigatória no exercício da
profissão contábil e constitui condição de
legitimidade das Normas Brasileiras de
Na escola contábil norte-americana, que
Contabilidade (CFC, 2010). Por isso, a priori, a
influenciou a adoção de princípios contábeis no
contabilidade de qualquer empresa, deve observar
Brasil (NIYAMA; SILVA, 2013), a estrutura
tais princípios, inclusive as micro e pequenas
empresas. conceitual é apresentada de forma hierarquizada:
postulados, princípios propriamente ditos e
No atual cenário econômico brasileiro, as convenções (IUDÍCIBUS; MARION; FARIA, 2009).
empresas desse porte têm demonstrado papel Nesse arcabouço teórico, o postulado da entidade
relevante para o crescimento da economia. E, a é uma das “premissas básicas acerca do ambiente
cada ano, as novas organizações que se econômico, político e social no qual a
constituem diversificam ainda mais a oferta de Contabilidade deve operar” (IUDÍCIBUS, 2010, p.
bens e serviços. Por exemplo, doceiros, 33).
borracheiros, manicures, cabelereiros e
[...] o importante, no entendimento e
eletricistas, dentre outros, somam cinco milhões aplicação do postulado da entidade, é que
de microempresários individuais cadastrados no devemos realizar um esforço, tanto na
Simples Nacional (MARSOLA, 2015). Contudo, o avaliação de seus consumos, como das
tempo de vida desses empreendimentos, utilidades auferidas, com os respectivos
normalmente, é curto. ativos e passivos, para separar o que
pertence à entidade do que deve ser
Na análise das principais causas de alocado para os sócios ou proprietários
mortalidade empresarial, o Serviço Brasileiro de das mesmas. (IUDÍCIBUS, 2010, p. 34).
Apoio às Micro e Pequenas Empresas, SEBRAE,
constatou que 25% fecharam por falta de capital; No início da década de 80, a estrutura
19% por falta de clientes/mercado; 11% por conceitual do Conselho Federal de Contabilidade
problemas de gestão; 11% por problemas (CFC) nomeou apenas princípios, por entender
pessoais dos proprietários; 9% por problemas que não pode haver hierarquização formal entre
entre os sócios; 7% por problemas legais e 6% por eles, “dado que são os elementos predominantes
problemas concorrenciais. na constituição de um corpo orgânico”
(IUDÍCIBUS; MARION; FARIA, 2009, p. 65).
Além dos motivos apontados, destaca-se
também como contribuinte para a precoce No entanto, sendo um dos princípios da
mortalidade destas empresas a falta de Contabilidade, o princípio da entidade mantém o
conhecimento da área contábil e, significado de um postulado ambiental, que se
consequentemente, a falta de aplicação dos refere mais ao ambiente econômico ou social em
princípios de contabilidade, necessários para que as entidades atuam, e é considerado o início
produzir informações de qualidade para a tomada de todo o encadeamento entre o raciocínio
de decisão.
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contábil e o arcabouço estrutural da Ciência Por isso, a teoria do proprietário se encaixa
Contábil (IUDÍCIBUS; MARION; FARIA, 2009). mais com as empresas individuais e familiares,
uma vez que o proprietário e a gestão da empresa
Após a revisão da Resolução CFC 750,
acabam se misturando, e o resultado das
agora inspirada na escola contábil europeia, o
atividades da empresa acaba sendo incorporado
princípio da entidade encontra-se expresso assim:
ao patrimônio do proprietário (RIBEIRO FILHO;
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE LOPES; PEDERNEIRA, 2009).
reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia As principais diferenças entre a Teoria do
patrimonial, a necessidade da Proprietário e Teoria da Entidade estão em suas
diferenciação de um Patrimônio particular respectivas visões gerais. A teoria do proprietário
no universo dos patrimônios existentes, é composta de empresas com baixo capital,
independentemente de pertencer a uma tornando-se, assim, inadequada quando se falam
pessoa, um conjunto de pessoas, uma de empresas maiores, de onde surgiu a teoria da
sociedade ou instituição de qualquer entidade. A Teoria da Entidade foi proposta para
natureza ou finalidade, com ou sem fins
refletir a realidade econômica da empresa e não
lucrativos. Por consequência, nesta
acepção, o Patrimônio não se confunde do proprietário, passando a ser uma medida de
com aqueles dos seus sócios ou eficiência gerencial, e indicando possíveis lucros
proprietários, no caso de sociedade ou ou prejuízos futuros. (NIYAMA; SILVA, 2013).
instituição (CFC, 2010).
Outra grande diferença reside na
Na Contabilidade, o termo patrimônio pode conceituação da divisão do lucro líquido, ou seja, a
ser usado em dois sentidos: como sinônimo de diferença entre receita e despesa, que na teoria do
ativo, ou como o direito de pessoas físicas e proprietário vai direto para o empresário e
jurídicas sobre os ativos, isto é, como parcela do representará um aumento em sua riqueza, sendo
capital (RIBEIRO FILHO; LOPES; assim, imediatamente somado ao capital do
PEDERNEIRAS, 2009). No segundo caso, trata-se proprietário ou da propriedade. As retiradas de
do patrimônio líquido, que é a diferença entre o capital representam os dividendos em dinheiro e
ativo e passivo. os lucros retidos representam parte da
propriedade total (VAN BREDA; HENDRIKSEN,
Embora sua mensuração se resuma entre
2014, RIBEIRO FILHO; LOPES; PEDERNEIRAS,
essa diferença de ativo e passivo, também há
2009).
elementos que caracterizam o patrimônio:
distribuições de dividendos e direito de Na teoria da entidade, contudo, a
participações no patrimônio líquido de uma demonstração do resultado foca o lucro
entidade (IUDÍCIBUS, 2010). Dessa forma, devem operacional, que corresponde ao resultado da
ser discutidas as teorias do Patrimônio Líquido. empresa. Assim, todo e qualquer lucro obtido será
da entidade, até que seja transferido aos
participantes individuais por meio de uma
As Teorias do Patrimônio Líquido declaração de dividendos (NIYAMA; SILVA, 2013,
RIBEIRO FILHO; LOPES; PEDERNEIRAS, 2009).
Para entender como as diferentes
empresas/gestores enxergam o patrimônio, O início da teoria da entidade se deu no
diversas teorias foram desenvolvidas sobre o final do século XIX para o início do século XX,
patrimônio líquido. As principais são: a teoria do impulsionada pelo crescimento das grandes
proprietário e a teoria da entidade. companhias e a necessidade de segregar a
gestão e a propriedade (NIYAMA; SILVA, 2013).
A teoria do proprietário teve origem nos
primórdios da Contabilidade, quando a economia Na Contabilidade, entidade “é todo „núcleo‟
era composta por pequenos negócios. Nessa capaz de manipular recursos econômicos e que
visão, a entidade existe para satisfazer aos tenda a adicionar valor aos recursos manipulados”
objetivos e necessidades do dono, que assume o (IUDÍCIBUS et al, 2010, p. 95), e o patrimônio
papel de referencial dos conceitos e líquido é uma fonte de recursos para o ativo
procedimentos contábeis (NIYAMA; SILVA, 2013). (NIYAMA; SILVA, 2013).
Já para Ribeiro Filho, Lopes e Pederneiras De acordo com a teoria da entidade, antes
(2009), a teoria do proprietário parte da ideia que de qualquer coisa é necessário esclarecer que a
os ativos e os passivos do proprietário pertencem empresa tem uma vida distinta de suas atividades
ao mesmo, e a diferença representa a sua riqueza e dos interesses pessoais dos proprietários, a
líquida. O proprietário é o foco principal da empresa tem personalidade própria (IUDÍCIBUS,
contabilidade, e as receitas e despesas 2010). O sócio não se mistura com a empresa, e a
representam um aumento ou diminuição do lucro mesma tem existência própria, sem vínculo com o
do dono (NIYAMA; SILVA, 2013, RIBEIRO FILHO; proprietário (RIBEIRO FILHO; LOPES;
LOPES; PEDERNEIRAS, 2009). PEDERNEIRAS, 2009). Dito isto, é fundamental
apresentar as características das micro e
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pequenas empresas e, em seguida, discutirmos o empresários, esse é o maior obstáculo a ser
método da pesquisa. superado.
O administrador deverá saber separar os
gastos originados pelo negócio (entidade
Características das Micro e Pequenas contábil) dos gastos pessoais. E quando
Empresas houver o caso de administrador utilizar
dinheiro da empresa, este terá que
Segundo Freire, Lemke e Souza (2011), a contabilizar um empréstimo da entidade
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de para a pessoa física, da mesma forma se
2006, conceitua micro empresa aquela com receita o administrador precisar pegar do seu
bruta igual ou menor a R$ 240.000,00 (duzentos e próprio dinheiro para pagar algo da
quarenta mil reais) e pequena empresa aquela empresa, terá que ser contabilizado
com receita bruta superior a R$ 240.000,00 empréstimo de pessoa física para a
(duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a empresa que contraiu o empréstimo.
R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil (MARION, 2009 apud FREIRE; LEMKE;
SOUZA, 2011, p.4).
reais).
Diante destes conceitos, apresentam-se as
Por seu turno, o Serviço Brasileiro de Apoio
decisões metodológicas desenvolvidas para
às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) usa o
cumprir o objetivo desta pesquisa de analisar a
número de funcionários como critério para
aplicabilidade do principio da Entidade em micro e
classificação do porte da empresa, conforme
pequenas empresas do Distrito Federal.
indica o Quadro 1:
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pagamentos da empresa, há uma tendência a não 7 - Para realizar atividade externa, a empresa
observar o princípio da entidade, pois, utiliza veículo do proprietário?
usualmente, não são feitos registros contábeis
N V S
correspondentes.
Micro01 X
Micro02 X
5 - Pequenos gastos da empresa são pagos com
dinheiro (Caixa/Conta Corrente) do proprietário? Micro03 X
N V R S Peque01 X
Micro01 X Peque02 X
Micro02 X Peque03 X
N V R S Peque01 X
Micro01 X Peque02 X
Micro02 X Peque03 X
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16 - A frequência de reuniões com o 18 - O micro/pequeno empresário precisa que as
contador para tratar de informações da transações econômico-financeiras sejam
empresa é: registradas pela contabilidade para garantir os
resultados do negócio? Por quê?
M B T A I
Sim. Mas até o limite de R$
Micro01
Micro01 X 60.000,00 não precisa.
Micro02 X Micro02 Sim. Porque ajuda no controle.
Micro03 X Sim. Para saber como anda a
Micro03
empresa
Peque01 X
Sim. Para melhor gerenciamento dos
Peque02 X Peque01
projetos e contratos em vigor.
Peque03 X Sim. Para controle administrativo,
Peque02 fiscal e declarações junto aos órgãos
necessários.
As três pequenas empresas e a Micro01
fazem reuniões mensais, o que pode significar Não. Na maioria dos casos não são
Peque03
maior interesse nos procedimentos contábeis e registradas todas as movimentações.
parece ser consistente com a maior aderência ao
principio da entidade apresentado por estas
A Micro01 por ser considerada uma MEI
empresas, em contraposição à Micro02 e Micro03.
(Micro empreendedor individual), registra só até o
As questões seguintes investigam como os limite de R$ 60.000,00, que representa o teto da
respondentes percebem a contabilidade. A receita bruta anual, o que deixa a entender que as
questão 17, de múltipla escolha, oferece três movimentações acima disso não são registradas.
alternativas: Sim (S), Não (N) e Quando As Micro02 e Micro03 responderam de
Necessário (Q). As questões 18 a 21 são do tipo forma parecida, concordando que é de suma
abertas, para permitir que os respondentes importância que as transações sejam registradas
expressassem suas opiniões. para controle contábil de sua empresa, porém, a
Micro03 se contradiz ao dizer que é importante o
registro, porém sua retirada não é feita por meio
17 - Conhece as normas contábeis referentes à de pró-labore.
empresa? As Peque01 e Peque02 concordam com os
S N Q registros das transações para obter melhor
gerenciamento da sua empresa e para garantir a
Micro01 X retiradas das declarações junto aos órgãos
Micro02 X publicas quando necessário.
Micro03 X A Peque03, assim como a Micro01, não
concorda com todos os registros das transações,
Peque01 X não respeitando o principio da entidade.
Peque02 X
Peque03 X 19 - Quais as vantagens das informações
contábeis para a sua empresa?
Crédito bancário, contagem de tempo
As Micro01, Micro2 e a Peque03 procuram Micro01
de serviço.
conhecer as normas contábeis referentes à
empresa só quando necessário. Essa informação Micro02 A empresa está sempre em dia.
não condiz totalmente com o principio da entidade Micro03 É que tem facilidade para crédito
por não conhecer ao certo em qual situação será
necessário recorrer às normas. Melhor e maior controle
Peque01
administrativo e gerencial
As Peque01 e Peque03 afirmaram conhecer
sempre as normas contábeis, seguindo de acordo Somente vantagens, para poder
saberá realidade atual da empresa e
o principio da entidade. A Micro02, porém, Peque02
se a mesma está dando lucro ou
desconhece as normas contábeis, o que indica prejuízo.
que a empresa é gerida não pelo conhecimento
específico, e, sim, pela experiência, visto que a As informações ajudam no poder de
Peque03
empresa já possui mais de dez anos no mercado. decisão para os proprietários.
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As Micro01 e Micro03 veem como grande Sim, porque não é bom misturar o
vantagem a facilidade de obtenção de crédito Micro03
dinheiro pra não perder o controle.
bancário, porém, se contradizem por não efetuar
Sim, nunca devemos misturar os
nenhuma transação de empréstimos bancários
Peque01 valores dos proprietários com a
(questão 02). Já a Micro02 vê como vantagem a empresa.
sua empresa manter-se sempre regularizada.
Sim, porque o capital da empresa se
As Peque01, Peque02 e Peque03 refere só a rendimentos da mesma,
basicamente dividem a mesma vantagem que é ter Peque02
não vinculando aos bens do
um maior controle gerencial, conhecer a realidade proprietário.
da empresa e poder de decisão para o
Sim, segundo o principio da entidade
proprietário. Peque03 o capital dos sócios não se misturam
com o capital da empresa.
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Para isso, foi desenvolvido um estudo
multicaso, com três microempresas e três
pequenas empresas, identificadas como Micro01,
Micro02, Micro03 e Peque01, Peque02 e
Peque03, respectivamente.
De maneira geral, as evidências sugerem
desrespeito ao princípio da entidade, sendo mais
evidente em relação às microempresas.
Tanto nas micro e pequenas empresas do
estudo, pode-se observar que todas parecem ter
um conhecimento relativo sobre o principio da
entidade. Porém, em algumas situações, não
existe observância a esse princípio. A
preocupação maior parece ser a adequação a
regras tributárias e de concessão de crédito, que
de acordo com a pesquisa, as empresas não
utilizam desse recurso financeiro e não à
qualidade da informação contábil, decorrente da
aplicação dos princípios contábeis.
Como mencionado no artigo, 11% das
empresas tiveram o tempo de vida encurtado por
problemas na gestão, isso implica que as micro e
pequenas empresas citadas no estudo, ainda
correm o risco de terem problemas no futuro,
sugere-se uma reformulação na sua gestão e um
trabalho mais afundo do profissional contábil da
empresa fornecendo conhecimento e a
importância do princípio da entidade na aplicação
na tomada de decisão e controle gerencial.
Dada à relevância do tema e o contingente
de micro e pequenas empresas, sugere-se
estender a pesquisa para outras amostras.
Agradecimentos
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