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ANAIS DO SENADO
ANO DE 1960
LIVRO 16
TRANSCRIÇÃO
145ª SESSÃO DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 4ª LEGISLATURA, EM 17 DE NOVEMBRO DE 1960
Piedade, em Fortaleza, Estado do Ceará, ao Colégio o Tesouro Nacional, o Fundo Nacional de Fomento
Salesiano Nossa Senhora da Vitória, em à Extração e Plantio da Borracha, com a finalidade
Vitória, Estado do Espírito Santo e ao Ginásio de centralizar a ação administrativa federal
Arquidiocesano, de Teresina, Estado do Piauí.
destinada a promover o cabal aproveitamento do
SUBEMENDA patrimônio; gomífero natural existente no País e a
(CF à Emenda nº 5) executar um plano de replantio e adensamento
dos seringais nativos, paralelamente com a
Ao art. 2º, acrescente-se o seguinte parágrafo instalação de culturas nacionais e modelares da
único; hevea brasiliensis, nas regiões em que esta tem
"Parágrafo único. O Ministério da Educação e seu habitat.
Cultura só expedirá ordem de pagamento às Parágrafo único. O Fundo de que trata o
entidades beneficiárias após a prestação de contas
presente artigo será constituído: a) pela arrecadação
das parcelas recebidas no exercício anterior".
de uma taxa correspondente à diferença de preço
EMENDA entre a borracha importada e a borracha nacional; b)
Nº 8 (CF) pela arrecadação de 20% das verbas orçamentárias
destinadas ao Instituto Agronômico do Norte, com
Ao art. 4º, onde se lê: sede em Belém do Pará; c) de 20% dos lucros do
"A entidade beneficiária apresentará..." Banco de Crédito da Amazônia, em tôdas as suas
Leia-se: operações.
"As entidades beneficiárias apresentarão..."
Art. 2º O Fundo Nacional de Fomento à
PARECER Nº 447, DE 1960 Extração e Plantio da Borracha será administrado
por um Superintendente de livre escolha do
Redação Final do Projeto de Lei do Senado nº Presidente da República, e por um Conselho
7, de 1955. constituído por um representante do Ministério da
Fazenda, outro do Ministério da Agricultura, outro
Relator: Sr. Menezes Pimentel. do Banco de Crédito da Amazônia, outro dos
A Comissão apresenta a Redação Final. (fls. seringalistas e outro dos exportadores de
anexas) do Projeto de Lei do Senado nº 7, de 1955,
borracha.
de iniciativa do Senado Federal.
Sala das Comissões, em de novembro de 1960. Art. 3º A sede da Superintendência do
– Argemiro de Figueiredo, Presidente. – Menezes FNFEPB, será em Manaus, capital do Estado do
Pimentel, Relator. – Ary Vianna. – Afonso Arinos. Amazonas, é estará diretamente subordinada à
Presidência da República.
ANEXO AO PARECER Art. 4º É extinta a Comissão Executiva da
Nº 447, DE 1960 Defesa da Borracha, passando seus encargos e
atribuições para a Superintendência do Fundo
Redação Final do Projeto de Lei do Senado nº
Nacional de Fomento à Extração e Plantio da
7, de 1955. Cria o Fundo Nacional de Fomento à
Extração e Plantio da Borracha. Borracha.
Art. 5º Revogam-se as disposições em
O Congresso Nacional decreta: contrário.
Art. 1º É criado, sem ônus para Senado Federal, em de novembro de 1960.
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O SR. PRESIDENTE: – Está finda a Ieitura do são, coincidiu com a do aniversário da revolução
Expediente. russa e com impressionante sincronismo coincidiu
Na sessão anterior terminou o prazo para ainda com movimentos idênticos, no Chile e
apresentação de emendas perante a Mesa, ao na Argentina; no comando central da operação
Subanexo Orçamentário nº 4.18, referente ao identificavam-se conhecidos agitadores
Ministério da Marinha. comunistas; e, por último, o fato de já estar
Daqui por diante só perante a Comissão de pràticamente assegurada a reivindicação que a
Finanças poderá ser emendado êsse subanexo. justificava, com o projeto de lei chamada
(Pausa). "paridade" pôsto em regime de urgência na
Sôbre a mesa, requerimento do nobre Câmara dos Deputados – tudo são indícios
Senador Mem de Sá. veementes em favor da tese. Acontece, porém,
É lido e deferido o seguinte: que a greve do dia 8 não foi única, não constituiu
acontecimento isolado, mas, ao contrário, ela se
REQUERIMENTO insere na sucessão em cadeia dos movimentos
Nº 472, DE 1960 paredistas que, iniciada há quase dois anos,
assume agora proporções alarmantes. Estamos
Exmo Sr. Presidente do Senado Federal. em face de uma furunculose de agitações
Nos têrmos regimentais, requeiro a V. Exa. as operárias, na qual a da semana passada
devidas providências no sentido de solicitar à direção
representa um antraz. Já disse uma vez e hoje
do Departamento dos Correios e Telégrafos, por
repito: – as greves no Brasil dos dias correntes
intermédio do Exmo. Sr. Ministro da Viação e Obras
passaram a constituir a normalidade. A
Públicas, as seguintes informações;
normalidade do País se fixou na anormalidade, na
a) se está sendo paga regularmente a função
inquietação, no sobressalto de um presente
gratificada de Chefe da Agência, no Senado Federal,
criada pelo artigo 39 da Lei nº 1.229 de 13 de convulso diante de um futuro incerto. E tudo isto,
novembro de 1960; mais o resto que bem conhecemos, nada mais é
b) em caso negativo, quais as razões desta que produto direto e fatal da inflação. Pode
falta de pagamento. existir inspiração ou infiltração comunista nas
Sala das Sessões, em 16 de novembro de greves. Provará o fato apenas que os comunistas
1960. – Mem de Sá. continuam atentos e diligentes na colheita
O SR. PRESIDENTE: – Continua a hora do dos frutos que o clima dos maus governos
expediente. propicia. Já Marx vira na inflação um dos mais
Há oradores inscritos. poderosos aliados da ação revolucionária do
Tem a palavra o nobre Senador Mem de Sá. socialismo totalitário. Os comunistas podem
O SR. MEM DE SÁ (Lê o seguinte estar, pois, no corpo ou na cabeça das greves;
discurso): – Sr Presidente, findo o pesadêlo da mas o que sobretudo alimenta êste corpo e
maior greve de nossa história social, cuido exalta sua cabeça é o desespêro do furto impôsto
conveniente dela extrair algumas considerações. Foi pela inflação. Então, mesmo as greves
dito, e com bons fundamentos, que a parede dos com visadas políticas encontra ambiente,
portuários, marítimos e objetivos políticos. A data condições de sucesso e fundamento moral-
com larga antecedência prefixada para sua eclo- econômico e social, no aviltamento monetário e
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na alucinada elevação do custo de vida. e Vargas foi de 2,5 bilhões, enquanto que o do
Estas verdades triviais conduzem a uma lição governo Kubitschek foi de 30 bilhões. De modo que o
igualmente elementar. A de que não é possível Presidente Kubitschek conseguiu, em 5 anos,
promover o real e desejado desenvolvimento de uma perfazer 60 anos de inflação" – sentenciou o Dr.
nação com base no expediente ridículo e grosseiro, Glycon de Paiva, em recente conferência. De 69
de emitir papel moeda. Isto não passa de uma bilhões de cruzeiros, em fins de 1955, o meio
impostura perversa, mediante a qual se pretende circulante já ultrapassou de 180 bilhões em 1960,
esfomear os assalariados impondo-lhes a poupança pois em cinco anos o atual Presidente aumentou em
forçada das restrições do consumo, determinada 150% a quantidade de moeda emitida por todos os
pela perda do poder de compra da moeda. Mas a governos anteriores do Brasil, desde a
impostura, além de perversa, se torna insensata, Independência. Estamos suportando agora as
quando a elevação dos salários neutraliza a conseqüências de tanta insensatez. As greves são a
espoliação da poupança não consentida. Os fatos furunculose da inflação. Mostram que o organismo
estão agora provando, aos ignorantes, aos da nação está intoxicado, os gânglios da resistência
inconscientes do que a palavra da ciência e da não mais podem dominar o pus das infecção
experiência não se cansou de apregoar ao longo devastadora. A fêbre das agitações sociais é, assim,
dêste ano de cataclismo. Isto não é desenvolvimento mero sintoma, denunciando ao estadista a existência
econômico. É, como muito bem se tem apelidado – das causas profundas que reclamam medidas
apenas "desenvolvimentismo". E urgente e heróica.
desenvolvimentismo, define o Professor Roberto Os trabalhadores querem viver, revoltam-se
Campos, "é uma espécie de doença infantil do contra a tentativa de espoliação da poupança
desenvolvimento, que tem como prioridade, o forçada. Sobem então os salários e com êles os
espetacular; como método, a espoliação custos, os preços e os deficits financeiros. Se V.
inflacionária, como resultado, a interrupção do Exas. desejam um exemplo concreto das
processo de desenvolvimento pelos desequilíbrios conseqüências econômicas desta causação circular
gerados". A tal resultado chegamos e só a parede cumulativa, comprovador de que a inflação tem como
dura da realidade é capaz de convencer os resultado a interrupção do processo de
simplórios que julgavam haver descoberto o moto- desenvolvimento, aí está o citado pelo Engenheiro
contínuo da economia e os espertalhões de má fé John Cotrim, planejador e executor da Usina
que exploram o cruel processo como base de de Furnas, e agora repetido pelo Prof. Glycon de
imortalidade fácil ou de lucros criminosos. Paiva. Em 1956 a meta de energia elétrica do
A desvairada elevação dos preços, com Govêrno Kubitschek teve o custo estimado em 90
as agitações grevistas, as majorações salariais e bilhões de cruzeiros. O programa foi lançado com o
as novas e cada vez mais exasperadas ascensões déficit inicial de 30 bilhões, dez dos quais
de preços – na sarabanda furiosa em que vivemos – posteriormente cobertos pelo BNDE. "Eis que a
mostram que a mágica besta chegou ao fim. A inflação no qüinqüênio fêz com que o resto de 20
corda do violão atinge o limite possível da distensão. bilhões se traduzisse hoje na diferença de 70
"O déficit médio anual dos governos Dutra bilhões, impossibilitando a cabal conclusão da me-
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ta. O déficit de energia é de meio milhão de KW em ção pública, com problemas gritantes, tanto de
relação à demanda e grande crise se anuncia para interêsse coletivo como de desenvolvimento
1965". Assim, a meta da energia orçada em 90 nacional, da industrialização, da preparação e
bilhões custaria, se concluída neste ano, 140. E estruturação da economia nordestina. Vossa
como não o será, certamente exigirá 180 bilhões. Excelência analisa êsse passivo e, dentro dêle,
Pois ainda assim sofreremos crise certa e grave naturalmente, o sofrimento do povo que está
dentro de poucos anos. A energia sabidamente, é pagando por tal desenvolvimento; mas Vossa
fator básico de desenvolvimento econômico. Mas, Excelência vê o grande patrimônio que o Govêrno
como vemos, reclamando planejamento e obras de vai deixar em obras reprodutivas, que só começarão
longo prazo, os programas são corroídos pela a produzir, dentro do Govêrno do Senhor Jânio
inflação. Dêles fogem, por isto e fatalmente, os Quadros com a valorização do meio circulante pelo
capitais privados. E os públicos, na voragem da reflexo natural que têm tôdas as obras reprodutivas
inflação, não têm como acompanhar o ritmo de sôbre a situação financeira do País. Perdoe-me o
nossas necessidades. nobre Colega o longo aparte. Admirador sincero da
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – administração, que aí está, sentir-me-ia constrangido
Permite Vossa Excelência um aparte? se não me manifestasse interrompendo a brilhante
O SR. MEM DE SÁ: – Com muita satisfação. oração de Vossa Excelência.
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – O SR. MEM DE SÁ: – Agradeço a honra do
Cheguei há poucos instantes no Plenário, não tive aparte de Vossa Excelência, que recebo com o
assim o prazer de ouvir o início do discurso de Vossa acatamento e respeito habituais.
Excelência. Observo entretanto, que Vossa Vejo que o nobre Colega, efetivamente, não
Excelência está pronunciando uma daquelas ouviu o início de minha oração. Pretendi demonstrar
notáveis orações de crítica à política administrativa que não há desenvolvimento pelo processo – a que
do Govêrno. Ausente o nobre Líder da Maioria que, chamo de ridículo e grosseiro – de emitir papel
naturalmente, teria dados mais eficientes e positivos moeda. Já tenho dito, e a ocasião é propícia para
para rebater alguns dos argumentos de Vossa que repita, que se a emissão de papel moeda
Excelência, permite-me lembrar que o nobre Colega resolvessse o problema do desenvolvimento, não
está analisando a ação administrativa do Govêrno existiriam Nações subdesenvolvidas, atrasadas. A
através do seu passivo, decorrente, como é natural, questão seria apenas aumentar a emissão e, dessa
da inflação de que se viu obrigado a lançar mão; mas providência decorreria a solução do problema. O
que já existia, em administrações anteriores. A argumento peca pela base.
inflação é justificável – permita-me Vossa Excelência O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: –
– numa nação como a nossa, forçada a recorrer a Permita-me Vossa Excelência insistir nesse ponto.
todos os meios por se desenvolver. O Brasil, como O nobre Colega, que sempre critica a política
Vossa Excelência deve ter verificado, vivia dentro de de emissão, deveria sugerir os meios de que o
uma inatividade lastimável no setor da administra- Govêrno poderia lançar mão para conseguir, sem
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sileiro, qual o grau de inflação no México e na falsas e constituem verdadeira contradição; inutilizam
China? aquilo que se pretende obter. As greves, que aí
O México, dentro do regime democrático; a estão, tema do início do meu discurso, representam
China, através da brutalidade, opressão de um essa furunculose que não é senão o resultado da
nacionalismo totalitário, mas, em ambos os casos, se inflação.
foge e se evita a inflação. Está demonstrado, como disse há pouco, que
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – Posso as cordas do violão atingiram o limite máximo da
responder a V. Exa. que tôdas as nações cultas distensão. Não é possível continuar.
também se preocupam muito mais com sua O SR. LOURIVAL FONTES: – Permite V. Exa.
organização econômica do que com problemas de um aparte?
ordem inflacionária. O SR. MEM DE SÁ: – Com prazer.
O SR. MEM DE SÁ: – Peço licença para O SR. LOURIVAL FONTES: – Na China,
divergir in limine de V. Exa. antes do regime comunista, lavrava a inflação mais
O problema inflacionário é a primeira devastadora, devoradora e astronômica possível: Lá,
preocupação de qualquer Govêrno, seja qual for seu para se comprar um par de sapatos era necessário
regime. uma carroça de dinheiro. Sua administração, em
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – Tôdas outubro de 1948, declarou com ênfase e perante o
as nações fogem ao problema de origem povo que a inflação seria detida e contida até março
inflacionária. Na verdade a inflação reprimida não do ano seguinte; e apesar da sua industrialização e
solucionará os problemas de ordem econômica. do seu progresso a inflação foi contida. Devo dizer
O SR. MEM DE SÁ: – Poderá haver desnível mais: quando estêve no Brasil o Ministro da
orçamentário porém sem inflação. Economia da Alemanha, responsável pelo
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – Sem rearmamento daquele país, declarou que
inflação, o Brasil não teria chegado à solução dos considerava o marco alemão como dólar. Quanto ao
problemas a que chegou, dispondo agora de meios Brasil referindo-se ao nosso desenvolvimento, teve
de reprodução. esta frase lapidar;
O SR. MEM DE SÁ: – Não dispõe, por causa “Não acredito em desenvolvimento de um país
da inflação. sem sanidade econômica.
Quando o papel moeda se volatiliza, não basta O SR. MEM DE SÁ: – É claro; é a lição
a poupança, nem títulos da divida pública; mas inalterável da ciência e da experiência.
quando a moeda é estável, a poupança tem, na Sr.Presidente, vou prosseguir:
dívida pública, uma das melhores aplicações. Perdoe Vossa Excelência a insistência
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – com que piso e repiso êste tema. Faço-o
Nenhuma nação ofereceu crédito ao Brasil. Sem Senhor Presidente, porque, a meu ver, mais
crédito externo, nenhum Govêrno teria outro meio perigosos que a inflação pròpriamente dita, são o
para realização das obras a que se chegou. clima e a mentalidade que a propaganda fácil
O SR. MEM DE SÁ: – Muitas gerou no País, levando grandes camadas
dessas obras, como demonstrei, são populares e até homens ilustres a su-
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porem que a emissão descontrolada e ilimitada de seis meses na Hungria; e pouco mais na Alemanha,
papel pintado pudesse conduzir o Brasil ao a verdadeira dissolução econômica.
desenvolvimento que todos almejamos. Esta burla, êste O SR. AFONSO ARINOS: – Permite Vossa
engôdo, esta maconha econômica aí está, nas greves Excelência um aparte?
e no pesadelo social, no esmagamento selvagem das O SR. MEM DE SÁ: – Com grande prazer.
classes médias e populares, evidenciando os O SR. AFONSO ARINOS: – A propósito do
resultados a que condena o País. Assim tem a história problema da inflação alemã, existe, como Vossa
cansativamente ensinado, em todos os povos e em Excelência não ignora, uma série de estudos de
tôdas as latitudes do planêta. Na Hungria, em 1946, um grande importância, não apenas no ramo das
dólar chegou a valer quatro milhões e seiscentos mil investigações financeiras, também no quadro da
quatrilhões de pengoes, relembrava, há poucos dias, o História política e social. Não há hoje mais dúvida
eminente Senhor Herculano Borges da Fonseca. nenhuma de que o nazismo emergiu menos da
Sorrirão Vossas Excelências de cifras e imagens derrota que da inflação.
aparentemente inconcebíveis. Não, dir-se-á, não O SR. MEM DE SÁ: – Exatamente!
chegaremos a tão espantosos extremos. Pois apenas O SR. AFONSO ARINOS: – A propósito
recordarei que, atingido o período da hiper-inflação, o da rapidez com que a moeda disparava no sentido
processo do caos financeiro húngaro levou apenas seis do seu aniquilamento, há poucos dias eu
meses para consumar-se. conversava, no Rio de Janeiro, com um dos mais
Aqui peço a atenção de Vossa Excelências, a experientes diplomatas do quadro do Itamarati, o
inflação, se não contida desde seu início, se começa antigo embaixador Muniz de Aragão, hoje
a assumir caráter de cronicidade e de exasperação, aposentado, ao fim de muitos anos de carreira
vai adquirindo um ritmo, através do qual cada vez se diplomática. Sua Excelência que servia em Berlim,
torna mais difícil freiar o processo desencadeado. Na recordava exatamente os fenômenos a que Vossa
inflação alemã muito menor que a hungara, a Excelência aludiu; e dá a idéia do que fôra a
situação em determinados pontos chegou a ser tal, tragédia do processo inflacionário através desta
que as oficinas da Casa da Moeda não imprimiam simples observação: desistindo de aferir o valor da
as cédulas, com a rapidez correspondente à moeda pelo seu poder aquisitivo, o Govêrno
desvalorização. Quando as cédulas eram postas passou a considerar, com aquêle rigorismo
em circulação, já a desvalorização era maior. É o germânico, o processo do aumento gradual da
que se chama a entrada do processo da hiper- desvalorização gradativa do valor monetário
inflação. Qual a linha que divide a inflação galopante, cronològicamente; então, dentro de certa hora do
exasperada, da hiper-inflação? Ninguém saberá dia o marco subia tantos milhões, ou descia tantos
dizer; é a mesma que divide os estados de lucidez, milhões em relação à paridade da hora anterior. O
dos da embriaguez; e mais um gole, menos um gole; problema estava não em obter o numerário
mas no momento em que as nações entraram suficiente de moeda para comprar com aquêle
no período da hiper-inflação, o quadro é êste: em valor provisório, mas em chegar à loja a tem-
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po de adquirir a mercadoria dentro do prazo fixado sôbre-humano à nação para superar as crises
de tempo para a paridade. Esta a informação que me desencadeadas. O salário-mínimo foi majorada em
transmitiu o embaixador Muniz de Aragão. 60; os demais estão sendo laboriosamente
O SR. MEM DE SÁ: – Outro fato verificado em reajustados, entre greve e protestos. Os
todos os países em apuro com a inflação é o de que vencimentos dos militares tiveram elevação
cada vez se torna mais freqüente o desaparecimento correspondente. Chega a vez, agora, dos
das transações através da moeda do País, servidores civis, com mais os marítimos,
sobretudo, como na sociedade primitiva, o processo portuários, ferroviários, autárquicos e inativos. Os
da troca em vez de ser da compra e venda; ou então impactos inflacionários se acumulam. Decretada a
começa operar, como aconteceu na Alemanha, a paridade a partir de 1º de julho, as emissões dêste
normalidade das transações através do dólar ou da fim de ano ultrapassarão todos os recordes do
libra, e não através do marco. próprio govêrno Kubitschek. Iremos a 40 bilhões,
O SR. LOURIVAL FONTES: – Permite V. Exa. ou mais, só em 1960. E legaremos ao nôvo
outro aparte? Presidente o orçamento mais desequilibrado,
O SR. MEM DE SÁ: – Pois não. anárquico e inexeqüível da história do Brasil.
O SR. LOURIVAL FONTES: – Vossa Em verdade, ninguém, nem mesmo os
Excelência citou a Alemanha e o México. Quanto ao técnicos do DASP e do Ministério da Fazenda, pode
México, devo dizer que lá estive há quinze anos. O estimar, com relativa aproximação, o vulto dos
valor do dólar, àquela época, era de oito pesos. impactos e traumatismo que o exercício corrente e o
Voltei após quinze anos, e o valor do dólar era de de 1961 vão suportar. E o aspecto trágico do
doze pesos. Em quinze anos cresceu metade. problema é que êle se apresenta incontornável a
Comparado ao Brasil, que, a êsse tempo, um dólar nós, na atual conjuntura. Poderíamos, por certo,
era dezoito cruzeiros, hoje é de duzentos cruzeiros, resistir à pressão dos grevistas, mas certamente,
quer dizer que no Brasil, cresceu dez vêzes, sucumbimos, sim, à coação do desenvolvimento
enquanto no México cresceu apenas a metade. inflacionário.
Qualquer um pode tirar as conseqüências dêste O SR. JEFFERSON DE AGUIAR: – Permite
fato. Vossa Excelência um aparte?
O SR. MEM DE SÁ: – Muito agradecido, pela O SR. MEM DE SÁ: – Com imensa satisfação.
honrosa contribuição de Vossa Excelência. O SR. JEFFERSON DE AGUIAR: – Quando
Eu estava trazendo o exemplo dos húngaros, exerci mandato de Deputado Federal na Câmara dos
para mostrar a gravidade do perigo que, assalta aos Deputados, tive ensejo de proferir voto contra o
Países em inflação, quando, num certo momento, aumento de vencimento de civis e militares, em 6 de
que não se pode pré-determinar, entra no período da março de 1955. Naquela oportunidade, demonstrava,
hiper-inflação. em longa justificação de voto, que cairíamos na hiper-
Desejo, sobretudo, advertir que o ponto a inflação, ou inflação maligna, com o procedimento que
que já chegamos – por culpa dos cinco se adotava então, porque iríamos marchar para a
anos kubitschequianos – vai impor um esfôrço situação intransponível que Vossa Excelência assi-
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nala. Citei, inclusive, lição do Professor Samuelson, O SR. MEM DE SÁ: – Com todo o prazer.
professor do Instituto Tecnológico de Massachusetts, O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Tenho a
que mostrava que, na Guerra de Secessão dos impressão, nobre Senador Mem de Sá, de que
Estados Unidos, o processo inflacionário operava ninguém levantará a voz nesta Casa, ou fora dela,
terrível fenômeno para a população estadunidense. para contestar o discurso de Vossa Excelência na
Antes da Guerra a algibeira servia para levar parte em que afirma e demonstra, com exemplos,
dinheiro ao mercado e trazer mercadoria nos que a situação do processo inflacionário apresenta,
carrinhos, depois da Guerra; as algíbeiras realmente, todos os riscos que Vossa Excelência
traziam mercadorias e os carrinhos transportavam o aponta, e corrói o processo do desenvolvimento.
dinheiro. Creio que para enfrentar a situação de fato, da
O SR. MEM DE SÁ: – É o Green Back. situação brasileira, cuja proximidade, maior ou
O SR. JEFFERSON DE AGUIAR: Exato, menor, da linha da hiperinflação a que Vossa
Marchamos para o caos no panorama nacional Excelência referiu, é impossível precisar, o próximo
porque estamos adotando situações mais fáceis, Govêrno e os futuros terão que aplicar uma série de
aparentemente, para solução de problemas graves medidas, entre as quais; acredito, um esfôrço sério e
complexos até chegarmos àquilo que sociólogos e persistente de tentativas pelo menos para
historiadores assinalam como o endemoniamento do reequilibrar as finanças públicas, além de outras
ecúmeno. Era o aparte que queria proferir, providências que, penso eu, poderão classificar-se
endossando as palavras do ilustre representante do em duas linhas principais: Na primeira as tendentes
Estado do Rio Grande do Sul. a pôr em jôgo fatôres ociosos da nossa economia,
O SR. MEM DE SÁ: – Muito obrigado a Vossa como a terra, através de reforma agrária adequada
Excelência. em várias regiões do Brasil.
Senhor Presidente, como disse, o aumento O SR. MEN DE SÁ: – Perfeitamente de
salarial vem sob a forma de coação irresistível, não acordo.
da greve mas do desenvolvimentismo. Depois da O SR. ANTÔNIO BALTAR: – ...como, também
moeda se ter desvalorizado, torna-se iníquio e um programa de trabalho para conjunto de
criminoso negar aos assalariados um reajustamento equipamentos, que já existem, mas trabalham a
nominal. rendimento muito baixo e outros desta natureza.
O SR. JEFFERSON DE AGUIAR: – Numa segunda linha, as que envolvam providências
Exatamente. fiscais, providências de câmbio e diversas outras que
O SR. MEM DE SÁ: – E esta é uma solução promovam a redistribuição da renda; isto é, aquelas
falsa, solução de expediente, no momento, que só é medidas que, em linguagem de economista, se
válida se seguidor das medidas de contenção das chamam progressivas, e não regressivas. Ate aí,
despesas e da inflação. estou inteiramente de acôrdo com Vossa Excelência.
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Permite Vossa O SR MEM DE SÁ: – E eu com Vossa
Excelência um aparte? Excelência.
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Se é verdade que se tenham realizado obras Cultura. O Rio Grande do Sul, por exemplo, exporta
e são poucas as realmente reprodutivas, sem citar as cêrca de cem mil toneladas do produto, quando
totalmente improdutivas, que corroeram a Nação e a poderia exportar um milhão. É uma leguminosa de
moeda – penso e reafirmo que seria possível realizar que carece o mundo inteiro; é uma das maravilhas
isso ou mais que isso, que houve de bom, de seguro, da natureza; talvez uma das provas da existência de
de verdadeiro, sem recorrer à inflação. Os governos Deus. Nada se faz; entretanto, como nada se faz
anteriores têm-no demonstrado. pela juta do nobre Senador Mourão Vieira; que
O aumento das exportações, por exemplo, que também poderia constituir item positivo nas nossas
já representou onze por cento do produto da trocas, bem como aumentar o valor das nossas
receita nacional e que, hoje, está reduzido a seis e exportações. Continuamos, porém, adstritos ao café,
meio por cento, daria capacidade de importação em superprodução, e não socorremos a juta, a
extremamente útil a um real processo de pimenta da Índia, a soja ou os produtos que
desenvolvimento. poderíamos exportar em grande, escala.
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Permite V. Exa. Nem se diga que a exportação de matérias-
outro aparte? primas constitui sinal do subdesenvolvimento. A
Austrália e Nova Zelândia são países de maior
O SR. MEM DE SÁ: – Pois não.
progresso, e desenvolvimento, na atualidade. A Nova
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – A êsse respeito
Zelândia, que é exemplo, oferece êste item, que é
permito-me uma observação discordante: a
simplesmente maravilhoso: 46% de sua população
diminuição do valor das exportações, em relação
mora em casa própria; e a base da sua economia é a
ao produto bruto nacional, deve-se não
exportação de produtos primários, tais como a lã de
sómente a aspectos de conjuntura do mercado ovelhas e o trigo.
internacional... Volto a dizer que o que foi feito com a inflação
O SR. MEM DE SÁ: – Não estou atribuindo o é menos do que se poderia fazer sem ela.
tato ao atual Gôverno. Estou apenas citando. A inflação deixa-nos como herança o que aí
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – ...como também está e que agora enfrentamos. É uma hidra, uma
à peroração dos têrmos de troca, que persistiu nova esfinge, que desafia a solução, porque ou nós a
nesses cinco anos, dos nossos produtos pelos deciframos ou ela nos devora; devora a República
importados. Esta a razão pela qual houve a queda. devora as Instituições.
O SR. MEM DE SÁ: – E não houve aumento, Assistimos a êsse cenário: o cenário das
houve diversificação. Continuamos exatamente nos Instituições combalidas, periclitantes, sem se saber
mesmos têrmos, sem a menor providência, quanto tempo durarão. Tudo em decorrência
precisamente por causa do abandono exclusiva da inflação.
da agricultura. Prossigo, Sr. Presidente.
Ontem, palestrando no Rio de Janeiro com o O pior, porém, é que, hipertrofiando o pélago
Professor Castro Barreto, comentávamos sôbre o do descalabro financeiro, lança-se o govêrno ao furor
que o Brasil poderia exportar de soja, se houvesse de nova onda do empreguismo, que lhe tira os
um programa intensivo de desenvolvimento dessa últimos restos de autoridade para recusar
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qualquer reivindicação dos servidores. O "Diário motores, companhias e agora também de contra-
Oficial" anda pejado de fôlhas maciças de pêso a previdência nacional, sendo ainda médico
nomeações que, segundo cálculos moderados, diplomado.
andam em tôrno de quatro mil. São os Institutos e as Houvesse tais greves, políticas ou não, mas de
autarquias, mesmo os que se encontram em estado bons, fundamentos morais, saberíamos se delas
de bancarrota, que se abarrotam de novos decorreria coação irresistível sôbre o govêrno. E aqui
procuradores, tesoureiros, fieis, assessores; numa tocamos ponto delicado e perigoso: o de perquirir em
revoltante inflação de parasitas e traças devoradoras que grau um movimento paredista exerce pressão
do erário. De um caso se sabe em que o Presidente efetiva sôbre os podêres públicos. E ainda mais, o de
da autarquia a si próprio se nomeou Procurador. Há investigar coro, que freqüência se podem suceder tais
histórias de barganhas e de episódios que ilustram greves, no clima fecundo da anarquia inflacionária e
em tarja de vergonha esta política mesquinha com sob os estímulos de líderes suspeitos...
que o govêrno expirante cuida desgraçar o govêrno Da que se encerrou, pouco nos é dado
vindouro. Como poderá esta nação sofrer as cargas afirmar, pois que em Brasília nos achávamos. Ela
sobrepostas de tanta insânia? Como e por que não apenas comprovou que neste Planalto não está a
entram em greve geral os trabalhadores para Capital da República como tantas vêzes tenho
protestar contra o esbanjamento e a dilapidação do afirmado desta tribuna. Aqui de Brasília, nada
patrimônio dos Institutos, patrimônio feito com o suor sabíamos e menos, sentíamos do que se passava no
de seu rosto e as contribuições de seus salários? Brasil. Ou melhor sabíamos tanto das greves do Rio
Bem justa e necessária seria a greve que objetivasse e São Paulo, quanto das de Buenos Aires e
impedir que as autarquias previdenciárias se Santiago. O govêrno, isto é, o Poder Executivo
consumissem como pasto de todos os apetites e inteiro e completo, lá estava na Guanabara. E o
escândalos. Motivo de greve seria, também, algumas Legislativo, aqui ancorado, lia nos: jornais o que se
das nomeações que o Govêrno acaba de fazer para passara na véspera. Momento houve em que até os
a composição colegiada dos órgãos de cúpula do líderes parlamentares tiveram viagem marcada para,
sistema de Previdência, De uma se sabe que no Palácio das Laranjeiras, em contato com as
levantou o clamor da unamidade da classe a que autoridades e com o Brasil, trocar idéias, e participar
pertence e que representa o nomeado. Êste mesmo das deliberações decisivas.
teve reprovadas, dois anos consecutivos, as contas Ficamos no vácuo de Brasília, vivendo pela
que prestou e vai agora, investido em maiores imaginação. Livres de pressões, sim. Não as
podêres, a elas mesmas aprovar, bem como as sentimos e, fisicamente, nos era dada a gostosa
dos demais administradores. De outros, conhecem- sensação de segurança que as imensas distâncias
se as acusações e denúncias que os próprios favorecem. Só os boatos nos perturbavam a razão e,
correligionários lançam em público. Ainda com êles, a insegurança e a incerteza dos
outro, é homem de saber ilimitado e mais ilimitados julgamentos. Que riscos reais corria a nação? Que
cargos, pois nas 24 horas de uns só dia dirige intenções ocultas se aninhavam nos diversos setores
emprêsas incorporadas, ferrovias, fábricas de postos em ação? Havia iminência de comoção intes-
– 445 –
go, prova hábil do órgão ou pessoa jurídica a que o PROJETO DE LEI DO SENADO
beneficiário haja servido. Nº 7, DE 1958
Art. 2º Na contagem prevista no artigo anterior
e para os mesmos efeitos, será incluído o tempo de Dispõe sôbre a contagem recíproca, para
serviço prestado aos Estados e Municípios. efeito de aposentadoria, do tempo de serviço
prestado por funcionários à União, às Autarquias e
Art. 3º Não havendo o beneficiário contribuído
ao Banco do Brasil S.A.
para a instituição de previdência social a que
pertencia durante o tempo contado para os efeitos O Congresso Nacional decreta:
desta lei, pagará em 30 (trinta) prestações mensais, Art. 1º A União, as Autarquias e o Banco do
descontadas em fôlha, a importância equivalente a Brasil S.A. contarão reciprocamente, para os efeitos
10% (dez por cento) do montante dos salários ou de aposentadoria, o tempo de serviço anteriormente
vencimentos percebidos naquele período, salvo se, prestado a qualquer daquelas entidades pelos
no cargo ou serviço atual, já houver recolhido ao respectivos funcionários ou empregados.
instituto respectivo o mínimo de cento e vinte Art. 2º Computar-se-á, também, para os
contribuições mensais. mesmos efeitos do artigo precedente, o tempo anterior
Art. 4º As vantagens previstas no artigo 180 do de serviço superior a 10 (dez) anos, prestado aos
Estados e Municípios pelos servidores e empregados
Estatuto dos Funcionários Públicos da União (Lei nº
das Autarquias e do Banco do Brasil S.A.
1.711, de 28 de outubro de 1952), são extensivas à
Art. 3º A contagem de tempo será feita
aposentadoria dos funcionários ou servidores das mediante prova hábil fornecida pela entidade a que o
Sociedades de Economia Mista e Fundações beneficiário haja servido – Repartição Pública, Banco
instituídas pelo Poder Público. do Brasil S.A. ou Autarquia.
Art. 5º Aos atuais servidores ou Art. 4º Não havendo o beneficiário contribuído
funcionários beneficiados por esta lei é assegurado o para a instituição de previdência social, a que
direito de requerer a contagem do tempo a pertencia durante o tempo contado para os efeitos
incorporar, dentro do prazo de dois anos da data de desta lei, pagará, em 30 (trinta) prestações mensais,
sua publicação. descontadas sem fôlha, a importância equivalente a
Parágrafo único. Para os casos futuros 10% (dez por cento) do montante dos salários ou
vencimentos percebidos naquele período, salvo se,
vigorará igual prazo, a ser contado da data de
no cargo ou serviço atual, já houver recolhido ao
admissão ao trabalho. Instituto respectivo, o mínimo de 120 (cento e vinte)
Art. 6º Revogam-se as disposições em contribuições mensais.
contrário. Art. 5º Aos atuais servidores ou funcionários
O SR. PRESIDENTE: – Tratando-se de beneficiados por esta lei é assegurado o direito de
emenda substitutiva; fica prejudicado o projeto. requerer a contagem do tempo a incorporar, dentro
É o seguinte o projeto prejudicado: do prazo de um ano da data de sua publicação.
– 447 –
Parágrafo único. Para os casos futuros mento. O projeto de lei de nôvo Código Florestal
vigorará igual prazo, a ser contado da data de continua paralisado. No setor Executivo, nada foi
admissão ao trabalho. anunciado, capaz de alterar o panorama de completo
Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário. abandono de nossa riqueza florestal.
O SR. PRESIDENTE: – Sôbre a mesa uma Mas, a crise da economia madeireira que
declaração que vai ser lida. anunciei, há meses, esta, sim, por efeito da falta de
É lida a seguinte: previsão dos órgãos competentes, atingiu
proporções gravíssimas com repercussões sociais e
DECLARAÇÃO econômicas muito sérias.
Fica, pois, aqui, mais uma vez meu apêlo ao
Em 17 de novembro de 1960 Govêrno Federal, no sentido de incluir nas suas
Senhor Presidente: preocupações o problema da preservação de nossa
Julgo de meu dever comunicar a Vossa riqueza florestal.
Excelência que me abstive de participar da votação Hoje, Senhor Presidente, peço a atenção da
da Emenda da Câmara ao Projeto de Lei do Senado casa para outro problema nacional, cuja solução
nº 7-58, visto ser, como funcionário do Banco do
deve ser, na defesa dos mais legítimos interêsses,
Brasil, interessado na matéria.
nacionais, posta em equação, imediatamente. Refiro-
Atenciosas saudações.
me ao problema do carvão.
Sala das Sessões, em 17 de novembro de
O carvão mineral representou a base da
1960. – Afonso Arinos.
revolução industrial por que passa o mundo e,
O SR. PRESIDENTE: Está esgotada a
matéria da Ordem do Dia. atualmente, está longe de ser desbancado pelo
Há oradores inscritos. petróleo e pela energia atômica, como muitos
Tem a palavra o nobre Senador Irineu supõem.
Bornhausen. A despeito do vertiginoso crescimento do
O SR. IRINEU BORNHAUSEN (lê o seguinte consumo dos derivados de petróleo e do gás natural,
discurso): Senhor Presidente, Senhores Senadores, o carvão representa ainda hoje a principal fonte de
no início da presente sessão legislava, tive energia de que dispõe o homem.
oportunidade de focalizar, desta alta tribuna, o Segundo dados estatísticos de 1958 o carvão
problema da preservação e recuperação de nossas representa no balanço energético mundial 44% de
reservas florestais, que se inscrevem entre os tôdas as fontes primárias de energia; o petróleo
recursos naturais mais importantes do nosso País. 32,2%; o gás natural 12,8% e a hidroeletricidade
Ponderei ao Poder Executivo do descaso com 11%.
que está sendo tratada essa importante questão, e A lenha que não foi computada nos dados
pedi a atenção do Congresso para a necessidade de estatísticos acima, só constitui fonte importante de
se votar, imediatamente, um nôvo Código Florestal energia nos países subdesenvolvidos, à exceção de
que tenha conteúdo econômico capaz de despertar casos especiais como o da siderurgia sueca.
interêsse pela solução do problema. As projeções da demanda de energia nos
O silêncio foi, lamentàvelmente, Estados Unidos indicam que pelo alio de
a resposta àquele meu pronuncia- 1980 os derivados de petróleo serão a principal
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fonte de suprimento com 35% do total, vindo logo Paulo Light autorizada a ampliar a capacidade
após o carvão e gás natural com 29% cada geradora de Piratininga em 250.000 kw.
um; a energia atômica deverá estar naquela mesma Algum entrosamento e um pouco de
época suprindo uns 6% e a hidreletricidade, patriotismo teriam sido suficientes para evitar o
apenas 1%. fracasso da meta do carvão, mineral, produção há
País pobre em combustíveis minerais, o Brasil anos estava contida e, agora, em decréscimo.
tem desenvolvido a sua produção de eletricidade Faltou coordenação para que as Metas da
com base na sua fôrça hidráulica, porém para o seu Siderurgia, Transportes e Eletricidade se
aproveitamento racional as usinas hidrelétricas desenvolvessem harmônicamente com a do carvão;
devem ser complementadas com eletricidade de bastava que as olhasse como um todo, dentro do
origem térmica já que a regularidade de operação panorama econômico nacional, para que elas se
destas últimas independe de fatôres, fora do contrôle entrosassem perfeitamente bem.
do homem – como as precipitações pluviométricas. O desenvolvimento da nossa produção
A intercalação de usinas termelétricas nos siderúrgica com a ampliação de Volta Redonda, e a
sistemas; hidro é hoje universalmente adotada; não construção de novas siderurgias a coque; estará dentro
só com relação à segurança, mas, sobretudo, quanto em pouco a reclamar quantidades cada vez maiores de
à economia de operação elas são indicadas. No carvão metalúrgico nacional, que está suprindo Volta
Brasil a São Paulo Light iniciou com construção da Redonda em 40% das suas necessidades; mas,
Termelétrica de Piratininga tal prática, que, porém, produzir mais carvão metalúrgico gera a necessidade
quanto ao combustível utilizado; fuel oil, não atendeu de produzir mais carvão de vapor, face a características
ao problema do carvão. intrínsecas às nossas jazidas de carvão coqueificável,
As diminutas reservas de petróleo até hoje que se situam no Estado de Santa Catarina, e, êsse
conhecidas em nosso País e que não alcançam o carvão só poderá ser utilizado racionalmente em
suprimento das necessidades nacionais, senão por instalações fixas para a produção de eletricidade.
uns poucos pares de anos, fizeram com Como encontrar; agora, em curto, prazo, um
que se desenvolvesse e consolidasse no Plano do mercado que seja capaz de absorver todo o carvão
Carvão, Nacional, uma política tradicional vapor que se produzirá ao suprir as necessidades
em nosso País – de amparo e incentivo à produção mínimas dá siderurgia brasileira?
carvoeira. Formulo aqui a pergunta aos técnicos e em
Foi, precisamente, após a promulgação da Lei especial aos do Plano do Carvão Nacional.
1.886, de junho de 1953; que criou a Comissão Anos atrás, o Senador pelo Partido Trabalhista
Executiva do Plano do Carvão Nacional, que se Brasileiro do Distrito Federal, Senhor Alencastro
instalou no País a primeira usina termelétrica de Guimarães, apresentou projeto para a construção
grande porte; e, quase coincidente com a publicação de usina termelétrica de 300.000 kw a ser
das metas governamentais do Presidente instalada junto às minas de carvão do sul-
Juscelino – entre as quais se encontrava a do catarinense, mas, a solução preconizada por
Carvão Mineral como a de número 3 – foi a São aquêle ilustre Senador, que seria a radical para
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o problema, não teve, por motivos que ignoro, mas, Brasil e a única fonte de enxôfre explorada,
que posso imaginar, o andamento devido; é que a presentemente, é uma jazida de piritas localizada em
solução do Senhor Alencastro Guimarães era uma Ouro Prêto, cujas, condições de extração são, dia a
solução a médio prazo de uns cinco ou seis anos dia, mais difíceis.
talvez, e, em nosso País, só se adota soluções de A destilação do carvão, além de fertilizantes,
emergência – obras cuja inauguração possa ainda supriria a indústria química de matéria-prima para um
ser realizada na vigência do mandato de quem as sem número de produtos cujo, consumo está apenas
apoiou. se iniciando em nosso País e que deverão ser
Em 1956, o Govêrno catarinense logrou obter produzidos a partir do alcatrão de hulha.
do Govêrno Federal apoio para a constituição de A inexistência entre os nossos órgãos técnico-
uma sociedade de economia mista, a SOTELCA, administrativos de organismo que coordene o uso
com a finalidade de instalar, na zona carbonífera, das diferentes formas de energia – carvão, petróleo,
uma usina termelétrica de 100.000 Kw, que elétrica e agora a nuclear, é responsável pela
queimasse carvão tipo vapor. O empreendimento desordem reinante nos diferentes setores quando
está em execução, mas quando em funcionamento, encarados do ponto de vista nacional; não é raro que
não consumirá, nem de longe, todo o carvão tipo soluções regionais e olhadas a curto prazo tenham
vapor que será produzido em decorrência do precedência às soluções nacionais e de longo
aumento de demanda do carvão tipo metalúrgico. alcance.
Precisamos de uma vez por tôdas, traçar os Os excedentes de carvão-vapor cujo mercado
rumos de uma política brasileira do carvão. Política tende rapidamente a desaparecer, devem ser
essa para ser cumprida, tanto na paz, como na canalizados para a produção da eletricidade não só
guerra, em época de apertura, como de bonança; junto às minas de carvão como em termelétricas
quando o problema em equação fôr a siderurgia, o que se construam no litoral paulista ou
petróleo; a eletricidade ou o dos transportes. O que Estado do Rio.
não será mais possível é que se trace uma rota e A idéia de uma usina siderúrgica em Santa
que dela nos desviemos tôda a vez que as Catarina tinha o mesmo mérito, isto é: dar equilíbrio
conveniências de negócios, de grupos, de Estados, ao mercado dos diversos tipos de carvão resultantes
dos políticos, enfim, indicarem em determinado da produção do tipo metalúrgico, além do de suprir
momento, orientação diversa. com os seus produtos regiões dos três Estados
O aproveitamento do enxôfre contido nas sulinos cuja demanda de produtos siderúrgicos é
piritas do carvão catarinense é outro problema cuja cada vez maior.
solução está à vista; mas, que necessita seja As reservas carboníferas de nosso País se
resolvido em forma definitiva. Jogamos fora junto à bem que não se aproximem das dos Países mais
Usina de Lavagem em Capivari, cada ano, uma bem aquinhoados, alcançam cifras bastante
tonelagem de refugo piritoso cujo conteúdo de expressivas e que asseguram uma cobertura para as
enxofre excede a demanda, total do País. necessidade nacionais por períodos longos. As
Nenhum depósito de enxofre catarinenses, por exemplo, que atingem a mais de
nativo foi até agora localizado no 1,2 bilhões de toneladas, são suficientes para
– 450 –
xa a Despesa da União para o exercício de 1961, na organização jurídica e consolidação legal à nova
parte referente ao Anexo número 3 (Órgãos ordem de coisas. Mesmo às vesperas da Revolução
Auxiliares) – Subanexo número 3.02 (Conselho vitoriosa, o grande brasileiro vacilava em se
Nacional de Economia) tendo Parecer nº 445, de pronunciar. As formas de govêrno não o
1960, da Comissão de Finanças, favorável ao projeto preocupavam. Os seus objetivos eram, antes de tudo,
com as Emendas ns. 1 (CF) a 13 (CF). a Federação. Com ou sem a Monarquia. Neste ponto
2 – Discussão única do Projeto de Lei da separava-se de Joaquim Nabuco, o seu glorioso
Câmara nº 87, de 1960, número 1.880, de 1960, na amigo e companheiro da campanha abolicionista, que
Câmara), que estima a Receita e fixa a Despesa da também era pela Federação, mas com a Corôa.
União para o exercício de 1961 na parte referente ao De Benjamim Constant, consagrado
Anexo número 4 (Poder Executivo) – Subanexo nº constitucionalmente o Fundador, sendo, como era,
4.02 (Departamento Administrativo do Serviço de formação moral e filosófica um positivista, não se
Público), tendo Parecer número 437, de 1960, da podia dizer que fôsse um conspirador e agitador.
Comissão de Finanças, favorável ao projeto e às Mestre na Escola Militar, tinha o seu núcleo de
Emendar ns. 1 a 5. alunos exaltados devotos e fiéis, aos quais
3 – Discussão única do Projeto de Lei da preparava para as reformas liberais. Não,
Câmara nº 87, de 1960 (número 1.880, de 1960, na concretamente, para a República. O seu discurso de
Câmara), que estima a Receita e fixa a Despesa da 23 de outubro de 1889, na referida Escola, menos de
União para o exercício de 1961, na parte referente um mês da Revolução, não tem nada de incendiário.
ao Anexo número 4 (Poder Executivo) – Subanexo Mas é a sua primeira e franca demonstração contra a
número 4.03 (Estado Maior das Fôrças Armadas) dinastia e os métodos reinantes. Realizava-se ali,
tendo Parecer nº 438, de 1960, da Comissão de nessa ocasião, uma homenagem à oficialidade de
Finanças favorável ao projeto e às Emendas ns. 1 a um navio de guerra chileno em visita à Côrte.
5 e oferecendo as de ns. 6 (CF) a 14 (CF). Benjamim saudou os visitantes em têrmos que não
Está encerrada a sessão. agradaram aos políticos e conselheiros do
Levanta-se a sessão às 15 horas e 55 Imperador. Pensou-se até em demitir o diretor da
minutos. Escola. Estendeu a saudação aos discípulos,
Artigo que se publica nos têrmos do afirmando que êles haviam de compreender "que
Requerimento nº 468, de 1960, aprovado na sessão uma larga instrução científica, moral e cívica, levada
de 16 de novembro de 1960. muito além dos planos do ensino oficial, era ainda
Em verdade, a Questão Militar conduziu no mais necessária que a instrução militar para o
bôjo a Abolição, a Federação e a República. Tudo desempenho dos altos destinos sociais e políticos
se ligou, por uma série de surprêsas e imprevistos que, neste século, os Exércitos eram chamados a
para o acontecimento maior, que seria o 15 de desempenhar no seio da nação".
novembro de 1889, com a mudança definitiva do Tôda a oração não excedeu da maneira dêste
regime. Mas Deodoro, o Proclamador, não era trecho. Mas dias depois, o mestre recebia uma
republicano. Nem o era Rui Barbosa, que deu mensagem de seus discípulos exortando-
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o com estas palavras finais: "Sêde o nosso guia em ministro interpelou o tenente-coronel, para que
busca da terra da promissão – solo da liberdade". respondesse se era seu o artigo, o que o interpelado
Não se verá aí um compromisso certo, direto, confirmou. Viu-se punido. Outras punições vieram no
perfeito, com Benjamim para fazer a República. mesmo sentido. As de Solon e Sena Madureira, que,
Afinal de contas, o solo da liberdade tanto podia se como Cunha Mattos, eram oficiais recomendados
encontrar sob o barrete frígio, como sob a Coroa. E a pelo talento, pelo caráter e pelos serviços ao Império.
prova era que Rui tão arraigado aos princípios da O caso do tenente Pedro Carolino de Oliveira
libertação, não alimentava preferências; o que êle e Cruz não é de ser esquecido. Na relação do Clube
reclamava era a Federação, com ou sem a Militar, foco da conspiração, êle figurava como sócio,
Monarquia. mas raríssimamente lá aparecia. Disso, o historiador
A Questão Militar, entretanto, é que inflamava Tobias Monteiro, testemunha dos episódios, deixou
os espíritos mais rebeldes. Vinha da indisciplina nos depoimento expressivo. Carolino comandava a
quartéis. Forjou-a o arbítrio dos gabinetes de sua Guarda do Tesouro e, por isso ou por aquilo, não fêz
majestade. Os Avisos ministeriais expedidos contra a continência de estilo ao passar por ali o Ministro da
alguns militares insubordinados criaram o espírito de Fazenda, Visconde de Ouro Prêto, que era o
classe, que tudo iria transformar, no dizer de Rocha Presidente do Conselho de Ministros. Repreendido,
Pombo, pondo abaixo o trono e com êste, levando de ficou detido. Pelo "Diário de Notícias", Rui Barbosa
roldão as esperanças de um Terceiro Reinado. deu ao incidente proporções extraordinárias. O
Estava feita a República. Clube, instalado na Rua da Quitanda, reuniu-se em
Hoje, decorridos 71 anos, a História se há de apoio do tenente, numa sessão a que Benjamim
narrar como os fatos se verificaram e não como se presidiu. Teve êste logo, ali, a missão de resolver a
possa imaginar que êles tivessem ocorrido. Quem deu Questão Militar pela forma mais honrosa para o
início à Questão Militar foi um civil: o bacharel Exército e a Nação. Desterrado o tenente para o
Simplício de Rezende, que era deputado conservador extremo norte, a sua ida ao "Diário de Notícias" para
pelo Piauí. Sucedeu que na unidade do Exército se despedir, foi uma cena dramática que o jornal
sediada em Teresina se denunciaram graves noticiou com as côres mais vivas e emocionantes.
irregularidades. O Ministro da Guerra do Gabinete Sôbre isso, Rui escreveu um de seus mais
Cotegipe, conservador, portanto, era o Conselheiro sensacionais artigos. O tenente, ao chegar à Bahia,
Alfredo Chaves que despachou para a mencionada teve o prazer de saber que a República já era uma
capital o tenente-coronel Cunha Mattos, incumbido de realidade. O primeiro ímpeto do general Hermes, o
tudo apurar. No regresso dêste, Simplício foi para a comandante das Armas, que era irmão de Deodoro,
tribuna da Câmara e alertou o ministro, dizendo que o foi mandar agarrar Carolino. Só a contragosto se
relatório de Cunha Mattos não merecia crédito, uma deteve.
vez que o mesmo era da amizade dos acusados. Mas se a Questão Militar começada
Cunha Mattos, replicou pelos a pedidos do por um civil, trouxe a República envolvida
Jornal do Comércio. Foi duro. Simplício, novamente no espírito de classe, ninguém mais pela
da tribuna, treplicou. E foi ainda mais duro. O República trabalhou e sofreu do que ou-
b
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tro civil, o bacharel Antônio da Silva Jardim. Fizera ções. Quando tomava o bonde, ia até o fim da linha.
profissão de fé republicana desde 1882, quando se Custasse o que custasse. Pois a êle, o mais ardoroso,
diplomou em direito pela respectiva Faculdade de corajoso e eficiente de seus propagandistas, senão o
São Paulo. Não freqüentava os quartéis. Era homem mais sincero, a República não soube ser reconhecida.
dos comícios populares. Só sabia falar às massas. E Na manhã de 15 de novembro de 1889, estando já
como falava! Sobravam-lhe eloqüência, audácia e acabado o Império e meio composto o nôvo e
firmeza de idéias. Numerosas vêzes arriscou a vida provisório govêrno da Revolução vencedora, Silva
para pregar e sustentar a sua causa. A sua ousadia Jardim ainda tudo ignorava. Receiaram-no. Nada lhe
foi ao extremo de seguir para o Norte, em disseram. Foi o professor Hilário de Gouveia, seu
propaganda republicana, no momento mesmo em vizinho, quem, voltando do centro da cidade, lhe deu a
que para lá viajava o Conde d'Eu diligenciando com sensacional notícia. Tão grande foi o desencanto do
o seu prestígio de príncipe consorte, pela Monarquia idealista exaltado que não quis mais viver no seu
e pelo Terceiro Reinado. Censuram-no os País. Em 1891, achando-se em Nápoles, subiu ao
correligionários pela temeridade Silva Jardim, porém, Vesúvio e lá desapareceu, mergulhando numa das
não era homem de recuar. Tinha horror às dissimula- crateras do vulcão. – M. Paulo Filho.
146ª SESSÃO, DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA, DA 4ª LEGISLATURA, EM 17 DE NOVEMBRO DE 1960
EXTRAORDINÁRIA
retora: – Filinto Müller. – Cunha Mello. – Gilberto dendo fazer através de convênios de associações
Marinho. – Mathias Olympio. rurais. Saudações. Associação Rural de Manaus. Ass.
O SR. PRESIDENTE: – Os projetos que Solon Henriques Gonçalves, Presidente em exercício".
acabam de ser lidos não estão sujeitos a É mais um argumento, Sr. Presidente, para
apoiamento. que o Sr. Ministro da Agricultura leve em
Sendo de autoria da Comissão Diretora, que, consideração o que se diz desta tribuna.
regimentalmente, tem competência privativa para o O que mais me admira é que sendo S. Exa.
estudo da matéria nêles consubstanciada, não integrante do Senado, até hoje não deu uma
dependem de parecer. solução; ao contrário, declarou ao Sr. Líder da
Serão publicados e incluídos na Ordem do Maioria que havia recursos para comprar sementes,
Dia. o que não havia era sementes.
Está finda a leitura do Expediente. Provei, através do telegrama do Diretor do
Tem a palavra o nobre Senador Mourão Vieira. Fomento Agrícola, uma autoridade subordinada ao
O SR. MOURÃO VIEIRA (*): – Sr. Presidente, Ministério da Agricultura, que a afirmação não era
venho à tribuna apenas para trazer ao conhecimento verdadeira. Agora é o Presidente da Associação
da Casa mais um telegrama, que acabo de receber Rural de Manaus quem declara que, se houver
do Presidente da Associação Rural de Manaus, recursos, é possível adquirir as sementes.
ainda versando sôbre o calamitoso caso da juta É o apêlo que faço, mais uma vez, ao Sr.
amazônica, em absoluto e completo desprêzo. Ministro da Agricultura, o ilustre Senador Barros de
Diz o Presidente da Associação: Carvalho. (Muito bem!).
"Semente de juta continua chegando O SR. PRESIDENTE: – Continua a hora do
procedente do Pará por intermédio de exploradores Expediente. (Pausa).
que estão beneficiados pela incapacidade Agrinorte Não havendo quem queira ocupar a tribuna,
pt Poucos juteiros conseguem comprar pt Cêrca de passa-se à:
mil e quinhentos cruzeiros o quilo pt...
O preço originário da juta em Monte Alegre é ORDEM DO DIA
de trinta cruzeiros. O aumento é, portanto, cinqüenta,
vezes. Discussão única do Projeto de Lei da Câmara
Continua o telegrama: nº 87, de 1960 (nº 1880, de 1960, na Câmara), que
"Apesar da procrastinação de medidas estima a Receita e fixa a Despesa da União para o
salvadoras por parte das autoridades exercício de 1961, na parte referente ao Anexo nº 3
responsáveis, havendo recursos imediatos será (Órgãos Auxiliares) – Subanexo nº 3.02 (Conselho
possível adquirir aproximadamente vinte Nacional de Economia) tendo Parecer número 445,
toneladas. Lembro a oportunidade de voltarmos a de 1960, da Comissão de Finanças, favorável ao
pleitear a produção de semente neste Estado, po- projeto com as Emendas ns. 1 (CF).a 13 (CF).
Não havendo quem peça a palavra, encerrarei vorável ao projeto e às Emendas ns. 1 a 5.
a discussão. (Pausa).
Está encerrada. O SR. PRESIDENTE: – Em discussão o projeto.
Em votação. Não havendo quem peça a palavra, encerarei
Os Srs. Senadores que o aprovam, queiram a discussão. (Pausa).
permanecer sentados. (Pausa). Está encerrada.
Está aprovado. Em votação.
É o seguinte o projeto aprovado: Os Srs. Senadores que o aprovam, queiram
permanecer sentados. (Pausa).
PROJETO DE LEI DA CÂMARA Está aprovado.
Nº 87, DE 1960 É o seguinte o projeto aprovado:
anexo nº 4.03 (Estado-Maior das Fôrças Armadas) Está esgotada a matéria constante da pauta.
tendo Parecer nº 438, de 1960 da Comissão de Nada mais havendo que tratar, vou encerrar
Finanças, favorável ao projeto e às Emendas ns. 1 a os trabalhos, convocando os Srs. Senadores para
5 e oferecendo as de ns. 6 (CF) a 14 (CF). uma sessão extraordinária, amanhã, às 10 horas,
com a seguinte:
O SR. PRESIDENTE: – Em discussão o
projeto. ORDEM DO DIA
Não havendo quem peça a palavra, encerrarei
a discussão. (Pausa). 1 – Discussão única do Projeto de Lei da
Está encerrada. Câmara nº 87, de 1960 (número 1.880, de 1960, na
Em votação. Câmara) que estima a Receita e fixa a Despesa da
Os Srs. Senadores que o aprovam, queiram União para o exercício de 1961, na parte referente
permanecer sentados. (Pausa). ao Anexo nº 4 (Poder Executivo).
Está aprovado. Subanexo nº 4.09 (Conselho de Segurança
É o seguinte o projeto aprovado: Nacional) tendo Parecer número 442, de 1960, da
Comissão de Finanças, favorável ao projeto com a
PROJETO DE LEI DA CÂMARA Emenda nº 1 (CF).
Nº 87, DE 1960 2 – Discussão única do Projeto de Lei da
Câmara nº 87, de 1960 (número 1.880, de 1960, na
(Nº 1.880, de 1960, na Câmara) Câmara), que estima a Receita e fixa a Despesa do
União para o exercício de 1961, na parte referente
Que estima a Receita e fixa a Despesa da ao Anexo nº 4 (Poder Executivo).
União para o exercício de 1961, na parte referente Subanexo nº 41.1 (Superintendência do Plano
ao Anexo nº 4 (Poder Executivo) – Subanexo nº 4.03 de Valorização Econômica da Fronteira Sudoeste do
(Estado-Maior das Fôrças Armadas). País) tendo Parecer nº 443, de 1960, da Comissão
de Finanças favorável ao projeto e à Emenda nº 1.
(Publicado no D.C.N. de 24-10-60). 3 – Discussão única do Projeto de Lei da
O SR. PRESIDENTE: – Em votação as Câmara nº 87, de 1960 (número 1.880, de 1960, na
emendas. Câmara), que estima a Receita e fixa a Despesa da
Os Srs. Senadores que as aprovam, queiram União para o exercício de 1961, na parte referente
permanecer sentados. (Pausa). ao Anexo nº 4 (Poder Executivo).
Estão aprovadas. Subanexo nº 4.18 (Ministério da Guerra) tendo
São as seguintes as emendas ns. 1 a 14, Parecer nº 444, de 1960, da Comissão de Finanças,
aprovadas: favorável ao projeto e às emendas ns. 1 a 4 e
(Emendas publicadas no D.C.N. 18-11-60, apresentando as de ns. 4 (CR) a 12 (CF).
constantes do Parecer nº 438, de 1960). Está encerrada a sessão.
O SR. PRESIDENTE: – A matéria vai à Encerra-se a sessão às 21 horas e 20
Comissão de Finanças Vara Redação Final. minutos.
147ª SESSÃO DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA, DA 4ª LEGISLATURA, EM 18 DE NOVEMBRO DE 1960
DESPESAS ORDINÁRIAS
CONSIGNAÇÕES:
DESPESAS DE CAPITAL
CONSIGNAÇÕES:
UNIDADES DESPESAS
Ordinárias De Capital Total
– 462 –
06.03 – Divisão do Material
06.03.01 – Divisão do Material (Despesas Próprias)................................................................ 11.617.760 80.000 11.697.760
06.03.02 – Divisão do Material (Encargos Gerais).................................................................... 600.000 – 600.000
06.04 – Divisão de Orçamento
06.04.01 – Divisão de Orçamento (Despesas Próprias)........................................................... 8.893.880 100.000 8.993.880
06.04.02 – Divisão de Orçamento (Encargos Gerais)............................................................... 1.423.595.080 – 1.423.595.080
06.05 – Divisão do Pessoal
06.05.01 – Divisão do Pessoal (Despesas Próprias)................................................................ 53.270.800 1.300.000 54.570.800
06.05.02 – Divisão do Pessoal (Encargos Gerais).................................................................... 31.410.000 – 31.410.000
06.06 – Seção de Organização................................................................................................................. 221.900 – 221.900
06.07 – Serviço de Comunicações........................................................................................................... 19.535.380 – 19.535.380
06.08 – Serviços de Transportes.............................................................................................................. 28.914.840
07 – Serviço de Documentação.......................................................................................................................... 20.158.100 – 20.158.100
4.21 – MINISTÉRIO DO TRABALHO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO
UNIDADES DESPESAS
Ordinárias De Capital Total
08 – Serviço de Estatística da Previdência e Trabalho
08.01 – Serviço de Estatística da Previdência do Trabalho (Despesas Próprias).................................... 50.874.580 1.500.000 52.374.580
08.02 – Serviço de Estatística da Previdência e Trabalho (Encargos Gerais)......................................... 220.000.000 – 220.000.000
09 – Departamento Nacional de Indústria e Comércio........................................................................................ 75.733.760 – 75.733.760
01 – Escritórios de Propaganda e Expansão Comercial..................................................................................... 75.000.000 – 75.000.000
11 – Junta de Corretores de Mercadorias do Estado da Guanabara.................................................................. 93.600 – 93.600
12 – Departamento Nacional de Previdência Social
12.01 – Departamento Nacional de Previdência Social (Despesas Próprias).......................................... 32.178.620 – 32.178.620
– 463 –
12.02 – Departamento Nacional de Previdência Social (Encargos Gerais).............................................. 1.096.122.000 – 1.096.122.000
13 – Departamento Nacional de Propriedade Industrial...................................................................................... 34.956.520 – 34.956.520
14 – Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização................................................................... 28.497.360 50.000 28.547.360
15 – Departamento Nacional do Trabalho........................................................................................................... 169.182.480 6.000.000 175.182.480
16 – Instituto Nacional de Tecnologia................................................................................................................. 67.736.480 1.650.000 69.386.480
17 – Serviço Atuarial........................................................................................................................................... 11.940.800 250.000 12.190.800
18 – Delegacias Regionais do Trabalho.............................................................................................................. 297.558.880 635.000 398.193.880
19 – Delegacias do Trabalho Marítimo................................................................................................................ 21.029.760 – 21.029.760
21 – Ministério Público junto a Justiça do Trabalho
21.01 – Procuradoria Geral....................................................................................................................... 53.545.900 – 53.545.900
21.02 – Procuradorias Regionais.............................................................................................................. 28.689.840 225.000 28.914.840
TOTAL.......................................................................................................................................... 3.893.291.400 13.680.000 3.906.971.400
– 464 –
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
DESPESAS DE CAPITAL
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
02 – COMISSÃO DE METROLOGIA
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
06 – DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
DESPESAS DE CAPITAL
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
4.1.00 – Obras
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
DESPESAS ORDINÁRIAS
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignaçães:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
DESPESAS DE CAPITAL
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
1.1.27 – Abono Provisório (Lei número 3.531, de 19 de janeiro de 1959) ............... 1.832.040
3.657.240 4.936.040
Total da Consignação 1.1.00 ...................................................................... 8.593.280
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignação:
DESPESAS DE CAPITAL
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
2.1.01 – Auxílios:
1) A Legião Brasileira de Assistência de conformidade com o Decreto-
lei número 4.830, de 15 de outubro de 1942 .................................... 500.000.000
2) Cooperação da Legião Brasileira de Assistência e instituições
assistenciais (Decreto-lei nº 4.830), conforme discriminação no
“Adendo A” ........................................................................................ 257.600.000
3) Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado,
para atender ao pagamento dos pecúlios de que trata o (Decreto-
lei nº 7.458, de 11 de abril de 1945) .................................................. 250.000
4) Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado
(Decreto-lei nº 8.450, de 26 de dezembro de 1945 e Lei nº 931, de
25 de novembro de 1949) ................................................................. 328.400.000
5) Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado,
para execução do programa de assistência social, médica e
hospitalar ao servidor público federal (Decreto-lei nº 8.450, de 26
de dezembro de 1945) ...................................................................... 20.000.000
– 486 –
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
4.2.01 – Máquinas, motores e aparelhos ............................................................. 1.300.000
Total da Consignação 4.2.00 ................................................................. 1.300.000
Total da Verba 4.0.00 ............................................................................. 1.300.000
Total das Despesas de Capital .............................................................. 1.300.000
Total Geral ............................................................................................. 54.570.800
DESPESAS ORDINÁRIAS
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
1.1.01 – Vencimentos
1) Disponibilidades para atender à movimentação do quadro de
pessoal ............................................................................................. 8.000.000
1.1.04 – Salário de mensalistas
1) Disponibilidades para atender à movimentação das tabelas de
pessoal ............................................................................................. 6.000.000
1.1.08 – Auxílio-doença ....................................................................................... 500.000
1.1.11 – Substituições .......................................................................................... 2.000.000
1.1.12 – Diferenças de vencimentos ou salários ................................................. 10.000
1.1.13 – Pessoal em disponibilidade .................................................................... 100.000
1.1.14 – Salário-família
1) Disponibilidades para atender à eventual insuficiência de dotações
discriminadas nos quadros analíticos da despesa ........................... 1.800.000
– 490 –
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
07 – SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO
DESPESAS ORDINÁRIAS
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
DESPESAS ORDINÁRIAS
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
(Encargos Gerais)
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
DESPESAS DE CAPITAL
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
DESPESAS DE CAPITAL
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
4.1.00 – Obras
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
17 – SERVIÇO ATUARIAL
DESPESAS ORDINÁRIAS
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação:
(Quadro Resumo)
DESPESAS ORDINÁRIAS
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
DESPESAS DE CAPITAL
CONSIGNAÇÃO
Total da
1.4.04 1.4.05 1.4.06 1.4.11 1.4.12
Consignação
– 530 –
Espírito Santo....................................................................... – – – 5.000 15.000 20.000
Goiás.................................................................................... – – – 5.000 20000 25.000
Maranhão............................................................................. – – – 5.000 15.000 20.000
Mato Grosso......................................................................... – – – 5.000 15.000 20.000
Minas Gerais........................................................................ – 10.000 10.000 30.000 40.000 90.000
Pará..................................................................................... – – – 5.000 15.000 20.000
Paraíba................................................................................. – – 5.000 15.000 20.000
Paraná.................................................................................. – – – 5.000 40.000 45.000
Pernambuco......................................................................... – – – 5.000 40.000 45.000
Piauí..................................................................................... – – – 5.000 15.000 45.000
Rio Grande do Norte............................................................ – – – 5.000 15.000 20.000
Rio Grande do Sul................................................................ – – – 5.000 40.000 45.000
Rio de Janeiro...................................................................... – – – 5.000 40.000 45.000
Santa Catarina..................................................................... – – – 5.000 15.000 20.000
São Paulo............................................................................. 20.000 10.000 30.000 80.000 40.000 180.000
Sergipe................................................................................. – – – 5.000 15.000 20.000
Total..................................................................................... 20.000 20.000 40.000 240.000 490.000 810.000
– 531 –
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignação
DESPESAS ORDINÁRIAS
VERBA 1.0.00 – CUSTEIO
Total da
1.3.02 1.3.03 1.3.13
Consignação
CONSIGNAÇÃO
SubconsIgnações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
Subconsignações:
ADENDO «A»
01 – Acre Cr$
Cr$ Obras Sociais da Paróquia de Brasiléa
Abrigo das Crianças da L.B.A – Rio – Brasiléa .............................................. 100.000
Branco ................................................ 200.000 Obras Sociais da Paróquia de São
Associação dos Comerciários de Rio Sebastião – Rio Branco ........................ 100.000
Branco (para obras sociais) – Rio Branco 100.000 Sociedade Beneficente dos
Associação Profissional dos funcionários do Território do Acre
Trabalhadores na Indústria da Extração – Rio Branco .......................................... 100.000
da Borracha do Território Federal do Sociedade Beneficente Operária de
Acre – Rio Branco .................................. 100.000 Brasiléa – Brasiléa ................................ 100.000
Casa dos Desajustados Sociais – para Sociedade Centro Operário
auxílio às mães gestantes e nutrizes – Beneficente de Cruzeiro do Sul –
Rio Branco ............................................. 300.000 Cruzeiro do Sul ...................................... 100.000
Centro Operário de Xapuri – Xapuri ...... 100.000 1.600.000
Creche do Educandário Santa 02 – Alagoas
Margarida – Rio Branco ................... 100.000 Abrigo Cristo Redentor para assistência
Maternidade da Santa Casa de aos desamparados – Santana do
Misericórdia – Cruzeiro do Sul .............. 200.000 Ipanema ................................................. 300.000
– 539 –
Cr$ Cr$
Asilo do Bom Pastor – Maceió .............. 100.000 car, para a Maternidade – Maceió ........... 300.000
Asilo Dom Bosco – Maceió ................... 500.000 Hospital Infantil da Santa Casa de
Associação das Luizas Marillac- Misericórdia de maceió – Maceió ............ 100.000
Pajussara – Maceió .............................. 100.000 Hospital Regional de Pôrto Calvo, para
Associação de Proteção à Maternidade assistência à maternidade e à infância –
e à Infância – colônia Leopoldina .......... 100.000 Pôrto Calvo .............................................. 100.000
Associação de Proteção à Maternidade Hospital de São Vicente de Paulo, para
e à Infância – Pão de Açúcar ................ 100.000 assistência à maternidade e à infância –
Associação de Proteção à Maternidade Santana do Ipanema ............................... 100.000
e à Infância São José da Laje ............... 100.000 Maternidade de São José da Laje - São
Associação de Proteção à Maternidade José da Laje ............................................ 100.000
e à Infância – União doa Palmares ....... 200.000 Obras Sociais da Paróquia Nossa
Associação de Proteção à Maternidade Senhora do Rosário – Delmiro Gouveia .. 100.000
e à Infância – mantenedora do Pôsto de Obras Sociais da Paróquia de Ôlho
Puericultura – Viçosa ............................ 200.000 d'Água das Flôres – Ôlho d'Água das
Casa do Pobre de Maceió – Maceió ..... 500.000 Flôres ....................................................... 100.000
Centro de Assistência Social amigos de Orfanato São Domingos – Maceió ........... 300.000
Viçosa – Viçosa ..................................... 100.000 Santa Casa de Misericórdia, para o
Centro Educacional de Penedo – Hospital Infantil – Maceió ......................... 200.000
Penedo .................................................. 100.000 Santa Casa de Misericórdia de Maceió –
Cidade de Menores Humberto Mendes Maceió ..................................................... 100.000
– Maceió ................................................ 200.000 Santa Casa de Misericórdia de Maceió,
Cidade de Menores Juvenópolis – para manutenção da maternidade –
Maceió .................................................. 100.000 Maceió ..................................................... 100.000
Comissão de Melhoramentos do Santa Casa de Misericórdia de Penedo,
Hospital Nossa Senhora da Conceição para manutenção da maternidade anexa
para Casa da Criança Abandonada – – Penedo ................................................. 100.000
Viçosa ................................................... 400.000 Santa Casa de Misericórdia São Gonçalo
Diocese de Penedo para Obras Sociais Garcia – Penedo ...................................... 200.000
e Culturais – Penedo ............................ 200.000 Santa Casa de Misericórdia de São
Dispensário São Francisco de Assis – Miguel dos Campos – São Miguel dos
Penedo .................................................. 300.000 Campos .................................................... 200.000
Fundação Hospital da Serviço de Obras Sociais da Paróquia de
Agro-Indústria do Açú- Junqueiro – Junqueiro ............................. 100.000
– 540 –
Cr$ 04 – Amazonas
Sociedade Amor e Caridade, Cr$
mantenedora do Hospital Nossa Senhora Asilo de Mendicidade Dr. Tomás –
da Conceição e da Maternidade Dr. Manaus .................................................... 200.000
Manoel Brandão – Viçosa ......................... 200.000 Assistência à Maternidade e à Infância
Sociedade de Amparo aos Indigentes – do curato do Marão mantido pela
Maceió ..................................................... 100.000 Prelazia de Parintins Maues .................... 100.000
Sociedade de Assistência aos Lázaros Assistência à Maternidade e à
– Maceió ................................................ 100.000 Infância a cargo da Prelazia de
Sociedade Beneficente de Palmeira dos Parintins – Parintins ................................. 200.000
Índios, para manutenção da Assistência à Maternidade e à Infância a
Maternidade do Hospital de Santa Rita . 100.000 cargo da Sociedade de Obras Sociais
Sociedade Grêmio Beneficente, para Nossa Senhora de Nazaré – Manaus ...... 100.000
assistência a menores e velhos – S. Assistência à Maternidade e à Infância
Miguel dos Campos .............................. 300.000 do Curato do Marão mantida pela
Sociedade de Proteção à Maternidade Prelazia de Parintins Maues .................... 100.000
e à Infância de Mata Grande ................. 100.000 Assistência à Maternidade e à
Sociedade de Proteção à Maternidade Infância da Paróquia de Barreirinha,
e à Infância de Santana do Ipanema ..... 100.000 mantida pela Prelazia de Parintins –
6.400.000 Barreirinha ............................................... 100.000
03 – Amapá: Associação dos amigos do Bairro de São
Clube de Saúde do Amapá – Amapá .... 100.000 Francisco, para suas abras de
Liga de Ação Social do Amapá – assistência à infância – Manaus .............. 400.000
Macapá ................................................. 200.000 Casa da Criança – Manaus ..................... 450.000
Oratório Recreativo e Festivo do Casa Dr. Fajardo – Manaus ..................... 250.000
Amapá – Amapá ................................... 100.000 Educandário Gustavo Capanema –
Oratório Recreativo e Festivo de Manaus .................................................... 300.000
Oiapoque – Oiapoque ........................... 100.000 Instituto Montessoriano "Álvaro Maia " –
Oratório Recreativo e Festivo São Luiz Manaus .................................................... 450.000
– Macapá .............................................. 100.000 Maternidade Balbina Raposo – Manaus .. 100.000
Oratório Recreativo e Festivo "São Maternidade Darcy Vargas – Manaus ..... 100.000
Tarciso" – Mazagão .............................. 100.000 Maternidade da Santa Casa de
Sociedade de São Vicente de Paulo – Misericórdia para manutenção de leitos
Macapá .................................................. 100.000 indigentes – Manaus ................................ 400.000
800.000 Obras Assistenciais a cargo da Paróquia de
– 541 –
Cr$ Cr$
São Raimundo – Manaus .................... 800.000 Associação de Assistência e Proteção à
Prelazia do Alto Solimões para Maternidade e à Infância – Mutuipe ....... 100.000
Assistência à Maternidade e à Infância Associação Beneficente de Santa
– Benjamim Constant .......................... 100.000 Teresinha – Santa Teresinha ................. 200.000
Prelazia do Alto Solimões para Associação Cruzalmense de Assistência
Assistência à Maternidade e à Infância a Menores, para as obras de sua escola
– São Paulo de Olivença ..................... – Cruz das Almas ................................... 500.000
Prelazia de Lábrea para Assistência à Associação Educadora Cristã de Mocos
Maternidade e à Infância dos – Salvador .............................................. 100.000
Municípios de Canutama e Tapauá – Associação de Proteção à Maternidade
Lábrea ................................................. 100.000 e à Infância – Andaraí ............................ 400.000
Sociedade de Amparo à Maternidade Associação de Proteção à Maternidade
e à Infância de Manaus – Manaus ...... 300.000 e à Infância de Caculé – Caculé ............ 300.000
União Operária Amazonense – Seção Associação de Proteção à Maternidade
de Assistência – Manaus .................... 150.000 e à Infância – Ibipetuba .......................... 100.000
4.800.000 Associação de Proteção à Maternidade
05 – Bahia: e à Infância de Itajuipe, para
Abrigo Ana Avelino – Xique-Xique ...... 100.000 maternidade e postos de Barro Prêto e
Abrigo do Salvador – Salvador ............ 200.000 Floresta Azul – Itajuipe .......................... 800.000
Ambulátorio Bonsamaritano – Jequié. 100.000 Associação de Proteção à Maternidade
Asilo Bom Pastor – Salvador ............... 100.000 e à Infância de Mundo Nôvo – Mundo
Asilo Filhas de Ana – Cachoeira ......... 100.000 Novo ....................................................... 400.000
Asilo Nossa Senhora de Lourdes – Associação de Proteção à Infância "Rio
Feira de Santana ................................. 200.000 Nôvo" – Ipiaú .......................................... 200.000
Asilo São Francisco de Assis – Associação de Proteção à Maternidade
Itabuna ................................................. 100.000 e à Infância de Sapeaçu – Sapeaçu ...... 100.000
Associação de Amparo à Infância e à Associação de Puericultura de Irará –
Maternidade de Sto. Antônio para construção de Maternidade
Queimadas – Queimadas .................... 200.000 Deraldo Miranda – Irará ......................... 300.000
Associação de Assistência à Infância Associação Santa Isabel das
e Adolescência – Salvador .................. 100.000 Senhoras de Caridade – Ilhéus (sendo
– 542 –
Cr$ Cr$
300.000 para sua maternidade) ............. 400.000 Colégio das Órfãs do Sagrado Coração
Associação Santa Teresa de Pombal, de Jesus – Salvador ............................... 400.000
Congregação Mariana de Campo
para equipamento da Maternidade de
seu hospital – Ribeirinha do Pombal ..... 300.000 Formoso ................................................. 100.000
Conjunto Assistencial Social de
Associação das Senhoras de Caridade Jaguapara – Jaguapara ......................... 100.000
de Caetité de Caridade de Caetité – Cruzada da Boa Vontade – Salvador ..... 200.000
Caetité ................................................... 200.000 Cruzada Católica Social da Paróquia de
Associação das Senhoras de Caridade Pedrão (para continuação da construção
– Itapetinga ........................................... 100.000 do Abrigo dos Pobres) – Irará ................. 400.000
Associação Social Católica de Fundação Anti-Tuberculosa Santa
Alagoinhas – Alagoinhas ...................... 100.000 Teresinha Salvador ................................ 900.000
Casa Jesus, Maria, José, de Amparo Fundação Leur Brito – Jequié ................ 200.000
aos Tuberculosos Irará – Irará ............... 100.000 Fundação Santa Luzia para os seu
Casa pia dos Órfãos de São Joaquim – hospital (clinica de crianças) – Salvador 600.000
Salvador 100.000 Hospital de Crianças Ana Nery –
Casa Pia e Colégio dos Órfãos de São Cachoeira Instituto Batista de Ensino
Joaquim – Salvador ............................... 400.000 Rui Barbosa – Medeiros Neto ................ 500.000
Casa dos Pobres – Jacaraci .................. 200.000 Instituto de Cegs da Bahia – Salvador ... 100.000
Casa São José de Pacatu – Vila de Legião Bras. de Assistência – Seção da
Pacatu ................................................... 200.000 Bahia – Salvador .................................... 600.000
Casa de Saúde e Maternidade Santa Legião Brasileira de Assistência –
Helena – Jequié .................................... 600.000 Seção da Bahia (para atender aos
Centro Cultural Baiano – Salvador ........ 100.000 Municípios de Piatã, Camamuia, São
Centro Espírita Caminho da Redação – Felipe, Monte Santo, Baixa Grande e
Salvador ................................................. 100.000 Canavieiras) – Salvador ......................... 200.000
Centro Espírita Discípulos de Jesus, Legião Feminina de Combate à
para seu ambulatório – Bomfim ............ 100.000 Tuberculose – Itapetingua ...................... 800.000
Circulo Operário Juazeiro ..................... 500.000 Liga Baiana Contra o Câncer – Salvador 100.000
Circulo Operário Católico de santo Liga Baiana Contra a Mortalidade
Amaro, para as suas obras – Santo Infantil – Salvador .................................. 100.000
Amaro .................................................... 300.000 Maternidade de Alagoinhas ................... 300.000
Clube da Amizade de Vitória da Maternidade de Castro Alves – Castro
Conquista – Vitória da Conquista .......... 100.000 Alves ....................................................... 300.000
– 543 –
Cr$ Cr$
Maternidade Regis Pacheco a cargo da Santa Casa de Misericórdia para
Santa Casa de Misericórdia – Vitória da assistência à maternidade – Euclides
Conquista .............................................. 200.000 da Cunha ............................................. 200.000
Maternidade da Santa Casa de Santo Santa Casa de Misericórdia de
Amaro – Santo Amaro ........................... 200.000 Carnavieiras – Canavieiras ................. 100.000
Orfanato Nossa Senhora da Assunção Santa Casa de Misericórdia –
– Salvador ............................................. 200.000 Itapetinga ............................................. 400.000
Orfanato São Francisco – Alagoinhas ... 200.000 Santa Casa de Misericórdia de Mundo
Órfãos de São Joaquim Salvador ......... 100.000 Nôvo, para a construção do Lar Infantil
Orfanato Vila Medalha Milagrosa do – Mundo Nôvo ..................................... 400.000
Instituto São Vicente de Paulo – Santa Casa de Misericórdia de Oliveira
Salvador ................................................. 200.000 dos Campinhos – Santo Amaro ........... 100.000
Pôsto de Puericultura de Itapebí ........... 100.000 Sociedade Beneficente Cultural de
Pôsto Médico Municipal de Bela Vista Agua Comprida – Salvador ................. 100.000
Utinga – Bela Vista Utinga ..................... 200.000 Sociedade Beneficente dos Operários
Pôsto de Puericultura e Alcobaça – – Bom Jesus da Lapa .......................... 300.000
Alcobaça ................................................ 400.000 Sociedade São Vicente de Paulo –
Pôsto de Puericultura de Boa Nova – Ilhéus ................................................... 100.000
Boa Nova ............................................... 200.000 Sociedade São Vicente de Paulo –
Pôsto de Puericultura de Caculé – Itabuna ................................................. 100.000
Caculé. ................................................... 300.000 Sociedade São Vicente de Paulo –
Pôsto de Puericultura de Encruzilhada – Macajuba ............................................. 200.000
Encruzilhada .......................................... 100.000 Sociedade São Vicente de Paulo –
Pôsto de Puericultura de Esplanada – Palmas de Monte Alto .......................... 300.000
Esplanada .............................................. 400.000 Sociedade São Vicente de Paulo –
Pôsto de Puericultura de Escola Acácia Remanso ............................................. 100.000
Baiana – Salvador ................................. 200.000
Pôsto de Puericultura de Floresta Azul União Espírita de Alagoinhas para
em Ibicuí – Ibicuí ................................... 100.000 suas obras de amparo à infância, à
Pôsto de Puericultura de Jequié – velhice e à maternidade – Alagoinhas 100.000
Jequié .................................................... 100.000 Voluntárias Sociais da Bahia –
Pôsto de Puericultura de Piritiba – Salvador .............................................. 100.000
Piritiba .................................................... 200.000 21.600.000
Pôsto de Puericultura de São Felipe – 06 – Ceará:
São Felipe .............................................. 100.000 Ação Social da Paróquia de Lavras da
Pôsto de Puericultura Vila de Milagres Mangabeira para o Pôsto de
Município de Amargosa – Amargosa ..... 100.000 Puericultura e Ambulatório – Lavras da
Pró-Matre de Joazeiro ........................... 300.000 Mangabeira ......................................... 300.000
– 544 –
Cr$ Cr$
Associação Beneficente Hospital Infantil Associação de Proteção à Maternidade e
de Granja – Granja ................................ 400.000 à Infância de Curu – Curu ......................... 100.000
Associação Beneficente de Monte Associação de Proteção à Maternidade e
Castelo, para seus serviços de proteção à Infância Dona Filomena Martins – São
à Infância – Fortaleza ............................ 100.000 Gonçalo do Amarante ................................ 100.000
Associação das Pioneiras Sociais – Associação de Proteção à Maternidade e
Sobral .................................................... 200.000 à Infância "João Pontes" de Massapé ....... 500.000
Associação das Senhoras de Caridade Associação de Proteção à Maternidade
de Fortaleza – Fortaleza ....................... 100.000 e à Infância – Moraújo ............................ 100.000
Associação de Ajuda aos Pobres de Associação de Proteção à Maternidade
Reriutaba – Reriutaba ........................... 100.000 e à Infância – Morrinhos ......................... 200.000
Associação de Proteção à Maternidade
Associação de Assistência e Proteção à e à Infância de Mucambo ....................... 100.000
Maternidade e à Infância – Santana do Associação de Proteção à Maternidade
Acaraú ................................................... 100.000 e à Infância – Mulungu ........................... 100.000
Associação de Proteção à Infância e à Associação de Proteção à Saúde e
Maternidade – Saboeiro ........................ 150.000 Vigilância Sanitária do Município de
Associação de Proteção e Assistência à Acaraú .................................................... 100.000
Maternidade e à Infância – Milagres ..... 100.000 Associação Novarussence de Proteção à
Maternidade e à Infância – Nova Russas 100.000
Associação de Proteção e Assistência à
Maternidade e à Infância de Pedra Casa da Juventude Feminina de
Branca – Pedra Branca ......................... 500.000 Cratéus (Betânia) – Crateús ................... 200.000
Casa de Nazareth – Fortaleza ............... 100.000
Associação de Proteção e Assistência à Casa do Pobre – Fortaleza .................... 200.000
Maternidade e à Infância de Senador Circulo Operário de Caririassu (para o
Pompeu ................................................. 200.000 Pôsto de Puericultura) – Caririassu ....... 100.000
Associação de Proteção e Assistência à Círculo Operário Rural de Amontada –
Maternidade e à Infância de Tauá ......... 200.000 Itapipoca ................................................. 300.000
Associação de Proteção à Maternidade Fundação Antônio Dias de Macedo –
e à Infândia de Alencar (Iguatu) ............ 600.000 Fortaleza ................................................ 400.000
Associação de Proteção à Maternidade Fundação José Furtado Leite – Fortaleza 200.000
e à Infância de Bela Vista – Fortaleza ... 100.000 Fundação Júlio Carvalho – Patronato
Associação de Proteção à Maternidade Tenente Ângelo de Siqueira – Viçosa do
e à Infância de Brejo de Santo .............. 100.000 Ceará ..................................................... 100.000
– 545 –
Cr$ Cr$
Fundação Raimundo Martins – Santa Pôsto de Assistência e Proteção às
Quitéria ................................................... 200.000 Crianças de Aldeota – Fortaleza .............. 100.000
Fundação Santa Teresinha do Menino Pôsto de Puericultura – Nova Russas ..... 100.000
Jesus – Fortaleza .................................... 800.000 Pôsto de Puericultura (mantido pela
Hospital Santa Luiza de Marillac – Aracati . 100.000 Associação Pró-Melhoramento Rural de
Instituto Cearense da Criança – Fortaleza . 400.000 Várzea Alegre .......................................... 100.000
Instituto Rocha Lima – Proteção e
Prefeitura Municipal de Independência,
Assistência à Infância .............................. 100.000
para assistência à maternidade e à
Lar Evangélico Presbiteriano – Fortaleza 100.000
infância – Independência ......................... 400.000
Liga Cearense de Assistência e Defesa
Popular – Fortaleza .................................. 800.000 Prefeitura Municipal de Nôvo Oriente
Liga de Proteção à Maternidade e à para assistência à maternidade e à
Infância de Senador Pompeu – Senador infância – Nôvo Oriente ............................ 400.000
Pompeu .................................................... 150.000 Proteção à Maternidade e à Infância –
Maternidade Cira Lima – Lavras da Marco ....................................................... 100.000
Mangabeira .............................................. 100.000 Sociedade Acarauense de Proteção e
Maternidade e Casa de Saúde de Crateús 300.000 Assistência à Maternidade e à Infância –
Maternidade Elza Barreto Acopiára ......... 200.000 Acaraú ...................................................... 100.000
Maternidade de Poranga – Poranga ........ 100.000 Sociedade Beneficente Santa Luiza de
Maternidade Pôsto de Saúde – Marilac – Quexeré .................................... 300.000
Pindoretama ............................................ 100.000 Sociedade de Amparo à Criança Pobre e
Maternidade Professor Olinto Olivina – à Maternidade de Boa Viagem – Boa
Maranguape ............................................ 100.000 Viagem ..................................................... 700.000
Maternidade e Pôsto de Saúde de Sociedade de Amparo à Criança Pobre
Pindoretama – Cascavel ......................... 100.000 de Quixadá ............................................... 100.000
Orfanato da Imaculada Conceição de Sociedade de Proteção à Maternidade e
Fortaleza – Fortaleza ............................... 100.000 à Infância – Barbalha ............................... 200.000
Parque Infantil da Paróquia de Nossa Sociedade de Proteção à Infância e à
Senhora do Perpétuo Socorro de Maternidade – Iço .................................... 200.000
Acopiara – Acopiara ................................. 200.000 Sociedade de Proteção à Maternidade e
Patronato Maria Imaculada – Sobral ....... 100.000 à Infância de Ipu ....................................... 100.000
Patronato Sagrada Família – Antônio Sociedade de Proteção à Maternidade e
Bezerra – Fortaleza ................................. 100.000 à Infância Santo Antônio de Pádua –
Patronato São José – Aracati .................. 300.000 Mineirolândia – Pedra Branca .................. 100.000
– 546 –
Cr$ Cr$
Sociedade de Proteção à Maternidade Assistência Social Comboniana – Nova
e à Infância Nova Russas .................... 100.000 Venécia ...................................................... 300.000
Sociedade de Proteção à Maternidade Associação e Assistência à Maternidade e
e à Infância – Pacajus ......................... 200.000 à Infância de Cachoeiro de Itapemirim –
Sociedade dos Amigos de Capistrano Cachoeiro de Itapemirim ........................... 250.000
Capistrano ........................................... 100.000 Associação Beneficente e Recreativa dos
Sociedade Particular de Assistência Subtenentes e Sargentos do Espírito Santo
Social – Santa Quitéria ........................ 100.000 – Vitória – para obras assistenciais ............ 100.000
Sociedade Pró-Melhoramento de Associação Beneficente Pró-Matre e
Poranga – Poranga ............................. 100.000 Hospital Infantil – Vitória ............................ 300.000
União dos Moradores da Casa Popular Associação (Feminina Beneficente de S.
para a Maternidade – Fortaleza ........... 100.000 Silvano (Pôsto de Puericultura) – Colatina . 200.000
14.400.000 Associação Luiza de Marillac – Alegre ....... 500.000
07 – Distrito Federal: Casa de Caridade São José – Alegre ........ 100.000
Ação Social de Fátima (para o Clube
Casa do Menino – Colatina ........................ 100.000
do Candango) ...................................... 100.000 Circulo Operário Santo Antônio – Vitória ... 100.000
Campanha da Fé e da Cultura, para a Conselho Particular da Sociedade São
Casa do Candango ............................. 100.000 Vicente de Paulo – Colatina ....................... 100.000
Centro Educacional Nossa Senhora do Hospital e Abrigo Centro Espírita Luz e
Rosário ................................................ 100.000 Trabalho – Castelo ..................................... 100.000
Obras Sociais da Arquidiocese de Hospital Infantil do Centro Espírita
Brasília ................................................. 400.000 "Jerônimo Ribeiro" – Cachoeiro de
700.000 Itapemírim .................................................. 100.000
08 – Espírito Santo Instituição Beneficente de Conduru –
Abrigo Hospital do Centro Espírita Luz Cachoeiro de Itapemírim ............................ 100.000
e Trabalho – Castelo ........................... 100.0011 Jardim da Infância de Cachoeiro de
Abrigo Hospitalar do Centro Espírita Itapemírim – Itapemírim ............................. 100.000
Cruz e Trabalho – Castelo .................. 100.000 Lar de Ismael (Creche e abrigo para
Abrigo à Velhice Desamparada e menores) do Centro Espírita Alexandre
Albergue Noturno – Muqui ................... 100.000 Drumond – Colatina ................................... 300.000
Asilo da Velhice Desamparada – Obra Social de Formação Agrícola Darcy
Vitória ................................................... 100.000 Vargas – Domingos Martins ....................... 100.000
– 547 –
Cr$ Cr$
Obras Pavonianas de Assistência – Vitória 100.000 Sociedade São Vicente de Paulo, Nôvo
Obras Sociais da Congregação Mariana – Brasil Colatina .......................................... 100.000
Colatina. 100,000 Sociedade São Vicente de Paulo de São
Obras Sociais Paroquianas de Bananal – Domingos – Colatina ............................... 100.000
Linhares. 100.000 Sociedade São Vicente Paulo, São
Obras Sociais Passionistas de São Silvano Silvano – Colatina .................................... 100.000,
– Colatina ...................................... 100.000 5.700.000
Orfanato Lar Santa Teresinha – Baixo 10 – Goiás:
Guandu ...................................................... 200.000 Abrigo Espírita Maria Madalena – Santa
Paróquia de Conceição de Castelo, para Helena de Goiás ...................................... 100.000
suas obras sociais – Castelo ..................... 100.000 Ambulatório anexo ao Instituto Assunção
Paróquia da Fazenda do Centro, para da Sociedade Educadora Feminina de
suas obras sociais – Castelo ..................... 100.000 Goiânia – Goiânia .................................... 200.000
Paróquia de Fundão para suas obras Ambulatório do Sindicato dos
sociais – Fundão ....................................... 100.000 Empregados em Estabelecimentos
Policlínica Antônio Aguirre – Espírito Santo 100.000 Bancários no Est. de Goiás – Goiânia ..... 100.000
Preventório Gustavo Capanema – Espírito Asilo São José – Formosa ....................... 100.000
Santo – Vila Velha .................................... 200.000 Asilo São Vicente de Paulo – Catalão. 200.000
Sociedade de Assistência à Velhice Asilo São Vicente de Paulo – Goiás. 700.000
Desamparada de Vitória – Vitória .............. 100.000 Assistência Educacional e Sanitária da
Sociedade Espírito-santense de Prelazia de Tocantinópolis –
Assistência aos Lázaros e Defesa contra a Tocantinópolis .......................................... 200.000
Lepra – Vitória ........................................... 250.000 Associação Espírita de Jataí – Jataí ........ 100.000
Sociedade de Proteção à Velhice Associação de Proteção à Maternidade e
Desamparada de Cachoeiro do Itapemirim 100.000 à Infância – Rio Verde ............................. 300.000
Sociedade São Vicente de Paulo – Colatina ... 100.000 Associação de São Vicente de Paulo –
Sociedade São Vicente de Paulo de Monte Alegre de Goiás ............................ 200.000
Itapuia – Colatina ....................................... 100.000 Cooperativa da Guarda do Trânsito de
Sociedade São Vicente de Paulo, Goiânia, para o seu Lar Infantil – Goiânia 100.000
Marilândia – Colatina ................................. 100.000 Creche Tenda do Caminho – Goiânia ...... 100.000
– 548 –
Cr$ Cr$
Fundação Abrigo de Menores Abandonados Sociedade Beneficente Santa Teresinha –
– Goiânia ..................................................... 100.000 Itaberaí ......................................................... 100.000
Fundação de Assistência Social de Estiva, Sociedade São Vicente de Paulo de Água
no Município de São Domingos – Estiva. .... 200.000 Limpa, para suas obras assistenciais –
Fundação de Dianópolis – Dianópolis ......... 200.000 Água Limpa .................................................. 400.000
União Artística de Pedro Afonso – Pedro
Grupo da Fraternidade Irmão Anicete –
Afonso .......................................................... 100.000
Goiânia ........................................................ 100.000
União Brasileira de Auxílio Mútuo (U.B.A.N.)
Instituto de Assistência a Menores – Rio – Goiânia .................................... 100.000
Verde ........................................................... 100.000 Vila São José Bento de Cotolengo –
Instituto das Irmãs Dominicanas do Trindade ....................................................... 100.000
Santíssimo Rosário – Goiás ........................ 100.000 6.300.000
Lar da Criança e Asilo Diógenes de Castro 11 – Guanabara:
Ribeiro – Jaraguá ........................................ 100.000 Abrigo Cristo Redentor Rio de Janeiro ....... 200.000
Ação Social da Vila Pompéia ...................... 100.000
Lar Escola Nossa Senhora de Lourdes – Ambulatório São Vicente de Paulo da
Goiânia ........................................................ 100.000 Lagoa ........................................................... 100.000
Lar de Jesus – Goiânia ................................ 100.000 Asilo Espírita João Batista ........................... 100.000
Lar das Meninas Santa Gertrudes – Goiânia 100.000 Associação Brasileira Beneficente de
Lar dos Órfãos Pobres – Catalão ................. 100.000 Reabilitação .................................................. 200.000
Associação Brasileira de Assistência Social 600.000
Liga dos Amigos de Vila Nova, para as suas Associação Brasileira de Luta Contra a
obras sociais – Goiânia ................................ 100.000 Fome (ASCOFAM) ...................................... 600.000
Orfanato D. Francisca Nazareth de Morais – Associação União Geral dos Cegos ............ 100.000
Morrinhos ..................................................... 100.000 Caixa Beneficente do Hospital Colônia de
Orfanato Nossa Senhora da Consolação – Curupaiti ....................................................... 100.000
Tocantinópolis .............................................. 100.000 Campanha Nacional da Criança ................. 100.000
Orfanato São José – Goiás ......................... 500.000 Casa da Criança .......................................... 200.000
Patronato Madre Ângela – Silvânia ............. 100.000 Casa da Criança (para seus serviços
Pôsto de Puericultura – Araguatins ............. 200.000 médicos) ...................................................... 180.000
Pôsto de Puericultura – Itaguaru ................. 100.000 Casa de Lázaro ............................................ 300.000
Pôsto de Puericultura de Luziania – Luziania Casa Luiza de Marillac ................................. 150.000
....................................................... 100.000 Casa das Mãezinhas (Prof. Gabizo, 312) ... 100.000
Santa Casa de Misericórdia – Anápolis ...... 200.000 Casa Maternal Melo Matos ......................... 100.000
– 549 –
Cr$ Cr$
Casa Nossa Senhora da Paz ...................... 100.000 Instituição Maria de Nazareth ..................... 100.000
Casa Nossa Senhora da Paz (Obras Instituição Nosso Lar .................................. 100.000
Sociais) ........................................................ 100.000 Instituto Psico-Pedagógico ......................... 300.000
Casa do Pobre de Nossa Senhora de Instituto Santa Bárbara ............................... 100.000
Copacabana ................................................ 100.000 Instituto São Francisco de Sales ................ 300.000
Casa da Providência (em Laranjeiras) ........ 100.000 Irmandade Nossa Senhora do Rosário e
Casa São Francisco ..................................... 100.000 São Benedito dos Homens Pretos do Rio
Casa de São João Batista da Lagoa ........... 100.000 de Janeiro .................................................. 100.000
Casa São Luas para a Velhice ..................... 400.000 Jardim de Infância da Paróquia de São
Casa S. Luís para a Velhice (Instituição Tiago de Inhaúma ....................................... 100.000
Visconde Ferreira d'Almeida) ....................... 200.000 Lar Antônio de Pádua Lar Escola Francisco 100.000
Centro Espírita Mirim ................................... 100.000 de Paula ..................................... 100.000
Centro Pró-Melhoramentos de Ricardo de Lar dos Meninos de Bento Ribeiro ............. 100.000
Albuquerque ................................................ 100.000 Lar dos Meninos de Bento Ribeiro
Costura e Lactário Pró-Infância ................... 100.000 (Assistência a Menores) ............................. 100.000
Cruzada Nacional contra a Tuberculose Lar de Teresa Cristina ................................ 100.000
(para o Sanatório Infantil São Miguel – Liga de Proteção aos Cegos no Brasil ...... 200.000
Nogueira) ..................................................... 100.000 Maternidade Casa da Mãe Pobre .............. 100.000
Dispensário da Medalha Milagrosa .............. 100.000 Maternidade-Escola (Laranjeiras) .............. 200.000
Dispensário de São Vicente de Paulo Obra de Assistência ao Filho do
(Dispensário Irmã Paula) ............................. 100.000 Tuberculoso .............................................. 500.000
Dispensário de São Vicente de Paulo (para Obras de Assilsstência São Judas Tadeu .. 100.000
seu ambulatório) .......................................... 100.000 Obras de Assistência Social e Educacional
Educandário São Vicente de Paulo (para o da Praia do Pinto ....................................... 100,000
ambulatório) ................................................. 100.000 Obras de Assistência Social e Educacional
Escola, Lactário, Ambulatório da Matriz de da Praia do Pinto (para seu ambulatório) ... 100.000
São Cosme e São Damião .......................... 100.000 Obra Social São Luiz.................................. 100.000
Fundação Darcy Vargas .............................. 300.000 Obras Assistenciais da Matriz Nossa
Hospital Silvestre Associação da União Este Senhora do Destêrro – Paróquia de Campo
Brasileiro dos Adventistas do Sétimo Grande .......................................... 100,000
Dia ................................................................ 100.000 Obras Sociais e Assistência
Instituição Legionárias de Maria (Méier) ...... 100.000 a Igreja Nossa Senhora da Conceição
– 550 –
Cr$ Cr$
– Paróquia de Santa Cruz ........................... 100.000 Sociedade Missionários Nossa Senhora
Obras Sociais da Igreja Nossa Senhora do Consoladora ............................................ 100.000
Loreto em Jacarepaguá .............................. 100.000 Sociedade Pestalozzi do Brasil ............... 100.000
Obras Sociais da Igreja de São Jorge da Sociedade Providência dos
Piedade – Quintino ..................................... 100.000 Desamparados .......................................... 200.000
Obras Sociais da Matriz de Santo Cristo dos Sociedade Providência dos
Milagres – Paróquia de Santo Cristo .......... 300.000 Desamparados (para seus ambulatórios
Obras Sociais Padre Aleixo ........................ 100.000 de pediatria e pré-natal) ............................ 100.000
Obras Sociais da Paróquia de Santa Sodalício da Sacra Família ....................... 400.000
Edwiges (Quinta da Boa Vista) ................... 100.000 13.400.000
Obras Sociais da Paróquia Santo Agostinho 12 – Maranhão:
– São Cristóvão ........................................... 100.000 Asilo de Mendicidade São Luís ................ 300.000
Obras Sociais da Paróquia de São
Assistência Social Santa Teresinha – São
Cristóvão ...................................................... 100.000
Luís ............................................................ 400.000
Obras Sociais Salesianas ........................... 100.000
Obras Sociais Salesianas de Rocha Associação de Assistência aos Menores
Miranda ....................................................... 250.000 Abandonados dos Subúrbios de Codó –
Orfanato Padre Leonardo Carrescia ............ 100.000 Codó .......................................................... 100.000
Orfanato Teresa Cristina ............................. 100.000 Associação de Assistência e Proteção à
Organização das Voluntárias ....................... 400.000 Maternidade e à Infância – Caxias ........... 100.000
Pequena Cruzada de Santa Teresinha do Associação de Assistência e Proteção à
Menino Jesus .............................................. 100.000 Infância da Zona Rural de São Luís – São
Pequeno Lar São José ................................ 200.000 Luis ............................................................ 300.000
Pró-Matre ..................................................... 100.000 Associação Beneficente de Codó – Codó. 100.000
Residência Escola Santo Antônio ............... 100.000 Associação Beneficente Educacional e
Serviço de Obras Sociais (Sociedade Civil Social de Benedito Leite, para o Hospital
de Amparo aos Necessitados) .................... 200.000 Lucas Evangelista Coelho Benedito Leite . 100.000
Serviço de Pediatria da Policlínica Geral do Associação das Damas de Assistência e
Rio de Janeiro ............................................. 100.000 Proteção à Infância de São Luís – São
Serviço Social São Sebastião ..................... 400.000 Luis ............................................................ 200.000
Sociedade Beneficente São João da Cruz ... 100.000 Associação Padre Antônio Vieira, para a
Sociedade de Assistência aos Lázaros e Maternidade Pe. Antônio Vieira – Coroatá 200.000
Defesa Contra a Lepra ................................ 100.000 Associação de Santo Antônio, de Carolina
– 551 –
Cr$ Cr$
para suas obras de Assistência à da Maternidade – Barra do Corda 800.000
Infância e à Maternidade – Carolina...... 100.000 Associação de Proteção à Maternidade
Associação de Proteção e Assistência e à Infância – Parnarama ...................... 100.000
à Maternidade e à Infância de Colinas.. 100.000 Associação de Proteção à Maternidade
Associação de Proteção e Assistência e à Infância – Peri-Mirim ....................... 100.000
à Maternidade e à Infância de Associação de Proteção à Maternidade
Itapecuru-Mirim...................................... 100.000 e à Infância – Primeira Cruz ................. 100.000
Associação de Proteção e Assistência Associação de Proteção à Maternidade
à Maternidade e à Infância de Rosário e à Infância de São Bernardo................ 100.000
– Rosário............................................... 100.000 Associação de Proteção à Maternidade
Associação de Proteção à Infância e e à Infância de Turiaçu ......................... 100.000
Assistência à Maternidade – Associação de Proteção à Maternidade
Guimarães............................................. 100.000 100.000
e à Infância de Viana.............................
Associação de Proteção à Infância e
Associação de Proteção à Maternidade
Assistência à Maternidade de Morros . 200.000
e à Infância de Vitória do Mearim.......... 100.000
Associação de Proteção à Maternidade
Associação São Vicente de Paulo, de
e à Infância de Buriti.............................. 100.000
Rosário, para suas obras de
Associação de Proteção à Maternidade
e à Infância de Cândido Mendes .......... 200.000 assistência à infância e à maternidade
Associação de Proteção à Maternidade – Rosário................................................ 100.000
e à Infância de Coelho Neto ................. 100.000 Associação São Vicente de Paulo de
Associação de Proteção à Maternidade Vila do Paço – Paço do Lumiar.............. 200.000
e à Infância de Duque Bacelar ............. 100.000 Campanha de Educação Popular, para
Associação de Proteção à Maternidade instalação de seu Gabinete Dentário
e à Infância – Guimarães ...................... 100.000 Escolar – São Luís................................. 100.000
Associação de Proteção à Maternidade Centro Assistencial S. Benedito –
e à Infância – Icatu................................ 100.000 Caxias.................................................... 200.000
Associação de Proteção à Maternidade Centro Social do Destêrro, para sua
e à Infância – Montes Altos .................. 100.000 Escola Artesanal – São Luis.................. 100.000
Associação de Proteção à Maternidade Educandário de Menores Abandonados
e à Infância de Munim – Morros............ 100.000 Santa Teresinha – Imperatriz................. 100.000
Associação de Proteção à Maternidade Lactário do Ambulatório Nossa
e à Infância, para conclusão Senhora das Graças – Cururupu........... 100.000
– 552 –
Cr$ Cr$
Lar de José da Juventude Espírita – José do Periá – Humberto de Campos..... 200.000
São Luis................................................ 100.000 Sociedade Humanitária de Caxias Pró-
Paróquia de Alto Parnaíba para sua Hospital Niron Pedreira, para sua
Escola Artesanal – Alto Parnaíba......... 100.000 Maternidade – Caxias................................. 100.000
Paróquia do Anil, para manutenção do Sociedade de Proteção a Maternidade, à
seu Lactário – São Luis......................... 100.000 Infância e à Adolescência de Pastos
Paróquia de Bacabal, para obras Bons............................................................. 100.000
sociais – Bacabal.................................. 200.000 8.000.000
Paróquia de Barão de Grajaú, para
sua Escola Artesanal – Barão de 13 – Mato Grosso:
Grajaú................................................... 100.000
Paróquia de Carolina, para sua Escola
Ação Social Diocesana – Campo
Artesanal – Carolina.............................. 100.000
Grande......................................................... 200.000
Paróquia de Chapadinha, para obras
Asilo dos Velhos São João Bosco –
sociais – Chapadinha............................ 100.000
Campo Grande............................................ 100.000
Paróquia de Dom Pedro, para obras
Associação de Amparo à Maternidade e
sociais – Dom Pedro............................. 100.000
Paróquia de Nossa Senhora de à Infância – Camapuã................................. 100.000
Nazaré, para sua Escola Artesanal – Associação de Amparo à Maternidade e
Dom Pedro............................................ 100.000 a Infância – Campo Grande....................... 300.000
Paróquia de Pedreiras, para obras Associação de Amparo à Maternidade e
sociais – Pedreiras................................ 100.000 à Infância – Nioaque................................... 100.000
Paróquia de Riachão, para sua Escola Associação de Proteção e Assistência à
Artesanal – Riachão.............................. 100.000 Maternidade – Miranda............................... 100.000
Paróquia de São Raimundo de Associação de Proteção e Assistência à
Mangabeiras, para sua Escola Maternidade e à Infância de Ponta Porã... 100.000
Artesanal – S. Raimundo das Comissão Municipal da Legião Brasileira
Mangabeiras......................................... 100.000 de Assistência – Aquidauana..................... 200.000
Paróquia de Timon, para obras sociais Departamento de Ação Social Diocesana
– Timon................................................. 100.000 – Cuiabá....................................................... 300.000
Pôsto Médico de Arari – Arari............... 300.000 Hospital de Cassilândia – Cassilândia....... 200.000
Pôsto de Puericultura de Cândido Hospital Nossa Senhora de Fátima, para
Mendes – Cândido Mendes.................. 100.000 maternidade – Dourados............................ 100.000
Sociedade Beneficente São Vicente de Hospital de Caridade de Aparecida –
Paulo da Paróquia de São.................... Aparecida do Taboado............................... 200.000
– 553 –
Cr$ Cr$
Instituto para Cegos de Campo Grande 200.000 Sociedade Campograndense de
Legião Brasileira de Assistência de Alto Assistência aos Lázaros e Defesa contra
Araguaia................................................... 100.000 a Lepra – "Educandário Getúlio Vargas –
Legião Brasileira de Assistência de Campo Grande......................................... 200.000
Cáceres.................................................... 100.000
5.600.000
Legião Brasileira de Assistência de
Corguinho ................................................ 100.000
Legião Brasileira de Assistência de 14 – Minas Gerais:
Cuiabá, para Rondonópolis, Jaciara e
Mutum – Cuiabá....................................... 200.000 Abrigo de Jesus – Belo Horizonte............. 100.000
Legião Brasileira de Assistência de Abrigo Frederico Correia – Itapecerica. 200.000
Guiratinga ................................................ 100.000 Abrigo de Menores da Supam –
Legião Brasileira de Assistência de Uberaba.................................................... 100.000
Jaraguari ................................................. 100.000 Abrigo Nhá Chica – Baependi................... 100.000
Legião Brasileira de Assistência de
Abrigo São Vicente de Paulo – Itanhandu 100.000
Jardim....................................................... 600.000
Legião Brasileira de Assistência de Ação Social da Serra – Belo Horizonte..... 100.000
Poconé...................................................... 100.000 Albergue Frei Dimas – Teófilo Otoni......... 100.000
Legião Brasileira de Assistência de Pôrto Ambulatório e Lactário Maristela
Murtinho ................................................... 100.000 Kubitschek – Diamantina.......................... 100.000
Legião Brasileira de Assistência de
Ambulatório Frederico Ozanam (do
Poxoréu.................................................... 100.000
Legião Brasileira de Assistência de Conselho Central Diocesano da
Sidrolândia................................................ 100.000 Sociedade de São Vicente de Paulo) –
Legião Brasileira de Assistência de Juiz de Fora.............................................. 100.000
Terenos..................................................... 100.000 Asilo da Conferência São Vicente de
Maternidade Santa Eliza – Bela Vista...... 100.000 Paulo – Brasília......................................... 200.000
Missão Evangélica Cainá, mantida pela
Asilo de Proteção aos Velhos – Mariana . 100.000
Associação Evangélica de Catequese
dos Índios – Dourados............................. 200.000 Asilo do Ancião Chico de Azevedo – Belo
Oratório Salesiano de Assistência Infantil Horizonte................................................... 100.000
– Meruri..................................................... 200.000 Asilo dos Inválidos D. Maria Adelaide –
Organização Abnegadas de Mato Grosso Brazópolis................................................. 100.000
– Campo Grande...................................... 300.000
Asilo e Hospital São Vicente de Paulo –
Prelazia da Chapada dos Guimarães
Datas – Diamantina.................................. 100.000
(obra social).............................................. 300.000
Sociedade Beneficente Corumbaense – Asilo Nossa Senhora Conceição – Sêrro . 100.000
Corumbá................................................... 300.000 Asilo Santo Antônio – Leopoldina............. 200.000
– 554 –
Cr$ Cr$
Asilo Santo Antonio – Uberaba............. 100.000 Associação de Proteção à
Asilo Santo Antonio e Santa Isabel de Maternidade e à Infância – Abre
Hungria – Ouro Prêto............................ 100.000 Campo.................................................. 100.000
Asilo Nossa Senhora da Piedade – Associação de Proteção à
Caeté.................................................... 100.000 Maternidade e a Infância – Arcos......... 300.000
Asilo São Vicente de Paulo – Jesuânia 100.000 Associação de Proteção à
Maternidade e a Infância de Capim
Asilo São Vicente de Paulo – São
Branco.................................................. 100.000
Gotardo................................................. 100.000 Associação de Proteção à
Asilo São Vicente de Paulo – São Maternidade e à Infância –
Sebastião do Paraíso........................... 200.000 Conquista.............................................. 100.000
Asilo São Vicente de Paulo – Ubá 500.000 Associação de Proteção à
Asilo São Vicente de Paulo – Maternidade e à Infância de
Uberlândia............................................. 200.000 Conselheiro Lafaiete – Conselheiro
Assistência Médica Social de Lafaiete................................................. 800.000
Camanducaia Esporte Clube – Associação de Proteção à
Camanducaia........................................ 100.000 Maternidade e à Infância –
Associação Auxiliar do Pôsto de Governador Valadares.......................... 200.000
Puericultura D. Alcina Campos Taitson Associação de Proteção à
– Ibirité.................................................. 100.000 Maternidade e à Infância – Oliveira...... 100.000
Associação Bambuiense de Associação de Proteção à
Maternidade e à Infância de Cachoeira
Assistência à Maternidade e à Infância
do Campo – Ouro Prêto........................ 300.000
– Bambuí............................................... 500.000 Associação de Proteção à
Associação Beneficente São Vicente Maternidade e à Infância – São
de Paulo mantenedora do Abrigo D. Gotardo................................................. 100.000
Ambrosina Matos – São João Associação de Proteção à Saúde, à
Nepomuceno......................................... 100.000 Maternidade e à Infância de São Jose
Associação das Damas de Caridade – do Barroso – Paula Cândido................. 100.000
Santa Luzia........................................... 100.000 Associação Esperancense de
Associação das Senhoras de Caridade Proteção aos Menores Desamparados
– Ponte Nova........................................ 100.000 – Boa Esperança.................................. 100.000
Associação de Amparo aos Moradores Associação Evangélica Beneficente de
Minas Gerais – Belo Horizonte............. 800.000
dos Conjuntos da Fundação da Casa
Associação Lavrense de Amparo aos
Popular em Belo Horizonte e Cidade Pobres, para o Abrigo dos Inválidos –
Industrial – Belo Horizonte.................... 600.000 Lavras................................................... 100.000
Associação de Proteção à Infância Associação Leopoldinense de
Abandonada – Pouso Alegre................ 200.000 Proteção a Infância – Leopoldina......... 100.000
– 555 –
Cr$ Cr$
Associação Mineira de Obras de Amp. Casa do Povo – Inhapim...................... 100.000
à Maternidade e à Infância (AMOAMI) Casa Santa Catarina de Sena da
– Belo Horizonte................................... 100.000 Supam – Uberaba................................. 100.000
Associação Pôsto de Saúde – Campo Centro Puericultura de Bocaiuva –
Florido .................................................. 100.000 Bocaiuva............................................... 100.000
Associação Protetora da Infância – Centro de Puericultura da Associação
Itambacuri ............................................ 500.000 de Assistência à Maternidade e a
Associação Protetora da Maternidade Infância – Montes Claros...................... 100.000
e da Infância de Nova Era – Nova Era 200.000 Centro de Puericultura do Hospital
Associação Sras. Cristãs – Presidente Imaculada Conceição – Guanhães....... 100.000
Soares.................................................. 300.000 Centro de Puericultura Odete
Caixa Beneficente do Sanatório Valadares – Araxá ............................... 100.000
"Padre Damião" – Tocantins................. 200.000 Centro de Puericultura Odete
Cantina Escola "Maria de Magalhães Valadares – Pará de Minas.................. 200.000
Centro de Puericultura – São
Pinto" – Santo Antônio do Monte.......... 100.000
Lourenço............................................... 100.000
Casa da Criança – Além Paraíba......... 200.000
Cidade Ozanam (proteção à
Casa da Criança – Guaxupé................ 100.000
maternidade e à Infância) – Belo
Casa da Criança – Oliveira................... 100.000
Horizonte.............................................. 100.000
Casa da Divina Providência –
Clínica São Camilo de Lelis –
Departamento Vicentino de Manhumirim.......................................... 100.000
Assistência à Infância – Uberlândia..... 200.000 Conferência São Vicente de Paulo –
Casa da Juventude – Manhumirim...... 100.000 Brasília de Minas.................................. 100.000
Casa de Caridade – Itaúna................... 100.000 Conferencia São Vicente de Paulo de
Casa de Caridade (Maternidade) – Coração de Jesus – Coração de Jesus 100.000
Ouro Fino.............................................. 100.000 Conferência São Vicente de Paulo de
Casa de Caridade São Vicente de Nossa Senhora do Carmo – Frutal....... 100.000
Paulo – Esmeraldas ............................ 100.000 Conferência São Vicente de Paulo –
Casa de Saúde André Luís – Belo Grão Mogol........................................... 100.000
Horizonte.............................................. 100.000 Conferência São Vicente de Paulo, de
Casa de Saúde Imaculada Conceição São José do Barreiro – Guia Lopes...... 100.000
– Patos de Minas.................................. 100.000 Conferência São Vicente de Paulo –
Casa de Saúde Senhor Bom Jesus – Montes Claros....................................... 100.000
Bueno Brandão..................................... 200.000 Conferência São Vicente de Paulo –
Casa Divina Providência – Uberlândia. 100.000 Morada Nova de Minas......................... 100.000
– 556 –
Cr$ Cr$
Conferência São Vicente de Paulo – Hospital (Lactário) – Caraí.................... 100.000
Porteirinha............................................. 100.000 Hospital (Maternidade e Infância) –
Conferência São Vicente de Paulo – Ladainha............................................... 100.000
São Francisco....................................... 100.000 Hospital (Proteção a Infância) – Carlos
Congregação Vicentina de Itajubá –
Chagas.................................................. 100.000
Itajubá................................................... 100.000
Hospital Custódio Justiniano
Conselho Particular da Sociedade São
Vicente de Paulo – Campina Verde...... 100.000 Rodrigues Silva (construção) –
Construção de um pôsto de Itaguara................................................. 200.000
puericultura na cidade de Mutum......... 500.000 Hospital de Cataguases (Maternidade)
Convento Nossa Senhora do – Cataguases........................................ 100.000
Cenáculo – Belo Horizonte................... 100.000 Hospital de Nanuque (Lactário) –
Creche e Maternidade da Santa Casa Nanuque............................................... 100.000
de Misericórdia – Andradas.................. 100.000 Hospital Dr. Jose Raimundo Soares –
Creche Cel. Saraiva, anexa do 9º B.I. Moeda................................................... 200.000
– Barbacena.......................................... 100.000 Hospital João Fernandes do Carmo –
Creche Menino Jesus – Belo
Brumadinho........................................... 100.000
Horizonte............................................... 100.000
Hospital Nossa Senhora da Aparecida
Creche Santo Antônio – Barbacena..... 100.000
Dispensário São Vicente de Paulo – (Maternidade) – Divinópolis.................. 100.000
Diamantina............................................ 100.000 Hospital Nossa Senhora da Conceição
Educandário Santa Teresinha – (Departamento Infantil) – Pará de
Santos Dumont..................................... 100.000 Minas.................................................... 400.000
Escola de Serviço Social – Belo Hospital Nossa Senhora da Conceição
Horizonte............................................... 100.000 (proteção à maternidade e à infância –
Fundação Abrigo "Nhá Chica" – Rio Casca............................................. 200.000
Baependi............................................... 800.000
Fundação Anselmo Vasconcelos – Hospital Nossa Senhora das Graças
Ponte Nova........................................... 300.000 (para a Maternidade) – Ervália............. 100.000
Fundação de Assistência à Hospital Nossa Senhora das Mercês
Maternidade e à Infância – Patrocínio (Maternidade) – São João del Rei........ 100.000
de Muriaé.............................................. 100.000 Hospital Santana – Jequeri................... 100.000
Fundação Social Sagrados Corações Hospital São Dimas (Conferência São
da Associação de Proteção à Vicente de Paulo) – Francisco Sá......... 100.000
Maternidade, à Infância e à Velhice –
Hospital São João de Morro Grande –
Patos de Minas..................................... 200.000
Ginásio e Escola Normal Nossa Barão de Cocais................................... 100.000
Senhora Auxiliadora – Ponte Nova....... 100.000 Hospital São João Evangelista............. 100.000
– 557 –
Cr$ Cr$
Hospital São Jose – Aimorés................ 100.000 Liga Operária e Beneficente de
Hospital São Jose – Bicas.................... 100.000 Salinas – Salinas.................................. 300.000
Hospital São Vicente de Paulo – Liga Sandumorense de Proteção e
Campos Gerais..................................... 100.000 Assistência à Infância – Santos
Dumont................................................. 200.000
Hospital São Vicente de Paulo (obras
Maternidade Carmem Monteiro Gomes
da Maternidade) – Rio Pomba.............. 800.000
– Volta Grande...................................... 100.000
Igreja Matriz Nossa Senhora da Maternidade Odete Valadares – Pedra
Conceição (Obras sociais) Azul....................................................... 100.000
Camanducáia........................................ 100.000 Maternidade do Santíssimo
Instituto de Jesus – Juiz de Fora.......... 100.000 Sacramento – Andrelândia................... 200.000
Instituto Paroquial para o Abrigo Nossa Maternidade Nossa Senhora do
Senhora dos Pobres – Teófilo Patrocínio da Santa Casa de
Otoni...................................................... 100.000 Misericórdia – Campanha..................... 100.000
Jardim das Meninas Santos Anjos – Maternidade Nossa Senhora do
Sacramento – Andrelândia................... 100.000
Divinópolis............................................. 100.000
Maternidade Risoleta Guimarães
Lactário e Pôsto de Puericultura – Neves – Além Paraíba.......................... 300.000
Patos..................................................... 100.000 Maternidade Santa Teresinha – Juiz
Lactário Dr. Sinval Lins – Serro............ 100.000 de Fora.................................................. 100.000
Lactário Hilda Costa – Paraguaçu........ 100.000 Maternidade Zulmira Vargas – Lambari 200.000
Lactário Hilda Nogueira da Gama – Obras Assistenciais da Paróquia de
Machado............................................... 500.000 São Sebastião –
Barbacena............................................. 100.000
Lactário Sagrada Família – Presidente
Obras de Assistência Social –
Bernardes.............................................. 100.000
Pirapetinga............................................ 100.000
Lactário São José – Além Paraíba........ 100.000 Obras Sociais da Diocese –
Lactário São Vicente de Paulo – Governador Valadares.......................... 200.000
Oliveira.................................................. 100.000 Obras Sociais da Paróquia de Betim –
Lar das Domesticas – Belo Horizonte... 100.000 Betim..................................................... 100.000
Lar das Meninas – Divinópolis.............. 100.000 Obras Sociais da Paróquia de São
Lar Espírita – Uberaba.......................... 900.000 José (para construção do Lactário –
Conselheiro Pena................................. 200.000
Legião Brasileira de Assistência –
Obras Sociais da Paróquia S.
Santos Dumont..................................... 100.000 Francisco Chagas – Rio Parnaíba........ 100.000
Legião da Boa Vontade (núcleo de Obras Sociais Nossa Senhora do
Poços de Caldas – Creche e Lactário) Perpétuo Socorro – Retiro – (Juiz de
– Poços de Caldas................................ 100.000 Fora)..................................................... 100.000
– 558 –
Cr$ Cr$
Orfanato Coração de Jesus – Teófilo xo Verde – Montes Claros..................... 100.000
Otóni..................................................... 100.000 Pôsto de Puericultura Euvaldo Lodi de
Orfanato D. Silvério – Cataguases....... 200.000 Pirapetinga – Pirapetinga...................... 100.000
Orfanato Sagrada Família – B. Pôsto de Puericultura Queridinha Bias
Horizonte............................................... Fortes – Barbacena............................... 100.000
Orfanato Santo Eduardo – Uberaba..... 100.000 Pôsto de Saúde (construção) –
Orfanato São João Batista – Belo Indianópolis........................................... 100.000
Horizonte............................................... 100.000 Pôsto Médico (para o Pôsto de
Organização das Voluntárias – Monte
Puericultura etc.) – Itutinga................... 300.000
Carmelo................................................ 200.000
Pôsto Médico Hospitalar de Lagoa
Patronato Dom Bosco – Teófilo Otoni.. 100.000
Formosa Patos de Minas...................... 100.000
Patronato de Menores Luiza Nogueira
Badaró – Minas Novas.......................... 100.000 Santa Casa de Caridade – Diamantina. 100.000
Patronato Madre Mazarello do Ginásio Santa Casa de Caridade –
e Escola Normal Nossa Senhora Itamarandiba......................................... 100.000
Auxiliadora – Ponte Nova..................... 200.000 Santa Casa de Misericórdia Araguari... 200.000
Patronato Padre Mazarello – Ponte Santa Casa de Misericórdia – Boa
Nova...................................................... 100.000 Esperança............................................. 200.000
Patronato São Jose – Ibiá.................... 100.000 Santa Casa de Misericórdia
Pensionato Nossa Senhora das (Maternidade Santana) – Itapecerica.... 100.000
Mercês (para a Escola Profissional) – Santa Casa de Misericórdia (Para a
Januária................................................ 100.000 maternidade) – Lavras.......................... 500.000
Pequena Obra da Divina Providência Santa Casa de Misericórdia – Pará de
D. Orione – Lar dos Meninos – Belo Minas..................................................... 300.000
Horizonte............................................... 100.000 Santa Casa de Misericórdia
Pôsto de Puericultura da L.B.A. – (Maternidade) – Prados........................ 100.000
Araguari............................................... 100.000 Santa Casa de Misericórdia
Pôsto de Puericultura de Cana do (Maternidade Amélia Passos) –
Reino..................................................... 100.000 Rezende Costa..................................... 100.000
Pôsto de Puericultura Dalbino Werner
Santa Casa de Misericórdia
– Manhuagu.......................................... 3.00.000
(Maternidade) – São João del Rei........ 100.000
Pôsto de Puericultura e Maternidade
Santa Casa da Sociedade São Vicente
Dr. Eugênio Gomes de Carvalho – S.
de Paulo – Monte Carmelo................... 100.000
Pedro da União..................................... 100.000
Pôsto de Puericultura Santa Casa de Misericórdia e
Esteves Rodrigues da Conferência Maternidade São José – Conceição
São Vicente de Paulo de Ro- dos Ouros.............................................. 100.000
– 559 –
Cr$ Cr$
Sociedade Beneficente de Caridade Associação Beneficente dos
"Cassiano Mendes" – Pedra Azul........ 100.000 Aposentados e Pensionistas dos
Sociedade Beneficente Operaria – Institutos e Caixas de Previdência
Araxá.................................................... 100.000 Social – Belém...................................... 100.000
Sociedade Beneficente Padre Associação de Proteção à
Remaclo Foxins Formiga..................... 100.000 Maternidade e à Infância – Ofir Loyola
Sociedade Bom Jesus de Assistência – Belém................................................. 200.000
Social – Córrego do Bom Jesus........... 100.000 Associação de Proteção à
Sociedade de Amparo e Proteção à Maternidade e à Infância de
Infância Antonieta Bias Fortes – Capanema............................................ 200.000
Correia de Almeida – Barbacena......... 100.000 Berço de Belém – Belém...................... 100.000
Sociedade de Assistência aos Pobres Casa de Saúde Santa Clara – Belém... 300.000
– Santa Rita do Sapucaí...................... 100.000 Casa de Saúde Santa Mônica de
Sociedade Itaguarense de Proteção à Belém do Pará – Belém........................ 200.000
Clube das Mães – Castanhal................ 300.000
Maternidade e à Infância – Itaguara.... 100.000
Clube das Mães – Igarapé-Miri............. 300.000
Sociedade São Vicente de Paulo –
Clube das Mães – João Coelho............ 100.000
Itambacuri............................................ 100.000
Clube das Mães – Maracanã................ 100.000
Sociedade São Vicente de Paulo
Dispensário ''Santa Luiza Marillac" –
(Abrigo dos Pobres) – Mar de
Cametá................................................. 300.000
Espanha............................................... 100.000 Lactário a cargo das Irmãs
Sociedade São Vicente de Paulo – S. Dominicanas – Conceição do Araguaia 100.000
Miguel do Anta..................................... 100.000 Lactário do Berço de Belém – Belém... 200.000
União Associativa das Viúvas do Lactário do Orfanato São José de
Estado de Minas Gerais – Belo Óbidos................................................... 100.000
Horizonte.............................................. 100.000 Lar de Maria – Belém ................... 300.000
31.400.000 Associação Brasileira de Assistência –
Breves................................................... 100.000
15 – Pará: Legião Brasileira de Assistência (LBA)
– Castanhal........................................... 100.000
Ambulatório da Sociedade Legião Brasileira de Assistência –
Beneficente Vinte e Cinco de Óbidos................................................... 200.000
Dezembro............................................. 200.000 Legião Brasileira de Assistência –
Ambulatório Médico de Boim – Oriximiná............................................... 200.000
Santarém.............................................. 300.000 Legião Brasileira de Assistência –
Asilo Associação Pia União do Pão de Santarém.............................................. 200.000
Santo Antônio da Paróquia de São Legião Brasileira de Assistência (LBA)
Pedro-São Paulo – Belém.................... 500.000 – Vigia................................................... 100.000
– 560 –
Cr$ Cr$
Maternidade da Prelazia do Araguaia Maternidade de Coromas...................... 100.000
– Conceição do Araguaia..................... 200.000 Associação de Proteção e Assistência
Maternidade de Bragança –Bragança.. 200.000 à Maternidade e à Infância de
Maternidade do Povo Belém................ 100.000 Lagoinha................................................ 100.000
Orfanato da Casa do Filho do Associação de Proteção e Assistência
Seringueiro – Ananindeua.................... 300.000
à Maternidade e à Infância – Cuité....... 200.000
Pão de Santo Antônio – Belém............ 100.000
Pia Sociedade Pão de Santo Antônio Associação de Proteção e Assistência
– Belém................................................ 200.000 à Maternidade e à Infância Francisca
Pôsto de Puericultura de Bragança – Olyntho, para o Pôsto de Puericultura
Bragança.............................................. 300.000 Cel. João Olyntho – Patos..................... 700.000
Pôsto de Puericultura de Capanema – Associação de Proteção e Assistência
Capanema............................................ 300.000 à Maternidade e à Infância – Pombal.... 200.000
Pôsto de Puericultura – Castanhal....... 200.000 Associação de Proteção e Assistência
Pôsto de Puericultura de Igarapé-Açu.. 100.000 à Maternidade e à Infância – Remigio... 200.000
Sociedade São Vicente de Paulo – Associação de Proteção e Assistência
Santarém.............................................. 300.000
à Maternidade e à Infância de Serra
7.100.000
Redonda................................................ 100.000
16 – Paraíba: Associação de Proteção e Assistência
à Maternidade e à Infância – Taperoá.. 200.000
Abrigo da Mãe Pobre – Aroeiras.......... 100.000 Associação Hospitalar Beneficente –
Abrigo da Mãe Pobre Umbuzeiro......... 100.000
Campina Grande................................... 150.000
Aprendizado Operário Beneficente de
Cajazeiras............................................. 200.000 Associação Proletária Beneficente de
Asilo de Mendicidade Cruzeiros da Cruz das Almas..................................... 100.000
Cunha de João Pessoa – João Associação Proletária Beneficente de
Pessoa.................................................. 100.000 Cruz das Almas – João Pessoa............ 300.000
Assistência Social dos Trabalhadores
Banco de Leite Humano – João
da Paraíba – João Pessoa................... 200.000
Associação de Proteção à Pessoa.................................................. 100.000
Maternidade e à Infância Mirandolina Campanha de ação Social e Rural –
Menezes – Araruna.............................. 200.000 Solanea................................................. 100.000
Associação de Proteção à Casa da Criança Dr. João Moura –
Maternidade e a Infância – Piancó....... 100.000 Campina Grande................................... 200.000
Associação do Proteção aos Menores Casa da Mãe Pobre – Princesa Isabel.. 200.000
Abandonados e Assistência à Casa da Mãe Pobre – Santa Rita.......... 200.000
– 561 –
Cr$ Cr$
Casa de Saúde e Maternidade Francisco Maternidade de Pedras – Pedras de Fogo 100.000
Ismael – Caiçara ...................................... 200.000 Maternidade Nossa Senhora de Fátima
Centro Cultural de Amparo ao Estudante de Picuí ..................................................... 200.000
– Alagoa Nova ......................................... 100.000 Maternidade Venceslau Lopes – Piancó... 150.000
Clube das Mães – Mari ........................... 100.000 Núcleo de Organização Voluntárias
Clube das Mães – Sapé .......................... 100.000 Socorristas – Mamanguape ...................... 100.000
Conferência São Vicente de Paulo – Obra de Amparo ao Berço Mirandolina
Soledade .................................................. 200.000
Pessoa de Queiroz – Umbuzeiro .............. 100.000
Escola Abrigo Dom Bosco – Cajazeiras .. 100.000
Pôsto de Higiene de Santa Rita – Santa
Hospital Maternidade de "Caçula Leite" –
Conceição ................................................ 100.000 Rita ........................................................... 100.000
Hospital e Maternidade Maria Júlia Pôsto de Puericultura a cargo da
Maranhão – Araruna ................................ 100.000 Sociedade D. Jandira Melo de Proteção à
Hospital Pedro I – Campo Grande ........... 100.000 Maternidade e à Infancia – Brejo da Cruz. 100.000
Hospital e Maternidade – Patos ............... 200.000 Pôsto de Puericultura de Cruz do Espírito
Hospital Santa Isabel – João Pessoa ...... 100.000 Santo – Espírito Santo .............................. 100.000
Hospital São João Baptista – João Pôsto de Puericultura Vidal de Negreiros
Pessoa ..................................................... 100.000 – Princesa Isabel ...................................... 200.000
Instituto Campinense de Neuropsiquiatria Pôsto de Saúde – Pilões .......................... 100.000
e Reabilitação Funcional (ICANERF) – Região Escoteira da Paraíba – João
Campina Grande ...................................... 200.000 Pessoa ...................................................... 100.000
Maternidade a cargo da Associação de Sociedade Dentária de Assistência à
Proteção e Assistência à Infância Nossa Maternidade e à Infância – Pombal .......... 200.000
Senhora de Fátima de Conceição ........... 100.000 Sociedade Odontológica de Campina
Maternidade a cargo da Sociedade de Grande ...................................................... 100.000
Proteção à Maternidade e à Infância –
Sociedade de Proteção e Assistência a
Catolé do Rocha ...................................... 200.000
Infância de Campina Grande .................... 100.000
Maternidade a cargo da Sociedade de
Proteção à Maternidade e à Infância – Sociedade de Proteção à Mãe Pobre –
Souza ....................................................... 100.000 Aroeiras .................................................... 100.000
Maternidade Ana Maranhão – Araruna .... 100.000 Sociedade de São Vicente de Paulo, para
Maternidade Ana Paraguai – Monteiro .... 100.000 a Vila Vicentina Júlia Freire – João
Maternidade Caçula Leite – Conceição ... 100.000 Pessoa ...................................................... 100.000
– 562 –
Cr$ Cr$
Sociedade União Operária Beneficente Associação de Proteção à Maternidade e
– João Pessoa ....................................... 100.000 à Infância – Lapa ...................................... 100.000
8.800.000 Associação de Proteção à Maternidade e
à Infância – Morretes ................................ 100.000
17 – Paraná: Associação de Proteção à Maternidade e
à Infância – Ribeirão do Pinhal ................. 100.000
Abrigo Santa Clara – Curitiba ................ 100.000 Associação de Proteção à Maternidade e
Alberque Noturno de Mandaguari – à Infância – Castro.................................... 100.000
Mandaguari ............................................ 200.000 Associação de Proteção à Maternidade e
Alberque Noturno de Nova Esperança – à Infância – Cianiorte ................................ 100.000
Nova Esperança .................................... 200.000 Associação de Proteção à Maternidade e
à Infância – Ponta Grossa ........................ 100.000
Aldeia Escola dos Meninos de
Associação de Proteção à Maternidade e
Paranavaí – Paranavaí .......................... 300.000
à Infância – Rio Negro .............................. 100.000
Ambulatório Médico Antenor Teles –
Associação de Proteção à Maternidade e
Castro .................................................... 100.000
à Infância – União da Vitória .................... 200.000
Asilo São Francisco de Assis – Santo
Associação Evangêlica Beneficente de
Antônio Platina ....................................... 100.000 Maringá – Maringá .................................... 100.000
Asilo São Luís – Curitiba ....................... 100.000 Associação Franciscana de Ensino
Asilo São Vicente de Paulo – Castro ..... 100.000 Senhor Bom Jesus – Curitiba ................... 100.000
Asilo São Vicente de Paulo – Associação Maternidade à Infância –
Paranaguá ............................................. 150.000 Cascavel ................................................... 100.000
Asilo São Vicente de Paulo – Ponta Associação Nossa Senhora da Salette –
Grossa ................................................... 200.000 Curitiba ..................................................... 100.000
Asilo dos Velhos Lins de Vasconcelos – Associação Paranaense de Reabilitação
Paranavaí .............................................. 200.000 – Curitiba .................................................. 100.000
Asilo São Luís – Curitiba ....................... 100.000 Associação Santa Luzia de Marillac do
Asilo São Vicente de Paulo – Curitiba ... 100.000 Colégio Imaculada Conceição –
Assistência Popular e Educativa do Jacarézinho .............................................. 300.000
Litoral – Paranaguá ............................... 200.000 Associação Vicentina de Senhoras –
Associação Beneficente das Filhas de Ponta Grossa ............................................ 200.000
Maria Imaculada – Curitiba .................... 100.000 Casa da Criança de Maringá – Maringá ... 100.000
Associação de Proteção à Maternidade Casa da Criança de Paranavaí –
e à Infância – Aruacária ......................... 100.000 Paranavaí ................................................. 100.000
Associação de Assistência às Cantinas Casa das Meninas Pontagrossenses –
Escolares do Paraná – Curitiba.............. 100.000 Ponta Grossa ............................................ 100.000
– 563 –
Cr$ Cr$
Casa dos Pobres de São João Batista – Lar Marinha – Palmeira ............................ 100.000
Curitiba .................................................... 100.000 Lar dos Meninos de São José – Irati........ 100.000
Centro Espírita Vicente de Paulo – Rio Lar Sagrado Coração de Jesus – Castro.. 100.000
Negro...................................................... 150.000
Lar Santa Luzia – Antonina ..................... 100.000
Centro Operário Clínco e Beneficente –
Ponta Grossa........................................... 100.000 Lar São Vicente de Paulo – Jacarézinho 100.000
Colégio Santa Olga – Prudentópolis........ 200.000 Liga das Senhoras Católicas – Cornélio
Creche do Menino Jesus Maringá........... 100.000 Procópio.................................................... 100.000
Ecucandário da Imaculada – Curitiba...... 500.000 Obras Sociais da Paróquia Nossa
Educandário da Imaculada das Irmãs Senhora da Paz – Ibiporã ........................ 100.000
Oblatas do Santíssimo Redentor – Orfanato Santo Antônio – Morretes .......... 100.000
Curitiba..................................................... 100.000 Orfanato São José (Cajuru) – Curitiba...... 200.000
Educandário Nossa Senhora da
Orfanato São José – Morretes ................ 100.000
Conceição – Palmeira............................. 100.000
Educandário São José – Paranaguá....... 200.000 Pôsto de Puericultura Araponga –
Federação Espírita do Paraná – Curitiba 100.000 Araponga ................................................. 100.000
Hospital Cruz Vermelha – Curitiba............ 100.000 Pôsto de Puericultura de Barracão........... 100.000
Hospital Evangélico de Londrina – Pôsto de Puericultura de Capanema........ 100.000
Londrina.................................................... 100.000 Pôsto de Puericultura de Cascavel........... 100.000
Hospital Municipal de Abatiá – Abatiá ..... 100.000 Pôsto de Puericultura de Francisco
Hospital São Vicente de Paulo – Beltrão ..................................................... 100.000
Guarapuava ............................................. 100.000 Pôsto de Puericultura de Foz do Iguaçu... 100.000
Hospital São Vicente de Paulo
Pôsto de Puericultura de Guaíra............... 200.000
"Assistência à Maternidade" – Irati .......... 200.000
Hospital São Vicente de Paulo – Pôsto de Puericultura Mandaguari –
Tomazina ............................................... 100.000 Mandaguari............................................... 100.000
Hospital Vicentino – Ponta Grossa .......... 100.000 Pôsto de Puericultura de Santo Antônio.... 100.000
Instituto Nossa Senhora das Mercês – Pôsto de Puericultura de Toledo............... 100.000
Curitiba ................................................... 100.000 Regional Hospital Nossa Senhora
Instituto Paranaense de Cegos – Curitiba 100.000 Aparecida "Obras Maternidade" – União
Irmandade do Hospital Sagrado Coração da Vitória .................................................. 300.000
de Jesus – Prudentópolis ........................ 100.000
Santa Casa de Misericórdia – Paranacity 100.000
Lar Anália Franco – Londrina.................... 200.000
Lar das Crianças – Curitiba .................... 200.000 Sindicato dos Trabalhadores nas
Lar Infantil Amélia Boudet – Mandaguari 100.000 Indústrias Gráficas de Curitiba ................
– 564 –
Cr$ Cr$
para obras assistenciais – Curitiba ..... 100.000 Associação de Maternidade e Infância de
Sociedade Beneficente Hospitalar –
Poção ....................................................... 200.000
Ibiporã .................................................. 100.000
Sociedade Brasileira Cultural e Associação de Maternidade e Infância de
Caritativa São José, para a Sanharó ................................................... 100.000
Maternidade Nossa Senhora de Associação de Proteção e
Lourdes – Curitiba ............................... 100.000 Assistência à Maternidade e Infância de
Sociedade de Assistência aos Lázaros
e Defesa contra a Lepra – Curitiba ...... 100.000 Fazenda Nova – Brejo da Madre de Deus 100.000
Sociedade de Socorro aos Associação de Proteção e Assistência à
Necessitados de Paranaguá – Maternidade e Infância de Itapetim .......... 100.000
Paranaguá ........................................... 100.000 Associação de Proteção e Assistência à
Sociedade Evangélica Beneficente –
Maternidade e à Infância – Salgueiro ....... 100.000
Curitiba ................................................ 100.000
Vela Vicentina – Ponta Grossa ............ 100.000 Associação de Proteção e Assistência à
11.400.000 Maternidade e à Infância de São José do
Egito – São José do Egito ........................ 100.000
18 – Pernambuco: Associação de Proteção à Maternidade e
Abrigo da Velhice Desamparada – à Infância (para a Maternidade São José)
Olinda .................................................. 100.000 – Bezerros ................................................ 200.000
Abrigo do Cristo Redentor Recife ........ 100.000 Associação de Proteção à Maternidade e
Abrigo Jesus Nazareno – Palmares .... 100.000 à Infância de Carpina – (Para a
Abrigo Nossa Senhora do Amparo –
Maternidade) – Carpina ........................... 200.000
Olinda .................................................. 100.000
Abrigo Nossa Senhora de Lourdes – Associação de Proteção à Maternidade e
Olinda .................................................. 100.000 à Infância de Custódia .............................. 100.000
Abrigo São Francisco de Assis – Associação de Proteção à Maternidade e
Palmares .............................................. 200.000 à Infância – Floresta ................................
Ação Paroquial de Assistência Nossa 100.000
Senhora das Dores – Goiana .............. 100.000 Associação de Proteção à Maternidade e
Albergue Noturno do Recife – Recife .. 100.000 à Infância – Glória de Goita ..................... 100.000
Ampliação da Maternidade da Associação de Proteção à Maternidade e
Encruzilhada – Recife .......................... 200.000 à Infância de Pesqueira, para a
Associação de Maternidade e Infância
Maternidade de Pesqueira – Pesqueira ... 700.000
de Carpina ........................................... 100.000
Associação de Maternidade de Associação de Proteção à Maternidade e
Infância de Lagoa dos Gatos................ 100.000 à Infância de Sirinhaem............................ 300.000
– 565 –
Cr$ Cr$
Associação de Proteção à Maternidade e Vale do São Francisco – Tacaratu ........... 100.000
à Infância de Tabira ................................. 200.000 Centro Social São José (Boa Viagem) –
Associação de Proteção à Maternidade e Recife....................................................... 100.000
a Infância – Vertentes ............................. 100.000
Centro Social de Vitória de Santo Antão,
Associação Santa Luiza de Marillac –
Olinda....................................................... 100.000 para escolas de corte e costura – Vitória
Campanha de Ajuda aos Aleijados – de Santo Antão ........................................ 100.000
Limoeiro ................................................... 100.000 Campanhia de Caridade Padre Venâncio
Campanha Pernambucana Pró-Infância – – Recife.................................................... 100.000
Recife ...................................................... 100.000 Conferência de São Vicente de Paulo –
Casa da Criança Nossa Senhora das Bonito ...................................................... 200.000
Dores de Aliança – Aliança ...................... 200.000 Congregação das Filhas de Santana –
Casa de Caridade Santo Antônio –
Noviciado de Carpina – Carpina................ 100.000
Macaparana ............................................. 100.000
Casa do Pequeno Jornaleiro – Recife...... 100.000 Creche Sta. Clotilde – Escada ................. 100.000
Casa do Pobre de Itamaraca – Dispensário de Higiene Infantil – João
Igarassu..................................................... 100.000 Alfredo 100.000
Casa dos Pobres Ana Ribeiro – Serra Federação das Bandeirantes do Brasil –
Talhada ................................................... 100.000 Região de Pernambuco – Recife ............. 200.000
Casa dos Pobres – Vitória do Santo Função Manoel Santana Filho – Flôres ... 100.000
Antão ....................................................... 100.000
Granja Jangadinha – Recife .................... 100.000
Centro de Recuperação Motora do
Nordeste – Recife.................................... 100.000 Liga de Amparo à Maternidade e à
Centro Espírita Enviados de Jesus – Infância – Palmares ................................. 100.000
Gravatá .................................................... 100.000 Hospital e Maternidade Infantil da Polícia
Centro Educativo Operário Abdias de Militar de Pernambuco – Recife .............. 100.000
Oliveira (para o gabinete médico) – Instituto Bom Pastor – Garanhuns .......... 100.000
Igarassu ................................................... 300.000 Liga do Amparo à Maternidade e à
Centro Leão Pio X – Floresta ................... 100.000 Infância – Palmares ................................. 100.000
Centro Social de Serrita – Serrita ............ 100.000
Liga de Assistência à Maternidade e à
Centro Social e Beneficente São José
das Vertentes – Vertentes ....................... 100.000 Infância e à Velhice de Jurema – Jurema. 100.000
Centro Social e Recreativo de Tacaratu – Liga de Proteção à Infância – Ipojuca ...... 100.000
Tacaratu .................................................. 100.000 Liga de Proteção à Maternidade e à
Centro Social Nossa Senhora da Saúde do Infância – Agrestina.................................. 200.000
– 566 –
Cr$ Cr$
Liga de Proteção à Maternidade e à Maternidade do Município de Panelas...... 100.000
Infância – Belo Jardim .......................... 200.000 Maternidade e Casa de Saúde Severino
Liga de Proteção à Maternidade e à Távora – Nazaré da Mata.......................... 300.000
Infância de Boas Novas – Bezerros....... 100.000 Maternidade e Hospital Infantil da Polícia
Liga de Proteção à Infância de Bodocó 100.000 Militar de Pernambuco – Recife ............... 100.000
Liga de Proteção à Maternidade e à Maternidade Maria Amélia – Recife.......... 600.000
Maternidade Mirins (Rurais) – Pesqueira 200.000
Infância – Bom Jardim ........................... 200.000
Maternidade São Bento de Una – São
Liga de Proteção à Maternidade e à Bento de Una........................................... 200.000
Infância Cabrobó.................................... 100.000 Núcleo de Assistência Social – Bonito .... 100.000
Liga de Proteção à Maternidade e à Núcleo de Assistência Social Historiador
Infância – Cupira .................................. 100.000 Pereira da Costa – Recife........................ 100.000
Liga de Proteção à Maternidade e à Núcleo de Assistência Social do
Infância – Flôres ................................... 200.000 Salgueiro.................................................. 100.000
Liga de Proteção à Maternidade e à Núcleo Social do Morro da Conceição –
Infância de Igaraçu ............................... 100.000 Recife ...................................................... 100.000
Liga de Proteção à Maternidade e à Obra de Assistência aos Mendigos e
Infância de Muribeca – Jaboatão........... 100.000 Menores desamparados da Cidade do
Liga de Proteção à Maternidade e à Recife – Recife......................................... 100.000
Infância – João Alfredo......................... 200.000 Obra de Socorro aos Pobres de Olinda e
Liga de Proteção à Maternidade e à seus Arredores – Olinda.......................... 200.000
Obras Sociais da Diocese de Nazaré –
Infância do Ribeirão – Ribeirão.............. 200.000
Nazaré da Mata ...................................... 100.000
Liga de Proteção à Maternidade e à
Obras Sociais da Paróquia da Tôrre –
Infância de Rio Formoso ...................... 400.000 Recife .................................................... 100.000
Liga de Proteção à Maternidade e à Pensionato da Divina Providência –
Infância – Toritama............................... 100.000 Floresta .................................................... 100.000
Liga Núcleo de Assistência Social Pôsto de Puericultura da Associação de
Santa Teresinha – São José do Egito... 100.000 Proteção à Maternidade e à Infância –
Maternidade da Polícia Militar – Recife 100.000 Petrolândia .............................................. 100.000
Maternidade da Unidade Sanitária de Pôsto de Puericultura de Jaboatão –
Arcoverde – Arcoverde.......................... 200.000 Joboatão .................................................. 200.000
Maternidade de Carpina ........................ 800.000 Pôsto de Puericultura de São Joaquim do
– 567 –
Cr$ Cr$
Monte – São Joaquim do Monte............... 100.000 Sociedade Educativa Mirandibense –
São José do Belmonte......................... 100.000
Pôsto de Puericultura e Lactário, mantido
Sociedade Mista Beneficente e
pela Sociedade de Proteção à Humanitária dos Palmares – Palmares 100.000
Maternidade e à Infância – Vertentes....... 100.000 Sociedade Pernambucana de
Residência de São Bento – Caruaru........ 100.000 Combate ao Câncer – Recife .............. 300.000
Santa Casa da Misericórdia para as suas Sociedade Protetora da Família do
Presidiário – Recife.............................. 100.000
entidades de menores abandonados – Sociedade São Vicente de Paulo –
Recife ...................................................... 100.000 Serra Talhada...................................... 100.000
Serviço de Amparo à Maternidade e à 16.600.000
Infância de Joaquim Nabuco – Joaquim
Nabuco .................................................... 100.000 19 – Piauí:
Serviço de Proteção à Maternidade e à Associação de Assistência à
Infância – Brejo da Madre Deus ............. 100.000 Maternidade e à Infância – Valença..... 200.000
Serviço Social da Colônia Penal de Associação de proteção à
Mulheres Delinqüentes (Asilo Bom Maternidade e à Infancia – Amarante... 100.000
Associação de Proteção à
Pastor) – Recife ...................................... 100.000 Maternidade e à Infância – Guadalupe 100.000
Sociedade Beneficente São Vicente de Associação de Proteção à
Paulo – Petrolândia ................................. 100.000 Maternidade e à Infância – Itainópolis.. 100.000
Sociedade de Proteção à Maternidade e Associação de Proteção à
Maternidade e à Infância – Jaicós....... 100.000
à Infância de Araripina (para construção
Associação de Proteção à
da maternidade) – Araripina .................... 100.000 Maternidade e à Infância – Mathias
Sociedade de Proteção à Maternidade e Olympio............................................... 100.000
à Infância de Araripina ............................ 300.000 Associação de Proteção à
Sociedade de Proteção à Maternidade e Maternidade e à Infância – Miguel
Alves.................................................... 100.000
à Infância – Barreiros .............................. 100.000 Associação de Proteção à
Sociedade de Proteção à Infância – Maternidade e à Infância de
Buique ..................................................... 100.000 Palmeirais – Palmeiras......................... 100.000
Sociedade de Proteção à Maternidade e Associação de Proteção à
Maternidade e à Infância – Paulistana. 100.000
à Infância – Sanhahó ............................... 100.000
Associação de Proteção à
Sociedade de Proteção à Maternidade e Maternidade e à Infância de Piripiri –
à Infância Santa Maria da Boa Vista ........ 300.000 Piripiri .................................................. 100.000
– 568 –
Cr$ Cr$
Associação de Proteção à Maternidade e Obra Social Sul Piauiense – Gilbués ..... 100.000
à Infância de Pôrto Rico – Pôrto Rico....... 200.000 Patronato Irmãos Dantas – Teresina ..... 100.000
Associação de Proteção à Maternidade e Patronato Irmãos Dantas – Piracuruca... 100.000
400.000 Patronato São José – Água Branca ...... 100.000
à Infância – Regeneração ........................
Patronato São José – Regeneração ...... 100.000
Associação de Proteção à Maternidade e
Pôsto de Puericultura Suzane Jacob –
à Infância de São Miguel do Tapuia ........ 100.000 Parnaíba ................................................ 200.000
Serviço de Amparo à Maternidade e à Serviço de Assistência aos Mendigos –
Infância de Joaquim Nabuco – Joaquim Teresina ................................................. 100.000
Nabuco .................................................... 100.000 Sociedade Amparo à Infância Oeirense
Associação de Proteção à Maternidade e – Oeiras ................................................. 100.000
à Infância – União .................................... 100.000 Sociedade de Amparo aos Menores
Associação de Proteção à Maternidade e Abandonados – Campo Maior ............... 100.000
à Infância – Uruçuí ................................... 100.000 Associação de Proteção à Maternidade
e à Infância – Campo Maior ................... 100.000
Associação de Proteção à Maternidade e
Associação de Proteção à Infância
à Infância de Valença – Valença ............. 200.000
Abandonada – Monsenhor Hipólito ....... 100.000
Associação de Proteção à Velhice e aos Sociedade Dr. Manoel Rodrigues de
Inválidos de São Raimundo Nonato – Proteção à Maternidade e à Infância –
São Raimundo Nonato ............................. 200.000 Oeiras .................................................... 200.000
Associação Profissional dos União Artística Operária Miguelalvense
Carregadores e Transportadores de – Miguel Alves ....................................... 100.000
Volumes e Bagagens em Geral, para 5.700.000
obras assistenciais – Parnaíba ................ 100.000
Associação Rural – Amarantes ................ 100.000 20 – Rio Branco:
Círculo Operário de Oeiras – Oeiras ....... 500.000
Enformaria de Vila Pereira – Boa Vista.. 100.000
Fundação Edwiges Gonçalves Costa –
Hospital Nossa Senhora de Fátima –
União ........................................................ 300.000 Boa Vista ............................................... 100.000
Hospital e Maternidade Petronila Legião Brasileira de Assistência – Boa
Cavalcanti, mantido pela Associação Vista ....................................................... 500.000
Beneficente de Assistência Médico- Maternidade de Boa Vista ..................... 100.000
Hospitalar e Amparo Social – Paulistana.. 800.000 800.000
– 569 –
Cr$ Cr$
21 – Rio de Janeiro: Santa Maria Madalena ............................. 100.000
Abrigo de Assistência ao Menor Caixa de Esmolas São João da Escócia –
Desamparado – Niterói ............................ 200.000 Santa Maria Madalena ............................. 100.000
Abrigo Dr. João Viana – Campos ............ 100.000 Casa da Divina Providência – Niterói ...... 100.000
Abrigo Jesus no Lar – Barra do Piraí ....... 100.000
Casa de Caridade de Piraí – Piraí ........... 100.000
Abrigo Sta. Teresinha de Trajano de
Centro de Assistência Nilo Peçanha –
Morais – Trajano de Morais ..................... 100.000
Albergue São Francisco de Assis – Nilópolis ................................................... 200.000
Campos ................................................... 100.000 Centro de Irradiação Mental Tatwa 29 de
Ambulatório Francisco Leopoldo Coelho Julho – Volta Redonda ............................. 100.000
– Niterói ................................................... 100.000 Comissão Municipal da Legião Brasileira
Asilo Conceição de Macabu – Conceição de Assistência em Rezende – Rezende .. 200.000
de Macabu ............................................... 100.000 Comissão Municipal da Legião Brasileira
Asilo da Velhice Desamparada de Macaé 200.000 de Assistência em Rezende, para o
Asilo Santo Antônio dos Pobres – Distrito de Itatiaia – Itatiaia ...................... 300.000
Itaperuna ................................................. 100.000 Conferência de Bom Jesus do
Asilo São Vicente de Paulo – Angra dos
itabapoana da Sociedade São Vicente de
Reis .......................................................... 100.000
Paulo – Bom Jesus do Itabapoana .......... 100.000
Associação Damas de Caridade São
Vicente de Paulo – Barra do Piraí ............ 100.000 Conferência São Vicente de Paulo (Asilo)
Associação de Proteção à Maternidade e – Carmo ................................................... 100.000
à Infância – Itaboraí ................................. 200.000 Conferência Vicentina de São Gonçalo –
Associação Diocesana da Velhice São Gonçalo ............................................ 100.000
Desamparada de Valença – Marquês de Congregação Santa Catarina,
Valença..................................................... 100.000 mantenedora do Hospital Santa Teresa –
Associação Fluminense de Reabilitação Petrópolis ................................................. 100.000
– Niterói ................................................... 100.000 Cruz Vermelha Brasileira – Filial de Barra
Associação Mantenedora do Asilo Nossa do Piraí ..................................................... 200.000
Senhora do Carmo da Velhice
Dispensário Divino Espírito (Matriz de
Desamparada – Campos ......................... 100.000
Associação Social de Proteção e São Fidélis) – São Fidélis ........................ 100.000
Assistência à Criança de Quissaman – Escola Profissional Santa Clélia –
Quissaman .............................................. 600.000 Campos .................................................... 100.000
Caixa Auxiliadora dos Pobres de São Fundação São José – Duque de Caxias .. 800.000
Gonçalo – São Gonçalo........................... 100.000 Hospital Antônio Castro (para
Caixa da Escola São João da Escócia – . maternidade) – Cordeiro .......................... 200.000
– 570 –
Cr$ Cr$
Hospital Armando Vidal – São Fidélis ..... 100.000 Lar da Criança Margarida Leal – Itaboraí.. 100.000
Hospital Centro Espírita Araci – Campos 100.000 Lar de Caridade Padre Luiz Orio – Niterói 200.000
Hospital de Miracema – Miracema........... 200.000 Legião Brasileira de Assistência de
Hospital Infantil Menino Jesus – Paraíba Cachoeiras de Macacu ............................ 100.000
do Sul ...................................................... 100.000 Legião Brasileira de Assistência de Magé 100.000
Hospital Menino Jesus – Paraíba do Sul 100.000 Legião Brasileira de Assistência de
Hospital Nossa Senhora da Conceição – Mangaratiba ............................................. 100.000
Três Rios ................................................. 100.000 Legião Brasileira de Assistência de
Hospital São José Avaí – Itaperuna ........ 100.000 Miguel Pereira .......................................... 100.000
Instituto de Assistência Social Domingos Legião Brasileira de Assistência de Nova
Sávio – Niterói ......................................... 200.000 Friburgo..................................................... 100.000
Instituição Santa Dorotéia – Nova Legião Brasileira de Assistência de
Friburgo ................................................... 100.000 Paraíba do Sul.......................................... 100.000
Instituto de Proteção e Assistência à Legião Brasileira de Assistência de
Petrópolis ................................................. 200.000
Infância de Niterói – Niterói ..................... 100.000
Legião Brasileira de Assistência de Rio
Instituto Educacional dos Irmãos
Bonito ....................................................... 100.000
Salesianos – Macaé ................................ 100.000
Legião Brasileira de Assistência de Rio
Instituto Gonçalense de Assistência à
Claro.......................................................... 100.000
Maternidade e à Infância – São Gonçalo. 200.000
Legião Brasileira de Assistência de Rio
Instituto Profissional Femínino São das Flôres.................................................. 100.000
Joaquim Teixeira Leite – Vassouras ....... 100.000 Legião Brasileira de Assistência de
Instituto Profissional Laura Vicuña – Pádua – Santo Antônio de Pádua ............ 200.000
Campos ................................................... 100.000 Legião Brasileira de Assistência de Três
Instituto Santa Teresinha – Rio Bonito ... 100.000 Rios .......................................................... 100.000
Instituto Santa Teresinha do Menino Legionários de São José – Petrópolis ...... 200.000
Jesus – Niterói ......................................... 200.000 Liga Campista Norte Fluminense de
Instituto Social de Niterói ......................... 100.000 Combate ao Câncer – Campos ............... 100.000
Irmandade de Misericórdia de São João Liga Fluminense Contra o Câncer –
Batista da Barra, mantenedora da Santa Niterói ....................................................... 100.000
Casa de Misericórdia e Maternidade de Maternidade da Mãe Pobre – Barra do
São João da Barra ................................... 100.000 Piraí .......................................................... 100.000
– 571 –
Cr$ Cr$
Obra do Berço do CoIégio Notre Dame cia de Mossoró, para o Centro de
de Sion – Petrópolis ............................. 100.000 Puericultura Ana Pereira – Mossoró ...... 200.000
Obras Sociais da Instituição Santa
Associação de Assistência e Proteção à
Dorotéa – Nova Friburgo ..................... 100.000
Obras Sociais de São Judas Tadeu da Maternidade e à Infância de Mossoró,
Mosela – Petrópolis ............................. 300.000 para o Clube das Mães – Mossoró ........ 200.000
Obras Sociais do Instituto Santa Associação de Proteção e Assistência à
Dorotéa – Nova Friburgo ..................... 100.000 Maternidade e à Infância de São João
Obras Sociais do Tupan Esporte Campestre – São José Campestre ........ 200.000
Clube – Miracema ................................ 100.000 Associação de Proteção e Assistência à
Oratório Festivo Laura de Vicuña –
Campos ............................................... 100.000 Maternidade e à Infância de São Miguel
Orfanato Nossa Senhora da Aparecida – São Miguel .......................................... 100.000
– Pati do Alferes .................................. 100.000 Associação de Proteção à Maternidade
Orfanato Nossa Senhora Aparecida e à Infância de Barcelona – Barcelona .. 600.000
(Pati do Alferes) – Vassouras .............. 100.000 Associação de Proteção à Maternidade
Orfanato Santo Antônio – Niterói ......... 100.000 e à Infância de São José de Mipibu –
Patronato de Menores de São João do
São José de Mipibu ............................... 800.000
Meriti – São João do Meriti .................. 100.000
Patronato São José – Itaguaí .............. 100.000 Casa da Criança Desamparada – Natal 100.000
Pôsto de Puericultura – Cordeiro ......... 100.000 Creche Mantida pelo Centro Espírita
Pôsto de Puericultura Evangélica de José Tôrres – Natal ................................ 200.000
Olinda – Olinda – Nilópolis .................. 400.000 Escola Ambulatório Cardeal Câmara –
Santa Casa de Misericórdia de Mossoró ................................................. 100.000
Campos ............................................... 200.000
Escola Ambulatório José Pereira Lima –
Serviço de Assistência São José
Operário – Campos ............................. 500.000 Mossoró ................................................. 100.000
Serviço de Assistência Social São Escola Ambulatório Padre Dehon –
José Operário – Campos ..................... 100.000 Mossoró ................................................. 100.000
12.700.000 Instituto de Assistência às Famílias dos
Trabalhadores Rurais de Pedra de
22 – Rio Grande do Norte: Abelha – Apodi ....................................... 400.000
Instituto de Proteção e Assistência à
Associação de Proteção à
Maternidade e à Infância de Apodi ...... 100.000 Infância do Rio Grande do Norte – Natal 600.000
Associação de Assistência e Instituto de Proteção e Assistência
Proteção à Maternidade à Infân- à Maternidade e à Infância
– 572 –
Cr$ Cr$
do Rio Grande do Norte – Natal ............... 400.000 Asilo Menino Jesus de Braga – Santa
Instituto Estevam Machado – Natal ......... 200.000 Vitória Palmar ........................................ 100.000
Maternidade Ananília Regina – C. Novos 200.000 Asilo Nossa Senhora Mãe de Deus –
Maternidade Januário Cicco – Natal ........ 300.000 Tupanciretã ........................................... 100.000
Maternidade Nossa Senhora da Penha – Asilos Pella e Bethania – Taquari ......... 200.000
Monte Alegre ............................................ 100.000 Asilo Pella e Bethania – Valetudinário –
Pôsto de Puericultura Desembargador Bethania ................................................ 200.000
Asilo Santa Isabel – Vacaria ................. 200.000
Tomaz Salustino – C. Novos .................... 200.000
Asilo Santo Antônio – Cruz Alta ............ 200.000
Sociedade Beneficente de Mossoró –
Asilo Santo Antônio, mantido pela
Mossoró ................................................... 400.000 Conferência São Vicente de Paulo do
5.600.000 Divino Espírito Santo – Cruz Alta .......... 100.000
Asilo São João – São Gabriel ............... 100.000
23 – Rio Grande do Sul: Asilo São Vicente de Paulo – Alegrete .. 100.000
Asilo São Vicente de Paulo – Caràzinho 100.000
Abrigo Espírito Oscar J. Pithan – Santa Assistência Social à Família Pobre –
Maria ........................................................ 100.000 Pôrto Alegre .......................................... 100.000
Abrigo Oscar José Pithan – Santa Maria . 100.000 Associação Assistencial São José, da
Amparo Santa Cruz – Pôrto Alegre .......... 100.000 Paróquia de Santo Antônio do Pão dos
Asilo Amparo à Velhice Família Gustavo Pobres – Pôrto Alegre ........................... 200.000
Nordlund – Pôrto Alegre ........................... 100.000 Associação Assistencial São Vicente de
Asilo Bom Pastor – Pelotas ...................... 100.000 Paulo – Itaqui ........................................ 100.000
Asilo da Velhice Desamparada de Associação Caçapavana de Auxílio aos
Cachoeira do Sul ...................................... 200.000 Pobres – Caçapava do Sul .................... 100.000
Associação Damas de Caridade –
Asilo da Velhice Nossa Senhora
Itaqui ...................................................... 100.000
Medianeira – Cachoeira do Sul ................ 200.000
Associação Família e Comunidade das
Asilo de Betel, de Esteio – Esteio ............ 100.000 Irmãs Missionárias de Jesus
Asilo de Mendigos – Pelotas .................... 200.000 Crucificado – Pôrto Alegre .................... 100.000
Asilo de Pobres – Rio Grande .................. 100.000 Associação Hospital S. Francisco da
Asilo de Velhos da Igreja Betel – Esteio .. 100.000 Vila Dr. Pestana, Distrito de Cadeado –
Asilo dos Velhos – Santiago .................... 100.000 Ijuí .......................................................... 100.000
Asilo dos Velhos Nossa Senhora Associação Pão dos Pobres – São
Auxiliadora – Rosário do Sul .................... 100.000 Lourenço do Sul .................................... 200.000
– 573 –
Cr$ Cr$
Associação Protetora da Infância – Obra Círculo Operário Leopoldense para o
Social São José de Murialdo – Pôrto “Lar da Menina São José” – São
Alegre ....................................................... 100.000 Leopoldo ................................................. 100.000
Associação Sul Riograndense da Igreja Círculo Operário – Sarandi ..................... 100.000
Adventista do 7º Dia de Pôrto Alegre, Clínica “O Bom Samaritano”, mantida
para Soc. Caridade de Senhoras pela Associação Sul Riograndense da
“Dorcas” – Santa Maria ............................ 100.000 Igreja Adventista do 7º Dia – Pôrto
Associação Veranense de Assistência à Alegre ..................................................... 100.000
Maternidade e à Infância – Veranópolis ... 100.000 Clube Aliança – São Sebastião da Caí .. 100.000
Casa da Criança – Caxias do Sul ............ 100.000 Colônia de Pescadores 27, para sua
Casa da Criança das ex-Alunas das Policlínica e Assistência à Maternidade
Irmãs de Santa Catarina – Nôvo e à Infância – Tôrres ............................... 100.000
Hamburgo ................................................ 200.000 Comissão Estadual da Legião Brasileira
Casa da Criança Dr. Augusto Duprat – de Assistência do Rio Grande do Sul –
Rio Grande ............................................... 100.000 Pôrto Alegre ............................................ 300.000
Casa do Pequeno Operário – Pôrto Comissão Municipal da Legião Brasileira
Alegre ....................................................... 100.000 de Assistência – Erechim ....................... 200.000
Centro de Puericultura de Veranópolis, Conselho Central Metropolitano de
mantido pela Academia Veranense de Pôrto Alegre, da Sociedade de São
Assistência, Educação e Cultura – Vicente de Paulo – Pôrto Alegre ............ 100.000
Veranópolis .............................................. 100.000 Creche Menino Deus, da Fundação
Centro Espírita Amigo Germano de Pôrto Beneficente Lucas Araújo – Passo
Alegre, para a Fundação pela Mãe e pela Fundo ..................................................... 100.000
Criança – Canoas .................................... 100.000 Creche Santo Antônio, mantida pelo
Cidade de Deus – Pôrto Alegre ............... 100.000 Círculo Operário – Caí ............................ 100.000
Cidade dos Meninos – Jaguarão ............. 100.000 Educandário São João Baptista em
Cidade dos Meninos – Pelotas ................ 100.000 Pôrto Alegre ............................................ 100.000
Cidade dos Meninos – Santa Maria – Escala Normal Martin Luther – Estrêla ... 100.000
Camebi ..................................................... 100.000 Escola Pré-Vocacional de Erechim –
Círculo Operário Cachoeirense – Erechim .................................................. 100.000
Cachoeira do Sul ...................................... 100.000 Escola Rural Protásio Vargas (Patronato
Círculo Operário – Caràzinho .................. 100.000 para Menores Abandonados) – Passo
Círculo Operário Marauense – Marau ...... 100.000 Fundo ..................................................... 300.000
Círculo Operário Santiaguense – Fundação Ivan Goulart,
Santiago ................................................... 100.000 para construção do
– 574 –
Cr$ Cr$
Hospital Regional Infantil – São Borja ...... 400.000 túlio Vargas – Getúlio Vargas ................. 100.000
Fundação Orfanato Bidart – Bagé ............ 100.000 Hospital São Francisco – Machadinho ... 100.000
Grupo Espírita Ivon Costa – Santa Maria . 100.000 Hospital Sao João Batista – Nova Prata . 100.000
Hospital Beneficente N. S. Aparecida – Hospital Sao José de Floriano Peixoto –
Mussum .................................................... 100.000 Getúlio Vargas ....................................... 100.000
Hospital Caridade e Beneficência – Hospital São Roque – Getúlio Vargas .... 100.000
Cachoeira do Sul ...................................... 100.000 Hospital São Valentim, de Barracão –
Hospital Caridade São Jerônimo – São Lagoa Vermelha ..................................... 100.000
Jerônimo ................................................... 100.000 Instituição Caritativa Santo Antônio
Hospital de Montenegro – Montenegro .... 100.000 (Damas de Caridade da Paróquia de
Hospital Mário Totta – Osório Santo Antônio) – Estrêla ........................ 100.000
(Tramandaí) .............................................. 200.000 Instituto Bom Pastor – Caxias do Sul ..... 100.000
Hospital Nossa Senhora da Saúde – Instituto Cristo Rei – Rio Grande ............ 100.000
Cotiporã – Veranópolis ............................. 100.000 Instituto de Assistência Social à
Hospital Nossa Senhora da Saúde, de
Juventude – São Leopoldo ..................... 100.000
Erebango – Getúlio Vargas ...................... 100.000
Instituto D. Luiz Guanella – Pôrto Alegre 100.000
Hospital Nossa Senhora das Graças –
Instituto Espírita “Leocádio José Corrêa”
Ceberi ....................................................... 100.000
para a Cruzada Espírita de Proteção à
Hospital Nossa Senhora de Fátima –
Maternidade – Santa Maria .................... 200.000
Flôres da Cunha ....................................... 100.000
Hospital Nossa Senhora de Lourdes – Instituto Maria Imaculada – Pôrto Alegre 200.000
Nova Bassano, Município de Nova Prata . 100.000 Lar da Infância do Exército da Salvação
Hospital Nossa Senhora de Lourdes – – Pelotas ................................................ 100.000
Veranópolis .............................................. 100.000 Lar da Menina, da Fundação
Hospital Nossa Senhora Perpétuo Beneficente Lucas Araújo – Passo
Socorro Ernestina – Passo Fundo ........... 100.000 Fundo ..................................................... 100.000
Hospital Santa Isabel – Gaurama ............ 100.000 Lar da Menina São José do Círculo
Hospital Santa Isabel Gustavo Berthier – Operário – São Leopoldo ....................... 100.000
São José do Ouro .................................... 100.000 Lar da Velhice São Francisco de Assis
Hospital Santa Teresinha, de Fontoura da Fraternidade da Ordem Terceira da
Xavier – Soledade .................................... 100.000 Penitência de São Francisco de Assis –
Hospital Santo Antônio, da Estação de Ge- Caxias do Sul ......................................... 100.000
– 575 –
Cr$ Cr$
ry – Santa Cruz do Sul ......................... 100.000 Sociedade Pôrto-Alegrense de Auxílio
Sociedade Beneficente Santo Antônio aos Necessitados (SPAAN) – Pôrto
– Júlio de Castilhos .............................. 200.000 Alegre ................................................... 100.000
Sociedade Caràzinhense de Auxílio Sociedade União Operária Beneficente
aos Necessitados – Caràzinho ............ 100.000 Recreativa – São Luís Gonzaga .......... 100.000
Sociedade Caritativa de Senhoras Sociedade União Operária de Mútuo
“DORCAS” mantida pela Associação Socorro para Obras Assistenciais –
Sul Rio-grandense da Igreja Vacaria ................................................. 100.000
Adventista do 7º Dia – Pôrto Alegre ..... 100.000 Sociedade Vacariense de Auxílio aos
Sociedade de Amparo à Maternidade Necessitados – Vacaria ....................... 200.000
e à Infância de Passo Fundo ............... 100.000 Sociedade Vicentína S. Vicente de
Sociedade de Amparo aos Paulo – Tupanciretã ............................. 100.000
Necessitados de Alegrete (SANA) União Beneficente dos Carregadores e
Alegrete ................................................ 100.000 Apartadores da Viação Ferrea Rio
Grande do Sul, para obras
Sociedade de Auxílio aos
assistenciais – Santa Maria ................. 100.000
Necessitados para o “Asilo da Velhice”
União das Famílias – Ijuí ..................... 200.000
– Santa Cruz do Sul ............................. 100.000
União Operária Beneficente
Sociedade Assistencial Nossa
Recreativa – Ibirubá ............................. 100.000
Senhora do Rosário – Santa Maria ...... 400.000
18.660.000
Sociedade Espírita Dr. Victor Mena
Barreto – Santa Maria .......................... 100.000
24 – Rondônia
Sociedade Getuliense de Amparo aos
Menores – Getúlio Vargas ................... 100.000 Legião Brasileira de Assistência –
Sociedade Hospitalar Beneficente Seção de Guajará-Mirim – Guajará-
Nossa Senhora da Aparecida – Mirim .................................................... 200.000
Mussum ............................................... 100.000 Legião Brasileira de Assistência –
Sociedade Hospitalar Beneficente São Seção de Pôrto Velho – Pôrto Velho ... 200.000
Luís de Vespasiano Correia – Mussum 100.000 Liga de Assistência ao Tuberculoso
Sociedade Ijuiense de Amparo à Pobre – Pôrto Velho ............................. 400.000
Maternidade, à Infância e aos 800.000
Necessitados (SIAN) – Ijuí ................... 100.000
Sociedade Nossa Senhora 25 – Santa Catarina
Medianeira, mantenedora do Asilo de
Velhos e Hospital em Gravataí – Abrigo de Menores Rolando Malucelli
Gravataí ............................................... 100.000 – Canoinhas ......................................... 200.000
– 577 –
Cr$ Cr$
Abrigo São José – Nova Trento ........... 100.000 Associação das Senhoras de Caridade
Ambulatório e Maternidade Nossa de Mafra ............................................... 100.000
Senhora Aparecida de Rio das Antas – Associação de Assistência
Rio das Antas ....................................... 100.000 Educacional e Social Nossa Senhora
Ambulatório de Pescadores de Barra das Vitórias – Pôrta União ................... 100.000
Velha – Barra Velha ............................. 100.000 Associação de Proteção à
Ambulatório Santa Catarina – Cocal- Maternidade e à Infância –
Urussanga ............................................ 100.000 Florianópolis ......................................... 200.000
Asilo de Desvalidos Betesda – Joinville 300.000 Associação de Proteção e Assistência
Asilo de Mendicidade Irmão Joaquim, à Maternidade e à Infância de Jaraguá
mantido pela Associação Irmão do Sul – Jaraguá do Sul ....................... 100.000
Joaquim – Florianópolis ....................... 100.000 Associação de Proteção à
Asilo de Mendicidade Santa Isabel – Maternidade Nossa Senhora de
Laguna ................................................. 100.000 Lourdes – Maratá-Pôrto União ............. 100.000
Asilo de Órfãos São Vicente de Paulo Casa Nova Lourdes de Amparo a
– Florianópolis ...................................... 100.000 Inválidos, em Vigolo, Município de
Asilo Dom Bosco – Itajaí ...................... 100.000 Nova Trento – Nova Trento ................. 100.000
Asilo Joaquim Santiago – São Clube das Mães – Rio do Sul .............. 100.000
Francisco do Sul .................................. 100.000 Creche Conde Modesto Leal –
Asilo Vicentino da Velhice Joinville ................................................ 100.000
Desamparada – Lajes .......................... 200.000 Creche Modesto Leal – Joinville .......... 100.000
Assistência e Cultura à Infância Exército da Salvação – Joinville .......... 100.000
Tubaronense – Tubarão ...................... 200.000 Hospital Beatriz Ramos, para a
Assistência Social São Luiz – Maternidade. – Indaial ......................... 100.000
Florianópolis ......................................... 100.000 Hospital Carlos Renaux – Brusque ...... 100.000
Associação Beneficente Joaquim Hospital de Caridade e Maternidade
Santiago – São Francisco do Sul ......... 100.000 Nossa Senhora do Perpétuo Socorro –
Associação Beneficente Santa Isabel – Gaspar ................................................. 300.000
Lajes .................................................... 200.000 Hospital e Maternidade Maria
Associação Beneficente Seára do Auxiliadora – Presidente Getúlio .......... 100.000
Bem, para o Hospital Infantil Seára do Hospital e Maternidade Samaria – Rio
Bem – Lajes ......................................... 100.000 do Sul ................................................... 200.000
Associação das Damas de Caridade – Hospital e Maternidade Santo Antônio
Caçador ............................................... 100.000 – Guaramirim ....................................... 100.000
Associação das Damas de Caridade – Hospital e Maternida de Witmarsum –
Florianópolis ......................................... 500.000 Presidente Getúlio ............................... 200.000
– 578 –
Cr$ Cr$
Hospital Sagrado Coração de Jesus, Sociedade de Amparo à Velhice –
para maternidade – Tubarão ............... 100.000 Florianópolis ......................................... 200.000
Irmandade do Divino Espírito Santo e Sociedade de Assistência e Amparo
Asilo de Órfãos “São Vicente de aos Tuberculosos de Joinville –
Paulo” – Florianópolis .......................... 100.000 Joinville ................................................. 200.000
Jardim Santa Isabel – Bom Retiro ....... 100.000 Sociedade de Assistência aos Filhos
Maternidade anexa ao Hospital Santa dos Lázaros, mantenedora do
Educandário Santa Catarina –
Otília Orleans ....................................... 100.000
Florianópolis ......................................... 100.000
Maternidade Cônsul Carlos Renaux –
Sociedade Hospitalar Beneficente
Brusque ................................................ 100.000 Santíssima Trindade – Campo Alegre . 100.000
Maternidade São Camilo – Laguna ..... 100.000 Sociedade Hospitalar Beneficente de
Obras Sociais da Paróquia de Santo Saudade – São Carlos ......................... 100.000
Antônio – Tangará ............................... 100.000 Sociedade Tubaronense de Amparo
Obras Sociais da Paróquia Nossa aos Necessitados – Tubarão ................ 100.000
Senhora dos Prazeres – Lajes ............. 200.000 8.000.000
Orfanato e Abrigo Dr. Abdon Batista –
Joinville ................................................ 100.000 26 – São Paulo:
Orfanato Nossa Senhora das Graças –
Lajes .................................................... 200.000 Abrigo Ana Diedrichsen – Ribeirão
Pia União de Santo Antônio – Prêto ..................................................... 100.000
Canoinhas ............................................ 100.000 Abrigo do Centro Espírita Luz e
Pia União de Santo Antônio – Joaçaba 100.000 Verdade “Dr. Olavo dos Santos” – São
Pôsto de Puericultura “Darcy Vargas” Paulo .................................................... 100.000
– Herval d’Oeste .................................. 300.000 Abrigo dos Velhos Boa Esperança –
Santa Casa Rural do Instituto de Presidente Venceslau .......................... 100.000
Assistência e Educação São João – Abrigo Nossa Senhora da Glória Jesus
Crucificado – Bragança Paulista .......... 100.000
Itapiranga ............................................. 100.000
Albergue Noturno – Jacareí ................. 100.000
Sociedade Beneficente dos
Albergue Noturno Apóstolo Pedro –
Trabalhadores de Santa Catarina São Joaquim da Barra .......................... 100.000
(para maternidade) – Itajaí ................... 100.000 Albergue Noturno de São Carlos – São
Sociedade Beneficente e Hospitalar de Carlos ................................................... 100.000
Cedro – Dionísio Cerqueira ................. 100.000 Ambulatório Junqueira Ortiz – Itu ......... 800.000
Sociedade Beneficente Santa Maria Ambulatório Paroquial da
(maternidade) – Curitibanos ................ 100.000 Paróquia de São
– 579 –
Cr$ Cr$
João Batista – Caçapava ..................... 100.000 Asilo São Vicente de Paulo –
Asilo de Inválidos – Santos .................. 100.000 Jaboticabal ........................................... 100.000
Asilo de Inválidos de Casa Branca – Asilo São Vicente de Paulo – Lins ....... 100.000
Casa Branca ........................................ 100.000 Asilo São Vicente de Paulo – Osvaldo
Asilo de Mendicidade – Araraquara ..... 100.000 Cruz ...................................................... 100.000
Asilo de Mendicidade Padre Euclides – Asilo São Vicente de Paulo – São José
Botucatu ............................................... 100.000 do Rio Prêto ......................................... 100.000
Asilo de Mendicidade “São Vicente de Asilo São Vicente de Paulo –
Paulo” – Jundiaí ................................... 100.000
Sorocaba .............................................. 100.000
Asilo dos Inválidos de Campinas –
Asilo São Vicente de Paulo – Uchôa ... 100.000
Campinas ............................................. 200.000
Assistência à Infância – Gôta de Leite
Asilo “Dr. Mariano Dias” – Barretos ..... 100.000
Asilo e Albergue “Santa Rosália” – – Santos ............................................... 600.000
Cosmópolis .......................................... 100.000. Associação Albergue Noturno Senhor
Asilo Imaculada Conceição – Bom Jesus da Lapa de Araçatuba ....... 100.000
Descalvado .......................................... 100.000 Associação Beneficente das
Asilo Lar de Jesus – São José do Rio Assembléias de Deus – São Paulo ...... 100.000
Pardo .................................................... 100.000 Associação Beneficente Feminina – S.
Asilo “Nossa Senhora de Fátima” – Paulo .................................................... 100.000
Pirassununga ....................................... 100.000 Associação Brasileira Cisterciense de
Asilo “Nossa Senhora do Patrocínio” – Itaporanga ............................................ 100.000
Araras ................................................... 100.000 Associação Cisterciense Nossa
Asilo Padre Euclídes – São José do Senhora de Fátima – Ribeirão
Rio Pardo ............................................. 100.000 Vermelho do Sul ................................... 100.000
Asilo Santa Isabel – Guaratinguetá ...... 100.000 Associação das Auxiliares Missionárias
Asilo Santo Antônio – São José dos Bertoni – Ribeirão Prêto ....................... 100.000
Campos ................................................ 100.000 Associação das Damas de Caridade
Asilo “São Domingos” – Pôrto Feliz ..... 100.000 (Casa Paroquial) – Barretos ................. 100.000
Asilo São Francisco de Assis – Serra Associação das Damas de Boa
Negra ................................................... 100.000
Vontade – Ribeirão Prêto ..................... 100.000
Asilo São José – Olímpia ..................... 100.000
Associação das Irmãzinhas da
Asilo São Vicente de Paulo – Santo
Assunção – Assistentes Domiciliares
André .................................................... 100.000
Asilo São Vicente de Paulo – Bilac ...... 100.000 dos Operários – São Paulo .................. 100.000
Asilo São Vicente de Paulo – Associação das Mães de Tatuí – Tatuí 100.000
Caçapava ............................................. 100.000 Associação de Assistência Social aos
Asilo São Vicente de Paulo – Tuberculosos – Ribeirão Prêto ............. 200.000
Guararapes .......................................... 100.000 Associação de Proteção à
Asilo São Vicente de Paulo – Itapeva .. 100.000 Maternidade e à Infância – Ariranha .... 100.00
– 580 –
Cr$ Cr$
Associação dos Sanatórios Populares Casa de Caridade “Maria Emília” –
de Campos do Jordão, de Combate à Santa Rita do Passa Quatro ................. 100.000
Tuberculose (Sanatorinhos) – Campos Casa de Santa Rita de Ibiúna .............. 100.000
do Jordão ............................................. 200.000 Casa do Coração Eucarístico – São
Associação Evangélica Beneficente – Paulo .................................................... 100.000
São Paulo ............................................ 300.000 Casa dos Espíritas (para seu
Associação Luiza de Marilac – São Departamento de crianças de ambos
Paulo .................................................... 100.000 os sexos) – Rio Claro ........................... 200.000
Associação Paulista de Assistência à Casa dos Espíritas (Ação Social) – Rio
Criança Cardiaca – São Paulo ............ 100.000 Claro ..................................................... 100.000
Associação Penapolense Anjo da Casa dos Menores de Cajuru – Cajuru 100.000
Guarda – Penápolis ............................. 100.000 Casa dos Velhos – Tupã ...................... 300.000
Associação Sorocabana de Casa dos Velhos – Asilo da Velhice
Assistência Social (ASAS) Sorocaba .. 100.000 Desamparada – Tupã ........................... 100.000
Beneficência Franciscana (Jaraguá) –
Casa dos Velhos de Vila Carrão – São
São Paulo ............................................ 100.000
Paulo .................................................... 200.000
Betel – Lar da Igreja mantido pela
Casa Pia São Vicente de Paulo
Igreja Presbiteriana Independente do
(Alameda Barros) – São Paulo ............. 100.000
Brasil – Sorocaba ................................. 200.000
Centro Espírita Amor e Caridade –
Cáritas – São Carlos ............................ 500.000
Casa da Criança – Monte Alto ............. 100.000 Birigui ................................................... 100.000
Casa da Criança – Neves Paulista ...... 100.000 Centro Social “Sagrada Família” –
Casa da Criança Abandonada – Campinas ............................................. 100.000
Guarulhos ............................................ 100.000 Centro Social Santa Maria Goretti –
Casa da Criança da Paróquia de São Paulo ............................................. 100.000
Guarujá ................................................ 100.000 Centro Social Santa Maria Goretti, da
Casa da Criança de Andradina – Paróquia de São Rafael – São Paulo ... 100.000
Andradiva ............................................. 100.000 Círculo Operário de Embaré – Santos . 100.000
Casa da Criança de Caçapava – Círculo Operário da Mooca – São
Caçapava ............................................. 100.000 Paulo .................................................... 100.000
Casa da Criança de Guaratinguetá – Círculo Operário de Vila Prudente –
Guaratinguetá ...................................... 200.000 São Paulo ............................................. 100.000
Casa da Criança de Jaú – Jaú ............ 100.000 Comissão Municipal da Legião
Casa da Criança de Santo André – Brasileira de Assistência – Registro ..... 100.000
Santo André ......................................... 200.000 Comunidade Cristã Lar Veneranda
Casa da Criança D. Antônio José dos (para seu departamento de amparo à
Santos – Assis ..................................... 200.000 criança) – Santos ................................. 200.000
– 581 –
Cr$ Cr$
Conferência de Nossa Senhora do Educandário S. Vicente de Paulo –
Rosário da Sociedade São Vicente de Presidente Prudente ................................ 100.000
Paulo – Charqueada ................................ 100.000 Externato e Casa das Crianças São José
Conferência de São José e São Vicente – Pôrto Feliz ............................................. 100.000
de Paulo – Presidente Alves .................... 100.000 Federação das Bandeirantes do Brasil –
Conferência São Vicente de Paulo – São Paulo ................................................ 100.000
Bananal .................................................... 100.000 Federação das Mulheres do Estado de
Conferência São Vicente de Paulo – São Paulo – São Paulo ........................... 100.000
Monte Aprazível ....................................... 100.000 Fundação Maria Auxiliadora – São Paulo 100.000
Conferência de São Vicente de Paulo – Grande Loja do Estado de São Paulo –
Santa Bárbara do Rio Pardo .................... 100.000 São Paulo ................................................ 100.000
Conselho Central São Vicente de Paulo – Grupo Beneficente de Costura à Infância
Bragança Paulista .................................... 100.000 – Caçapava .............................................. 100.000
Consórcio Intermunicipal de Assistência Hospital Beneficente – Pedreira .............. 600.000
aos Menores Desamparados da Alta Hospital de Misericórdia de Altinópolis .... 100.000
Araraquarense – Araraquara ................... 200.000 Hospital Dr. Renato Silva – Socorro ........ 100.000
Creche Nossa Senhora do Carmo – Hospital e Maternidade Nossa Senhora
Ituverava .................................................. 100.000 d'Ajuda – Caçapava ................................. 100.000
Creche Santa Isabel – Matão .................. 100.000 Hospital Santa Casa de Jardinópolis –
Cruz Vermelha Brasileira (Seção de São Jardinópolis .............................................. 200.000
Paulo) – São Paulo .................................. 500.000 Igreja Cristã Espiritualista – Caçapava .... 100.000
Cruzada das Senhoras Católicas – Inspetoria Salesiana Sul do Brasil – São
Campinas ................................................. 200.000 Paulo ........................................................ 100.000
Cruzada Pró-Infância – São Paulo .......... 300.000 Instituição Beneficente Educacional
Cruzada Social de Santana – Botucatu ... 100.000 Nosso Lar – Rio Claro .............................. 100.000
Departamento social do Círculo Operário Instituto de Assistência e Proteção à
– Santo André .......................................... 100.000 Infância – Ribeirão Preto ......................... 100.000
Dispensário Nossa Senhora Aparecida – Instituto de Formação Doméstica e
Mogi-Guaçu .......................................... 100.000 Social – Campinas ................................... 100.000
Eden – Lar das Crianças – São José dos Instituto Social e Beneficente "Amigos do
Campos .................................................... 100.000 Bem" de São Joaquim da Barra ............... 100.000
Educandário S. Vicente de Paulo – Irmandade da Santa Casa de
Itararé ...................................................... 100.000 Misericórdia – Dois Córregos ................... 100.000
– 582 –
Cr$ Cr$
Irmandade da Santa Casa e Maternidade Lar Vicentino – Amparo à Velhice – São
– Dracena ................................................ 200.000 Vicente ..................................................... 100.000
Irmandade São Vicente de Paulo – Legião Brasileira de Assistência
Guaraçaí .................................................. 100.000 (proteção à maternidade e à criança) –
Irmandade de São Vicente de Paulo – Bebedouro ................................................ 100.000
Serra Negra ............................................. 100.000 Legião Brasileira de Assistência –
Lar da Bênção Divina – São Paulo .......... 100.000 Campinas ................................................. 200.000
Lar da Criança – Marília .......................... 100.000 Legião Brasileira de Assistência –
Lar da Criança Ribeiro-pretana – Caraguatatuba ......................................... 100.000
Ribeirão Prêto .......................................... 100.000 Legião Brasileira de Assistência – Cedral 100.000
Lar da Velhice de Araçatuba – Legião Brasileira de Assistência
Araçatuba ............................................... 100.000 (proteção à maternidade e à criança) –
Lar de Menores Desamparados de Dois Córregos .......................................... 100.000
Adamantina – Adamantina ...................... 100.000 Legião Brasileira de Assistência – Núcleo
Lar Dona Mariquinha Amaral – Atibáia .... 100.000 de Guapiara ............................................. 200.000
Lar dos Desamparados – Bauru .............. 100.000 Legião Brasileira de Assistência
Lar dos Velhinhos da Barra Funda – São (proteção à maternidade e à criança) –
Paulo ....................................................... 100.000 Itirapina .................................................... 100.000
Lar dos Velh inhos São Miguel Arcanjo – Legião Brasileira de Assistência – Jundiaí 100.000
São Paulo ................................................ 100.000 Legião Brasileira de Assistência – Mogi
Lar dos Velhos da Igrejá Presbiteriana – das Cruzes ............................................... 100.000
Ribeirão Prêto .......................................... 100.000 Legião Brasileira de Assistência –
Lar dos Velhos Irmã Teresinha – Murutunga do Sul ..................................... 100.000
Pindamonhangaba .................................. 100.000 Legião Brasileira de Assistência –
Lar Educandário Bezerra de Menezes – Olímpia ..................................................... 100.000
Sorocaba ................................................. 100.000 Legião Brasileira de Assistência – Oscar
Lar Maria Imaculada – Mococa ............... 100.000 Bressane .................................................. 100.000
Lar Menino Jesus – Santo André ............. 100.000 Legião Brasileira de Assistência –
Lar Nossa Senhora das Graças – Reginópolis .............................................. 100.000
Jundiaí ................................................... 100.000 Legião Brasileira de Assistência (proteção
Lar São Joaquim – Campinas .................. 100.000 à maternidade e à criança) – Rio Claro ..... 100.000
Lar São Joaquim – Valinhos .................... 200.000 Legião Brasileira de Assistência – São
Lar "São Nicolau" (Assistência aos Paulo ........................................................ 800.000
Menores) – Avaré .................................... 100.000 Legião Brasileira de Assistência – São
Lar São Vicente de Paulo – Nôvo Roque ....................................................... 100.000
Horizonte ................................................. 100.000 Liga das Senhoras Católicas – São Paulo 100.000
– 583 –
Cr$ Cr$
Liga de Assistência aos Pacientes do Maternidade da Santa Casa de
Hospital das Clínicas (LAPI) – Ribeirão Misericórdia – Olímpia ............................. 200.000
Prêto ........................................................ 100.000 Maternidade da Santa Casa de
Liga de Assistência "Cristo Rei" – Misericórdia – Tupã .................................. 100.000
Araraquara ............................................... 100.000 Maternidade de S. Paulo – São Paulo ..... 100.000
Liga Humanitária (Assistência à Velhice) Maternidade Rita Cândida Nogueira –
– Mogi das Cruzes ................................... 100.000 Cravinhos ................................................. 200.000
Liga Social da Mooca – São Paulo .......... 100.000 Maternidade da Santa Casa de Mirassol
Maternidade da Mãe Pobre – Mogi das – Mirassol ................................................. 300.000
Cruzes ...................................................... 100.000 Maternidade da Santa Casa de
Maternidade da Mãe Pobre do Centro Misericórdia – Casa Branca ..................... 200.000
Espírita Santo Antônio de Pádua – Mogi Maternidade da Santa Casa de
das Cruzes ............................................... 100.000 Misericórdia de São Sebastião da Grama
Maternidade da Santa Casa de Cajuru – – São Sebastião da Grama ...................... 100.000
Cajuru ...................................................... 100.000 Núcleo Espírita "Irmã Iperoig" –
Maternidade da Santa Casa de Cravinhos . 100.000 Ubatuba ................................................ 100.000
Maternidade da Santa Casa de Espírito Oásis da Mulher Mãe – São Paulo .......... 100.000
Santo do Pinhal ........................................ 100.000 Obra do Berço "Menino Jesus" –
Maternidade da Santa Casa de Jaboticabal 100.000 Piracicaba ................................................ 100.000
Maternidade da Santa Casa de Mococa .. 100.000 Obra do Berço "Menino Jesus" – São
Maternidade da Santa Casa de Pontal .... 100.000 Paulo ........................................................ 100.000
Maternidade da Santa Casa de São Simão 100.000 Obras Sociais, da Igreja do Distrito de
Maternidade da Santa Casa de Santo Antônio da Estiva Grande –
Sertãozinho ............................................. 100.000 Pirajuí ..................................................... 100.000
Maternidade da Santa Casa de Obras Sociais da Paróquia de Santo
Misericórdia – Fernandópolis ................... 100.000 Antônio da Vila Carioca – São Paulo ....... 100.000
Maternidade da Santa Casa de Obras Sociais da Paróquia de São
Misericórdia de Ibitinga ............................ 100.000 Miguel – São Paulo .................................. 100.000
Maternidade da Santa Casa de Obras Sociais da Paróquia de São Pedro
Misericórdia – Lucélia .............................. 100.000 de Vila Oratório – São Paulo .................... 100.000
Maternidade da Santa Casa de Obras Sociais da Paróquia do Tatuapé –
Misericórdia – Marília .............................. 100.000 São Paulo ................................................. 100.000
Maternidade da Santa Casa de Obras Sociais da Paróquia Nossa
Misericórdia – Martinópolis ...................... 100.000 Senhora das Dores – S. Paulo ................. 100.000
Maternidade da Santa Casa de Obra Social São José Santa Teresinha –
Misericórdia – Mogi das Cruzes ............... 100.000 Bragança Paulista .................................... 100.000
– 584 –
Cr$ Cr$
Obras Unidas do Hospital São Vicente de Santa Casa e Maternidade – Presidente
Paulo – Monte Azul Paulista .................... 200.000 Alves ........................................................ 200.000
Orfanato Batista da Alta Sorocabana – Santa Casa Misericórdia de Bananal –
Quatá ....................................................... 100.000 Bananal .................................................... 100.000
Orfanato D. Bosco – Socorro ................... 100.000 Santa Casa de Misericórdia de Conchal –
Orfanato Puríssimo Coração de Maria – Conchal .................................................... 100.000
Guaratinguetá .......................................... 200.000 Santa Casa de Misericórdia de
Orfanato São Gabriel – São Vicente ........ 100.000 Pindamonhangaba ................................... 100.000
Organização de Auxílio Fraterno – São Santa Casa de Misericórdia São José –
Paulo ........................................................ 100.000 Cachoeira Paulista ................................... 100.000
Paróquia de São Paulo de Belém – São Santa Casa de Misericórdia – Tupi
Paulo ........................................................ 100.000 Paulista .................................................... 200.000
Pensionato Nossa Senhora da Guia – Serviço de Assistência Social da Penha –
São Paulo ................................................ 100.000 São Paulo ................................................ 100.000
Pôsto de Puericultura de Eng. Schmidt ... 200.000 Sociedade Amigos de Itaim, para o Pôsto
Pôsto de Puericultura de Pirapòzinho ...... 100.000 de Puericultura, subúrbio da EFCB – São
Pôsto de Puericultura – Presidente Miguel Paulista ......................................... 100.000
Epitácio .................................................... 100.000 Sociedade Beneficente Cristã – Bauru .... 100.000
Sanatório Américo Bairral – Itapira .......... 100.000 Sociedade Beneficente de Assis .............. 100.000
Sanatório Ismael – Amparo ..................... 100.000 Sociedade Beneficente de Joanópolis –
Sanatório Santa Marta – Campos do Joanópolis ................................................ 400.000
Jordão ...................................................... 100.000 Sociedade Beneficente e Recreativa –
Sanatórios Populares de Campos do Ribeirão Prêto .......................................... 100.000
Jordão ...................................................... 200.000 Sociedade Beneficente Irmã Elvira –
Santa Casa de Divinolândia – Votuporanga ............................................. 200.000
Divinolândia ............................................. 100.000 Sociedade Beneficente Presbiteriana de
Santa Casa de Misericórdia – Auriflama .. 100.000 Catanduva................................................. 100.000
Santa Casa de Misericórdia de Sociedade Beneficente São João da
Campinas ............................................... 100.000 Escócia – Rio Claro .................................. 100.000
Santa Casa de Misericórdia de Sociedade Cedro do Líbano, de Proteção
Pacaembu ................................................ 100.000 à Infância – São Paulo ............................. 100.000
Santa Casa de Misericórdia de Sociedade Cívica e Beneficente de
Pedregulho ............................................... 200.000 Osasco ..................................................... 800.000
Santa Casa de Misericórdia de Sociedade Creche-Berçário "Rodrigues
Porangaba ............................................... 100.000 de Abreu" – Bauru .................................... 100.000
Santa Casa de Misericórdia Sociedade da Caridade São
(maternidade) – São José do Rio Prêto.... 300.000 Pio X e Nossa Se-
– 585 –
Cr$ Cr$
nhora da Aparecida – Pilar do Sul ........... 200.000 Musical – Bragança Paulista ............... 100.000
Sociedade de Beneficência de Piraju – Sopa Escolar (Ginásio Municipal) –
Piraju ....................................................... 100.000 Castilho ................................................ 100.000
Sociedade de Cultura Psíquica "Dr. Teatro Amador da Escola Normal "Dr.
Mário dos Santos" – Sorocaba ................ 100.000 Cardoso de Almeida" – Botucatu ......... 100.000
Sociedade de Educação e Assistência – União dos Moços Espíritas de Ribeirão
Campos do Jordão ................................... 100.000 Prêto (Ação Social) – Ribeirão Prêto ... 200.000
Sociedade dos Albergues Noturnos de União Espírita Alan Kardec – Morro
São Paulo – São Paulo ............................ 100.000 Agudo ................................................... 100.000
Sociedade Litero-Musical Maestro União Espírita de Piracicaba –
Francisco Consôlo – São José do Rio Piracicaba ............................................ 100.000
Pardo ....................................................... 100.000 Vera Cruz – (Instituição de
Sociedade Madalena de Canossa – Assistência Social e de Educação
Araras ...................................................... 100.000 Rural) – Avaré ..................................... 100.000
Sociedade São Vicente de Paulo de Vila da Infância, mantida pela Igreja
Bauru ....................................................... 100.000 Metodista do Brasil – Penápolis .......... 100.000
Sociedade São Vicente de Paulo – 36.400.000
Bernardino de Campos ............................ 100.000 27– Sergipe:
Sociedade São Vicente de Paulo, de
Laranjal Paulista ...................................... 200.000 Ação Social da Paróquia de Jaboatã ... 100.000
Sociedade São Vicente de Paulo – Ação Social da Paróquia de N. S. da
Matão ....................................................... 100.000 Conceição de Itabaianinha –
Sociedade São Vicente de Paulo – Itabaianinha ......................................... 100.000
Pinhal ....................................................... 100.000 Ação Social Diocesana de Aracaju ...... 100.000
Sociedade São Vicente, de Paulo – Ação Social Ministro Mário Pinotti –
Porangaba ............................................... 100.000 Aracaju ................................................. 800.000
Sociedade São Vicente de Paulo de Bom Asilo de Mendicidade Rio Branco –
Jesus – Ribeira ........................................ 100.000 Aracaju ................................................. 200.000
Sociedade São Vicente de Paulo – Santos 100.000 Associação das Senhora de Caridade
Sociedade São Vicente de Paulo – de São Vicente de Paulo – Capela ...... 100.000
Valparaíso ................................................ 100.000 Associação de Assistência ao
Sociedade São Vicente de Paulo de Trabalhador Rural de Atalaia –
Nossa Senhora da Piedade – Bofete ....... 100.000 Aracaju ............................................... 100.000
Sociedade "Senhora de Nazareth" Associação de Proteção à
(Movimento do Graal) – São Paulo .......... 100.000 Maternidade e à Infância de Frei
Sociedade Sinfônico Amadores da Arte Paulo .................................................... 100.000
– 586 –
Cr$ Cr$
Associação de Proteção à Maternidade e tal de Cirurgia – Aracaju ........................ 100.000
à Infância de Santa Rosa de Lima ........... 100.000 Maternidade São Francisco, anexa ao
Associação de Proteção e Assistência à Hospital São Luís Gonzaga –
Maternidade e à Infância de Tobias Itabaianinha ........................................... 100.000
Barreto ..................................................... 100.000 Maternidade São José mantida pela
Associação de Proteção e Assistência à Ação Social da Paróquia de Itabaiana –
Velhice, à Maternidade e à Infância de Itabaiana ............................................... 100.000
Rosário do Catete, inclusive para Núcleo de Assistência Social Paroquial
assistência fora da sede do Município – – Aracaju ............................................... 100.000
Rosário do Catete .................................... 100.000 Orfanato Dom Antônio Cabral – Propriá 450.000
Casa Maternal Amélia Leite – Aracaju ..... 900.000 Organização das Voluntárias (Seção de
Centro de Assistência Social Marina Sergipe) – Aracaju ................................. 100.000
Maciel – Nossa Senhora das Dores ........ 100.000 Serviço de Ação Social Pio X – Pôrto
Conferência São Vicente de Paulo, de da Fôlha ................................................ 100.000
Tobias Barreto, para seus mendigos – Serviço de Assistência à Mendicância –
Tobias Barreto ......................................... 100.000 Aracaju .................................................. 150.000
Federação dos Trabalhadores nas Sociedade Assistencial Santamarense
Indústrias do Estado de Sergipe, para a – Santo Amaro das Brotas .................... 100.000
"Casa do Trabalhador Sergipano" – Sociedade Centro Assistencial à
Aracaju ..................................................... 100.000 Maternidade e à Infância José Ribeiro
Fundação Lívio Pereira – Aracaju ............ 100.000 dos Santos da Cidade de Macambira ... 100.000
Hospital São Vicente de Paulo, para sua Sociedade de Assistência à
maternidade – Propriá ............................. 100.000 Maternidade, à Infância e à
Maternidade anexa ao Hospital Santa Adolescência Monsenhor Daltro –
Isabel – Aracaju ....................................... 100.000 Lagarto .................................................. 100.000
Maternidade Dr. João Firpo, do Hospital Sociedade de Assistência aos Lázaros
Santa Isabel – Aracaju ............................. 100.000 e Defesa Contra a Lepra de Simão Dias 100.000
Maternidade Dr. Silvio Cezar Leite, Sociedade de Proteção à Maternidade
mantida pela Sociedade de Assistência e à Infância de Frei Paulo ..................... 100.000
à Maternidade e à Infância de Sociedade de Proteção à Maternidade
Riachuelo ............................................. 100.000 e à Infância de Tomar do Geru ............. 200.000
Maternidade Francisco Melo, 5.600.000
anexa ao Hospi- Total ........................................... 257.600.000
– 587 –
ADENDO «B»
02 – Alagoas 14 – Maranhão
Ararapiraca Ipixuna
Palmeira dos Índios Paço do Lumiar
Pedreiras
04 – Amazonas
05 – Bahia Alfenas
Baependi
Cruz das Almas Cataguases
Irará Conselheiro Lafaiete
Itabuna Bambuí
Jequié
Curvelo
Piatã
Salvador Deliberação
São Estevão Ipanema
Valença Lavras
Pará de Minas
06 – Ceará Raul Soares
Uberlândia
Barbalha
Boa Viagem
16 – Pará
Crateus
Granja
Itapipoca Anhangá
Pedra Branca Ponta de Pedras
Russas
Santa Quitéria 17 – Paraíba
Sobral
Guarabira
08 – Espírito Santo Patos
Remígio
Castelo
Muqui
18 – Paraná
10 – Goiás
Morretes
Anápolis Paranaguá
Formosa Ponta Grossa
Inhumas Rio Negro
Ipameri União da Vitória
Rio Verde
11 – Guanabara 19 – Pernambuco
20 – Piauí PARECER
Campo Maior
Miguel Alves Nº 448, DE 1960
Paulistana
Piripiri
Valença Da Comissão de Finanças sôbre o Projeto de
QUADRO Nº 1
Projeto da
Orçamento Diferença
UNIDADES Câmara para
de 1960 para mais
1960
01 – Secretaria de Estado
01 – Despesas Próprias .......................... 1.600.327.000 1.782.740.460 182.413.460,00
20 – Auxílios e Subvenções .................... 372.923.370 401.766.709 28.843.339,00
02 – Missões Diplomáticas e
Repartições Consulares .................. 280.650.000 303.250.000 22.600.000,00
03 – Instituto Rio Branco ......................... 6.500.000 7.200.000 700.000,00
04 – Comissão Brasileira Demarcadora
de Limites ........................................ 27.000 30.000.000 3.000,00
2.287.400.370 2.524.957.169 237.556.799,00
QUADRO Nº 2
Projeto da
NATUREZA DA Orçamento Diferença
Câmara para
DESPESA de 1960 para mais
1961
EMENDA EMENDA
Nº 1 Nº 3
EMENDA Nº 6-CF
Cr$
1.1.10 – Diárias.......................................................................................................................... 8.500.000
1.1.14 – Salário família............................................................................................................... 6.000.000
1.1.17 – Gratificação pela prestação de serviço extraordinário................................................. 400.000
1.1.23 – Gratificação adicional por tempo de serviço................................................................ 14.000.000
1.1.27 – Abono provisório (Lei nº 3.531) de 19 de janeiro de 1959........................................... 42.768.900
1.1.28 – Gratificação especial para complementação do salário-mínimo (artigo 5º, parágrafo
único da Lei nº 3.531, de 14 de janeiro de 1959)......................................................... 636.000
Leia-se:
Justificação
A presente emenda foi elaborada em ção e foi preparada com base em cálculos rigorosos
virtude das alterações, na remuneração dos efetuados pelos setores competentes do Ministério
funcionários decorrentes da Lei de Classifica- das Relações Exteriores.
– 592 –
Acréscimo
Justificação
Lei nº 3.780........................................ 6.000.000
Previsão............................................. 500.000 A emenda visa a dotar a Secretaria de
Total............................................ 12.500.000Estado das Relações Exteriores de pessoal
temporário suficiente para atender às
1.1.17 – Gratificação pela prestação de serviço
extraordinário. necessidades prementes atuais de seus serviços.
Ela se justifica plenamente em face do reduzido
Dotação.............................................. 400.000 número dos servidores (funcionários permanentes
30%.................................................... 120.000 e extranumerários) de que dispõe o setor
Total........................................... 520.000
administrativo do Itamarati. A medida, de caráter
1.1.23 – Gratificação adicional por tempo de eminentemente transitório e que não acarreta
serviço. aumento de despesas, prevalecerá apenas até
que, com a aprovação do projeto de lei, ora em
Dotação............................................. 14.000.000
tramitação no Poder Legislativo, que reestrutura o
30%.................................................... 4.200.000
20%.................................................... 2.800.000 Ministério das Relações Exteriores, o Itamarati,
Total........................................... 21.000.000 possa enfim dispor de uma organização que lhe
permita atuar com tôda a eficiência na política
1.1.27 – Abono provisório. exterior do Brasil.
Vencimentos dos diplomatas............. 86.000.000
30%................................................... 24.000.000 CÁLCULO
Total........................................... 110.000.000
Lei nº 3.780, 20%.............................. 22.000.000 01.01 – 1.1.05................................... 3.000.00
1.1.27................................... 900.000
1.1.28 – Gratificação especial para
complementação do salário mínimo. 02 – 1.1.05................................... 60.000.000
1.1.27................................... 18.000.000
Dotação............................................. 636.000 Total..................................... 81.900.000
60%................................................... 391.600
Total........................................... 1.027.600
EMENDA
EMENDA
Nº 7-CF 01.01 – 1.1.05................................... 27.300.000
02 – 1.1.05................................... 42.000.000
Anexo 4.19 – Ministério Relações Exteriores.
Na unidade administrativa 01.01 1.1.27................................... 12.600.000
– Secretaria de Estado (Despe- Total..................................... 81.900.00.
– 593 –
Justificação EMENDA
Nº 19-CF
O Itamarati havia pleiteado a inclusão, na lista
dos auxílios a organismos internacionais da Anexo 4.10 – Ministério das Relações Exteriores.
Federação Internacional de Habitação e Unidade – Administrativa 01.02 – Secretaria
planejamento Urbano. Tal inclusão deixou, contudo, de Estado (Encargos Gerais).
de ser efetuada. Dada a modicidade da contribuição Verba 2.0.00 – Transferências.
e o interêsse que há na colaboração do Instituto Bra- Consignação 2.1.00 – Auxílios e Subvenções.
– 597 –
Cr$ Cr$
01 – Auditoria de Correição............................................................... 1.326.000,00 2.951.600,00.
02 – 1ª Auditoria Aeronáutica............................................................ 1.867.200,00 3.741.000,00
03 – 2ª Auditoria Aeronáutica............................................................ 2.131.200,00 3.742.000,00
04 – 1ª Auditoria 1ª R.M.................................................................... 2.371.200,00 4.438.000,00
05 – 2ª Auditoria 1ª R.M.................................................................... 1.651.200,00 4.087.000,00
06 – 3ª Auditoria 1ª R.M.................................................................... 1.651.200,00 3.837.600,00
07 – 1ª Auditoria 2ª R.M.................................................................... 1.152.000,00 2.285.400,00
08 – 2ª Auditoria 2ª R.M.................................................................... 1.152.000,00 2.784.600,00
09 – 1ª Auditoria 3ª R.M.................................................................... 1.261.200,00 3.096.600,00
10 – 2ª Auditoria 3ª R.M.................................................................... 1.152.000,00 2.784.600,00
11 – 3ª Auditoria 3ª R.M.................................................................... 1.152.000,00 2.784.600,00
12 – Auditoria da 4ª R.M.................................................................... 1.152.000,00 2.285.400,00
13 – Auditoria da 5ª R.M.................................................................... 1.152.000,00 2.285.400,00
14 – Auditoria da 6ª R.M.................................................................... 1.152.000,00 2.285.400,00
15 – Auditoria da 7ª R.M.................................................................... 1.261.200,00 3.096.600,00
16 – Auditoria da 8ª R.M.................................................................... 1.536.000,00 2.784.600,00
17 – Auditoria da 9ª R.M.................................................................... 1.152.000,00 2.285.400,00
18 – 1ª Auditoria da Marinha............................................................. 1.867.200,00 3.400.800,00
19 – 2ª Auditoria da Marinha............................................................. 1.411.200,00 3.400.800,00
Cr$ Cr$
01 – Auditoria de Correição............................................................... 78.000,00 241.800,00
02 – 1ª Auditoria Aeronáutica............................................................ 486.000,00 1.450.800,00
03 – 2ª Auditoria Aeronáutica............................................................ 402.000,00 1.209.000,00
04 – 1ª Auditoria 1ª R.M.................................................................... 168.000,00 483.600,00
05– 2ª Auditoria 1ª R.M.................................................................... 168.000,00 483.600,00
06 – 3ª Auditoria 1ª R.M.................................................................... 168.000,00 483.600,00
07 – 1ª Auditoria 2ª R.M.................................................................... 78.000,00 226.200,00
08 – 2ª Auditoria 2ª R.M.................................................................... 78.000,00 226.200,00
09 – 1ª Auditoria 3ª R.M.................................................................... 156.000,00 452.400,00
10 – 2ª Auditoria 3ª R.M.................................................................... 78.000,00' 452.400,00
11 – 3ª Auditoria 3ª R.M.................................................................... 78.000,00 452.400.00
12 – Auditoria da 4ª R.M.................................................................... 84.000,00 226.200,00
13 – Auditoria da 5ª R.M.................................................................... 78.000,00 22.200,00
14 – Auditoria da 8ª R.M.................................................................... 124.800,00 226.200,00
15 – Auditoria da 7ª R.M.................................................................... 78.000,00 226.200,00
16 – Auditoria da 8ª R.M.................................................................... 78.000,00 226.200,00
17 – Auditoria da 9ª R.M.................................................................... 78.000,00 226.200,00
18 – 1ª Auditoria da Marinha............................................................. 156.000,00 483.600,00
19 – 2ª Auditoria da Marinha............................................................. 158.000,00 483.600,00
– 601 –
Aumente-se
DISCRIMINAÇÃO Onde se lê
para:
Cr$ Cr$
01 – Auditoria de Correição ........................................................................ 50.000,00 241.800,00
02 – 1ª Auditoria Aeronáutica ...................................................................... 414.600,00 1.425.840,00
03 – 2ª Auditoria Aeronáutica ...................................................................... 414.600,00 1.113.840,00
04 – 1ª Auditoria 1ª R. M ............................................................................. 414.600,00 1.425.840,00
05 – 2ª Auditoria 1ª R. M ............................................................................. 414.600,00 1.425.840,00
06 – 3ª Auditoria 1ª R. M ............................................................................. 414.600,00 1.113.840,00
07 – 1ª Auditoria 2ª R. M ............................................................................. 339.800,00 929.760,00
08 – 2ª Auditoria 2ª R.M .............................................................................. 339.800;00 929.760,00
09 – 1ª Auditoria 3ª R. M ............................................................................. 339.800,00 929.760,00
10 – 2ª Auditoria 3ª R. M ............................................................................. 339.800,00 929.760,00
11 – 3ª Auditoria 3ª R. M ............................................................................. 339.800,00 929.760,00
12 – Auditoria da 4ª R. M ............................................................................ 339.800,00 929.760,00
13 – Auditoria da 5ª R. M............................................................................. 339.800,00 929.760,00
14 – Auditoria da 6ª R. M ............................................................................ 339.800,00 929.760,00
15 – Auditoria da 7ª R. M ............................................................................ 339.800,00 929.760,00
16 – Auditoria da 8ª R. M ............................................................................ 339.800,00 929.760,00
17 – Auditoria da 9ª R. M ............................................................................ 339.800,00 929.760,00
18 – 1ª Auditoria da Marinha ....................................................................... 414.600,00 1.113.840 00
19 – 2º Auditoria da Marinha ....................................................................... 414.600,00 1.113.840,00
Nº 22 (CF)
Aumente-se
DISCRIMINAÇÃO Onde se lê:
para:
Cr$ Cr$
01 – Auditoria de Correição ........................................................................ 60.000,00 120.000.00
02 – 1ª Auditoria Aeronáutica ...................................................................... 135.000,00 294.000,00
03 – 2ª Auditoria Aeronáutica ...................................................................... 90.000,00 228.000,00
04 – 1ª Auditoria 1ª R. M ............................................................................. 141.000,00 312.000,00
05 – 2ª Auditoria 1ª R. M ............................................................................. 120.000,00 294.000,00
06 – 3ª Auditoria 1ª R. M ............................................................................. 135.000,00 282.000,00
07 – 1ª Auditoria 2ª R. M ............................................................................. 54.000,00 108.000,00
08 – 2ª Auditoria 2ª R. M ............................................................................. 54.000,00 90.000,00
09 – 1ª Auditoria 3ª R. M ............................................................................. 120.000,00 240.000,00
10 – 1ª Auditoria 3ª R. M ............................................................................. 120.000,00 180.000,00
11 – 3ª Auditoria 3ª R. M ............................................................................. 108.000 00 192.000,00
12 – Auditoria da 4ª R. M ............................................................................ 105.000,00 210.000,00
13 – Auditoria da 5ª R. M ............................................................................ 75.000,00 180.000,00
14 – Auditoria da 6ª R. M ............................................................................ 120.000,00 180.000,00
15 – Auditoria da 7ª R. M ............................................................................ 114.000,00 222.000,00
16 – Auditoria da 8ª R. M ............................................................................ 150.000,00 210.000,00
17 – Auditoria da 9ª R. M ............................................................................ 120.000,00 198.000,00
18 – 1ª Auditoria da Marinha ....................................................................... 105.300,00 340.000,00
19 – 2ª Auditoria da Marinha ....................................................................... 90.000,00 240.000,00
– 602 –
Nº 23 (CF)
03 – Justiça Militar 1.1.00 – Pessoal Civil
02 – Auditorias 1.23 – Gratificação Adicional
por tempo de serviço
1.0.00 – Custeio
Aumente-se
DISCRIMINAÇÃO Onde se lê
para:
Cr$ Cr$
01 – Auditoria de Correição ........................................................................ 572.080,00 1.530.156,00
02 – 1ª Auditoria Aeronáutica ...................................................................... 694.680,00 1.757.448,00
03 – 2ª Auditoria Aeronáutica ...................................................................... 691.680,00 1.734.168,00
04 – 1ª Auditoria 1ª R. M ............................................................................. 767.140,00 1.880.076,00
05 – 2ª Auditoria 1ª R. M ............................................................................. 516.960,00 1.702.368,00
06 – 3ª Auditoria 1ª R. M ............................................................................. 693.960,00 1.778.688,00
07 – 1ª Auditoria 2ª R. M ............................................................................. 442.980,00 945.336,00
08 – 2ª Auditoria 2ª R.M .............................................................................. 415.680,00 832.416,00
09 – 1ª Auditoria 3ª R. M ............................................................................. 380.400,00 712.296,00
10 – 2ª Auditoria 3ª R. M ............................................................................. 462.340,00 830.076,00
11 – 3ª Auditoria 3ª R. M ............................................................................. 369.840,00 901.056,00
12 – Auditoria da 4ª R. M ............................................................................ 266.940,00 866.736,00
13 – Auditoria da 5ª R. M............................................................................. 295.500,00 837.876,00
14 – Auditoria da 6ª R. M ............................................................................ 367.200,00 740.376,00
15 – Auditoria da 7ª R. M ............................................................................ 379.320,00 963.916,00
16 – Auditoria da 8ª R. M ............................................................................ 321.720,00 741.93600
17 – Auditoria da 9ª R. M ............................................................................ 293.040,00 602.316,00
18 – 1ª Auditoria da Marinha ....................................................................... 542.300,00 1.561.968,00
19 – 2º Auditoria da Marinha ....................................................................... 532.100,00 1.666.848,00
Nº 24 (CF)
03 – Justiça Militar 1.1.00 – Pessoal Civil
02– Auditorias 1.1.27 – Abono Provisório (Lei
nº 3.780, de 12 de julho de
1960)
1.0.00 – Custeio
Reduza-se
DISCRIMINAÇÃO Onde se lê:
para:
Cr$ Cr$
01 – Auditoria de Correição ........................................................................ 421.200,00 196.560,00
02 – 1ª Auditoria Aeronáutica ...................................................................... 705.900,00 237.120,00
03 – 2ª Auditoria Aeronáutica ...................................................................... 759.960,00 237.120,00
04 – 1ª Auditoria 1ª R. M ............................................................................. 761.760,00 237.120,00
05 – 2ª Auditoria 1ª R. M ............................................................................. 545.760,00 237.120,00
06 – 3ª Auditoria 1ª R. M ............................................................................. 545.760,00 237.120,00
07 – 1ª Auditoria 2ª R. M ............................................................................. 369.000,00 199.680,00
08 – 2ª Auditoria 2ª R. M ............................................................................. 369.000,00 199.680,00
09 – 1ª Auditoria 3ª R. M ............................................................................. 425.160,00 199.680,00
10 – 1ª Auditoria 3ª R. M ............................................................................. 369.000,00 199.680,00
11 – 3ª Auditoria 3ª R. M ............................................................................. 369.000,00 199.680,00
12 – Auditoria da 4ª R. M ............................................................................ 370.800,00 199.680,00
13 – Auditoria da 5ª R. M ............................................................................ 369.000,00 199.680,00
14 – Auditoria da 6ª R. M ............................................................................ 383.040,00 199.680,00
15 – Auditoria da 7ª R. M ............................................................................ 401.760,00 199.680,00
16 – Auditoria da 8ª R. M ............................................................................ 369.000,00 199.680,00
17 – Auditoria da 9ª R. M ............................................................................ 369.000,00 199.680,00
18 – 1ª Auditoria da Marinha ....................................................................... 610.560,00 237.120,00
19 – 2ª Auditoria da Marinha ....................................................................... 470.160,00 237.120,00
– 603 –
03 – Justiça Militar.
02 – Auditorias.
1.1.00 – Custeio.
1.5.00 – Serviços de Terceiros.
1.5.12 – Aluguel ou arrendamento de imóveis: foras e despesas de
condomínio.
Onde se lê:
Nº 26 (CF)
DESPESAS DE CAPITAL
4.0.00 – Investimento
4.1.00 – Obras
4.1.04 – Reparos, adaptações, conservações despesas de emergência com
bens imóveis ...................................................................................... 5.000.000,00
Total das Consignação 4.1.00 ........................................................... 5.000.000,00
4.2.00 – Equipamentos e Instalações
4.2.01 – Máquinas, motores e aparelhos ......................................................... 3.000.000,00
Total da Consignação 4.2.00 ............................................................. 3.000.000,00
Total da Verba 4.0.00 ......................................................................... 8.000.000,00
Total das Despesas de Capital .......................................................... 8.000.000,00
Total Geral .......................................................................................... 38.872.440,00
Nº 27 (CF) Inclua-se:
Gratificação para nível nível universitário –
Cr$ 9.116.640,00
5.05 – Justiça do Trabalho.
05.02.01 – 1ª Região Nº 29 (CF)
1.0.00 – Custeio
1.1.00 – Vencimentos. 5.05 – Justiça do Trabalho.
Aumente-se a dotação constante da 05.02.01 – 1ª Região
1.0.00 – Custeio
subconsignação para – Cruzeiros 131.720.160,00. 1.1.00 – Pessoal Civil.
1.1.10 – Diárias.
Nº 28 (CF) Aumente-se a dotação constante da
subconsignação – Cruzeiros 500.000,00
5.05 – Justiça do Trabalho.
Nº 30 (CF)
05.02.01 – 1ª Região
1.0.00 – Custeio. 5.05 – Justiça do Trabalho.
1.1.00 – Pessoal Civil. 05.02.01 – 1ª Região.
– 606 –
Nº 34 (CF) Nº 38 (CF)
Subconsignações:
CONSIGNAÇÃO
CONSIGNAÇÃO
CONSIGNAÇÃO:
DESPESAS DE CAPITAL
CONSIGNAÇÃO:
Subconsignação:
Resumo
1.0.00 – Custeio
1.1.00 – Pessoal Civil
1.1.01 – Vencimentos ............................................................................. 42.951.600,00
1.1.08 – Auxílio doença ........................................................................... 80.000,00
1.1.09 – Ajuda de custo .......................................................................... 300.000,00
1.1.11 – Substituições ............................................................................. 2.528.640,00
1.1.14 – Salário-família ........................................................................... 300.000,00
1.1.15 – Gratificação de função .............................................................. 1.440.000,00
1.1.17 – Gratificação pela prestação de serviço extraordinário .............. 500.000,00
– 610 –
Inclua-se:
Contas solicitando autorização para abertura do ra Brasília, o Poder Legislativo não poderia, sem
crédito especial indicado na ementa. violar os artigos 76, § 2º e 97, item II, da
Na tramitação na Câmara dos Deputados, a Constituição, acrescentar dispositivos, ao apreciar
Comissão de Serviço Público Civil ofereceu aquela proposição, que se referissem a aumento de
substitutivo, que veio a ser aprovado, mediante o vencimentos e vantagens e criação de cargos no
qual se consagrou uma completa classificação dos quadro de pessoal daquele órgão.
cargos e funções da Secretaria daquela alta Côrte. A tese é perfeita sob o ponto de vista juridico-
Esta Comissão deixa de entrar no mérito de tal constitucional e não há por onde se possa contestá-
classificação – que, normalmente, constituíria la, em sã consciência.
matéria de sua competência específica – tendo em Mas, o caso concreto afasta-se da tese.
consideração o parecer da ilustre Comissão de Em primeiro lugar existe um ponto, dentro
Constituição e Justiça, que reputou inconstitucionais daquele parecer, que precisa ser esclarecido, para
os artigos que a consubstanciam, por ferirem que não perdure uma dúvida e aparente contradição
preceitos expressos de nossa Carta Magna. do seu enunciado: – Por que são mantidos
Integralmente de acôrdo com a decisão no Projeto os artigos 2º e 3º, para os quais não
daquela douta Comissão, manifestamo-nos houve, também, a iniciativa do Tribunal de Contas,
favoráveis à aprovação do projeto com as Emendas uma vez que êsses dispositivos implìcitamente
números 1-CCJ e 2-CCJ. aumentam vencimentos e vantagens dos servidores
Sala das Comissões, em 16 de novembro de do Tribunal, quando lhes asseguram as
1960. – Daniel Krieger, Presidente. – Mem de Sá, mesmas vantagens e vencimentos dos servidores
Relator. – Guido Mondim. – Nelson Maculan. – Ary do Poder Legislativo?
Vianna, vencido, conforme voto em separado. Ora, se a ilustrada Comissão de Justiça
não considera inconstitucional o artigo 2º, tanto
COMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO CIVIL que o conserva no projeto, e o nobre Relator
nesta Comissão concorda com êsse ponto de
Declaração de voto vista, não vemos por que razão o artigo 4º não
deva ser mantido, pois êle é uma simples
Sôbre o Projeto de Lei da Câmara decorrência daquele, indispensável mesmo
nº 82 de 1960 para disciplinar a regra de enquadramento
do pessoal existente no Tribunal, nos símbolos,
O ilustre Relator fundamentou o seu trabalho, padrões e classes, equivalentes aos cargos
brilhante como todos os demais que têm apresentado e funções existentes no Poder Legislativo.
nesta Comissão, no parecer da Ilustrada Comissão A aprovação do artigo 2º sem a do artigo 4º,
de Constituição e Justiça que o concluiu julgando em nossa opinião, viria criar um clima de confusão,
inconstitucionais os artigos 4º e alíneas; 5º, 6º, 7º e prejudicial ao serviço do próprio Tribunal,
8º, do Projeto de Lei da Câmara nº 82, de 1960, porque êsse órgão estaria impossibilitado de
porque, tendo havido a iniciativa do Trib. de Contas aplicar o artigo 2º, a não ser por meio de uma
da União apenas quanto a um crédito especial outra lei. As disposições contidas no artigo 2º
para ocorrer às despesas com a sua mudança pa- passariam, então, a ser dentro dêste projeto,
– 615 –
inócuas, inexpressivas, não justificando, assim, a sua Dentro desta ordem de idéias, comparamos o
aprovação com a rejeição que se pretende fazer do projeto da Câmara com a proposta do Tribunal de
artigo 4º e suas alíneas. contas e verificamos, ao confronto dos dois, algumas
Logo, se o artigo 2º é constitucional parece divergências sem importância assencial para o
que o artigo 4º também o é, uma vez que decorre objetivo que ambos pretendem. Isso nos leva a aceitar
daquele. Assim, por que rejeitado? o Projeto da Câmara dos Deputados, como se
Mas, antes de tudo, devemos levar em conta encontra redigido, para lhe dar a nossa aprovação,
uma nova ocorrência que não foi conhecida, a considerando a relevância do fato de que se acha
tempo, pela nobre Comissão de Constituição e com a sua tramitação quase concluída nesta Casa,
Justiça desta Casa: – Está anexado ao processo que vindo, dêsse modo a atender 'à urgência requerida
instrui o projeto, a requerimento do eminente pela mudança do Tribunal de Contas para Brasília e a
Senador Silvestre Péricles, cópia autêntica de evitar uma injusta procrastinação da reclassificação do
Mensagem do Tribunal de Contas da União, dirigida seu pessoal, únicos servidores do País, até hoje, que
à Câmara dos Deputados, propondo ao Congresso ainda não foram reajustados nos seus vencimentos, o
nos têrmos do art. 97, item II, da Constituição, a que fere à equanimidade e o direito.
reestruturação dos seus servidores. A reestruturação Acreditamos que o próprio Tribunal de Contas
proposta é semelhante ao projeto em discussão. aprovaria esta solução pelo Senado.
Apenas foi enviada ao Poder Legislativo após a É o nosso voto.
aprovação do projeto pela Câmara dos Deputados Senador Ary Vianna.
mas, sem que ainda tenha sido o mesmo aprovado
pelo Senado. PARECER
Afigura-se, pois, que ficará sanada Nº 452, DE 1960
aquela infringência constitucional levantada pela
Comissão de Constituição e Justiça, diante da Da Comissão de Finanças sôbre o Projeto de
manifestação do Tribunal de Contas através da sua Lei da Câmara nº 82, de 1960 (número 1.797 de
Mensagem sôbre a matéria em estudo no Senado, 1960, na Câmara) que autoriza o Poder Executivo a
embora já apreciada antecipadamente pela Câmara abrir ao Tribunal de Contas o crédito especial de Cr$
dos Deputados. Se o projeto fôsse convertido em lei, 130.000.000,00 para ocorrer às despesas com a
sem que o Tribunal de Contas propusesse, como é de transferência daquele Tribunal para Brasília.
sua competência, ao Poder Legislativo, as
providências nêle mencionadas, então o vício de Relator: Sr. Vivaldo Lima.
inconstitucionalidade da lei seria irremediável. Mas, Pelo projeto em exame fica o Poder Executivo
em face da presença daquela Mensagem, no decurso autorizado a abrir ao Tribunal de Contas da União o
do projeto no Congresso Nacional, nada impede, crédito especial de Cruzeiros 130.000.000,00, para
agora, que o Senado, onde êle se encontra, examine ocorrer às despesas com a transferência do mesmo
a matéria sem atentar para a inconstitucionalidade Tribunal para Brasília.
argüida em princípio, porque está sanada com a A proposição foi suscitada por solicitação direta
referida Mensagem. que o Tribunal dirigiu ao Congresso. Examinado
– 616 –
o assunto pela Comissão de Constituição e Justiça gênio de Barros. – Daniel Krieger. – Ary Vianna.
da Câmara, decidiu ela pela apresentação de projeto O SR. PRESIDENTE: – No Expediente lido
referente à mencionada autorização de crédito. figura ofício do 1º Secretário da Câmara dos
Ainda na Câmara, ao ser a matéria apreciada Deputados, encaminhando os autógrafos referentes
na Comissão de Serviço Público Civil, foi por êsse ao Subanexo Orçamentário nº 4.21 – Ministério do
Órgão Técnico oferecido um substitutivo ao projeto Trabalho, Indústria e Comércio.
que, aprovado por aquela Casa do Congresso, Os avulsos já estão distribuídos.
constitui a proposição ora apreciada no Senado. A matéria fica sôbre a mesa para recebimento
Relatando o projeto na Comissão de de emendas, pelo prazo de três sessões, a partir da
Constituição e Justiça desta Casa, observou o nobre que se seguir à presente. (Pausa).
Senador Daniel Krieger que: Terminou na sessão anterior o prazo para
"A proposição transbordando do pedido do apresentação de emendas, perante a Mesa, aos
Tribunal de Contas, constitui verdadeira subanexos orçamentários referentes à Câmara dos
classificação de cargos e funções dessa Côrte, além Deputados (2.01) e ao Ministério da Aeronáutica (4.12).
de aumentar vencimentos de seus servidores e de Daqui por diante, antes da discussão, êsses
criar órgãos e cargos novos, tais sejam uma Subanexos sòmente poderão receber emendas
Delegacia do Tribunal no Estado da Guanabara e perante a Comissão de Finanças.
cem (100) cargos de Oficial Instrutivo. Não há oradores inscritos.
O projeto, assim dispondo, feriu, em cheio, os O SR. MENDONÇA CLARK: – Peço a
artigos 76, parágrafo 2º e 97, II, da Constituição palavra, Sr. Presidente.
Federal". O SR. PRESIDENTE: – Tem a palavra o nobre
O eminente Relator da Comissão de Justiça Senador Mendonça Clark.
estendeu-se ainda em outras considerações, O SR. MENDONÇA CLARK (*): – Sr.
apresentando finalmente duas emendas necessárias, Presidente, Srs. Senadores, a situação da região
a seu ver, para a correção dos vícios apontados. Seu costeira do Estado do Piauí, cidade de Luís Corrêa, ex-
parecer, bem como as Emendas ns, 1 e 2 que Amarração, de há muito vem merecendo as atenções
apresentam foram aprovadas pela Comissão. do Govêrno Federal com relação à fixação de dunas.
Somos, assim, de parecer que o projeto deve Há muitos anos, o Govêrno Federal, através do
merecer o apoio desta Comissão, com as Emendas Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais, por
ns. 1 e 2 aceitas pela Comissão de Justiça. Com contrato, determinava, anualmente, a fixação de dunas
essas emendas êle atenderá melhor, sem dúvida, ao na região costeira do Piauí; entretanto, após o gasto de
interêsse das finanças públicas. muitos milhões de cruzeiros, êsse serviço foi suspenso.
Sala das Comissões, em 17 de novembro de Como decorrência, tem-se notado, últimamente –
1960. – Vivaldo Lima, Presidente. – Mem de principalmente nos dois últimos anos, que, terminada a
Sá, Relator. – Menezes Pimentel. – Jorge Maynard. –
Francisco Gallotti. – Jarbas Maranhão. – Saulo Ramos. __________________
– Irineu Bornhausen. – Fernando Corrêa. – Eu- (*) – Não foi revisto pelo orador.
– 617 –
época das chuvas, os ventos começam a soprar e as lho no pôrto, existindo, há muitos anos questão das
areias passam a ameaçar a cidade de Luís Corrêa. dunas o abandono da proteção à cidade de Luís
Até o ano passado, o Prefeito daquela cidade, Corrêa, não deixa de ser da responsabilidade do
embora houvesse falado sôbre o assunto a mim e a Govêrno Federal, porque não deu continuidade aos
outras pessoas, não considerava o perigo iminente, serviços de fixação das dunas. As obras do Pôrto de
embora a ameaça fôsse enorme. Luís Corrêa são de certo modo, causadoras da
Acabo de receber, do Prefeito de Luís Corrêa invasão das areias, o Prefeito Municipal pràticamente
telegrama datado de 11 do corrente chegado a sem recursos, não pode defender a cidade.
Brasília no dia 14, nos seguintes têrmos: Em face do exposto, Senhor Presidente, renovo
"A cidade de Luís Corrêa está meu apêlo ao Dr. Canedo Magalhães para que S. Sa.
sofrendo calamitosa situação, por motivo da mande urgentemente a Luís Corrêa, um seu
movimentação de dunas no centro urbano. representante a fim de que adote providências no
A Prefeitura esgotou todos os recursos para sentido de salvar a cidade de ser soterrada pelas dunas.
obter algum resultado. Famílias já abandonam O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Permite V.
lares abrigando-se em outras casas. Peço Exa. um aparte?
a colaboração de V. Exa. no sentido de obter meios O SR. MENDONÇA CLARK: – Com todo o
urgentes para continuar a deter a movimentação prazer.
de dunas. Estou em difícil situação perante o povo O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Quando
da cidade. Confio em que V. Exa., na qualidade chefiava as obras de construção do Pôrto de Laguna,
de meu chefe, ampare minha situação no em Santa Catarina, um dos problemas mais difíceis foi
presente momento. As ventanias continuam justamente o da fixação das dunas naquela cidade; o
intensas. Abraços. João Soares, Prefeito de Luís trabalho foi insano. Conseguimos, todavia, coroá-lo de
Corrêa". êxito não só pela fixação com a vegetação local mas,
Pelo telegrama conclui-se que as areias também, com a plantação de orós. Mandei buscar
invadem a cidade, tomam as casas do centro urbano milhares de mudas de orós no Ceará, com grandes
e que a Prefeitura Municipal não tem recursos para resultados. A vegetação favoreceu a fixação das dunas
defender os habitantes. do Pôrto de Laguna. Piauí tão próximo do Ceará, onde
Diante do exposto, apelo para o Dr. Canedo existe grande quantidade de orós, poderá experimentar
Magalhães no sentido de que envie, imediatamente, essa plantação, acredito com grande sucesso. Estou
ao Piauí, um seu representante a fim de verificar certo de que o Diretor do Departamento de Portos, Rios
a situação considerada calamitosa pelo Prefeito de e Canais, o Engenheiro Canedo Magalhães, ciente do
Luís Corrêa. Conheço, Senhor Presidente, a que ocorre em Luís Corrêa, tomará imediatas
intensidade dos ventos naquela região; sei providências. Construir um pôrto sem cuidar da fixação
perfeitamente que, de um dia para o outro, as casas das dunas, das areias errantes, cuja mobilidade é
podem ser tomadas. De certo modo, havendo traba- provocada até por ventos brandos, é pôr dinheiro fora.
– 618 –
A fixação serve não só para a defesa das cidades do assunto, porque não quero envolver-me, nem de
como do próprio pôrto, para evitar o assoreamento; é longe, na matéria. Deixo, de propósito, de tocar nêle,
a providência que cabe nessa oportunidade. embora o julgue importante para o Estado do Piauí,
O SR. MENDONÇA CLARK: – Agradeço o porque não terei meios, depois de conseguir as
aparte do nobre colega Senador Francisco Gallotti. cotas, de impedir que passem a ser
Já agora em face da autoridade de S. Exa. sôbre o contrabandeadas, como ocorre com muitas outras
assunto, reafirmo a responsabilidade do destinadas àquelas regiões. Acabo porém de receber
Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais, telegrama de pessoas de minhas relações há 30
pelo início da construção do pôrto sem a prévia anos, portuguêses que se localizaram em Parnaíba
garantia da fixação das dunas. no ramo de hotel e mercearia e vivem honestamente
Diz muito bem Sua Excelência. É inútil a do seu trabalho, servindo aos parnaíbanos com o
construção de qualquer pôrto sem providências de seu pequeno comércio e indústria de farinha, pão e
defesa do próprio pôrto, isto é, sem a fixação das café.
dunas. A sugestão do nobre colega, Senador A firma que se dirigiu a mim nesse telegrama
Francisco Gallotti sôbre o aproveitamento de orós é angustioso, tem tradição no ramo e de modo algum
muito valiosa; acredito já seja do conhecimento do se envolverá em transações ilícitas. O seu passado
Departamento de Portos, Rios e Canais; entretanto, me dá essa certeza. Assim, não tenho mais motivo
ignoro se foi aplicada em Luis Corrêa. Tendo em vista para deixar de fazer um apêlo em última instância, a
o exemplo citado pelo nobre Senador apelo para o Dr. favor dos parnaibanos, dos quais aquêles
Canedo Magalhães a fim de que aproveite a comerciantes são os maiores fornecedores, mas me
experiência de Laguna e a aplique em Luís Corrêa. recuso a ir particularmente ao Instituto Brasileiro do
Existe plantação de orós bem próxima daquela região. café pedir cotas.
Êste, Senhor Presidente, meu apêlo com Não desejo tratar do assunto diretamente com
relação à questão da invasão de dunas no centro qualquer elemento dêsse departamento; não quero
urbano da cidade de Luís Corrêa. Estou certo de que que lá conste qualquer solicitação minha,
o Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais o individualmente, com relação a cotas de café.
tomará na devida conta. Faço o apêlo ao IBC da tribuna da mais alta
Senhor Presidente, passo a tratar de outro Casa do Congresso, tribuna pública, para que todos
assunto de interêsse da cidade da Parnaíba. fiquem cientes da razão que me anima.
Há mais de dois anos venho recebendo, Eis o telegrama, Senhor Presidente:
em caráter particular, apelos de vários negociantes "Sendo Vossa Excelência conhecedor de
piauienses para conseguir do Instituto Brasileiro nosso estabelecimento nesta praça como
do Café cotas para o seu comércio. Tendo principais exploradores no ramo de massas
conhecimento, entretanto, como todos têm, do alimentícias, torrefação e moagem de café,
contrabando de café que se verifica no País, julgamos oportuno apelar parte sua digníssima
principalmente no Nordeste e Norte, evito tratar pessoa, esclarecendo que em parte estamos
– 619 –
sendo prejudicados por razões desconhecidas. O SR. MENDONÇA CLARK: – Pois não!
Desde que o Instituto Brasileiro do Café passou a O SR. NELSON MACULAN: – Quando em 1958
controlar a distribuição do produto, tivemos diminuída se estabeleceram – cotas internas de café, nós
nossa cota mensal, embora nunca a tenhamos tínhamos – digo nós porque faço parte da Organização
recebido integral, e chegando ao extremo, nos Administrativa do I.B.C. – em mira aumentar o
últimos meses, de não atingirmos à quarta parte. consumo no País. Com êsse objetivo, foi atribuído ao
Embora nossa indústria satisfaça, a tôdas as produto reservado ao mercado interno preço
exigências das repartições e nossos atos à opinião baratíssimo, muito inferior à cotação Internacional.
pública, estamos completamente parados, e por não Infelizmente, como chefe do Escritório em Milão
dispormos de nenhum elemento de influência, constatei que êsse café marcado "Belém" era enviado,
esperamos encontrar, em Vossa Excelência, um através de Paramaribo, para Antuérpia e Amsterdam,
apoio para a solução de nossas justas reclamações concorrendo assim com o café normalmente exportado.
junto ao Pôsto Fiscal do Instituto Brasileiro do Café, Se o intento dos cafeicultores era aumentar o
em Fortaleza. Com sinceros agradecimentos pela consumo interno, não foi conseguido. Êsse café vem
sua valiosa interferência a nosso favor, adiantamos servindo para enriquecimento fácil de grupos
que nossa necessidade estará atingindo brevemente inescrupulosos, que assim agem contra o interêsse do
ao povo de nossa terra, que passará a consumir café Brasil, dos consumidores internos, em suma, contra a
por preços anteriormente exagerados. Aguardamos cafeicultura nacional. Informo a Vossa Excelência que
suas notícias, agradecendo e firmando-nos trouxe para o Brasil dados referentes a êsse assunto, e
atenciosamente. – (a) J. A. Carneiro & Filhos". tenho em meu poder, aqui em Brasília, cópia dos
Vê o Senado que depois que o Instituto documentos que entreguei ao Instituto Brasileiro do
Brasileiro do Café passou á determinar cotas, a firma Café. Êste, por sua vez, os encaminhou à Comissão de
passou a receber a quarta parte da que lhe fôra Marinha Mercante. A realidade, entretanto, é que o café
destinada. continua sendo contrabandeado, com prejuízo para os
Se se tratasse de produto escasso no Brasil, comerciantes honestos como a firma de Parnaíba
nada alegaríamos em favor dêsses industriais, mas a que V. Exa. se refere, os quais pelo desenvolvimento
cerca de vinte milhões de sacas de café acham-se dos seus negócios através da venda de café mais
armazenadas em S. Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e barato, estariam também trabalhando no sentido de
outras cidades principais. solucionar o excesso de produção. O que precisamos,
O Instituto Brasileiro do Café tem interêsse, caro Senador, é de atitude mais enérgica, do Govêrno
portanto, em vender. ou das autoridades competentes. Nem o próprio I.B.C.
O SR. NELSON MACULAN: – Permite Vossa poderá fiscalizar o consumo do café em nosso País.
Excelência um aparte? Se permanecermos de olhos fechados ao escoa-
– 620 –
mento do café de consumo interno, pelo gamos que seja de cem sacas mensais. Só lhe foram
contrabando, continuaremos a assistir à venda do enviadas, nos últimos meses, vinte cinco. Onde
café brasileiro, pôsto em Antuérpia, a 22 dólares a estão as outras setenta cinco? Não há café? Deve
saca, competindo, dessa forma, com o café haver. Sabemos que mais de vinte milhões de sacas
normalmente destinado à exportação. estão estocadas.
O SR. MENDONÇA CLARK: – Agradeço ao O SR. NELSON MACULAN: – Vossa
nobre Senador Nelson Maculan o seu aparte, pois Excelência permite um outro aparte?
toca justamente no motivo que me traz à tribuna. O SR. MENDONÇA CLARK: – Pois não.
Não devemos atender a apelos para O SR. NELSON MACULAN: – As cotas
concessão de cotas de café de consumo interno a de consumo interno são desviadas e exportadas
qualquer indivíduo amigo ou não, pois, em face do pelos portos principais do nosso País. Verifica-se
desvio criminoso que está havendo, talvez estejamos que o Instituto Brasileiro do Café fornece a
contribuindo para o prejuízo do País, não só no determinadas torrefações um bom café, entretanto, o
mercado interno como no mercado internacional. café que se adquire depois de torrado é de má
Todavia, em face da tradição de honestidade qualidade. Êsse fato ocorre em várias cidades
dos comerciantes de Parnaíba que me telegrafaram, inclusive em Brasília. A disposição dos lavradores
e do seu desejo de incrementar, com a nossa de aumentar o consumo interno, através de café
indústria, o consumo da nossa principal bebida no mais barato, tem sido criminosamente obstada
norte do Brasil, não posso deixar de me referir à por grupos que o recebem, exportando-o com
situação em que se encontram. prejuízo do consumo interno. O Instituto Brasileiro
Recebendo quarta parte da cota que lhe é do Café, auxiliado pela Alfândega ou por quem
atribuída, está excluída a hipótese de reembarcar o tenha a obrigação de evitar o contrabando, deveria
produto para o exterior. Se pleiteasse cota extra, além incrementar, cada vez mais o seu combate. A
da determinada pelo I.B.C., poderia haver dúvida a firma, a que Vossa Excelência se refere, se continuar
respeito da extensão do seu pedido. Existindo café a vender café mais barato, tenho a certeza de
em quantidade, como o existe, o fato da agência de que recebendo a cota a que tem direito, já teria
Fortaleza do I.B.C. em lhe fornecer a quarta parte da aumentado em 20 ou 30 por cento a própria venda.
cota demonstra, por si só, uma irregularidade. É o que interessa ao País. O consumo interno no
Ou faltam providências para suprir Fortaleza Brasil contínua o mesmo apesar de o café ser
do estoque necessário a fim de atender a Parnaíba, a nossa única mercadoria que, realmente não cai
ou as três quartas partes da cota fixada para A. de preço. Assim, nos vemos frustrados no desejo
Carneiro & Filho estão sendo desviadas de aumentar o consumo para fazer face a todo
criminosamente do consumo interno. nosso estoque. Daí a necessidade de reformulação
Esta a situação para a qual peço a atenção de tôda esta política de nossa economia principal
da Casa. A. Carneiro & Filho têm direito que está a exigir do Govêrno intervenção com
a determinada cota. Não sei igual é, mas di- mão forte.
– 621 –
Nós do interior, dizemos "ninguém apanha da cota de café a que tem direito. Por esta tribuna o
contrabandista com rosário e livro de missa na mão País ficará ciente do que ocorre, e minha posição
mas com ação, decisão e energia". bem definida. Desejo, apenas, que aquela firma
O SR. MENDONÇA CLARK: – Agradeço mais tradicional da Parnaíba, responsável pelo
uma vez o aparte do nobre Senador Nelson Maculan fornecimento do café à população local, receba a
que, com sua autoridade de representante de um cota a que tem direito e que vem sendo desviada em
Estado dentre os maiores produtores, o Paraná, e três quartas partes, possìvelmente contrabandeadas
como ex-Delegado do Instituto Brasileiro do Café, em com prejuízo interno e externo.
Milão, tem em suas mãos todos os estudos e dados Que o Instituto Brasileiro do Café, tomando
comprovadores do assunto. conhecimento de todos êsses fatos tome
Com sua intervenção, o ilustre Senador providências imediatas a fim de que a firma
demonstrou verdadeiro interêsse em que não se parnaíbana venha a receber sua cota integral assim
permita o desvio do nosso estoque de consumo como as outras em idênticas condições.
interno por grupos que tanto prejuízo nos trazem. É o apêlo que dirijo ao Presidente do Instituto
Nosso objetivo é consumir mais, pois o temos Brasileiro do Café. (Muito bem; muito bem!)
em excesso e não prejudicar a ação dos que O SR. SAULO RAMOS (pela ordem): –
combatem o reembarque clandestino do produto Senhor Presidente, peço a palavra.
numa concorrência aos mercados. O SR. PRESIDENTE: – Pondero ao nobre
Senhor Presidente, a situação é grave e mais Senador que, de acôrdo com o Regimento, só
grave ainda o fato que venho de expor. poderá fazer uso da palavra por 10 minutos.
A firma a que me referi não recebe a cota a O SR. SAULO RAMOS (*): – Senhor
que tem direito. Estão sendo desviadas três quartas Presidente, o Congresso Nacional está examinando
partes. o veto presidencial oposto ao Plano de Classificação.
Conheço o atual Presidente do I.B.C., tive Muitos são os funcionários públicos que aguardam
oportunidade de com Sua Excelência conversar seu pronunciamento. Os Vendedores de Selos do
longamente num almôço, na Escola Superior de Departamento de Correios e Telégrafos, incluídos no
Guerra. Ouvi de Sua Excelência uma exposição Substitutivo Jarbas Maranhão, esperam seja
brilhante sôbre a situação atual do mercado de café. rejeitado o veto, na parte que lhes diz respeito. Êstes
Estou certo de que providências imediatas servidores, além da venda de selos, desempenham
poderiam ser tomadas, se me dirigisse a Sua outras funções na Repartição. Tenho observado, nas
Excelência; entretanto, tendo eu conhecimento de agências do interior, que êles substituem todo e
que nos negócios de café, passam-se fatos qualquer funcionário. São obrigados a assinar ponto
estranhos, verdadeiramente escandalosos, não e estão sujeitos às obrigações dos funcionários
desejo, absolutamente, envolver-me. Apenas o farei efetivos.
através da tribuna do Senado. Aqui poderei
defender a firma parnaibana cuja situação __________________
está sendo prejudicada, pelo não recebimento (*) – Não foi revisto pelo orador.
– 622 –
Nada mais justo, portanto, sejam êles Não havendo quem queira usar da palavra,
atendidos. encerrarei a discussão (Pausa).
O motivo, Senhor Presidente, pelo qual ocupo Está encerrada.
a tribuna, é alertar os Senhores Senadores no Os Senhores Senadores que aprovam a
sentido da rejeição do veto, a fim de que os Redação Final, queiram permanecer sentados.
Vendedores de Selos do D.C.T. se enquadrem como (Pausa).
funcionários públicos. De todos os Estados, bem Está aprovada. Vai à Câmara dos Deputados.
como de tôdas as Agências do D.C.T. no Estado de Designo para acompanhar o estudo das emendas do
Santa Catarina, tenho recebido apelos no sentido de Senado o Sr. Taciano de Mello. (Pausa).
alertar os Senhores Congressistas, para a situação Passa-se à:
em que se encontram êsses servidores.
Formulo, portanto, neste momento o meu ORDEM DO DIA
apêlo para que os Senhores Senadores, além de
rejeitarem o veto, prestem colaboração junto aos Discussão única do Projeto de Lei da Câmara nº
Senhores Deputados, para que seja atendida tão 87, de 1960 (nº 1.880, de 1960, na Câmara) que
justa aspiração. (Muito bem, muito bem). estima a Receita e fixa a Despesa da União para o
O SR. PRESIDENTE: – Sôbre a mesa Exercício de 1961, na parte referente ao Anexo nº 4
requerimento que vai ser lido. (Poder Executivo).
É lido e aprovado o seguinte:
Subanexo nº 4.09 (Conselho de Segurança
REQUERIMENTO Nacional) tendo Parecer nº 442, de 1960, da
Nº 476, DE 1960 Comissão de Finanças, favorável ao projeto com a
Emenda nº 1 (CF).
Nos têrmos dos artigos 211, letra p, O SR. PRESIDENTE: – Em discussão o projeto
e 315, do Regimento Interno, requeiro dispensa e a emenda.
de publicação para a imediata discussão e Não havendo quem peça a palavra, encerrarei a
votação da Redação Final do Projeto de discussão. (Pausa).
Lei da Câmara nº 87 de 1960, que estima a Está encerrada.
Receita e fixa a Despesa da União para o Em votação o projeto, sem prejuízo da emenda.
exercício financeiro de 1961 – Anexo nº 5 – Poder Os Senhores Senadores que o aprovam,
Judiciário. queiram permanecer sentados. (Pausa).
Sala das Sessões, em 17 de novembro de Está aprovado.
1960. – a) Moura Andrade. É o seguinte o projeto aprovado:
O SR. PRESIDENTE: – Em face da aprovação Projeto de Lei da Câmara nº 87, de
do requerimento, passa-se à imediata discussão e 1960 (nº 1.880, de 1960, na Câmara), que
votação da Redação Final. estima a Receita e fixa a Despesa da União para o
Em discussão a Redação Final constante do Exercício Financeiro de 1961, na parte referente
Parecer nº 449, lido no Expediente. ao Anexo 4 (Poder Executivo). Subanexo nº 4.09
– 623 –
Tive conhecimento de que o Sr. Presidente da salariados possam prover a sua manutenção com os
República, ouvindo as reivindicações, já determinara recursos fixados na tremenda maratona entre preço
a revisão, mas até esta data não se efetivou essa e valor da moeda nacional.
justiça que deveria ter sido feita no momento próprio Quando o eminente Senador Mem de Sá
da elaboração dos quantitativos do salário mínimo apresentou emenda de paridade de vencimentos,
para todo o País. que o projeto em tramitação no Senado Federal
O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Permite objetiva, dei-lhe minha solidariedade. Votei a favor
Vossa Excelência um aparte? da paridade, não obstante ter manifestado reiteradas
O SR. JEFFERSON DE AGUIAR: – Com vêzes, minha opinião sôbre a solução letal que essa
satisfação. paridade constitui. Os meios de pagamento lançados
O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Na manhã no mercado por essa via provocam impacto
de hoje, indo ao Palácio do Planalto, lá inflacionário tremendo, dobrando o custo de vida e
encontrei grande concentração de trabalhadores de aniquilando todos aquêles que pensam são
Brasília. Procurei saber de que se tratava e fui beneficiados dessa proposição.
informado de que Sua Excelência, o Presidente da O projeto de paridade atende a um princípio
República, acabava de assinar o nôvo salário mínimo de justiça e de equidade. O militar inserido na
de Cr$ 9.600,00 para os trabalhadores e, mesma realidade do servidor civil deve ter proventos
pessoalmente, havia dado essa comunicação à idênticos aos daqueles que prestam relevantes
grande massa de trabalhadores que lá se serviços na burocracia nacional.
encontrava. Soluções dessa natureza, como disse e
O SR. JEFFERSON DE AGUIAR: – reiterei – já me pronunciara na Câmara dos
Infelizmente, não estive no Palácio do Planalto e não Deputados, quando no exercício do mandato que me
tive oportunidade de verificar o que lá se passava. foi conferido pelo povo do Espírito Santo – são doses
Estou veiculando uma solicitação que me foi feita no letais aplicadas ao organismo social; aos poucos a
dia de ontem, por alguns operários. Vejo que o Sr. hiperinflação, a inflação malígna vai corroendo o
Presidente da República atendeu à solicitação dos organismo social e transformando a coletividade
trabalhadores desta cidade. brasileira em multidão ansiosa por um destino; por
Com relação ao outro assunto a que me um alvo, sem possibilidade de resolver os problemas
reportei no início do meu discurso, devo assinalar e vitais que se lhe defrontam.
dar realce, à posição que terei no Senado Federal, Êsses paliativos tornam complexas as
na tramitação do Projeto da Paridade de questões simples; prejudicam a administração e
Vencimentos entre Civis e Militares. transformam, completamente, os lares brasileiros,
Quando da tramitação do projeto de aumento principalmente naquelas áreas não atingidas por
dos militares, nesta Casa do Congresso Nacional, essas soluções como os não assalariados ou os que
tive ensejo de avocar a proposição e dar-lhe parecer não percebem dos cofres públicos, que vivem das
na Comissão de Segurança Nacional atendendo às profissões liberais, ou os que têm atividade na
reivindicações dos militares em face da situação indústria e no comércio. Pior que a inflação
inflacionária do País, que corrói a poupança e decorrente do lançamento dos meios de pagamento
impede que os servidores públicos e os as em excesso no mercado comum, vem a infla-
– 630 –
ção do custo alterando totalmente a realidade numa vara, sem conseguir alcançá-las; assim
nacional, impedindo, contendo e transformando o estamos hoje, a derramar meios de pagamento, sem
desenvolvimento econômico deflagrado pelo Sr. pensarmos na produção e na produtividade ou na
Presidente da República, em boa hora, impedindo luta contra a especulação dos meios indispensáveis
que as causas exógenas transformassem e à contenção das conseqüências da espiral
mantivessem o Brasil na situação da qual se devia inflacionária.
desvincular, de exportador de matérias primas e de Não culpo o Govêrno atual – como disse,
importador de produtos manufaturados. assinalei reiteradas vêzes no Congresso Nacional –
Há necessidade de uma análise perfeita da pelas conseqüência que aí estão vulnerando todos
situação nacional. Ainda ontem, pelos debates os lares e prejudicando todos os cidadãos
travados nesta Casa, entre os nobres Senadores brasileiros. E' conseqüência natural para o
Mem de Sá e Antônio Baltar concluímos que homens desenvolvimento do País o lançamento do Govêrno
responsáveis da Administração e do Congresso na perseguição da industrialização e na emissão
deverão dedicar-se ao estudo dêsses problemas indispensável para prover o meio circulante dos
para impedir que o processo inflacionário prossiga, meios de pagamento indispensáveis à
principalmente por nos encontrarmos bem próximos industrialização nacional.
da fase de rutura do equilíbrio social. O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Permite Vossa
Acredito que o projeto de paridade, atendendo Excelência um aparte?
temporàriamente às reivindicações dos servidores O SR. JEFFERSON DE AGUIAR: – Com todo
públicos, agravar-lhes-á de muito a situação; o o prazer.
lançamento dêsses meios de pagamento no O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Na penúltima ou
mercado interno provocará necessàriamente anti-penúltima das brilhantes frases do discurso que
elevação no custo de vida que absorverá as está pronunciando, sintetiza Vossa Excelência com
vantagens conseguidas através dessa proposição. segurança e propriedade de economista...
Quando citava, naquele voto na Câmara dos O SR. JEFFERSON DE AGUIAR: –
Deputados, a eleição de Samuelson, ilustre professor Agradecido a Vossa Excelência.
do Instituto de Massachusetts que vislumbrava O SR. ANTÔNIO BALTAR: – ...o problema
drama terrível que surgiu com a Guerra de Secessão nacional que gira em tôrno da espiral inflacionária
dos Estados Unidos, eu informava e pretendia prever existente. Vossa Excelência disse que era preciso
a possibilidade do irrompimento de greves e de conter a expansão excessiva dos meios de
movimentos multitudinários no Brasil em decorrência especulação, mas também conter a especulação e
da inflação malígna que surgiria no momento em que promover a produtividade. Essa é, realmente, uma
se deferíssem novos aumentos e novas síntese felicíssima do caminho de qualquer govêrno
reivindicações para conter as conseqüências da que queira tirar o País da difícil situação em que se
espiral inflacionária. encontra. Tem-se ouvido falar muito em inflação;
Há poucos dias, lendo um livro de mas nem sempre se tem tratado corajosamente –
Eugênio Gudin, vi nossa situação numa figura como V. Exa. acaba de dizer – que o encarecimento
que êle indicava no seu livro, no animal do custo de vida, isto é, o sistema de preços ao
que perseguia as cenouras à frente colocadas consumidor no Brasil atualmente é afetado, não
– 631 –
só pela expansão dos meios de pagamento, mas debatidos e analisados, inclusive a política do café,
sobretudo pela inflação, desenfreada especulação, tão inflacionária quanto o lançamento de meios de
falta de policiamento de preços, policiamento que pagamento no mercado em jorros ininterruptos. O
não pode ser feito evidentemente através de Brasil, em vez de competir no mercado internacional,
COFAPS e COAPS quaisquer, que apenas fomenta a competição contra êle mesmo, elevando
examinam os preços ao consumidor, mas que tem os preços, comprando sacas de café por preço
de ser feito partindo do preço rigorosamente pela elevado e que não podem ser colocadas no mercado
fixação e eliminação de intermediários excessivos externo pela quantia que o Govêrno, com as
até que se consiga um equilíbrio possível entre o emissões, adquire no mercado interno.
custo de produção e os preços ao consumidor. Há poucos dias, tive ensejo de conversar com
Felicito-me por ter ouvido, na competência e brilho grande exportador de café do Estado do Espírito
de Vossa Excelência esta frase que considero Santo. Êste, comprando diretamente do produtor,
lapidar. O caminho para tirar o Brasil de dificuldade conseguiu realizar operações vantajosas na base de
econômica tem que ter, pelo menos, êstes três mil, mil e duzentos e mil e quinhentos cruzeiros
rumos: o rumo de contenção da expansão dos meios a saca, para revender êsse mesmo café,
de pagamento; o contrôle efetivo da especulação; e imediatamente, ao Instituto Brasileiro do Café a dois
o que promove realmente maior produtividade. mil, e quinhentos cruzeiros quando o produto ainda
O SR. JEFFERSON DE AGUIAR: – Agradeço se encontrava retido nos próprios armazéns daquele
a Vossa Excelência a colaboração que dá realce ao exportador, que ainda aufere a taxa de
meu humilde discurso e atende ao debate de armazenagem, porque o I.B.C. no meu Estado, não
problemas cruciais que exigem a atenção de todos dispõe de armazéns suficientes para manter em
aquêles que vêem, na tranqüilidade social, o mínimo estoque o café retirado do mercado.
indispensável à sobrevivência das instituições. Tudo que se realiza no Brasil, tem sido,
Não seria crível, Sr. Presidente, que, através lamentàvelmente, ao sabor de erros e tentativas,
dessas concessões permanentemente atendidas, sem estudo ou planificação adequada quando
tivéssemos discurado tanto tempo da luta contra a deveríamos ter em mente a análise dos problemas,
especulação, como bem assinala o Senador Antônio das circunstâncias, dos fatôres econômicos, para
Baltar. atingir as metas razoáveis da nossa destinação. E,
Quando na Câmara dos Deputados, participei ao sabor dêsses erros e dessas tentativas, temos
de uma comissão especial e tive ensejo de elaborar marchado inelutàvelmente para o caos ou para
a lei contra o abuso do poder econômico, projeto ali transformações perigosas para as instituições, sem
formulado com a participação ilustre e eminente de que alguém se atreva a dar o sinal de alarma ou
Adauto Lúcio Cardoso, Daniel Faraco e Sérgio provocar, na quietude dos gabinetes, e na
Magalhães. equanimidade que deve presidir os atos dos
No entanto, essa legislação de vital interêsse responsáveis pelos destinos da Nação, uma solução
para o País, não foi aprovada. O projeto não teve compatível com os interêsses nacionais.
tramitação: permanece estagnado numa das Quando no Instituto Superior dos Estudos
Comissões daquela Casa do Congresso Nacional. Brasileiros ou na Escola Superior de Guerra, tive
Muitos outros problemas foram ensejo de debater os problemas nacionais,
– 632 –
EMENDA EMENDA Nº 4
Nº 1
Repartição: 01 – Secretaria Geral da Marinha.
Repartição 09.04.02 – Divisão de Orçamento. Verba: 4.0.00. – Investimentos.
– 634 –
transportadora, as condições econômicas e o grau sido por ela alterada, pelas disposições aplicáveis no
de necessidade do acidentado ou de seus Decreto-lei nº 7.036, de 10 de novembro de 1944,
beneficiários. com as modificações decorrentes da legislação
Art. 5º O valor do seguro contra risco pessoal de posterior.
transporte feito pelas emprêsas, será computado para Parágrafo único. Consideram-se beneficiários
os efeitos desta lei, depois de efetivamente regulada a os filhos nascidos até 300 dias após o acidente.
respectiva liquidação pela emprêsa seguradora. Art. 10. A providência regulada por essa lei se
Art. 6º A pensão alimentar será paga até o inclui entre as medidas preventivas a que se refere o
décimo dia do mês subseqüente ao vencido e das Título I, do Livro V, do Código de Processo Civil, e
despesas de tratamento, dez dias após a publicação obedecerá às disposições dêsse Título no que
da sentença que as arbitrar. tiverem sido modificadas por essa lei.
Parágrafo único. A impontualidade no Parágrafo único. O pedido, quando não fôr
pagamento importa automàticamente no acréscimo de requerido como medida preparatória de razão
25% (vinte e cinco por cento) sôbre a quantia devida, principal deverá ser formulado no início da lide, sob
sem prejuízo dos juros de mora e sujeitará a emprêsa pena de decadência do direito, e processado em
transportadora à multa de Cr$ 500,00 (quinhentos autos apensos.
cruzeiros) e de Cr$ 1.000,00 (mil cruzeiros) a Cr$ Art. 11. Ocorrido o acidente, se não houver
10.000,00 (dez mil cruzeiros) nas reincidências. A multa acordo sôbre a prestação de alimentos provisionais,
será imposta pela autoridade competente, processada o interessado requererá a medida ao Juiz
e cobrada na forma da legislação em vigor. competente pora conhecer da respectiva ação de
Art. 7º E' vedado o pagamento antecipado de indenização, proposta com fundamento no acidente
pensão por período superior a três meses. de transporte.
Parágrafo único. Não se aplica essa proibição § 1º Os prazos determinados no Código de
em casos de consignação judicial cuja respectiva Processo para exames periciais e quaisquer outras
importância será, porém, levantada com observância diligências, assim como para proferir a sentença
dêste artigo. serão reduzidos à metade.
Art. 8º. O crédito resultante da obrigação de § 2º A petição inicial indicará a espécie ou
prestar alimento provisional é privilegiado nos têrmos natureza do acidente, lugar e data em que ocorreu, e
do art. 97 do Dec. Lei nº 7.036, de 10 de novembro demais circunstâncias que lhe sejam inerentes, e
de 1944, respeitada a preferência estabelecida no será, conforme o caso, acompanhada dos seguintes
parágrafo único dêste artigo. documentos: a) certidão de óbito; b) certidão do
Art. 9º A definição de beneficiários e de seus laudo pericial procedido no respectivo inquérito e na
direitos; as providências facultadas à emprêsa falta dêste, de atestado médico com especificação
quando a vítima fôr desidiosa no tratamento médico sôbre o acidente; c) certidão de casamento, d)
ou recusar a submeter-se a êsse tratamento; certidão do nascimento dos filhos menores; e)
os deveres do médico que a tiver sob seus cuidados declaração dos rendimentos do acidentado e de seus
e, a fixação do grau de incapacidade, são beneficiários, especificando as respectivas fontes e
regidos para os efeitos desta lei e no que tiverem os encargos de família; f) comprovante das despesas
– 638 –
lido na hora do expediente, autorizando o Sr. dade e o bem dos povos marcaram sempre a nossa
Presidente da República a ausentar-se do Território posição e a nossa presença no mundo livre. Nunca
Nacional. fomos um país de serviço encomendado, ou um
Solicito o parecer da Comissão de Relações instrumento de docilidade política.
Exteriores. Estas foram, até pouco tempo, as linhas e as
O SR. AFONSO ARINOS: – Sr. Presidente, diretrizes da nossa política externa. Mas uma nova
como Presidente da Comissão de Relações orientação negativa e subversiva e uma nova direção
Exteriores designo o nobre Senador Rui Palmeira ligeira e insensata estão presidindo aos nossos
para emitir parecer dessa Comissão sôbre a destinos nacionais. Os cintos de segurança e não o
proposição anunciada por Vossa Excelência. interêsse de possibilidades comerciais evitam as
O SR. RUI PALMEIRA (*): – Senhor relações e os contactos com os demais povos para
Presidente, designado pelo Presidente da Comissão fechar as portas e os portos a mais de um bilhão de
de Relações Exteriores para emitir parecer sôbre a clientes. A cessão de Fernando de Noronha
Proposição anunciada por Vossa Excelência, dou-lhe transformou o Brasil num teatro de operações. O
meu voto favorável. convênio de Roboré alienou terras e limites da nossa
A visita do Presidente da República ao propriedade imemorial. A operação pan-americana
Paraguai propiciará certamente maior aproximação encontrou por tôda parte a algidez, a indiferença e as
entre os dois povos irmãos, os quais, apesar de suas muralhas do silêncio. Uma doação pouco generosa
diferenças, têm o mesmo amor à liberdade. de dinheiro e algumas cotas de açúcar, devidas à
Êsse o parecer da Comissão de Relações pistola apontada de Fidel Castro, não são bastantes
Exteriores. (Muito bem.). para alargar os apoios das nações que não se
O SR. PRESIDENTE: – Continua a discussão. vendem nem se rendem.
O SR. LOURIVAL FONTES: – Sr. Presidente, Sustentamos e defendemos uma política
peço a palavra. anticomunista porque essa era a nossa tradição
O SR. PRESIDENTE: – Tem a palavra o nobre liberal, o estatuto das Nações Unidas, a não
Senador Lourival Fontes. competição do braço livre contra o trabalho escravo,
O SR. LOURIVAL FONTES: – Sr. Presidente, a ânsia de emancipação das nações subsidiárias e
Senhores Senadores, acabo de ouvir o parecer do dependentes. A Europa considera o continente negro
Relator na Comissão de Relações Exteriores. Há, a sua segunda oportunidade de reconquista do
realmente, equívoco quando se fala apenas na poder. Os capitais americanos e inglêses estão
inauguração de uma ponte; o Presidente da mobilizados e invertidos na produção africana,
República vai ao Paraguai em visita à sua Capital. idêntica à nossa e que oferece, de futuro, um perigo
(Lendo). Não somos um país das mortal de concorrência.
inversões e subversões. Acabamos de defender, O Brasil tem diante de si os acidentes e os
numa eleição livre e honesta, os direitos riscos de sobrevivência. Não tomou uma atitude
e as causas dos cidadãos. O amor de liber- agressiva nem se fêz portador dumo voz opaca.
Não discutiu nem dissentiu. Na sua cronologia de
__________________ erros recentes, ou no seu descuido e despreparo,
(*) – Não foi revisto pelo orador. ou na sua ausência e omissão, ou na
– 640 –
sua indiferença pela nossa sorte e pelo nosso dios estrangeiros destróem as fôrças da liberdade.
futuro, o Brasil, nos votos e debates internacionais, Nem em voz alta, nem em tom confidencial, é
perdeu a categoria, a noção e a consciência do permitida uma crítica a quem veste a capa de tirano.
mundo livre para se transformar num dócil É essa a atmosfera de rancor e de terror onde
instrumento ou num triste fantoche do imperalismo se mancha a honra duma nação. Os assassinatos,
e da opressão. as perseguições e as torturas estão sacudindo o
Não tenho epítetos e qualificativos para povo do marasmo.
designar uma viagem, vamos dizer, de cortesia e boa É a êsse govêrno absoluto e a essa ditadura
vontade ao Paraguai. Não se explica pelos três com o desprêzo das leis que vamos homenagear. Os
meses de govêrno que ainda restam nem se justifica governos passam, mesmo os ambiciosos da
na nota de influência e prestígio que estamos grandeza ou dos sádicos da opressão; e só aos
gozando no cenário internacional com um nôvo povos podemos transmitir as nossas mensagens de
govêrno que nasce do povo. As três ditaduras paz e amizade.
americanas, frutos de quartelaço e usurpação, do Não se incline o Presidente da República aos
Paraguai, da Nicarágua e da República Dominicana, conselhos da sua chancelaria. Não desentenda nem
podem não sofrer penalidades e sanções, mas não desaponte os brasileiros. Não cometa o crime
merecem respeito e condescendência. O regime do vergonhoso de secundar as armas da tirania e preste
Paraguai é de terror e de pavor. A intimidação, a ao país neste instante final um serviço inestimável.
tortura, o destêrro, o cárcere, e a morte são os As festas, os brindes e os elogios dum govêrno
instrumentos e os métodos da sua ação onipotente. sinistro e condenado são bem menores do que a
O exercício do arbítrio e da prepotência estão glória de servir e ser fiel aos ideais americanos.
levantando contra êle, o protesto e a rebelião das (Muito bem! muito bem! Palmas)
guerrilhas e das invasões numa terrível realidade. O SR. PRESIDENTE: – Continua a discussão.
A fortaleza do poder não amedronta as suas O SR. MEM DE SA (*): – Sr. Presidente e Srs.
causas, os seus direitos e as suas esperanças. As Senadores, não negarei meu voto à autorização para
vidas e bens estão ao acaso das baionetas. O povo o Sr. Presidente da República se ausentar do País,
paraguaio se fêz o símbolo e a bandeira duma luta tendo em vista que irá representar o nosso País na
desigual. Aprendeu a resistir quando antes estava inauguração de uma ponte entre o Brasil e o
acostumado a obedecer e calar. Não há mais uma Paraguai. Trata-se de obra de alto interêsse, não
política adversa nem uma oposição obreira. Os apenas para o Brasil, como também para a nação
sindicatos como os partidos foram clausurados. O paraguaia. Tendo em vista os interêsses da política
tesouro é manejado como uma propriedade privada. continental e do nobre povo guarani, penso não se
A imprensa, o rádio e a televisão ou foram deve negar essa autorização.
destruídos ou foram submetidas à vassalagem O SR . FRANCISCO GALLOTTI: – Mesmo
pelo subôrno ou pelo confisco. Governa sem porque, nobre Senador, a nação paraguaia
Congresso, sem justiça e sem opinião porque só prosseguirá e a ditadura um dia, acabará.
exige a cega lealdade, a adulação resignada ou a
lisonja interessada. A censura da correspondência __________________
e a proibição de ler e escutar jornais e rá- (*) – Não foi revisto pelo orador.
– 641 –
O SR. MEM DE SÁ: – Desejo, agradecendo o sou favorável à licença, por considerar que se trata
honroso aparte do nobre Senador Francisco Gallotti, da inauguração de uma ponte de alto sentido
me solidarizar com a justa e candente crítica do cultural e geográfico entre as nações americanas,
ilustre Senador Lourival Pontes à política que tem além do que a negativa teria repercussão
sido desenvolvida pelo Brasil, de franco, internacional terrivelmente chocante e traumatizante.
escancarado e até, escandaloso apoiamento a uma Solidarizo-me, no entanto, com a justa e
das três hediondas ditaduras que ainda persistem no candente crítica desenvolvida pelo nobre Senador
solo livre da América. Lourival Fontes. (Muito bem! Muito bem! Palmas).
Muito receio, Sr. Presidente, que o Brasil O SR. PRESIDENTE: – Continua a discussão.
esteja incidindo num êrro que tanto tem sido O SR. AFONSO ARINOS (*): – Sr. Presidente,
apontado aos Estados Unidos, e com tão justas o ponto de vista dá Comissão de Relações
razões. Muito se tem dito que a Chancelaria Exteriores já foi expresso pelo nobre Senador Rui
americana, especialmente sob a orientação do Palmeira, com o brilho e autoridade habituais.
Partido Republicano, apoiava, de preferência, os Não é, portanto, nem mesmo como integrante
ditadores sôbre os regimes democráticos, porque lhe dessa Comissão, mas apenas como Senador, que
era mais fácil comprar e manter o apoio dos tiranos e desejo juntar algumas considerações à aprovação da
ditadores, que conquistar a simpatia do povo e da matéria.
nação democrática. Sr. Presidente, a construção da ponte de
O Brasil, que deve realmente manter, ligação entre o Brasil e o Paraguai é o coroamento
desenvolver e estreitar seus vínculos econômicos, de largo trabalho de uma política efetiva de
comerciais e culturais com a nação paraguaia, aproximação econômica e geográfica com aquêle
precisa desligar-se de vinculações com o tirano que país mediterrâneo. Com efeito, não apenas no
a oprime, avilta e maltrata, porque se arrisca a, no setor brasileiro desde o tempo do Império, quando
dia em que êsse tirano cair – e, fatalmente cairá, nos fazíamos representar em Assunção por figuras
mais tarde ou mais cedo – incidir na hostilidade, má das mais ilustres da nossa vida pública, por
vontade e, até, no rancor do povo oprimido. exemplo, o Marquês de São Vicente – mas
E' o que se verifica, por exemplo, com Cuba e também naquelas camadas, naqueles círculos de
outras nações que, à fôrça de ver os Estados Unidos opinião pública e política do Paraguai mais
ampararem os seus ditadores, terminam revoltadas, diretamente interessados na aproximação com o
rancorosas e ressentídas contra a Nação Norte- nosso País, sempre se apresentou como matéria
Americana. de primordial importância a vinculação das
Lamento, por isso, que o Sr. Presidente da comunicações geográficas e econômicas entre os
República, que por duas vêzes teve autorização para dois países, a fim de que se libertasse a República
visitar a Argentina e o Chile, não se tenha servido irmã de sua condição de tributária obrigatória da
dessas licenças para levar às grandes democracias navegação do Rio da Prata.
sul-americanas o gesto de fraternidade e de amizade É, assim, uma expressão geográ-
do Brasil, e cumule de distinções e de favores uma
das ditaduras que cercam o Brasil, nesta hora. __________________
Sr. Presidente, Srs. Senadores, (*) – Não foi revisto pelo orador.
– 642 –
fica, econômica e cultural que se oferece aos nossos guai. Em todo caso, qualquer que seja a solução
vizinhos ocidentais, permitindo-lhes como que uma encontrada, formulamos nossos votos para que seja
nova via de acesso ao Oceano Atlântico, de fato a mais conveniente à integração econômica,
independentemente da subordinação obrigatória e política e territorial dos dois povos americanos,
tradicional do sistema de comunicações argentino. integração essa que contribuirá não apenas para o
Mais que isso, Sr. Presidente, é da tradição da nossa estabelecimento de melhores relações entre os
política internacional – quando bem orientada em govêrnos e os povos dessas duas nações, como
relação ao Paraguai – o fortalecimento ainda mais também para que o exemplo brasileiro, graças a
expressivo dêsses vínculos que pode ser expresso Deus, consolidado e vitorioso, da democracia política,
principalmente no plano das comunicações exerça sua atuação benéfica sôbre aquêles países
ferroviárias de Assunção com o pôrto brasileiro em que ainda não estejam em condições de praticá-la.
um dos Estados meridionais. Quanto própriamente à viagem do Sr.
Sabe o Senado que êste assunto já tem sido Presidente da República, sem que de maneira
objeto de estudos de parte a parte, de estudos nos alguma possa objetar ou apresentar restrições a que
dois países; e não seria demasiado que, no Senado ela se realize, cumpre-me apenas nesta
da República – no momento em que se cogita não de oportunidade, lamentar que, por duas ou três vêzes,
mais uma viagem do Sr. Presidente da República, tenha Sua Excelência marcado viagem a Buenos
mas dos objetivos permanentes que essa viagem Aires, Capital da República Argentina, e não haja
tem – se aluda mais uma vez à importância da ainda encontrado oportunidade de realizá-la,
intercomunicação ferroviária entre o Brasil e o enquanto que, agora, pela segunda vez, faz-se o
Paraguai. Executivo representar em festejos e comemorações
Não sendo especialista no assunto, não do Govêrno Paraguaio.
poderei, de antemão, indicar a solução preferível. Se, Lamento, Sr. Presidente, que a escolha tenha
como pensam alguns a passagem pelo Estado de sido feita em detrimento de outras viagens, como a
Santa Catarina é da tradição, da formação histórica que acabo de me referir, de importância indiscutível
do Paraguai, visto que a colonização que ali se e de significado precípuo na manifestação da
iniciou no Século XVI, teve sua origem na fraternidade de duas democracias americanas. Faço
penetração dos portuguêses saídos de Santa minhas as palavras do nobre Senador Mem de Sá,
Catarina ou a penetração poderá ser através de São no sentido de que estas restrições de âmbito
Paulo e Mato Grosso, com o prolongamento da puramente interno, não podem de forma alguma
Sorocabana; qualquer que seja a solução futura significar restrição ao aspecto internacional dessa
poderá ser adotada por governos que se sucedam viagem. De fato, não podemos deixar de reconhecer
ao do Senhor Juscelino Kubitschek. Quem sabe se a continuidade das relações de povo a povo, que nos
mesmo no próximo govêrno, do Sr. Jânio Quadros, ligam, felizmente, ao grande, ao bravo, ao valoroso
com o apoio do grande potencial cívico, econômico e povo guarani, independentemente das possíveis
político do Estado de São Paulo, tomado na divergências ou distinções que se apresentem no
sua expressão global, e independentemente de exercício dos sistemas políticos.
qualquer partido, como também de algum govêrno Com estas palavras, Sr. Presidente,
democrático que se estabeleça na República do Para- não como Presidente da Co-
– 643 –
clamado a Operação Pan-Americana. E afirmou que Ninguém mais pedindo a palavra, encerro a
o seu Govêrno dedicaria tôda a sua preocupação no discussão.
sentido de transformar o processo do Os Srs. Senadores que o aprovam, queiram
desenvolvimento econômico previsto na Operação permanecer sentados. (Pausa).
Pan-Americana numa realidade a que estivessem, Está aprovado.
efetivamente, solidarizados os Estados Unidos. E' o seguinte o projeto aprovado, que vai à
Sr. Presidente, no instante em que se inaugura Comissão de Redação:
a ponte internacional entre o Brasil e o Paraguai
sentimos a concretização de uma efetiva operação PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
pan-americana no nosso Hemisfério. Nº 11, DE 1960
E' um elemento a mais para o
desenvolvimento de dois territórios, de dois povos, Autoriza o Presidente da República a
de duas regiões, para o enriquecimento de uma área ausentar-se do Território Nacional, a fim de
da América do Sul; é um instante a mais na comparecer à inauguração da ponte internacional
conquista de melhores horas na vida da nossa que liga o Brasil ao Paraguai.
América. Por isso devemos saudá-la, Sr. Presidente,
abstraindo-nos completamente dos problemas O Congresso Nacional decreta:
transitórios que possam caracterizar a posição de Art. 1º. E' concedida autorização ao Exmo. Sr.
dois govêrnos que passam e restam duas pátrias Presidente da República, Senhor Juscelino Kubitschek
que são eternas. A ponte que as liga continuará e os de Oliveira, para ausentar-se do Território Nacional
povos que a desejam continuarão. pelo prazo de 5 (cinco) dias, a fim de comparecer no
Passam os governos, todos êles – os decurso do mês de janeiro de 1961, à inauguração da
governos das democracias, os governos das ponte internacional que liga o Brasil ao Paraguai.
ditaduras, e os governos dos impérios. Caem reis. Art. 20. – O presente decreto legislativo
Tudo passa, mas as pátrias se mantêm. A. entrará em vigor na data de sua publicação,
humanidade continua. E' em nome da humanidade revogadas as disposições em contrário.
sul-americana que precisamos saudar, neste O SR. PRESIDENTE: – Nada mais havendo
instante, a inauguração da ponte internacional que tratar, vou encerrar a sessão.
entre o Brasil e o Paraguai – uma grande vitória do Antes, convoco o Senado para uma sessão
Brasil, uma grande vitória do Paraguai, a extraordinária hoje, às 21 horas, com a seguinte:
concretização de dois sonhos que se confundiam.
Saudamos a realidade dêsses sonhos agora ORDEM DO DIA
realizados. Com esta justificação, a Maioria dá o
seu voto ao Projeto, para que o Sr. Presidente da 1 – Discussão única do Projeto de Lei da
República possa cumprir, em nome da pátria Câmara nº 87, de 1960 (nº 1.880, de 1960, na
brasileira, uma alta missão, tão grata à vida das Câmara) que estima a Receita e fixa a Despesa da
Américas. (Muito bem, muito bem. Palmas. O União para o exercício de 1961, na parte referente
orador é cumprimentado). ao Anexo nº 4 (Poder Executivo) Subanexo nº 4.04
O SR. PRESIDENTE: – Continua a discussão (Comissão de Readaptação dos Incapazes das
do projeto. (Pausa). Fôrças Armadas), tendo Parecer nº 439, de
– 645 –
1960, da Comissão de Finanças, favorável ao projeto. ra ocorrer às despesas com a transferência daquele
2 – Discussão única do Projeto de Lei da Tribunal para Brasília e dá outras providências, tendo
Câmara nº 87, de 1960 (nº 1.880, de 1960, na Pareceres (nº .... de 1960): – da Comissão de
Câmara) que estima a Receita e fixa a Despesa da Constituição e Justiça, pela aprovação com as
União para o exercício de 1961, na parte referente emendas que oferece, nºs 1 (CJ) e 2 (CJ),
ao Anexo nº 4 (Poder Executivo) Subanexo nº 4.07 (destinadas a sanar o vício da inconstitucionalidade);
(Conselho de Águas e Energia Elétrica), tendo da Comissão de Serviço Público Civil, favorável ao
Parecer nº 440, de 1960, da Comissão de Finanças, projeto e às emendas (com o voto em separado do
favorável ao projeto. Sr. Senador Ary Vianna); – da Comissão de
3 – Discussão única do Projeto de Lei da Finanças, favorável ao projeto com as emendas.
Câmara nº 7, de 1960 (nº 1.880, de 1960, na Câmara) 5 – Discussão única do Projeto de Resolução
que estima o Receita e fixa a Despesa da União para nº 52, de 1960, de autoria da Comissão Diretora, que
o exercício de 1961, na parte referente ao Anexo nº 4 concede exoneração, a pedido, do carpo de Oficial
(Poder Executivo) Subanexo nº 4.08 (Conselho Legislativo, Símbolo PL-3, Carlos Gustavo Schimidt
Nacional do Petróleo), tendo Parecer nº 441, de 1960, Nabuco.
da Comissão de Finanças, favorável ao projeto e às 6 – Discussão única do Projeto de Resolução
Emendas nºs 1 a 3 e apresentando a de nº 4 (CF). nº 53, de 1960, de autoria da Comissão Diretora, que
4 – Discussão única do Projeto de Lei da torna sem efeito a nomeação de Adolpho Perez, para
Câmara nº 82, de 1960 (número 1.797-60, na Câmara) a classe inicial da carreira de Taquígrafo.
que autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Tribunal de Está encerrada a sessão.
Contas, o crédito especial de Cr$ 130.000.000,00, pa- Encerra-se a sessão às 15,30 horas.
149ª SESSÃO DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 4ª LEGISlATURA, EM 18 DE NOVEMBRO DE 1960
EXTRAORDINÁRIA
derais que, pela tramitação rápida e aprovação do tificação no texto do artigo 6º:
Projeto de Lei de Paridade mereceu de todos os Onde se lê, 98".
trabalhadores o devido respeito e consideração. Leia-se: "art. 93".
IV – Esperam as Confederações subscritas que Aproveito o ensejo para apresentar a Vossa
a alta Câmara do Congresso Nacional, a exemplo da Excelência protestos de elevada estima e distinta
Câmara dos Deputados, venha ao encontro aos lídimos consideração. – José Bonifácio, Primeiro Secretário.
anseios das classes trabalhadoras aprovando com a
urgência necessária a mencionada lei. PARECER
V – Assim agindo, estarão os nobres Nº 453, DE 1960
Senadores da República contribuindo patriòticamente
para a manutenção da justiça social e do clima de Da Comissão de Finanças, oferecendo a
tranqüilidade necessário à segurança dos verdadeiros Redação Final das emendas do Senado ao Projeto
princípios democráticos contra os quais se levantam de Lei da Câmara nº 87, de 1960 (nº 1.880-B, de
os contumazes agitadores comunistas, infiltrados no 1960, na Câmara dos Deputados) que estima a
movimento sindical, que se aproveitam das reais Receita e fixa a Despesa da União para o exercício
reivindicações dos trabalhadores para agitações financeiro de 1961 – Anexo 3 – Órgãos Auxiliares –
demagógicas em cumprimento de ordens emanadas Subanexo 3.02 – Conselho Nacional de Economia.
da Cortina de Ferro.
Atenciosamente. – Deocleciano de Holanda Relator: Sr. Ary Vianna.
Cavalcanti, Pres. da Conf. Nac. dos Trab. na A Comissão de Finanças apresenta (fls.
Indústria. – Sebastião Luiz de Oliveira, Presidente
anexas) a Redação Final das emendas do Senado
em exercício da Conf. Nac. dos Trab. na Indústria. –
ao Projeto de Lei da Câmara n 87, de 1960, que
Aurélio Gomes de Castro – Secretário da Conf. Nac.
estima a Receita e fixa a Despesa da União para o
dos Trab. Em Transportes Terrestres. exercício financeiro de 1961, Anexo 3 – Órgãos
Auxiliares – Subanexo 3.02 – Conselho Nacional de
Ofício Economia.
Sala das Comissões, em novembro de 1960. –
Do Sr. Primeiro Secretário da Câmara dos Vivaldo Lima, Presidente em exercício. – Ary Viana,
Deputados, como segue: Relator. – Fausto Cabral. – Fernando Corrêa. –
Brasília, em 17 de novembro de 1980. Jarbas Maranhão. – Menezes Pimentel. – Daniel
Oficio nº 912. Krieger. – Saulo Ramos. – Francisco Gallotti. – Mem
Senhor Secretário: de Sá. – Taciano de Mello. – Irineu Bornhausen.
Em referência ao Projeto de Lei número
2.275-D-1960, que dispõe sôbre os novos níveis Redação Final das emendas do Senado ao
de vencimentos dos funcionários civis, cujos Projeto de Lei da Câmara que estima a Receita e fixa
autógrafos foram encaminhados ao Senado com a Despesa da União para o exercício financeiro de
o Ofício nº 883, de 14 do corrente, solicito a 1961 – Anexo 3 – Órgão Auxiliares – Subanexo 3.02
Vossa Excelência seja feita a seguinte re- – Conselho Nacional de Economia.
– 648 –
Onde se diz: Cr$ 250.000,00. e fixa a Despesa da União para o exercício financeiro
Diga-se: Cr$500.000,00. de 1961 – Anexo 4 – Poder Executivo – Subanexo
4.02 – Departamento Administrativo do Serviço
Nº 13 (CF) Público.
4.0.00 – Investimentos. Nº 1
4.2.00 – Equipamentos e Instalações.
Inclua-se: 1.0.00 – Custeio.
4.2.02 – Automóveis de passageiros – Cr$ 1.1.00 – Pessoal Civil.
1.100.000,00. 1.1.22 – Gratificação pela participação em
Senado Federal, em novembro de 1960. órgão de deliberação coletiva.
1 – Para custear a Comissão instituída pelo
PARECER art. 15 do Decreto nº 35.596, de 2 de agôsto de
Nº 454, DE 1960 1954, combinado com o art. 1º do Decreto nº 38.965
de 3 de maio de 1956.
Da Comissão de Finanças, oferecendo a Onde se lê: Cr$ 334.000,00.
Redação Final das emendas do Senado ao Projeto Leia-se: Cr$ 556.800,00.
de Lei da Câmara nº 87, de 1960 (nº 1.880-B-60
também na Câmara dos Deputados) que estima a Nº 2
Receita e fixa a Despesa da União para o exercício
financeiro de 1961 – Anexo – 4 – Poder Executivo – 4.02 – Departamento Administrativo do
Subanexo 4.02 – Departamento Administrativo do Serviço Público.
Serviço Público. 1.0.00 – Custeio.
1.3.00 – Material de Consumo e Transformação.
Relator: Sr. Ary Vianna. 1.3.04 – Combustíveis e lubrificantes.
A Comissão de Finanças apresenta (fls. 1.3.04 – Aumente-se para Cruzeiros
anexas) a Redação Final das emendas do Senado 1.000.000,00.
ao Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960, que
estima a Receita e fixa a Despesa da União para o Nº 3
exercício financeiro de 1961, anexo 4 – Poder
Executivo, Subanexo 4.02 – Departamento 4.02 – Departamento Administrativo do
Administrativo do Serviço Público. Serviço Público.
Sala das Comissões, em 16 de novembro de 1.0.00 – Custeio.
1960. – Vivaldo Lima, Presidente em exercício. – Ary 1.6.00 – Encargos Diversos.
Vianna, Relator. – Daniel Krieger. – Fernando 1.6.23 – Reaparelhamento e desenvolvimento
Corrêa. – Fausto Cabral. – Taciano de Mello. – de programas, serviços e trabalhos específicos.
Francisco Gallotti. – Saulo Ramos. – Irineu Inclua-se:
Bornhausen. – Jarbas Maranhão. – Menezes Despesas de qualquer natureza com a
Pimentel. – Mem de Sá. manutenção da Comissão de Classificação de
Cargos, inclusive com o pagamento da gratificação
Redação Final das Emendas do Senado ao prevista no § 7, do art. 38, da Lei nº 3.780, de 12-7-
Projeto de Lei da Câmara que estima a Receita 1960 – Cruzeiros 4.000.000,00.
– 650 –
ção do Poder Judiciário, as relações jurídicas se houver de realizar obras de defesa contra o
decorrentes do nôvo regime de desapropriação, flagelo.
conflitando-se, por essa forma, com o disposto no § A proposição resulta de estudos já levados a
4º do artigo 141 da Lei Maior do País. Realmente, efeito pelos órgãos técnicos da Câmara dos
em nenhum dos artigos do Projeto, deixa-se, aos Deputados e mereceu, nesta Casa, judicioso
interessados, a faculdade de recorrer àquele Poder, parecer do nobre Senador Argemiro de Figueiredo,
quando insatisfeitos com os resultados da seu Relator na Comissão de Constituição
desapropriação administrativa, criada na proposição e Justiça.
em causa. A matéria, de caráter eminentemente jurídico,
Mas, a verdade é que, em nenhum dos tem, todavia importância fundamental do ponto de
artigos, se exclui, a apreciação judiciária. Isso vale vista econômico e as providências, contidas no
dizer que as lesões de direito individual, decorrentes projeto em exame, terão profunda e inegável
do nôvo processo, poderão ser resolvidas na órbita repercussão no combate aos efeitos desastrosos das
judiciária, nos têrmos do texto constitucional a que sêcas no Nordeste do país.
nos referimos. Do ponto de vista financeiro, nada obsta à
Isso pôsto, julgamos constitucional o Projeto aprovação do projeto, desde que não envolve êle
de Lei nº 2.079-B, de 1960 e opinamos pela sua qualquer aspecto nesse sentido.
aprovação. Sala das Comissões, em de novembro de
Sala das Comissões, em 18 de novembro de 1960. – Vivaldo Lima, Presidente em exercício e
1960. – Lourival Fontes, Presidente. – Argemiro de Relator. – Francisco Gallotti. – Daniel Krieger –
Figueiredo, Relator. – Attílio Vivacqua, com a Taciano de Mello. – Fernando Corrêa. – Menezes
ressalva de que cumpre ser apresentado projeto de
Pimentel. – Saulo Ramos. – Fausto Cabral. – Ary
lei estendendo o regime estabelecido no projeto às
Vianna. – Jarbas Maranhão.
indenizações em geral, feitas na proposição algumas
modificações. – Daniel Krieger, vencido. – Silvestre
PARECER
Péricles. – Milton Campos. – Menezes Pimentel. –
Nº 458, DE 1960
Ary Vianna.
Cr$ Cr$
Despesas Ordinárias...................................................................... 22.119.260.000,00 19.350.286.300,00
Despesas de Capital....................................................................... 1.015.740.000,00 1.294.740.000,00
Total Geral.............................................................................. 23.135.000.000,00 20.645.026.300,00
Convém esclarecer que a redução de Cr$ destinadas ao pagamento do abono provisório aos
2.489.973.700,00, que figura nas verbas de custeio, militares, civis inativos e pensionistas, conforme a
resultou da supressão das subconsignações seguinte demonstração:
Acontece, porém, que a Câmara efetuou çamentário prejudicial à boa marcha da Administração.
essas reduções mediante a supressão sumária das Dêste modo julgamos conveniente a aprovação
subconsignações e respectivas dotações, sem das emendas que, encaminhadas pelo Ministério da
todavia, majorar as importâncias das rubricas por Guerra, apresentamos ao final dêste parecer, muitas
onde deverão correr as despesas com os aumentos das quais poderão evitar a abertura de créditos
de vencimentos e proventos, concedidos pelas adicionais no decorrer do próximo exercício.
mesmas leis que suprimiram ou incorporaram À vista do exposto, opinamos favoràvelmente
aquêles abonos – (números 3.780, de 13 ao Subanexo 4.16 – Ministério da Guerra, bem assim
às emendas números 1 a, apresentando as de
de julho de 1960 – Plano de Classificação e 3.783,
números (CF) a (CF).
de 30 de julho de 1960 – Aumento do pessoal
Sala das Comissões, em de novembro de
militar). 1960. Presidente e Relator.
Trata-se, assim de uma diminuição aparente
da despesa. Na realidade, estamos diante de um EMENDA
projeto totalmente desatualizado, pois não é Nº 1
admissível a omissão de despesas decorrentes de
leis, apenas para aparentar num equilíbrio or- Verba: 2.0.00 – Transferências.
– 654 –
Consignação: 2.1.00 – Auxílios e Subvenções. diversas regiões Militares do País, que já obtiveram
Subconsignação: 2.1.00 – Auxílios. idêntico favor do Govêrno.
Acrescente-se: Assim, a proposição em tela deve merecer o
Para obras de construção e instalação valioso amparo dos nobres srs. Senadores por se
dos serviços assistenciais do Clube dos tratar, de fato, de uma obra relevante e meritória,
Subtenentes e Sargentos do Exército da como é exposta nesta justificativa. – Miguel Couto.
Guarnição de Niterói e São Gonçalo Cruzeiros
10.000.000,00. EMENDA
Nº 2
Justificação
Verba: 4.0.00 – Investimentos.
O auxílio de dez milhões de cruzeiros, Consignação: 4.1.00 – Obras.
a que se reporta a emenda, já foi aprovado Subconsignação: 4.1.01 – Estradas e Projetos.
por esta Casa, por ocasião de ser votado o Acrescente-se:
Orçamento para o exercício corrente. A Câmara dos Para construção de alojamentos na Guarnição
Deputados, porém, derrubou a proposição, por um Federal de Paranaíba-Piauí – Cr$ 4.000.000,00.
equívoco do Relator. Voltamos a insistir na sua Sala das Comissões, em de novembro de
apresentação, pelo sentido de justiça social que ela 1960. – Mendonça Clark.
encerra.
De fato, o Clube dos Subtenentes e EMENDA
Sargentos do Exército da Guarnição de Niterói Nº 3
e São Gonçalo, fundado a 20 de junho de 1955,
congrega em seu quadro social militares de Verba: 4.0.00 – Investimentos.
modesta categoria, mas, tem como finalidades Consignação: 4.1.00 – Obras.
precípuas as atividades culturais, beneficentes, Subconsignação: 4.1.03 – Prosseguimento e
sociais, recreativas e de previdência social, conclusão de obras.
consoante o que estabelece o art. 2º e parágrafos do Acrescente-se:
seu Estatuto. Recuperação e conclusão da rodovia Recife –
Isto pôsto, e considerando a necessidade de Campo Militar de Engenho Aldeia – Cruzeiros
se dotar a Guarnição Militar de Niterói e São 32.000.000,00 – Antônio Baltar.
Gonçalo de uma Entidade Beneficente, Cultural,
Recreativa e Social digna no sentido de cumprir, EMENDA
fielmente, as finalidades previstas no Estatuto da Nº 4
supra mencionada associação, principalmente no
que concerne à assistência social, médico-hospitalar Verba: 4.0.00 – Investimentos.
e de previdência social e não ser possível aos Consignação: 4.2.00 – Equipamentos e
associados reunirem fundos suficientes para a Instalações.
concretização de uma obra de tal natureza, Subconsignação: 4.2.01 – Máquinas etc.
pois o Clube congrega elementos da classe de nível 06 – Ceará.
salarial médio, é de merecer a atenção do Poder Inclua-se:
Público, como aliás vem sendo observado com Escola Preparatória de Fortaleza – Ceará –
outras entidades congêneres, sediadas nas Cr$ 5.000.000,00 – Fausto Cabral.
– 655 –
EMENDA Justificação
Nº 6
Justifica-se a presente emenda, tendo em
Verba: 4.0.00 – Investimentos. vista que, em 1959 a despesa realizada à conta
Consignação: 4.1.00 – Obras. desta rubrica foi de Cr$ 230.430.291,70, a qual em
Subconsignação: 4.1.04 – Reparos, 1960 deverá ser aumentada, em conseqüência dos
adaptações, conservação e despesas de emergência encargos atribuídos a êste Ministério pela Lei nº
com bens imóveis. 3.478, de 4 de dezembro de 1958, que criou o
Inclua-se: Quadro da Secretaria da Procuradoria da Justiça
– Para restauração e ampliação da Sede do Militar, e o preenchimento dos cargos vagos
Tiro de Guerra de Penedo, Estado de Alagoas – Cr$ existentes neste Ministério.
2.000.000,00 – Freitas Cavalcanti. Justifica-se ainda esta emenda tendo
em vista possibilitar o Ministério da Guerra
EMENDA em 1961, a atender às despesas com o aumento
Nº 7 decorrente da incorporação, dos 30% do abono
provisório, conforme Lei nº 3.780, de 12 de julho de
Verba: 4.0.00 – Investimentos. 1960.
Consignação: 4.1.00 – Obras. a) Orçamento aprovado na Câmara – Cr$
Subconsignação: 4.1.03 – Prosseguimento e 230.000.000,00.
conclusão de obras. b) Aumento decorrente da Lei 3.780-60 – Cr$
Inclua-se: 79.947.500,00 – Total: Cr$ 309.947.500,00.
1 – Pavimentação e complementação da
Avenida Duque de Caxias que dá acesso aos EMENDA
quartéis do Exército na cidade de Uruguaiana – Cr$ Nº 9 (CF)
1.500.000,00.
2 – Pavimentação, passeios e obras Verba: 1.0.00 – Custeio.
complementares na área da Vila Militar de Uruguaiana, Consignação: 1.100 – Pessoal Civil.
Rua General Canabarro, 15 de Novembro e Júlio de Subconsignação: 1.1.04 – Salários de
Castilhos Cruzeiros 1.000.000,00. mensalistas.
3 – Saneamento da área dos quartéis do Aumente-se de Cr$ 750.000.000,00 para – Cr$
Exército, em Uruguaiana – Cr$ 150.000,00. 1.000.000.000,00.
– 656 –
Justificação EMENDA
Nº 10 (CF)
Em 1959, o crédito orçamentário de Cr$
Verba: 1.0.00 – Custeio.
734.576.000,00 teve que ser suplementado de Cr$
Consignação: 1.1.00 – Pessoal Civil.
90.000 000,00 para poder fazer face às despesas Subconsignação: 1.1.05 – Salário de
havidas à conta desta rubrica. Contratados.
Justifica-se a presente emenda, tendo em Aumente-se de Cr$ 6.000.000,00 para Cr$
vista que o crédito de Cr$ 734.000.000,00, inscrito no 8.700,000,00.
orçamento da Guerra para 1960, já teve de ser
Justificação
suplementado de Cr$ 80.000.000,00, para que
pudesse perfazer o duodécimo necessário ao Em 1959, houve o crédito de Cr$
pagamento mensal do pessoal, estando porém 15,476.000,00 à conta desta subconsignação.
prevista nova suplementação, a fim de que possam Justifica-se a presente emenda pelo fato de
ser atendidos todos os encargos à conta desta que o crédito orçamentário de Cr$ 6.000.000,00 já
teve de ser suplementado da quantia de Cr$
rubrica no corrente exercício.
3.000.000,00 a fim de que pudessem ser atendidos
A insuficiência do crédito orçamentário os encargos à conta desta rubrica, no corrente ano.
à conta desta subconsignação, vem se reajustando O aumento de despesa que tende a crescer de ano a
há vários anos, tendo por principal motivo a ano, prende-se à contratação de professôres para os
transferência dos servidores das extintas Emprêsas Colégios Militares recém-criados.
Incorporadas ao Patrimônio Nacional, que optaram Justifica-se ainda esta emenda, tendo em vista
possibilitar o Ministério da Guerra em 1961, a
pela situação de servidores dêste Ministério, atender às despesas com o aumento decorrente da
e por motivos que o Ministério da Guerra ignora. incorporação dos 30% do abono provisório, conforme
Até o orçamento de 1960 a respectiva despesa Lei nº 3.780, de 12 de julho de 1960.
não logrou inclusão no crédito orçamentário, a a) Orçamento aprovado na Câmara – Cr$
despeito dos esforços despendidos por êste 6.000.000,00.
b) Aumento decorrente da Lei nº 3.780-60 –
Ministério, na apresentação das respectivas
Cr$ 2.700.000,00.
emendas. Total Cr$ 8.700.000,00.
Justifica-se ainda esta emenda, tendo
em vista possibilitar o Ministério da Guerra EMENDA
em 1961, a atender as despesas com o aumento Nº 11 (CF)
decorrente da incorporação dos 30% do abono
Verba: 1.0.00 – Custeio.
provisório conforme Lei nº 3.780, de 12 de Consignação: 1.1.00 – Pessoal Civil.
julho de 1960. Subconsignação: 1.1.06 – Salários de Tarefeiros.
O crédito de Cr$ 1.000.000.000,00 está Aumente-se de Cr$ 50.000.000,00 para Cr$
integrado das seguintes parcelas: 84.000.000,00.
a) Orçamento aprovado na Câmara – Cr$
Justificação
750.000.000,00.
b) Aumento decorrente da Lei 3.780.60 – Cr$ Para 1959, houve o crédito orçamentário de
250.000,000,00 – Total Cr$ 1.000.000,000,00. Cr$ 60,000.000,00.
– 657 –
O crédito orçamentário de Cr$ 50.000.000,00 b) Acréscimo para que o crédito possa atender
para 1960 terá porém de ser suplementado, a fim de aos encargos – Cr$ 150.000,00.
atender aos encargos desta rubrica.
O que de fato justifica a presente emenda é a EMENDA
necessidade de atender com maior urgência à Nº 13 (CF)
carência de mão-de-obra, reclamada pelas diversas
organizações militares, à falta de pessoal subalterno Verba: 1.0.00 – Custeio.
de difícil recrutamento. Consignação: 1.1.00 – Pessoal Civil.
Justifica-se ainda esta emenda tendo em vista Subconsignação: 1.1.11 – Substituições.
possibilitar o Ministério da Guerra em 1961 a atender Aumente-se para Cr$ 3.276.000,00.
às despesas com o aumento decorrente da
incorporação dos 30% do abono provisório, conforme Justificação
Lei nº 3.780, de 12 de julho de 1960.
O crédito de Cr$ 84.000.000,00 está integrado Em 1959, o crédito orçamentário de Cr$
das seguintes parcelas: 1.220.000,00 teve de ser suplementado da quantia
a) Orçamento aprovado na Câmara de Cr$ 1.300.000,00 para que pudesse atender às
50.000.000,00. despesas à conta desta rubrica.
b) Aumento decorrente da Lei número 3.790- O crédito orçamentário de Cr$ 960.000,00
60 – 34.000.000,00. inscrito no orçamento do Ministério da Guerra para o
Total Cr$ 84.000.000,00. corrente exercício, já teve de ser suplementado de
Cr$ 1.100 000,00, para que pudesse fazer face ao
EMENDA duodécimo mínimo necessário ao pagamento mensal
Nº 12 (CF) do pessoal.
Portanto, a exposição acima justifica por si a
Verba: 1.0.00 – Custeio. presente emenda além de que, o aumento da
Consignação: 1.1.00 – Pessoal Civil. despesa tende a aumentar por decorrer das
Subconsignação: 1.1.10 – Diárias. substituições que ocorrem na Justiça Militar, cujas
Aumente-se para: Cr$ 350.000,00. bases foram alteradas pela Lei nº 3.414, de 20 de
junho de 1958 que aumentou os subsídios da
Justificação magistratura.
Justifica-se ainda esta emenda tendo
Em 1959, o crédito orçamentário de Cr$ em vista possibilitar o Ministério da Guerra
180.000,00 teve de ser suplementado para que em 1961, a atender às despesas com o aumento
pudesse suportar a despesa de Cr$ 479.209,40 decorrente da incorporação dos 30% do abono
havida à conta desta rubrica. provisório, conforme Lei nº 3.780, de 12 de
O crédito orçamentário de Cr$ 180.000,00, julho de 1960.
inscrito no Orçamento do Ministério da Guerra para O crédito de Cr$ 3.276.000,00 está integrado
1960, já teve de ser suplementado em Cr$ 170.000,00 das seguintes parcelas:
para que pudesse atender aos encargos desta a) Orçamento aprovado na Câmara –
subconsignação, o que justifica a presente emenda. 1.000.000,00.
O crédito de Cr$ 50.000,00, está integrado das b) Aumento decorrente da Lei nº 3.780, de
seguintes parcelas: 1960 – Cr$ 756.000,00.
a) Orçamento aprovado na Câmara – Cr$ c) Acréscimo para que o crédito possa atender
200.000,00. aos encargos – Cr$ 1.520.000,00.
– 658 –
de Cr$ 52.000.000,00 foi suplementado de Cr$ diárias de saúde, diárias industrial, de engenharia, de
39.026.980,80, para que fôssem satisfeitos os hospitalização e de serviço geográfico, tôdas
encargos à conta desta subconsignação. representando percentagens dos respectivos
Em 1960, o crédito de Cruzeiros vencimentos, aumentados de conformidade com a
34.000.000,00, já teve de ser suplementado de Cr$ Lei nº 3.783, de 30 de julho de 1960.
20.000.000,00, para que fôsse atendido o duodécimo Portanto, a retificação de que trata a presente
mínimo necessário ao pagamento mensal à conta emenda corresponde ao crédito mínimo com o qual o
desta rubrica. Ministério da Guerra poderá atender às despesas do
Anos após anos, vem o Ministério da Guerra, Exército em 1961, com o pagamento de diárias.
procurando aumentar o crédito orçamentário à conta
desta rubrica, a fim de que possa pôr em execução a EMENDA
Lei de Movimento de Quadros, o que não tem Nº 24 (CF)
conseguido e com isso, muita vez até a instrução da
tropa tem sido prejudicada. Verba: 1.0.00 – Custeio.
Portanto, a presente emenda se justifica Consignação: 1.2.00 – Pessoal Militar.
plenamente, tendo em vista também, o aumento Subconsignação: 1.2.07 – Abono de Família.
decorrente da elevação dos padrões dos Aumente-se para:
vencimentos, estabelecido pela Lei nº 3.783, de 30- Cr$ 630.000.000,00.
7-60.
Justificação
EMENDA
Nº 23 (CF) A presente emenda se justifica tendo em vista
possibilitar o Ministério da Guerra, em 1961, atender
Verba: 1.0.00 – Custeio. às despesas decorrentes da execução da lei.
Consignação: 1.2.00 – Pessoal Militar. O crédito de Cr$ 630.000.000,00 está
Subconsignação: 1.2.06 – Diárias. integrado das seguintes parcelas:
Aumente se de Cr$ 80.000.000,00. a) Orçamento aprovado na Câmara – Cr$
Para Cr$ 200.000.000,00. 300.000.000,00.
b) Acréscimo para que o crédito possa atender
Justificação aos encargos Cr$ Cr$ 330.000.000,00.
cimentos e vantagens dos militares, decorrente da está integrado das seguintes parcelas:
Lei nº 3.783, de 30 de julho de 1960. a) Orçamento aprovado na Câmara – Cr$
O crédito de Cr$ 10.044.000,00 está integrado 35.000.000,00.
das seguintes parcelas: b) Aumento decorrente da Lei nº 3.783-60 –
a) Orçamento aprovado na Câmara – Cr$ Cr$ 16.400.000,00.
5.000.000,00. c) Acréscimo, para que o crédito possa
b) Aumento decorrente da Lei nº 3.783-60 – atender aos encargos – Cr$ 15.000.000,00.
Cr$ 4.044.000,00.
c) Acréscimo, para que o crédito possa EMENDA
atender aos encargos – Cr$ 1.000.000,00. Nº 27 (CF)
EMENDA Justificação
Nº 35 (CF)
Em 1959, o crédito orçamentário de Cr$
Verba: 1.0.00 – Custeio. 84.000.000,00 teve de ser suplementado de Cr$
Consignação: 1.4.00 – Material Permanente. 100.000.000,00 para que pudesse fazer face aos
Subconsignação: 1.4.12 – Mobiliário em Geral. encargos desta rubrica.
Aumente se de: O crédito de Cr$ 84.000.000,00 inscrito no
Cr$ 12.000.000,00. orçamento do Ministério da Guerra para 1960, já teve
Para: – Cr$ 18.000.000,00. de ser suplementado de Cruzeiros 100.000.000,00,
estando porém prevista nova suplementação da
Justificação quantia de Cr$ 150.000.000,00 para que possam ser
atendidas as despesas até o fim do exercício.
Em 1959 o crédito de Cruzeiros 12.000.000,00 Esta é, pois, uma daquelas rubricas que se
atendeu à despesa de Cr$ 11.989.174,00: vêm arrastando cada vez mais deficitárias no
Para 1960 o crédito de Cruzeiros orçamento da Guerra, uma vez que, se os créditos
12.000.000,00 foi reproduzido. Aliás o mesmo crédito são reproduzidos de orçamento a orçamento na
já foi concedido em 1958. mesma quantia, as emprêsas de transporte vêm
Portanto, embora em 1959, o total da despesa majorando as suas tarifas, não de ano a ano, mas
tenha ficado dentro do crédito, longe ficou de terem constantemente.
sido atendidas as necessidades das Organizações Eis o motivo por que a presente emenda se
Militares, visto como os preços dos artigos justifica por si, para que êste Ministério, em 1961,
mobiliários são daqueles que têm subido em espiral não tenha que recorrer às sucessivas
vertiginosa. Assim, em 1960 as necessidades do suplementações a fim de atender às inadiáveis
Exército, no que se refere a mobiliário vão ficar em necessidades, com os transportes de material e
grande parte sem serem atendidas. gêneros alimentícios, destinados às Organizações
O crédito para 1961, terá, pois, que atender às Militares, localizadas nas mais longínquas Regiões
deficiências acumuladas e aos encargos resultantes do País.
da mudança da Capital Federal para Brasília, que
tanto significam para os Três Podêres e Órgãos da EMENDA
administração federal, fazendo-se sentir com igual, Nº 37 (CF)
senão com maior profundidade, para o Exército
Nacional. Verba: 1.0.00 – Custeio.
Consignação: 1.5.00 – Serviços de Terceiros.
EMENDA Subconsignação: 1.5.02 – Passagens,
Nº 36 (CF) Transportes de Pessoas e de suas bagagens;
Pedágios.
Verba: 1.0.00 – Custeio. Aumente-se de Cr$ 50.000.000,00
Consignação: 1.5.00 – Serviços de Terceiros. Para Cr$ 100.000.000,00.
Subconsignação: 1.5.01 – Acondicionamento e
transporte de encomendas, cargas e animais em Justificação
geral.
Aumente-se de: Em 1959, o crédito orçamentário de Cr$
Cr$ 100.000.000,00. 50.000.000,00, teve de ser suplementado da
Para Cr$ 150.000.000,00. quantia de Cr$ 43.675.000,00 para que fôssem pos-
– 667 –
síveis as despesas à conta desta subconsignação. exige uma manutenção dispendiosa e constante.
O crédito de Cr$ 50.000.000,00, reproduzido Portanto, a retificação de que trata esta
para 1960 no orçamento da Guerra, já teve de ser emenda justifica-se pelo próprio cuidado dos ilustres
suplementado da quantia de Cruzeiros parlamentares em não deixar o Ministério da Guerra
37.000.000,00, a fim de que fôsse atingindo o limite sem meios de atender à necessidade das
mínimo do duodécimo necessário às despesas Organizações Militares em 1961.
mensais.
O Ministério da Guerra, ainda que EMENDA
prejudicando a instrução da tropa vem limitando ao Nº 39 (CF)
imprescindível a movimentação de pessoal do
Exército. Há porém a necessidade de ser cumprida a Verba: 1.0.00 – Custeio.
Lei de Movimento de Quadros, e é, justamente para Consignação: 1.5.00 – Serviços de Terceiros.
que êste Ministério possa atender a essa Subconsignação: Serviços funerários.
determinação legal, em 1961, que a emenda é Incluir: Cr$ 2.500.000,00.
apresentada.
Justificação
EMENDA
Nº 38 (CF) A presente rubrica será incluída pela primeira
vez no Orçamento do Ministério da Guerra, em 1961.
Verba: 1.0.00 – Custeio. Justifica-se a inclusão de que trata a presente
Consignação: 1.5.00 – Serviços de Terceiros. emenda, tendo em vista permitir ao Ministério da
Subconsignação: 1.5.06 – Reparos, Guerra classificar as despesas decorrentes de
adaptações, recuperação e conservação de bens encargos funerários que vem sobrecarregando
móveis (inclusive de motores de carros de outras subconsignações, já de si absorvidas com os
combate). seus encargos próprios, como por exemplo, a S/c
Aumente-se de Cr$ 35.000.000,00. 1.5.04 – Festividades, recepções etc.
Para Cr$ 50.000.000,00.
EMENDA
Justificação Nº 40 (CF)
EMENDA Justificação
Nº 46 (CF)
Em 1959, houve o crédito de Cr$
Verba: 2.0.00 – Transferências. 188.800.000,00, que teve de ser suplementado de
Consignação: 2.3.00 – Inativos. Cr$ 65.000.000,00, para que pudesse atender o total
Subconsignação: 2.3.06 – Abono-Família (art. de despesas havidas à conta desta subconsignação.
289, parágrafo único o CVVM, Lei nº 1.316, de 20-1- O crédito orçamentário de Cr$
51). 165.000.000,00, inscrito no Orçamento do Ministério
Aumente-se para: da Guerra para 1960 não obstante ser sensìvelmente
Cr$ 320.000.000,00. superior ao crédito orçamentário para 1959, já teve
de ser suplementado de Cr$ 40.100.000,00, a fim de
Justificação que fôsse atingido o duodécimo mínimo necessário
aos pagamentos mensais à conta desta rubrica.
Em 1959, houve o crédito de Cr$ O aumento verificado nas despesas à conta
130.000.000,00. desta rubrica se prende principalmente às
O mesmo crédito foi inscrito no Orçamento do habilitações concedidas aos herdeiros dos veteranos
Ministério da Guerra para 1960. da Guerra do Paraguai.
Em virtude da execução da Lei de Desta maneira, a presente emenda justifica-se
Promoções do Exército, esta subconsignação face a necessidade de o Ministério da Guerra dispor
já foi suplementada da quantia de Cr$ em 1961, dos recursos necessários ao pagamento
17.000.000,00 a fim de que possa suprir dos soldos e pensões vitalícias.
ao total de seus encargos no corrente O crédito de Cr$ 206.000.000,00, está
exercício. integrado das seguintes parcelas:
Portanto, a presente emenda tem a finalidade a) Orçamento aprovado na Câmara – Cr$
de possibilitar ao Ministério da Guerra suprir às 165.000.000,00.
necessidades do Exército em 1961, dando b) Acréscimo, para que o crédito possa atingir
cumprimento à Lei nº 3.783, de 30 de julho de aos encargos – Cr$ 41.000.000,00.
1960.
O crédito de Cr$ 320.000.000,00, está EMENDA
integrado das seguintes parcelas: Nº 48 (CF)
a) Orçamento aprovado na Câmara – Cr$
140.000.000,00. Verba: 4.0.00 – Investimentos.
b) Acréscimo, para que o crédito possa Consignação: 4.1.00 – Obras.
atender aos encargos – Cr$ 180.000.000,00. Subconsignação: 4.1.01 – Estudos e projetos.
Aumente-se para:
EMENDA Cr$ 20.000.000,00.
Nº 47 (CF)
Justificação
Verba: 2.0.00 – Transferências.
Consignação: 2.4.00 – Pensionistas. Em 1958, foi votado o orçamen-
– 671 –
to de Cr$ 25.200.000,00, que atendeu à despesa de Portanto, a retificação de que trata a presente
Cr$ 25.044.520,00. emenda, justifica-se tendo em vista que em 1961, o
Para 1959, não obstante o esfôrço do Ministério da Guerra deverá atender ao menos às
Ministério da Guerra no sentido de ao menos necessidades prementes do Exército.
conseguir o mesmo crédito que o votado para 1958.
houve apenas o crédito orçamentário de Cr$ EMENDA
14.074.000,00, totalmente empregado nas despesas Nº 50 (CF)
à conta desta rubrica, restando para 1960 o saldo
negativo das exigências não satisfeitas. Verba: 4.0.00 – Investimentos.
O crédito de Cr$ 18.000.000,00 inscrito no Consignação: 4.2.00 – Equipamentos e
orçamento dêste Ministério para 1960, de início já Instalações.
era insuficiente, indo assim acumular deficiências Subconsignação: 4.2.02 – Automóveis e
para 1961. passageiros.
Portanto, a retificação de que trata a presente Aumente-se para:
emenda, justifica-se tendo em vista dispor o Ministério da Cr$ 20.000.000,00.
Guerra com que em 1961, possa ao menos atender às
necessidades do Exército referentes a êsse exercício. Justificação
EMENDA Os automóveis oficiais destinam-se, no
Nº 49 (CF) Exército:
a) aos Generais;
Verba: 4.0.00 – Investimentos.
b) aos diretores e chefes de Estabelecimentos
Consignação: 4.1.00 – Obras.
e Repartições, aos comandantes de Unidades,
Subconsignação: 4.1.04 – Reparos,
aos Chefes de Gabinete e de Estados. Maiores que
adaptações, conservação e despesas de emergência
tenham necessidade constante de representação.
com bens imóveis.
Aumente-se de: c) ao transporte de Generais e autoridades
Cr$ 150.000.000,00. militares, nacionais e estrangeiros, em trânsito na
Para Cr$ 200.000.000,00. Capital Federal e nas diferentes regiões militares.
Para o atendimento destas necessidades
Justificação possui o Exército uma frota de 348 automóveis com
os seguintes tempos de vida útil:
Em 1958, houve o crédito de Cr$ Com mais de 20 anos, 3% ou 9 automóveis.
187.250.000,00, que teve de ser suplementado para Entre 20 e 10, 45% ou 173 automóveis.
fazer face a um volume de despesas no total de Cr$ Entre 10 e 8 anos, 22% ou 76 automóveis.
188.750.000,00. Entre 8 e 5 anos, 19% ou 61 automóveis,
Desta maneira, o crédito orçamentário de Cr$ Entre 5 e 3 anos, 9% ou 33 automóveis.
131.200.000,00 foi deficitário em 1959. Menos de 3 anos, 2% ou 5 automóveis,
Ora, para 1960, o orçamento da Guerra Como se vê 70% dos automóveis de
incresveu apenas o crédito de Cr$ 131.000.000,00, passageiros do Exército têm mais de 8 anos de uso,
que não atenderá em absoluto, aos reparos o que justifica, de um certo modo, a necessidade de
adaptações, conservação e despesas de emergência renovação.
com bens imóveis do Exército no corrente exercício. Em 49 e 60 as dotações orçamen-
– 672 –
tárias nesta rubrica foram de Cr$ 2.000.000,00; e atendida, uma vez que os quantitativos à disposição
para 1961 foi proposto, pelo Executivo, ainda Cr$ foram fracos e outras Unidades também precisavam
2.000.000;00, majorados na Câmara para Cr$ ser supridas.
10.000.000,00. Evidentemente, só o Fundo do Exército permitirá
Esta quantia ainda é fraca, pois os carros resolver o problema geral da Motomecanização em
acionais mais baratos custam da ordem de Cr$ tôda a sua profundidade, porém, a majoração agora
800.000,00. solicitada permitirá diminuir as dificuldades da Diretoria
O aumento solicitado será aplicado na de Motomecanização
aquisição de novas unidades para substituição e
ampliação. EMENDA
Nº 52 (CF)
EMENDA
Nº 51 (CF) Verba 4.0.00 – Investimentos
Consignação 4.2.00 – Equipamentos e
Verba 4.0.00 – Investimentos, instalações.
Consignação: 4.2.00 – Equipamentos e Subconsignação: 4.2.04 – Autocaminhão,
Instalações. auto-bombas, camionetas de carga, auto-socorro.
Subconsignação: 4.2.03 – Camionetas de Aunìentese de:
passageiros, ônibus, ambulâncias e jeeps. Cr$ 70.000.000,00.
Aumente-se de Cr$ 50.000.000,00. Para Cr$ Para Cr$ 140.000.000,00,
100.000.000,00.
Justificação
Justificação
Assim como os jeeps, os caminhões são
A introdução dos transportes motorizados nas também elementos de 1ª linha nas Unidades
ações de guerra tornaram obsoletos, num repente, motorizadas.
os meios até então utilizados. E hoje, com os São imprescindíveis, visto constituírem êles a
balísticos e teleguiados, ridículo é o Exército que se base dos transportes de tropa e de material de tôda
move sôbre o lombo do muar e em carroças espécie.
coloniais, Cabem aqui as mesmas justificativas
O Brasil não tinha Indústria Automobilística e apresentadas na emenda à consignação 4.2.03 –
os recursos em dólares, necessários para suportar o referente a jeeps.
impacto das transformações em grande escala, não
eram fáceis de serem conseguidos. Daí a redução do EMENDA
ritmo das ações de transformação a uma quase Nº 53 (CF)
parada.
Hoje, com a advento da Indústria Verba 4.0.00 – Investimentos.
Automobilística Brasileira, tornou-se mais fácil Consignação 4.2.00 – Equipamentos e
resolver o problema uma vez que a cobertura instalações.
financeira será em cruzeiros. Subconsignação: 4.2.08 – Embarcações e
O Exército planejou a motorização das material flutuante; dragas e material de dragagem.
Unidades sediadas no Norte, Nordeste, Capitais e Aumente-se de Cr$ 30.000.000,00, Para Cr$
nas grandes cidades. 40.000.000,00.
Iniciou a Execução daquele plano em janeiro
de 1959 com término previsto para janeiro de Justificação
1962.
Mas a quota de viaturas referente Em 1958; foi votado o crédito de Cr$
ao corrente ano não pôde ser 3.500.000,00.
– 673 –
Em 1959, foi o crédito à conta desta rubrica belecimento da paridade dos vencimentos básicos
reduzido para Cr$ 2.639.100,00. entre servidores civis e militares. O plano de
Para 1960, foi inscrito no orçamento da Guerra pagamento, tradicionalmente firmado entre civis e
o crédito de Cr$ 2.000.000,00, que registrou assim, a militares, tinha, à época anterior ao advento da
tendência de serem tornados os créditos para Lei nº 3.783, de 1960, os seus fundamentos
satisfação das necessidades do Exército, cada vez nos princípios de equivalência retribuitiva,
mais deficitários, insuficientes mesmo para o consoante um esquema tècnicamente elaborado.
atendimento dos casos mais prementes. Desta sorte, o padrão mais elevado no serviço
Assim, de ano a ano, conforme se verifica no civil, do Poder Executivo, correspondia, no que
caso vertente, vem se acumulando a falta ou a tange a vencimentos, ao pôsto de Coronel, na
reposição de equipamentos imprescindíveis, no Caso, hierarquia militar, situados, os demais padrões no
embarcações e material flutuante, notadamente para a escalonamento decrescente de valores. Neste
Artilharia de Costa da 18 Região 1ª Região Militar e para particular, salienta o Departamento Administrativo
a 8ª Região Militar e Comando Militar da Amazônia. do Serviço Público no arrazoado que consubstancia
Portanto, a aceitação da presente emenda é a sua Exposição de Motivos
um imperativo, a fim de que fique o Ministério da “Tem sido tradicional a norma de paridade de
Guerra capacitado de ao menos em 1961, atender às vencimentos entre servidores civis e militares,
necessidades mais inadiáveis do Exército, no que se fàcilmente demonstrada pela análise histórica –
refere a embarcações e material flutuante, na Barra comparativa das leis que cogitaram “de aumentos de
do Rio de Janeiro e principalmente nas vastas vencimentos e de concessões de abonos, a partir de
extensões da Bacia Amazônica. 1936. A título de exemplo, pode-se afirmar que o
mais elevado nível de vencimento do funcionário
PARECER civil, ocupante de cargo efetivo, situado no padrão
Nº 459, DE 1960 "O", correspondia ao do pôsto de Coronel das Fôrças
Armadas. Semelhante correspondência prevalecia
Da Comissão de Serviço Público Civil, sôbre o em relação aos demais padrões e postos de
Projeto de Lei da Câmara nº 2.275, de 1960, que dispõe hierarquia inferior”.
sôbre os novos níveis de vencimentos dos funcionários Acontece, porém, que a Lei nº 3.783, de 1960,
civis do Poder Executivo, e dá outras providências. veio alterar os níveis de vencimentos dos servidores
militares, fixando-os em valores compatíveis com o
Relator: Sr. Ary Vianna. aumento do custo de vida e conseqüente
O Presidente da República, com a Mensagem desvalorização do poder aquisitivo da moeda,
nº 350, de 1960, encaminha, ao exame do acarretando, destarte, a quebra do equilíbrio analógico
Congresso Nacional, projeto de lei que dispõe sôbre que vinculava os cargos públicos aos postos da
os novos níveis de vencimentos dos servidores civis hierarquia militar, no que respeita à afinidade de
do Poder Executivo, e dá outras providências. estipêndios.
A iniciativa do Govêrno Federal, segundo O projeto que nos é dado a examinar,
salienta a Exposição de Motivos do Departamento portanto, revigora o sistema anterior à Lei 3.783,
Administrativo tem por objetivo o resta- de 1960, promovendo o nivelamento de ven-
– 674 –
subsistência. Hoje vemos que para o ajardinamento tribuição de avulsos para o Projeto de Lei da Câmara
de Brasília usam-se adubos, ou então terra com nº 84, de 1960, a fim de que figure na Ordem do Dia
maiores elementos apropriados ao desenvolvimento da sessão seguinte.
da vegetação, colocando uma camada sôbre o Sala das sessões, em 18 de novembro de
solo avermelhado e ácido característico desta 1960. – Menezes Pimentel.
região.
REQUERIMENTO
Não sei mesmo por que a NOVACAP gastou
Nº 478, DE 1960
tanto e não aproveitou a experiênia do técnico, para
levar a efeito êsse trabalho. Nesse sentido, Sr. Nos têrmos do art, 211, letra n, do Regimento
Presidente, apresentarei breve um requerimento a Interno, requeiro dispensa de interstício e prévia
esta Casa para que a NOVACAP informe: primeiro, distribuição de avulsos para o Projeto de Lei da
se ainda persiste o contrato de três anos com o Câmara nº 85, de 1960, a fim de que figure na
técnico holandês, Sr. Van Der Meulen; segundo, se Ordem do Dia da sessão seguinte.
os trabalhos iniciados levaram a crer, pelo menos, Sala das sessões, em 18 de novembro de
que o método básico a ser empregado era realmente 1960. – Moura Andrade.
adequado ao terreno de Brasília. Finalmente, se o
técnico continua contratado ou houve rescisão do REQUERIMENTO
contrato. Nº 479, DE 1960
Essas, Sr. Presidente, as considerações
ligeiras que eu desejava fazer, muito interessado, é Nos têrmos do art. 211, letra n, do Regimento
Interno, requeiro dispensa de interstício e prévia
verdade, em que a NOVACAP não se descuide da
distribuição de avulsos para o projeto de Lei da
recuperação do solo de Brasília. Se êle hoje é ácido,
Câmara nº 92, de 1960, a fim de que figure na
amanhã recuperado poderá proporcionar o Ordem do Dia da sessão seguinte.
desenvolvimento agrícola nesta região, formando, o Sala das sessões, em 18 de novembro de
cinturão verde tão necessário a esta Capital, hoje 1960. – Mathias Olympio.
Distrito Federal e que muito necessita ser O SR. PRESIDENTE: – As matérias de que
abastecida. Nesse sentido devemos dar nosso tratam os requerimentos ora aprovados figurarão na
concurso. E’ o que, no momento, procuro fazer Ordem do Dia da próxima sessão.
lutando e protestando contra o descaso que a Constou do Expediente lido a Redação Final
NOVACAP empresta ao problema, Sr. Presidente, do Projeto de Decreto Legislativo, número 11, de
(Muito bem!). 1960, que, regimentalmente, poderá ser submetida
O SR. PRESIDENTE: – Há requerimentos ao Parlamento independentemente de publicação.
sôbre a mesa. Consta do Parecer número 462.
São lidos e aprovados os seguintes Em discussão.
Não havendo quem faça uso da palavra,
requerimentos:
encerro adiscussão.
Em votação.
REQUERIMENTO Os Senhores Senadores que aprovam a
Nº 477-A, DE 1960 Redação Final, quieram permanecer sentados.
(Pausa).
Nos têrmos do art. 211, letra n, do Regimento Aprovada.
Interno, requeiro dispensa de interstício e prévia dis- Vai à promulgação.
– 679 –
Não havendo quem peça a palavra, encerrarei queiram permanecer sentados. (Pausa).
a discussão. (Pausa). Está aprovado.
Está encerrada. É o seguinte o projeto aprovado:
Em votação.
Os senhores Senadores que o aprovam, PROJETO DE LEI NA CÂMARA
queiram permanecer sentados. (Pausa). Nº 87, DE 1960
Está aprovado.
É o seguinte o projeto aprovado: (Nº 1.880, de 1960, na Câmara)
Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960 (nº
1880, de 1960, na Câmara) que estima a Receita e Estima a Receita e fixa a Despesa da União
fixa a Despesa da União para o exercício para o exercício financeiro de 1961, na parte
financeiro de 1961, na parte referente ao Anexo nº referente ao Anexo nº 4 (Poder Executivo) Subanexo
4 (Poder Executivo) Subanexo nº 4.04 (Comissão nº 4.07 (Conselho de Águas e Energia Elétrica).
de Readaptação dos Incapazes das Fôrças
Armadas). (Publicado no D.C.N. de 25 de outubro de 1960).
(Publicado no D.C.N. de 25 de outubro de O SR. PRESIDENTE: – Será feita a devida
comunicação à Câmara dos Deputados.
1960).
O SR. PRESIDENTE: – Será feita a devida
Discussão única do Projeto de Lei da Câmara
comunicação à Câmara dos Deputados.
nº 87, de 1960 (nº 1.880, de 1960, na Câmara) que
estima a Receita e fixa a Despesa da União para o
Discussão única do Projeto de Lei da Câmara
exercício de 1961, na parte referente ao Anexo nº 4
nº 87, de 1960 (nº 1.880, de 1960, na Câmara), que (Poder Executivo) Subanexo nº 4.08 (Conselho
estima a Receita e fixa a Despesa da União para o Nacional do Petróleo), tendo Parecer nº 441, de 1960,
exercício de 1961, na parte referente ao Anexo nº 4. da Comissão de Finanças, favorável ao projeto e às
(Poder Executivo) Subanexo nº 4.07 (Conselho de Emendas ns. 1 a 3 e apresentando a de nº 4 (CF).
Águas e Energia Elétrica), tendo Parecer nº 440, de
1960, da Comissão de Finanças, favorável ao O SR. PRESIDENTE: – Em discussão o
projeto. projeto e as emendas.
Não havendo quem peça a palavra, encerrarei
O SR. PRESIDENTE: – Em discussão o a discussão. (Pausa).
projeto. Está encerrada.
Não havendo quem peça a palavra, encerrarei Em votação o projeto, sem prejuízo das emendas.
a discussão. (Pausa). Os Senhores Senadores que o aprovam,
Está encerrada. queiram permanecer sentados. (Pausa).
Em votação. Está aprovado.
Os Srs. Senadores que o provam, É o seguinte o projeto aprovado:
– 681 –
Deputados. Assim, o Senado votará o substitutivo da cia da sede do mesmo Tribunal para Brasília.
Comissão de Serviço Público daquela Casa do Art. 2º Aos servidores da Secretaria do
Congresso. Tribunal de Contas da União, órgão auxiliar do Poder
O SR. AFONSO ARINOS: – Pergunto a Vossa Legislativo, na forma do art. 22 da Constituição,
Excelência, Sr. Presidente, se foi quanto a êsse ficam assegurados os mesmos vencimentos direitos
substitutivo que se formularam as alegações de e vantagens concedidos aos funcionários daquele
inconstitucionalidade do nobre Senador Daniel Poder, respeitada a identidade ou equivalência dos
Krieger, com aprovação da Comissão de respectivos cargos.
Constituição e Justiça. Parágrafo unico. Idênticos direitos e
O SR. PRESIDENTE: – Será votado o projeto, vantagens, salvo quanto a vencimentos, são
salvo as emendas. concedidos aos membros dos demais serviços
O SR. AFONSO ARINOS: – Obrigado, Sr. autônomos que integram o Tribunal de Contas, na
Presidente. forma do art. 3º da Lei nº 830, de 3 de setembro de
O SR. PRESIDENTE: – Em discussão o 1949.
projeto e as emendas. Art. 3º Desde que tenham ou venham a ter
Não havendo quem peça a palavra, encerrarei exercício em Brasília, serão asseguradas aos
a discussão. (Pausa). servidores e membros do Tribunal de Contas da
Está encerrada. União e dos seus serviços autônomos, as vantagens
Em votação o projeto, sem prejuízo das constantes dos arts. 1º e 2º da Resolução nº 31, de
emendas. 1960, da Câmara dos Deputados.
Os Srs. Senadores que o aprovam, queiram Art. 4º Para aplicação do disposto no art. 2º
permanecer sentados. (Pausa). desta Lei, serão observadas as seguintes regras:
Está aprovado. a) os cargos de Diretores CC-2
É o seguinte o projeto aprovado: corresponderão ao nôvo símbolo TC e as classes ou
padrões "O" a TC-3; "N" a TC-4; "M" a TC-5; "L" a
PROJETO DE LEI DA CÂMARA TC-6; "K" a TC-7; "J" a TC-8; "I" a TC-9; "H" a TC-10;
Nº 82, DE 1960 "G" a TC-11; "F" a TC-12; "E" a TC-13, e "D", "C" e
"B" a TC-14;
Autoriza o Poder Executivo a abrir ao Tribunal b) os diversos símbolos TC acima enumerados
de Contas o crédito especial de cruzeiros corresponderão, paritàriamente, número por número,
130.000.000,00, para ocorrer às despesas com a aos símbolos "PL" adotados para a Câmara dos
transferência daquele Tribunal para Brasília; e dá Deputados, e terão os valores monetários fixados
outras providências. pela Resolução nº 31, de 1960, de que trata o art. 3º
desta Lei;
O Congresso Nacional decreta: c) as atuais funções gratificadas
Art. 1º É o Poder Executivo autorizado a abrir FG-1; FG-2; FG-3; FG-4 e FG-5
ao Tribunal de Contas da União o crédito especial de passam respectivamente, a 1-F; 2-F; 3-F; 4-F
Cr$ 130.000.000,00 (cento e trinta milhões de e 5-F, adotados os valores e as regras de
cruzeiros), para atender às despesas de pessoal e públicação constantes do Anexo III, Quadro
material, de qualquer natureza, inclusive transporte, C – Gratificação de Função, da Lei nº 3.780, de 12
ajuda de custo e diárias, decorrentes da transferên- de julho de 1960;
– 684 –
455, de 1960, da Comissão de Finanças. 7 de dezembro de 1959 que estima a Receita e fixa a
4 – Discussão única do Projeto de Despesa da União para o exercício financeiro de
Lei da Câmara nº 92, de 1960 (nº 2.311-60, na 1960, tendo Parecer favorável, sob nº de 1960 da
Câmara), que abre ao Poder Legislativo – Comissão de Finanças.
Senado Federal e Câmara dos Deputados – os Está encerrada a sessão.
créditos suplementares de Cr$ 75.550.000,00 Levanta-se a sessão às 21 horas e 35
e de Cr$ 299.600.000,00 à Lei nº 3.682 de minutos.
150ª SESSÃO DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA, DA 4ª LEGISLATURA, EM 21 DE NOVEMBRO DE 1960
Nº 4 – Poder Executivo
Estima a Receita e fixa a Despesa da União
para o exercício financeiro de 1961.
4.22 – Ministério da Viação e Obras Públicas.
(Será publicado em Suplemento).
ANEXO
PROJETO DE LEI DA CÂMARA
Nº 87, DE 1960
Nº 4 – Poder Executivo
(Nº 1.880-A, de 1960, na Câmara)
4.05 – Superintendência do Desenvolvimento
do Nordeste. Estima a Receita e fixa a Despesa da União
(Será publicado em Suplemento). para o exercício financeiro de 1961.
– 689 –
O conceito de pleno emprêgo dos fatores de emprêgo dessa mão-de-obra em condições pelo
produção, base de tôda a análise keynesiana de menos boas de produtividade, e isto não temos no
economia, em têrmos modernos, não se configura de Brasil.
forma análoga num país desenvolvido e num O artigo que eu referia, da revista
subdesenvolvido. O êrro fundamental daqueles Desenvolvimento & Conjuntura, ao procurar
economistas brasileiros – podemos dizer sem interpretar o processo inflacionário no Brasil, salienta
subterfúgio – que formam a escola da qual a mais que duas escolas opostas têm tratado do
eminente e ilustre figura é o Sr. Eugênio Gudin, problema uma é aquela que há pouco
consiste em raciocinar sempre, explícita ou mencionei, comandada pelo Professor Eugênio
implicitamente, como se no nosso país existisse Gudin, para a qual a inflação só apresenta
pleno emprêgo no sentido keynesiano. Ora êsse aspectos negativos. Quero crer que o nobre Senador
pleno emprêgo não existe, e é fácil constatá-lo. Mem de Sá adotou no seu discurso as idéias desta
Quando se fala em pleno emprêgo quer-se escola.
referir ao pleno emprêgo de todos os fatôres de A tese do Professor Eugênio Gudin pode
produção e não sòmente ao emprêgo da mão-de- resumir-se, como o fêz a revista Desenvolvimento &
obra, que é sentido vulgar e corrente da expressão. Conjuntura, nas seguintes afirmações:
Se analisarmos, ainda que sumàriamente, a "Primeiro, é preciso não formular
economia brasileira, não poderemos de modo algum programas que ultrapassem pleno emprêgo
dizer que aqui existe o pleno emprêgo, porquanto a de todos os fatôres de produção".
terra é, evidentemente mal utilizada. A sua Sendo a tese, dessa escola a de que
produtividade é mínima em relação aos níveis existe pleno emprêgo no Brasil, é evidente
médios de produtividade no resto do mundo. Tratos que, para os seus cultores, não mais
imensos de terra por êste País afora não são é possível aumentar a produtividade, ou a
utilizados, de modo algum. produção brasileira, porque todos os
No que se refere especìficamente à mão-de- fatôres estão sendo empregados ao máximo.
obra, não se pode falar em pleno emprêgo no Brasil, Daí decorre, em primeiro lugar que o total da
como na maioria dos países também ocorre. produção nunca poderá ser superior à capacidade
Não temos estatísticas dos desempregados no dos fatôres de que o País, como um todo, possa
sentido total e comum do têrmo como a têm, dispor. Em outra parte diz o Professor Eugênio
permanentemente, os Estados Unidos da América do Gudin:
Norte, organizada pelo seu Departamento de "E como é que se reconhece
Comércio. Não sabemos, portanto, ao certo quantos que essa situação de pleno emprêgo foi
milhões de brasileiros, neste instante em que falo, atingida? Porque quando se atinge essa
existem totalmente desempregados. situação começa a haver disputa, o leilão dos
Não menos certo é que o subemprêgo, fatôres de produção e os seus preços começam a
ou desemprêgo disfarçado, é uma subir".
constante de Norte a Sul, e de Leste a Oeste Diz, finalmente, a tese do Professor Eugênio
de tôda a área econômica do Brasil. Porque Gudin: o fato do aumento dos preços, a inflação,
pleno emprêgo de mão-de-obra significa o documenta a existência do pleno emprêgo.
– 691 –
Essa tese, Senhor Presidente e Senhores aumento da renda nacional per-capita, ânua, essa
Senadores, é totalmente insustentável num país como medida não impediria o desenvolvimento porque,
o Brasil. Dela decorreriam conseqüencias de política aumentando, por outro lado, a produção, portanto a
econômica como as que a revista Desenvolvimento &
renda, aumentaria também a população. O
Conjuntura aponta com muito acêrto, citando um artigo
do Professor Eugênio Gudin, de março dêste ano. quociente-renda por população, que é a renda
Seriam as seguintes: "uma vez atingido o emprêgo per capita, poderia não aumentar, e então, no
total, novos empreendimentos farão subir os preços, sentido estritamente econômico, não teríamos
mas não farão crescer a produção"; seguindo para uma desenvolvimento.
situação de inflação e emprêgo total, como a atual, o Mas num país subdesenvolvido, que é o que
remédio seria estancar a inflação e não tentar o nos interessa – e neste ponto farei uma citação mais
aumento da produção; terceiro, impor-se-ia, portanto, a extensa do artigo a que me refiro:
necessidade de moderar as obras novas.
"...o fator raro é o capital e o limite ao
Nessas três conclusões está perfeitamente
claro qual a grande inconveniência desta tese: é que crescimento do produto ocorre, portanto, quando
ela postula que o único meio viável, êste fator se acha plenamente ocupado.
econômicamente, de deter a inflação monetária é Em outras palavras o desencadeamento da
deter o desenvolvimento, o que importa, certamente, inflação significa que foi atingido o pleno emprêgo
em se paralisarem sistemàticamente, as atividades mas não a plena capacidade. Essa diferença,
construtivas em andamento no País. aparentemente simples, tem reflexos radicais na
Ora, como muito bem salienta o artigo a que política econômica a ser seguida.
me estou reportando, da revista "Desenvolvimento & Em verdade, o teto representado pela plena
Conjuntura", o problema da inflação num país
capacidade (ou capital) pode ser deslocado de
subdesenvolvido não se coloca corretamente nestes
têrmos. Antes pelo contrário: sendo a mão-de-obra, duas formas; pela afluência de capitais
como diz o artigo, fator raro nos países de estrangeiros e pelo aumento da taxa interna de
capitalismo avançado, no momento em que esta se poupanças. Ora quaisquer dos casos, ao permitir o
ache plenamente ocupada de fato atinge-se a um acréscimo do capital disponível por trabalhador,
limite superior, absoluto. aumenta a renda "per capita", contribuindo
Essa mesma situação, nos próprios países decisivamente para o desenvolvimento. Muito
desenvolvidos, poderia ser contornada, desde que longe estamos, portanto, do caso dos
aumentasse, por exemplo, a taxa de crescimento da
desenvolvimentos em que a contribuição do
população, por meios naturais, biológicos ou por
imigrações. acréscimo do fator raro é problemática pois que
Salienta o artigo, entretanto: sobem ao mesmo tempo o numerador o (produto
"Quando há desenvolvimento, real global) e o denominador (população) da
definido em economia pelo fração (renda "per capita") que se quer elevar.
– 692 –
De tudo isso resulta que já não se pode pedir corte ris", se não cursara a "London School of Economic",
de investimentos com base no argumento de que o e se não fizera um estágio de seis a oito anos em
fator representa um limite absoluto e intransponível. indústria européia. Para começar a trabalhar em
Achamo-nos, pois, nos subdesenvolvidos, diante conjuntura econômica, e diante das respostas
de um teto eminentemente flexível; maiores afirmativas, disse-lhe, pura, simples e, sumàriamente
investimentos constituem justamente o modo de o Padre Lebret: "Esqueça tudo isso; aqui, País
elevar êsse teto". subdesenvolvido, tôdas as teorias que você
de forma geral e categórica, o articulista assim se aprendeu não se podem aplicar".
expressa; Senhor Presidente, esta afirmativa,
"Podemos resumir as idéias anteriormente aparentemente exagerada, aparentemente
expostas, em duas conclusões: anedótica, revelava, da parte do Padre dominicano
a) a menos que uma política de estabilização feito sociólogo e economista, uma dose
monetária leve em conta as peculiaridades dos extremamente grande de prudência e de sabedoria,
países subdesenvolvidos, ela poderá provocar a no sentido aristotélico do têrmo.
interrupção do processo de desenvolvimento e O SR. AFONSO ARINOS: – Permite V. Exa.
eventual estagnação econômica do País; um aparte?
b) a formulação da política de estabilização O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Com prazer.
apropriada para países subdesenvolvidos como o O SR. AFONSO ARINOS: – O problema da
Brasil, depende de uma revisão da teoria econômica contenção inflacionária, nos países do tipo do nosso,
corrente (elaborada com base no caso dos países de é extremamente complexo e delicado. V. Exa., com
economia avançada) adaptando-a aos pressupostos sua habitual competência...
típicos dos subdesenvolvidos". O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Muito obrigado.
Esta ultima conclusão desejo fixá-la mais O SR. AFONSO ARINOS: – ...analisa
detidamente. Recordo a título de testemunho de forma realística, a situação. Desejaria, com um
pessoal, o encontro do grande economista e exemplo ilustrativo à exposição de V. Exa. recordar
sociólogo francês, o Padre dominicano Louis que o Presidente eleito, Dr. Jânio Quadros, em uma
Joseph Lebret, com o seu principal assistente das suas últimas declarações à imprensa do País,
técnico, o economista Raymond Del Prat, quando salientou, exatamente, a diferença que existe, na
êste, pela primeira vez veio à América do Sul sua opinião, entre a desinflação como êle chama, e
para oferecer sua contribuição ao trabalho a deflação. A desinflação não é inflacionária,
contratado pela Comissão da Bacia Paraná- é processo de adaptação da estabilidade
Uruguai. monetária à indispensabilidade dos corretivos
Ao chegar de Paris e encontrar-se com o provenientes, justamente, de uma economia em
Padre Louis Joseph Lebret, que aqui se encontrava, desenvolvimento, em expansão embora expansão e
Raymond Del Prat ouviu-lhe uma série de perguntas desenvolvimento, enfermos pela moléstia
sôbre se não se formara pela "Sorbonne de Pa- inflacionária. Agradecendo ainda a oportuni-
– 693 –
dade que Vossa Excelência me concede, lembraria em regiões econômicas de determinadas cidades do
que, como o Padre Josef Lebret, que V. Excia. Estado, qualquer critério que se adote
com tanta razão e fundamento admira, poder- separadamente, encontra região plenamente
se-ia dizer que não há modêlo uniforme de desenvolvida, não há a menor dúvida.
país subdesenvolvido. A expressão "país Voltando, Senhor Presidente, às
subdesenvolvido" é muito vaga, elástica; acoberta considerações que vinha desenvolvendo, depois de
ou designa povos em diferentes estágios de sua reforçada a minha modesta argumentação pelo
evolução histórica e econômica. Sustento, comentário do nobre Senador Afonso Arinos, quero
por exemplo e pretendo fazê-lo com maior trazer à Casa o testemunho de um organismo que
cuidado, cercando-me de maiores garantias de vem prestando os mais relevantes serviços às
informações, que o nosso País, embora diversas áreas econômicas da América Latina.
apresentando problemas econômicos de Refiro-me à Cepal – Comissão Econômica da
desenvolvimento que se assemelham a situações América Latina – criada logo depois da guerra pela
análogas de países africanos e asiáticos, tem, Organização das Nações Unidas e que tem o mérito
entretanto, uma peculiaridade, a maturação de conceituar e equacionar os problemas
sociológica, política e histórica, que determina econômicos mais importantes da nossa área, com
aplicabilidade de soluções que não as mesmas a independência de pensamentos e segurança de
serem ditadas em países de estágio de critérios científicos que honra os seus diretores e
desenvolvimento histórico diferente. Não sei se V. responsáveis.
Exa. concordará comigo; de qualquer forma, Tendo feito há pouco mais de um ano o Curso
agradeço a oportunidade e a amabilidade de V. de Treinamento em problemas de desenvolvimento
Exa., prova de atenção. econômico na CEPAL, tive a feliz oportunidade de
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Agradeço o ouvir de outros, excelentes lições de economia
aparte do nobre Senador Afonso Arinos e declaro – teórica e aplicada, bem como aulas do professor
interrompendo meu modesto discurso que não chileno, Anibal Pinto de Santa Cruz, que naquele
sòmente o próprio Padre Josef Lebret está de acôrdo curso ministrou a disciplina denominada
com S. Exa. quando distingue a conceituação de país "Financiamento do Desenvolvimento Econômico" e
subdesenvolvido numa extensa gama de diferença, uma enorme massa de conhecimentos úteis e
indo mesmo ao ponto de afirmá-lo em um dos seus profundos que pude receber, ocorre-me citar, no
enormes Relatórios da Comissão da Bacia Paraná- momento, uma distinção por êle feita,
Uruguai, que não considera, pròpriamente, o Brasil documentadamente, e eu, evidentemente não
um país subdesenvolvido, mas em desenvolvimento. tenho tempo nem é êste ambiente próprio para
Já, o havendo atingido, certamente em conseqüência esmiuçar técnicamente problemas dessa índole:
da estruturação diferente que decorre do estágio refiro-me ùnicamente à distinção que se faz entre
histórico diverso, como V. Exa. acentuou, o Brasil não duas políticas eminentemente diferentes quando se
pode ser considerado em igualdade de condições com aborda o problema de financiar o desenvolvimento
outras nações apontadas como subdesenvolvidas: O econômico. Salientei, no início do meu discurso,
que há no Brasil é falta de homogeneidade de que o problema, financeiro dentro do problema maior
desenvolvimento. Em uma região, como São Paulo, e de desenvolvimento não é básico, mas de pri-
– 694 –
meira importância, porquanto se nada se faz sem dêle, para dizer a S. Exa. que a tese inflação a ser
dinheiro no plano econômico, por outro lado é combatida é uma tese errada; nenhum de nós teria
preciso reconhecer-se que sòmente o dinheiro essa coragem sobretudo partindo de argumento de
também nada faz em economia. Depois de salientar ordem eminentemente pessoal e argumento até
êsse caráter paradoxal do problema financeiro, eminentemente doloroso, que é o desgaste que a
dentro do problema econômico, ao mesmo tempo inflação faz nas próprias vidas pessoais de cada um
problema importante e de primeiro plano, mas por de nós. Esta sensação da inutilidade do esfôrço de
outro lado problema que não resolve todos os outros progredir econômicamente diante do desgaste que
problemas de desenvolvimento econômico, o realmente há nas nossas rendas, promove
Professor Aníbal Pinto de Santa Cruz nos deu uma incessantemente um processo inflacionário. Diante,
brilhante lição, sôbre duas políticas essencialmente porém, do dilema de combater a inflação à custa de
distintas que se pode adotar, em face do problema deter o desenvolvimento ou de procurar outra
de financiar o desenvolvimento econômico. Segundo maneira de combater a inflação, creio que
as notas de aula, que então tomei, o Professor Santa igualmente ninguém se levantará para tomar posição
Cruz diz: que não seja a de escolher um processo de
"Há uma política conservadora que é a política detenção da inflação, que não prejudique, por sua
que mantém ou agrava a desigualdade de vez, o processo de desenvolvimento econômico.
distribuição da propriedade e, portanto, da renda O SR. AFONSO ARINOS: – A meu ver, o
nacional. E há uma política radical, que é aquela que aspecto antisocial da inflação verdadeiramente
se baseia sobretudo na redistribuição da renda considerada como tal, isto é, como doença da
nacional produzida pelo sistema econômico". economia, é que ela opera em detrimento do bem-
Nesse ponto está, a meu ver, a distinção estar das massas populares e em benefício do ilícito
essencial entre aquela escola que encara a inflação enriquecimento das elites econômicas. O aspecto
pelo prisma do Professor Eugênio Gudin, que é, em trágico da inflação, conseqüente à falta de
têrmos, chamemos assim, históricos, escola planejamento econômico é exatamente o que se deu
reacionária, e a outra escola que o artigo que acabei no Brasil. A inflação decorrente da falta de
de citar longamente em Desenvolvimento e planejamento no desenvolvimento deve ser
Conjuntura, confessa que não tem ainda doutrina combatida, porque ela esmaga o povo e eleva a
formulada sôbre o problema, mas uma escola que níveis afrontosos a fortuna dos potentados.
coloca nitidamente o problema de prosseguir num O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Estou de
nível de desenvolvimento num julgamento de valor e pleno acôrdo com V. Exa. e, para demonstrá-lo,
plano mais elevado do que o simples problema de digamos assim, retrospectivamente, lembro a V.
conter a inflação. Exa. o modesto discurso com que eu estreei
Nenhum de nós, dizia eu no aparte de na tribuna desta Casa, no qual pedia ao Govêrno
há pouco ao brilhante discurso do nobre atual organizasse um documento de trabalho para
Senador Mem de Sá, teria a coragem, digamos, o futuro govêrno – àquela altura nenhum de
de se levantar, neste Plenário ou fora nós sabia qual seria êsse govêrno – um docu-
– 695 –
mento de trabalho que seria precisamente êsse pírito de sacrifício que, evidentemente, faltou ao
planejamento que V. Exa. alega que faltou, isto é, Govêrno do Sr. Juscelino Kubitschek de Oliveira
como procurei salientar naquele momento, um O SR. MEM DE SÁ: – Se o nobre orador
programa de metas que foi, no meu modesto permitir, irei além. Creio que, concordando integral e
entender, em grande parte realizado com sucesso plenamente com tôdas as assertivas dos eminentes
pelo atual Govêrno. Não constituía uma planificação colegas, vou além. Acho, de qualquer maneira, que
global da economia e sim um programa setorial, um não é possivel, de forma sadia, adotar como
programa que não pôde atender àquela necessidade financiamento, quer de programa, quer de
de homogeneização do processo de planejamento, a inflação. Como forma sadia. Por
desenvolvimento que atingiria não sòmente o dois motivos: primeiro porque, como disse muito bem
aspecto setorial – agricultura, indústria e serviços – o eminente orador, o financiamento de um programa
mas também, e sobretudo, o aspecto regional, e teria de desenvolvimento se deve fazer através da
então atendido às diversas regiões do País com um redistribuição de rendas. Mas a inflação é do
pouco mais de eqüidade do que foi feito. processo de redistribuição de rendas mais odioso e
O SR. AFONSO ARINOS: – Permite V. Exa. iníquo...
mais um aparte? (Assentimento do orador) – V. Exa. O SR. ANTÔNIO BALTAR: – É regressivo.
recorda-se, como douto professor que é da matéria... O SR. MEM DE SÁ: – ...porque é regressivo; é
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Bondade de V. a redistribuição à custa do assalariado e em favor
Exa. dos poderosos. E segundo, porque a inflação levada
O SR. AFONSO ARINOS: – ...que autoridades no ritmo a que chegou a do Brasil, acarreta
da linha de, por exemplo, Karl Manheim, salientam, fatalmente a estagnação do processo de
precisamente, a diferença que existe entre programa desenvolvimento, porque chega a um determinado
e plano. O programa como a apresentação ponto em que os custos tornam impossível o
caprichosa de metas a serem arbitràriamente prosseguimento do processo.
escolhidas, e o plano como a concatenação orgânica O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Estou de
de um trabalho concentrado em benefício do pleno acôrdo com V. Exa., nobre Senador Mem de
desenvolvimento econômico. Isso foi o que faltou no Sá, quando estigmatiza a inflação como o meio
Brasil. O próprio têrmo de que o Govêrno se serviu capaz de destruir o processo de desenvolvimento.
mostra que não era plano; êle mesmo chamou de Apenas, num aparte que dei recentemente ao
Programa de Metas. Programa é uma teoria frouxa, nobre Senador Jefferson de Aguiar, que me
dentro da qual cabem tôdas as exceções honrou com essa intervenção no seu discurso,
clamorosas, ao passo que plano de govêrno é coisa quis salientar que o que talvez esteja ocorrendo
muito séria, que precisa ser realizado com a no Brasil é que nós todos estamos fazendo um
precedência de estudos profundamente acurados e pouco, isto é, tomando a nuvem por Juno,
complexos e que, sobretudo, precisa ser executado estamos, na realidade, – não tenho documentos
com uma austeridade, uma seriedade e um es- numéricos para advogar essa minha tese –
– 696 –
mas tomando o encarecimento do custo da vida tibus, temos de tomar o aumento como
globalmente considerado como índice direto, conseqüência. Acontece, porém, que o aumento
proporcional e imediato de inflação. da especulação, da inegável voracidade de
Entendo – e acredito que V. Exa., pelo menos lucros, é ainda um reflexo da inflação. Sabe V.
em parte, concorde comigo – que êsse brutal Exa. muito bem que quanto maior é a inflação,
encarecimento da vida, que é o que mais aflige as com o aviltamento monetário maior é o desejo de
classes operárias, das quais eu me considero lucro. Em alguns casos, compreende-se êsse
representante nesta Casa como membro de um fenômeno – é o problema da reposição dos
partido socialista, êsse encarecimento se deve a estoques. Todo comerciante estipula seus preços
duas parcelas de uma soma, das quais a mais não em face do que lhe custou a mercadoria, mas
importante talvez não seja a inflação. do que lhe custará no mercado. Mas também
Temos a inflação do meio circulante, e essa reposição de estoques, que aumenta a
ninguém seria capaz de negá-lo, pois V. Exa. mesmo especulação em grande parte, é conseqüência da
citou, aqui, no seu brilhante e ilustrado discurso que inflação.
o meio circulante passou, em cinco anos, da ordem O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Creio que uma
de setenta bilhões para a de cento e oitenta bilhões. política eficiente seria capaz de limitar os níveis de
É, porém, indiscutível que no preço ao lucro.
consumidor, que é a soma de várias parcelas O SR. MEM DE SÁ: – Nunca houve tal
inevitáveis – o custo da produção, o custo da política, nobre colega, nem poderá haver, numa
comercialização e o lucro do último vendedor – há sociedade de tipo capitalista-democrático; só seria
uma parcela excessiva, à qual se poderia chamar de possível num regime totalitário.
especulação comercial. O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Cito o exemplo
O SR. MEM DE SÁ: – Não há dúvida. dos Estados Unidos, durante a primeira fase da
O SR ANTÔNIO BALTAR: – Os lucros não guerra. Num govêrno eminentemente democrático
estão, assim sendo realizados, em nossa economia, como o foi o do Presidente Delano Roosevelt,
pois o Poder Público não tem sido capaz de fazê-lo controlaram-se os preços.
senão através de ineficientes e desmoralizadas O SR. MEM DE SÁ: – V. Exa. não
COFAPS e COAPS, que apenas analisam o preço desconhece o processo usado pelos americanos do
ao consumidor, sem apreciar os antecedentes que arraçoamento que nunca houve nem poderá haver,
os determinaram. no Brasil; segundo, liberdade ao crédito público,
Não só o Govêrno presente, mas os passados, também impossível, em nosso País; e terceiro, pela
não souberam realizar uma progressiva e eficiente propaganda orientada no sentido da educação
política de preços. popular.
O SR. MEM DE SÁ: – Não há dúvida. O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Estou
O quadro exposto por V. Exa. é real. Diz o procurando investigar o custo de bens de primeira
nobre colega que a situação era a mesma, necessidade ao consumidor como o resultado da
anteriormente, de modo que, rebus sic stan- soma de certos números de parcelas.
– 697 –
a que constitui a mais numerosa e a que movimenta O SR. MEM DE SÁ: – É o ponto fundamental.
materialmente o sistema econômico, justo é, do O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Diante do
ponto de vista moral e sadio e do ponto de vista dilema de parar o desenvolvimento ou a inflação,
econômico de parcela de salário, desde que o quero lutar contra esta última.
cômputo da renda geral deverá crescer até que atinja O SR. MEM DE SÁ: – Com o devido
a nível per capita que corresponda a um nível mais acatamento ao brilhante e admirável discurso de
humano para a maioria da população brasileira. Vossa Excelência...
O SR. MEM DE SÁ: – Exatamente. O SR. ANTÔNIO BALTAR: – V. Exa. é muito
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Êste é um bondoso.
caminho que infelizmente devo repisar e que, O SR. MEM DE SÁ: – ...quero acentuar que
consciente ou inconscientemente é defendido pela êsse é o ponto fundamental. Ninguém admitirá que
gente chefiada pelo Dr. Eugênio Gudin e que leva ao um brasileiro não deseja o desenvolvimento do
estancamento do desenvolvimento econômico... Brasil. Esta é uma aspiração evidentemente
O SR. MEM DE SÁ: – Não concordo com universal. Agora, a tese real está neste ponto: é
Vossa Excelência. possível o desenvolvimento com inflação?
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – ...dentro da O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Moderada.
fórmula, nati-morta de País essencialmente agrícola, O SR. MEM DE SÁ: – Agora começam os
que não permite seja a renda nacional revertida adjetivos. Eu acredito possível o desenvolvimento
dentro de prazo que beneficie as próximas gerações. com moeda estável.
E digo a V. Exa. que não faço tal afirmação em Admito que, em determinadas circunstâncias,
relação ao Dr. Eugênio Gudin num caráter de uma pitada inflacionária pode e deve ter ação
acusação. Apenas procurei mostrar que a teoria estimulante, principalmente quando se trata do
econômica do Dr. Gudin e seus seguidores se baseia aproveitamento dos fatôres sociológicos da
na aplicação inadequada de norma que não é produção, como por exemplo, promover uma reforma
indicada a países subdesenvolvidos; é uma teoria agrária que nos levasse ao aproveitamento do fator
econômica onde as primícias dessa política não se ocioso, terra. Mas aí sustento firmemente, que só
verificam em países subdesenvolvidos. com moeda relativamente estável, pelo menos, é
Precisamente o inverso do que ocorre nos países possível o desenvolvimento. O que temos ao
desenvolvidos. contrário, é uma impostura.
Portanto, sem aplicação nos países O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Concordo
subdesenvolvidos. plenamente com V. Exa., mas não com o Professor
O SR. MEM DE SÁ: – O problema então Gudin, quando para conter a inflação, para
deverá ser pôsto nestes têrmos: V. Exa. não admite estabilizar a moeda, preconiza métodos que
desenvolvimento com moeda estável. redundam, invariàvelmente, em desviar o
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Pelo contrário. desenvolvimento.
– 699 –
O SR. MEM DE SÁ: – Ainda recentemente li contra as quais nada temos a objetar.
um artigo louvando os têrmos da entrevista do Assim, concluindo as considerações que me
Presidente Jânio Quadros. Dizia S. Exa. que mais propus fazer na tarde de hoje, em comentário ao
criminoso que a inflação seria a deflação. O que é brilhante discurso de dias passados do Senador
preciso, como preconiza o presidente eleito, não é o Mem de Sá, quero marcar melhor a razão da minha
processo de deflação, mas sim o de desinflação. intervenção, que é precisamente esta. Tendo
Quer dizer, não podemos, evidentemente, estancar concordado com S. Exa. no caráter abrasivo da
de súbito êsse processo. Temos que estabilizar inflação ao próprio processo de desenvolvimento, o
lentamente a moeda. desgaste tremendo que a inflação exagerada, como
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Declaro a V. aquela que sofremos no momento, acarreta ao
Exa. que tanto quanto o próximo Govêrno enveredar processo de desenvolvimento, quero deixar sempre
por um caminho que se paute rigorosamente pela bem claro o ponto de vista de que não
afirmativa doutrinária que está fazendo, isto é, uma concordamos nós, da outra escola, que confessa
luta decisiva e eficiente contra a atual situação ainda não ter uma doutrina pré-fixada para
inflacionária, mas com a preocupação permanente, enfrentar o problema, com nenhuma medida anti-
constante, de não parar o desenvolvimento em inflacionária da qual decorra uma ação ainda mais
nenhum dos setores... regressiva sôbre a renda nacional, com o
O SR. MEM DE SÁ: – Evidentemente não adiamento de qualquer das providências de caráter
pode. social-econômico que a população brasileira está
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – ...posso exigindo, tais como reforma agrária, e a limitação
assegurar a V. Exa. que qualquer outro da remessas de lucros de emprêsas estrangeiras
representante de Pernambuco – porque já deverei sediadas no País para os seus países de origem.
ter cedido o meu lugar, com muito prazer, ao Limitação esta que não seja nada mais do que
Senador Barros de Carvalho, a quem substituo – aquela que êsses próprios países fazem a
aplaudirá o futuro Govêrno. emprêsas que porventura existam dentro do seu
O SR. MEM DE SÁ: – Espero que território, e outras medidas dessa natureza.
Pernambuco, depois da magnífica amostra que V. A não ser que tôda medida antiinflacionária do
Exa. está dando, compreendendo o valor que V. Exa. próximo Govêrno do Sr. Jânio Quadros se paute,
tem, o enviará permanentemente para esta Casa. rigorosamente, clara e inequívocamente, por êsse
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – V. Exa. quer é caminho, nós discordaremos dela, em nome da
me aliciar na sua tese, inflacionando minha vaidade, necessidade de que prossiga o desenvolvimento
mas não o conseguirá. econômico.
Sr. Presidente, dizia que não sòmente eu, O SR. MEM DE SÁ: – Mas V. Exa.
mas o meu Partido teremos palavras de louvor admitirá, creio, dentro do ponto de vista
ao futuro Govêrno, muito embora estejamos, perfeitamente correto em que se coloca, que seria
decidida e claramente, na posição de oposicionistas necessário um período mais ou menos longo de
em que fomos colocados pela decisão do absorção dos tremendos fatôres inflacionários, a
povo brasileiro, tomada em eleições começar pelo problema orçamentário e o proble-
– 700 –
ma deficitário. Entendo que nenhum govêrno pode mo que foi dado às realizações governamentais dos
deixar de continuar promovendo a elevação do últimos cinco anos constituirão, realmente, problema
standard de vida e de atender aos fatôres de para o futuro govêrno que se quiser enquadrar, numa
estrutura da economia brasileira, mas a situação se linha de contenção de despesas.
tornou de tal natureza que será preciso um período O SR. MEM DE SÁ: – Não creio que êsse
de absorção dêstes fatôres inflacionários. ritmo tenha sido maior do que nos períodos
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Estou de acôrdo anteriores.
com V. Exa. em que estas providências não podem O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Acredito que
ser instantâneas, e entre as medidas que podem e tenha sido, sim. Chegamos a um ponto em que só
devem ser tomadas, certamente estão estas: maior com os nossos documentos, poderíamos debater.
austeridade no uso dos dinheiros públicos, seleção O SR. MEM DE SÁ: – Feito um balanço do
de prioridades extremamente rigorosa para as obras ritmo dos governos anteriores e, principalmente, feito
a serem realizadas no período próximo futuro. Mas um balanço do que está custando o ritmo atual e o
desejo não esqueçam, um minuto só, providências que vai ser pago no futuro veremos que êste
como uma reforma agrária adequada, – e isto quer Govêrno não fez mais do que os outros.
dizer várias reformas agrárias, conforme as regiões O SR. ANTÔNIO BALTAR: – É ponto de vista
geo-econômicas do País, – e providências, essas, de Vossa Excelência.
sim, instantâneas, contra a sucessão que certas O SR. MEM DE SÁ: – Porque, inclusive,
emprêsas estrangeiras fazem da nossa renda grande parte do que foi feito vai ser pago pelo futuro
nacional com remessa excessiva de lucros, de govêrno.
dividendos e de juros para o exterior. O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Isto é natural em
Medidas dessa natureza podem ser tomadas todos os sistemas econômicos. A parte que se faz
concomitantemente, sem que umas prejudiquem as num dia se pagará no dia seguinte.
outras, tendo ambas a finalidade de assegurar o O SR. MEM DE SÁ: – Isto não se tem
processo de desenvolvimento. verificado no Brasil; tem-se computado neste
O SR. LIMA TEIXEIRA: – Permite V. Exa. um período tudo o que é feito, sem se verificar o que
aparte? vem do passado. Tem-se, apresentado este
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Pois não. Govêrno como o primeiro que fêz alguma coisa no
O SR. LIMA TEIXEIRA: – Até porque o Brasil, inclusive abrir os portos. Foi dito que o
govêrno que não seguir o mesmo ritmo de Govêrno atual tinha aberto os portos no Brasil, tal
realizações do Presidente Juscelino Kubitschek de como Dom João VI.
Oliveira terminará melancólicamente, pois o povo O SR. AFONSO ARINOS: – Foi o próprio
ficará com a convicção de que S. Exa. era, Govêrno que o disse!
realmente, insubstituível. O SR. MEM DE SÁ: – Seria preciso fazer
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Agradeço o um balanço perfeito, para chegar a essas
aparte de Exa. Estou de pleno acôrdo, de que o rit- afirmativas. Verificar o que êste Govêrno herdou de
– 701 –
dívidas e o que deixa de dividas, o que herdou e o se debate que, ao lado do meu discurso, está sendo
que deixa de meio circulante, o que herdou e que brilhantemente travado, porque não tenho
deixa de realizações. conhecimento suficiente do assunto para tratá-lo.
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – V. Exa. está O SR. MEM DE SÁ: – V. Exa. diz muito bem
respondendo ao aparte do nobre Senador Lima que não tem conhecimento do assunto porque é
Teixeira. preciso so ter "especial conhecimento" para fazê-lo.
O SR. MEM DE SÁ: – É preciso ver, nos O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Acho que
setores fundamentais como o da energia elétrica, se problema dessa natureza só se discute com base em
Govêrno atual aumentou o ritmo de documentos, e números, e como confessei de
desenvolvimento, em que ponto, a que custo, com inicio...
que dívida o transferirá ao futuro Govêrno. É uma O SR. MEM DE SÁ: – É exato.
investigação muito delicada, e difícil de fazer-se. O SR. ANTÔNIO BALTAR: – ...não tenho,
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Quando V. Exa neste momento, êsses dados e documentos em
fala em energia elétrica, chega a um ponto em que mãos.
se está olhando a outra face dêste fato normal em O SR. MEM DE SÁ: – Referia-me a Brasília.
Economia, que é a transferência das coisas para o O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Concluindo, Sr.
futuro. O Govêrno que V. Exa. brilhantemente elegeu Presidente, acredito que se trate para o futuro do
vai se beneficiar de grande parte e em outras obras problema de financiar o prosseguimento do processo
realizadas durante êste período V. Exa. sabe que o de desenvolvimento econômico, o qual – uma
meu Partido, embora eu faça parte, com muita honra, pequena parte concedo ao nobre Senador Mem de
da Maioria desta Casa, não elegeu o atual Sá – só poderá ser feito dentro de modesta e
Presidente da República. Não obstante eu tenha, moderada inflação, sobretudo no caso do Brasil. Esta
pessoalmente, profunda simpatia por vários aspectos foi – repito – a lição que aprendi no curso de
do atual Govêrno, não sou a pessoa indicada para desenvolvimento econômico da CEPAL, que o
defendê-lo, mas, sim, o ilustre Líder da Maioria que desenvolvimento econômico deve ser feito com o
tantas vêzes dissertou sôbre assunto e de maneira estimulo real à poupança interna e de sua
inexcedível. canalização esclarecida direi mesmo – clarividente,
O SR. LIMA TEIXEIRA: – Basta V. Exa. dentro de uma relação de prioridade de
raciocinar que há três anos se iniciou, pràticamente, investimentos...
a construção de Brasília e hoje V. Exa. está falando O SR. AFONSO ARINOS: – Apoiado!
nesta Casa do Congresso, o Senado Federal, em O SR. ANTÔNIO BALTAR: – ...a mais
Brasília, no Planalto Goiano. racional e a mais social possível, dentro da atual
O SR. MEM DE SÁ: – Isto equivale a apontar conjuntura brasileira; uma canalização da poupança
o crime como exemplo de benefício. para inversões que sejam na realidade reprodutivas;
O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Proponho-me já, no momento, necessário é dizer, imediatamente
a não tomar parte nes- reprodutivas...
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feita pelo eminente representante de Pernambuco, ditaria nos fatos nêle narrados. Um Chefe de Serviço
Senador Antônio Baltar, em que os conceitos se do Amazonas solicita autorização ao seu superior
ajustam a uma realidade que não a do Brasil, tenho a hierárquico para vender gado de raça, pertencente
impressão de que represento, nesta Casa, um ao Ministério da Agricultura, porque receia que
Estado fora da própria Pátria! pereça de fome, em conseqüência da inexistência de
Os dez minutos que o Regimento me concede, ração. E esta não lhe é mais vendida a crédito
evidentemente, são insuficientes para trazer, ao porque, segundo o teor de outro telegrama que me
conhecimento da Casa, fatos de que vou me ocupar, foi endereçado, até o crédito pessoal daquele Chefe
resumidamente, iniciando pelo que está ocorrendo está completamente abalado. Há onze meses a
no Fomento Agrícola Federal do meu Estado. Repartição não recebe um ceitil, para fazer frente às
Tenho em mãos, Sr. Presidente, telegrama de suas despesas orçamentárias.
uma autoridade do Ministério da Agricultura, sediada O SR. LIMA TEIXEIRA: – Permite V. Exa. um
no Amazonas, com dolorosas notícias sôbre o que lá aparte?
está ocorrendo, no campo da agricultura. O SR. MOURÃO VIEIRA: – Pois não:
O telegrama é o seguinte: O SR. LIMA TEIXEIRA: – Há poucos dias, li
Senador Mourão Vieira. telegrama quase idêntico, do Chefe do Fomento
Senado Federal – Brasília Agrícola da Bahia, queixando-se da falta de
Em aditamento aos meus telegramas anteriores, pagamento das verbas orçamentárias e de que há
nos quais peço a interferência do prezado amigo junto aproximadamente quatro meses os funcionários da
aos podêres governamentais, comunico a V. Exa. que Repartição não percebiam seus vencimentos. Pelo
hoje estou telegrafando ao Diretor da Divisão do telegrama que V. Exa. acaba de ler, o fato se verifica
Fomento Agrícola, pedindo autorização para vender em quase tôdas as Unidades da Federação. Quero
animais de raça, existentes nesta dependência, dar-lhe ciências dos dizeres do telegrama que acaba
ameaçados de morte por fome em virtude do estoque de me dirigir o Sr. Wanderbilt Barros, Diretor Geral
de ração estar-se esgotando e os credores não do Departamento de Produção Vegetal do Ministério
desejarem vender mais a crédito, visto não terem da Agricultura. (Lê);
recebido até esta data as contas de fornecimento. Não "Levo particularmente ao conhecimento de
recebemos, ainda, os suprimentos do corrente V. Excelência, já que a minha condição de Diretor
exercício, nem temos notícias de quando virão. A morte Geral não permite fazê-lo oficialmente, que o
dos animais causaria prejuízos não só ao Govêrno Departamento Nacional de Produção Vegetal,
como aos agricultores e criadores da região que têm órgão que opera com profundo sentido em todo
sido beneficiados com os produtos da criação. o Interior, se encontra na mais difícil e penosa
Atenciosas saudações – a) Benedito Caeté Ferreira. situação, de vez que, pràticamente escoado
Sr. Presidente, se não tivesse o exercícios financeiro, nenhuma verba lhe
recebido êste telegrama, não acre- foi distribuída. Fazendo-lhe ciente de
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tamanha anormalidade, apelo para o eminente a ver com o assunto enquanto não houver
patrício no sentido da sua eficiente atuação junto ao autorização do titular da Pasta da Fazenda.
Sr. Ministro da Fazenda, a fim de despachar o Senhor Presidente, trazendo ao conhecimento
processo SC-6169-60, referente a créditos do da Casa essa grave ocorrência, aproveito a
Departamento para 1960. A situação é dramática nos oportunidade para solicitar providências imediatas do
Serviços ante o não cumprimento, falta de meios, de Senhor Ministro da Agricultura e do Sr. Presidente da
medidas judiciais referentes a pagamentos ou República para que seja sanada essa dificuldade,
salários, como ocorre no Rio Grande do Norte. que no meu Estado já atinge as raias extremas,
Saudações". forçando o próprio Chefe de Serviço a pedir
O SR MOURÃO VIEIRA: – Senhor Presidente, autorização aos seus superiores hierárquicos para
agradeço o aparte com que me honrou o nobre vender o gado, antes que morra por falta de ração.
Senador Lima Teixeira. Gostaria de tratar também de outro assunto,
A desgraça que ocorre em outras Unidades da ainda ligado aos problemas da juta, mas me reservo
Federação, longe de me servir de consôlo, para outra oportunidade porque evidentemente os
demonstra que o problema exige imediatas dez minutos que me são facultados pelo Regimento,
providências das autoridades responsáveis. não podem comportar tudo quanto desejava dizer.
O meu eminente colega, Senador Afonso Eram estas as Palavras que desejava pronunciar, Sr.
Arinos, recebeu, também da mesma autoridade Presidente. – (Muito bem; muito bem).
citada pelo nobre representante da Bahia, telegrama O SR. PRESIDENTE: – Passa-se à Ordem do
idêntico. Dia.
Verifica-se, assim, Sr. Presidente, que neste
País não só se deixou de atender ao PROJETO DE LEI DA CÂMARA
desenvolvimento vegetativo da população, como até Nº 91, DE 1960
se recusa aos chefes das repartiçoes federais a
entrega de verbas orçamentárias, necessárias ao Discussão única do Projeto de Lei da Câmara
pagamento das dotações comuns. nº 91, de 1980, (número 2.275, de 1960, na Câmara)
Não se diga, Senhor Presidente, que nós, que dispõe sôbre novos niveis de vencimentos dos
representantes dos diversos Estados, nesta como funcionários civis do Poder Executivo e dá outras
em outras emergências não cuidamos do problema. providências (em regime de urgência) nos têrmos do
Ainda há vinte dias, consegui através do Senhor art. 330, letra "c", do Regimento Interno, em virtude
Chefe de Gabinete do Ministro da Fazenda, a do Requerimento nº 469, de 1960, do Senhor Moura,
remessa. para Brasília, por meio de guia; do quantun Andrade e outros Senhores Senadores, aprovado
necessário às verbas que permanecem dormindo na sessão extraordinária de 17 do mês em
nos respectivos Ministérios. curso, tendo Pareceres favoráveis sob ns. 459 e 460,
Hoje, quando me decidia a voltar ao Ministério das Comissões de Serviço Público Civil e de
da Fazenda, fui informado, por uma funcionária, que Finanças.
o processo fôra enviado ao Rio de Janeiro, sem
qualquer motivo, a fim de ser distribuído à Diretoria O SR. CAIADO DE CASTRO: – Sr.
da Despesa Pública, que nada tem Presidente, Srs. Senadores, des-
– 705 –
cionais com autênticas multidões, que nêles nos ainda uma carreira definida, estruturada de
penetram pela mão dadivosa dos políticos hierarquia tradicional, como a Carreira Diplomática,
(dadivosas com o dinheiro alheio) e as mais cujas afinidades de organização e representação
das vêzes para apenas receberem os ordenados com as carreiras militares é de tal modo acentuada
no fim do mês. Ordenados que, ainda sob que as normas de precedência estabelecem
escandalosas proteções aumentam e se bonificam correspondência estrita entre os respectivos postos.
ano por ano. Assim, os cargos de Embaixador da República,
Nesse particular, temos tido de tudo: desde o Ministros de Primeira Classe e Ministros de Segunda
famoso "penacho" acrescentado às letras das Classe acham-se situados em níveis equivalentes
"carreiras" até as gordíssimas comissões dentro e aos de mais alto rang das Fôrças Armadas.
fora do território. Com um descaso que faria corar os Pois isso não obstante, o plenário da Câmara
frades de pedra se êles ainda lá estivessem à dos Deputados rejeitou um dos artigos do
esquina das ruas. substitutivo da Comissão de Serviço Público, que
Nessa fúria de "despilfarros" nenhum órgão enquadrava a Carreira de Diplomata na Lei de
legislativo ganhou da famigerada. Câmara Municipal Paridade.
do antigo Distrito Federal, para beneficiar afilhados, Segundo se diz nos bastidores, essa rejeição
para alimentar clientelas de chefes paroquiais, té apressada se fomentou na alegação de que a
para presentes a damas, de mão esquerda. A tal carrière encontraria a seu tempo a "paridade", num
ponto que seu funcionalismo excede o do Congresso projeto de lei em tramitação naquela mesma Casa do
Nacional! Congresso.
Contra êsse descalabro, êsse jubileu de Ora, parecem ter-se esquecido os Senhores,
velhacarias, alguma coisa precisa ser feita. E sem Deputados de que o projeto de lei em causa se
demora para conter a maré empreguista e altista dos encontra em discussão desde fins de maio de 1959,
vencimentos. Do contrário – é agora o caso de dizer e que, além de ser imprevisível a data de sua
sem ênfase – o País para por falta de recursos aprovação, não existia então, sequer, o propósito,
indispensáveis às obras e melhoramentos de que geral ou particular de chega-se a uma equivalência
carece a população. de salários.
Mas êsse ponto-de-vista, que tão O voto da Câmara exclui, assim dos benefícios
repetidamente aqui expressamos, não colide nem da lei uma carreira sôbre cuja "paridade.' não há
poderia colidir com o dever de alertarmos o problemas nem pairam dúvidas em relação às
Congresso (nesta hora mais diretamente o Senado) outras.
para que não exclua dos benefícios da Lei da Essa estranha atitude enjeitou os diplomatas
Paridade todo o pessoal do Ministério das Relações das vantagens que atribuiu a todos os outros
Exteriores ameaçado dêsse iníquo tratamento. servidores da Nação. Não só lhes causou dano
Qual é afinal o objetivo da Lei da Paridade? financeiro. Também, implìcitamente, atentou contra
Proporcionar equivalência de vencimentos ou seu decôro e importância.
salários entre funções ou cargos de igual ou Dir-se-á, que, quando fôr votada à reforma do
semelhante categoria, de civis e militares. Itamarati (que está em pauta como conto da
Dentro dêsse critério, não poderia Carochinha e para ajudar a poucos), tudo será
excluir carreira alguma. Me- sanado.
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Mais fácil, mais justo, mais natural – diríamos, que nós ambos nos entendamos com o eminente
até mais humano – será estender-lhes logo a Líder da Maioria desta Casa, a fim de procurarmos
paridade. Sem prejuízo da parte substantiva, da uma solução para o problema dos integrantes da
reforma, quando vier. E se vier. carreira diplomática e do corpo administrativo do
Cumpre à provecta sabedoria do Senado Itamarati. Essa solução, seria talvez, emendar um
reparar o êrro ou a injustiça. A própria Câmara, dos projetos em andamento que oferece
quando a ela voltar o projeto, será – acreditamos – a oportunidade a receber esta emenda, que não seja o
primeira a reconhecer a procedência da modificação. projeto de paridade e que venha realmente fazer
Modificação feita não para o bem de alguns, mas aquilo que V. Exa., com tanta bondade e tão
justamente para evitar que uns – em idênticas acendrado espírito público queria fazer, isto é, trazer
condições – ganhem menos do que os demais. àquele pugilo de servidores do Brasil que trabalham
Paridade geral é isso. Ou a semântica também no Itamarati a uma situação, esta sim, de paridade
deixou de funcionar? para com os demais integrantes do nosso
O SR. AFONSO ARINOS: – Permite Vossa funcionalismo público civil, dos quais êles se mantêm
Excelência um aparte? normalmente separados, por uma discriminação que
O SR. CAIADO DE CASTRO: – Com todo o só não é odiosa porque é involuntária do Poder
prazer. Legislativo.
O SR. AFONSO ARINOS: – Estava O SR. CAIADO DE CASTRO: – Muito
informado, por funcionários do Itamarati que inclusive obrigado pelo aparte de V. Exa. que honra o meu
me cientificaram dêsse fato por intermédio de meu discurso e estarei de pleno acôrdo em trabalhar com
filho que pertence ao quadro daquele Ministério, V. Exa. juntamente com o Líder da Maioria desta
embora hoje esteja exercendo mandato como Casa, para ver se conseguimos uma fórmula.
Constituinte da Guanabara, de que V. Exa. iria O SR. GILBERTO MARINHO: – Permite V.
apresentar emenda que visava fazer justiça àquele Exa. um aparte?
grupo de devotados servidores da nossa O SR. CAIADO DE CASTRO: – Com todo o
administração. Desde logo me tinha disposto a prazer.
assinar e a apoiar em Plenário a emenda de V. Exa. O SR. GILBERTO MARINHO: – Os nobres
O nobre colega está situando com perfeição a Colegas de representação do Estado da
injustiça da situação em que se encontram os nossos Guanabara têm razão integral. Já o notável
patrícios integrantes da carreira diplomática, desde editorial de O Globo assinalara com inexcedível
que residentes ou fazendo estágio no Brasil. propriedade a funda injustiça que representa a
Infelizmente para êles as combinações havidas nos exclusão da carreira de diplomata da lei de
levam a concordar com a solução assentada da não paridade. É uma discriminação realmente
apresentação de emendas ao projeto de paridade. injustificável e vem atentar contra os direitos
Mas desejo, de público, prestar o meu integral apoio de uma das mais categorizadas classes de
à iniciativa de V. Exa. e também às palavras do dedicados servidores da Nação. Só não apresentei
articulista do "O Globo" a que V. Exa. se refere. emenda reparando êsse êrro em face do dever de
Desde logo convido o ilustre colega para apressar a aprovação dêsse projeto pelo qual
– 708 –
tão justamente se batem ponderáveis parcelas do Secretário de Divisão do Itamarati ganha pouco mais
povo brasileiro. que um auxiliar de limpeza do Senado.
O SR. CAIADO DE CASTRO: – Sr. O SR. CAIADO DE CASTRO: –
Presidente, os apartes dos meus nobres colegas Perfeitamente. É incompreensível a situação a que
esgotaram o assunto e não dão margem a que eu chegamos; um 1º Secretário do Itamarati, formado
prossiga e ainda mais porque não desejo retardar um pela Faculdade de Direito, que se submeteu a
momento sequer, a votação da matéria. concurso para o cargo está em situação de
Desejo apenas, ressaltar, para que fique bem inferioridade, com relação ao salário de um servente
patente, a situação em que ficaram os funcionários do Senado Federal.
do Itamarati, como muito bem disse o nobre Senador Êsse o ponto que queria ressaltar, assinalando
Afonso Arinos por uma inadvertência; no Plano de também as dificuldades que encontramos; sempre
Classificação de Cargos e Funções, não foram que chega o momento de colaborar somos
atendidos; no Projeto de Paridade também não. impedidos pela premência do tempo, pela
O SR. GILBERTO MARINHO: – Com uma necessidade imediata de votar o projeto em pauta.
pequena diferença: é que no Plano de Classificação Sou um grande admirador dos funcionários do
tivemos oportunidade de apresentar emendas não só Ministério das Relações Exteriores, do menos
com relação aos funcionários do Itamarati como graduado ao mais alto.
também a uma série de outros funcionários. Neste Nos contactos profissionais que tive com êles
houve inadvertência com relação aos servidores do pude apreciar-lhes a cultura e a dedicação, a
Senado porque, as circunstâncias não nos delicadeza e a atenção, com que, mesmo os mais
permitiram apresentar emendas corrigindo as humildes, nos atendem. Mantive contactos com o
desigualdades. pessoal do Itamarati, desde o tempo em que era
O SR. CAIADO DE CASTRO: – No Plano de oficial do Estado-Maior, por fôrça da minha função.
Classificação de Cargos e Funções o argumento Finalmente, ao fazer um curso na Escola Superior de
principal é que já existia um projeto, que vinha se Guerra, desde o primeiro ano, tive como
arrastando por aí afora, e que êsse projeto atenderia companheiros inúmeros representantes do Itamarati;
à situação dos funcionários do Itamarati, como mais aquilatei assim a cultura e a dedicação dêsses
tarde foi atendida a situação dos militares. servidores: Êste o motivo que me levou a escrever
Na paridade, houve um esquecimento; e já um discurso um pouco longo, e que logo abandonei.
agora uma sugestão do nobre Senador Afonso Incorporo, porém, ao que ora faço êsse artigo do "O
Arinos, com a qual, concordo no sentido de Globo" que considero ,uma perfeição. Deve ter sido
procurarmos resolver a situação. Temos que escrito por um conhecedor profundo da situação do
compreender que do embaixador ao servente, todos Corpo Diplomático Brasileiro e figura num jornal que
têm estômago, todos têm família, todos precisam tem programa definido e que agora, nessa
viver. A elevação do custo de vida é pavorosa; e se oportunidade de aumento de vencimentos e de custo
faz sentir em tôdas as classes. de vida tem também seu ponto firmado: Suponho
O SR. AFONSO ARINOS: – Creio, que conheço o autor, mas não posso afirmar porque
nobre Senador Caiado de Castro, um não tenho base para isso. Declaro, porém,
– 709 –
que se trata de um artigo que merece lido e meditado cipalmente, do nobre e eminente Líder da
pelos Senhores Senadores, para chegarmos a um Maioria, Senador Moura Andrade, para o fato
acôrdo, dentro da sugestão do nobre Senador curioso que observamos, no Projeto em debate:
Afonso Arinos. fala-se em paridade e, no entanto, o militar tem
Não o leio, repito, para não alongar meu discurso. apenas cinqüenta por cento do salário-família que
Sr. Presidente, prometi aos rapazes do terá o civil. Esta proposição, concede ao
Itamarati e a todos os seus funcionários bater-me, funcionário civil mil cruzeiros de salário, até o
nesta Casa, pela melhoria de sua situação, inclusive terceiro dependente, e mil e duzentos cruzeiros,
com o apoio da Bancada do Estado da Guanabara, dai em diante; enquanto o militar tem apenas
procurando solucionar ou, pelo menos atenuar a quinhentos cruzeiros, seja qual fôr o número de
situação de inferioridade, em que se encontram. dependentes. Não há, pois, paridade e não há
Infelizmente, tendo em vista os compromissos como corrigir a situação que será criada, em face
assumidos pelos Líderes no Senado, não me é de uma inadvertência.
possível cumprir o prometido. O SR: GILBERTO MARINHO: – Permite V.
Tenho orientado minha vida de político pela de Exa. um aparte?
soldado disciplinado que fui, em cinqüenta anos de O SR. CAIADO DE CASTRO: – Pois não.
Exército. O Líder de meu Partido e o da Maioria O SR. GILBERTO MARINHO: – A solução
decidiram que seria mais interessante evitarem-se será, aumentar o salário-família dos militares.
emendas ao projeto. Estou de pleno acôrdo, pois, O SR. CAIADO DE CASTRO: – Perfeito.
compreendo perfeitamente a necessidade da rápida Pretendeu-se dar à todos os servidores públicos o
tramitação da matéria. salário-família de mil cruzeiros. Na ocasião, porém,
Quero, porém, dizer aos meus amigos do foi o Senado informado de que o Tesouro não
Itamarati que cheguei a apresentar a emenda que os poderia fazer face à despesa daí, decorrente, de
benefìciaria. Retirei-a; entretanto, tendo em vista a forma, que o salário foi sendo reduzido, até que
combinação das lideranças, na esperança de que chegamos a um acôrdo.
algum fruto resulte do que aqui fôr votado. O SR. GILBERTO MARINHO: – Apresentei
Desejo ainda referir-me a outro ponto da essa emenda; inclusive subscrita pelo nobre
proposição que me parece de suma importância – o Senador Saulo Ramos, do P.T.B, porém não foi
problema da flxação do salário-família. A matéria diz aprovada.
muito de perto a todos nós do Partido Trabalhista O SR. CAIADO DE CASTRO: – Chegamos
Brasileiro, de vez que constituía a menina dos olhos a um acôrdo com relação ao salário família
do nosso grande Chefe, o saudoso Presidente na base de quinhentos cruzeiros. Mas,
Getúlio Vargas. agora, o Congresso concede-o ao civil na
Quando da votação do Projeto do Plano de base de mil cruzeiros, até dois primeiros
Classificação dos Servidores Civis da União, dependentes e mil e duzentos cruzeiros para os
conseguimos de acôrdo com membros de outras demais.
Bancadas, chegar a uma média ponderável para O autor desta idéia só teve uma preocupação:
a fixação do salário-família. Agora, peço a fomentar a luta entre as várias classes de
atenção dos Senhores Senadores e, prin- funcionários civis e militares.
– 710 –
Quem redigiu êsse projeto, só teve tal junto aos líderes, principalmente o da Maioria, no
preocupação. sentido de que resolvam o caso; e também aos meus
Nêle, quando há referência, ao militar, é no companheiros de armas, que nada me pediram nem
sentido de prejudicá-lo; quando se trata de beneficiá- sugeriram mas cuja situação é de desigualdade com
lo, não há referência. a dos civis, conforme depreendi do projeto.
Houve uma equiparação entre os vencimentos Estou de pleno acôrdo com o projeto e aceito
dos civis com os dos militares, embora sejam a sugestão do Líder da Maioria, de que a êle não
completamente diferentes as funções de ambas as seja apresentada emenda, a fim de que possa ser
classes. aprovado ràpidamente.
Está certo. Mas, naturalmente, com o seu prestigio, e a
Entendo que os civis precisam de aumento sua eficiência e a sua dedicação aos funcionários, S.
substancioso porque a vida está caríssima. Mas, Exa, acatará a sugestão do ilustre Senador Afonso
por que, ao elaborar a proposição, ninguém se Arinos, no sentido de que encontremos um modo de
lembrou de que os militares também têm filhos com resolver êsse problema.
as mesmas necessidades dos dependentes dos Era o que tinha a dizer. (Muito bem! Muito
civis? bem!)
Por que dar ao militar um salário-família de O SR. MOURA ANDRADE (para encaminhar
quinhentos, cruzeiros e ao civil mil cruzeiros? a votação) (*): – Sr. Presidente, chegamos hoje ao
Quem apresentou tal projeto ao Sr. Presidente têrmo da votação, de um projeto que emocionou o
da República, para assinar e submeter ao País. Sou devedor destas palavras ao funcionalismo
Congresso, não pretende nada mais, do que criar a civil da União.
desarmonia entre classes. Durante o tempo em que a proposição estêve
Estou certo de que foi uma inadvertência. na Câmara dos Srs. Deputados, provocou reações
Trata-se de projeto que não tem justificativa e nos mais vivos sentimentos dos trabalhadores
acredito que a idéia de sua apresentação não partiu brasileiros.
nem do Govêrno nem do Congresso. Greves eclodiram como instrumento de
Quem, como eu, passou cinqüenta reivindicações em várias partes do País.
anos nas Fôrças Armadas e tem formação O Govêrno manteve com energia, porém com
militar, não pode, ao observar tamanha serenidade, a ordem pública. Os trabalhadores
desigualdade, deixar de se manifestar. Se eu brasileiros cessaram a greve, numa manifestação de
silenciasse, o que diriam meus companheiros e confiança no Congresso Nacional.
comandados? Votado o projeto, veio ao Senado Federal
Não posso deixar de defender êsse, meninos com prerrogativas constitucionais de emendar.
que levei para a guerra e que em mim depositaram Nesse sentido os Senhores Senadores elaboraram
tôda a confiança, que me deram sua amizade e emendas num total de cento e trinta e duas.
consideração. Como interpretariam o meu silêncio Quero, pois deixar bem clara a posição dos
quando aqui se vota projeto desta natureza? Líderes desta Casa dos Senhores
Sr. Presidente, êstes os motivos por que falo Senadores. Reuniões sucessivas fize-
no encaminhamento da votação.
Preciso dar uma satisfação aos funcionários do __________________
Itamarati a quem eu havia prometido interessar-me (*) – Não foi revisto pelo orador.
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mos. Líderes de tôdas as Bancadas, da Maioria, da sucessivas vêzes, a sua Bancada; que acompanhou,
Minoria, do P.T.B. do P.R. do P.L. e do Partido Social de perto, todos os acontecimentos, nas vigílias que
Progressista, todos buscando uma fórmula alta, fazíamos, quando ainda perdurava a greve e
acima de partidos, para solução, sem emendas, encontrava-se o projeto na Câmara dos Srs.
dêste projeto. Deputados.
Pudemos, afinal firmar uma deliberação por O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Muito
unanimidade – todos se comprometeram a solicitar agradecido a Vossa Excelência.
de seus liderados, se abstivessem de oferecer O SR. MOURA ANDRADE: – Agradeço ao Sr.
emendas. Senador João Villasbôas, porque não apenas deu
O que verificamos foi emocionante: cada um concurso desinteressado à elaboração da
Líder, obteve de seus liderados retirassem as proposição, como um apoio efetivo à manutenção da
emendas. Sabíamo-las por vêzes, justas; porque o ordem e da tranqüilidade dos espíritos, nos
projeto carrega várias incorreções. Tínhamos momentos mais angustiosos.
entretanto, um princípio de justiça social, muito O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Permite V.
acima do próprio sentido de justiça jurídica a realizar. Exa. outro aparte?
Por esta razão, tendo em vista as circunstâncias O SR. MOURA ANDRADE: – Com muito
atuais, convencidos de que melhor serviríamos à prazer.
causa da Nação votando a proposição sem emenda, O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – A minha
dirigimos êsse apêlo aos Senhores Senadores. atitude foi o reflexo do pensamento da minha
Tôdas as emendas foram retiradas, Sr. Bancada.
Presidente. O projeto está em pauta, sem qualquer O SR. MOURA ANDRADE: – Agradeço ao
alteração. nobre Senador Mem de Sá, lutador intransigente de
Agradeço aos nobres Senadores da Maioria o Oposição, mas que, no episódio soube abstrair-se da
gesto patriótico e a atenção dispensada ao seu sua apaixonada posição partidária. Não indagou,
Líder. Sei ainda, que interpreto sentimentos dos absolutamente, quais os interêsses ou vantagens
Líderes de tôdas as Bancadas quando anuncio que resultariam para si próprio, para seu Partido, para
êles igualmente se rejubilam vendo suas Bancadas sua orientação política; ou quais desvantagens e
tão coordenadas na apreciação de matéria. prejuízos que, com a ação parlamentar, que êle
Agradeço à imprensa pela maneira justa ou desenvolvesse, poderia causar à Maioria desta
mesmo injusta com que haja apreciado a nossa Casa.
conduta. Àqueles que, porventura, mal nos Pelo contrário, Sr. Presidente, procedeu S.
interpretaram; àqueles que a nós não fizeram justiça, Exa. com rigorosa isenção de ânimo, com profundo
por desconhecerem a verdade e àqueles que espírito público. Devemos a S. Exa. a redação
compreenderam nossos esforços. Todos êles, hoje, conjunta, com o nobre Senador Afonso Arinos, da
encontram elementos definitivos para seus nota que, afinal, os Líderes subscreveram.
julgamentos. O SR. MEM DE SÁ: – Permite V. Exa. um
Desejo ressaltar, nesta hora, a conduta aparte?
do nobre Líder da UDN, Senador João Villasbôas, O SR. MOURA ANDRADE: – Pois não.
que manteve estreito entendimento com O SR. MEM DE SÁ: – Extremamente
a Liderança da Maioria; que reuniu, desvanecido e mesmo comovi-
– 712 –
do com a generosidade das expressões de V. Exa. publicano, que veio ao Senado adoentado como se
Não me creio merecedor de tão altos encontra, especialmente para dar seu concurso à
encômios. Penso que apenas estive à altura dos elaboração dêsse projeto legislativo, que encontra
colegas, considerando, com êles, sob o mesmo hoje dia tão feliz. Sôbre o eminente representante do
prisma patriótico, um problema que é da Nação e Espírito Santo, não preciso dizer, desta tribuna, aos
não de nenhuma das suas facções políticas. De funcionários civis e trabalhadores que é uma das
qualquer maneira, fico agradecido à justiça que V. grandes figuras desta Casa, que sempre dedicou seu
Exa. me rende em têrmos tão elevados e tão espírito às melhores causas públicas.
excessivos. O SR. JEFFERSON DE AGUIAR: – Muito
O SR. MOURA ANDRADE: – Agradeço a V. bem!
Exa. o aparte. Declaro que estou procurando dar um O SR. MENDONÇA CLARK: – Permite V.
depoimento de justiça para a interpretação da atitude Exa. um aparte?
do Senado, nesta hora. O SR. MOURA ANDRADE: – Com todo o
Agradeço, Sr. Presidente, do mesmo modo, ao prazer.
Senador Jorge Maynard, Líder do P.S.P., nesta O SR. MENDONÇA CLARK: – Na ausência
Casa, que também foi infatigável nas tentativas, do ilustre Senador Attílio Vivacqua, que continua
coroadas de êxito, de conseguirmos um acôrdo total enfêrmo, quero como Vice-Líder, do Partido
do Senado, para a votação do projeto. S. Exa. Republicano agradecer a V. Exa. as palavras
procedeu, desta vez, como em tôdas as outras, sem elogiosas dirigidas a S. Exa., porque esta seria, sem
a mais leve interrupção no zêlo que tem pela ordem dúvida, a atitude de S. Exa. se neste instante aqui
pública e pelas causas de justiça social. estivesse.
O SR. JORGE MAYNARD: – Permite V. Exa. O SR. MOURA ANDRADE: – Muito obrigado
um aparte? a V. Exa.
O SR. MOURA ANDRADE: – Com todo o Sr. Presidente, deixei para o fim o
prazer. agradecimento que devo ao Líder do Partido
O SR. JORGE MAYNARD: – Como disse a V. Trabalhista Brasileiro, o nobre Senador Argemiro de
Exa., compareci, como Líder do Partido Social Figueiredo, Líder de um Partido que tem tão íntimas
Progressista, e como Líder de Bancada nesta Casa responsabilidades dos problemas dos trabalhadores
às reuniões havidas, e tive oportunidade de ver brasileiros. S. Exa., mais talvez que os outros teve
confirmados os sentimentos de alto patriotismo e o que meditar profundamente sôbre as conseqüências
grande desejo de V. Exa. e dos nobres colegas, do ato que iria praticar, no que se refere à política
desejo que também é nosso de elevar sempre a grau partidária que defende.
e cada vez mais alto a nossa Pátria. Nesta O nobre Senador Argemiro de Figueiredo
oportunidade, quero ainda agradecer a V. Exa. as aceitou de início e aprovou de início que o problema
generosas palavras que me dirigiu. fôsse tratado acima de Partidos. Não quis, Sr.
O SR. MOURA ANDRADE: – Muito obrigado Presidente, tomar a bandeira que poderia levantar,
a Vossa Excelência. nesta hora, e procurar ser o porta-estandarte de uma
Agradeço ao nobre Senador luta partidária. Preferiu comungar com todo o
Attílio Vivacqua, Líder do Partido Re- Senado. S. Exa. perseguiu principalmente o
– 713 –
objetivo: sabia que, se porventura pudéssemos e a justiça social a que Vossa Excelência,
encontrar um têrmo comum de entendimento, êsse se refere com tanto brilho e com tanto espírito
têrmo comum representaria para os funcionários público. Esta Casa elevou-se a uma altura
civis e trabalhadores e para a política do seu Partido verdadeiramente histórica.
muito mais do que poderia representar a luta isolada, O SR. MOURA ANDRADE: – Agradeço o
dentro desta Casa, para o efeito de fixar o ponto de aparte com que V. Exa. honra meu discurso.
vista ou a posição do seu Partido. Neste momento O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Permite V.
em que expresso, com tanta satisfação, e Exa. um aparte?
procurando ser justo na medida, não atribuindo mais O SR. MOURA ANDRADE: – Pois não!
a um do que a outros, fixo a posição do Partido O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Está V.
Trabalhista Brasileiro que, como a dos mais partidos, Exa., neste momento, enaltecendo a atuação dos
foi assinalada na decisão final dêste projeto de lei. partidos que constituem esta Casa, através
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – de seus Líderes, nas reuniões que tivemos a
Permite V. Exa. um aparte? oportunidade de realizar, para votação dêste projeto.
O SR. MOURA ANDRADE: – Com todo o Devo, entretanto, fazer justiça ressaltando perante o
prazer. Senado e o País, a atuação de Vossa Excelência
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – V. na condução dêsses trabalhos, atuação
Exa. tem tôda a razão em fazer justiça aos líderes, verdadeiramente exemplar. Demonstrou V. Exa.
aos quais cumulou de referências elogiosas, e justas o mais alto espírito público e o máximo devotamento
num momento dos mais interessantes para a nossa patriótico na defesa dos interêsses não só da União
vida democrática e nossa compreensão cívica. O e dos beneficiários da lei como, principalmente,
projeto, pela sua natureza, como disse Vossa da ordem pública nacional.
Excelência, poderia despertar sentimentos O SR. MOURA ANDRADE: – Fico muito
partidários entre todos os Líderes que aqui honrado com o aparte de Vossa Excelência e
representam suas correntes. Na verdade, profundamente reconhecido pelas generosas
confirmando o que V. Exa. acaba de declarar, o palavras com que procura dar relêvo a uma atividade
Senado, através de seus Líderes, deu um atestado de formiga que procurei realizar, no cumprimento
eloqüente de compreensão social, estudando estrito do meu dever, mas que seria impossível, não
e se dispondo a aprovar o projeto submetido à sua tivesse encontrado em Vossa Excelência e nos
apreciação, com o mais elevado espírito público e demais Líderes, o apoio decisivo, a compreensão
com a mais interessante compreensão de espiritual que demonstraram e aquela formidável
justiça social. Quanto a mim, dou testemunho vocação patriótica que caracteriza os atos dos
a Vossa Excelência de que o assunto foi tratado componentes dêste augusto Senado Federal.
com elevação e justeza; e quero, neste aparte, Agradeço aos Relatores, aos membros das
dizer aos trabalhadores do Brasil que o doutas Comissões de Serviço Público e de Finanças,
Senado, no estudo da proposição em causa, que se pronunciaram sôbre êste projeto.
não teve partido, não teve discriminações Cabe-me, agora, uma
partidárias; olhou, sobretudo, o interêsse palavra aos beneficiários dessa lei, aos funcio-
– 714 –
nários civis e aos trabalhadores que dela se servirão, nada dedicação de cada homem aos destinos de sua
que serão amparados e que nela encontrarão Pátria!
defesa. Sr. Presidente, no momento em que estamos
Essa lei representa, e êles sabem, votando uma lei dedicada aos funcionários civis da
um grande encargo para os cofres públicos do País; União e aos seus trabalhadores, declaro ser dever
essa lei representa, e êles sabem, uma grande daqueles que representam o povo, reajustar o poder
solicitação às energias do País; essa lei representa, aquisitivo dêste mesmo povo.
porém, ao mesmo tempo, o reconhecimento Não temos, Sr. Presidente, em consciência,
dos órgãos do Govêrno – Executivo e Legislativo – nenhuma reticência no votar esta lei. Não há um
ao seu trabalho, àquilo que êles desenvolvem capítulo que seja demasiado. Sim, o que sabemos é
no campo da economia brasileira, da nossa que existem injustiças que devem ser corrigidas. Há
prosperidade, e o reconhecimento dos duros dias pontos que não foram atendidos; mas o que aí está
que estamos vivendo. não foi demasiado.
O Brasil iniciou a marcha decisiva da Estamos cumprindo para com a Nação o
prosperidade. O Brasil bateu dos pés o pó nosso dever; talvez não o estejamos tanto, em
do atraso e do subdesenvolvimento; o Brasil relação ao Govêrno; mas cumprimos em relação
procurou um dia nôvo e achou a estrada que conduz àqueles dos quais somos originários, em nome dos
ao nôvo dia; o Brasil está iniciando o processo quais falamos, para os quais lutamos, para quem
incoercível de sua libertação, de sua afirmação, de legislamos e a quem devemos defender. Não há
sua independência. ordem constituída que se estabeleça, se defina, se
O Brasil é um país nascido do trabalho. É por consagre e perdure quando não atendemos às
isso que temos orgulho, Sr. Presidente, em poder necessidades mínimas da existência de um povo.
reconhecer desta tribuna, na unanimidade desta Nenhum govêrno poderá, permanentemente,
Casa, na solidariedade de cada Senador, no apoio conter as necessidades que vão eclodindo, primeiro
de cada Líder, que o Brasil é apenas o seu trabalho; num lar, depois noutros, assim por diante, até
Nação que não conseguiu ainda estruturar-se no contaminar, como um rastilho de pólvora tôda a
sentido capitalista; Nação de infraestrutura, até há tranqüilidade da ordem social.
pouco pràticamente inexistente e, nos dias atuais, Ninguém poderá, nem as ditaduras, Sr.
ainda se fazendo. Presidente. Muito menos elas, porque afogam as
O Brasil, Sr. Presidente, não tem capitais para aspirações, porque sufocam as reivindicações,
dêles viver, e enriquecer dos seus juros. O Brasil não porque têm olhos vendados. As ditaduras só vêem a
pode lançar seus recursos para fora da sua terra, fôrça de que desfrutam; não vêem a grande fôrça de
para buscar, em outros povos, o rendimento construção do povo. Supõem que podem construir à
indispensável à sua balança de pagamento. base da sua fôrça esquecidas de que quando um
O Brasil tem que contar com o trabalho dos Govêrno quer construir à base da própria fôrça, está,
seus homens, tem que contar com a inteligência, na verdade, destruindo a fôrça da Nação, que é
com a fôrça de renúncia, com a capacidade aquêle que produz, que trabalha, que constitui o
de luta, com o espírito de ordem, com a lealdade povo, que realiza na verdade os destinos da
à lei, com a fidelidade ao regime, com a obsti- perenidade de uma Pátria.
– 715 –
O Sr. Presidente, nesta hora, devo declarar, o necessário para a subsistência da sua família –
na minha condição de Líder da Maioria, que sou um acabam jogando a própria prostituição ao rosto do
homem plenamente satisfeito com a ordem pai dizendo-lhe que a sua conduta é resultado do
constitucional brasileira. fracasso do chefe da família, e que êsse é o único
Muito se falou e muito se murmurou na meio que encontrou para poder ajudar a casa, ajudar
Imprensa; muito se falou pelas ruas e pelas à família.
esquinas, em tôda parte, a propósito de Eis porque, Sr. Presidente, êste projeto vai
medidas de exceção que o Govêrno estivesse exigir sacrifícios da Nação. Exige, sim, de todos nós,
pretendendo para conter os que reivindicavam os sacrifícios. O Tesouro também será sacrificado; os
benefícios desta lei; entretanto, a verdade é que a contribuintes serão sacrificados, as outras categorias
greve terminou e as medidas de exceção não foram sociais serão sacrificadas; todos irão contribuir para
tomadas. Ninguém pediu medida de exceção. o pagamento dessas reivindicações; mas aquêles
Estamos terminando a votação e verificamos que que são por ela beneficiados não apenas se
esta foi feita em têrmos de unanimidade pelo beneficiam; estão beneficiando a tôda a Nação
Senado. O sistema constitucional brasileiro funciona, porque encontrarão fôrças novas para o trabalho.
a democracia brasileira, funciona; o respeito pelo Saberão que poderão viver com dignidade dentro de
direito dos cidadãos existe e hoje há a consciência suas casas e de que quando a vida brasileira trouxer
de cada um dêsses deveres a serem praticados em novos desvios de custos de vida, novos
relação à vida dos homens que trabalham e que desencontros de preços, saberão que estão a
vivem em nossa terra. defendê-los os que, no regime democrático foram
Sr. Presidente, devemos ter a permanente criados para interpretar o povo brasileiro.
preocupação pelo chefe de família; a Nação é a Assim, Sr. Presidente, nesta hora, tenho que
soma de todos os lares; e os que não se preocupam saudar o Senado Federal.
pela sorte de um lar ilegível da sorte do lar maior Saúdo a cada um dos Senadores que aqui
que é a pátria comum. Quando se paga mal a um estão, que não se deixaram perder pelas emoções,
chefe de família se está, naturalmente, que souberam renunciar às reivindicações, pessoais
encaminhando aquela família para a destruição; que souberam renunciar a tudo, até às prerrogativas
quando o chefe da família chega em casa e do seu do Regimento desta Casa, aos direitos que lhe são
envelope de pagamento não pode entregar à família inerentes. Que não apresentaram as suas emendas
o necessário para a sua manutenção, naquela hora, por saberem compreender a gravidade da hora atual
Sr. Presidente, êste chefe de família perde a sua que deram a sua contribuição para a serenidade dos
própria autoridade! O seu filho que sai para rua, ao espíritos, para tranqüilidade dos sentimentos, para
voltar censura o pai, e êste não pode educá-lo e nem uma ordem compreensìvelmente humana na vida
pode orientá-lo porque êle não contribuiu com o social brasileira, para maiores esperanças e para
suficiente para a sua educação; e as filhas que melhores dias àqueles que vivem exclusivamente do
se prostituem acabam jogando ao rosto do próprio trabalho. Saúdo aos Srs. Senadores, saúdo a todos
pai – infeliz e pobre trabalhador que por fôrça dos aquêles que tinham as suas emendas para
defeitos da organização social brasileira não traz apresentar, àqueles que queriam defender uma
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verdade e uma justiça, àqueles que queriam bamos de ouvir do eminente Líder da Maioria, voz
consagrar um princípio que podiam consagrar, tinham nenhuma deveria fazer-se mais ouvir neste
as armas nas mãos para consagrar, mas que recinto, porque tudo está dito a respeito do ato de
renunciaram a ela a fim de realizarem primeiro a justiça que será a aprovação da Proposição.
ampla, a maior, a verdadeira, a coletiva justiça social, Ocupo a tribuna, por alguns instantes
deixando para mais tarde aquelas que fôssem justiças apenas, para um esclarecimento, pois que, dada
particulares, não misturando as necessidades de a orientação tomada pelos Líderes de Partido e a
todos com as necessidades de alguns. concordância de todos os Srs. Senadores,
Sr. Presidente, no tempo em que sou Líder da emenda alguma poderá ser apresentada.
Maioria, tive de recusar muito para muitos. As ponderações que vou expender não
Votava-se, Sr. Presidente, o Plano de seriam pròpriamente objeto de emenda que
Classificação dos Servidores Civis do Poder Executivo atingisse no âmago um artigo da lei, mas apenas,
e tive que recusar aos militares a apresentação de uma emenda de redação, se tanto.
suas emendas a êsse Plano. Depois, votava-se aqui o Do entendimento que tive com os Srs.
Projeto de Aumento dos Vencimentos dos Militares e Deputados, muitos dos quais estudaram o
tive de recusar aos civis a sua inclusão nêle. Hoje, Sr. projeto, verifiquei que muitos ignoravam a falha
Presidente, nada preciso recusar. no art. 14 que eu lhes apontava.
Agradeço ao Senado por isto. O Senado não Êsse artigo diz o seguinte:
exigiu que o Líder da Maioria recusasse algo neste Art. 14. Consideram-se equiparados aos
instante. Não preciso recusar nada contra ninguém. extranumerários mensalistas da União
Por que, Sr. Presidente? Porque o Senado não beneficiados pela Lei nº 3.483, de 8 de dezembro
recusou, o Senado concedeu a funcionários e a de 1958 e, como tal farão jus aos direitos,
trabalhadores a verdade da justiça social e realizou vantagens e demais prerrogativas aos mesmos
êsse ato com a serenidade necessária e a conferidos, inclusive as decorrentes da Lei
tranqüilidade que todos esperávamos desta Alta Casa número 3.780, de 12 de julho de 1960, e as
do Congresso Brasileiro. (Muito bem! Muito bem! previstas nesta lei, os servidores de obras das
Palmas. O orador é cumprimentado). ferrovias federais incorporadas à Rêde
O SR. PRESIDENTE: – Continua em discussão Ferroviária Federal S. A. (RFFA) pela Lei nº
o projeto. 3.115, de 16 de março de 1957, desde que,
O SR. FRANCISCO GALLOTTI (*): – Sr. admitidos até a data da instalação da referida
Presidente, Srs. Senadores, dentro de poucos dias entidade, contem ou venham a contar 5 (cinco)
festejaremos a data do Dia de Ação de Graças anos de exercício.
nacional. Hoje, o Senado, aprovando êste projeto Sr. Presidente e Srs. Senadores, há uma
como que festeja um dia do trabalhador nacional. estrada de ferro em regime especial. A Estrada
Após os discursos proferidos de Ferro de Santa Catarina, foi, há longos anos,
nesta tarde, principalmente o que aca- arrendada ao Estado de Santa Catarina. No ano
passado, porém, foi incorporada à
__________________ Rêde Ferroviária Federal. Existe, porém, um
(*) – Não foi revisto pelo orador. ato que determina o processamento de
– 717 –
um balanço completo do acervo da Estrada para que jo neste instante, nas galerias desta Casa, o
a incorporação se concretize. Êsse Presidente da União dos Portuários do Brasil. Quero,
balanço entretanto, não foi ainda concluído e a também, que S. Sa. vá dizer aos seus
estrada está sob regime especial, digamos, de correligionários que a lei foi votada, mas com os
interventoria. portuários trabalhando. Cessaram a greve para que
Com receio de que, ao se interpretar o Senado pudesse livremente, sem qualquer vestígio
o art. 14, o pessoal dessa ferrovia não fôsse incluído de coação, votá-la.
e, assim, não viesse a gozar os benefícios da Lei, Que o ilustre Presidente da União dos
tive entendimentos com os Deputados Portuários do Brasil conclame todos os portuários
que estudaram o projeto na outra Casa do desta Nação a que trabalhem por amor ao trabalho,
Congresso. Declararam-me êles que, por ocasião da trabalhem para fazer jus à remuneração, trabalhem
votação do projeto, dada a resolução de não sempre em benefício dos portos e, portanto, em
se apresentar qualquer emenda, esclareceriam que benefício do Brasil. Que não se deixem guiar por
essa Estrada, já incorporada à União algumas almas negras que se introduzem nas
por um ato, deveria também ser incluída no art. 14, classes portuárias e em outros meios. Cumpram o
para que o seu pessoal obtivesse tôdas as seu dever e estarão trabalhando também pela
vantagens da lei. grandeza do Brasil.
O SR. IRINEU BORNHAUSEN: – Dá V. Exa. Era só, Sr. Presidente. (Muito bem! Muito
licença para um aparte? bem!)
O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Pois não. O SR. PRESIDENTE: – Continua em
O SR. IRINEU BORNHAUSEN: – Estou discussão o Projeto.
inteiramente de acôrdo com o ponto de vista de V. O SR. COIMBRA BUENO: – Sr. Presidente,
Exa., mesmo porque entendo que, do momento em minhas palavras são naturalmente de congratulações
que o Govêrno Federal nomeou interventor para a com o Senado pelo modo por que vem conduzindo a
Estrada de Ferro Santa Catarina, ela ficou, de fato, discussão do Projeto, ora em debate, em regime de
incorporada à Rede Ferroviária Federal. urgência, sem a apresentação de qualquer emenda.
O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Muito grato Estamos diante de uma situação de fato, de
ao aparte esclarecedor de V. Exa. Penso também uma disparidade anticonstitucional e que nunca
como o nobre colega, mas as interpretações, muitas deveria ter sido estabelecida. Sou pela paridade
vêzes, trazem grandes decepções. permanente entre civis e militares. Meus discursos
Por essa razão, Sr. Presidente, é que ocupo a em quase seis anos de mandato aí estão
tribuna, já agora com o apoio do eminente colega de comprovando que tenho sido o defensor número um
representação por Santa Catarina, Senador Irineu do funcionalismo público brasileiro.
Bornhausen. Estou certo de que ninguém duvidará Entretanto, Sr. Presidente, sempre separo o
da inclusão dos funcionários da Estrada de Ferro joio do trigo. Classifiquei, classifico e continuarei
Santa Catarina nos benefícios. classificando o pessoal da União em funcionários
Terminando, Sr. Presidente, quero públicos e funcionários políticos. Aos primeiros – aos
congratular-me com as classes trabalhadoras do trabalhadores dêste País, àqueles que lutam,
Brasil e, em especial com os portuários porque ve- devemos dar tôda a atenção – aos segundos, porém,
– 718 –
atribuímos a responsabilidade por êsse outros reclamando. Julgo ser um dever, repito, após
empreguismo que está asfixiando esta Nação. a aprovação dêste projeto, apurarmos,
Sou a favor da paridade permanente, rigorosamente, tanto quanto possível o montante da
e assim, com mais razão da correção das injustiças despesa decorrente da Proposição, que
ora em vigor. O que está errado é o processo de se reconhecemos inevitável, ou sua incidência sôbre a
votar aumento para uns, ignorando outros, para Receita pública do País; precisamos saber os
depois fazer-se a paridade. Tal fato ocorreu no gastos, com o pessoal, que incidirão sôbre o início
primeiro ano do atual período governamental e do próximo exercício financeiro. Precisamos dizer ao
está-se repetindo às vésperas da ascensão do nosso futuro dirigente – e creio que nenhum Senador
nôvo govêrno. Todos estão lembrados do abalo tem ponto de vista contrário ao meu – quais os
tremendo provocado no início da administração do recursos de que disporá e quais os encargos que
Sr. Juscelino Kubitschek, por êsse processo terá de cumprir, já no primeiro ano de govêrno.
incorreto de conceder-se aumento a alguns, Ninguém ignora que o Presidente da
esquecendo-se os demais, para meses depois vir a República que acabamos de eleger deverá enfrentar
correção. minoria no Parlamento Nacional.
É pois, um dever, alertar a Nação, neste Não quero, de modo algum, levantar suspeita
momento. Que alertada fique, para que não mais sôbre a Maioria perante o Congresso Nacional.
surjam problemas dessa natureza. A paridade, no Desejo, apenas, alertar e pedir a atenção de
momento, é justa. Os aumentos parciais, atingindo seus membros, sobretudo da Maioria, para que não
determinadas classes em detrimento de outras é que permitam que o futuro Presidente da República fique
é injusto, impatriótico, e até certo ponto, atentatório à em 1961, em situação insustentável, com a
própria sobrevivência do regime, pelas agitações que obrigação, de pagar recursos votados à última hora,
provocam. sem as devidas fontes de receita. Além de
Sr. Presidente, tôda vez que viermos a tratar inconstitucional não é justo êsse procedimento.
de aumento de vencimentos, devemos considerar O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Permite V.
igualmente todos os servidores civis e militares, Exa. um aparte?
ativos e inativos, da União. O SR. COIMBRA BUENO: – Pediria a V. Exa.
Há cêrca de uma semana, através dos mais que aguardasse um pouco mais a fim de que possa
credenciados elementos da Oposição na Câmara terminar esta parte do meu discurso.
dos Deputados, solicitei informação tão aproximada O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – O meu
quanto possível, do montante dos encargos aparte perderia a oportunidade. Desejava apenas
resultantes, para o Tesouro, do Projeto de Paridade dizer que V. Exa. está sendo injusto para com a
ora em discussão. Não o consegui. Julgo, porém, ser unanimidade de seus companheiros ao acusar a
dever, primeiro da Maioria que nos conduz a votar Maioria de criar encargos pesados ao futuro
quase no escuro, matéria de tal importância; governante da Nação.
segundo, do Congresso que vota às cegas, mesmo O SR. COIMBRA BUENO: – Se me
fazendo justiça aos injustiçados, pelo processo de houvesse permitido continuar minhas
votação que vimos adotando, no último considerações, V. Exa. não teria dado êste aparte.
qüinqüênio de favorecer uns deixando os Verificaria que não estou cometendo injustiça
– 719 –
para com a Maioria do Senado. Minhas palavras não vando-o e com justiça para 1.000 e 1.200 cruzeiros.
constituem acusação, e sim o registro de uma Esta é medida a meu ver justíssima.
situação de fato. Justificam-se também alguns dispositivos do
O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Então, Projeto que acabamos de votar, como aquêle que
perdoa-me Vossa Excelência. concede melhor remuneração aos trabalhadores das
O SR. COIMBRA BUENO: – Creio que primeiras letras, esquecidos pelas leis anteriores.
nenhum Senador contestará que o futuro Govêrno irá Há também dispositivo justo que julgo como
arcar com pesadíssimos encargos, sem os sendo uma tentativa de limitação de vencimentos
correspondentes recursos para pagá-los, e que dos príncipes do regime, dos que percebem cem,
sejam de nosso conhecimento. cento e cinqüenta ou até mais de duzentos mil
A Constituição neste ponto é bem clara. cruzeiros por mês, dentro das fronteiras do País.
Lamento ter de dizer que, em meu espírito de Estou tentando, Sr. Presidente, separar o joio
representante do povo, pairam dúvidas do trigo.
sôbre se a despesa com o projeto que ora votamos o Sou dos que entendem que o funcionalismo
aumento será da ordem de trinta, ou quarenta ou público deve ser tão bem remunerado como as
cinqüenta bilhões de cruzeiros. Sei porém, que a demais classes que trabalham na indústria, no
renda desta Nação é da ordem de cento e oitenta comércio e em outras atividades sobretudo privadas
bilhões de cruzeiros; e uma incidência desta ordem do País.
poderá ser catastrófica se não forem adotadas, em Nos países mais desenvolvidos a disputa do
tempo, medidas capazes de regularizar essa trabalho é idêntica tanto em relação a cargos
situação. públicos como a cargos em atividades privadas.
Uma tal dúvida ou oscilação entre 30 e 50 Governos há que, habitualmente, procuram seus
bilhões, pode tirar o sono de Legisladores, mas não servidores numa ação desenvolvida, através de
será um tranqüilizante para os futuros dirigentes da anúncios nos jornais, concorrendo assim em
Nação. condições de igualdade e portanto de justa
Não sou contra a Paridade, repito, porque ela remuneração do trabalho, com as emprêsas
procura resolver uma situação de fato e injusta como privadas.
a unanimidade dos senhores Senadores acaba de Infelizmente, isto não acontece no Brasil,
reconhecê-lo e como tal não pode prevalecer. devido ao vício de muita gente que faz política neste
Alguns Srs. Senadores tentaram apresentar País, não à custa do próprio bôlso, não à custa do
emenda a fim de excluir do Projeto certas injustiças, próprio esforço e capacidade, mas de nomeações às
como a que citou o nobre Senador Caiado de Castro, custas do Govêrno, pagando as eleições à custa da
resultante da prática irregular de se votar para uns União em milhões e milhões de cruzeiros.
esquecendo outros, para dias depois, surgirem Disto resultam os funcionários políticos, que
problemas como o caso do "salário-família" para o vivem tirando, sugando o dinheiro da Nação, e
qual não há justificativa, uma vez, que para o dividindo com os legítimos funcionários públicos a
militar está êle fixado na base de remuneração, o suor e o sangue dos que
quinhentos cruzeiros enquanto que para outros prestam reais benefícios ao País. Êstes são os
servidores, os civis, estamos agora ele- funcionários públicos, êstes são, igual-
– 720 –
uma situação de fato – a Paridade que é justa; êste País não é tão pobre como V. Exa. diz. Pode,
injusta é a sua origem, que favoreceu a uns perfeitamente remunerar bem o funcionário público.
esquecendo os outros. Penso no entanto, nobre Senador, que não deve, ao
O SR. MOURA ANDRADE: – V Exa. me mesmo tempo, remunerar o funcionário político que
perdoe, mas a ordem de argumentos de V. Exa. ingressa nos quadros pelos canais indevidos e que
sugeriu-me coisa diferente; convenceu-me de que V. em última análise vive à custa dos recursos,
Exa. propugna, primeiro pela receita e depois, pela destinados aos que trabalham. Para cada funcionário
despesa. V. Exa. é um apóstolo do Estado rico e do que trabalha, existem vários por aí falando, vivendo;
povo pobre. à Custa do empreguismo dos erros que vimos
O SR. COIMBRA BUENO: – Vossa Exa. está cometendo há anos; sobretudo, depois da Ditadura.
equivocado: sou apóstolo do povo rico. Faço justiça, neste ponto, à Ditadura, apesar de ser
O SR. MOURA ANDRADE: – V. Exa. disse radicalmente contra tôda e qualquer Ditadura, como
em sentido contrário. V. Exa. só se preocupa com o fui contra a que se estabeleceu neste País:
que se dê ao Estado fôrça, arrecadação, etc., para, tranqüila, romântica e pacífica. Faça-se justiça que
depois pensarmos nos problemas da Nação, do nesse tempo a questão do pessoal era mais bem,
homem, do funcionário, da família e do trabalho. Foi encarada. Os funcionários públicos ao tempo da
isto que entendi. Ditadura, com o aparentemente pouco dinheiro que
O SR. COIMBRA BUENO: – Vossa Exa. não recebiam da União, levavam mais bens, e gêneros
me entendeu. de consumo para as suas casas que hoje com o,
O SR. MOURA ANDRADE: – V. Exa. aparentemente muito que percebem
começou o seu discurso nestes têrmos e usando de contemporaneamente.
expressões bastante rigorosas, que deixavam nítida Clamo é contra, o hábito, que se instalou no
a posição de V. Exa. favorável ao Estado rico, País, de não indagar, sequer, o número de
embora o povo fôsse pobre. empregados que temos. É a pura verdade! O próprio
O Estado rico sôbre um povo pobre é o Estado Senado desconhece quantos, funcionários possui no
injusto, o Estado ingrato, que não reconhece o momento. Já pedi informações e apelei para todos
trabalho do homem, Estado que não dá vencimentos os recursos para saber quantos são os funcionários
para o homem, que não dá recursos para que possa, da União. Em verdade ninguém o sabe; esta é uma
viver, favorecer-lhe o trabalho a fim de produzir e triste realidade. Em verdade Brasil pode remunerar;
enriquecer a coletividade, e, em conseqüência, bem uma equipe; de funcionários públicos, que
enriquecer o Estado. Parece-me, Senhor Senador; trabalhe bem. Mas dividindo os recursos normais
que no terreno concepcional estamos em total para seu pessoal normal, com o pessoal que vive
contradição: em maior número fazendo apenas politicagem;
O SR. COIMBRA BUENO: – Lamento muito sacrifica os primeiros, e se engalfa num caos
contestar as palavras de V. Exa. julgo exatamente o administrativo. Êste o ponto que ataquei, e que o
contrário do que V. Exa. diz. V. Exa., naturalmente, nobre Líder da Maioria admiràvelmente ladeou.
ladeou o assunto com muita habilidade, mas O SR. MOURA ANDRADE: – V. Exa.
coloquei o dedo num ponto-básico. Acho que me perdoe; talvez eu não tenha la-
– 722 –
deado, talvez tenha tomado condução errada em ra Andrade, é melhor que se dê 100% da renda da
virtude, da orientação que V. Exa. deu ao seu União àqueles que se interessam por cargos
discurso. V. Exa. falou ao mesmo tempo tantas políticos e que se ignore, a realidade dos fatos,
coisas contraditórias que é possível eu tenha, no deixando os verdadeiros trabalhadores à míngua,
meu aparte ficado entre elas. Na verdade, eu me porque êles realmente não vivem também de
esforcei por verificar qual a crítica de Vossa expedientes fora de suas repartições.
Excelência. V. Exa. acaba de declarar que o Brasil O SR. MOURA ANDRADE: – Vou-me privar
deve remunerar bem seu funcionalismo, precisa, do grato prazer de apartear V. Exa. Se continuarmos
remunerá-lo bem apenas V. Exa. fêz uma distinção alimentando essa discussão, acabaremos perdendo
especiosa entre funcionário público e funcionário o número na Casa, e não é êsse o desejo da
político. Maioria.
O SR. COIMBRA BUENO: – Não existe de O SR. COIMBRA BUENO: – Vossa Exa.
fato está classificação no País? habilmente ladeia o assunto. A contradição que V.
O SR. MOURA ANDRADE: – Todo Exa. aponta em meu discurso pode ser contestada
funcionário é funcionário público Político, bons ou se V. Exa. quiser ler a sua publicação no Diário
maus são aquêles que encartucham bons, ou maus Oficial. O ponto de vista que defendo é um pouco
funcionários. V. Exa. não pode atingir tôda a classe ingrato. O próprio funcionalismo público, infelizmente
baseado num argumento de que existiria um até o presente momento, por qualquer motivo se
funcionário político e um funcionário público. O negou, ou não desejou separar o joio do trigo. É uma
funcionário político que V. Exa. está apontando é situação que registro e lamento. Terminarei meu
algum funcionário encartuchado por algum político discurso com palavras de fé e esperança naqueles
inescrupuloso. Aí então, a culpa é do político e não que trabalham, neste País, no sentido de que se
do funcionário. organizem e procurem ver a realidade, geralmente
O SR. COIMBRA BUENO: – A culpa é dos omitida ou negada em praça pública e no Parlamento
dois (Riso). Nacional por conveniência, porque muitos dos que
O SR. MOURA.ANDRADE: – Se V. Exa. têm assento ano Parlamento Nacional são também
atribuí a culpa também à vítima, paciência; que, vou responsáveis pela situação irregular, que o País
fazer? É um caso de atropelamento. atravessa, neste particular e em outros setores.
O SR. COIMBRA BUENO: – Se V. Exa. acha Sabemos todos, que para cada funcionário
que são "vítimas" êses indivíduos que atropelam V. público que trabalha, há dois ou três outros que flanam
Exa. nas ruas do Rio de Janeiro... e que podem ser classificados como funcionários
O SR. MOURA ANDRADE: – Estão sendo políticos. Infelizmente, essa verdade tem de ser
vítimas de V. Exa. no seu discurso, que os está negada ou omitida, sempre que a tribuna é ocupada,
atingindo duramente enquanto que êles não têm porque há sempre muitos argumentos artificiais
culpa de serem funcionários públicos por para que não seja enfrentada. Mas é bom enfrentá-los
encartuchamento de algum político inescrupuloso. de uma vez por tôdas porque dia virá em que não
O SR. COIMBRA BUENO: – Com teremos mais de onde tirar leite. Um País pecuário
essa teoria, nobre Senador Mou- como o nosso pode ser comparado a uma monu-
– 723 –
Valores Mensais
SÍMBOLOS
Cr$
1-C ................................................................................................ 63.000,00
2-C ................................................................................................ 53.000,00
3-C ................................................................................................ 54.000,00
4-C ................................................................................................ 50.000,00
5-C ................................................................................................ 47.000,00
6-C ................................................................................................ 44.000,00
7-C ................................................................................................ 41.000,00
8-C ................................................................................................ 38.000,00
9-C ................................................................................................ 36.000,00
10-C ................................................................................................ 34.000,00
11-C ................................................................................................ 32.000,00
12-C ................................................................................................ 30.000,00
13-C ................................................................................................ 29.000,00
14-C ................................................................................................ 28.000,00
15-C ................................................................................................ 27.000,00
16-C ................................................................................................ 26.000,00
17-C ................................................................................................ 25.000,00
18-C ................................................................................................ 24.000,00
19-C ................................................................................................ 23.000,00
20-C ................................................................................................ 22.000,00
21-C ................................................................................................ 21.000,00
– 725 –
C) GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO
Obs. A gratificação do funcionário será igual à atribuída, anualmente aos Ministros de Estado,
diferença entre o vencimento do seu cargo efetivo e ressalvados os direitos já adquiridos.
o valor do símbolo fixado para a função. Art. 4º A soma das gratificações de que trata
Art. 2º Os novos valores dos níveis e art. 145 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952,
referências previstos nesta lei serão considerados com a instituída pelo art. 74 da Lei nº 3.780, de 12 de
para efeito do disposto no art. 21 da Lei nº 3.780, de julho de 1960, não poderá ser superior a 100% (cem
12 de julho de 1960, fixando, desta forma, alterada a por cento), do vencimento do funcionário.
localização do servidor nas referências. Art. 5º Até que se aplique o disposto nos
Art. 3º Os vencimentos dos Ministros de arts. 56, 63 e 96 da Lei nº 3.780 de 12 de julho de
Estado são fixados em Cr$ 105.000,00 (cento e 1960, com os valores fixados nesta lei, fica
cinco mil cruzeiros). concedido um abono de 44% sôbre os respectivos
Parágrafo único – Nenhum servidor público vencimentos, aos servidores dos Territórios, das
civil ou militar, ativo ou inativo, poderá perceber, no autarquias, entidades paraestatais, ferrovias,
País, em cada exercício, a título de vencimento, serviços portuários e marítimos, administrados
remuneração ou provento, importância superior à pela União sob forma autárquica e aos ina-
– 726 –
tivos amparados pelos referidos dispositivos. cias horizontais correspondentes ao nível 18.
§ 1º Igual vantagem será concedida ao Art. 9º Aos servidores públicos civis ativos e
pessoal a ser enquadrado na forma do Capitulo V da inativos do Poder Executivo, cujo sistema de
Lei nº 3.780, de 12 de julho de 1960, cessando esta remuneração não foi modificado pela Lei 3.780, de
concessão com o respectivo enquadramento do 12 de julho de 1960 é concedido um reajuste de 44%
servidor. sôbre os respectivos vencimentos, salários e
§ 2º O abono de que trata êste artigo é extensivo proventos que percebiam à data dessa mesma lei.
aos servidores ocupantes dos cargos e funções Art. 10º Os cargos de Consultor Jurídico dos
relacionados no Anexo VI, da Lei nº 3.780, de 12 de Ministérios e do Departamento Administrativo do
julho de 1960, enquanto permanecerem nessa situação. Serviço Público são de provimento efetivo e de livre,
§ 3º Fica concedido aos pensiolistas civis nomeação do Presidente da República, nos têrmos
pagos pelo Tesouro Nacional ou pelo Instituto de do art. 1º do Decreto-lei nº 8.564, de 7 de janeiro de
Previdência e Assistência dos Servidores do Estado 1946.
um aumento correspondente a 50% sôbre as Art. 11. O salário-família passa a ser
respectivas pensões. concedido na razão de Cr$ 1.000,00 (hum mil
§ 4º No cálculo do abono e do aumento de que cruzeiros) para cada um dos dois primeiros
trata êste artigo, levar-se-á em conta o disposto no dependentes e de Cr$ 1.200.00 (hum mil e duzentos
art. 92 da Lei nº 3.780, de 12 de julho de 1960. cruzeiros) do terceiro em diante.
Art. 6º Fica elevado para 30% o abono de que Art. 12 Os benefícios do art. 3º, da Lei nº
trata o art. 98 da Lei 3.780, de 12 de julho de 1960, e 3.205, de 15 de julho de 1957, são extensivos aos
estendido o mesmo abono, a partir da vigência desta atuais Tesoureiros, Auxiliares, Conferentes,
lei, ao Procurador Geral da República. Conferentes de Valores, Interinos, Substitutos.
Art. 7º Ao Consultor Geral da República e aos Art. 13. Ressalvadas as suas peculiaridades
membros do Ministério Público será concedido um de administração de pessoal, as vantagens
abono de 20% (vinte por cento) sôbre os respectivos financeiras desta lei aplicam-se ao pessoal ativo e
vencimentos, até que êstes sejam fixados em lei inativo das Autarquias, Entidades Paraestatais e dos
específica. serviços portuários e marítimos, bem como ao
Parágrafo único. O disposto neste artigo é pessoal da Rêde Ferroviária Federal S.A., amparado
extensivo aos Procuradores de autarquias e aos pela Lei nº 3.115, de 16 de março de 1957, e ao das
ocupantes dos demais cargos, de provimento efetivo, Ferrovias a esta posteriormente incorporadas, sem
do Poder Executivo, de que trata a Lei nº 3.414, de prejuízo do enquadramento a que se refere o art. 76
20 de junho de 1958. da Lei nº 3.780, de 12 de julho de 1960.
Art. 8º Os vencimentos dos Professôres Art. 14. Consideram-se equiparados aos
Catedráticos do Ensino Superior e do extranumerários-mensalistas da União,
Colégio Pedro II são fixados em Cr$ 47.000,00 beneficiados pela Lei nº 3.483, de 8 de dezembro
(quarenta e sete mil cruzeiros) e os Delegados de de 1958, e, como tal farão jus aos direitos,
Polícia em Cr$ 41.000,00 (quarenta e um mil vantagens e demais prerrogativas aos mesmos
cruzeiros), aplicando-se a êstes as referên- conferidos, inclusive as decorrentes da Lei nº
– 727 –
3.780, de 12 de julho de 1960, e as previstas nesta Discussão única do Projeto de Lei da Câmara
lei, os servidores de obras das ferrovias federais nº 84, de 1960 (nº 2.079, de 1960, na Câmara), que
incorporadas à Rêde Ferroviária Federal Sociedade cria regime especial de desapropriação por utilidade
Anônima (RFFSA) pela Lei nº 3.115, de 16 de março pública para execução de obras no Polígono das
de 1957, desde que, admitidos até a data da Sêcas (incluído em Ordem do Dia em virtude de
instalação da referida entidade, contem ou venham a dispensa de interstício, concedida na sessão anterior
conter (cinco) anos de exercício. a requerimento do Sr. Senador Menezes Pimentel),
Parágrafo único. Os cargos ou funções dos tendo Pareceres Favoráveis, sob ns 456 e 457 de
servidores a que se refere êste artigo deverão 1960, das Comissões de Constituição e Justiça e de
constar de Quadros ou Tabelas especiais, Finanças.
extinguindo-se cada um à medida que se vagar.
Art. 15. Fica prorrogada por cinco exercícios, O SR. PRESIDENTE: – Em discussão.
de 1961 a 1965, inclusive, a vigência do adicional O SR. JOÃO VILLASBÔAS (*): – Sr.
previsto, no art. 98 da Lei nº 3.470, de 28 de Presidente, o projeto, ora em discussão, se me
novembro de 1958. afigura flagrantemente contrário a preceito expresso
Art. 16. As vantagens financeiras desta lei na nossa Constituição. Há nele violações flagrantes
serão devidas a partir 1º de julho de 1960. de normas constitucionais.
Art. 17. Fica autorizado o Poder Executivo a Inicia o Projeto com o art. 1º assim redigido:
abrir o crédito especial de Cr$ 750.000,00 "As indenizações devidas em razão de
(setecentos e cinqüenta mil cruzeiros) ao desapropriações por utilidade pública necessárias às
Departamento Administrativo do Serviço Público, obras de defesa contra os efeitos das sêcas no
para atender às despesas decorrentes da aplicação Nordeste brasileiro, regular-se-ão pelo disposto
do disposto no § 7º do art. 38 da Lei nº 3.780, de 12 nesta lei.
de julho de 1960. Sr. Presidente, pelo enunciado do art. 1º o
Art. 18. Para atender às despesas resultantes, Projeto visa a estabelecer uma legislação especial,
da execução, desta lei, fica aberto ao Ministério da para desapropriações no Nordeste brasileiro, em
Fazenda o crédito especial de Cr$ 9.000.000.000,00 conseqüência da ação de combate aos efeitos da
(nove bilhões de cruzeiros), no corrente exercício. sêca. Começa, aí, a infringência constitucional, pois
Art. 19. Esta lei entrará em vigor na data de que o art. 31 da Constituição dispõe clara e
sua publicação, revogadas as disposições em precisamente que:
contrário. "A União, aos Estados, ao Distrito Federal e
O Senhor Senador Gilberto Marinho pronuncia aos Municípios, pois é vedado:
discurso que, entregue à revisar do orador, será 1 – criar distinções entre brasileiros ou
publicado posteriormente. preferências em favor de uns contra outros Estados
O SR. PRESIDENTE: – Havendo a douta ou Municípios.
Comissão de Constituição e Justiça apontado várias
falhas na redação dos autógrafos, o projeto será __________________
remetido à Comissão de Redação para que as corrija. (*) – Não foi revisto pelo orador.
– 728 –
menos que uma desapropriação judicial; não tem O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Com satisfação
caráter judicial porque visou execução feita por O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – O
processo rápido, sobremaneira útil para a União e princípio da unidade processual, realmente, à
mais útil ainda para as partes. Pelo processo geral primeira vista, estaria ofendido, porquanto, em se
em causa, o que há é uma execução, uma tratando de processo de desapropriação, teria
arbitragem a consenso das partes interessadas, do aplicação em todo o País. Não devemos, porém,
que mesmo um processo judicial. levar essa unidade ao ponto de estabelecer uma
O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Muito agradeço regra geral para Estados, municípios e regiões geo-
o aparte, com que me honrou o nobre colega econômicamente diferentes. A lei, quanto mais sábia,
Senador Argemiro de Figueiredo, uma das grandes mais tem em vista as condições sociais, econômicas
inteligências e um dos maiores cultores do Direito e financeiras de cada zona. Quase que poderíamos
nesta Casa. invocar a dissertação de Ruy Barbosa sôbre a
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – igualdade de todos perante a lei. A igualdade deve
Obrigado a Vossa Excelência. estar em razão das condições de cada região. O
O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – S. Exa. frisou, Nordeste, por exemplo, pelo próprio sistema da
justamente, o ponto inicial do meu discurso sôbre o nossa Constituição, recebe tratamento especial. A
não obedecer o Projeto a uma norma uniforme para própria Lei Magna o considera assim; há uma
todo o território nacional. legislação particular para êle.
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – Não No caso presente, não há um caráter de
tive a honra de assistir o início do discurso de V. desapropriação judicial, não se trata de um processo
Exa., mas o estou ouvindo com prazer. judicial de desapropriação, mas de acomodação com
O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Iniciei-o ciência das partes. V. Exa., quando cita o art. 31,
referindo-me ao art. 31, alínea I da nossa alínea I, da Constituição da República, data venia, fá-
Constituição, que proíbe terminantemente se faça lo apressadamente, pois a interpretação daquele
distinção entre regiões. Estados ou Municípios na dispositivo não é exatamente a que o nobre colega
legislação nacional. Aqui verifica-se uma distinção lhe dá. Reza o art. 31:
frontal, a que dá forma processual, um meio de "À União, aos Estados, aos Distrito Federal e
desapropriação para as terras de determinadas aos Municípios é vedado:
regiões, deixando os mais Estados e municípios I – criar distinções entre brasileiros ou
brasileiros sob o regime vigente. preferências em favor de uns contra outros Estados
Acentua V. Exa. que essa questão foi ou municípios;
suscitada pelo nobre colega Senador Daniel Krieger, No caso, não há preferência alguma, em favor
um dos luminares do saber jurídico nesta Casa, que de ninguém.
por êsse motivo, teria assinado vencido o Parecer da O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Êsse dispositivo,
honrada Comissão de Constituição e Justiça. em combinação com o art. 141, § 1º da Constituição,
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – estabelece justamente a igualdade da lei, vedando a
Permite. V. Exa. mais um aparte? distinção de um Estado para outro em legislação de
– 730 –
caráter geral – a Lei Processual, a Lei Eleitoral, a Lei dico, porque não há tribunal que a possa sancionar,
Penal etc. porque V. Exa. estabelece nela uma forma que já
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – O que não é mais de desapropriação.
caracteriza, no texto a inconstitucionalidade, é a O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – O
elaboração de lei de qualquer natureza que implique projeto não é de minha autoria, e sim oriundo da
em colocar um Estado contra o outro. Câmara dos Deputados, tendo sido aprovado pelas
O SR. JOÂO VILLASBÔAS: – Não é isso, Comissões de Constituição e Justiça e de Legislação
perfeitamente. Respeito muito o talento e a cultura Social daquela Casa do Congresso. Aqui, fui apenas
jurídica de V. Exa., mas peço permissão para Relator na Comissão que integro.
discordar de sua interpretação ao texto que acaba de O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Reconheço
citar. O art. 131 da Constituição inspira-se na que V. Exa. não é o autor do projeto, e sim do
igualdade e determina que, em leis de caráter geral – notável parecer que vem norteando minha
a Processual, por exemplo – não se podem discussão.
estabelecer normas diferentes para os vários Não podemos fugir a essa situação. Mas o que
Estados. Se assim não fôsse, cairíamos no extremo vejo no projeto, como V. Exa. mesmo afirma, é que
anterior à atual Constituição, em que cada Estado essas obras do Nordeste têm sido feitas como
legislava para si. Se foi estabelecida a unidade violação do preceito constitucional, sem prévia
processual, ela tem de ser respeitada em todo o desapropriação e sem indenização aos proprietários
território brasileiro. das terras do justo valor que elas representem.
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – V. Aqui diz: "as obras que já estiverem sendo
Exa. tem tôda a razão. executadas".
Apenas não atenta para o fato de que o Ora, Sr. Presidente, vê-se, que já estão
Projeto ora em debate não tem caráter judiciário. executando obras.
Dêle não decorrerá a intervenção de um juiz, em E mais adiante, no notável parecer do nobre
momento algum. Senador Argemiro de Figueiredo há referência às
O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – V. Exa. obras já executadas, e que, não figuram no projeto;
acentuou êsse ponto, em seu brilhante parecer. Não escaparam ao texto da proposição, excluindo sua
há, contudo, forma alguma de desapropriação que indenização.
possa fugir às exigências do § 16, do artigo 141 da Verifica-se que houve, aí, violência do
Constituição Federal. Govêrno. Houve invasão de propriedade, houve
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – E confisco da propriedade, sem obediência à proibição
também as partes estão inibidas de procurar o Poder constitucional.
Judiciário. O SR. ANTÔNIO BALTAR: – Permite V. Exa.
O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – V. Exa., porém, um aparte?
está concorrendo para a elaboração de lei que não O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Com prazer.
pode absolutamente, vigir se levada ao O SR. ANTÔNIO BALTAR: –
conhecimento do Poder Judiciário. Evidentemente, sou modesto engenheiro, sôbre o
Estamos elaborando projeto que, se efetivamente aspecto jurídico, não seria eu quem tentasse
fôr transformado em lei, não poderá ter efeito jurí- fazer comentários às considerações de V. Exa. A
– 731 –
pelas terras apropriadas pelo Govêrno; mas aí, Mas, Sr. Presidente, eu não sòmente me sinto
Senhor Presidente, não há necessidade de impossibilitado de dar o meu voto a êsse Projeto que,
legislação, absolutamente. Os acôrdos são feitos para mim, infringe o art. 31; alínea primeira, art: 141,
entre o Poder Público e o particular, estabelecendo o parágrafo 1º e (artigo 141) parágrafo 16 e 'art. 147, da
preço das terras já ocupadas, já invadidas, já Constituição, porque está autorizando a
apropriadas ou em fase de apropriação e combinado desapropriação no interêsse público, e faz, entretanto,
o preço e forma de pagamento. Não há necessidade referência direta ao parágrafo 16, do art. 141, isto é, a
– repito de legislarmos sôbre isso. exigência da prévia indenização para se efetivar a
O SR. CUNHA MELLO: – Aí a Constituição desapropriação, isto é, para o desapropriante entrar na
seria violada, porque exige que haja pagamento posse das terras desapropriadas.
prévio. Mas, Sr. Presidente, apanhado de surpresa,
O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Diz V. Exa. que por êste Projeto e pretendendo conhecer a sua
a Constituição seria violada. A Constituição já foi repercussão no interêsse do Nordeste, formulei um
pelo Poder Público, com a.apropriação por parte Requerimento, pedindo que êle vá à Comissão
dêsse departamento da União, de terras particulares Especial de Estudos do Problema das Sêcas do
sem a indenização prévia. Nordeste a fim de ali receber parecer sôbre a sua
Agora, o que se procura é dar o amparo, a conveniência ou não. É o Requerimento que faço
cobertura do Congresso algumas normas de chegar à Mesa, para votação oportuna (Muito bem!)
entendimento entre o Poder Público e os O SR. PRESIDENTE: – tem a palavra o nobre
particulares, não sòmente para indenização das Senador Argemiro de Figueiredo.
terras a serem aproveitadas por aquêles O SR ARGEMIRO DE FIGUEIREDO (*): –
trabalhadores de defesa contra as sêcas, como Senhor Presidente e Srs. Senadores, ouvi, com a
também aquelas que estão sendo ocupadas, atenção que bem me merece, o discurso
deixando de lado, como muito bem frisou no douto pronunciado pelo eminente e brilhante Líder da
parecer o nobre Senador Argemiro de Figueiredo Minoria nesta Casa, o nobre Senador João
aquelas que já estão ocupadas, em que as obras já Villasbôas argüindo de inconstitucional o projeto ora
foram concluídas. submetido à discussão desta Casa.
Sr. Presidente, não se trata aqui, como afirma Devo dizer a V. Exa, e ao Senado, Sr.
o parecer da honrada Comissão de Constituição e Presidente, que relatei êste Projeto quase que às
Justiça; de excluir o proprietário, de recorrer ao pressas. Fui solicitado por vários Deputados da
Poder Judiciário na forma do parágrafo IV do art. 141 região do Nordeste, que têm representação no
da Constituição. Os que já tiveram suas terras Congresso, a que procurasse dar tramitação
ocupadas, ou estão na iminência de as terem mais rápida possível a essa proposição. Entretanto,
apropriadas por aquêle departamento do Govêrno declaro a V. Exa. e à Casa que tive o tempo
poderão recorrer ao Poder Judiciário, não sòmente necessário para estudá-la e redigir,
para impedir que ali se execute aquela obra, sem a com todo o cuidado, o parecer que, na verda-
prévia desapropriação, como também para pedir a
indenização daquilo que já fôra desapropriado pelo __________________
Govêrno. (*) – Não foi revisto pelo orador.
– 733 –
de, está por mim emitido e publicado no avulso. O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – Com
O projeto em causa, Sr. Presidente, foi todo o prazer.
submetido à apreciação da douta Comissão de O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Quero dar
Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e meu testemunho a V. Exa. Já fui Diretor Geral do
recebeu naquela Casa uma emenda substitutiva, Departamento de Obras Contra as Sêcas e quando
formulada pelo brilhante Deputado Sr. Pedro Aleixo. andei no Nordeste, as solicitações no sentido de que
Como se sabe, êsse parlamentar e quase construíssemos açudes mesmo pequenos, eram
todos os membros daquela Comissão técnica da insistentes. Eu, como desculpa, por não poder
Câmara são juristas eminentes e, naturalmente, não atender a todos, dizia àquela gente que antes de se
deixariam passar um projeto eivado das construí-los era preciso tratar da desapropriação das
inconstitucionalidades argüidas pelo nobre Senador terras, como de lei. A resposta era sempre a mesma:
João Villasbôas. "Doutor, isso de indenização depois se cuida; o que
O projeto é um dos mais úteis que já queremos é o açude". Êste fato vem confirmar as
passaram por esta Casa. O Senador João Villasbôas palavras de Vossa Excelência.
tem razão, defensor que é da Constituição da O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – V.
República, em comentar o projeto sob êsse aspecto, Exa. tem razão. É o que ocorre no Nordeste;
isto é, de o Govêrno não poder utilizar terras alheias ninguém embaraça ninguém obsta a ação do Poder
sem, antes, promover o processo de desapropriação Público no realizar obras planejadas para combater
regalar, natural, legal, prescrito na Constituição da os efeitos da sêca.
República e nas leis ordinárias do País. Nesse, fato inconteste, nesse costume entre
O que ocorre, na região nordestina é os nordestinos, verifica o nobre Senador João
exatamente aquilo que o nobre Senador João Villasbôas que não há pròpriamete violação de texto
Villasbôas desconhece: tôdas as obras públicas da Constituição, que só autoriza a desapropriação
realizadas pela União, principalmente as de grande mediante processo judiciário e pagamento do justo
açudagem são consideradas de salvação pública. preço, em dinheiro, ao proprietário da terra
Tôda a coletividade nordestina se interessa pela desapropriada. Não há violação e V. Exa. há de
execução de tais serviços. Dai por que ninguém, concluir que a nenhum nordestino faltaria com quem
nenhum particular, que teria direito de querer a aconselhar-se, faltaria meios de recorrer a
prévia e justa indenização dentro dos têrmos da advogados, a assessores, a seus orientadores, no
Constituição embaraça a ação do Govérno, no sentido de invocar a ação judicial, para evitar a
sentido de impedir a execução dessas obras apropriação do Govêrno, independentemente da
consideradas de salvação pública. indenização justa e prévia.
Aliás, é hábito do nordestino – não recorrer à Ora, se as partes a isso se submetem, se
Justiça para embaraçar a construção de um grande querem isso, se julgam ação do Govêrno como
açude que vá combater os efeitos da sêca. processo de salvação pública, admita S. Exa. que
O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Permito V. não há, pròpriamente, por parte do Govërno,
Exa. um aparte? violação do texto constitucional.
– 734 –
O que a Constituição assegura, no art. 141, é com as partes, sem haver, para tanto, repito,
a defesa dos direitos das partes. Se estas não necessidade de legislarmos contra a Constituição.
invocam a ação da Justiça, se consentem que o O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – Sr.
Govêrno se aproprie de suas terras, se permitem que Presidente, não há legislação contra a Constituição.
nelas o Govêrno realize obras sem recorrer às O projeto é francamente constitucional. O nobre
garantias que a Constituição lhes assegura, não há, Senador João Villasbôas há de se convencer de o
realmente, por parte do Govêrno violação da Carta texto constitucional assegura o direito individual.
Magna. Ninguém pode perder. Nem o Govêno nem qualquer
É o consenso, é costume realizar tais obras, outra entidade pode utilizar-se de terras particulares
no Nordeste, sem justa e prévia indenização. Não há sem a justa e prévia indenização em dinheiro. No
violação do direito individual. Se houvesse, as partes caso o texto constitucional garante a propriedade
teriam, dentro da faculdade do texto constitucional, o individual. Mas, se as partes não recorrem, ao
direito de invocar a ação judicial, obstando, contrário, combinam, acertam, enfim, concordam em
impedindo que o trabalho se executasse antes da que as obras se realizem, não há violação do texto
prévia e justa indenização em dinheiro. constitucional.
O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Permite Vossa O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Perfeitamente.
Excelência um aparte? O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: –
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – Senhor Presidente, outro ponto que interessa à
Concedo-o a Vossa Excelência. Comissão de Constituição e Justiça e que está em
O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Põe Vossa foco no parecer que elaborei, é o principio da
Exa. a situação muito a claro. Não há oposição, não unidade processual.
há impugnação da parte dos proprietários de terra Realmente, o art. 5º, citado pelo nobre
relativamente à realização dessas obras. O nobre Senador João Villasbôas, dá à União competência
Senador Francisco Gallotti informa ter ouvido, e dá especifica sôbre matéria processual. É o art. 5º
testemunho disso, que eles não se preocupam com a alínea XV, letra "a" que o diz:
indenização prévia, querem que se realizem as "Compete à União:
obras. A indenização virá depois. Mas, se assim é, se
há essa boa vontade da parte dos proprietários de XV – legislar abre:
terra, não vejo necessidade, absolutamente, desta lei, a) direito civil, comercial, penal, processual,
pois, dentro da legislação atual o Poder Executivo tem eleitoral, aeronáutico e do trabalho";
atribuições para entrar em acôrdo com os proprietários, No caso a própria União estaria legislando
fazer-lhes o pagamento lavrar a escritura de essa unidade processual. Não se a pode
compra e venda e promover a competente indenização, estabelecer de modo absoluto. Cabe à União
sem necessidade de traçarmos normas que, legislar, quer dizer, estabelecer que nem o Estado
diante da exposição de Vossa Excelência, são nem o Município podem legislar sôbre matéria
inteiramente desnecessárias. O Poder Executivo processual.
poderá utilizar-se de fórmulas que se traçam O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Justamente a
em simples portarias, mediante entendimento razão por que não invoquei o art. 5º
– 735 –
próprio interêsse dos nordestinos em cujas terras se O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – Com
realizam obras de caráter público. É um simples muita honra.
processo de pagamento, não há a intervenção do O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – V. Exa. diz que
Poder Judiciário nesse processo; nem se exige a não há intervenção judiciária, entretanto eu leio:
apresentação de título de domínio que todos os "Art. 4º Publicado o edital a que se refere
nordestinos sabem que não há título de domínio o art. 2º quem contra os presumíveis
regularizado; atende-se mais à circunstância de posse proprietários tiver qualquer direito a alegar, seja em
à propriedade reconhecida por tôda a população. Se relação aos bens expropriados seja em relação a
exigíssemos que essa gente fôsse obrigada a invocar a dívidas e outras obrigações, poderá pedir,
ação da justiça para receber aquilo que lhe é devido oferecendo prova do alegado, judicialmente, dentro
pelo Govêrno, o que ocorreria? de trinta dias da data da publicação, que se
É que o primeiro documento para promover a suspenda o pagamento do cheque correspondente
intervenção seria a petição inicial da parte ao preço da venda amigável de que tratam os
interessada com a documentação de propriedade, artigos 3º e 5º.
garantida pelo Govêrno. Quem é da Bancada § 1º Deferido o pedido e sobrestado o
nordestina sabe que a maior dificuldade que há entre pagamento o interessado deverá propor dentro de
os pequenos proprietários nordestinos é justamente oito dias ação competente para obter a penhora, o
a legalidade dessa sucessão de transmissão. Faltam arresto ou sequestro da importância de que se diz
títulos; mas a propriedade que êles detêm, de que credor, sob pena de liberação do cheque".
são possuidores é reconhecida como legítima mas, § 2º Se ninguém impugnar o pagamento,
faltam os títulos. Obrigar-se essa gente a recorrer ao apenas em relação a outros bens, se existirem, do
processo judiciário de indenização seria, na verdade, expropriado, produzirá efeito qualquer ação dos
cometer uma iniqüidade e obrigá-la a nunca receber interessados.
as indenizações que lhe são devidas. Art. 5º Caso o presumido proprietário não
A emenda apresentada pelo nobre Deputado aceite o preço fornecido, proceder-se-á a avaliação
Pedro Aleixo vem atender aos interêsses dos dos bens, por dois peritos, um de indicação dêle e
nordestinos. Publicado um editar chamando os outro do órgão incumbido de promover as
interessados para que ali apresentem os seus indenizações.
documentos de domínio, se os tiverem regularizados § 1º A escolha dos peritos constará
e ali entre as partes interessadas e os de têrmo em instrumento particular ou se o
representantes da União ou entidades do poder se expropriado fôr analfabeto, em escritura pública,
estabelece um acôrdo, uma decisão. Recebem, indicado desde logo pelos peritos escolhidos o
então, em cheque aquilo que as partes interessadas terceiro que desempatará caso haja divergência na
determinam como preço das indenizações. avaliação.
O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – Permite Vossa § 2º Avaliados os bens, pelo preço achado,
Excelência um aparte? será lavrada a escritura definitiva de venda.
– 737 –
§ 3º Os peritos examinarão os títulos de posse a que V. Exa. se refere – invocar sempre a ação da
e de propriedade do expropriado e farão referência, justiça quando as partes se julgam prejudicadas.
explicita, no laudo de avaliação, à natureza e às O fato, como V. Exa., Sr. Presidente, bem vê,
características dêles. pelo texto do art. 4º é exatamente isso: processa-se
Art. 6º O processo indicado no artigo anterior e a desapropriação, isto é, o pagamento dentro da
seus parágrafos poderá ser adotado para pagamento forma, estabelecida no projeto; não é uma
de indenizações devidas a quem, cujo nome não desapropriação.
conste no edital entre os presumíveis proprietários; O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – O acôrdo é
der prova satisfatória de que é legítimo dono de bens feito com os proprietários.
que estejam sendo expropriados. O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: –
Art 7º Tôdas as despesas com escrituras, Lembre-se V. Exa. de que no texto, quando surge
avaliações, diligências e outras necessárias para qualquer dúvida sôbre a propriedade, o projeto
satisfação das indenizações correrão por conta do manda recorrer ao Poder Judiciário. Êsse ponto é
órgão competente para promover a desapropriação. exatamente aquêle que apenas trata de processo de
Art. 8º Incorrerá nas penas do art. 342 do pagamento. Na hora da dúvida sôbre a legitimidade
Código Penal o perito que fizer afirmação falsa, do pagamento, uma vez que aquêle que reclama da
negar ou calar a verdade, no processo de avaliação União não seja proprietário e surjam outros
instruído pelo artigo 5º. reclamando o mesmo direito, o projeto manda que o
Art. 9º Esta lei entrará em vigor na data de sua caso seja resolvido perante o Poder Judiciário. De
publicação. modo que não há, absolutamente, violação à
Art. 10. Revogam-se as disposições em Constituição; é um dos projetos mais úteis, quero
contrário. confessar a V. Exa. e ao Senado – que passou por
Vê V. Exa que a lei cogita de uma parte esta Casa. Vem facilitar que os pobres possuidores,
puramente judiciária, a intervenção para a proprietários na região nordestina, recebam suas
legalização dos direitos, para a avaliação e para indenizações a um tempo certo, mais curto,
execução, a penhora, dentro, de oito dias, e e que sem as dificuldades extraordinárias sob o
estabelece plenamente, a seqüência do direito ponto de vista legal, processual, exibam
dentro de oito dias, se não o fizer. seus títulos sôbre domínio, fugindo assim a uma
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – O justiça morosa e penosa, justiça cara. O projeto vem,
texto que V. Exa. acaba de ler confirma o que digo, ao contrário do que afirma o Senador João
que não há intervenção judiciária. Êsse foi um ponto Villasbôas, atender aos interêsses privados de todos
em que o Senador João Villasbôas tocou nesta hora. os nordestinos da região onde se realizam essas
Foi exatamente o que me inspirou, tendo tido o obras.
cuidado de frisar a minha estranheza quando O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – O projeto de
elaborei o parecer. desapropriação não exclui o acôrdo entre a União,
O que se dá é o seguinte: o projeto pelos seus Departamentos, e o proprietário, para
respeita o texto constitucional pagamento da indenização.
– 738 –
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – Peço dos particulares, um processo rápido, sumário, menos
a V. Exa. para que atente à circunstância de que não custoso de pagamento. De modo que me veio na
há, no caso, processo de desapropriação; há o de contingência de contrariar os argumentos do nobre
pagamento. Senador João Villasbôas consciente, certo como estou,
O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – É o de que não se trata de projeto inconstitucional. Não há
entendimento, agora, entre a União e o proprietário nenhum texto da Constituição da República violado
das terras, para efetivar o pagamento da pelo projeto. Vem êle da Câmara dos Deputados, onde
indenização. É o que visa o projeto, aliás, excluindo passou pelo crivo da brilhante Comissão de
a desapropriação das obras a serem iniciadas. Constituição e Justiça; passou pela Comissão de
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – Aos Constituição e Justiça do Senado e é projeto, quanto
próprios Senadores salientei isso. ao mérito, da maior utilidade. Espero, assim, que o
O SR. JOÃO VILLASBÔAS: – O que é Senado não lhe negue apoio. (Muito bem, muito bem!).
inteiramente absurdo. Essa atribuição já tem o Poder O SR. PRESIDENTE: – Vai ser lido
Público, de entrar em acôrdo para o pagamento da requerimento do nobre Senador João Villasbôas.
indenização. É lido e aprovado o seguinte:
O SR. ARGEMIRO DE FIGUEIREDO: – Devo
dizer a V. Exa. que êste é um dos projetos pelos REQUERIMENTO
quais mais se interessa a Bancada de todo o Nº 484, DE 1960
Nordeste brasileiro. Estávamos discutindo – meu
parecer já estava emitido, digo entre parênteses – o Nos têrmos do art, 274, letra a, do Regimento
parecer na Comissão de Constituição e Justiça Interno, requeiro a audiência da Comissão Especial
quando em nome de todos os representantes de Estudo dos Problemas da Sêca do Nordeste
nordestinos da Câmara um Deputado pediu sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 84, de 1960.
permissão para fazer uma exposição sôbre o caso e Sala das Sessões, 21 de novembro de 1960. –
fêz um apêlo dramático para que não negássemos João Villasbôas.
tramitação rápida a êsse projeto; mas isso não me O SR. PRESIDENTE: – De conformidade com
impediria, não teria fôrça para que eu reconhecendo o voto do Plenário, a Mesa retira da ordem do dia o
a inconstitucionalidade viesse aqui pedir o Projeto de Lei da Câmara nº 84, de 1960.
apoio do Senado. Reconheço que o projeto é
francamente constitucional. Não há violação frontal a Discussão única do Projeto de Lei da Câmara
nenhum texto da Constituição da República, Essa nº 85, de 1960 (nº 529-59, na Câmara) que
unidade processual, essa igualdade de direitos à autoriza o Poder Executivo a abrir, pelo Ministério
indenização prévia assegurada pela Constituição, da Viação e Obras Públicas, os créditos
tudo isso diz respeito às partes, e não está especiais de Cruzeiros 600.000.000,00 e Cruzeiros
prejudicado. O projeto não impede que cada uma 100.000.000,00 para atender, respectivamente, às
recorra ao Poder Judiciário, quando entender despesas com a execução de obras de saneamento
conveniente; estabelece, apenas. no interêsse das e aproveitamento do Rio das Velhas no
partes, da União e sobretudo no interesse Estado de Minas Gerais; de estudos,
– 739 –
mentares de Cr$ 75.550.000,00 (setenta e cinco lhões, quinhentos e cinqüenta mil cruzeiros) à Lei
milhões e quinhentos e cinqüenta mil cruzeiros) número 3.682, de 7 de dezembro de 1959, que
e de Cr$ 293.600.000,00 (duzentos e noventa estima a Receita e fixa a Despesa da União para o
e três milhões e seiscentos mil cruzeiros) à Lei nº exercício de 1960, para refôrço das seguintes
3.682, de 7 de dezembro de 1959, que estima a subconsignações;
Receita e fixa a Despesa da União para o Anexo 2 – Poder Legislativo
exercício de 1960. 2.02 – Senado Federal
Rubrica da Despesa
O Congrego Nacional decreta: Despesas ordinárias
Art. 1º É aberto ao Poder Legislativo Senado Verba 1.0.00 – Custeio
Federal – o crédito suplementar de Cruzeiros Consignação 1.1.00 – Pessoal Civil.
75.550.000,00 (setenta e cinco mi- Subconsignações:
Cr$
1.1.01 – Vencimentos................................................................................................. 39.000.000,00
1.1.14 – Salário Família.............................................................................................. 250.000,00
1.1.15 – Gratificação de função.................................................................................. 2.300.000,00
1.1.23 – Gratificação adicional por tempo de serviço................................................. 15.600.000,00
1.1.27 – Abono provisório........................................................................................... 12.400.000,00
1.1.29 – Diversos........................................................................................................ 6.000.000,00
75.550.000,00
Cr$
1.1.01 – Vencimentos .................................................................................................. 48.000.000,00
1.1.02 – Subsídio variável ............................................................................................ 120.000.000,00
1.1.10 – Diárias ............................................................................................................ 80.000.000,00
1.1.14 – Salário-família ................................................................................................ 1.600.000,00
1.1.17 – Gratificação pela prestação de serviços extraordinário:
1) Secretaria .................................................................................................. 15.000.000,00
2) Diretoria de Orçamento ............................................................................. 1.000.000,00
1.1.23 – Gratificação adicional .................................................................................... 16.000.000,00
1.1.27 – Abono provisório ............................................................................................ 12.000.000,00
293.600.000,00
Art. 3º Os créditos aos quais se refere a Art. 4º Esta lei entrará em vigor na data de sua
presente lei são automàticamente registrados pelo publicação, revogando as disposições em contrário.
Tribunal de Contas e distribuídos ao Tesouro À Comissão de Finanças
Nacional, dispensadas as exigências do art. 93 do O SR. PRESIDENTE: – Esgotada a matéria da
Regulamento do Código de Contabilidade Pública. Ordem do Dia (Pausa).
– 741 –
Cr$ Cr$
C) GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO
Valores do
vencimento mais a
SÍMBOLO
gratificação em
cruzeiros mensais
1-F ................................................................................................................................ 44.000,00
2-F ................................................................................................................................ 42.000,00.
3-F ................................................................................................................................ 40.000,00
4-F................................................................................................................................. 38.000,00
5-F ................................................................................................................................ 37.000,00
6-F ................................................................................................................................ 36.000,00
7-F ................................................................................................................................ 35.000,00
8-F ................................................................................................................................ 34.000,00
9-F ................................................................................................................................ 33.000,00
10-F .............................................................................................................................. 32.000,00
11-F .............................................................................................................................. 31.000,00
12-F .............................................................................................................................. 30.000,00
13-F .............................................................................................................................. 29.000,00
14-F .............................................................................................................................. 28.000,00
15-F .............................................................................................................................. 27.000,00
16-F .............................................................................................................................. 26.000,00
17-F .............................................................................................................................. 25.000,00
18-F .............................................................................................................................. 24.000,00
19-F .............................................................................................................................. 23.000,00
20-F .............................................................................................................................. 22.000,00
21-F .............................................................................................................................. 21.000,00
22-F .............................................................................................................................. 20.000,00
23-F .............................................................................................................................. 19.000,00
24-F .............................................................................................................................. 18.000,00
25-F .............................................................................................................................. 17.000,00
– 743 –
Obs.: A gratificação do funcionário será igual à ocupantes dos cargos e funções relacionadas no
diferença entre o vencimento do seu cargo efetivo e Anexo VI, da Lei nº 3.780, de 12 de julho de 1960,
o valor do símbolo fixado para a função. enquanto permanecerem nessa situação.
Art. 2º Os novos valores dos níveis e § 3º Fica concedido aos pensionistas civis
referências previstos nesta lei serão considerados pagos pelo Tesouro Nacional ou pelo Instituto de
para efeito do disposto no art. 21 da Lei nº 3.780, de Previciência e Assistência dos Servidores do Estado
12 de julho de 1960, ficando, desta forma, alterada a um aumento correspondente a 50% sôbre as
localização do servidor nas referências. respectivas pensões.
Art. 3º Os vencimentos dos Ministros de § 4º No cálculo do abono e do aumento de que
Estado são fixados em Cr$ 105.000,00 (cento e trata êste artigo, levar-se-á em conta o disposto no
cinco mil cruzeiros). art. 92 da Lei nº 3.780, de 12 de julho de 1960.
Parágrafo único. Nenhum servidor público civil Art. 6º Fica elevado para 30% o abono de que
ou militar, ativo ou inativo poderá perceber, no País, trata o Art. 93 da Lei nº 3.780, de 12 de julho de
em cada exercício, a título de vencimento, 1960, e estendido o mesmo abono, a partir da
remuneração ou provento, importância superior à vigência desta Lei, ao Procurador Geral da
atribuída, anualmente, aos Ministros de Estado, República.
ressalvados os direitos já adquiridos. Art. 7º Ao Consultor Geral da República e aos
Art. 4º A soma das gratificações de que trata o membros do Ministério Público será concedido um
art. 145 da Lei número 1.711, de 28 de outubro de abono de 20% (vinte por cento) sôbre os respectivos
1952, com a instituída pelo art. 74 da Lei nº 3.780, de vencimentos, até que êstes sejam fixados em lei
12 de julho de 1960 não poderá ser superior a 100% específica.
(cem por cento) do vencimento do funcionário. Parágrafo único. O disposto neste artigo é
Art. 5º Até que se aplique o disposto nos arts. extensivo aos Procuradores de autarquias e aos
56, 63 e 96 da Lei número 3.780, de 12 de julho de ocupantes dos demais cargos, de provimento efetivo
1960, com os valores fixados nesta lei, fica do Poder Executivo, de que trata a Lei nº 3.414, de
concedido um abono de 44% sôbre os respectivos 20 de junho de 1958.
vencimentos aos servidores dos Territórios, das Art. 8º Os vencimentos dos Professôres
autarquias, entidades paraestatais, ferrovias, Catedráticos do Ensino Superior e do Colégio Pedro
serviços portuários e marítimos, administrados pela II são fixados em Cr$ 47.000,00 (quarenta e sete mil
União sob forma autárquica e aos inativos cruzeiros) e os dos Delegados de Polícia em Cr$
amparados pelos referidos dispositivos. 41.000,00 (quarenta e um mil cruzeiros), aplicando-
§ 1º Igual vantagem será concedida ao se a êstes as referências horizontais
pessoal a ser enquadrado na forma do Anexo V da correspondentes ao nível 18.
Lei nº 3.780, de 12 de julho de 1960, cessando esta Art. 9º Aos servidores públicos civis
concessão com o respectivo enquadramento do ativos e inativos do Poder Executivo, cujo
servidor. sistema de retribuição não foi modificado pela Lei nº
§ 2º O abono de que trata 3.780, de 12 de julho de 1960, é concedido um
êste artigo é extensivo aos servidores reajuste de 44% sôbre os respectivos vencimen-
– 744 –
tos, salários e proventos que percebiam à data dessa nham a contar 5 (cinco) anos de exercício.
mesma lei. Parágrafo único. Os cargos ou funções dos
Art. 10. Os cargos de consultor jurídico dos servidores a que se refere êste artigo deverão
Ministérios e do Departamento Administrativo do constar de Quadros ou Tabelas especiais,
Serviço Público são de provimento efetivo e de livre extinguindo-se cada um à medida que se vagar.
nomeação do Presidente da República, nos têrmos Art. 15. Fica prorrogada por cinco exercícios,
do art. 1º do Decreto-lei nº 8.564, de 7 de janeiro de de 1961 a 1965, inclusive, a vigência do adicional
1946. previsto no art. 98 da Lei nº 3.470, de 28 de
Art. 11. O salário-família passa a ser novembro de 1958.
concedido na razão de Cr$ 1.000,00 (hum mil Art. 16. As vantagens financeiras desta lei
cruzeiros) para cada um dos dois primeiros serão devidas a partir de 1º de julho de 1960.
dependentes e de Cr$ 1.200,00 (hum mil e duzentos Art. 17. Fica autorizado o Poder Executivo a
cruzeiros) do terceiro em diante. abrir o crédito especial de Cr$ 750.000,00
Art. 12. Os benefícios do art. 3º, da (setecentos e cinqüenta mil cruzeiros) ao
Lei nº 3.205, de 15 de julho de 1957, são Departamento Administrativo do Serviço Público,
extensivos aos atuais Tesoureiros, Auxiliares, para atender às despesas decorrentes da aplicação
Conferentes, Conferentes de Valores, Interinos, do disposto no § 7º do art. 38 da Lei nº 3.780, de 12
Substitutos. de julho de 1960.
Ar. 13. Ressalvadas as suas peculiaridades Art. 18. Para atender às despesas resultantes
de administração de pessoal, as vantagens da execução desta lei, fica aberto ao Ministério da
financeiras desta lei aplicam-se ao pessoal Fazenda o crédito especial de Cruzeiros
ativo e inativo das Autarquias, Entidades 9.000.000.000,00 (nove bilhões de cruzeiros), no
Paraestatais e dos serviços portuários e corrente exercício.
marítimos, bem como ao pessoal da Rêde Art. 19. Esta lei entrará em vigor na data de
Ferroviária Federal S.A., amparado pela Lei nº sua publicação, revogadas as disposições em
3.115, de 16 de março de 1957, e ao das contrário.
Ferrovias, a esta posteriormente incorporadas, O SR. PRESIDENTE: – Em discussão a
sem prejuízo do enquadramento a que se refere o Redação Final constante do Parecer que acaba de
art. 76 da Lei nº 3.780, de 12 de julho de ser lido.
1960. Não havendo quem faça uso da palavra,
Art. 14. Consideram-se equiparados encerro a discussão.
aos extranumerários-mensalistas da União, Em votação a Redação Final.
beneficiados pela Lei nº 3.483, de 8 de Os Srs. Senadores que a aprovam, queiram
dezembro de 1958, e, como tal farão jus aos permanecer sentados. (Pausa).
direitos, vantagens e demais prerrogativas Aprovada.
aos mesmos conferidos, inclusive as decorrentes Vai à sanção.
da Lei nº 3.780, de 12 de julho de 1960, e as Nada mais havendo que tratar, vou encerrar a
previstas nesta lei, os servidores de obras das sessão. Convoco os Srs. Senadores para uma
ferrovias federais incorporadas à Rêde sessão extraordinária às 21 horas, com a seguinte:
Ferroviária Federal Sociedade Anônima
(RFFSA) pela Lei nº 3.115, de 16 de março de ORDEM DO DIA
1957, desde que, admitidos até a ata da
instalação da referida entidade, contem ou ve- Matéria em Regime de Urgência:
– 745 –
EXTRAORDINÁRIA
§ 2º, do art. 1º, do Decreto-lei nº 650, de 20 de junho por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal,
de 1947, do Estado do Paraná, que autorizava a no recurso extraordinário nº 42.593, em 29 de
incidência do impôsto de vendas sôbre mercadorias setembro de 1959.
remetidas ou transferidas, para outro Estado feitas Art. 2º Revogam-se as disposições em
por filial, agência, sucursal, representante, depósito contrário.
ou sob outra denominação em conflito com Sala das Comissões, em 19 de outubro de
dispositivo de lei federal, que não considera 1960. – Lourival Fontes, Presidente. – Jefferson de
tributável as atividades referidas no texto legal Aguiar, Relator. – Daniel Krieger. – Caiado de
(Decreto-lei Federal número 915, de 1938). Castro. – Argemiro Figueiredo. – Ary Vianna. –
A decisão foi adotada no recurso Menezes Pimentel.
extraordinário nº 42.593, em acórdão unânime de 29
de setembro de 1959, que transitou em julgado. PARECER
A decisão fundamentou-se essencialmente no Nº 465, DE 1960
fato de a Lei 650 exorbitar a esfera tributária
estadual, porque se reserva à União, segundo o Da Comissão de Constituiçdo e Justiça, sôbre
disposto no art. 5º nº XV, letra K, da Constituição o Ofício de 14-1-60, do Sr. Presidente do Supremo
Federal, a competência para legislar sôbre o Tribunal Federal, encaminhando cópia autenticada
comércio interestadual, infringindo, ainda, a da Representação nº 398, de Santa Catarina, julgada
regra do art. 19, § 5º, que fixa e determina a a 20-7-1959 (inconstitucionalidade da Lei nº 348 –
uniformidade do impôsto sôbre venda em todo o 1958, no tocante ao Município de "Meleiro"). Ofício
território nacional. nº 30-P (c).
Em arestos anteriores o Egrégio
Supremo Tribunal Federal adotara idêntico Relator: Sr. Jefferson de Aguiar
pronunciamento (recurso de mandado de O Egrégio Supremo Tribunsd Federal
segurança nº 2.299, do Paraná, acórdão de 9-12- considerou inconstitucional a Lei nº 348, de 21 de
1953; recurso extraordinário nº 19.281, do Paraná, junho de 1958, do Estado de Santa Catarina, em
acórdão de 7-8-1956; recurso de mandado de acórdão unânime proferido na Representação nº
segurança nº 6.322, acórdão de 19 de janeiro de 398, em 20 de julho de 1959.
1959). A lei considerada inconstitucional criava o
O Sr. Presidente do Supremo Tribunal Município de Meleiro, com área desmembrada do
Federal enviou ao Senado cópia autêntica do aresto Município de Turvo, infringindo o art. 98, I, da
definitivo, para os fins do art. 64 da Constituição Constituição Estadual com desrespeito ao art. 7, VII,
Federal, merecendo adotado e aprovado o e da Constituição Federal.
seguinte: Merece aprovação o seguinte:
decisão definitiva proferida em 20 de julho de 1959, Catarina pela impugnada lei estadual.
na Representação nº 398.
Art. 2º Revogam-se as disposições em PROJETO DE RESOLUÇÃO
contrário. Nº 56, DE 1960
Sala das Comissões, em 9 de novembro de
1960. – Lourival Fontes, Presidente. – Jefferson de Art. 1º Fica suspensa a execução da Lei 380,
Aguiar, Relator. – Silvestre Péricles. – Daniel Krieger. de 19 de dezembro de 1958, do Estado de Santa
– Ruy Carneiro. – Menezes Pimentel. Catarina, que foi julgada inconstitucional por decisão
definitiva do Supremo Tribunal Federal, em 14 de
PARECER agôsto de 1959.
Nº 466, DE 1960 Art. 2º Revogam-se as disposições em
contrário.
Da Comissão de Constituição e Justiça, sôbre Sala das Comissões, em 9 de novembro de
o Ofício de 14-1-60, do Sr. Presidente do Supremo 1960. – Lourival Fontes, Presidente. – Jefferson de
Tribunal Federal, encaminhando cópia autenticada Aguiar, Relator. – Silvestre Péricles – Daniel Krieger.
da Representação nº 402, de Santa Catarina, julgada – Argemiro de Figueiredo. – Ruy Carneiro.
a 14-8-1959 (inconstitucionalidade da Lei nº
380/1958 – criação do Município de "José Boiteaux"). PARECER
Ofício nº 30-P (e). Nº 467, DE 1960
par Velloso. – Francisco Gallotti. – Ary Vianna. Sala das Comissões, em 9 de novembro de
1960. – Lourival Fontes, Presidente. – Jefferson de
PARECER Aguiar, Relator. – Silvestre Péricles – Daniel Krleger.
Nº 472, DE 1960 – Ruy Carneiro. – Menezes Pimentel.
O SR. PRESIDENTE: – Terminou na sessão
Da Comissão de Constituição e Justiça sôbre anterior o prazo para apresentação de emendas,
o Ofício de 14 de janeiro de1960, do Sr. Presidente perante a Mesa, ao Subanexo orçamentário
do Supremo Tribunal Federal, encaminhando cópia referente ao Ministério do Trabalho, Indústria e
autenticada da Representação nº 393, de Goiás, Comércio.
julgada a 6 de julho de 1959 (inconstitucionalidade Daqui por diante, antes da discussão, êsse
da Lei número 2.362 59. Ofício nº 30-P (a). Subanexo, sòmente poderá receber emendas
perante a Comissão de Finanças. (Pausa).
Relator: Sr. Jefferson de Aguiar Sôbre a mesa requerimento que vai ser lido
A Lei nº 2.362, de 9 de dezembro de 1958, do pelo Sr. Primeiro Secretário.
Estado de Goiás, desmembrou parte do território do É lido e apoiado o, o seguinte
Município de Luzitânia, anexando-o ao Município de
Planaltina, independentemente de deliberação da REQUERIMENTO
Câmara Municipal do Município interessado, contra Nº 485, DE 1960
preceitos expressos da Constituição Estadual (arts.
87, 89 e 102, alínea XV). Nos têrmos regimentais, requeremos a
Insurgiu-se o Município de Planaltina contra a transcrição nos Anais do Senado dos discursos
medida adotada pela Assembléia Legislativa do proferidos pelos Srs. Senador Guido Mondim e Mário
Estado de Goiás, obtendo do Supremo Tribunal Marques da Costa, êste em nome do funcionalismo
Federal o reconhecimento da inconstitucionalidade da Casa, na solenidade que se realizou a 19 do mês
da Lei, em aresto unânime proclamado na em curso na esplanada em que se situa o Palácio do
Representação nº 393, em 6 de julho de 1959. Congresso Nacional, em cerimônia em que se
Assim, nos têrmos do art. 64 da Constituição comemorou a efeméride da Bandeira Nacional.
Federal e em consonância com o art. 353 do Sala das Sessões, em 21 de novembro de
Regimento Interno, merece ser aprovado o seguinte: 1960. – Gilberto Marinho. – Francisco Gallotti.
O SR. PRESIDENTE: – Êste requerimento
PROJETO DE RESOLUÇÃO depende de apoiamento.
Nº 62, DE 1960 Os Srs. Senadores que o apoiarem deverão
permanecer sentados.
Art. 1º Fica suspensa a execução da Lei nº Sendo evidente que o documento cuja
2.362, de 9 de dezembro de 1958, do Estado de transcrição se pede não atinge o limite estabelecido
Goiás, que foi julgada inconstitucional por decisão no parágrafo único do art. 202 do Regimento Interno
definitiva do Supremo Tribunal Federal, em 6 de será oportunamente submetido à deliberação do
julho de 1959. Plenário, independentemente de parecer da
Art. 2º Revogam-se as disposições em Comissão Diretora.
contrário. Continua a hora do Expediente.
– 753 –
O SR. PRESIDENTE: – Tem a palavra o nobre to reinicio das obras, providência esta, que é
Senador Coimbra Bueno. relevante no momento, em face da visita do Senhor
O SR. COIMBRA BUENO: – Sr. Presidente, Presidente da República ao Pais vizinho, em janeiro,
há poucos minutos o Plenário do Senado para a cerimônia de inauguração de monumental
deu acolhida à subemenda da Comissão de ponte que estabelecerá mais um elo entre o Brasil e
Finanças, à Emenda nº 1 que apresentei, o Paraguai. Julgo oportuno que o Senhor Presidente
ao anexo do "Ministério das Relações da Repúplica ao comparecer à capital daquele País
Exteriores, relativamente à construção do amigo, possa dizer convincentemente junto à obra do
Colégio Experimental de Assunção, no Colégio já em andamento acelerado, – que o Brasil
Paraguai". honrará dentro de prazo curto, o compromisso que
Êste Colégio, Sr. Presidente, está sendo deveria ter sido cumprido em 1955.
erguido naquela Nação amiga, em virtude de Sr. Presidente, dou como lido o expediente
acôrdo, firmado em 21 de novembro de 1952, que recebi da Embaixada do Brasil e louvo, uma vez
que fixava sua conclusão em 24 meses. Naquela mais, a dedicação é espírito de iniciativa daquela
época a nossa moeda estava na ordem de Cr$ 20,00 nossa representação exterior, propugnando no
por dólar. Com a desvalorização progressiva sentido de que êste compromisso, formalmente
de cruzeiro, as verbas parciais dadas assumido, tenha sua execução ultimada no próximo
posteriormente para a obra, ao serem exercício de 1961. Os trechos que a seguir
convertidas em moeda estrangeira, vêm transcrevo de correspondência oriunda de Membro
sendo uma das causas de protelação no da nossa Embaixada em Assunção, bem como a
atendimento do referido compromisso, assumido mensagem que acompanha o Projeto nº 2.094, de
pelo nosso País. 1960, melhor de que minhas palavras, dão conta da
Quero dar o testemunho do zêlo dos Membros oportunidade e conveniência para o Brasil, através
da nossa Embaixada em Assunção, procurando, da palavra do seu Supremo Magistrado, poder
através de emenda que apresentei ao Orçamento assegurar em janeiro próximo, que os alunos e
para 1961, dotar o Executivo da verba de Cruzeiros professôres Paraguaios, bem como os Brasileiros, –
70.000.000,00, necessária para ultimação da obra. que servem na nossa Missão Cultural naquele País,
Assim, Sr. Presidente, tendo a nobre Comisão de não continuarão ao relente em 1961, no Colégio
Finanças do Senado dado acolhida parcial à emenda Experimental, de nossa responsabilidade.
de minha autoria, concedendo apenas dez milhões Documentos a que se refere o orador, de ns. 1
de cruzeiros, cabe, neste momento, um apêlo à outra a 3.
Casa do Parlamento, no sentido de que dê
tramitação urgente ao Projeto de Lei nº 2.094, de DOCUMENTO Nº 1
1960, oriundo de mensagem do Poder Executivo, e
cujos têrmos vão transcritos em anexo, liberando MEMORANDO
assim o restante da verba para 1961.
A verba de Cr$ 10.000.000,00, constará Colégio Experimental do Paraguai
do orçamento, uma vez que sua aprovação
pela Câmara dos Deputados está 1. Esta obra iniciada há vários
acordada; terá a virtude de permitir o imedia- anos para ser inaugurada em As-
– 754 –
Em 1959 recebeu a Comissão Construtora da Missão que faria o possível para conseguir que o
cêrca de Cruzeiros 5.000.000,00 para Colégio pudersse ser terminado quanto antes; por
pagamentos atrasados e obras de preservação isso peço a você se interessar pelo assunto e
que foram executadas. Ainda em fins de conseguir que o Padilha obtenha para o projeto o
1959 recebeu cêrca de Cruzeiros 14.000.000,00 regime de urgência. Aqui mando uma exposição do
que de acôrdo com o programa traçado, estão engenheiro-chefe ou melhor, fiscal da construção do
sendo aplicados na fabricação das Colégio, para dar uma idéia do assunto
esquadrias metálicas e serviços de
impermeabilização. COLÉGIO EXPERIMENTAL
Os dois recebimentos referidos completaram o PARAGUAI – BRASIL
crédito de Cruzeiros 20.000.000,00 aprovado pelo
Legislativo em 1958. RELATÓRIO
O orçamento de Cruzeiros 20.000.000,00 Nº 35 DA FISCALIZAÇÃO
elaborado naquela oportunidade previu a
conclusão total da obra, desde que a taxa de Antecedentes
conservação para o dólar fôsse em cêrca de Cr$
18,00 por dólar, taxa oficializada naquela A decisão do Govêrno brasileiro de construir
oportunidade. um Colégio no Paraguai, data da visita a Assunção
do então Presidente da República, Doutor Getúlio
DOC.Nº 2 Vargas, em 1941.
Nesta oportunidade foi ofertada pelo Doutor
Trecho da 1ª carta de 3-10-60 do Ministro Getúlio Vargas a construção de um Colégio primário,
Carlos Sette Gomes Pereira, servindo na que teria o nome de Colégio Brasil em substituição
Embaixada do Brasil em Assunção, ao Senador do existente, com o mesmo nome cujas instalações
Coimbra Bueno; se encontravam bastante precárias.
Posteriormente a idéia da doação do referido
Um outro assunto do qual estou para lhe colégio evoluiu e por estudos feitos pela Missão
falar é o seguinte: Há tempos o Govêrno brasileiro Cultural Brasileira no Paraguai foi aconselhada à
iniciou a construção de um Colégio "Experimental" Secretaria de Estado a construção de um Colégio
em Assunção, o colégio está enquadrado nas Secundário Modêlo ao invés do colégio primário,
finalidades da nossa Missão Cultural, à qual onde possibilitasse também o funcionamento, em
compete ministrar aulas na Faculdade de Filosofia turno diferente, da Faculdade de Filosofia cuja
de Assunção. Pois bem, êsse Colégio Experimental finalidade seria a formação de todos os professôres
iniciado há anos, está parado também, há secundários do Paraguai, iniciativa de alcance muito
algum tempo por falta de verba. O projeto que mais profundo.
libera uma verba ou melhor relativo ao crédito Aprovada a exposição de motivos pelo
de 70 milhões, está com o Deputado Raymundo Govêrno brasileiro, foi elaborada e assinada uma
Padilha, com o qual você podaria falar para apressar troca de notas entre os Governos Brasileiro e
sua votação, sem o que o trabalho ou melhor a Paraguaio, em datas de 21 e 26 de novembro de
construção, já em metade do caminho, 1952 cuja publicação feita pelo Ministério do Exterior
daquele Colégio, está ameaçado de perda do Brasil se encontra anexa a êste.
total, sem falar na triste repercussão que possa Posteriormente foi encomendada
ter nós meios paraguaios. Eu prometi ao Chefe pelo Ministério do Exterior do Bra-
– 756 –
estima e distinta consideração. – Fernando Saturnino De outro lado, Sr. Presidente e Srs.
de Brito, Arq. Senadores, não é possível manter a exportação no
O SR. PRESIDENTE: – Continua a hora do estado atual; que um pôrto bloqueado através do
Expediente. registro, por um café de qualidade inferior, seja
Tem a palavra o nobre Senador Nelson obstaculizado nos seus embarques para o exterior.
Maculan. Paraná como o Brasil depende, fundamentalmente,
O SR. NELSON MACULAN (*): – Sr. da exportação de café.
Presidente, Srs. Senadores, ocupo a tribuna desta É justo que, por meio de acordos bilaterais, se
Casa a fim de comunicar aos nobres Senadores o procure aumentar nossas exportações. Dessa forma,
que ocorre atualmente no Pôrto de Paranaguá, no o café do Paraná, que não alcança o registro mínimo
Estado do Paraná. de 33,77 cents por libra pêso, seria levado para
O registro de vendas instituído pelo Instituto novos mercados e, através de promoção de vendas
Brasileiro do Café para os portos de Paranaguá e eficiente, como a que se faz hoje na Itália –
Santos estabelece o mínimo de 33.77 cents por libra possibilitando ao Brasil recupérar, em seis meses,
pêso. Por Paranaguá, atualmente com perto de 11 mais de 60% da sua exportação – o Pôrto de
milhões de sacas de café, e um registro da safra de Paranaguá daria vazão aos cafés armazenados,
1960 a 1961 que se aproxima de 7 milhões de sacas, desenvolvendo, portanto, vendas e propiciando,
até o momento, seis meses de exportação, foram dessa maneira, melhores condições para os
embarcados 660 mil sacas. cafeicultores na futura safra.
Ora, Sr. Presidente e Srs. Senadores, em face O que vemos, Sr. Presidente e
do critério adotado pelo IBC, atribuindo igual registro Srs. Senadores, é um pôrto bloqueado, prêso
para ambos os portos, o interessado em adquirir café a um regulamento de embarques por um
do nosso País procurará, naturalmente, a praça de registro mínimo de café que não nos
Santos, não só pelas facilidades de embarque como, proporciona condições para comercia-lo. Se o
também, pela vantagem de comprar produto melhor nosso País realmente necessita de uma
pelo mesmo preço. maior receita de dólar, concordamos,
A continuar essa política que bloqueia e mas não aceitamos êsse critério discriminativo
engarrafa o Pôrto de Paranaguá, somos forçados a em que um pôrto abarrotado de café não
acreditar que a próxima safra do nosso Estado, o vende, porque recebe ofertas que, infelizmente,
calculada em cérca de 12 milhões de sacas para o não alcançam o registro mínimo adotado
próximo ano, talvez não obtenha no Paraná sequer pelos homens responsáveis pela nossa política
condições de armazenagem. cafeeiro.
Reconhecemos justo que dentro da cota Continuando êsse estado de coisas teremos
estabelecida para o Brasil, de dezessete milhões e dentro de pouco tempo um café desmerecido,
quatrocentas mil sacas, no convênio recentemente porque seis meses estocado em um pôrto em que o
assinado com Países produtores, o nosso País se grau hidrométrico afeta-lhe a côr, o café fica branco;
valha do máximo da exportação, com um café que café branco, com perda de volume, causando
produza mais divisas. enormes prejuízos.
Foi aventado no Instituto Brasileiro do
__________________ Café que a exemplo do que fêz do Pôrto de
(*) – Não foi revisto pelo orador. Santos, possuindo café de melhor qualidade,
– 758 –
inclusive quanto a tamanho, o trocasse ou o Brasil, nem com outros países produtores, porque
permutasse com exportadores do Pôrto de possui a certeza de sua capacidade de
Paranaguá, para que, então, entrasse aquêle Pôrto comercialização, através de promoções de vendas,
no ritmo de trabalho que sempre possuiu. integrando muitas vêzes grandes indústrias de
Sr. Presidente, infelizmente o café torrefação, do inundo inteiro.
de propriedade do IBC é de melhor, qualidade. Como O SR. MENDONÇA CLARK: – V. Exa. como
mandatário o IBC poderia permitir essa permuta; homem experiente na matéria, poderia considerar
no entanto continua, não mais estacado no uma parte da desmoralização de nossa exportação
Pôrto de Paranaguá, mas subindo o Planalto de em face dos contrabandos.
Curitiba, encarecendo a política cafeeiro, O SR. NELSON MACULAN: – Êsse aparte
enquanto que através de uma providência vem muito a propósito. Realmente V. Exa. diz muito
tomada em tempo, fizesse com que café desta bem. Parte do café que cabia ao Brasil exportar por
safra, destinado à exportação, pudesse realmente vias normais não o está sendo, porque o café de
ficar retido no interior e a permuta se realizasse contrabando, o do consumo interno teve como
no pôrto, proporcionando, assim, a sua escopo principal o aumento de consumo em nosso
exportação. País, porquanto quando se adotou o esquema
Trago ao conhecimento dos Srs. Senadores o cafeeiro que, na safra passada previa uma retenção
fato de que infelizmente o Brasil foi o único País que de 30%, destinada ao consumo interno. Assim se
até o mês de outubro não completou o seu procedeu para que o povo brasileiro pudesse tomar
contingente de exportação, enquanto que Salvador mais café, por melhor preço e em melhores
Costa Rica, México e todos os Países produtores condições.
superaram a cota prevista no convênio, assinado em Êsse café, infelizmente, vem sendo
Washington. Infelizmente o nosso País ficou aquém criminosamente desviado por grupos que, através
da exportação. das Guianas Holandesa e Francesa, o remetem para
É necessário, Sr. Presidente e Srs. a Europa e para a América do Norte, através dos
Senadores, que se dê solução honesta para o Portos de Antuérpia e Amsterdam; e, como bem diz
problema do café. Que êsse café, através de o nobre Senador Mendonça Clark, vai concorrer com
Entrepostos disseminados por tôdas as regiões que o nosso produto de exportação, sem figurar nas
o possam absorver, seja pôsto com facilidade para estatísticas de venda do nosso contingente de
pronto consumo. Continuamos dentro de uma exportação.
política superada: reter café nos nossos portos, O SR. MENDONÇA CLARK: – Dá V. Exa.
esperando que ordens venham de além mar, para licença para mais um aparte?
exportá-lo. Na realidade, não vendemos o O SR. NELSON MACULAN: – Pois não.
nosso café. Somos comprados. Enquanto um país O SR. MENDONÇA CLARK: – Ouvi pelo rádio
como o Congo Belga, com uma organização feita anteontem, notícia sôbre a chegada a
através de Cooperativa, leva a todos os Países Belém do navio brasileiro, Caeté, que desaparecera
consumidores do mundo o seu café, um café ha meses. Voltou àquela cidade, como se
robusto, de natureza inferior ao nosso, mas bem tivesse feito uma viagem normal. Perguntaram
cuidado, bem qualificado, não assina acôrdos com aos tripulantes onde haviam andado, e estes
– 759 –
Não havendo quem faça uso da palavra, 171, nº II, letra b, do Regimento Interno), tendo
encerro a discussão. Parecer, sob nº 436, de 1960, da Comissão de
Em votação o Requerimento. Finanças, favorável ao projeto e às Emendas ns. 1
Os Srs. Senadores que o aprovam, queiram a 5, apresentando as de ns. 6 (CF) e 7 (CF) e
permanecer sentados. (Pausa). dependendo de pronunciamento da mesma
Aprovado. Comissão sôbre as emendas de Plenário (ns. 8 e
Nada mais havendo que tratar, vou encerrar a 9).
sessão. 2 – Discussão única do Projeto de Lei da
Convoco o Senado para uma sessão às 22 Câmara nº 87, de 1960 (nº 1.880, de 1960, na
horas, com a seguinte: Câmara) que estima a Receita e fixa a Despesa
da União para o exercício de 1961, na parte
ORDEM DO DIA referente ao Anexo nº 4 (Poder Executivo)
Subanexo nº 4,16 (Ministério da Guerra),
1 – Votação, em discussão única, do Projeto de tendo Parecer nº 458, de 1960, da Comissão
Lei da Câmara nº 87, de 1960 (nº 1.880, de 1960, na de Finanças, favorável ao projeto e às
Câmara), que estima a Receita e fixa a Despesa da Emendas ns. 1 a 7 oferecendo as de ns. 8 (CF) a
União para o exercício financeiro de 1961, na parte 53 (CF).
referente ao Anexo nº 4 (Poder Executivo) – Subanexo Está encerrada a sessão.
4.01 (Presidência da República – Despesas Próprias) Levanta-se a sessão às 21 horas e 40
incluído em Ordem do Dia nos têrmos do art. minutos.
152ª SESSÃO DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA, DA 4ª LEGISLATURA, EM 21 DE NOVEMBRO DE 1960
EXTRAORDINÁRIA
EMENDA EMENDA
Nº 26 Nº 28
EMENDA Nº 29 EMENDA
Nº 31
Repartição: 06.04.02 – Divisão do Orçamento.
Verba: 2.0.00 – Transferências. Repartição: 06.04.02 – Divisão do
Consignação: 2.1.00 – Auxílios e Subvenções. Orçamento.
Subconsignação: 2.1.01 – Auxílios. Verba: 2.0.00 – Transferências.
Alínea: Cooperação da Legião Brasileira de Consignação: 2.1.00 – Auxílios e
Assistência. Subvenções.
13 – Mato Grosso. Subconsignação: 2.1.01 – Auxílios.
Acrescente-se: Alínea: Cooperação da Legião Brasileira de
Legião Brasileira de Assistência – Comissão Assistência.
de Cuiabá 800 000,00 14 – Minas Gerais.
João Villasbôas. Acrescente-se:
EMENDA Nº 30 Cr$
1. Ação Social da Serra – Belo
Repartição: 06.04.02 – Divisão do Orçamento. Horizonte .................................... 100.000,00
Verba: 2.0.00 – Transferências. 2. Casa de Caridade – Viçosa ........ 100.000,00
Consignação: 2.1.00 – Auxílios e Subvenções. 3. Obras Sociais da Paróquia de
Subconsignação: 2.1.01 – Auxílios. Betim – Betim ............................. 100.000,00
Alínea: À Legião Brasileira de Assistência. 4. Obras Sociais do Colégio Santa
14 – Minas Gerais. Maria – Belo Horizonte ............... 100.000,00
Acrescente-se: 5. Orfanato São João Batista –
Belo Horizonte ............................ 100.000,00
Cr$ 6. Pequena Obra da Divina
1. Departamento de Assistência Providência D. Orione – Lar dos
Social da Meninos – B. Horizonte .............. 100.000,00
– 772 –
EMENDA
Cr$ Nº 70
1) Patronato Agrícola e Industrial –
Caçapava do Sul ........................... 400.000,00 Repartição: Seção de Segurança Nacional.
2) Instituto S. Benedito – Pôrto Verba 1.0.00 – Custeio.
Alegre ............................................ 200.000,00 Consignação 1.1.00 – Pessoal Civil.
Subconsignação 1.1.15 – Gratificação de
3) Instituto Cristo Rei – Rio Grande ... 100.000,00
função.
4) Círculo Operário – Cruz Alta ......... 100.000,00
800.000,00 Cr$
Dotação ............................................... 108.000,00
Justificação Acrescente-se ...................................... 240.000,00
Total ............................................ 348.000,00
Completa-se o quantitativo atribuído ao Rio Justificação
Grande do Sul, pela Comissão de Orçamento da
Câmara dos Deputados. Destina-se a majoração proposta
João Villasbôas. a custear a criação de funções
– 784 –
Justificação EMENDA
Nº 74
As verbas de passagens no MTIC são
irrisórias. Com isso se ressente todo o serviço do Repartição: 06.02 – Administração do Palácio
Ministério. Geralmente essas dotações terminam do Trabalho.
em meados do exercício, sem nenhuma Verba: 1.0.00 – Custeio.
possibilidade prática do refôrço. Proponho a Consignação: 1.4.05 – Material para
inclusão citada para que a Divisão do Pessoal, que instalações elétricas etc.
é, normalmente, o órgão requisitante, possa Subconsignação: 1.4.00 – Material
atender às diversas repartições que venham a Permanente.
necessitar de suplementação. A transferência do Onde se lê: 300.000,00.
MTIC para Brasília por certo obriga a uma Leia-se: Cr$ 800.000,00.
movimentação muito maior em relação aos períodos
Justificação
anteriores.
Não havendo residência disponiveis, é mister
Todo o sistema de iluminação do prédio do
que haja verba para transportar servidores que para MTIC-Bloco 10 está apresentando graves defeitos.
a capital viajarão continuamente em objeto de Além disso, a queima de lâmpadas e de reatores é
serviço, retornando após, às suas sedes. – Jarbas assustadora. Não há, nos prédios, sistema de alarma
Maranhão. nem de campanha de chamados. Tudos isso será
preciso montar. A verba tem, pois ampla justificativa.
EMENDA – Jarbas Maranhão.
Nº 73
EMENDA
Repartição: 06.02 – Administração do Palácio Nº 75
do Trabalho.
Verba: 1.0.00 – Custeio. Repartição: 06.02 – Administração do Palácio
Consignação: 1.4.00 – Material Permanente. do Trabalho.
– 786 –
EMENDA EMENDA
Nº 80 Nº 82
Justificação Justificação
EMENDA EMENDA
Nº 88 Nº 91
EMENDA EMENDA
Nº 100 Nº 102
EMENDA EMENDA
Nº 101 Nº 103
nova capital, o recurso é a viagem em objeto de terurbano, além de caro é o meio mais rápido e
serviço. A ajuda de custo é cabível nos limites da Lei seguro de comunicações com o Rio e outras
nº 1.711 e assim é preciso dar recursos ao MTIC cidades. – Jarbas Maranhão.
para atender aos casos que por certo surgirão. –
Jarbas Maranhão. EMENDA
Nº 106
EMENDA
Nº 104 Repartição: 1.0.00 – Serviço de Transportes.
Consignação: 1.3.04 – Combustíveis e
Repartição: 06.07 – Serviço de Comunicações. Lubrificantes.
Verba: 1.0.00 – Custeio. Onde se lê: Cr$ 1.000.000,00;
Consignação: 1.5.00 – Serviços de Terceiros. Leia-se: Cr$ 2.000.000,00.
Subconsignação: 1.5.03 Assinatura de órgãos
oficiais etc. Justificação
Onde se lê: Cruzeiros 700,00;
Leia-se: Cruzeiros 50.000,00. A verba de 1960 não atendeu às necessidades
do MTIC no Rio. Em Brasília os veículos do MTIC
Justificação movimentaram-se com gasolina etc., fornecida pelo
Grupo de Trabalho de Brasília. Há necessidade de
A transferência dos serviços do MTIC para dotar melhor a repartição, ainda mais que em
Brasília, implica em novas assinaturas de Diários Brasília o custo do litro de gasolina é 50% mais caro
Oficiais, de assinaturas de recortes etc. A verba atual que o do Rio. – Jarbas Maranhão.
é ridícula. Daí justificar-se o pequeno acréscimo. –
Jarbas Maranhão. EMENDA
Nº 107
EMENDA
Nº 105 Repartição: 06.08 – Serviço de Transportes.
Verba: 1.0.00 – Custeio.
Repartição: 06.07 – Serviço de Comunicações. Consignação: 1.5.00 – Serviços de Terceiros.
Verba: 1.0.00 – Custeio. Subconsignação: 1.5.14 – Outros serviços
Consignação: 1.5.00 – Serviços de Terceiros. contratuais.
Subconsignação: 1.5.11 – Telefones, Alínea: 1) – Serviços de conservação, limpeza,
telefonemas, telegramas etc. manutenção e reparação de aparelhos, máquinas,
Onde se lê: Cr$ 1.800.000,00; viaturas instalações e equipamentos.
Leia-se: Cr$ 3.000.000,00. Inclua-se a alínea, com Cruzeiros
1.500.000,00.
Justificação
Justificação
A mudança, pura e simples, de serviços do
Gabinete Ministerial e do Departamento de O prédio nôvo – Bloco 10 – em que se
Administração, entre outros, para Brasília, justifica a encontra instalado o MTIC., em conjunto com
verba proposta. Quem se encontra em Brasília, a o Ministério da Justiça, vai requerer os serviços
serviço, sabe da indispensabilidade de dotações para acima especificados, nas suas instalações de
telefonemas, telefones, telegramas etc. O telefonema in- luz, elevadores, água, fôrça etc. Outrossim, a ca-
– 793 –
rência de artífices em virtude da falta de residência, De Pernambuco – onde se diz Cr$ 1.000,00 –
obrigará o MTIC, a utilizar serviços de terceiros, diga-se Cruzeiros 36.000,00.
contratados, sob registro no Tribunal de Contas, para Do Rio Grande do Sul – onde se diz Cr$
conservação das suas viaturas, das máquinas de 1.000,00 – diga-se Cruzeiros 36.000,00.
escrever e calcular etc. Essa conservação e Do Rio de Janeiro – onde se diz Cr$ 1.000,00
reparação terão que ser permanentes, sob pena de o – diga-se Cr$ 36.000,00.
Estado sofrer o prejuízo total. Assim se justifica a De São Paulo – onde se diz Cr$ 30.000,00 –
dotação. – Jarbas Maranhão. diga-se: Cruzeiros 48.000,00. – Gilberto Marinho.
EMENDA
EMENDA
Nº 108
Nº 110
Repartição: Serviços de Transportes.
Verbas: 4.0.00 – Investimentos. Repartição: Delegacias Regionais do
Consignação: 4.2.00 – Equipamentos e Trabalho.
Instalações. Verba: 1.0.00 – Custeio.
Subconsignação: 4.2.03 – Camionetas de Consignação: 1.3.00 – Material de Consumo e
passageiros, jipes etc. de Transformação.
Inclua-se: Cr$ 10.000.000,00. Subconsignação: 1.3.02 – Artigos de
Expediente etc.
Justificação Onde se lê: Cr$ 3.400.000,00.
Leia-se: Cr$ 4.800.000,00, sendo Cr$
Para atender ao transporte de pessoal em
70.000,00 a mais para cada DRT – a discriminar.
Brasília, Jipes para fiscalização das leis trabalhistas
em todo o País, etc.
Justificação
EMENDA
Nº 109 Da verba proposta pelo Govêrno, Cr$
1.300.000,00 são para a Delegacia de São Paulo.
Repartição: Delegacias Regionais do Trabalho. Assim, sobram Cr$ 2.100.000,00 para as de mais 19
Verba: 1.0.00 – Custeio. Delegacias, dando pouco mais de Cr$ 100.000,00,
Consignação: 1.5.00 – Serviços de Terceiros. em média, para cada uma delas. Com o custo atual
Subconsignação: 1.5.03 – Assinatura de Órgãos dos materiais de expediente, com os serviços
Oficiais e de recortes de publicações periódicas. tipográficos pelo preço em que se encontram, pode-
Da Bahia – onde se diz Cr$ 1.600,00 – diga-se se constatar que essa verba é irrisória, dificultando
Cr$ 30.000,00.
sobremaneira o trabalho das repartições estaduais
Do Ceará – onde se diz Cr$ 500,00 – diga-se
do MTIC., que só não deixam de bem atender aos
Cr$ 30.000,00.
De Minas Gerais – onde se diz Cr$ 24.000,00 trabalhadores e aos empregadores pelo esfôrço dos
– diga-se Cruzeiros 36.000,00. seus integrantes.
Do Pará – onde se diz Cruzeiros 200,00 – Assim, propomos elevar a dotação, cabendo a
diga-se Cr$ 30.000,00. cada DRT mais Cr$ 70.000,00 do que o proposto no
Do Paraná – onde se diz Cruzeiros 1.000,00 – quadro discriminativo do DASP, inclusive São Paulo.
diga-se Cruzeiros 30.000,00. – Jarbas Maranhão.
– 794 –
Verba – 2.0.00 – Transferências. efeito desta lei, passará a ser encargo do Tesouro.
Consignação 2.6.00 – Transporte Diversos. Quanto ao item 3, a Lei Orgânica da
Subconsignação: 2.6.01 – Previdência Social. Previdência Social, acima citada, determina que a
Onde se diz: União contribua para as despesas administrativas
1º) Fundo de Previdência Social – Cruzeiros das instituições de previdência.
846.122.000,00. Os juros a que se refere o item 2, que consta
2º) Juros sôbre a dívida da União para os do projeto, de acôrdo com a lei, estão englobados no
Institutos e Caixas de Aposentadoria e Pensões, de total do nôvo item 1.
acôrdo com o art. 3º, letra b, da Lei nº 2.250, de 30-
6-57 – Cruzeiros 250.000.000,00 PARECER
Diga-se: Nº 474, DE 1960
1º) Fundo Comum da Previdência Social (para
amortização do débito da União para com as Da Comissão de Finanças, sôbre o Projeto de
instituições de Previdência Social, na forma da Lei Lei da Câmara nº 87, de 1960, nº 1.880-B, de 1960
3.807, de 26-8-60 (Lei Orgânica da Previdência (na Câmara), que estima a Receita e fixa a Despesa
Social) – Cruzeiros 1.000.000.000,00. da União para o exercício financeiro de 1961 –
2º) Reajustamento das aposentadorias e Anexo 4 – Poder Executivo – Subanexo 4.12 –
pensões (Lei 3.593, de 27-5-59) – Cr$ Ministério da Aeronáutica.
2.000.000.000,00.
3º) Custeio das despesas de pessoal e de Relator: Sr. Jorge Maynard.
administração geral bem como das insuficiências O subanexo do Projeto de Orçamento ora
financeiras e dos "déficits técnicos" das instituições examinado fixa as despesas do Ministério da
de Previdência Social, na forma da Lei 3.807, de 26- Aeronáutica, para o próximo exercido, em Cr$
8-60 (Lei Orgânica da Previdência Social) – Cr$ 13.379.967.500,00, apresentando um aumento de
5.000.000.000 00. Cruzeiros 1.717.873.780,00 (12,8%) sôbre as
dotações consignadas no Orçamento em vigor
Justificação (Quadro I).
Na Proposta Orçamentária para 1961, a
O primeiro item da emenda decorre da Lei elevação de Cruzeiros 667.906.280,00 nos recursos
3.807, de 26 de agôsto de 1960 (Lei Orgânica da destinados ao Ministério da Aeronáutica,
Previdência Social), cujo artigo 135, parágrafo único, comparativamente às dotações dêsse mesmo
dispõe que a dívida da União com as instituições de Ministério no Orçamento em vigor, foi justificada sob
previdência seja amortizada em parcelas anuais de a alegação de que
um bilhão de cruzeiros. " ...os programas propostos para
O segundo obedece ao disposto na Lei 3.593, a manutenção de serviços de segurança e
de 27 de maio de 1959, de acôrdo com a qual o proteção ao vôo, a cargo da Diretoria das
aumento de despesa proveniente das alterações dos Rotas Aéreas, e a renovação de unidades de
valores das aposentadorias e pensões, verificado por Treinamento para a Fôrça Aérea Brasileira foram
– 796 –
razoàvelmente atendidos. Assim, tambem, os mos ainda que deva ser lembrada a ação de alto
programas relativos ao Centro Técnico de interêsse para o País por êle desenvolvida,
Aeronáutica, onde se desenvolve um setor de ensino mantendo, com admirável regularidade, as linhas
altamente especializado". nacionais e internacionais do Correio Aéreo Nacional
O montante de Cruzeiros – 12.330.000.000,00 – bem como construindo pistas de pouso através do
estipulado na proposta seria, no entanto, País e melhorando as já existentes, dentro dos
considerado na Câmara dos Deputados insuficiente extensos planos de obras que desenvolve em cada
para atender ao órgão em questão, razão pela qual exercício.
foram ali aprovadas emendas que lhe trouxeram um Admitimos, todavia, que outras modificações
acréscimo de Cruzeiros 1.049.967.500,00. ainda são necessárias nas dotações constantes do
As dotações que no projeto em exame presente subanexo, para evitar a abertura de
apresentam aumentos mais substanciais sôbre as do créditos adicionais durante o próximo exercício.
Orçamento vigente, são as que se destinam a Sómente com as modificações propostas
atender às despesas com Pessoal Civil (1.1.00); através das emendas encaminhadas a esta
Material de consumo e de transformação (1.3.00); Comissão, aos Senadores e ao Relator e que
Encargos diversos (1.6.00); Serviços em regime examinaremos a seguir, e que julgamos o projeto em
especial de financiamento (3.1.00); Obras (4.1.00). condições de propiciar ao Ministério da Aeronáutica
Trata-se, a nosso ver, de majorações as dotações indispensáveis ao funcionamento de
perfeitamente compreensíveis, levando-se, em conta o seus serviços.
aumento de vencimentos do pessoal militar, as Opinamos, assim, favoràvelmente ao Projeto
despesas decorrentes da classificação do pessoal civil, a de Orçamento para 1961 Anexo 4 – Poder Executivo
elevação há pouco operada no salário-mínimo vigente – Subanexo 4.12 – Ministério da Aeronáutica, bem
nas diversas regiões do País e a alta geral, em contínuo como as Emendas ns. 1 a 114, apresentadas.
processamento, no custo dos materiais, fatos todos êles, Sala das Comissões, em 21 de novembro
relacionados com a desvalorização incessante da de 1960. – Menezes Pimentel, Presidente “Ad hoc” –
moeda nacional. O material de vôo por exemplo, mesmo Jorge Maynard, Relator. – Daniel Krieger. –
em conjunturas econômicas mais favoráveis do que Ary Vianna. – Saulo Ramos. – Francisco Gallotti. –
a que atravessamos é um material sempre caro, Irineu Bornhausen. – Taciano de Mello. –
de manutenção igualmente cara. E a propósito Fernando Corrêa. – Fausto Cabral. – Dix-Huit-
das despesas do Ministério da Aeronáutica acha- Rosado. –Nelson Maculan.
– 797 –
QUADRO I
Ministério da Aeronáutica
Natureza
Orçamento Projeto
da Diferença
de 1960 para 1961
Despesa
EMENDA Justificação
Nº 1
O orçamento vigente consigna duas dotações
Verba 1.0.00. para a Fundação Santos Dumont, uma de Cruzeiros
Consignação 1.6.00. 2.200.000,00 na Verba 2, subconsignação Auxílios;
Subconsignação 1.6.23. outra de Cr$ 3.000.000,00 na Verba 3,
Alínea 2).
subconsignação Acôrdos, num total de Cr$
Despesas de qualquer natureza com o programa
de ensino de engenharia aeronáutica em São José dos 5.200.000,00.
Campos, previsto no acôrdo bilateral firmado entre os A entidade necessita em 1961 de uma ajuda
representantes do Ponto. IV dos Estados Unidos da mínima de Cruzeiros 10.000.000,00 para acudir ao
América do Norte e do Govêrno Brasileiro, nos têrmos seu programa. Além dos serviços que vem
dos Acôrdos Básicos sôbre Cooperação Técnica e de prestando em vários setores (Rêde de auxílio à
Programa de Serviços Técnicos Especiais, aprovados Navegação Aérea, Núcleos Estaduais, Centros
pelo Congresso Nacional, através do Decreto Regionais de Aviação, Museu de Aeronáutica,
Legislativo nº 16, de 1959, inclusive para o
Publicações e outros), necessita de ampliar o seu
prosseguimento e conclusão de obras – Cruzeiros
60.000.000,00. – Jefferson de Aguiar. Laboratório de Instrumentos e iniciar os cursos de
sua Escola de Pilotagem Modêlo. O seu
EMENDA laboratório presta serviços gratuitos de reparação
Nº 2 de aparelhos (bússolas, tacômetros, velocímetros,
altímetros, termômetros, manômetros de óleo e
Verba: 2.0.00 – Transferências. gasolina etc.) aos Aeroclubes e a preço de custo
Consignação: 2.1.00 – Auxílios e Subvenções.
para firmas particulares. Cresce o número de
Subconsignação: 2.1.01 – Auxílios.
7) Outras Entidades. pedido e não há no País oficinas ou laboratórios
Inclua-se: especializados. Sem essa assistência muitos
Federação dos Aeroclubes do Rio Grande do aparelhos ficam sem consêrto e os aviões
Sul – Cr$ 10.000.000,00. – Mem de Sá. impedidos de uso. Por outro lado o laboratório
poderá fabricar aparelhos novos com materias de
EMENDA alta qualidade e a preços ínfimos, ou seja a têrça
Nº 3 ou quarta parte do custo dos importados. E ainda
se economizam divisas. A Escola de Pilotagem
Verba: 2.0.00 – Transferências.
Consignação: 2.1.00 – Auxílios e receberá alunos de todos os Estados, pois será
Subvenções. reservado a cada um certo número de vagas e
Subconsignação: 2.1.01 – Auxílios. bôlsas para os estudantes. E para isso necessita
7) Outras entidades (mediante convênio). de recursos. Justifica-se, pois, a ampliação do
26 – São Paulo. auxílio para dez milhões de cruzeiros.
Onde se lê: Tôdas as iniciativas da Fundação têm
5) Fundação Santos Dumont, São Paulo – Cr$ recebido inteira aprovação do Ministério
5.000.000,00.
Leia-se: da Aeronáutica, que pôs à sua disposição
5) Fundação Santos Dumont, São Paulo – Cr$ dois técnicos, o Capitão Emmanuel Nicoll,
10.000.000,00. para a meteorologia, e o Ten. Aloísio
– 799 –
05 – Bahia. 06 – Ceará.
Inclua-se: Inclua-se:
Santo Amaro – São Sebastião do Passé – Martinópole – 500.000,00. – Menezes
Caculé – Barreira, aumentando-se á dotação de Cr$ Pimentel.
4.000.000,00. – Lima Teixeira.
EMENDA
EMENDA Nº 14
Nº 11
Verba: 2.0.00 – Transferência.
Verba: 2.0.00 – Transferências. Consignação: 2.6.00 – Transferências
Consignação: 2.6.00 – Transferências Diversas. Diversas.
Subconsignação: 2.6.05 – Diversos. Subconsignação: 2.6.05 – Diversos.
2 – Para construção, instalação etc. 2) Para construção, instalação etc.
05 - Bahia. 06 – Ceará.
Inclua-se: Inclua-se:
Feira de Santana, Estado da Bahia – Cr$ Jaquaretama – 500.000,00. – Menezes
2.000.000,00. – Lima Teixeira. Pimentel.
EMENDA EMENDA
Nº 12 Nº 15
EMENDA Justificação
Nº 19
O Campo de Itapemirim desempenhará
Verba: 2.0.00 – Transferências. importante papel na proteção do vôo das
Consignação: 2.6.00 – Transferências linhas internas e externas e destina-se a
Diversas. servir a tôda região sul do Estado do Espírito
Subconsignação: 2.6.05 – Diversos. Santo e também municípios do Estado de
06 – Ceará. Minas Gerais, e além disto está localizado
Inclua-se: o famosa balneário de Marataízes. – Attílio
Pistas de terra, encascalhamento, obras de Vivacqua.
acesso e estação de passageiros, em convênio com
as respectivas Prefeituras dos Municípios de EMENDA
Altaneira, Parambu e Batoque, sendo Cr$ Nº 22
1.000.000,00 para cada – 3.000.000,00. – Nelson
Maculan. Verba: 2.0.00 – Transferência.
Consignação: 2.6.00 – Transferências
EMENDA Diversas.
Nº 20 Subconsignação: 2.6.05 – Diversos.
Inclua-se:
Verba: 2.0.00 – Transferências. Para construção, melhoramento, instalação,
Consignação: 2.6.00 – Transferências Diversas. ampliação e equipamento de campo de pouso, em co-
– 802 –
Justificação EMENDA
Nº 30
Trata-se de serviços que irão complementar o
sistema de transporte aéreo de Catalão – Go. – Verba: 2.0.00 – Transferências.
Costa Pereira. Consignação: 2.6.00 – Transferências
Diversas.
EMENDA Subconsignação: 2.6.05 – Diversos.
Nº 28 2) Para construção, instalação etc.
12 – Maranhão.
Verba: 2.0.00 – Transferências. Inclua-se:
Consignação: 2.6.00 – Transferências Campo de pouso, Caxias, para
Diversas. prosseguimento das obras – Cr$ 3.000.000,00. –
Subconsignação: 1.6.05 – Diversos. Eugênio de Barros.
2) Para construção, instalação etc.
10) Goiás. EMENDA
Inclua-se: Nº 31
Para pavimentação da pista do Aeroporto de
Catalão – 25.000.000,00. – Costa Pereira. Verba: 2.0.00 – Transferências.
Consignação: 2.6.00 – Transferências
EMENDA Diversas.
Nº 29 Subconsignação: 2.6.05 – Diversos.
2) Para construção, instalação etc.
Verba: 2.0.00 – Transferências. 14 – Minas Gerais.
Consignação: 2.6.00 – Transferências Para o asfaltamento do aeroporto de Passos –
Diversas. Cr$ 20.000.000,00. – Milton Campos.
Subconsignação: 2.6.05 – Diversos.
1) Ampliação, encascalhamento etc. EMENDA
10) Goiás. Nº 32
Inclua-se:
Ampliação, encascalhamento, abrigo de Verba: 2.0.00 – Transferências.
passageiros e estrada de acesso ao aeroporto de Consignação: 2.6.00 – Transferências
Dianópolis. – 10.000.000,00. Diversas.
Subconsignação: 2.6.05 – Diversos.
Justificação 2) Para construção, instalação etc.
15 – Pará.
Trata-se de aeroporto servido diàriamente Obras de melhoramento e ampliação do
pela Cruzeiro do Sul e é o 1º ponto de campo de pouso de Bragança, inclusive estrada de
escala obrigatório na rota desta Companhia entre ligação ao perímetro urbano – Cruzeiros
Brasília-Belém. Pela lei que abriu o crédito 2.000.000,00. – Lobão da Silveira.
especial de 1 bilhão e 700 mil cruzeiros para
segurança está prevista a instalação naquela EMENDA
cidade de equipamento destinado à segurança Nº 33
de vôo, restando, entretanto, dar ao aeroporto
melhores condições, principalmente à pista Verba: 2.0.00 – Transferências.
que está em precárias condições. – Taciano Consignação: 2.6.00 – Transferências
de Mello. Diversas.
– 804 –
EMENDA EMENDA
Nº 46 Nº 49
EMENDA EMENDA
Nº 89 Nº 91
cadação tem. Em 1950 havia uma linha para grande programa de difusão de campos de pouso
São José, que foi abandonada pelas condições para aviões, por todo o seu território, já assistindo
precárias do aeroporto, o qual não permitia pousos técnicamente e auxiliando em empreendimentos
regulares. particulares e municipais, já cooperando com o
4. Como Aeroporto Experimental. Ministério da Aeronáutica, em suas iniciativas
Em São José dos Campos está localizado o próprias, senão desta unidade administrativa federal,
famoso Centro Técnico de Aeronáutica ou se reservando, êle mesmo, todos os encargos
onde estão, em ativo desenvolvimento, aeronaves decorrentes da realização.
e equipamentos eletrônicos modernos Entre tais campos releva de importância o de
Congonhas, por suas importâncias nacional e
cujos ensaios e avaliação exigem um
internacional.
aeroporto adequado. O aeroporto comercial pode
Êsse Aeroporto, que se situa na vanguarda das
cumprir assim mais uma finalidade de grande
estatísticas americanas do sul sôbre movimento de
importância. passageiros, já absorveu verbas do erário estadual que
5. Projeto do Aeroporto. superam a cifra de um bilhão de cruzeiros.
O aeroporto projetado prevê uma pista Trata-se do principal aeroporto do País, onde
de 4.000 metros e outra de 3.000 m. Propõe-se tôdas as linhas aéreas domésticas e internacionais
a pavimentação inicial de 2.400 metros da fazem escala. – Padre Calazans.
pista maior e que já permitirá o pouso da
maioria dos aviões a jato que, brevemente, SUBANEXO: 4.12
percorrerão os céus de nosso País. Da pista
menor, já estão em operação 1.840 metros EMENDA
mas com piso de terra muito deficiente, não Nº 102
permitindo o pouso seguro nem mesmo de
aeronaves Bi-motores do tipo C-46. – Padre Verba: 4.0.00 – Investimentos.
Calazans. Consignação: 4.1.00 – Obras.
Subconsignação: 4.1.03 – Prosseguimento e
EMENDA conclusão de obras.
Nº 101 Alínea: 5) Diretamente, em convênio etc.
26 – São Paulo.
Inclua-se:
Verba: 4.0.00 – Investimentos.
Americana – Cr$ 3.000.000,00. – Gilberto
Consignação: 4.1.00 – Obras.
Marinho.
Subconsignação: 4.1.03 – Prosseguimento e
conclusão de obras. EMENDA
Alínea: 1) Diretamente etc. Nº 103
Para conclusão das obras da Estação do
Aeroporto de Congonhas, São Paulo. Capital – Verba: 4.0.00 – Investimentos.
Cruzeiros 50.000.000,00. Consignação: 4.1.00 – Obras.
Subconsignação: 4.1.03 – Prosseguimento e
Justificação conclusão de obras.
Alínea: 5) Diretamente, em convênio etc.
O Estado de São Paulo, por intermédio 26 – São Paulo.
do seu órgão especializado – a Diretoria Inclua-se:
dos Aeroportos da Secretaria da Viação Pompéia – Cr$ 500.000,00. – Gilberto
e Obras Públicas – vem desenvolvendo Marinho.
– 818 –
Paulo e Pôrto Alegre e, como alternativas, os de São então, obrigado a continuar a linha de montagem já
Luís, Natal, Vitória, Santa Cruz, Cumbica, Campo iniciada, além de arcar com a responsabilidade de
Grande, Belo Horizonte, Gravataí e Pelotas. Com tôdas as despesas com o pessoal ali existente.
êsse intuito, várias adaptações estão sendo feitas O aumento constante desta ementa elevará a
nas instalações dos aeroportos internacionais e dotação ao mínimo necessário a fim de que a tarefa
também grandes modificações nos métodos de recebida com a rescisão do contrato da firma em
administração dos demais aeroportos. questão seja levada a bom têrmo.
Forçoso será aumentar, para que se possa O Ministério da Aeronáutica tem lutado, há
despachar, no tempo mínimo, as grandes aeronaves, alguns anos, no sentido de possuir em nosso País
o número de servidores e êstes terão que ser uma fábrica de aviões capaz de suprir as diversas
dotados de nível intelectual e profissional elevado, unidades, evitando, quanto possível, a importação do
devendo a Administração de cada Aeroporto mercado estrangeiro. A Fábrica do Galeão tornar-se-
Internacional ser confiada a um servidor á uma realidade, se dermos os recursos de que
categorizado, experiente e com conhecimentos necessita e esta dotação em tão boa hora colocada
indispensáveis, possuidor, inclusive, de nível nas pautas orçamentárias, poderá ser uma parcela
universitário. importante para se conseguir tal objetivo.
Com a concessão da dotação, no total agora
solicitado, estará a Diretoria de Aeronáutica Civil EMENDA
habilitada a desempenhar bem a missão que lhe Nº 110
cabe, dotando os Aeroportos do confôrto e da
apresentação condigna para receber os passageiros Verba: 1.0.00 – Custeio.
de todos os pontos do Universo. Consignação: 1.3.00 – Material de Consumo e
de Transformação.
EMENDA Subconsignação: 1.3.04 – Combustíveis e
Nº 109 lubrificantes.
Aumente-se para Cruzeiros – 650.000.000,00.
Verba: 1.0.00 – Custeio.
Consignação: 1.6.00 – Encargos Diversos. Justificação
Subconsignação: 1.6.19 – Despesas Gerais
com a Defesa Nacional. O Ministério da Aeronáutica não poderá
11) Despesas de qualquer natureza e prescindir de um crédito na dotação de combustível
proveniência com o funcionamento da Fábrica do inferior a Cr$ 650.000.000,00 a fim de que possa
Galeão. cumprir os programas prèviamente elaborados pelo
Aumente-se para Cruzeiros – 320.000.000,00. Estado-Maior da Aeronáutica, os vôos nas linhas do
Correio-Aéreo Nacional as missões do Serviço de
Justificação Busca e Salvamento e outras missões destinadas a
acautelar uma pronta ação, se necessário, para
Com a rescisão do contrato da "FOKKER", ficou garantir a Segurança Nacional.
o Ministério da Aeronáutica com os encargos da É oportuno ressaltar que o custo dos
fabricação dos aviões que, anteriormente, eram combustíveis e lubrificantes acompanha a alta de
delineados pela referida fábrica. Viu-se êste Ministério, preços verificada nestes últimos anos e se de-
– 821 –
sejarmos realizar um rápido exame da situação, ção ao ano-base de 1952, enquanto que o aumento
verifica-se que o aumento percentual da percentual ,dos preços atingiu a 785% em relação ao
dotação chegou a atingir a 475%, em rela- mesmo ano-base:
Índice Preço
Ano Verba de da Índice
Verba Gasolina
1952............................................... 94.500.000 100 1,18 100
1954............................................... 111.000.000 110 2,60 230
1956............................................... 264.000.000 250 4,33 484
1958............................................... 571.000.000 540 8,04 710
1959............................................... 450.000.000 475 8,82 785
O crédito votado para o exercício de 1960 foi pre confeccionado de molde a evitar gastos
reduzido para Cruzeiros 400.000.000,00, não supérfluos, atendendo, apenas, as obras de real
obstante as tentativas feitas, na oportunidade, necessidade aos serviços imediatos do Ministério.
tendentes a comprovar o contrasenso que se tem É oportuno salientar ainda, que tais dotações
praticado no que concerne à referida rubrica. são oneradas pelos aumentos salariais e pelo
Comparando-se a evolução do preço da encarecimento do material de construção, o que
gasolina com o crescimento da verba, verifica-se que obriga o seccionamento de diversas obras, a fim de
a mesma não tem tido um aumento realístico. poder executá-las com os recursos constantes das
pautas orçamentárias.
EMENDA Natural que o não cumprimento do Plano de
Nº 111 Obras ocasione deficiências que geram críticas,
muitas vêzes injustificáveis, que poderiam ser
Verba 4.0.00 – Investimentos. evitadas se as dotações fôssem votadas, tanto
Consignação: 4.1.00 – Obras. quanto possível, de acôrdo com os totais solicitados
Subconsignação: 4.1.03 – Prosseguimento e na Proposta Orçamentária do Ministério.
conclusão de obras. A proposta do Ministério da Aeronáutica, na
Aumente-se para Cruzeiros 400.000.000,00. dotação cogitada era de Cr$ 522.500.000,00. O
As dotações orçamentárias do Ministério da DASP reduziu-a para Cr$ 400.000.000,00 e a
Aeronáutica destinadas a obras, de um modo geral, Câmara para Cr$ 200.000.000,00. Como
consignam, quase sempre, quantias inferiores ao dissemos acima, a previsão do Ministério foi feita
total indispensável ao atendimento das previsões com a maior parcimônia possível, objetivando o
feitas pelos órgãos competentes daquele Ministério. atendimento de obras consideradas de
Tal fato tem acarretado nos últimos exercícios, indiscutível interêsse da Defesa Nacional. A
a obrigatoriedade de a Diretoria de Engenharia de redução, na forma proposta pela Câmara,
Aeronáutica alterar, sistemàticamente, o Plano de redundará, inclusive, na paralisação de várias
Obras elaborado para o exercício considerado a fim obras em adiantada fase de construção, fato
de enquadrá-lo dentro dos recursos concedidos na que ocasionará desperdício de tempo e de
Lei de Meios. Releva notar que tal Plano é sem- material e a demora conseqüente maior dispên-
– 822 –
nição da 2ª Zona Aérea – Cruzeiros 120.000.000,00. a Receita e fixa à Despesa da União para o exercício
financeiro de 1961 – Anexo 3 – Órgãos Auxiliares –
Justificação Subanexo 3.01 – Tribunal de Contas.
Cr$ Cr$
Cr$
9– Ministro..................... 79.560,00 716.040,00 8.592.480,00
1– Procurador............... 79.560,00 79.560,00 954.720,00
3– Adjunto Procurador.. 59.280,00 177.840,00 2.134.080,00
4– Auditor...................... 59.280,00 237.120,00 2.845.440,00
Total......................... – – 14.526.720,00
EMENDA EMENDA
Nº 3 (CF) Nº 4 (CF)
EMENDA EMENDA
Nº 8 (CF) Nº 12 (CF)
EMENDA EMENDA
Nº 10 (CF) Nº 14 (CF)
EMENDA EMENDA
Nº 2 Nº 6 (CF)
das do Senado ao Projeto de Lei da Câmara nº 87, Sôbre a mesa requerimento que vai ser lido
que estima a Receita e fixa a Despesa da União – pelo Sr. 1º Secretário.
Anexos 4 e 6. Subanexo 4.08 – Conselho Nacional É lido e aprovado o seguinte:
do Petróleo.
Em discussão. REQUERIMENTO
Ninguém pedindo a palavra, encerro a Nº 489, DE 1960
discussão.
Em votação. Nos têrmos dos arts. 211, letra p, e 315, do
Os Srs. Senadores que a aprovam, queiram Regimento Interno, requeiro dispensa de
permanecer sentados. (Pausa). Está aprovada. publicação para a imediata discussão e votação
A matéria volta à Câmara dos Deputados. da Redação Final do Projeto de Lei da Câmara nº
Designo o Senador Ary Vianna para acompanhar 87, de 1960 – Anexo nº 4 – Subanexo nº 411
a sua tramitação na outra Casa do Congresso. (Superintendência do Plano de Valorização
Sôbre a mesa requerimento que vai ser lido Econômica da Região da Fronteira Sudoeste do
pelo Sr. 1º Secretário. País).
É lido e aprovado o seguinte: Sala das Sessões, em 21 de novembro de
1960. – Moura Andrade.
REQUERIMENTO O SR. PRESIDENTE: – Votação da Redação
Nº 488, DE 1960 Final das emendas do Senado ao Projeto de Lei do
Senado (Poder Executivo) – Subanexo 4.11.
Nos têrmos dos arts. 211, letra p, e 315, do Em discussão a Redação Final.
Regimento Interno, requeiro dispensa de publicação Ninguém pedindo a palavra, encerro a
para a imediata discussão e votação da Redação discussão.
Final do Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960 – Em votação.
Anexo nº 4 – Subanexo nº 409 (Conselho de Os Srs. Senadores que a aprovam, queiram
Segurança Nacional). permanecer sentados. (Pausa).
Sala das Sessões, em 21 de novembro de Está aprovada.
1960. – Moura Andrade. A matéria volta à Câmara dos Deputados e
O SR. PRESIDENTE: – Passa-se à discussão para acompanhá-la designo o Senador Ary Vianna.
da Redação Final. Sôbre a mesa requerimento que vai ser lido
Em discussão a Redação Final das emendas pelo Sr. 1º Secretário.
do Senado ao Projeto de Lei da Câmara nº 87, que É lido e aprovado o seguinte:
estima a Receita e fixa a Despesa da União para o
exercício de 1961, na parte do Anexo 4 – Conselho REQUERIMENTO
de Segurança Nacional. Nº 490, DE 1960
Em discussão. (Pausa).
Ninguém pedindo a palavra, encerro a Nos têrmos dos arts. 211, letra p, e 315, do
discussão. Regimento Interno, requeiro dispensa de publicação
Em votação. para a imediata discussão e votação da Redação
Os Srs. Senadores que a aprovam, queiram Final do Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960 –
permanecer sentados. (Pausa). Anexo nº 4 – Subanexo 4.18 (Ministério da
Está aprovada. Marinha).
A matéria volta à Câmara dos Deputados. Sala das Sessões, em 21 de novembro de
Para acompanhá-la designo o Senador Ary Vianna. 1960. – Moura Andrade.
– 836 –
tar a emenda que reputo de vital importância para a te trecho rodoviário que hoje é o mais vital para o
vida de Brasília, sobretudo nestes primeiros tempos. País e para a nova Capital, fique ultimado no
(Muito bem!). primeiro semestre de 1960.
A não inclusão desta verba no orçamento ora
DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O ORADOR em votação irá atropelar e desarticular o esquema
EM SEUS DISCURSOS
dos serviços atrasando e encarecendo-os, pois
doutra forma, por serem indispensáveis, serão
ANEXO
Nº 1 executados em regime especial, na dependência de
financiamentos onerosos, por conta de créditos
EMENDA especiais que fatalmente virão ter ao Congresso no
Nº 43, DE 1959 início de 1960.
Não é concebível que a União e São Paulo,
Subanexo: 4.21 Ministério da Viação e Obras tendo já invertido nos últimos anos, mais de três
Públicas. bilhões de cruzeiros na ultimação da construção e
Repartição: 01.03.02 – Divisão do Orçamento. pavimentação acelerada, de mais de 1.000 km dos
Verba: 2.0.00 – Transferências. dois trechos extremos da ligação "Brasília-Santos",
Consignação: 2.1.00 – Auxílios e Subvenções. vejam agora frustrado e protelado o funcionamento
Subconsignação: 2.1.00 – Auxílios. desta primeira ligação tôda em asfalto do litoral
Alínea:
com o Planalto Central sem a qual o Centro, aí
3) Entidades Autárquicas.
1) D.N.E.R. incluído São Paulo, e o Sul do País, ficarão
13) BR-14 – Belém-Guamá – e São Gabriel – isolados de Brasília por via terrestre asfaltada,
Livramento. pois, os referidos 180 km, que ainda estão em
Acrescentar: terra, não podem resistir ao tráfego intenso de
Trecho, Entroncamento da BR-71 – Frutal- mais de 1.000 veículos por dia, devendo-se, ainda
Colômbia. – Cruzeiros 850.000.000,00. considerar o fato de que só em 1962 estará
funcionando a primeira ferrovia, ora em
Justificação construção.
A importância é vultosa e recai num só
A falta de asfaltamento dêste trecho, de 180 km, exercício, pelo fato de ter havido retardo na abertura
todo êle no Triângulo Mineiro já com terraplenagem em terra dêstes 180 km do Triângulo Mineiro – só
pronta e obras de arte terminadas, isola dois trechos já completada há poucos meses.
ultimados em asfalto de cêrca de 500 km cada,
Assim, o sucesso de Brasília em 1960, e sua
sendo um de Brasília ao Entroncamento da BR-71, e
outro de Colômbia a São Paulo; constitui o único ligação com São Paulo e todo o Sul do País,
estrangulamento existente na ligação – "Brasília- depende, em grande parte, da boa coordenação e
Santos", que é essencial para o funcionamento de rapidez na execução do asfaltamento dêste pequeno
Brasília. O D.N.E.R. sòmente aguarda a inclusão desta trecho rodoviário remanescente.
verba no orçamento, para ainda em dezembro tomar as A sua ausência em tempo hábil acarretará
medidas finais para, mediante concorrência pública, prejuízos de centenas de milhões de cruzeiros
distribuir esta obra por diversas companhias nos primeiros meses de funcionamento de
especializadas, de modo a que o asfaltamento dês- Brasília.
– 840 –
Urge, e sem perda de tempo, atribuir-se ao las (arroz, feijão etc.) e carne, produzidos pelo
D.N.E.R., esta verba essencial para imediata Estado de Goiás, onde Anápolis é o grande
demarragem dos serviços. entreposto que recebe a produção dos municípios
Sala das Comissões, novembro de 1959. – vizinhos, Ceres, Rialma, Uruaçu, Carmo do Rio
Coimbra Bueno. – Attílio Vivacqua. – Paulo Verde, Rubiataba etc, e a remete para os grandes
Fernandes. – Mourão Vieira. – Fausto Cabral. – Ary centros consumidores.
Vianna. – Jefferson de Aguiar. – Arlindo Rodrigues. – A Capital de Goiás, Goiânia, que com menos
Jarbas Maranhão. – Lima Teixeira. – Pedro de 20 anos de existência, já conta com uma grande
Ludovico. – Taciano de Mello. – Guido Mondin. – população e intenso comércio, é outra cidade
Benedito Valadares. – Ruy Carneiro. – Argemiro de servida pela rodovia BR-14 que passa ainda por
Figueiredo. – Silvestre Péricles. – Eugênio de Barros. Morrinhos e Itumbiara, regiões também grandes
– Francisco Gallotti. – Menezes Pimentel. – produtoras de cereais. Atravessando o Triângulo
Reginaldo Fernandes. – Joaquim Parente. – Milton Mineiro, serve também indiretamente às cidades de
Campos. – Fernandes Távora. – Freitas Cavalcanti. Uberlândia, Ituiutaba e outras igualmente de grande
– Gaspar Velloso. – Dix-Huit Rosado. – Lourival produção.
Fontes. – Rui Palmeira. – Saulo Ramos. – Caiado de Atualmente conta esta ligação com um tráfego
Castro. – Fausto Cabral. – Miguel Couto. – Lino de aproximado de 1.000 veículos por dia, sendo 80% de
Mattos. caminhões pesados, sendo pois uma estrada das
mais importantes do sistema rodoviário nacional e
LIGAÇÃO RODOVIÁRIA que sem uma pavimentação adequada não resistirá
ao tráfego intenso, mormente nas estações
Santos, São Paulo, Goiânia, Brasília chuvosas.
O trecho da ligação em causa, que se
É de vital importância a ligação rodoviária desenvolve no Estado de São Paulo, através
dêste eixo para acesso à Nova Capital do Brasil bem Santos-São Paulo, Limeira-Araraquara, Matão-
como para o escoamento da produção de uma zona Barretos-Colômbia, encontra-se quase que
das mais ricas do Brasil. totalmente pavimentado, dependendo apenas de
Brasília que é hoje a grande realidade da vida conclusão de pequeno sub-trecho entre Matão e
nacional, necessita estar urgentemente ligada por Jaboticabal.
estrada pavimentada ao poderoso parque industrial O D.N.E.R. já contratou tôda a pavimentação
do Estado de São Paulo, que já é inegàvelmente o da BR-14 entre Anápolis-Goiânia-Itumbiara e
maior fornecedor de produtos industrializados às Entroncamento com a BR-71, restam do, no
populações do Planalto Central, que tanto tem momento, cêrca de 30 km a executar de vez que já
colaborado na construção acelerada de Brasília, se encontram pavimentados aproximadamente 75%
acrescendo que no próximo ano quando fôr da extensão contratada.
transferida a sede do Govêrno, a demanda à nova Verifica-se, pois, que para completar a
Capital, originária de São Paulo, será muito mais pavimentação dêsse importante eixo rodoviário resta
intensa do que agora. programar a pavimentação do trecho Entroncamento
Esta ligação é também o grande da BR-71-Frutal e sua ligação com Colômbia.
escoadouro dos produtos agríco- O trecho Entroncamento da BR-
– 841 –
LIGAÇÃO "BRASÍLIA-SANTOS"
(Em 1960: – por asfaltar, apenas, 180 km, entre os km 462 e 642)
BRASÍLIA Km 0
ANÁPOLIS Km 135 – Entroncamento da BR-24 com a ligação "Brasília-Anápolis"
GOIÂNIA Km 195
ITUMBIARA Km 405 – (Divisa de Goiás com Minas)
TREVO Km 462 – Entroncamento da BR-14 com a BR-71
FRUTAL Km 608 – Entroncamento da BR-14 com a BR-56
COLÔMBIA Km 642 642 – (Divisa de Minas com São Paulo)
MATÃO Km 829 – Entroncamento da BR-56 com a BR-33
LIMEIRA Km 984 – Entroncamento da BR-23 com a BR-106
SÃO PAULO Km 1.118
SANTOS Km 1.196 – Primeiro pôrto de Mar do Brasil Central.
nobre Senador Gilberto Marinho, está redigida da solicitada ao Congresso pelo Sr. Presidente da
seguinte forma: República, em mensagem chegada a esta Casa
posteriormente ao pronunciamento da Comissão
EMENDA de Finanças sôbre o presente subanexo.
Nº 8 A emenda está assinada pelo nobre
Senador Moura Andrade. Como Sua Exa., na
Repartição: 4.01.02 – Presidência da República.
justificação faz referência à Mensagem do
Verba: 2.0.00 – Transferências.
Presidente da República, vou lê-la para
Consignação: 2.1.00 – Auxílios e subvenções.
Subconsignação: 2.1.01 – Auxílios. conhecimento da Casa.
3 – Entidades autárquicas.
Para instalação e funcionamento dos serviços da MENSAGEM
Combratur – Cr$ 20.000.000,00. Nº 313
e tantos milhões de cruzeiros, e somos agora desvalorização da nossa moeda, não há dúvida de
informados de que o Poder Executivo solicita a que a soma de três bilhões de cruzeiros corresponde
ampliação dêsse montante para três bilhões, a muitos dos serviços estaduais.
duzentos e cinqüenta milhões de cruzeiros. Julgo portanto que o Senado tem o direito de
Assistimos à leitura do parecer do eminente ser informado, em primeiro lugar, sôbre as
Relator, Senador Ary Vianna justificado nos finalidades do planejamento que existe no fundo
pressupostos ou nas informações constantes do dessa solicitação que nos chega na hora da votação
texto da própria Mensagem presidencial. Creio do Orçamento, em segundo lugar, sôbre o modo
entretanto, que ficaram algumas dúvidas no espírito como serão aplicadas essas verbas, se é que no
decurso do prazo que resta do mandato do Sr.
dos Srs. Senadores – pelo menos no que a mim
Presidente da República ou se existe uma
toca, pessoalmente – porque essa justificativa faz
distribuição de duodécimos da distribuição equitativa,
alusão às explicações constantes de um trabalho da
na aplicação dêsse dinheiro de forma a que o futuro
Comissão Nacional de Energia Nuclear, Govêrno tenha oportunidade de examinar a
encaminhado diretamente ao Sr. Presidente da conveniência e localização dessa despesa.
República, com a intenção de solicitar o envio dessa Sr. Presidente, acredito que a Bancada da
mensagem ao Congresso. Oposição desta Casa nada mais faz do que cumprir
As referências contidas nessa Mensagem não seu dever, solicitando do nobre Líder da Maioria as
entram no mérito dêsse trabalho. A não ser que se soluções que se façam mister sem que, de forma
trate de matéria reservada – e, nesse caso alguma, isto infrinja o nosso apoio de princípio ao
deveríamos deliberar sôbre o assunto em sessão parecer dado pela, comissão competente. (Muito
secreta – seria útil da parte do nobre Líder da bem).
Maioria uma explicação convincente, que nos desse O SR. MOURA ANDRADE (para
as razões dêsse extraordinário acréscimo de encaminhara votação) (*): – Sr. Presidente atendo
despesa. com satisfação à solicitação que me foi dirigida pelo
Como todos os Srs. Senadores, participo da eminente Senador Afonso Arinos.
opinião de que a energia atômica é a mola do A mensagem do Sr. Presidente da República
desenvolvimento futuro de nossa indústria e de propôs dotação orçamentária compatível para a
vários outros aspectos de nossa vida econômica. Por Comissão Nacional de Energia Nuclear; acompanha-
outro lado, considero inerente aos deveres de nosso a extenso e muito bem exposto trabalho daquela
Comissão.
mandato, informarmo-nos convenientemente das
Não vou falar, Sr. Presidente – pois, é
causas especiais e, sobretudo, da aplicação que terá
sobejamente conhecida – da importância das
essa verba não apenas quanto à
pesquisas, da administração, dos estudos dos
aplicação específica no tocante às finalidades serviços da técnica, da matéria-prima, da utilização
principais do plano de Govêrno em relação a êste de todos os elementos concernentes à energia
assunto como também da aplicação, digamos, nuclear, mas devo fazer rápida referência a respeito
cronológica: como será distribuído êsse dinheiro no da aplicação dessa dotação. A Comissão de Ener-
próximo exercício financeiro e quais serão os
pagamentos a serem satisfeitos por essa __________________
enorme verba, porque, mesmo considerando a (*) – Não foi revisto pelo orador.
– 845 –
gia Nuclear tem sob sua responsabilidade vasto gratificadas e outras despesas decorrentes de
programa inédito. Nada existia anteriormente a mesma natureza.
realizar no campo da pesquisa da energia nuclear. Material, incluindo material permanente e de
Vou expor e comentar a matéria, consumo destinados a prover a Comissão de meios
inclusive dando conhecimento ao Senado, da de trabalho, sua manutenção e a expansão dos
justificação minuciosa do Presidente da Comissão serviços objetivada para atender às exigências do
Nacional de Energia Nuclear. programa.
"Os encargos de administração Serviços e encargos nos quais se incluem
da Comissão aumentam à medida que os serviços serviços de terceiros, aluguéis, seguros e encargos
se organizam e os projetos constantes do programa diversos, segundo a discriminação adotada nas
de desenvolvimento das aplicações da energia instruções para propostas orçamentárias.
nuclear se vão elaborando e executando. A Transporte, em que ficam compreendidas as
necessidade de atender a um vulto cada vez maior necessidades de transporte dentro do território
de problemas cujo interêsse se estende pràticamente nacional, primeiro de pessoal para atender ao
a todo território nacional, exige por parte da serviço de fiscalização, intercâmbio com os Estados,
Comissão a manutenção de serviços centralizados em cursos, conferências e reuniões técnico-
de pessoal, material, informação, orientação, científicos; segundo de material para prover as
contrôle, arquivo, fazenda, estatística e outros necessidades de industrialização de minérios
imprescindíveis não só à administração das questões concentrados e outros produtos adquiridos pela
ligadas à atividade normal de serviços públicos como Comissão por fôrça da Política da Energia Nuclear
também aos que se referem à parte especializada de em vigor.
seus objetivos, cuja organização exige uma Formação de pessoal técnico e científico.
ampliação continuada dêsses serviços básicos de Como plano de atividades nesse setor fundamental,
administração. que corresponde a uma das recomendações
A insuficiência das verbas distribuídas e muito explícitas das Diretrizes Governamentais, o
principalmente a irregularidade com que as mesmas programa da Comissão encara as seguintes tarefas:
têm sido postas à disposição da Comissão, Estabelecimento de bôlsas de estudo no País
contribuíram para retardar e reduzir e no exterior; contrato de professôres nacionais e
substancialmente a estruturação dos serviços, com o estrangeiros; auxílios aos cursos universitários, aos
que se ressente de todo o programa. de pós-graduação e outros especializados para a
Um esfôrço importante nesse sentido está formação de cientistas, engenheiros e técnicos
sendo objetivado no ano de 1960 e é essencial que necessários ao desenvolvimento das aplicações da
não venham as mesmas razões concorrer para energia nuclear. Organização de conferências,
dificultar a tarefa de organização, que se está simpósios, seminários e outros meios de divulgação,
empreendendo. ensino e aperfeiçoamento dos conhecimentos
As despesas contempladas para necessários ao desenvolvimento da energia nuclear.
tal fim se subdividem nas seguintes: Criação e manutenção de cursos
Pessoal, incluindo vencimentos, especializados.
vantagens, diárias, serviços II — Instalação e manutenção
extraordinários, indenizações, funções de centros de treinamento espe-
– 846 –
cializado. Além do Instituto de Energia Atômica de dras ainda não poderiam vir para uma identificação
São Paulo, a Comissão terá de atender a outros perfeita no laboratório de pesquisas da energia
centros já em funcionamento, como o Instituto de nuclear. Não existe reator atômico para os cursos de
Pesquisas Radioativas de Belo Horizonte, Instituto pós-graduação nas universidades brasileiras.
de Biofísica do Rio de Janeiro. Concomitantemente a Ressalvando-se apenas a de S. Paulo, nenhuma
Comissão deverá encarar a instalação de centros outra Universidade brasileira o possui. Numa época
necessários às suas atividades de preparação e de em que a inteligência e a cultura precisam estar a
pesquisas, tais como o centro de treinamento para serviço da ciência e da pesquisa, não se
condução de reatores de potência, o laboratório de compreenderia que recusássemos êsses elementos
pesquisas químicas. A Comissão empresta seu fundamentais para os cursos de pós-graduação das
apoio e auxílio financeiro a várias instituições do nossas Universidades.
Estado ou de caráter privado como o Centro Há no momento instalado no Brasil
Brasileiro de Pesquisas Físicas. O Instituto de um reator do Instituto de Energia Atômica de São
Energia Atômica de São Paulo, que, com seu reator Paulo. Um reator deverá ser em breve instalado no
e laboratórios anexos representa o núcleo de um Instituto de Pesquisas Radioativas de Belo Horizonte
centro de estudos, treinamento e pesquisa de e outro no Instituto Tecnológico da Aeronáutica
energia nuclear essencial para nosso em São José dos Campos. A construção do reator
desenvolvimento, exige por si só verbas substanciais de tipo Argonauta para a Universidade do Brasil foi
para atender a seu cada vez mais numeroso pessoal retardada pela falta de distribuição dos
técnico e científico, a suas instalações recursos solicitados. Há tôda a conveniência para o
especializadas e à necessidade constantes de ensino, que reatores dêsse tipo sejam instalados
atender ao aparelhamento adequado ao trabalho de em outras universidades do País, especialmente
que se acha incumbido. no Nordeste e Norte, que têm sido pouco atendidos
Basta citar a sua ação fundamental no estudo nos programas anteriores por falta de recursos.
de combustíveis e elementos combustíveis nacionais Devemos ressaltar que é justamente
cuja obtenção representa o ponto essencial de nossa o Nordeste o maior produtor de substâncias
política, para ressaltar o cuidado com que deverão atinentes à energia nuclear. É o Nordeste, Sr.
ser objetivadas as necessidades orgânicas e Presidente, o maior armazém, a maior mina
materiais dêsse estabelecimento, destinado em de berilo. O Brasil possui cêrca de sessenta por
futuro próximo a rivalizar com centros estrangeiros cento das reservas de berilo de tôda a América
só existentes nos países mais adiantados. e do mundo, segundo as últimas publicações
Estudos, projetos, compra e construção de feitas em Londres. Os Estados Unidos importam do
reatores de pesquisas para uso em cursos de pós- Brasil 98% do berilo que consome, e importa-o
graduação das Universidades e nos centros e em cristal, sendo que a maior parte do Nordeste do
institutos de pesquisas nacionais. País e uma parte de Minas Gerais. Êsse
Sabem os Senhores Senadores berilo, transformado em óxido de berilo,
que a Universidade do Rio de Janeiro e as mais representa, imediatamente, pela simples
Universidades do Brasil, ainda estão sendo transformação em óxido, um apreciável lucro
mantidas fora de sua época. Suas cáte- industrial. O cristal vale quase nada. Sa-
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bemos que o cristal de berilo é exportado às berilo com aquêle teor de pureza a que me referi;
toneladas, por um valor insignificante. Entretanto, a mas haverá necessidade de, aproveitando a energia
transformação do cristal em óxido de berilo, trabalho hidrelétrica que o Brasil está captando, plantar no
realizado em Rezende, Estado do Rio de Janeiro, Nordeste e no Norte do País, e talvez em Minas
através de uma indústria pioneira, mas ainda também, as indústrias pesadas de transformação do
incipiente, multiplica-lhe o valor, estando o óxido óxido de berilo nos metais infungíveis para
sendo comprado a seis mil cruzeiros o quilo pela exportação, porque êsse é, realmente, um dos
Comissão de Energia Nuclear, cujo índice de pureza momentos culminantes para a conquista da
obtida é de 99,8% um dos mais altos já alcançados independência do Brasil.
no mesmo material em todo o mundo. Sr. Presidente, não só para isso, entretanto,
É preciso saber-se também, que berilo é o pede-se a verba em discussão.
metal milagroso da nossa época. Com êle se fazem Também para a segunda parte da compra
tôdas as combinações imagináveis. E com êle são a que me referi e a construção de pequenos reatores
feitas as ogivas dos instrumentos interplanetários. para as Universidades a fim de formar os
Descobriu-se, na sua fundição, o metal resistente a técnicos indispensáveis a trabalhar o tório, o berilo e
tôdas as calorias. Só assim os foguetes e demais demais elementos atômicos e para estudos, projeto,
instrumentos interplanetários ùltimamente lançados, compra e construção de equipamentos básicos
puderam resistir ao elevado aquecimento, dada a para o ensino da energia nuclear, inclusive
propriedade formidável e pràticamente infungível do osciladores de partículas.
berilo. E, ainda, para auxiliar instituições nacionais
Só duas fábricas existem no mundo que nas investigações científicas e tecnológicas,
transformam o berilo em metal: uma, nos Estados para a formação de especialistas, para o
Unidos e outra na Rússia. Houve, outrora, uma na desenvolvimento das aplicações da energia
Alemanha e outra na França. nuclear, inclusive o uso de radioisótopos. E também
Durante a guerra, a da França foi desmontada, para a manutenção dos serviços de Bibliografia,
a fim de não cair nas mãos dos alemães, Biblioteca, Documentação e Publicação. A Comissão
transportada para os Estados Unidos; e a da já possui uma bem desenvolvida Biblioteca de
Alemanha, terminada a conflagração, foi desmontada Energia Nuclear, constituída de livros, documentos
e transportada para a Rússia. micro-filmes, além de revistas e publicações,
Pois bem, Sr. Presidente, no Brasil, estamos periódicas. As publicações feitas pela Comissão, não
caminhando para a exploração dêsse minério, que é só de trabalhos brasileiros como de trabalhos de
essencialmente brasileiro, pela grande incidência das utilidade para divulgação científica, já
suas reservas. iniciadas, precisam ser incrementadas
Verifica-se, assim, a importância da dotação substancialmente. Além disso, é preciso prover a
orçamentária que se solicita, hoje, no anexo Comissão de documentação técnica representada
referente à Presidência da República. por especificações, desenhos e projetos,
Essa primeira fábrica em como os que são postos à sua disposição
Rezende já está produzindo o óxido de através de órgãos de que o Brasil é membro,
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como as Nações Unidas, a Organização dos Estados ção no terreno, que é mais lenta e mais custosa. Os
Americanos e a Agência Internacional de Energia esforços despendidos pelo Conselho Nacional de
Atômica. Pesquisas e pela Comissão Nacional de Energia
Êsses elementos estão, inclusive Nuclear, durante vários anos de trabalho,
representados por trabalhos da mais alta pesquisa conduziram por exiguidade de verbas ao
científica, para os quais há necessidade, neste reconhecimento aerocintilométrico de uma área
momento, de recorrer ao conhecimento de técnicos aproximada de 90.000 quilómetros quadrados ou
internacionais. seja aproximadamente 1100 ,de superfície total do
Daí, acrescentar-se às despesas o intercâmbio País.
técnico-científico com o estrangeiro para Êsses 90.000 quilômetros quadrados de áreas
manutenção de representação nos órgãos aproveitadas e utilizadas em jazidas foram fruto das
internacionais de que faz parte o Brasil e para pesquisas feitas com as pequenas insignificantes e
atendimento de conferências e simpósios de risíveis verbas de que dispunha a Comissão de
interêsse nacional no âmbito da energia nuclear. Energia Nuclear.
Da mais alta importância é a obtenção É portanto imprescindível que se incentive tal
de matérias-primas nacionais. Esta incumbência da trabalho, completando-o com a prospecção local e,
Comissão é inadiável, conforme se depreende das embora isto se aplique às áreas geològicamente
próprias diretrizes governamentais. A vastidão do favoráveis e não a todo País, pelo menos como
território a explorar e a urgência em levantar programa inicial, é evidente que não tem sentido
nossos recursos nucleares indica a necessidade de cobrir 90.000 quilômetros quadrados com
expandir um serviço que conta atualmente com um prospecção incompleta num intervalo de mais de
número nitidamente insuficiente de geólogos. O cinco anos. Para atender ao programa estabeleceu-
contrato de técnicos tanto nacionais como se um levantamento anual de 40.000 quilômetros
estrangeiros e o auxílio às organizações de pesquisa quadrados.
estaduais a serem estabelecidas por convênios, No mesmo sentido, há que ativar-se os
bem como maior recurso aos métodos estudos tecnológicos e em escala semi-industrial da
aerocintilométricos para os quais já existem extração de urânio e tório de minérios uraníferos e
companhias nacionais perfeitamente aparelhadas, toríferos, do beneficiamento dos minérios de berilo e
são alguns dos meios utilizados pela Comissão para de zircônio, e da possibilidade de utilização para
acelerar essa tarefa importante do programa energia nuclear da grafita natural.
nacional. Institui a Comissão, ainda, prêmios para
O relatório da Comissão de Energia descoberta de novas jazidas, de grande importância
Nuclear é completo no que se refere à obtenção para o reconhecimento rápido do extenso território a
dessas matérias no território nacional e, para explorar.
êsse fim, sua atividade programada se subdivide em: Pesado encargo para a C.N.E.N. é a
– Trabalhos de prospecção e pesquisas de minérios fiscalização de materiais radioativos e de suas
de interêsse para as aplicações da energia aplicações. Êsse serviço estende-se desde a
nuclear. A prospecção aerocintilométrica fiscalização de atividades de pesquisa, lavra e
constitui um reconhecimento indispensável, industrialização no contrôle das aplicações para
mas tem de ser completado pela prospec- defesa do povo contra instalações defeituosas
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civil nem a possibilidade de aquisição de parte do de urânio para alimentar a instalação industrial de
equipamento objeto do contrato de financiamento. centrifugação, onde será feito o enriquecimento do
O problema é assim relegado em maior parte urânio natural em baixo teor de enriquecimento
para 1961 e, conseqüentemente, para não tornar e a continuação do projeto de construção e
irremediável o atraso já existente é necessário que instalação da usina destinada à centrifugação do
se possa em 1961 adquirir pelo menos a parte mais urânio natural, para seu enriquecimento, com a
importante do equipamento, caso não entre em vigor possibilidade de vir a ser realizada uma instalação de
o projeto de financiamento. Em qualquer caso, vulto industrial, se as experiências em curso
porém, é preciso contar com o investimento inicial de confirmarem as vantagens técnicas e econômicas do
construção civil e de pelo menos, 20 por cento do processo.
equipamento total orçado em seis milhões de O laboratório de estudos de centrifugação já
dólares. se acha instalado em São Paulo, onde foram
Necessário é considerar a realização da montadas as três ultracentrífugas e o espectômetro
industrialização do zircônio proveniente do rejeito da de massa adquiridos na Alemanha.
extração do urânio de caldasita. Essa recuperação Leve-se em conta ainda a instalação de um
tornará o empreendimento altamente econômico, centro de estudos de aplicações das radiações, na
avaliando-se em quarenta milhões de dólares anuais preservação dos gêneros alimentícios. Esta parte de
a importância da mesma. A economia da fabricação programa é de alto interêsse para o País, pelas
de urânio a partir do minério de zircônio de Poços de possibilidades de, prolongando o período de
Caldas repousa na industrialização dêsse rejeito armazenamento de produtos alimentares, concorrer
zirconífero. Seu retardamento acarretará maior ônus para um menor desperdício dos mesmos, oriundo da
para a União, tornando a indústria do urânio falta de meios apropriados de armazenamento e
altamente custosa e obrigará ao armazenamento de transporte.
10.000 toneladas anuais de rejeito, o que por si só De suma relevância são as medidas relativas
apresentará um problema de solução difícil e à instalação no Brasil de reatores para gerar energia
onerosa. elétrica. Dos programas da Comissão constam
Igualmente, a industrialização do pirocloro de atualmente as seguintes propostas de instalações de
Araxá, do minério de ouro uranífero de Jacobina e centrais nucleares: – uma em São Paulo, em
outras ocorrências ainda não completamente Jurimirim, de iniciativa privada, da Companhia
pesquisadas. Só o minério de Araxá avaliado em 360 Paulista de Energia Nuclear para 30 megawatts;
milhões de toneladas, poderá representar um outra, em Brasília, de 30 a 50 megawatts; a terceira
importante papel na economia nacional pelo valor do de 150 megawatts para instalação na região centro
nióbio nêle contido. Realização da produção de sul do País.
grafita nuclearmente puro, metalurgia do berílio e Estas últimas estão em fase de terminação de
solução de outros problemas de industrialização para estudos e é de se esperar sua realização para o
a energia nuclear. início de 1961, já que a redução do orçamento de
Também está prevista a continuação em 1960 em muito contribuirá para retardar realização
1960 do projeto de construção e instalação de tanta relevância para o futuro do desenvolvimento
da usina destinada à produção do hexafluoreto da energia nuclear no País. Ainda que tal realização
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deva ser efetuada com um financiamento a longo a Casa pela feliz iniciativa do nobre Senador Afonso
prazo, a Comissão terá de arcar com despesas Arinos, ao solicitar esclarecimentos sôbre o vulto da
consideráveis de estudos indispensáveis, para os emenda que chegou ao Senado através de
quais têm de ser contratados serviços especializados Mensagem do Sr. Presidente da República.
de firmas nacionais e estrangeiras para Congratulo-me porque, graças a essa
estabelecimento de especificações, bases de iniciativa, acabamos de ouvir o brilhante discurso do
concorrência e julgamento das propostas. É nobre Líder da Maioria que, mais uma vez, colheu
indispensável além disso preparar o local da oportunidade para fazer galas da sua inteligência, do
instalação e iniciar as construções civis seu talento: tomado de surprêsa, leu S. Exa. o
indispensáveis ao início das instalações. relatório da Comissão Nacional de Energia Atômica.
O que desejo assinalar, neste instante, é que o Muito mais que a leitura, S. Exa. encheu-a de
vulto da emenda pode parecer realmente grande, comentários e completou o relatório com uma
Talvez, entretanto, estejamos sendo tímidos diante justificação que constitui quase uma conferência,
da envergadura dos empreendimentos a serem verdadeiramente admirável e digna de aplausos.
enfrentados. É realmente um prazer intelectual, poder
Estamos entrando em plena época nuclear. assistirmos a uma exposição de talento, de agilidade
Nós, que fomos tão tímidos ao tempo da energia do mental, de rapidez intelectual que caracterizam a
carvão; nós que fomos tão tímidos ao tempo da personalidade do ilustre Senador paulista.
energia hidrelétrica; nós, que fomos tão tímidos e O SR. MOURA ANDRADE: – V. Exa. me
medrosos ao tempo da energia do petróleo, não confunde com tanta gentileza.
devemos temer três bilhões de cruzeiros, três O SR. MEM DE SÁ: – Poderá V. Exa. ficar,
milhões de contos para lançar os alicerces de uma certo de que estou traduzindo a expressão da
prioridade sul-americana, já que a prioridade no verdade. Ocorreu-me mesmo por uma associação de
mundo está apenas em duas nações – a Rússia e os idéias, o que ontem li no último livro de Gilberto
Estados Unidos. Queremos ser a terceira nação Amado. “Depois da Política” há um capítulo dedicado
dessa prioridade; e, para começar terá que ser a Irineu Machado – não estou fazendo,
assim, equipando nossos laboratórios e nossas absolutamente comparação – e que dizia, embora
universidades, instalando reatores, formando divergisse profundamente de Irineu Machado,
técnicos, pesquisando o solo, operando minérios, embora fizesse restrições de ordem política e até
transformando-os, enfim, integrando o Brasil na moral, êle muitas vêzes acompanhando
época da energia nuclear, na qual estamos vivendo. entusiasmado, encantado a capacidade da
Não podemos perder a nossa hora histórica, nós que inteligência e principalmente a capacidade verbal a
já perdemos tantas épocas de energias que o grande tribuno carioca freqüentemente se
fundamentais para o progresso e independência do alçava.
nosso povo! (Muito bem! Muito bem! Palmas. O Sem fazer paralelo, o que não seria
orador é cumprimentado). absolutamente cabível, digo também que
O SR. MEM DE SÁ (para encaminhar a acompanho com entusiasmo, como fiz agora,
votação): – Sr. Presidente, desejo congratular-me com a demonstração de inteligência como a que
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tunidade conveniente, êles ouvissem a conferência, a poder cumprir aquilo que o Parlamento finge que
exposição, a vibração da inteligência do Líder e vota. Aliás, o Executivo continuará apenas a fazer o
acolhessem, no momento oportuno, devido, a dotação que está sendo feito.
convinhável e necessária, dotação até tímida. Há poucos momentos antes de vir para cá,
De modo que o que queria frisar, eram estas hoje ao meio dia, o Senador Mourão Vieira me dizia
tergiversações do Govêrno. Recebe a exposição em que, até agora, novembro, não tinham chegado ao
fevereiro, não lhe dá importância; manda a sua Amazonas as verbas do Ministério da Agricultura. E
mensagem com proposta orçamentária, fingindo um neste momento, o Senador Affonso Arinos me
relativo equilíbrio. Então, o Poder Executivo surge à contava que recebera telegrama comunicando que
Nação com as penas de pavão de que apresenta as verbas do Departamento Nacional da Produção
proposta exeqüível e equilibrada para o seu Vegetal, do Ministério da Agricultura, até agora, em
sucessor. Depois, o dilúvio arrasa a proposta, depois novembro, não tinham sido liberadas; e que
são os Ministros que vêm bater, primeiro à Câmara e repartição havia que não recebera nenhum ceitil,
depois ao Senado, pedindo para duplicar, para nenhum centavo para o cumprimento da sua missão,
triplicar, para quadruplicar e, agora, para multiplicar dos seus deveres, para a execução dos seus
por quinze vêzes a dotação proposta pelo Executivo orçamentos.
no momento em que êle pode falar. Depois de todos O SR. ALFONSO ARINOS: – É verdade. O
os Ministérios, de todos os chefes de departamento telegrama está assinado pelo Diretor do
solicitarem, ao faltar uma semana para encerrar o Departamento Nacional da Produção Vegetal,
prazo fatal da elaboração orçamentária, é o Sr. o funcionário Vanderbilt, que me declarou não
Presidente da República que vem, à última hora, poder vir a mim diretamente como Senador,
com aquêle desespêro de quem lavra a mensagem porque o Estatuto dos Funcionários Públicos
para suspender a execução do condenado à morte, Civis o proíbe, mas que o fazia particularmente,
vem e pede mais três bilhões. pedindo a liberação das verbas daquele
Ainda é pouco em face da importância; ainda é Departamento, já que até agora não tinham sido
pouco em face da importância que não foi conhecida, entregues.
foi apreciada; ainda é pouco. Então, se pede três O SR. MEM DE SÁ: – É o Ministério da
bilhões. Agricultura para o País agrícola que vê sua
O Orçamento será, em 1961, o mais agricultura estagnada, espezinhada, maltratada
anárquico, o mais caótico, o mais fabuloso da nesses últimos cinco anos. Para êsse
história do Brasil; um orçamento completamente Ministério não se dá verbas e quando se dá,
inexequível. O Congresso Nacional se demite da ficam inutilizadas, congeladas, completamente
sua função fundamental de elaborar o Orçamento. arquivadas.
Isso que vamos entregar ao Executivo já deixou de Agora, o Govêrno, a 21 de novembro,
ser farça, já deixou de ser mistificação, já deixou de descobre, graças à inteligência verdadeiramente
ser pantomima. Não tem nome, não tem excepcional do Líder da Maioria, que o programa
qualificativo. É alguma coisa de informe, que nos de energia nuclear é imperativo, e que mais
envergonha e que força o Poder Executivo a não três bilhões, ou menos três bilhões nesse Orça-
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mento, que é indizível, inqualificável, nada deve Agora, já nos últimos momentos da votação da
significar! Lei de Meios, vem o Presidente da República ao
Votemos isso, Sr. Presidente, votemos tudo, Congresso com a revelação de que a dotação
porque nada significa coisa nenhuma para êsse consignada no Orçamento para a Comissão Nacional
Govêrno. (Muito bem! Muito bem!). de Energia Nuclear é ridícula, tornando-se
O SR. PRESIDENTE: – Tem a palavra o nobre necessário, neste apagar das luzes da elaboração
Senador João Villasbôas. orçamentária, corrigir aquela falha com o aumento da
O SR. JOAO VILLASBÔAS (*) (para verba numa proporção que segundo afirma o nobre
encaminhar a votação): – Sr. Presidente, ninguém Senador Mem de Sá, é de quinze vêzes a verba
nesta Casa desconhece a importância para o Brasil primitiva!
do desenvolvimento dêsse problema da energia Sr. Presidente, não tenho dúvidas em votar a
nuclear. Todos sabemos que devemos preparar-nos favor da emenda apresentada pelo nobre Líder da
para o futuro, dando o, maior desenvolvimento Maioria. É mister, porém, ressaltar a situação em
possível às pesquisas, aos estudos, às realizações, que se encontra o atual Govêrno da República, e
efetivas no preparo da energia nuclear. que poderá se repetir, no futuro, com outros
Agora mesmo, Sr. Presidente, mais nos Governos, se persistir a falta de atenção dos
convencemos da necessidade de prestarmos todos Departamentos Auxiliares da Administração. Tal
os auxílios a êsse desenvolvimento, em face do displicência obrigou o Chefe do Govêrno a recorrer,
brilhante discurso do nobre Líder da Maioria, à última hora, ao Congresso para votação de
baseado na Exposição dirigida pelo Presidente da emenda corretiva de sua Mensagem. (Muito bem!
Comissão Nacional de Energia Nuclear à Muito bem!)
Presidência da República, através do DASP. O SR. PRESIDENTE: – Vai ser votado o
Lamento que o Sr. Presidente da República projeto, sem prejuízo das emendas.
esteja tão mal servido de auxiliares. Na verdade, é Os Srs. Senadores que o aprovam, queiram
inconcebível que matéria dessa natureza, com permanecer sentados. (Pausa).
exposição de tamanha importância, tenha sido Aprovado.
relegada por aquele Departamento na organização É aprovado, o anexo orçamentário relativa à
da proposta orçamentária da República. Presidência da República. (Despesas Próprias),
Agora, envia-nos o Chefe do Executivo publicado em Suplemento.
Mensagem solicitando o refôrço daquela verba que o O SR. PRESIDENTE: – As emendas
nobre Líder da Maioria, com tamanha precisão, tiveram parecer favorável. Serão votadas em
qualificou de ridícula. globo.
Não quero, nesta hora, culpar pessoalmente o Os Srs. Senadores que as aprovam, queiram
Chefe da Nação por êsse engano ou êrro praticado conservar-se sentados. (Pausa).
na proposta de Orçamento enviada ao Congresso Aprovadas.
Nacional. Desejo, antes, salientar a situação em que São aprovadas as Emendas de ns. 1 a 9, as 7
ficou S. Exa. confiando no DASP, órgão ao qual cabe primeiras constantes do Parecer nº 436, de 1960 e,
a organização da proposta orçamentária. as 2 últimas transcritas no parecer oral acima pro-
– 855 –
EXTRAORDINÁRIA
ocupando a atenção do Senado por alguns instantes, lhores não são as condições, o fato se deve à falta
aproveito para descrever ao Senado uma visita que de habitação, mas que conversou a êsse respeito
hoje fiz ao Hospital Distrital e, depois, ao Sr. com o senhor Prefeito, Engenheiro Israel Pinheiro.
Secretário da Saúde e Cultura da Nova Capital – o Espera-se que, até o mês de fevereiro próximo, a
Sr. General Lucas Bayard de Lima. situação mude de aspecto, podendo-se, assim,
No hospital, verdadeiro labirinto, pessoas de completar o quadro médico necessário ao
tôdas as idades, de ambos os sexos, procuram atendimento da população de Brasília.
socorros médicos. O Corpo Médico, notei, procura O SR. HERIBALDO VIEIRA: – Permite Vossa
corresponder, mas ainda faltam condições, e as que Excelência um aparte?
não existem são agravadas por um aspecto bastante O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Com muito
sério. É que, digamos, se uma empregada nossa, que prazer.
não é filiada a Instituto nenhum, procura aquêle O SR. HERIBALDO VIEIRA: – As deficiências
nosocômio, antes da consulta ser efetuada é – lhe logo do Hospital Distrital são de ordem muito superior à
perguntado: que importância traz para pagamento? que V. Excelência está informando aos Colegas.
O fato ocorreu com minha empregada, que Soube do caso de um funcionário do Senado, cuja
respondeu não dispor senão de trezentos cruzeiros. espôsa, que como êle é contribuinte do IPASE,
Foi-lhe dito, então, que com menos de seiscentos procurou aquêle nosocômio para dar à luz a uma
cruzeiros não obteria consulta! E teve de regressar criança. A espôsa dêsse servidor ficou das quatro às
para meu apartamento, onde trabalha, sem ter oito da manhã à espera do elevador, que não
conseguido a consulta… funcionava. Afinal, foi transportada numa cadeira
Levei o fato ao conhecimento do Sr. Secretário para o andar onde está instalada a Maternidade,
da Saúde de Brasília. Mostrou-se S. Sa. surprêso, onde teve a criança momentos depois. A primeira
embora fôsse a realidade. Prometeu providências. refeição que recebeu constou de um prato de
Sr. Presidente, que assistência dá-se às feijoada com ovos duros... Há de convir Vossa
pessoas filiadas a Institutos que não mantêm Excelência que êsse tratamento para uma
convênio com o hospital – e essa é a situação das parturiente, no primeiro dia, é incrível, absolutamente
empregadas domésticas – ou a quem poderão elas insuportável. E se ela não contasse com os cuidados
recorrer, se não encontram um corpo clinico que as de sua família, que para o Hospital lhe enviou tôda a
atenda? alimentação de que necessitava, não sei se a estas
Espero que novas medidas sejam adotadas horas estaria viva...
para evitar casos como o que acabo de relatar ao O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Muito
Senado da República. agradeço ao aparte de Vossa Excelência,
Mais, Sr. Presidente, em palestra com o Sr. esclarecedor da situação precária em que anula se
Secretário de Saúde, indaguei-lhe do número de encontra nosso Hospital Distrital. Nada mais nos
médicos de que dispunha a NOVACAP para o resta senão deseja que a nova orientação que virá
atendimento das necessidades desta população para o País e para Brasília normalize tudo,
que cresce dia a dia. Respondeu-me S. Sa. assegurando maior tranqüilidade de socorros
que tudo está programado e que se me- médicos.
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O SR. PAULO FENDER: – Permite Vossa Hospital de Brasília não pode abrir suas portas a
Excelência um aparte? quem dêle necessite, porque, aí sim, seria a
O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Com prazer. reclamação generalizada da parte dos verdadeiros
O SR. PAULO FENDER: – Com satisfação segurados da Instituição. Urge, pois, uma Santa
aparteio Vossa Excelência que tão brilhantemente, Casa na nova Capital, um hospital popular, para
como sempre, acaba de referir-se aos serviços atender aos reclamos da população sofredora que aí
médicos de Brasília. O Hospital Distrital, tem na está desassistida. Assim, nobre Senador Francisco
verdade, uma boa organização. Seu Diretor, o Dr. Gallotti, visa o meu aparte pedir a atenção e a boa
Lucas Bayard de Lima – posso dar meu testemunho vontade dos nossos colegas desta e da outra Casa
com a visita que fiz ao referido nosocômio – é pessoa do Congresso para, com urgência, estudarmos
operosa, trabalhadora, cujos esforços no sentido de projeto de lei que através da criação de Fundos na
tornar a instituição uma realidade assistencial própria Previdência Social, assista, não só aos
condizente com as necessidades do meio, são empregados domésticos como também aos
evidentes. A ponderação que Vossa Excelência fêz, lavradores e suas famílias, a fim de que o seguro
entretanto, sôbre as empregadas domésticas, social brasileiro se torne universal.
desassistidas de todo o amparo médico-assistencial, O SR. FRANCISCO GALLOTTI: – Muito
infelizmente ainda não foram atendidas por nós obrigado, nobre Senador. Estou com o nobre
legisladores. Secundei nesta Casa, os esforços do Colega. O aparte de Vossa Excelência demonstrou
nobre Senador Attílio Vivacqua, por que a injustiça em relação a várias classes de
legislássemos em prol da assistência social às trabalhadores. Estou certo de que o apêlo de
empregadas domésticas. Infelizmente, a lei orgânica Vossa Excelência será ouvido pelo Congresso
da previdência social aí está e o rigor com que nos Nacional.
houvemos não permitiu instituíssemos a assistência Assim, Sr. Presidente, termino minhas
previdenciária a essa numerosa classe de palavras. (Muito bem; muito bem).
trabalhadoras. As empregadas domésticas estão O SR. PRESIDENTE: – Continua a hora do
desassistidas da mesma forma que os lavradores. Expediente. Não há orador inscrito.
Não podemos reformar o que não existe. Não há uma Passa-se à:
política agrária no País. Devemos institui-la e nela
estabelecer normas assistenciais para o lavrador ORDEM DO DIA
desamparado que se vale das Santas Casas e dos
postos de saúde do SESC. Em Brasília é o que Discussão única do Projeto de Lei da
vemos: um hospital, organizado com rigor Câmara nº 87, de 1960 (nº 1880, de 1960, na
administrativo do IPASE. No particular, lembremo nos Câmara) que estima a Receita e fixa a Despesa
do quanto carece o grande Hospital do IPASE no Rio da União para o exercício de 1961; na parte
de Janeiro, para assistir aos próprios segurados; as referente ao Anexo 3 (Órgãos Auxiliares), Subanexo
filas são enormes; e é difícil obter-se um internamento nº 3.01 (Tribunal de Contas); tendo Parecer nº 475,
naquele modelar nosocômio. Mutatis Mutandis, o de 1960, da Comissão de Finanças favorá-
– 860 –
vel ao projeto e. oferecendo as Emendas ns. 1 (C. Vou encerrar a sessão. Designo para a
F.) a 3 (C.F.). próxima, às 14,30 horas a seguinte:
ORDEM DO DIA
O SR. PRESIDENTE: – Em discussão o
projeto com as emendas. 1 – Discussão única da Redação Final do
Não havendo quem faça uso da palavra, está Projeto de Resolução nº 52, de 1960, que concede
encerrada a discussão. exoneração, a pedido, do cargo de Oficial
Em votação o projeto, sem prejuízo das Legislativo, símbolo PL 8, a Carlos Gustavo Schmidt
emendas. Nabuco (redação oferecida pela Comissão Diretora
Os Srs. Senadores que o aprovam, queiram em seu Parecer nº 481, de 1960).
conservar-se sentados. (Pausa). 2 – Discussão única da Redação Final do
Aprovado. Projeto de Resolução nº 53, de 1960, que torna sem
efeito a nomeação de Adolpho Perez, para cargo da
É aprovado o anexo orçamentário relativo ao
classe inicial da carreira de Taquígrafo (redação
Tribunal de Contas, publicado em suplemento. oferecida pela Comissão Diretora em seu Parecer nº
O SR. PRESIDENTE: – Em votação as 482, de 1960).
emendas, em número de oito. 3 – Segunda discussão do Projeto de Lei do
Os Srs Senadores que as aprovam, queiram Senado nº 21, de 1957, de autoria do Sr. Senador
conservar-se sentados. (Pausa). Attílio Vivacqua, que regula a prestação de alimentos
Aprovadas. provisionais às vítimas de acidentes pessoais de
São aprovadas as Emendas de nºs 1 a 8, transportes e a seus beneficiários e estabelece
constantes do Parecer 475, de 1960. outras providências (aprovado em 1ª discussão em
18-11-60), tendo Pareceres favoráveis, sob ns. 398 a
O SR. PRESIDENTE: – A matéria
400, de 1960, das Comissões de Constituição e
vai à Comissão de Finanças, para a Redação Justiça, de Economia e de Finanças.
Final. Está encerrada a sessão.
Esgotada a matéria da Ordem do Dia. Levanta-se a sessão às 10 horas e 25 minutos.
LISTA DOS SENHORES SENADORES
NOVEMBRO DE 1960
Presidente
JOÃO GOULART
Vice-Presidente da República
Vice-Presidente
FILINTO MÜLLER
P.S.D.
1º Secretário 4º Secretário
CUNHA MELLO NOVAES FILHO
P.T.B. P.L.
2º Secretário 1º Suplente
FREITAS CAVALCANTI MATHIAS OLYMPIO
U.D.N. P.T.B.
3º Secretário 2º Suplente
GILBERTO MARINHO HERIBALDO VIEIRA
P.S.D. U.D.N.
RELAÇÃO DAS COMISSÕES
COMISSÃO DIRETORA
Pág. Pág.
AFONSO ARINOS vencimentos dos funcionários civis, aos
Sôbre o projeto que outorga o Presidente da servidores da Estrada-de-Ferro Santa Catarina. 715
República a ausentar-se do País, em visita Considerações em tôrno da falta de
ao Paraguai..................................................... 641 assistência médico-hospitalar às empregada,
Sôbre o projeto que abre crédito destinado domésticas...................................................... 857
às despesas com a transferência do Tribunal
de Contas para Brasília................................... 682 IRINEU BORNHAUSEN
Sôbre o projeto de orçamento paro exercício O problema da preservação e recuperação
financeiro de 1961........................................... 843 das nossas reservas florestais........................ 447
Pág. Pág.
MENDONÇA CLARK MOURÃO VIEIRA
Sôbre a situação da região costeira do Lendo telegrama recebido do Presidente da
Estado do Piauí. Os apelos recebidos dos Associação Rural de Manaus sôbre o
negociantes piauienses para conseguir do problema da juta amazônica........................... 457
Sôbre a situação em que se encontra o
Instituto Brasileiro do Café, cotas para o seu
Fomento Agrícola Federal no Estado do
comércio........................................................... 616 Amazonas........................................................ 702
Pág. Pág.
ARTIGO BRASÍLIA
– do Senhor M. Paulo Filho, que se publica Sôbre o projeto que abre crédito destinado às
nos têrmos do Requerimento nº 468, de despesas com a transferência do Tribunal de
1960, aprovado na sessão de 16 de Contas para discurso do Senhor Afonso
novembro de 1960.......................................... 452 Arinos............................................................... 682
Referindo-se à recuperação do solo de –;
ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR discurso do Senhor Lima Teixeira................... 677
Considerações em tôrno da falta de – às
empregadas domésticas de Brasília; discurso COLÉGIO EXPERIMENTAL DE ASSUNÇÃO
do Senhor Francisco Gallotti........................... 857 Sôbre emenda que apresentou ao projeto do
orçamento, relativa à construção do –, no
ASSOCIAÇÃO RURAL DE MANAUS Paraguai, discurso do Senhor Coimbra
Lendo telegrama recebido do Presidente da Bueno............................................................... 753
– sôbre, o problema da juta amazônica;
discurso do Senhor Mourão Vieira.................. 457 COMISSÃO DE FINANÇAS
Emitindo parecer, pela –, sôbre o projeto do
ATA orçamento para o exercício financeiro de
– da 145ª sessão, da 2ª sessão legislativa, 1961; discurso do Senhor Ary Vianna............. 841
da 4ª legislatura, em 17 de novembro de
1960................................................................ 431 COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES
– da 146ª sessão, da 2ª sessão legislativa, Emitindo parecer pela –, sôbre o Projeto de
da 4ª legislatura, em 17 de novembro de Decreto Legislativo nº 11, de 1960; discurso
1960................................................................. 455 do Sr. Rui Palmeira.......................................... 630
– da 147ª sessão, da 2ª sessão legislativa, da
4ª legislatura, em 18 de novembro de 1960 ...... 460 COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA
– da 148ª sessão, da 2ª sessão legislativa, em NUCLEAR
4ª legislatura, em 18 de novembro de 1960 ...... 627 A Mensagem do Chefe do Executivo
– da 149ª sessão, da 2ª sessão legislativa, da solicitando refôrço da verba orçamentária
4ª legislatura, em 18 de novembro de 1960 ...... 646 destinada à –; discurso do Sr. João Villabôas. 854
– da 150ª sessão, da 2ª sessão legislativa, da Idem, discurso do Senhor Mem de Sá............. 851
4ª legislatura, em 21 de novembro de 1960 ...... 687 Idem, discurso do Senhor Moura Andrade...... 844
– da 151ª sessão, da 2ª sessão legislativa, da
4ª legislatura, em 21 de novembro de 1960 ...... 746 CRÉDITO
– da 152ª sessão, da 2ª sessão legislativa, da Sôbre o projeto que abre – destinado às
4ª legislatura, em 21 de novembro de 1960 ...... 762 despesas com a transferência do Tribunal de
– da 153ª sessão, da 2ª sessão legislativa, da Contas para Brasília; discurso do Senhor
4ª legislatura, em 22 de novembro de 1960 ...... 856 Afonso Arinos................................................... 682
– XX –
Pág. Pág.
DECLARAÇÃO FOMENTO AGRÍCOLA FEDERAL
– do Senhor Afonso Arinos, comunicando Sôbre a situação em que se encontra o – no
os motivos da sua abstenção de participar Estado do Amazonas; discurso do Senhor
da votação da emenda da Câmara ao Mourão Vieira.................................................. 702
Projeto de Lei do Senado nº 7, de
1958.......................................................... 447 FUNCIONÁRIOS
Sôbre o projeto que dispõe sôbre novos níveis
DECLARAÇÃO DE VOTO de vencimentos dos – civis do Poder Executivo;
– do Sr. Ary Vianna, sôbre o Projeto de Lei discurso do Senhor Caiado de Castro ................. 704
da Câmara nº 82, de 1960.............................. 614 Idem, discurso do Senhor Francisco Gallotti... 715
Idem, discurso do Senhor Moura Andrade...... 710
DESAPROPRIAÇÃO
Sôbre o projeto que cria regime especial, de GREVE
– por utilidade pública para execução de Considerações em tôrno da – feita pelos
obras no Polígono das Sêcas; discurso do portuários, marítimos e ferroviários; discurso
Sr. Argemiro do Figueiredo............................. 732 do Senhor Mem de Sá.................................... 434
Idem discurso do Senhor João Villasbôas...... 732
INFLAÇÃO
DISTRITO FEDERAL Discordando das afirmações feitas pelo
Sôbre o salário-mínimo fixado para o –; Senhor Mem de Sá, a respeito do problema
discurso do Senhor Jefferson de Aguiar......... 628 da –; discurso do Senhor Antônio Baltar......... 689
As causas que criaram o problema do
EMISSÃO desenvolvimento e da – no País; discurso do
Sôbre a – do papel moeda; discurso do Senhor Mem de Sá......................................... 434
Senhor Mem de Sá......................................... 434
INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉ
EMPREGADAS DOMÉSTICAS Os apelos recebidos dos negociantes
Considerações em tôrno da falta de piauienses para conseguir do – cotas para o seu
assistência médico-hospitalar às –; discurso comércio; discurso do Senhor Mendonça Clark... 616
do Senhor Francisco Gallotti........................... 857 A política adotada pelo –, com referência ao
Pôrto de Paranaguá; discurso do Sr. Nelson
ESTADO DO AMAZONAS Maculan........................................................... 757
Sôbre a situação em que se encontra o
Fomento Agrícola Federal no –; discurso do JUTA
Senhor Mourão Vieira..................................... 702 Lendo telegrama recebido do Presidente da
Associação Rural de Manaus sôbre o problema
ESTADO DO PIAUÍ da – amazônica; discurso do Senhor Mourão
Sôbre a situação da região costeira do –; Vieira .................................................................... 457
discurso do Senhor Mendonça Clark.............. 616
MARÍTIMOS
ESTRADA-DE-FERRO SANTA CATARINA Considerações em tôrno da greve feita pelos
Sôbre a extensão do projeto que dispõe –; discurso do Senhor Mem de Sá.................. 434
sôbre novos níveis de vencimentos dos
funcionários civis, aos servidores da –; MENSAGEM
discurso do Senhor Francisco Gallotti............. 715 – nº 173, de 1960, do Senhor Presidente da
República restituindo autógrafos de
FERROVIÁRIOS dispositivo vetado na Lei nº 3.756, de 1960.... 455
Considerações, em tôrno da greve feita pelos – ns. 174 a 179, do Senhor Presidente
–; discurso do Senhor Mem de Sá.................. 434 da República, restituindo
– XXI –
Pág. Pág.
autógrafos de projetos de lei já sancionados...... 455 PARECER
– nº 446, de 1960, da Comissão de Redação,
NÍNEIS DE VENCIMENTOS sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 213, de
Sôbre o projeto que dispõe sôbre novos – dos 1958.................................................................... 432
funcionários civis do Poder Executivo; discurso – nº 447, de 1960, da Comissão de Redação,
do Senhor Caiado de Castro .............................. 704 sôbre o Projeto de Lei do Senado nº 7, de 1955.... 433
Idem, discurso do Senhor Coimbra Bueno......... 717 – nº 448; de 1960, da Comissão de Finanças,
Idem, discurso do Senhor Francisco Gallotti ..... 715 sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960.. 588
Idem, discurso do Senhor Moura Andrade ........ 710 – nº 449, de 1960, da Comissão de Redação,
sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960.. 597
– nº 450, de 1960, da Comissão de
OFÍCIO
Constituição e Justiça, sôbre o Projeto de Lei
– da Câmara dos Deputados encaminhando
da Câmara nº 82, de 1960 ................................. 612
autógrafo de projetos de lei ..................460, 627 688
– nº 451, de 1960, da Comissão de Serviço
– da Câmara dos Deputados, solicitando seja Público Civil, sôbre Projeto de Lei da Câmara
feita retificação no texto do art. 6º do Projeto de nº 82, de 1960..................................................... 613
Lei nº 2.275-D, de 1960...................................... 647 – nº 452, de 1960, da Comissão de Finanças,
– da Câmara dos Deputados, comunicando que sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 82, de 1960.. 615
rejeitou as emendas do Senado ao Projeto de – nº 453, de 1960, da Comissão de Finanças,
Lei nº 4.006-E, de 1954....................................... 687 sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960.. 647
– nº 454, de 1960, da Comissão de Finanças,
ORÇAMENTO sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960.. 649
Sôbre o projeto de – para o exercício de 1961; – nº 455, de 1960, da Comissão de Finanças,
discurso do Senhor Afonso Arinos ..................... 843 sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 85, de 1960.. 650
Emitindo parecer, pela Comissão de Finanças, – nº 456, de 1960, da Comissão de
sôbre o projeto do – para o exercício Constituição e Justiça, sôbre o Projeto de Lei
financeiro de 1961; discurso do Senhor Ary da Câmara nº 84, de 1960 ................................. 651
Vianna ............................................................. 841 – nº 457, de 1960, da Comissão de Finanças,
Sôbre emenda que apresentou ao projeto de –, sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 84, de 1960.. 652
relativa à construção do Colégio Experimental – nº 457, de 1960, da Comissão de Finanças,
de Assunção, no Paraguai; discurso do Senhor sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960.. 652
Coimbra Bueno .................................................. 753 – nº 459, de 1960, da Comissão de Serviço
Público Civil, sôbre o Projeto de Lei da Câmara
PAPEL MOEDA nº 91, de 1960..................................................... 673
Sôbre a emissão de –; discurso do Senhor – nº 460, de 1960, da Comissão Finanças, sôbre
o Projeto de Lei da Câmara nº 91, de 1960............ 675
Mem de Sá ......................................................... 434
– nº 461, de 1960, da Comissão de Finanças,
sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 92, de 1960.. 676
PARAGUAI
– nº 462, de 1960, da Comissão de Redação,
Sôbre o projeto que autoriza o Presidente da sôbre o Projeto de Decreto Legislativo nº 11, de
República a ausentar-se do País, em visita ao 1960 ................................................................... 677
Paraguai; discurso do Senhor do Afonso – nº 463, de 1960, da Comissão de Redação,
Arinos.................................................................. 682 sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 91, de 1960.. 740
Idem, discurso do Senhor Lourival Fontes ......... 639 – nº 464, de 1960, da Comissão de
Idem, discurso do Senhor Mem de Sá ............... 640 Constituição e Justiça, sôbre Ofício de 14 de
Idem, discurso do Senhor Moura Andrade ........ 643 janeiro de 1960, do Presidente do Supremo
Sôbre emenda que apresentou ao projeto do Tribunal Federal, encaminhando cópia de
orçamento relativa à construção do Colégio Recurso Extraordinário ....................................... 746
Experimental de Assunção no discurso do Sr. – nº 465; de 1960, da Comissão
Coimbra Bueno................................................... 753 de Constituição e Justiça, sôbre
– XXII –
Pág. Pág.
o Ofício de 14 de janeiro de 1960, do Presidente – nº 481, de 1960, da Comissão de
do Supremo Tribunal Federal, encaminhando Redação, sôbre o Projeto de Resolução nº
Cópia de Recurso Extraordinário ......................... 747 52, de 1960 ................................................. 856
– 466, de 1960, da Comissão de Constituição e – nº 482, de 1960, da Comissão de
Justiça, sôbre o Ofício de 14 de janeiro de 1960, Redação, sôbre o Projeto de Resolução nº
do Presidente do Supremo Tribunal Federal, 53, de 1960 ................................................. 857
encaminhando cópia de Recurso Extraordinário.. 748
– nº 467, de 1960, da Comissão de PLANO DE CLASSIFICAÇÃO
Constituição e Justiça, sôbre o Ofício de 14 Solicitando seja rejeitado o veto presidencial
Janeiro de 1960, do Presidente do Supremo oposto ao –; discurso do Senhor Saulo
Tribunal Federal, encaminhando cópia de Ramos ........................................................... 621
Recurso Extraordinário ....................................... 748
– nº 468, de 1960, da Comissão de POLÍGONO DAS SÊCAS
Constituição e Justiça, sôbre o Ofício de 14 de Sôbre o projeto que cria regime especial de
janeiro de 1960, do Presidente do Supremo desapropriação por utilidade pública para
Tribunal Federal, encaminhando cópia de execução de obras no –; discurso do Senhor
Recurso Extraordinário........................................ 749 Argemiro de Figueiredo ...................................... 732
– nº 469, de 1960, da Comissão de Idem, discurso do Senhor João Villasbôas ........ 732
Constituição e Justiça, sôbre o Oficio nº 256-P-
58, do Presidete do Supremo Tribunal Federal, PÔRTO DE PARANAGUÁ
encaminhando cópia de acórdão ....................... 750 A política adotada pelo Instituto Brasileiro do
– nº 470, de 1960, da Comissão de Constituição Café com referência ao –; discurso do Senhor
e Justiça, sôbre Oficio nº 347-P-59, do Nelson Maculam ................................................. 757
Presidente do Supremo Tribunal Federal,
encaminhando cópia de Recurso Extraordinário.. 750 PORTUÁRIOS
– nº 471, de 1960, da Comissão de Constituição Considerações em tôrno da greve feita pelos –;
e Justiça, sôbre o Ofício nº 246-57, do discurso do Senhor Mem de Sá ......................... 434
Presidente do Supremo Tribunal Federal,
encaminhando cópia da Representação nº 217... 751 PRESIDENTE DA REPÚBLICA
– nº 472, de 1960, da Comissão de Sôbre o projeto que autoriza o – a ausentar-se
Constituição e Justiça, sôbre Ofício de 14 de do País, em visita ao Paraguai; discurso do
janeiro de 1960 do Presidente do Supremo Senhor Afonso Arinos ........................................ 641
Tribunal Federal, encaminhando cópia da Idem, discurso do Senhor Lourival-Fontes ........ 639
Representação nº 393......................................... 752 Idem; discurso do Senhor Mem de Sá ............... 640
– nº 473, de 1960 da Comissão de Finanças Idem, discurso do Senhor Moura Andrade ........ 643
sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960.. 762
– nº 474, de 1960, da Comissão de Finanças, PROJETO DEDECRETO LEGISLATIVO
sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960.. 795 – nº 11, de 1960, que autoriza o Presidente da
– nº 475, de 1960, da Comissão de Finanças República a ausentar-se do País, em visita ao
sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960.. 823 Paraguai ......................................................644, 677
– nº 476, de 1960, da Comissão de Finanças,
sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960.. 825 PROJETO DE LEI DA CÂMARA
– nº 477, de 1960, da Comissão de Finanças, – nº 213, de 1958, que concede auxílios
sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960.. 827 especiais ao Colégio Salesiano Santa
– nº 478, de 1960, da Comissão de Finanças, Rosa e à Escola Industrial Dom Bosco
sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960.. 829 .......................................................432, 628 635
– nº 479, de 1960, da Comissão de Finanças – nº 82, de 1960, que abre crédito
sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 81, de 1960.. 829 para ocorrer às despesas com a
– nº 480, de 1960, da Comissão de Finanças, transferência do Tribunal de Contas para
sôbre o Projeto de Lei da Câmara nº 87, de 1960.. 832 Brasília ..................612, 613, 615, 645, 682, 683
– XXIII –
Pág. Pág.
– nº 84, de 1960, que cria regime especial de – nº 57, de 1960, que suspende a execução
desapropriação por utilidade pública para de dispositivos do Decreto-lei nº 650, do
execução de obras no Polígono das Sécas Estado do Paraná............................................ 749
.........................................651, 652, 685, 726, 744 – nº 58, de 1960, que suspende a execução de
– nº 85, de 1960, que abre crédito para disposições da Constituição do Estado do Ceará 749
ocorrer às despesas com a execução de — nº 59, de 1960, que suspendera execução
obras de saneamento do Rio das Velhas da Lei nº 41, do Estado de Pernambuco......... 750
..................................................650, 685, 738 744 – nº 60, de 1960, que suspende a execução
– nº 87, de 1960, que estima a Receita e fixa de disposições do Decreto nº 457, do Estudo
a Despesa para o exercício financeiro de de Pernambuco............................................... 751
1961............451, 452, 457, 458, 459,461, – nº 61, de 1960, que suspende a execução
588, 597, 622, 623, 626, 632, 633, 644, 645, da Lei nº 1.027, do Estado do Rio Grande do
647, 649, 652, 679, 680,681, 688, 759, 760, Norte............................................................... 751
761, 762, 795, 823, 826, 827, 832, 841, 855, 859 – nº 62, de 1960, que suspende a execução
– nº 91, de 1960, que dispõe sôbre novos da Lei nº 2.362, do Estado de Goiás............... 752
níveis de vencimentos dos funcionários civis
do Poder Executivo......................................... RECUPERAÇÃO DO SOLO
.........................678, 675, 685, 704, 723, 740, 744 Referindo-se à – de Brasília; discurso do
– nº 92, de 1960, que abre crédito ao Senado Senhor Lima Teixeira...................................... 677
Federal e à Câmara dos Deputados
..................................................676, 686, 739 745 REQUERIMENTO
– nº 93, de 1960, que altera dispositivo da Lei – nº 472, de 1960, solicitando, o Senhor
do Inquilinato................................................... 432 Mem de Sá, informações à Direção do
Departamento dos Correios e Telégrafos....... 434
PROJETO DE LEI DO SENADO – nº 473, de 1960, solicitando dispensa de
– nº 7, de 1955, que cria o Fundo Nacional interstício para o Projeto de Lei da Câmara nº
de Fomento à extração e plantio da borracha. 433 87, de 1960..................................................... 451
– nº 21, de 1957, que regula a prestação de – nº 474, de 1960, solicitando dispensa de
alimentos provisionais às vitimas do interstício para o Projeto de Lei da Câmara nº
acidentes pessoais de transportes e a seus 87, de 1960..................................................... 451
beneficiários .....................................626, 636 860 – nº 475, de 1960, solicitando dispensa de
– nº 7, de 1958, que dispõe sôbre a interstício para o Projeto de Lei da Câmara,
contagem; recíproca, para efeito de nº 87, de 1960................................................. 451
aposentadoria, do tempo de serviço prestado – nº 476, de 1960, solicitando dispensa de
por funcionários à União, às Autarquias e ao publicação da Redação Final do Projeto de
Banco do Brasil........................................445, 446 Lei da Câmara nº 87, de 1960........................ 622
– nº 477, de 1960, solicitando dispensa de
PROJETO DE RESOLUÇAO interstício para o Projeto de Lei da Câmara nº
– nº 52, de 1960, que torna sem efeito a 82, de 1960..................................................... 632
nomeação de Adolpbo Perez para a classe – nº 447-A, de 1960, solicitando dispensa de
inicial da carreira de taquígrafo interstício para o Projeto de Lei da Câmara nº
.................................458, 645, 684, 685, 856, 860 84, de 1960..................................................... 678
– nº 53, de 1960, que concede exoneração, a – nº 478, de 1960, solicitando dispensa de
pedido do cargo de Oficial Legislativo, a interstício para o Projeto de Lei da Câmara nº
Carlos Gustavo Schimidt Nabuco 85, de 1960..................................................... 678
.................................................645, 685, 857, 860 – nº 479, de 1960, solicitando dispensa de
– nº 54, de 1960, que suspende a execução interetício para o Projeto de Lei da Câmara
de dispositivos da Lei nº 650, de 1947, do nº 92, de 1960................................................. 678
Estado do Paraná........................................... 747 – nº 480, de 1960, solicitando dispensa de
– nº 55, de 1960, que suspende a execução publicação da Redação Final do Projeto de
da Lei nº 348, de Santa Catarina.................... 747 Lei da Câmara nº 87, de 1960......................... 679
– nº 56, de 1960, que suspende a execução – nº 481, de 1960, solicitando
da Lei nº 380, do Estado de Santa Catarina... 748 dispensa de publicação da Redação
– XXIV –
Pág. Pág.
Final do Projeto de Lei da Câmara nº 87, de RODOVIA BRASILIA-SANTOS
1960................................................................. 670 Sôbre a verba orçamentária para a
– nº 482, de 1960, solicitando que a sessão terminação da –; discurso do Senhor
do Dia Universal de Ação de Graças.............. 679
Coimbra Bueno............................................... 836
– nº 483, de 1960, solicitando informações ao
Senhor Ministro da Fazenda........................... 701
nº 484, de 1960, solicitando audiência de SALÁRIO-MÍNIMO
Comissão Especial de Estudo aos Problemas Sôbre o – fixado para o Distrito Federal;
da Sêca do Nordeste, sôbre o Projeto de Lei discurso do Senhor Jefferson de Aguiar......... 628
de Câmara nº 84 de 1960............................... 738
– nº 485, de 1960, solicitando transcrição nos TRIBUNAL DE CONTAS
Anais dos discursos proferidos pelos Senhores
Sôbre o projeto que abre crédito destinado
Guido Mondim e Mário Marques da Costa, nas
comemorações do Dia da Bandeira ................... 752 às despesas com a transferência do – para
– nº 486, de 1980, solicitando dispensa de Brasília; discurso do Senhor Afonso Arinos.... 682
publicação do Projeto de Lei da Câmara nº
87, de 1960..................................................... 834 VERBA ORÇAMENTÁRIA
– nº 487, de 1960, solicitando dispensa de Sôbre a – para a terminação da rodovia
publicação para o Projeto de Lei da Câmara Brasília-Santos; discurso do Senhor Coimbra
nº 87, de 1980................................................. 834 Bueno.............................................................. 836
– nº 488, de 1980, solicitando dispensa de
A mensagem do Chefe do Executivo
publicação da Redação Final do Projeto de
Lei de Câmara nº 87, de 1960......................... 835 solicitando refôrço da – destinada à
– nº 489, de 1960, solicitando dispensa de Comissão Nacional de Energia Nuclear;
publicação para a Redação Final do Projeto discurso do Senhor João Villasbôas............... 854
de Lei da Câmara nº 87, de 1960.................... 835 Idem, discurso do Senhor Mem de Sá............ 851
– 490, de 1960, solicitando dispensa de Idem, discurso do Senhor Moura Andrade...... 844
publicação para a Redação Final do Projeto
de Lei da Câmara nº 87, de 1960.................... 835
VETO
RESERVAS FLORESTAIS Solicitando seja rejeitado o – presidencial
O problema da preservação e recuperação das oposto ao Plano de Classificação; discurso
nossas –; discurso do Senhor Irineu Bornhausen 447 do Senhor Saulo Ramos................................. 621