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Introdução
Melanie Klein nasceu em 30 de março de 1882, mas com o sobrenome Reizes: tornou-se de
fato Melanie Klein ao casar-se com Arthur Klein aos 21 anos. Nascida em Viena, possuía
origens hebraicas, com família simples, porém com certo nível intelectual para o cenário da
época.
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A obra inicial de Melanie Klein
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Em 1932 publicou o primeiro livro, a coletânea “A psicanálise de crianças”, que
serviu de referência durante toda sua história;
Na década de 30 perdeu seu segundo filho (Hans), quando ele escalava uma
montanha (Há quem diga que tinha sido suicídio), nesse mesmo período , tinha uma
relação de atrito com sua filha Mellita(Mais velha) a qual também se tornara
psicanalista e ingressara na mesma sociedade Britânica.
Com a perda do filho Hans, escreveu o texto “Uma contribuição para psicogênese
do estado maníaco-depressivo(1935) e em 1940 publicou “ O luto e suas relações
com o maníaco-depressivo)
No final dos anos 30, a família de Freud se muda para Londres, por causa da
segunda guerra mundial, isso fez com que a sociedade Britânica se dividisse
ideologicamente e, dois grandes grupos: Os Klenianos(seguidores de Melanie Klein),
e os Freudianos(Seguidores de Freud, a qual sua filha Melitta pertencia);
Surgiu também um grupo composto por analistas independentes, que não eram
alinhados com nenhum dos dois grupos.
Apesar de tudo, o grupo permanecia na Sociedade Britânica e na Associação
internacional de psicanálise (AIPA), não foram expulsos como Jacques Lacan
(Psicanalista Francês), e nem entraram em conflito com Sigmund Freud, como
fizeram Alfred Adler (Médico, filósofo e Psicólogo austríaco fundador da psicologia do
desenvolvimento individual) e Carl Gustav Jung (Psiquiatra e psicoterapeuta suíço
que fundou a psicanalítica)
A escola Kleiniana expandiu conceitos Freudianos, e em 1946, Melanie publicou um
dos textos mais importantes “Notas sobre os mecanismos esquizóides (Processos
depressivos na infância-perturbação emocional, afastamento etc).
Em 1956 o grupo Kleiniano publicou “Inveja e Gratidão”. O texto “Narrativas de uma
criança” foi trabalhado por Melanie até poucos dias antes de sua morte.
A inovação Kleiniana abriu precedentes que possibilitou a compreensão da via
primitiva e abriu novos caminhos para a psicanálise, sendo dedicado a ela o segundo
volume da coleção “O gênio Feminino, a clínica da infância, da psicose e do autismo
Júlia Kristeva ( Filósofa, escritora,. Psicanalista e feminista).
Sua contribuição e teorias de prática psicanalíticas podem ser divididas em 3
fases:
1º Fase: Fundamentos da análise das crianças que delineou com complexo de Édipo
(Forte atração da criança pela figura materna e rivaliza com a paterna), o Superego
(Estruturas do aparelho mental, herdeiro do complexo de Édipo) até as raízes
primitivas de seu desenvolvimento;
2º Fase: Conduziu a formulação do conceito das posições depressivas e dos
mecanismos de defesa maníaca.
3º Fase: Estudo de um estado mais primitivo, chamado de esquizenoparanoide
(Certos aspectos da vida mental dos seres humanos nos primeiros 3 a 4 meses de
vida-ansiedade,frustração e gratificação). É o ponto de vista da criança sobre suas
relações de objeto. Posição depressiva, associação, negação. Ex: O bebê quando
arranha e ou morde o peito da mãe.
Melanie Klein obteve acesso a compreensão da estrutura da criança seguindo a
transferência e o simbolismo do brincar desta.
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Cada ato, brincadeira, nomeação de brinquedo bom e brinquedo mau, têm uma
simbolização de fantasia inconsciente.
Fantasia inconsciente: Uma imagem de mãe má vista pelas crianças que não é a
realidade. Uma criação de uma imagem mal que na realidade não é.
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Fantasia
De acordo com Melanie Klein, a atividade de fantasiar está presente na vida desde o
nascimento, não que a criança tenha como colocar pensamentos em palavras, mas que elas
possuem imagens inconscientes de “bom” e “mal”. Exemplo: um estômago cheio é bom; um
vazio é mal. Sendo um seio bom e um seio mau. O primeiro é o responsável pela
gratificação infinita, o segundo é aquele que frustra infinitamente, uma vez que não está
presente no momento em que a criança deseja. Contra este seio mau a criança inicia uma
série de ataques em forma de fantasias, nas quais o divide em milhões de pedaços,
enquanto o seio bom permanece íntegro, representante de toda a bondade existente. Assim
como os bebês que adormecem enquanto sugam os dedos, estão fantasiando ter o seio
bom da mãe dentro deles. A medida que o bebê amadurece as fantasias inconscientes
relacionadas ao seio da mãe continuam a exercer um impacto na vida psíquica. Podemos
definir fantasia como a representante psíquica do instinto, cuja fonte é interna e subjetiva,
embora esteja ligada à realidade objetiva. Ela se transforma de acordo com o
desenvolvimento, sendo ampliada e elaborada, influenciando e sendo influenciada pelo ego
em maturação.
Sua matriz está na percepção sensorial e determina a atitude da criança em relação a seus
objetos, pelo fato de estar presente nos mecanismos de introjeção e projeção. A introjeção
corresponde ao mecanismo primitivo do bebê de introjetar todos os objetos e a projeção tem
sua origem nas identificações com os objetos do mundo exterior que a criança de tenra
idade realiza em suas fantasias.
Segundo Riviere, seguidora Melanie Klein ressalta algumas funções da fantasia, como
assegurar a divisão entre os objetos bons e ruins, realizada na vida primitiva dentro da
posição esquizo-paranoide, e manter um refúgio da realidade. No decorrer do
desenvolvimento a fantasia não deixa de existir, vão sendo elaborada referindo-se,
gradualmente, a uma maior variedade de situações (KLEIN, 1963).
Durante o segundo trimestre de vida, algumas mudanças ocorrem na vida de fantasia: elas
são ampliadas, elaboradas e diferenciadas, refletindo o progresso que ocorre no
desenvolvimento intelectual e emocional do bebê nesse período. Durante o período de
latência, a criança passa a reprimir suas fantasias de modo muito mais severo que nos
períodos anteriores.
Embora as fantasias pareçam perder influência durante a vida adulta, seus efeitos
inconscientes permanecem ativos no posterior desenvolvimento.
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A posição esquizeno – paranoide
Para Melanie Klein, após o nascimento e no transcorrer dos primeiros meses de vida, o
bebê entra em contato com o “seio bom” e o “seio mau”. Estas experiências alternantes
entre gratificação e frustração trazem ao bebê um sentimento de vulnerabilidade que
remetem à ameaça da existência de seu ego tão vulnerável, segundo sua limitada visão
enquanto ser. Como forma de controle, o bebê morde, rasga ou aniquila o seio de forma a
tolerar tais sentimentos em relação à este objeto. Porém, em contrapartida, o ego
subdividiu-se em relação aos sentimentos nutridos pelo mesmo objeto e a partir daí retem
parte dos instintos de vida e morte e ao mesmo tempo, desvia parte dos instintos para o
seio. Agora, ao invés de temer ao próprio instinto de morte, o bebê passa a temer o seio
persecutório (perseguidor).Porém, o bebê também estabelece uma relação com o seio ideal
pois este lhe fornece amor, conforto e gratificação : o bebê deseja manter o seio dentro dele
como forma de proteger-se contra a ameaça de aniquilação por seus perseguidores. Desta
forma, para controlar o seio bom e prolongar a sensação de segurança, o bebê adota o que
Klein (1946) denominou posição esquizenoparanoide, onde o bebê adota uma forma de
organizar as experiências vivenciadas, incluindo os sentimentos paranoides de ser
perseguido e uma divisão internalizada entre os objetos bons e maus.
Sabemos porém que nesta fase do desenvolvimento os bebês não possuem linguagem
como forma de identificação; em vez disso, utilizam a predisposição biológica ao vincularem
valores aos dois seios de forma que o seio positivo seja aquele que esteja relacionado à
nutrição e ao instinto da vida enquanto que ao seio negativo estão associados os
sentimentos de fome e morte . Esta dissociação primitiva pré-verbalizada do mundo entre
bom e mau é precursora ao desenvolvimento à ambivalência de sentimentos em relação à
uma única pessoa. Klein comparou a posição esquizenoparanoide infantil com os
sentimentos de transferência que os pacientes em terapia muitas vezes desenvolvem em
relação ao terapeuta. Assim, podemos perceber que os sentimentos ambivalentes não
limitam-se somente ao ambiente terapêutico mas também à outras situações do cotidiano :
indivíduos em outros estádios de desenvolvimento, freqüentemente experimentam
sentimentos de ambivalência com relação aos entes queridos. No entanto, esta
ambivalência não captura a essência da posição esquizenoparanoide e, quando adultos
adotam tais comportamentos, o fazem de forma primitiva e inconsciente.
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Outras pessoas podem, porém, projetar seus sentimentos esquizenoparonoides
inconscientes como forma de evitar sua aniquilação pelo seio malévolo. Podem ainda
projetar sentimentos positivos ainda de maneira inconscientes por considerarem
determinada pessoa perfeita enquanto tem a visão do self como vazio, inferior e
desvalorizado.
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Inveja
Diante disto, podemos dizer que o bebê experimenta um tipo de inveja primitiva e este
sentimento afeta as experiências do bebê com o meio. Na psicanálise a inveja é estuda
como emoção de grande relevância e não há registros de aprofundamentos no campo
cientifico sobre outros tipos de inveja quanto nos que podemos verificar quanto aos que
citam à inveja nos primeiros estádios de desenvolvimento humano.
Ao estudar sobre inveja, Klein realiza um paralelo entre inveja e ciúmes e conclui que não
raramente é possível confundir os dois sentimentos; porém, raramente percebeu-se que o
ciúme foi confundido com a inveja. Desta forma, Klein estabeleceu a seguinte distinção entre
os dois sentimentos:
Ciúme: baseia-se no amor e visa a posse do objeto amado em relação ao rival; trata-
se de relação triangular onde todos os objetos são facilmente reconhecidos.
Inveja: baseia-se na relação entre duas partes onde um sujeito inveja o outro
buscando posse ou qualidade, não sendo necessário que os objetos sejam
claramente conhecidos.
Ainda segunda a teoria de Klein, a inveja origina-se logo que o bebê dá-se conta do seio
como fonte de vida e experiências, sendo o seio bom (gratificante) a fonte de todos os
confortos físicos e mentais tão almejados pelo bebê. Esse conjunto de sensações trás ao
bebê o que denominamos de a boa experiência ,onde o desejo de possuir e preservar o seio
bom desperta no bebê a vontade de ser ele mesmo a fonte de tal perfeição, fazendo-o
experimentar o sentimento de inveja e o desejo de dilaceração pelo seio.
Assim, a inveja produz no individuo a vontade de ser tão bom como o objeto e, quando nota
a impossibilidade do feito , experimenta o sentimento de voracidade pelo objeto desejando
sua aniquilação de forma a remover a fonte de bondade do objeto para remover a sua fonte
( individuo) dos sentimentos invejosos.
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A PSICOPATOLOGIA DA POSIÇÃO ESQUIZO – PARANÓIDE
Trata-se do mais obscuro e difícil problema na pesquisa psicanalítica, por exemplo, quanto
mais perturbado o bebê, mais distante está sua experiência das experiências introspectivas
do observador adulto. A análise detalhada de pacientes esquizofrênicos de todas as idades,
inclusive de crianças psicóticas, lança alguma luz sobre a dinâmica das perturbações
psicológicas nos primeiros meses da infância.
A posição esquizo-paranoide é caracterizada por uma divisão (Split) entre os objetos bons e
os maus, e entre o ego que ama e o ego que odeia divisão na qual as experiências boas
predominam sobre as más. Essa é uma precondição necessária para a integração nos
estádios posteriores do desenvolvimento. Na posição esquizo-paranoide, sob condições
desfavoráveis, a identificação projetiva é usada de modo diferente de como é usada no
desenvolvimento normal, o Dr. W.R Bion foi o primeiro a descrever as características da
identificação projetiva patológica.
Como consequência desse processo de fragmentação, não há divisão limpa (Tidy Split)
entre um objeto ou objetos ideais e um objeto ou objetos maus, mas o objeto é percebido
como sendo dividido (Split) em pedaços diminutos, cada um contendo uma parte diminuta e
violentamente hostil do ego. Estes pedaços foram descritos por Bion como “objetos
bizarros”;
O próprio ego é intensamente danificado por esse processo desintegrador, e suas tentativas
para se desfazer do sofrimento da percepção conduzem apenas um aumento de
percepções penosas, tanto através da natureza persecutória dos “objetos bizarros” quanto
através da mutilação penosa do parelho perceptual. Assim estabelece-se um círculo vicioso
no qual o sofrimento produzido pela realidade leva a identificação projetiva patológica, e isso
por sua vez leva a realidade a se tornar cada vez mais perseguidora e penosa. Essa parte
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da realidade que é afetada pelo processo é experimentada pelo bebê doente como estando
cheia de “objetos bizarros” carregados de enorme hostilidade, ameaçando um ego
esvaziado e mutilado.
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Defesas Maníacas
Ainda de acordo com a teoria descrita por Klein, pessoas no auge da maturidade do
desenvolvimento psíquico, já na idade adulta, fracassam em muitos de seus projetos
justamente por não superarem em seu processo de desenvolvimento infantil, a fase do
triunfo sobre os pais internalizados: a culpa sentida e a sensação de fracasso, permanecem
por toda a vida do indivíduo, causando sentimentos de insatisfação que por vezes, não tem
causa reconhecida pelo próprio indivíduo.
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Reparação
Quando o bebê entra na posição depressiva e se depara com o sentimento de ter destruído
onipotentemente sua mãe, sua culpa e desespero por tê-la perdido despertam nele o desejo
de recuperá-la externamente e internamente. Os mesmos desejos reparadores surgem em
relação a outros objetos amados, externos e internos. Os impulsos reparadores ocasionam
um maior avanço na integração. O amor é colocado mais nitidamente em conflito com o
ódio, e age tanto no controle da destrutividade quanto na reparação e na restauração do
dano causado. O desejo e a capacidade de restauração do objeto bom, externo e interno,
são a base da capacidade do ego de manter o amor e as relações através de conflitos e
dificuldades. São também a base para atividades criativas, que estão enraizadas no desejo
do bebê de restaurar e recriar sua felicidade perdida, seus objetos internos perdidos e a
harmonia de seu mundo interno.
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Os estádios primitivos do complexo de Édipo
Para Klein, a partir do momento que o bebê percebe o vínculo libidinal dos pais, projeta
neles a própria libido. Assim, fantasia imagens positivas e negativas das trocas orais,
uretrais e anais (ou genitais) dos pais, e projeta de volta neles. Logo, o bebê tem
sentimentos de privação aguda, ciúme e inveja, já que gostaria de ter aquelas gratificações
dos pais. Toda relação envolve a ansiedade como produto do desejo.
Na mulher, o bebê vê o seio como o objeto. No homem, o bebê vê o pênis. Mas o primeiro
objeto percebido pelo bebê (seja menino ou menina) é sempre o seio da mulher, o primeiro
contato, por onde se alimenta.
A relação é libidinal, onde acontece o desejo do bebê pelo seio da mãe e a rejeição do pai
(rival). Em seguida, o bebê vê o seio como “mau” por causa da ansiedade e depressividade;
logo o pênis do pai é uma alternativa ao desejo oral.
Já o menino, constrói a relação homo passiva com o pai ao rejeitar o seio da mãe e querer o
pênis do pai; ao mesmo tempo se identifica com o pai e fortalece a heterossexualidade.
Com o tempo, o bebê vê o sexo oposto como objeto de desejo libidinal, e o mesmo sexo
como rival e identificação. Assim, a fase genital se estabelece aos poucos.
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PÓS-ESCRITO SOBRE A TÉCNICA
Para a compreensão da técnica de Melanie Klein é importante enfatizar eu esse nunca foi
seu ponto de vista. Aqui, novamente, teoria e técnica estão intimamente interligadas. Nas
primeiras tentativas de análise de crianças, quando as controvérsias sobre técnica estavam
em seu auge, o ponto de vista clássico era o de que o ego da criança pequena era muito
imaturo e o superego muito fraco para estabelecer um processo psicanalítico, e que,
portanto, o analista deveria também adotar o papel de uma figura que guia para sustentar o
ego e fortalecer o superego. O ponto de vista de Melanie Klein era o de que o superego pela
interpretação, permitindo com isso que o ego se desenvolva mais livremente. Segundo seu
ponto de vista, qualquer abandono do papel neutro do analista interfere nesse processo. Ela
descobriu que, em qualquer criança que pudesse falar, também havia suficiente
desenvolvimento do ego para estabelecer uma relação psicanalítica.
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Devo ressaltar que o ponto de vista Kleiniano é o de que a relação com o mundo externo
emerge a partir da externalização e da simbolização da fantasia inconsciente. De uma vez
que o analista vem a representar as figuras internas, todo o material que o paciente traz,
contém um elemento dinâmico de transferência. Uma interpretação de transferência plena
deveria incluir a relação externa corrente na vida do paciente, a relação do paciente com o
analista, e a relação entre estas e as relações com os pais no passado.
Contudo, não se podem separar considerações de técnica dos pontos de vista sobre os
fatores dinâmicos no processo analítico e do objeto terapêutico.
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Considerações Finais
Para Klein, reprimir as ansiedades não era o meio mais eficaz de tratar estas patologias:
segundo suas teorias é preciso equacionar as ansiedades depressivas e persecutórias para
desenvolver de fato processos que não foram bem sucedidos durante a infância,
desencadeando transtornos psíquicos na fase adulta.
Diante disto, Klein nos apresentou um mundo internalizado, tomado por objetos e emoções
pulsantes que marcarão a vida do indivíduo por toda sua existência: desta forma, entender a
gênese dos afetos e os porquês dos superegos primitivos foram contribuições valorosas à
psicanálise, tornando possível tratar com eficácia distúrbios de personalidade que, até então
não possuíam grande enriquecimento de informações para diagnósticos coesos e precisos.
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Bibliografia
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