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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

FRANCIELI DAL CORTIVO COSTA DA PAIXÃO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ESPECÍFICO II: Psicologia e


Processos Clínicos

Juína–MT
2017
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

FRANCIELI DAL CORTIVO COSTA DA PAIXÃO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ESPECÍFICO II: Psicologia e


Processos Clínicos

Relatório de Estágio Supervisionado Específico II -


Psicologia e Processos Clínicos apresentado ao
Curso de Bacharelado em Psicologia da Faculdade
Instituto Superior de Educação do vale do Juruena,
como requisito parcial para a obtenção do título de
Bacharel em Psicologia sob orientação da Profa. Ma.
Chayene Hackbarth.

Juína – MT
2017
PÁGINA DE FACE

Estagiária:

___________________________________________________________
Nome: Francieli Dal Cortivo Costa da Paixão

Matrícula: 00000810

E-mail: frandalcortivo@hotmail.com

Local de Estágio:

Telefone: (66) 3566-1875

Site: www.ajes.edu.br

Nome: CLÍNICA ESCOLA PARA ATENDIMENTO PSICOLÓGICO – CEAP AJES


Endereço: Av. Gabriel Muller, S/N, Módulo 01 – JUÍNA-MT

Supervisora de Estágio:

___________________________________________________________
Profª. Ma. Chayene Hackbarth CRP: 18/00096

Coordenadora de Curso de Bacharel em Psicologia:

___________________________________________________________
Profª. Dra. Nádie Christina Ferreira Machado Spence CRP: 18/02371
PLANO DETALHADO

Este Relatório pode ser dividido em 03 partes.

Parte I: Inicialmente, a introdução que faz uma pequena explicação do conteúdo de


relatório de estágio. Após isto, tem-se o sumário que possibilita ao leitor ler todo conteúdo
enumerado e paginado ponto a ponto. Em seguida, faz-se uma descrição da caracterização do
estágio a ser concluído e uma caracterização do local, ou seja, da CEAP, que permite ao
leitor, conhecer o local que o estagiário está atuando, juntamente com sua estrutura
administrativa e estrutura física que é possível de ser vista em imagens. Por fim, o
Cronograma Do Estágio, que é composto por datas de atendimento adulto e infantil e datas de
supervisão.

Parte II: Nesta parte, encontra-se todo o referencial teórico descrito passa a passo,
incluindo técnicas da GT utilizadas com pacientes adultos e paciente infantil, com conceitos e
definições de termos utilizados em psicoterapia. Encontra-se também o relato diário das
supervisões com orientações passadas pela professora supervisora para serem realizadas
durante os atendimentos e por fim, os relatos de sessões/atendimentos, composto com
descrição detalhada das técnicas utilizadas e demais situações que aconteceram durante os
atendimentos aos clientes.

Parte III: Nesta parte, encontra-se o estudo de caso realizado com o paciente 03,
descrevendo prognostico, atendimento, caso clínico e etc. Após isto, tem-se as considerações
finais com o fechamento do relatório e em encerramento, os anexos contendo anexos da
clínica e anexos de atendimento infantil.
AGRADECIMENTOS

Dedico este Relatório de Estágio Supervisionado Específico II a pessoas que me


acompanham durante esta trajetória, ou seja, a minha mãe, ao meu irmão, aos professores do
Curso de Psicologia da Faculdade Ajes em especial à Profª Ma Chayene Hackbarth,
supervisora do Estágio Supervisionado Específico II com Ênfase Psicologia e Processos
Clínicos, que me servem de apoio para que eu não desista perante as dificuldades, executando
as práticas obtidas em sala de aula de melhor maneira possível.

Dedico este Relatório de Estágio aos meus verdadeiros amigos, que me incentivam a
nunca desistir e sempre dar o melhor de mim, me acompanhando em cada conquista vencida e
a cada dificuldade superada.

A todos, Muito Obrigada.


RESUMO

Este relatório está descrevendo de forma detalhadamente os fatos ocorridos durante o período
de Estágio Supervisionado Específico II Com Ênfase em Psicologia e Processos Clínicos
contém carga horária de 150 horas e ocorre na CEAP AJES semanalmente as segundas e
terças feiras, sendo realizado atendimento e intervenção com dois pacientes, um adulto e um
infantil. Foi realizado neste Estágio 15 atendimentos com a criança de 09 anos de idade que
apresentou em clínica um padrão de comportamentos relacionados à transtorno de
hiperatividade, e 07 atendimentos com o adulto que apresentava padrões e aspectos
relacionados a medos e ansiedade. Os atendimentos com a criança eram realizados as
16h:00min e com a adulta as 14h:00min. A abordagem utilizada é da Gestalt Terapia. Ambos
os pacientes demonstraram melhoras diante do uso das técnicas aplicadas. O cliente adulto
demonstrou diminuição de medo e ansiedade que eram seus problemas inicias, e a paciente
infantil, demonstrou melhoras no comportamento. O Estágio Supervisionado Específico II
tem grande importância para o aluno do Curso de Bacharelado em Psicologia, pois trata-se do
primeiro estágio específico em que é realizado a intervenção clínica, corroborando para
experiência do mesmo e o qualificando para o mercado de trabalho que está cada vez mais
exigente.

Palavras-chave: Relatório, Psicologia e Processos Clínicos, Estágio Supervisionado


Específico II, Intervenção, Psicoterapia.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Recepção .................................................................................................................. 11


Figura 2 - Sala de Atendimento de Grupo ................................................................................ 11
Figura 3 - Copa ......................................................................................................................... 12
Figura 4 - Sala de Atendimento Infantil ................................................................................... 12
Figura 5 - Sala 1 de atendimento Individual ............................................................................ 13
Figura 6 - Sala 2 de Atendimento Individual ........................................................................... 13
Figura 7 - Sala 3 de Atendimento Individual ........................................................................... 14
Figura 8 - Sala de Espelho ........................................................................................................ 14
Figura 9 - Figura-Fundo ........................................................................................................... 31
Figura 10 - Os pais com uma criança – Massa de modelar .................................................... 105
Figura 11 - Bonecas vestidas - Massa de Modelar dia 13/11 ................................................. 105
Figura 12 - Desenho - Técnica de Pintura .............................................................................. 106
Figura 13 - Técnica de Colagem............................................................................................. 106
Figura 14 - Técnica de Desenho Livre ................................................................................... 107
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Situação da distribuição de atendimento e encerramento em 2016/2 .................... 15


Gráfico 2 - Distribuição dos usuários segundo o grupo etário ................................................. 15
Gráfico 3 - Distribuição de escolaridade dos usuários atendidos no período de 2013 a 2016 . 16
Gráfico 4 - Distribuição da amostra de acordo com a renda declarada. ................................... 16
Gráfico 5 - Pacientes Atendidos Por Ano................................................................................. 17
Gráfico 6 - Triagens Realizadas Por Ano ................................................................................. 17
Gráfico 7 - Casos Arquivados Por Ano .................................................................................... 18
Gráfico 8 - Pacientes Em Lista de Espera Por Ano .................................................................. 19
Gráfico 9 - Total de Pacientes Recebidos atendidas, Em Espera e Arquivadas nos anos de
2013 à 2017 .............................................................................................................................. 19
Gráfico 10 - Tipos de Queixa Recebidas nos Anos de 2013 à 2017 ........................................ 20
Gráfico 11 - Tipos de Queixas Recebidas na Clínica ............................................................... 21
Gráfico 12 - Renda Salarial Dos Casos Recebidos Pela Clínica nos Anos de 2013 à 2017..... 21
Gráfico 13 - Tipos de Atendimento Realizados Pela Clínica nos Anos de 2013 à 2017 ......... 22
Gráfico 14 - Perfil de Escolaridade dos Casos Recebidos Pela Clínica Nos Anos de 2013 à
2017 .......................................................................................................................................... 23
Gráfico 15 - Casos Recebidos Pela Clínica Por Sexo nos Anos de 2013 à 2017 ..................... 23
Gráfico 16 - Casos Recebidos Pela Clínica Por Idade Nos Anos de 2013 à 2017 ................... 24
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 9
1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO .............................................................................. 10
1.1 CARACTERIZAÇÕES DA CEAP AJES .......................................................................... 10
1.2 ESTRUTURA ADMINSTRATIVA .................................................................................. 10
1.3 ESTRUTURA FISÍCA ....................................................................................................... 10
1.4 PERFIL DAS PESSOAS ATENDIDAS ............................................................................ 15
1.5 CRONOGRAMA DO ESTÁGIO ...................................................................................... 24
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 27
2.1 TRIAGEM .......................................................................................................................... 27
2.2 ANAMNESE ...................................................................................................................... 27
2.3 OBSERVAÇÃO ................................................................................................................. 28
2.4 VÍNCULO .......................................................................................................................... 28
2.5 GESTALT TERAPIA – CONTEXTO CLÍNICO .............................................................. 31
2.6 CONCEITOS DA GESTALT ............................................................................................ 32
2.7 TÉCNICAS DA GESTALT ............................................................................................... 35
2.8 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE ............................. 29
3 RELATO DIÁRIO DAS SUPERVISÕES......................................................................... 39
4 RELATO DE SESSÕES ..................................................................................................... 44
4.1 ATENDIMENTO INFANTIL ............................................................................................ 44
4.2 ATENDIMENTOS ADULTOS ......................................................................................... 67
5 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................ 98
5.1 HISTÓRIA DA CLIENTE ................................................................................................. 98
5.2 PROCURA POR TERAPIA ............................................................................................... 98
5.3 PROCESSO DE TERAPIA ................................................................................................ 99
5.4 HIPÓTESE DIAGNÓSTICA ........................................................................................... 100
5.5 PROGNÓSTICO .............................................................................................................. 101
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 102
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 103
ANEXOS ............................................................................................................................... 105
INTRODUÇÃO

No Estágio Supervisionado Específico II – Ênfase em Psicologia e Processos


Clínicos, foi realizado atendimento psicológico com um (01) adulto e um (01) infantil
tendo em vista o atendimento e à intervenção para a redução de sintomas apresentados
pelos pacientes.

O período de Estágio iniciou-se no dia 25 de Julho de 2017 até 05 Dezembro de


2017e ocorreu na CEAP – AJES, durante as segundas feiras acontecendo atendimento
clínico e nas terças-feiras, as supervisões.

Este estágio, propicia ao estagiário de Psicologia o primeiro contato com dois


atendimentos, o que dará experiência e preparo para o mercado de trabalho que terá este
número aumentado significativamente, e que sem o preparo adequado, não seria
realizado da melhor forma, portanto, este estágio assim como o restante, só tem a
agregar positivamente.

Neste trabalho encontram-se descritos: as caracterizações do local de Estágio, o


referencial teórico que descreve separadamente pontos importantes observados nos
casos abordados, tanto em adultos quanto infantil, os procedimentos utilizados que
seguem a abordagem da Gestalt Terapia, descrição das supervisões e dos atendimentos
que foram realizados com 03 pacientes adultos – 02 deles desistiram – e o outro deu
continuidade, passando por 07 atendimentos com uso de técnicas da GT, e com a
infantil um total de 17 atendimentos, incluindo nestes as faltas da criança, estudo de
caso, considerações finais e as demais finalizações como referências e anexos.

Incorporado a materiais científicos como livros e artigos, este trabalho faz uma
total descrição de todo o processo psicoterapêutico desde os atendimentos até as
fundamentações teóricas, sendo obrigatórios para obtenção do Grau de Bacharelado no
Curso de Psicologia.

Para fins, este trabalho relata a experiência clínica com descrições,


fundamentações teóricas, entre outros, a passagem pelo Estágio Supervisionado
Específico II na CEAP com clientes.

9
1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO

1.1 CARACTERIZAÇÕES DA CEAP AJES

A Clínica Escola de Atendimento Psicológico CEAP – AJES é caracterizada


pelas atividades de estágios do Curso de Bacharelado em Psicologia voltados para a
área de campo de atuação de cada aluno participante do mesmo, capacitando-os e
preparando-os.

1.2 ESTRUTURA ADMINSTRATIVA

A estrutura administrativa da CEAP – AJES é composta por – coordenação,


professores de práticas psicológicas, professores orientadores de práticas psicológicas,
secretaria e estagiários.

1.3 ESTRUTURA FISÍCA

A estrutura física dispõe de instalações adequadas para as atividades de Estágio


Clínico dos estagiários de Bacharelado em Psicologiada CEAP – AJES, e está é
composta por: uma (01) Copa, três (03) salas de atendimento individual, uma (01) sala
lúdica de atendimento infantil, uma (01) sala de atendimento de grupo, uma (01) sala de
espelho para observação e uma recepção.

10
Figura 1 Recepção

Fonte: Predroso (2017)

Figura 2 Sala de Atendimento de Grupo

11
Figura 3 Copa

Fonte: Pedroso (2017)

Figura 4 Sala de Atendimento Infantil

Fonte: Pedroso (2017)

12
Figura 5 Sala 1 de atendimento Individual

Fonte: Pedroso (2017)

Figura 6 Sala 2 de Atendimento Individual

Fonte: Pedroso (2017)

13
Figura 7 Sala 3 de Atendimento Individual

Fonte: Pedroso (2017)

Figura 8 Sala de Espelho

Fonte: Pedroso (2017)

14
1.4 PERFIL DAS PESSOAS ATENDIDAS

O perfil de pessoas atendidas na clínica escola de atendimento psicológico –


CEAP, é de pessoas com renda máxima de dois (02) salários mínimos e que não tenham
condições de pagar por um atendimento clínico particular. Não existe estabelecimento
de pré-requisito para sexo a ser atendido, realizando-se atendimento de ambos, e de
todas as idades.

Gráfico 1 Situação da distribuição de atendimento e encerramento em 2016/2

Fonte: COSTA, G.V.B. 2016

Gráfico 2Distribuição dos usuários segundo o grupo etário

Fonte: COSTA, G.V.B. 2016

15
Gráfico 3 Distribuição de escolaridade dos usuários atendidos no período de 2013 a 2016

Fonte: COSTA, G.V.B. 2016

Gráfico 4 Distribuição da amostra de acordo com a renda declarada.

Fonte: COSTA, G.V.B. 2016

Em um levantamento de dados, os números abordados durante os anos de 2013,


2014, 2015, 2016 e 2017 são diferentes, demonstrando variabilidade. Nota-se, nos
gráficos acima que o número de lista de espera em 2016 era significativo, as idades mais
frequentes variavam entre 08 e 10 anos de idade e entre 20 e 37 anos de idade. Já em
análise sobre escolaridade, o perfil de maior frequência trata-se de ensino fundamental e
a renda fica entre 1 e 2 salários.

16
Gráfico 4 Pacientes Atendidos Por Ano

PACIENTES ATENDIDOS POR ANO


40

35 34

30
26
NÚMERO DE PACIENTES

25 23

20
17

15 14

10

0
2013 2014 2015 2016 2017

FONTE: CEAP – AJES; Gorges, Jéssica C.; Silva, Kassiane Ben G.; 2017

O gráfico acima, mostra que no ano de 2015 teve-se um número maior de


atendimentos anuais sendo este de 34 atendimentos, do que o ano atual, ou seja, de
2017, que teve apenas 14 atendimentos anuais.

Gráfico 5 Triagens Realizadas Por Ano

TRIAGENS REALIZADAS POR ANO


160
140 134
120
120
Número de tríados

95
100
81
80
61
60
40
20 4
0
2013 2014 2015 2016 2017 Data não
Informada
TRIAGENS 495
FONTE: CEAP – AJES; Gorges, Jéssica C.; Silva, Kassiane Ben G.; 2017

17
O gráfico acima mostra os dados apurados em 2016 sobre número de triagens foi
maior que todos os outros anos, sendo este número de 134 triagens anuais, o que é um
número significante. O ano de 2017 teve 81 triagens anuais.

Gráfico 6 Casos Arquivados Por Ano

CASOS ARQUIVADOS POR ANO


90
82
78
80
72
70

60

50 44
Casos

40

30

20
12
10

0
2013 2014 2015 2016 2017

FONTE: CEAP – AJES; Gorges, Jéssica C.; Silva, Kassiane Ben G.; 2017

O ano de 2017 foi o ano que menos teve arquivamentos como indica o gráfico
acima, sendo apenas 12 casos arquivados por ano. Este é um número significante, já que
nos anos anteriores, os casos tinham um arquivamento maior.

18
Gráfico 7 Pacientes Em Lista de Espera Por Ano

PACIENTES EM LISTA DE ESPERA POR ANO


60

50
50
Pacientes em espera

40

30
23

20

10 8

0
2015 2016 2017

FONTE: CEAP – AJES; Gorges, Jéssica C.; Silva, Kassiane Ben G.; 2017

Já o gráfico acima, demonstra que o ano de 2017 foi o que teve um número
maior de pacientes na lista de espera; Isto ocorre porque a procura para atendimentos foi
maior.

Gráfico 8 Total de Pacientes Recebidos atendidas, Em Espera e Arquivadas nos anos de 2013 à 2017

TOTAL DE CASOS RECEBIDOS ATENDIDAS, EM


ESPERA E ARQUIVADAS NOS ANOS DE 2013 À
2017

119

288
88

ATENDIDOS EM ESPERA ARQUIVADOS

FONTE: CEAP – AJES; Gorges, Jéssica C.; Silva, Kassiane Ben G.; 2017

19
O gráfico acima, demonstra dados mais gerais abordando atendimentos (119
pacientes/clientes), arquivamentos (288 pacientes/clientes) e lista de espera (88
pacientes/clientes). Estes dados somados, totalizam 495 casos da CEAP.

Gráfico 9 Tipos de Queixa Recebidas nos Anos de 2013 à 2017

TIPOS DE QUEIXA RECEBIDAS NOS ANOS DE 2013


À 2017

74

421

ÚNICA MÚLTIPLAS

FONTE: CEAP – AJES; Gorges, Jéssica C.; Silva, Kassiane Ben G.; 2017

Devido à grande procura por atendimento na Clínica Escola para Atendimentos


Psicológicos, o gráfico acima traz dados das queixas trazidas por estes pacientes/clientes
em dados de 2013 à 2017. Nota-se que a maior parte do gráfico permeia entre queixas
múltiplas, ou seja, muitos problemas por cada paciente, sendo no total 421 casos.

20
Gráfico 10 Tipos de Queixas Recebidas na Clínica

TIPOS DE QUEIXAS RECEBIDAS NA CLÍNICA


140
126
120
102
100

75
QUEIXAS

80 72

60

40 32 29
20 18
20
3 3
0
2013 2014 2015 2016 2017

MÚLTIPLAS ÚNICA

FONTE: CEAP – AJES; Gorges, Jéssica C.; Silva, Kassiane Ben G.; 2017

Da mesma forma que o gráfico anterior, este aborda as queixas, mas agora, este
gráfico demonstra que as queixas múltiplas no ano de 2017 foi 72, em relação as únicas
que eram apenas de 03.

Gráfico 11 Renda Salarial Dos Casos Recebidos Pela Clínica nos Anos de 2013 à 2017

RENDA SALARIAL DOS CASOS RECEBIDOS PELA


CLÍNICA NOS ANOS DE 2013 À 2017

35

122

146

180

NÃO INFORMADA 1 SALÁRIO ENTRE 1 A 2 SALÁRIOS MAIS DE 2 SALÁRIOS

FONTE: CEAP – AJES; Gorges, Jéssica C.; Silva, Kassiane Ben G.; 2017

21
Sobre a renda do público que procura a CEAP, pode-se notar que a renda média
dos mesmos fica na maior parte dos casos entre 1 e 2 salários mínimos, totalizando 180
casos. Os dados também demonstram que pessoas com mais de 2 salários também
demonstraram procura, sendo de 122 casos. Os que não informaram dados salariais
foram de 35 casos e com renda de 1 salário foi de 146 casos.

Gráfico 12 Tipos de Atendimento Realizados Pela Clínica nos Anos de 2013 à 2017

TIPOS DE ATENDIMENTO REALIZADOS PELA


CLÍNICA NOS ANOS DE 2013 À 2017

34

456

CLÍNICO PSICOPEDAGÓGICO

FONTE: CEAP – AJES; Gorges, Jéssica C.; Silva, Kassiane Ben G.; 2017

Acima, no gráfico, mostra-se que dos dados gerais coletados de 2013 à 2017,
456 destes casos foram de atendimento clínico e apenas 34 de atendimento
psicopedagógico.

Já os gráficos abaixo demonstram referente aos anos de 2013 à 2017, que dos
casos atendimentos na CEAP, 229 casos são de pacientes/clientes que não terminaram o
ensino médio, constando como ensino médio incompleto.

22
Gráfico 13 Perfil de Escolaridade dos Casos Recebidos Pela Clínica Nos Anos de 2013 à 2017

PERFIL DE ESCOLARIDADE DOS CASOS RECEBIDOS


PELA CLÍNICA NOS ANOS DE 2013 À 2017
44

17 6
53
53

35

53

27 229

NÃO INFORMADO ANALFABETO MATERNAL


FUNDAMENTAL INCOMPLETO FUNDAMENTAL COMPLETO MÉDIO INCOMPLETO
MÉDIO COMPLETO NÍVEL TÉCNICO SUPERIOR INCOMPLETO
SUPERIOR COMPLETO

FONTE: CEAP – AJES; Gorges, Jéssica C.; Silva, Kassiane Ben G.; 2017

Gráfico 14 Casos Recebidos Pela Clínica Por Sexo nos Anos de 2013 à 2017

CASOS RECEBIDOS PELA CLÍNICA POR SEXO NOS


ANOS DE 2013 À 2017

213

282

MASCULINO FEMININO

FONTE: CEAP – AJES; Gorges, Jéssica C.; Silva, Kassiane Ben G.; 2017.

23
No gráfico acima, percebe-se que entre os que procuram e procuraram
atendimento na CEAP, entre 2013 à 2017, a maior parte foi de mulheres, contabilizando
um total de 282 casos. O número de homens é de 213.

Gráfico 15 Casos Recebidos Pela Clínica Por Idade Nos Anos de 2013 à 2017

CASOS RECEBIDOS PELA CLÍNICA POR IDADE NOS


ANOS DE 2013 À 2017

23

198
173

89

INFANTIL JOVEM ADULTO IDOSO

FONTE: CEAP – AJES; Gorges, Jéssica C.; Silva, Kassiane Ben G.; 2017

É notável que pontos como a da situação escolar ainda continua semelhante, pois
nota-se que o maior número de pacientes, trata-se de pessoas com ensino fundamental
incompleto.

Entre a faixa etária, os números também continuam demonstrando que os


pacientes mais atendidos na clínica são o público infantil contabilizando um total de 198
pacientes/clientes e o público adulto em um total de 173 pacientes/clientes.

A renda salarial se mantem, demonstrando que o público maioria é de renda


entre 1 e 2 salários mínimos, mantendo-se entre 2016 e 2017.

É possível ver com os gráficos que existe a variabilidade, mas que a mesma é
baixa, o que demonstra uma igualdade entre os pacientes da CEAP.

1.5 CRONOGRAMA DO ESTÁGIO

24
O Estágio Supervisionado Específico II tem em seu cronograma carga horária de
150 horas, divididas em supervisão, observação e atendimento na CEAP – AJES.

25/07/2017: Primeiro dia de estágio, esclarecimento de dúvidas.

31/07/2017: Primeiro dia de estágio clínico, agendamento de paciente e leitura


teórica.

01/08/2017: Supervisão e orientação de estágio, elaboração de relatório.

03/08/2017: Reunião Geral de estágio realizada em uma quinta feira.

07/08/2017: Realização de anamnese com a responsável pela criança e


elaboração Relatório de Estágio Supervisionado Específico II.

08/08/2017: A estagiária não compareceu devido a problemas de saúde.

14/08/2017: Atendimento clínico e elaboração de relatório.

15/08/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

21/08/2017: Realização de anamnese e elaboração de relatório.

22/08/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

28/08/2017: Atendimento clínico – aplicação da cadeira vazia na adulta e Massa


de modelar na infantil e elaboração de relatório.

29/08/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

04/08/2017: Atendimento clínico e elaboração de relatório.

05/09/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório e


agendamento de novo cliente.

11/09/2017: Atendimento clínico e elaboração de relatório.

12/09/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

18/09/2017: Atendimento clínico e elaboração de relatório.

19/09/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

25/09/2017: Atendimento clínico e elaboração de relatório.

26/09/2017:Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

02/10/2017: Atendimento clínico e elaboração de relatório.

25
03/10/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

09/10/2017:Atendimento clínico e elaboração de relatório.

10/10/2017:Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

16/10/2017: Atendimento clínico e elaboração de relatório.

17/10/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

23/10/2017:Atendimento clínico e elaboração de relatório.

24/10/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

30/10/2017:Atendimento clínico e elaboração de relatório.

31/10/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

06/11/2017: Atendimento clínico adulto e infantil e elaboração de relatório.

07/11/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

09/11/2017: Reposição do dia 20 de novembro – feriado.

13/11/2017: Atendimento clínico adulto e realização de devolutiva com os pais


da cliente infantil e elaboração de relatório.

14/11/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

16/11/2017: Ida a campo – complemento para a carga horária.

21/11/2017: Supervisão e orientação de estágio e elaboração de relatório.

27/11/2017: Atendimento clínico - finalização de atendimento adulto e infantil.

28/11/2017: Supervisão e orientação de estágio e finalização de relatório e


estágio.

26
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica visa trazer embasamento teórico cientifico dos pontos


abordados neste trabalho para uma melhor compreensão do conteúdo do mesmo.

2.1 TRIAGEM

No atendimento da Psicologia Clínica, tem-se a triagem que é a etapa principal


realizada antes do acompanhamento do cliente/paciente. Ela é realizada com o mesmo,
que deseja fazer atendimento psicológico para coletar informações iniciais como a
queixa principal, dados pessoais e o modo pelo qual a pessoa procurou ajuda, ou seja, se
foi de própria vontade ou se a pessoa foi encaminhada por algum local.

Perfeito & Melo, descrevem a triagem como sendo:

A triagem, para o psicólogo, é um processo de conhecimento de quem


procura por atendimento e que busca, muito além dos sintomas, saber qual é
o sofrimento e onde estão suas causas. Para muito além dos sintomas, das
queixas, das designações nosológicas, o processo de conhecimento do cliente
procura uma compreensão mais ampla e mais aprofundada do sujeito e do
grupo em que ele está inserido (PERFEITO & MELO, p.37, 2004).

O processo de triagem é de fundamental importância. Perfeito & Melo, 2004


afirmam que “diante deste primeiro atendimento, caso não ocorra a mobilização do
cliente, o mesmo não dê continuidade.”

2.2 ANAMNESE

Trata-se do primeiro contato de atendimento com o paciente em caso de adulto


ou de contato inicial com os pais ou responsáveis, em caso de criança/adolescente.

É utilizado para coleta de informações primordiais para o atendimento do


cliente, pois as informações são necessárias para dar inicio as melhores intervenções a
serem feitas durante o acompanhamento psicológico.

Cunha (2003) faz uma contribuição conceituando anamnese:

A entrevista em que é feita a anamnese (vide A história do examinando, nesta


obra) tem por objetivo primordial o levantamento detalhado da história de
desenvolvimento da pessoa, principalmente na infância. A anamnese é uma

27
técnica de entrevista que pode ser facilmente estruturada cronologicamente.
Embora a utilidade da anamnese seja mais claramente vislumbrada na terapia
infantil, muitas abordagens que integram ou valorizam o desenvolvimento
precoce podem se beneficiar deste tipo de entrevista (CUNHA, 2003).

2.3 OBSERVAÇÃO

O ato de observar na Psicologia é de grande importância, isto porque, os


estagiários tem a oportunidade de ver como o colega age em atendimento e como o(a)
paciente/cliente se comporta mediante as ações do mesmo.

A observação é realizada através da sala de espelhos, mas que não é possível ser
ouvida, pela acústica ruim.

Segundo Cunha (2003), p. 83 salienta: “A observação (direta, por sala de


espelho ou por meio de vídeo) é um dos recursos mais importantes da aprendizagem”.

2.4 ENTREVISTA DEVOLUTIVA

A entrevista de devolução é realizada dentro do processo psicoterapêutico para


informar os pais ou responsáveis da criança assistida, ou diretamente para o adulto
assistido. É realizada também para passar orientações a serem seguidas e informações
de conclusões após processo psicoterapêutico.

Cunha (2007), descreve as finalidades da entrevista devolutiva no trecho abaixo:

A entrevista de devolução tem por finalidade comunicar ao sujeito o


resultado da avaliação avaliação. Em muitos casos, essa atividade é integrada
em uma mesma sessão, ao final da entrevista. Em outras situações,
principalmente quando as atividades de avaliação se estendem por mais de
uma sessão, é útil destacar a entrevista de devolução do restante do processo.
Outro objetivo importante da entrevista de devolução é permitir ao sujeito
expressar seus pensamentos e sentimentos em relação às conclusões e
recomendações do avaliador (CUNHA, 2007).

Mostra-se então de extrema importância a entrevista de devolução, a princípio


pelo fator de informar ao paciente sobre os avanços obtidos por ele durante todo o
processo psicoterapêutico, que pode fazer com que o paciente tenha mais autoconfiança
e que deseje continuar seu atendimento ou parar por melhora significante.

2.5 VÍNCULO
28
O estabelecimento de vínculo é de grande importância para o atendimento
clínico. Desde o início, o terapeuta deve procurar manter uma relação satisfatória entre
ele e o cliente, para que assim seja possível dar continuidade ao tratamento.

Fernandes (2012), conceitua vínculo como:

Vínculo, que se refere a ligações interpessoais entre cliente e terapeuta que


desenvolvem na atividade compartilhada da terapia. Portanto, é expressado e
sentido em termos de amizade, simpatia, confiança, respeito pelo outro e um
senso de comprometimento comum e um entendimento compartilhado das
atividades (FERNANDES, 2012).

Com isto, fica óbvio a necessidade do vínculo durante as sessões de atendimento


tanto para adulto, quanto para atendimento infantil. Como já dito acima, e novamente
ressaltado, a presença do vínculo é necessária para a continuidade do tratamento, pois,
caso não aja esta relação o paciente pode não retornar mais para o atendimento.

O autor Figueiredo (2005) afirma

Supõe-se que a experiência terapêutica seja considerada na sua totalidade,


onde emoções e animalidade se relacionem com a linguagem. Procura-se
demonstrar então que por meio dessas manifestações e do vínculo que se
estabeleceu, o paciente numa co-construção com o terapeuta, possa adquirir
uma nova percepção das suas emoções e do seu sofrimento, atribuindo assim
novos sentidos e significados as suas experiências. Acredita-se que a
reconstrução de um vínculo com o terapeuta dará um novo significado a sua
vida e o motivará para se relacionar de novo com os outros e com o mundo
(FIGUEIREDO, 2005).

2.6 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE

De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, este


transtorno tem a seguinte caracterização:

A característica essencial do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade é


um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que
interfere no funcionamento ou no desenvolvimento. A desatenção manifesta-
se comportamentalmente no TDAH como divagação em tarefas, falta de
persistência, dificuldade de manter o foco e desorganização - e não constitui
consequência de desafio ou falta de compreensão. A hiperatividade refere-se
a atividade motora excessiva (como uma criança que corre por tudo) quando
não apropriado ou remexer, batucar ou conversar em excesso. Nos adultos, a
hiperatividade pode se manifestar como inquietude extrema ou esgotamento
dos outros com sua atividade. O TDAH começa na infância. A exigência de

29
que vários sintomas estejam presentes antes dos 12 anos de idade exprime a
importância de uma apresentação clínica substancial durante a infância. Ao
mesmo tempo, uma idade de início mais precoce não é especificada devido a
dificuldades para se estabelecer retrospectivamente um início na infância
(DSM V).

Como nota-se no trecho acima, este problema causa prejuízos para crianças,
adolescentes e adultos. Seu padrão persiste e tende a diminuir, caso a pessoa acometida
obtenha recompensas por apresentar comportamentos apropriados.

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais corrobora com esta


informação afirmando:

É comum os sintomas variarem conforme o contexto em um determinado


ambiente. Sinais do transtorno podem ser mínimos ou ausentes quando o
indivíduo está recebendo recompensas frequentes por comportamento
apropriado, está sob supervisão, está em uma situação nova, está envolvido
em atividades especialmente interessantes, recebe estímulos externos
consistentes (p. ex., através de telas eletrônicas) ou está interagindo em
situações individualizadas (p. ex., em um consultório) (DSM V).

2.7 TRANTORNO DE ANSIEDADE

Este transtorno acomete pessoas no mundo inteiro, e juntamente com a


depressão, tem sido as doenças do século.

É conceituado pelo DSM-V como:

Os transtornos deansiedade incluem transtornos que compartilham


características de medo e ansiedade excessivos e perturbações
comportamentais relacionados. Medo é a resposta emocional a ameaça
iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça
futura. Obviamente, esses dois estados se sobrepõem, mas também se
diferenciam, com o medo sendo com mais frequência associado a períodos de
excitabilidade autonômica aumentada, necessária para luta ou fuga,
pensamentos de perigo imediato e comportamentos de fuga, e a ansiedade
sendo mais frequentemente associada a tensão muscular e vigilância em
preparação para perigo futuro e comportamentos de cautela ou esquiva
(DSM-V).

Um paciente com este transtorno é acometido por muitas dificuldades que


podem trazer danos psicológicos, sociais entre outros e precisam de tratamento
psiquiátrico e psicológico.

30
2.8 GESTALT TERAPIA – CONTEXTO CLÍNICO

A Gestalt Terapia é bastante conhecida pela frase “o todo é a soma das partes”.

Figura 9 Figura-Fundo

Fonte: Google

A autora Almeida (2010) descreve:

O cliente nos oferta sintomas, emoções, vivências, crenças. Como tais


dimensões da existência podem ser delineadas e manejadas pelo
psicoterapeuta da abordagem gestáltica, mantendo a pureza do que nos é
trazido, conservando o fenômeno “tal e qual se mostra” e oferecendo ao
cliente a possibilidade de uma releitura de sua própria experiência? Essa é a
questão que norteia nossa reflexão a respeito da prática clínica em Gestalt-
terapia (ALMEIDA, 2010).

Ela ainda completa, afirmando

A prática clínica se defronta com aspectos múltiplos da natureza humana


manifestos sob diversas formas. Isso pode ser ilustrado utilizando, como
analogia, a imagem de uma casa. Estamos diante de uma casa: nosso cliente.
Reflitamos (ALMEIDA, 2010).

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Sobre a Gestalt Terapia, pode-se afirmar também que ela volta-se para a reflexão
do cliente, buscando trazer seus sofrimentos passados para o presente, ou seja, para o
aqui-e-agora, para que ao final, o paciente seja capaz de manter seu equilíbrio. Yontef
(1993) p, 105 afirma que na prática clínica cotidiana, a importância do equilíbrio entre
o suporte e a frustração não parece suficientemente enfatizada. Ele ainda completa
afirmando:

Na Gestalt Terapia o paciente aprende a usar integralmente seus sentidos


internos e externos para conseguir ser auto-responsável e auto-suportivo. A
Gestalt Terapia ajuda o paciente a reconquistar esse estado, a consciência do
processo de awareness (YONTEF, 1993).

2.9 CONCEITOS DA GESTALT

Entre muitos conceitos dentro da GT, tem-se o Aqui-e-Agora que é utilizado


durante toda a sessão, na Gestalt-Terapia para que o cliente traga suas expressões para o
aqui-e-agora. Rodrigues (2009) faz a seguinte colocação:

Na Gestalt, o “aqui-e-agora” é incorporado na terapia como uma espécie de


estratégia de enfoque, ou seja, todo o trabalho terapêutico estará centrado no
que o cliente traz, naquilo que este momento ele vive – seus pensamentos,
sensações, sentimentos e intuições – e não descartando qualquer tipo de
informações que seja percebida e que seja relevante para o processo
terapêutico. Isto quer dizer que todas as informações são consideradas: não só
o que ele diz (não apenas seu discurso verbal), mas também seus gestos, sua
expressão facial, sua respiração, seu modo de olhar, o ato de desviar o olhar,
enfim, todas as coisas que estão acontecendo no aqui-e-agora (RODRIGUES,
2009).

À medida que o cliente volta-se para o passado abordando sentimentos e


situações que ocorreram, pede-se que traga para o aqui agora dizendo como se sente no
momento presente em que esta vivendo.

Tem-se também o conceito de Relação Eu/Tu, que trata-se de uma atitude e


trata-se da relação que se estabelece entre terapeuta e cliente, e que é necessária dentro
do processo terapêutico da GT. Para que ela possa ser mantida, Rodrigues (2009),
afirma:

Para que uma relação entre seres humanos possa ser mantida como tal, para
proporcionar o “encontro” é necessária uma atitude de abertura ao outro, ao
seu mundo, à sua forma de se expressar como um todo, inclusive quanto a
sua linguagem (RODRIGUES, 2009).

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Tem-se também a Awareness. Após início de processo terapêutico, o cliente
passa a desenvolver a capacidade de realizar a tomada de consciência. Dentro da Gestalt
Terapia, esta é denominada como Awareness.

Segundo Yontef (1993), Awareness define-se como:

Awareness é uma forma de experienciar. É o processo de estar em contato


vigilante com o evento mais importante do campo individual/ambiente, com
total apoio sensoriomotor, emocional, cognitivo e energético. Um continuum
e sem interrupção de awareness leva a um Ah!, a uma percepção imediata da
unidade óbvia de elementos díspares no campo. A awareness é sempre
acompanhada de formação de Gestalt. Totalidades significativas novas são
criadas por contato de aware. A awareness é, em si a integração de um
problema (YONTEF, 1993).

Desta forma, a medida que o cliente vai tomando consciência do evento que esta
experienciando, ele vai realizando awareness e integrando seus problemas.

Vale acrescentar que dentro de um processo terapêutico, o psicólogo auxilia para


que o cliente tome consciência do evento sozinho, sem que ele precise dizer de forma
clara qual é.

A Figura-fundo, também é um conceito da GT, sendo um dos mais conhecidos


desta abordagem.

A figura na Gestalt Terapia pode ser encontrada nas queixas trazidas pelo cliente
em questão. O fundo é o todo por trás desta figura, ou seja, o que não está à frente.
Rodrigues (2009) afirma:

Como poderíamos entender então a ideia do conceito de fundo? Pelo que


vimos toda vez que nossa atenção se volta para algo – busca uma figura –
essa busca se realizará sobre um fundo. O fundo é na verdade para onde
olhamos, para onde direcionamos nossa busca pelo que precisamos, que não
nos chama a atenção, até que finalmente encontramos o que precisamos. Em
última análise, “fundo” é tudo, o que nos cerca, nós próprios, nossa história...
Enfim tudo o que possa servir como contexto para o surgimento de algo
(RODRIGUES, 2009).

Os Mecanismos Neuróticos, também são conceitos pontuados e utilizados dentro


do processo psicoterapêutico da GT.

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Este conceito da Gestalt Terapia surge quando o cliente procura se proteger de
alguma situação que considera uma ameaça, buscando equilíbrio. Martín (2011) pontua
sobre neurótico e neurose:

O neurótico é aquele sobre o qual a sociedade atua com muita força, ou


aquele que procura influir de forma destrutiva sobre os outros sem respeitar
sua individualidade. Sua neurose é uma manobra defensiva ou ofensiva para
proteger-se da ameaça de ser esmagado por um mundo avassalador, o que
acaba convertendo-se em uma técnica para manter o equilíbrio da melhor
maneira que sabe e aprendeu, seja por identificação ou por rebeldia
(MARTÍN, 2011).

O autor descreve também os tipos de mecanismos pontuados por Perls (1975a)

Perls (1975a) indica que há quatro mecanismos que operam nas perturbações
do limite de contato: a introjeção, a projeção, a confluência, a retroflexão.
Porteriormente foram acrescentados outros três para explicar outras formas
neuróticas de funcionar: o egotismo, a deflexão, a proflexão. A seguir, uma
vez descritos estes sete mecanismos, vamos acrescentar mais dois
provenientes da psicanalise, como estes: a racionalização, a negação
(MARTÍN, 2011).

Em terapia, ouve a ocorrência do uso da projeção, ou seja, mecanismo neurótico


da Gestalt, e o autor faz a seguinte pontuação:

A projeção é a tendência de responsabilizar o ambiente pelo que ela faz. O


caso extremo da projeção se dá clinicamente na paranoia, na qual uma
personalidade altamente agressiva, que é incapaz d aceitar seus desejos e
sentimentos, defende-se da melhor maneira possível, atribuindo-os a objetos
ou pessoas no ambiente. Na verdade, sua ideia de que é perseguida é a
confirmação de seu desejo de perseguir os outros (MARTÍN, 2008).

Além da projeção, houve o uso de do mecanismo neurótico de deflexão. Martín


(2008) explica:

Este mecanismo tem a função de desvitalizar o contato e, de


alguma maneira, resfria-lo. A pessoa tem medo da situação ou
das pessoas com as quais está ou sente envolvida, e pode
mostrar-se loquaz mas vazia, silenciosa ou distante, e falar de
coisas sem interesse ou pouco relacionadas com o tema de que
se trata.

34
A homeostase, também é um conceito da GT e Martín (2008) explica:

Trata-se de um mecanismo fisiológico de auto-regulação do organismo. É um


conceito que procede da medicina. É o processo mediante o qual o organismo
faz intercâmbios com o ambiente para manter seu equilíbrio tanto físico
como psico e social. Quando este intercâmbio entre organismo e ambiente se
interrompe, aparece o desequilíbrio (MARTÍN, 2008).

O contato também aparece na GT, como algo de importância para o crescimento


e maturação do indivíduo, já que trata-se de uma das necessidades principais do ser
humano.

Quando em atendimento, o paciente pode passar a evitar fazer contato com


determinados sentimentos ou situações que lhe causam sofrimento passando a realizar a
evitação do mesmo.

Segundo Martín (1978), p. 163 toda pessoa, em determinado momento, terá


necessidade de evitar o contato. Em Gestalt, isto não é considerado como resistência,
mas como uma necessidade de contato-retirada do organismo.

2.10 TÉCNICAS DA GESTALT

Técnica do diálogo, da cadeira vazia ou da cadeira quente.

Consiste em uma técnica em que o cliente irá dialogar com suas partes em
conflito de forma como se ela estivesse no ambiente sentada na cadeira vazia a frente e
logo após, se posicionará no lugar desta mesma pessoa e dará a resposta.

Esta técnica tem sua importância dentro da Gestalt Terapia, por tratar-se de uma
técnica que permite ao cliente ir tomando consciência de determinadas situações.

Por meio deste jogo, o paciente vai adquirindo a habilidade, não só de


reincorporar as partes suas projetadas nos outros, mas também a capacidade
de colocar-se no lugar do outro. Isto lhe dá uma nova perspectiva e percepção
de outro, com uma nova que pode ser enriquecedora para ele e para a relação
entre ambos, podendo dar-se uma nova e mais criativa forma de
diálogo(MARTÍN, 2008).

Eu preciso-Eu escolho, Eu não posso-Eu não vou, Eu necessito-Eu quero, Eu


tenho medo-Eu gostaria.
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Essa técnica da Gestalt Terapia é utilizada para que sejam trabalhadas a Auto-
Regulação organísmica, a homeostase e as questões de escolhas que o cliente faz e tem
dificuldade de lidar com as mesmas. É possível que diante desta técnica ele possa ter
percepção que é capaz de realizar escolhas e que tem responsabilidades sobre ela.

Sobre a Auto-Regulação Organísmica, o autor Yontef (2009), esta auto


regulação se faz:

A regulação humana é, em diferentes graus: a) organísmica, isto é, é baseada


num reconhecimento acurado e relativamente completo daquilo que é, ou b)
“deverísmica”, baseada na imposição arbitrária daquilo que algum
controlador acredita que deveria ou não deveria ser. Isto se aplica a regulação
intrapsíquica, à regulação das relações interpessoais e à regulação de grupos
sociais (YONTEF, 1993).

Buscando esclarecer cada uma das duas citadas acima, o autor ainda aponta:

Na auto regulação organísmica, a escolha e o aprendizado acontecem de


forma holística, com uma integração natural de corpo e mente, pensamento e
sentimento, espontaneidade e deliberação. Na regulação “deverística” a
cognição impera e não há um sentido holístico (YONTEF, 1993).

Tronco Cabana e Corrente de Água.

Essa técnica da Gestalt Terapia é utilizada para promover o autoconhecimento e


para que o cliente possa projetar-se como tronco cabana e corrente de água e assim,
notar como o cliente se percebe diante do mundo externo e interno, e enfim, buscar o
realizar a homeostase e o equilíbrio organísmico.

Torno-me responsável

Com a utilização desta técnica, o cliente assistido tem a oportunidade de tornar-


se responsável por escolhas que faz, deixando assim de culpar o mundo externo por
situações e comportamentos por ele tidos.

Segundo Martín, explica-se da seguinte forma:

Este jogo baseia-se, em alguns de seus elementos, no contínuo de


consciência, mas nele todas as percepções se consideram atos. Por exemplo,
quando um sujeito expressa algo que lhe está a suceder, se lhe pode dizer que
acrescente a essa percepção: "E faço-me cargo disso". Resulta assim: "Dou-
me conta de que minha voz é tranquila, e me faço responsável por isso".
"Dou-me conta de que estou nervoso e intranquilo, e me faço responsável por
isso". Com esta fórmula, o paciente deixa de jogar a culpa ao mundo de seus

36
estados, e tem a oportunidade de fazer algo por si mesmo para mudar ou
diminuir suas consequências (MARTÍN, 2008).

Desenho Livre

Esta técnica pontuada por Oaklander (1978) tem sua importância devido ao
conteúdo projetado pela cliente, que em sua dificuldade de falar sobre determinados
assuntos, faz desenhos que refletem seus desejos inconscientes.

Frequentemente as crianças preferem desenhar ou pintar aquilo que bem


querem, e não aquilo que se lhes mandam. Isto não prejudica o processo
terapêutico; a importância reside no que está em primeiro plano para a
criança (OAKLANDER, 1978).

Massa de Modelar

A massa de modelar permite a criança projetar conteúdos inconscientes


enquanto brinca. Foi utilizada com objetivo de coletar mais informações sobre o
conteúdo projetado trazido pela criança.

Oaklander (1978) pontua sobre massa de modelar, afirmando:

Ao conversar com uma criança, posso ficar brincando com um pedacinho


desta massa, e dar outro pedacinho para a criança também. Se a criança fala
do seu irmão, posso fazer rapidamente um irmão de massa e dizer: “Aqui está
o seu irmão. Diga a ele o que você está dizendo.” Desta maneira posso trazer
a situação para a experiência presente, de modo que se possa lidar com ela de
forma muito mais frutífera do que se a criança continuasse falando “sobre” a
situação. O falar “sobre” tende a não levar a lugar nenhum, e com muita
frequência encobre os verdadeiros sentimentos envolvidos (OAKLANDER,
1978).

Pintura

A pintura é utilizada em técnicas para aplicação com clientes infantis. Em


psicoterapia, ela permitiu que fosse observado os conteúdos projetados pela criança
assistida.

A autora Oaklander (1978) descreve sobre esta técnica:

A pintura possui o seu próprio valor terapêutico especial. Quando a pintura


flui, amiúde o mesmo ocorre com a emoção. As crianças têm prazer em
pintar, especialmente as que já passaram da idade da creche ou jardim da
infância. Muitas vezes elas não têm a experiência de pintar outra vez depois
dessa idade, com exceção talvez de pequenas pinceladas com aquarela. As

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crianças adoram o caráter fluente e o brilho das tintas de pintura
(OAKLANDER, 1978).

A técnica da pintura auxilia muito, pois em partes, as crianças gostam de pintar e


fazem isso realizando a projeção de sentimentos que as vezes nem se dá conta que tem.
O trecho acima aborda o valor terapêutico da técnica, e isto de fato é verdadeiro, eis que
ela coloca conteúdos próprios na arte.

Pintura com os dedos

A pintura com os dedos permite que a criança traga para a sessão de psicoterapia
um conteúdo que ela não trouxe em seu diálogo e permita que desta forma, o
profissional da psicologia possa realizar a intervenção correta e da melhor maneira
possível.

A pintura Oaklander (1978) pontua:

A pintura com os dedos e o trabalho com argila possuem ambos qualidades


táteis e cinestésicas semelhantes. A pintura com os dedos é uma dessas
atividades que, infelizmente, é geralmente restrita a crianças em idade pré-
escolar. Ela possui muitas qualidades boas. A pintura com os dedos é
calmante, fluente. O pintor tem a possibilidade de fazer desenhos e figuras
como tentativas, e logo em seguida apagá-los. Ele não experiencia o fracasso,
e também não necessita de muita habilidade. Pode contar uma estória a
respeito de uma pintura que ele decida estar terminada, ou pode falar de
alguma coisa que a figura o faz recordar (OAKLANDER, 1978).

Colagem

A colagem, assim como as demais técnicas tinha foco principal em observar os


conteúdos projetados que a criança não verbalizou durante as sessões de psicoterapia
com o psicólogo.

Oaklander (1978), pontua que a partir da colagem a criança tem um meio de


expressão. O trecho abaixo explica:

A colagem é qualquer desenho ou quadro feito grudando-se ou prendendo-se


materiais de qualquer espécie a um fundo plano, tal como um pedaço de pano
ou papel. Às vezes a colagem é feita em conjunto com desenho, pintura ou
algum tipo de escrita, O trabalho sobre colagem é uma atividade conhecida
nas escolas maternais, onde pedaços de papel cortado ou rasgado, bem como
outros materiais, são colados a uma grande folha de papel de modo a formar
um desenho. Descobri que a colagem é um excitante meio de expressão para
todas as idades (OAKLANDER, 1978).

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3 RELATO DIÁRIO DAS SUPERVISÕES

Registro das Atividades de Supervisão

Acadêmica: Francieli Dal Cortivo Costa da Paixão

Local de estágio: Instituto Superior de Educação do Vale do Juruena

25 Jul. 2017: Primeiro dia do Estágio Supervisionado Específico II, nas


dependências da Faculdades AJES a professora chegou às 14h:00min e logo em seguida
começou a relatar sobre como vai funcionar o Estágio. Afirmou-se que deve-se fazer um
gráfico com o percentual de atendimentos do semestre. Esclareceu-se que as supervisões
serão realizadas em todas as terças feiras, e atendimento clínico da estagiária, toda
segunda-feira as 13h:00min. Realizou-se também a escolha dos pacientes adulto e
infantil.

01 Ago. 2017: A professora de Estágio Supervisionado Específico II, chegou às


14h:00min e deu início a retirada de dúvidas. Ela pediu para que a estagiária remarcar a
cliente adulta para a data do dia 14 Ago. 2017, por não ter a presença dela para dar
maiores instruções sobre o caso. Deu-se continuidade com a escrita do relatório,
pesquisas e leituras teóricas sobre a abordagem psicanalista e a Gestalt terapia, cujo são
dúvidas da estagiária sobre qual seguir.

Encerrou-se o horário da data de supervisão de estágio as 17h:00min.

08 Ago. 2017: A estagiária não compareceu ao dia de supervisão de estágio, pois


não passava bem devido a problemas de saúde.

15 Ago. 2017: Neste dia, aconteceu a Supervisão de Estágio Supervisionado


Especifico II. A supervisora orientou a estagiária a estabelecer o vínculo com a criança

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assistida no atendimento que acontecerá na próxima semana. Com o paciente adulto
agendado, permaneceu a aplicação de anamnese.

22 Ago. 2017: Iniciou-se as 13h:00min o dia de estágio e a estagiária deu início


ao relatório. A professora supervisora chegou as 14horas e começou a supervisão,
ouvindo cada um dos alunos e dando orientação para o que deve ser realizado no
próximo encontro com as clientes.

Ela orientou e esclareceu: Orientações para a mãe na 1º devolutiva:Realizar


Atividades lúdicas demonstrando afeto. Todos os dias, ler um livro com a criança
durante estipulado tempo, antes de dormir e Pedir que ela coloque limites na criança,
tirando algo que ela gosta.

Para realizar com a criança: Técnica com massinha visando projeção.

Para realizar com a adulta: Técnica da cadeira vazia. A técnica da cadeira vazia
é usada para a cliente externalizar o que sente, como se sente, se valorizar e se colocar
no lugar do próximo com o qual ela tem conflitos.

Após ouvir e ser ouvida, a estagiária realizou pesquisas bibliográficas do


conteúdo de Gestalt Terapia.

29 Ago. 2017: A estagiária chegou às 13h:05min e deu início ao relato de sessão


do atendimento adulto. A professora chegou às 14h:00min e deu início a escuta dos
relatos feitos em atendimento. A estagiária foi a primeira a falar e relatou os casos
adulto e infantil.

Ela passou orientações para ambos os casos: Orientação para criança: Fazer
interpretação do conteúdo trazido por ela em terapia no dia 28/08/2017 e para a próxima
sessão, não trazer apenas desenhos, porque a criança é agitada e para ela é difícil
permanecer sentada e fazendo a mesma atividade por muito tempo.

Técnica: pintura com mais alguma coisa.

Orientação para adulta: Conduzir a paciente adulta para perceber sobre o


relacionamento em que vive: “se você pudesse dar um nome para esse relacionamento,
que nome você daria”?

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Técnica: Trocar o “mas” pelo “e”, ser responsável, de Martín (2008).

05 Set. 2017: A estagiária chegou às 13h: 05min e deu início ao relato de sessão
do atendimento adulto. A professora chegou às 14h: 00min e deu início a escuta dos
relatos feitos em atendimento. A estagiária foi a primeira a falar e relatou os casos
adulto e infantil.

A professora orientadora fez as devidas orientações a cada um dos estagiários.


Para o infantil técnica de desenhos apontado por Violet Oaklander (1978), o adulto, a
estagiária reagendou.

12 Set. 2017: Neste dia, a professora orientadora não compareceu, portanto, não
ocorreu supervisão. Os estagiários então deram continuidade na escrita do relatório para
entregar a primeira prévia em dia.

19 Set. 2017: Neste dia, o estágio iniciou-se as 13h:00min e a estagiária ficou


esperando com os demais alunos a chegada da professora Orientadora. Ela chegou e
ouviu cada relato, passando as orientações necessárias a serem seguidas no próximo
atendimento. Para a paciente infantil, ela orientou que usasse a Técnica de Pintura com
Tinta, pontuada por Oaklander (1978). A paciente adulta, não compareceu portanto, não
houve sugestão.

26 Set. 2017: Neste dia, o estágio iniciou-se as 13h:00min e a estagiária ficou


esperando com os demais alunos a chegada da professora Orientadora. Ela chegou e
ouviu cada relato, passando as orientações necessárias a serem seguidas no próximo
atendimento. A paciente adulta, não compareceu portanto, não houve sugestão.

03 Out. 2017: Neste dia, o estágio iniciou-se as 13h:00min e a estagiária ficou


esperando com os demais alunos a chegada da professora Orientadora. Ela chegou e
ouviu cada relato, passando as orientações necessárias a serem seguidas no próximo
atendimento. A orientação para a cliente infantil foi a de Oaklander (1978) e com o
paciente adulto, nova anamnese.

41
10 Out. 2017: A estagiária chegou à faculdade as 12h: 56min e enquanto
aguardava a professora orientadora, anotou sobre a sessão anterior que ainda não foi
feito. Foi ouvida pela estagiária e a professora sugeriu para utilizar com o cliente adulto
o Torno-me Responsável de Martín (2008) e com a infantil a realização da devolutiva
com os pais.

17 Out. 2017: Neste dia, o estágio iniciou-se as 13h:00min e a estagiária ficou


esperando com os demais alunos a chegada da professora Orientadora. Ela chegou e
ouviu cada relato, passando as orientações necessárias a serem seguidas no próximo
atendimento. Para o adulto, ela sugeriu a técnica de Stevens denominada “Eu preciso-Eu
escolho até Eu tenho medo-Eu gostaria” e para a infantil, a Técnica de Pintura com os
Dedos.

24 Out. 2017: Neste dia, o estágio iniciou-se as 13h:00min e a estagiária ficou


esperando com os demais alunos a chegada da professora Orientadora. Ela chegou e
ouviu cada relato, passando as orientações necessárias a serem seguidas no próximo
atendimento. Para o adulto, ela sugeriu Técnica de “Tronco, Cabana e Corrente de
Agua” de Stevens e para a infantil, a Técnica de Pintura com os Dedos.

31 Out. 2017:Neste dia, o estágio iniciou-se as 13h:00min e a estagiária ficou


esperando com os demais alunos a chegada da professora Orientadora. Ela chegou e
ouviu cada relato, passando as orientações necessárias a serem seguidas no próximo
atendimento. Para a infantil, ela sugeriu Técnica com Massa de Modelar, pontuada por
Oaklander (1978) e para o adulto, Técnica De Stevens, denominada “Identificação com
a Roseira”.

07 Nov. 2017: Neste dia, o estágio iniciou-se as 13h:00min e a estagiária ficou


esperando com os demais alunos a chegada da professora Orientadora. Ela chegou e
ouviu cada relato, passando as orientações necessárias a serem seguidas no próximo
atendimento. Sugeriu realizar a devolutiva com a mãe da criança e para o cliente adulto,

42
ela indicou dar um tempo das técnicas de Stevens e usar a de Martín (2008), como a do
Torno-me Responsável.

09 Nov. 2017: Neste dia, a estagiária realizou a reposição do dia 20 de


Novembro de 2017 com elaboração de relatório.

14 Nov. 2017: Neste dia, ocorreu supervisão de estágio. A estagiária chegou às


12h:50min e já começou a dar continuidade a escrita do relatório. O momento em que a
supervisora chegou, pediu que fossem feitos os relatos urgentes pela falta de tempo.
Para a estagiária, ela orientou a finalização, ou seja, realizar as devolutivas tanto com a
paciente infantil quanto com o paciente adulto.

43
4 RELATO DE SESSÕES

4.1 ATENDIMENTO INFANTIL

Prontuário no _______________

Nome do Assistido Infantil: M. V. S. J.

Estagiário Responsável:Francieli Dal Cortivo Costa da Paixão

Data de Nascimento: 30 Jul. 2008Idade: 09 anos

Data do Inicio do Atendimento:07 Ago. 2017

Reside com quem:Mãe, Pai e irmãos

Encaminhado por: A mãe procurou

Queixa: Dificuldades de entendimento de uma forma geral, sobre tudo que a mãe diz. A mesma relata que
tenta ensinar a criança a fazer certas coisas e inicialmente ela faz, mas mais tarde ou no dia seguinte, a
criança já não sabe mais fazer a tarefa. Relata também sobre as dificuldades de controlar a criança,
alegando que ela não fica quieta, sendo estes derivados dos sintomas da hiperatividade.

DATA ATENDIMENTO INFANTIL

07 Ago.2017 Atendimento com a mãe: Realização da anamnese

A mãe chegou às 16h:00min e a estagiária apresentou-se formalmente como aluna


estagiária do Curso de Bacharelado em Psicologia, que irá realizar o acompanhamento da
criança.

A estagiária apresentou para a mãe os documentos da Carta de Informação ao


Sujeito de Pesquisa e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, coletando a
assinatura e entregando as vias. Deu-se início então a anamnese. O primeiro dado foi a
identificação da cliente infantil sendo M. V. S. J, de 09 anos de idade, sexo feminino,
nascida em 30/07/2008. Após a estagiária perguntou sobre os dados familiares, ou seja,
nome da mãe, nome do pai, número de irmãos que são 03 do sexo masculino de 32 anos,
27 anos e 21 anos. A mãe relatou que os pais são casados, que a criança é filha adotiva,
mas que reage bem e costuma contar a história dela para outras pessoas.

Sobre histórico, alguns pontos da gestação não foram perguntados, devido a mãe

44
não ter gerado a criança, mas sobre amamentação a mesma relatou que a criança usa
mamadeira, que durante o sono é bastante agitada, que troca letra do alfabeto “S”, que sua
saída das fraldas ocorreu aos 2 anos, que a criança recusa auxilio dos pais apresentando-se
muito independente, não traz resistência ao toque sendo muito carinhosa, que estuda na
Escola 7 de Setembro e que antes disto, estudou apenas na creche, que faz deveres
juntamente com a mãe ou com o pai 2 vezes ao dia, dependendo das atividades, frequenta
apenas a igreja cantando no coral e não faz parte de atividades como língua estrangeira,
esporte ou dança. A mãe quando questionada sobre a sociabilidade da criança, diz que a
mesma faz amizades com facilidade e se adapta rapidamente, sendo estas amizades do
mesmo sexo e da mesma idade. Entre as distrações preferidas da criança abordadas na
anamnese a mãe relata que a criança gosta de televisão e utiliza celular para jogos e
vídeos com tempo previamente determinado de até 40 minutos. Nas condições emocionais
da criança, a mãe diz que ela é ansiosa. Quanto ao sono, a criança dorme sozinha e que
entre as medidas disciplinares a mãe afirmou que a criança faz atividades de casa como
arrumar o quarto dela e lavar louça. A estagiária perguntou sobre a atitude da criança
quando é contrariada, e a mesma afirmou que a criança insiste muito para reverter a
situação e a atitude dos pais depende muito do que a criança quer, mas que eles costumam
ceder. A criança ainda faz acompanhamento com o médico psiquiatra e a queixa é
referente a dificuldades de entendimento de uma forma geral, sobre tudo que a mãe diz. A
mesma relata que tenta ensinar a criança a fazer certas coisas e inicialmente ela faz, mas
mais tarde ou no dia seguinte, a criança já não sabe mais fazer a tarefa. Relata também
sobre as dificuldades de controlar a criança, alegando que ela não ficar quieta, sendo estes
derivados dos sintomas da hiperatividade.

Vale acrescentar que a mãe afirma que a criança faz uso de Ritalina (10 mg)
indicados pelo psiquiatra responsável.

Encerrou o horário.

45
DATA ATENDIMENTO INFANTIL

14/08/2017 A cliente não compareceu ao atendimento.

DATA ATENDIMENTO INFANTIL

21 Ago. 2017 Foi realizado o primeiro atendimento com a criança.

A criança logo de início mostrou-se muito comunicativa. Entrou na sala, a


estagiária a cumprimentou e a mesma se sentou. Foi perguntado se ela sabia o motivo
que ela estava ali e a mesma disse que era para aprender a escrever melhor. A estagiária
afirmou que não era para isto, e explicou que ela estava em uma lista de espera para ser
acompanhada por uma aluna do estágio de Psicologia e que a partir daquele momento,
ela estaria vindo todas as segundas-feiras para nossos encontros para tentar amenizar os
problemas de relacionamento que a mamãe disse que ela tinha.

A estagiária iniciou fazendo perguntas sobre a vida da criança, o que ela gostava
de fazer. Ela disse que gosta de brincar de “esconde-esconde” e que gosta muito de
brincar com o sobrinho dela que tem 04 anos. Sobre a escola, quando perguntada, ela
afirmou que a escola era legal e que sua matéria preferida é a matemática.

Quando indagada sobre o que ela faz quando está em casa, afirmou que faz
serviços de casa como lavar louça, arrumar o quarto, varrer casa e outros afazeres
domésticos, afirmando que a mãe fica deitada no sofá mexendo no celular (falou
palavrão – ‘buceta’) quando fez este relato. A estagiária prontamente chamou sua
atenção, afirmando que ela não poderia falar nenhum tipo de palavrão, explicando que
aquilo é errado e não deve ser falado perguntando se a mesma havia entendido e ela
baixou a cabeça afirmando que sim.

46
Foi perguntado à criança como é a relação dela no contexto familiar em cada um.
Com a mãe ela disse ser “mais ou menos”, pois elas discutem muito, mas afirmou que
ama a mãe. Quando indagada sobre esta relação ela afirma: “a gente discute e volta,
discute e volta” A estagiária perguntou sobre algo positivo na relação delas e a criança
afirmou que gosta quando a mãe faz massagem nos pés dizendo “é bom ter massagem”.
Com relação ao pai, ela afirma que é a mesma coisa e que discutiu com o pai no dia de
hoje, porque ele não queria fazer algo que ela queria, dizendo que “era rapidinho”.

A estagiária perguntou: Você percebe que da mesma forma que você tem coisas
para fazer, o papai também tem e que ele não pode fazer as coisas no exato momento em
que você quer? Ela baixou a cabeça. A estagiária pediu que a criança a olhasse nos olhos
e perguntou se ela havia entendido e ela afirmou que sim.

Logo mais, a estagiária perguntou se a criança gostaria de brincar e ela disse que
sim, sentando-se no chão e pegando alguns brinquedos. Pegou os chocalhos presentes na
sala da clínica e começou a fazer barulho, indagando a estagiária se ali havia coisas de
boneca como casinha, pois ela queria; a mesma afirmou que não. Ela pegou o
instrumento da família terapêutica e formou uma família, afirmando que não gostaria
que fosse a sua e que ela gostaria de brincar como ela brinca normalmente. A estagiária
permitiu, pedindo a ela que ela contasse uma história sobre o que ela estava formulando.
Ela formulou uma história que tinha pai, mãe grávida prestes a ter um filho menino,
irmão e irmã e os avós.

A criança, enquanto brincava, tentou fazer perguntas para a estagiária, de cunho


pessoal e logo, a mesma voltou-se para a criança dizendo: eu quero que você me fale
sobre você, aqui, você é o foco.

A criança, logo mais concluiu a brincadeira afirmando que já havia acabado e


que o bebê já havia nascido. Então, a estagiária pediu que ela guardasse os brinquedos e
a mesma, assim o fez.

A criança se levantou, dizendo que gostaria de pintar com tintas. A estagiária não
autorizou, afirmando que para isto, deveria ocorrer o preparo necessário e ela insistiu,
demonstrando total frustração diante do não. A estagiária sugeriu realizar desenho e ela o
fez, mesmo não gostando da ideia. Em seu desenho, ela fez uma bruxa má que soltava
raios de cabelo, afirmando ser ela mesma. Logo após, ela mudou de ideia dizendo que
não era uma bruxa e sim uma princesa má, que matava pessoas, que matava a estagiária.

47
Ela começou a se inquietar na cadeira, virando-a para trás e a estagiária pediu que ela
não fizesse aquilo, pois poderia cair e ela chamou a estagiária de chata porque a mesma
não a deixava fazer nada. Pedi que ela continuasse contando a história e ela disse que
não queria mais pintar.

No desenho, ela pintou a bruxa de vermelho e usou várias outras cores, apertando
o lápis contra a folha, dizendo que eram os cabelos da bruxa.

Quando o tempo estava finalizando, a estagiária disse que não havia mais tempo,
e ela prontamente se voltou para a folha em cima da mesa dizendo que “não” e que ela
queria terminar de contar a história. A estagiária reforçou o que disse no início que toda
segunda deveria estar ali, para o encontro.

Finalizou-se o dia de estágio.

Observação: A cliente evitava contato com determinados assuntos que lhe


causam incomodo como, por exemplo, de sentimentos a mãe adotiva, portanto procurava
formas para fugir, voltando-se para outras atividades.

DATA ATENDIMENTO INFANTIL

28/08/2017 Realizou-se neste dia, o segundo atendimento com a cliente infantil. Ela chegou
pontualmente e a estagiária pediu que ela acompanhasse para a sala de atendimento
lúdico. Ela entrou, chamando a estagiária de professora e a estagiária esclareceu que a
mesma não é professora e pede que a chame pelo nome.

Ela se sentou e a estagiária perguntou sobre como ela havia passado a semana e
ela respondeu que passou bem, só não tão bem no dia de hoje, que havia furado o pé,
pois havia pisado em um prego.

Neste dia, a estagiária trouxe massa de modelar para a criança trabalhar e ela
então demonstrou bastante interesse quando as viu, mas também disse que queria brincar
com fantoches e a estagiária então antes de entregar as massas de modelar para ela, fez
um acerto: Se você se comportar, terminar esta atividade corretamente, nós vamos
brincar com os fantoches 15 minutinhos antes de acabar o tempo, e então, a criança
concordou imediatamente.

Ela começou a montar personagens com as massas, pedindo ajuda para fazer os

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bonecos e a estagiária ajudou. Esta montagem durou uma boa parte do tempo, pois ela
fazia a montagem de uma forma bem cuidadosa.

Ela montou um bebê dentro de um cesto, um papai e uma mamãe, que usava
roupas de “periguete” sendo este o mecanismo neurótico de projeção, afirmando que foi
sua mãe quem disse que isto era o nome de mulher que usa roupa curta. Inicialmente o
bebê era um menino que foi abandonado e que se sentia triste porque a mãe dele
abandonou, logo em seguida a história foi a seguinte:

“Uma bebê menina, que foi abandonada pela mãe e que foi acolhida pelo pai, que
saiu da casa onde morava com a família, comprou outra casa e levou a criança com ele, e
ela, ou seja, a bebê, se sentia muito feliz por morar com o papai”.

Em um dia, no passeio a praça que ela gosta de ir brincar de esconde-esconde e


pega-pega eles se encontraram com a mãe que estava com outro marido. “Brevemente, a
mãe se separou e voltou com o ex-marido, formando-se novamente uma união familiar e
indo todos para casa e ficando felizes, e a bebê perdoou a mamãe sentindo-se muito bem
por isso”.

Após terminar o jogo com as massas de modelagem, ela afirmou querer brincar
com os fantoches e então, juntamente com a estagiária, sentaram-se ao chão. Ela
começou separando negros e brancos, afirmando que eles são diferentes e que moram
distante. Brincou um pouco com os bonecos brancos de família onde cada um tinha sua
casa e suas famílias e logo em seguida, o tempo se findou.

Ela perguntou se poderia trazer brinquedo, dizendo que tem um macaco de


pelúcia que ela gosta muito e a estagiária afirmou que sim, então encerrou-se o horário.

Observação: a Cliente continua evitando contato com assuntos, e realiza


projeções pontuados por Martín (2011), nas massas de modelar, pontuados por Violet
Oaklander (1978) e também a evitação de contato.

49
DATA ATENDIMENTO INFANTIL

04/09/2017 Neste dia, ocorreu o atendimento infantil com realização da técnica de desenhos
apontado por Violet Oaklander (1978).

A criança chegou alguns minutos atrasada e já de inicio a estagiária percebeu que


ela estava um pouco mais agitada que nos demais atendimentos. A estagiária perguntou
sobre sua semana em casa e ela disse que tinha sido legal porque ficou vendo desenhos
na televisão e na escola, estava tudo normal, afirmando que fez todas as tarefas
corretamente.

A estagiária estabeleceu um acordo com a cliente como nas outras sessões de que
assim que fosse terminada a atividade de hoje, iria brincar do que ela quisesse e ela
concordou.

No inicio do desenho, a estagiária pediu que a criança elaborasse um desenho


imaginário em um papel imaginário. Ela assim o fez rapidamente, movimentando as
mãos enquanto fazia riscos no papel imaginário a sua frente. Logo que concluiu, a
estagiária pediu que ela fizesse os mesmos riscos no papel e assim ela desenhou, mas
acrescentou mais coisas que não estavam no desenho imaginário.

Ela começou com um avião de sorvete gigante com cadeiras para transportar
pessoas para outro lugar com o melhor sorvete do mundo, e que quando perguntado a ela
se fosse uma pessoa quem seria e ela disse que era a estagiária, realizando
transferência.Após isto ela desenhou uma casa, e que quando perguntava sobre quem
seria a casa, ela disse a boneca Barbie. Após isto, desenhou uma flor, uma árvore,
nuvens e um sol, dando nomes imaginários a todos, sendo sol do ar, árvore da magia,
flor do amor e nuvem do sonho.

Quando a estagiária perguntou sobre quem seria se fosse uma pessoa, ela
demonstrou irritação e impaciência se posicionando de uma forma dramática e buscando
evitar contato com o assunto que traz desconforto.

A árvore se chamava “a árvore da magia e da beleza”, e se fosse uma pessoa,


seria ela mesma. A flor se chamava “a flor do amor”, a nuvem era “a nuvem do sorriso”
e o sol era “o sol do ar”.

Após concluir o desenho, afirmando que não queria pintar e já fazendo birras,
afirmando que as perguntas da estagiária eram difíceis e ela não sabia falar, a estagiária

50
pediu que ela contasse uma história sobre os desenhos que ela havia feito e ela continuou
agindo com agitação, deitando-se na cadeira, movimentando-se na cadeira.

Iniciou a história: A Vitória tinha uma sorveteria e o nome da sorveteria era


“Pepa pig”.

Estagiária: M. sente-se, se não, eu não posso ouvir você claramente.

Cliente: Você fica pedindo essas coisas, vou pedir para minha mãe não me trazer
mais aqui.

Ela falou e foi levantando-se da cadeira, andando de um lado para o outro,


posicionando-se na lateral da mesa da sala lúdica, fazendo como quem fosse chorar e
aumentando o tom da voz.

Estagiária: Qual a necessidade de você estar fazendo isso? Eu não vejo nenhuma
necessidade disto. Se você continuar fazendo isso, nós não teremos tempo para brincar.
A estagiária reproduziu a fala de forma calma, de baixo tom e olhando nos olhos da
cliente, o que fez com que ela voltasse a se sentar e fosse retomando a história.

Continuando a história: “a sorveteria e a Vitória estavam com a F. A árvore


transformou a Pepa pig em uma pessoa e ela queria ser uma beleza igual uma adulta. A
flor deu um namorado para a Pepa e o sol seu um ar para ela e a nuvem deu um sorriso
para o namorado da Pepa”.

Logo que terminamos a história, ela escolheu os brinquedos que gostaria de


brincar, estes sendo as bonecas “Barbie” narrando uma história de que eram 04 irmãs
que foram abandonadas pela mãe e que moravam sozinhas. A mais nova, que tinha 09
(nove) anos, tinha um namorado que também tinha esta idade com quem se casou e foi
morar com ele.

Logo, o tempo estava se encerrando e assim ela demonstrou indisposição para ir


embora, afirmando que queria continuar a brincar. A estagiária disse que não poderíamos
e assim acabamos o atendimento do dia.

Observação: A projeção novamente surge durante a terapia no momento em que


ela faz o desenho e afirma que a estagiária é o avião de sorvete que serve para
transportar as pessoas para tomar o melhor sorvete do mundo, e quando afirma que a
estagiária é chata por não deixa-la fazer nada. Ela realizou também transferência.

51
DATA ATENDIMENTO INFANTIL

11/09/2017 A cliente não compareceu.

DATA ATENDIMENTO INFANTIL

18/09/2017 Neste dia, foi realizado o uso da técnica de pintura com tinta. A cliente chegou
alguns minutos adianta e enquanto não completava o horário a estagiária preparava a
sala lúdica para o atendimento do dia.

No horário das 14h: 00min, a estagiária e a cliente entraram na sala. A estagiária


iniciou perguntando sobre as ultimas duas semanas, já que na data anterior ela não tinha
comparecido ao atendimento e com isso, eram duas semanas e ela disse que tinha estava
tudo bem, que tinha ido a uma festinha de aniversário.

Estagiária: Como está na escola?

Cliente: Não muito legal. A professora passou prova.

Estagiária: Prova de que matéria?

Cliente: de matemática

Estagiária: você se preparou para ela?

Cliente: sim.

Estagiária: Certo.

Estagiária: Fale-me mais sobre seus últimos dias, já que faz tempo que não nos vemos e
nosso ultimo contato você estava alterada. Havia acontecido alguma coisa?

Cliente: Sim. (mas não disse o porquê).

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Estagiária: você percebeu que estava alterada?

Cliente: Sim. É que quando eu não consigo o que eu quero, eu fico fora de controle, não
consigo me controlar.

Estagiária: Como você se sente?

Cliente: Me sinto mal.

Estagiária: Você gosta de ficar assim?

Cliente: não, porque me sinto mal.

Estagiária: Eu estou aqui para te ajudar, você entende isso? Você pode confiar em mim.

Cliente: Sim eu entendo.

Estagiária: Agora, como nos nossos outros encontros, vamos ao nosso contrato de
atividade. Assim que você terminar, vamos brincar de algo que você quiser tudo bem?

Cliente: Sim, eu adoro pintar.

A cliente realizou um desenho de uma floresta e a estagiária a deixou a vontade durante


a pintura, procurando observar suas reações e como ela agia durante. Ao final do
desenho, a estagiária pediu se ela poderia contar uma história e ela disse que sim
contando a seguinte história:

“Era uma floresta, em uma noite escura”. Os pais dela foram acampar, ascenderam um
fogo bem forte na floresta para ficar claro, deitaram para olhar as estrelas porque era
uma noite estrelada e ela gosta de olhar as estrelas, depois disto, eles comeram churrasco
assado no fogo e em seguida foram para a barraca dormir”.

Depois que terminou de pintar o desenho em folha sulfite, a cliente quis pintar seu
próprio rosto e a estagiária perguntou:

Estagiária: você está fazendo uma escolha de pintar seu rosto, certo?

Cliente: Sim, eu tiro quando chegar em casa.

Estagiária: certo, então eu vou te ajudar, para que você não se suje inteira.

Ela fez de conta que era um índio e logo em seguida, queria ser um palhaço de circo.

Após a história, ela quis brincar de peteca, onde se divertiu um pouco e em seguida de
bonecas, onde novamente trouxe a história das irmãs abandonadas pela mãe e que a

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criança mais nova que é ela se casa.

Faltando alguns minutos para acabar nossa sessão, ela começou a se agitar, ficando
extremamente agitada e tentando controlar o restante da sessão, inclusive fingindo choro
e jogando as coisas no chão.

Logo em seguida, findou-se nosso horário e ela saiu correndo rumo ao banheiro dizendo
que queria tirar a pintura que tinha feito.

Observação: A cliente teve uma tomada de consciência ao perceber que quando


contrariada ela fica fora de controle e se sente mal por isto e projeção, nas bonecas.

A cliente não sabe lidar com suas escolhas.

A mãe chegou atrasada para busca-la novamente, o que vem acontecendo


costumeiramente nos dias de atendimento.

DATA ATENDIMENTO INFANTIL

26/09/2017 A cliente não compareceu. A estagiária ligou para saber o motivo e o pai disse
que tinha eles tinham ido a uma festa de aniversário feito para a mãe e eles nem
pensaram que tinham que trazer a criança para o atendimento.

DATA ATENDIMENTO INFANTIL

54
02/10/2017 A cliente não compareceu ao atendimento.

DATA ATENDIMENTO INFANTIL

09/10/2017 A cliente compareceu ao atendimento, chegando 10min adiantada. A estagiária


pediu então que ela aguardasse o horário para que fosse iniciada a sessão terapêutica do
dia. Foi realizada a aplicação da técnica de colagem.

A estagiária iniciou perguntando como foram os dias até o presente momento e


ela disse que foi tudo bem e que se sentia feliz, porque tinha ido tomar banho de piscina
em um ambiente local da cidade. Relatou que ela e algumas pessoas próximas, passagem
por uma situação em que tiveram que fugir de uma vaca e que sua mãe chegou a agredir
o animal com uma paulada. Notou-se alegria em fazer o relato sobre este determinado
dia.

A estagiária então perguntou como tem sido na escola e a criança disse que tem
ido bem, então foi pedido que a criança falasse mais sobre isto e ela afirmou: “eu estudo,
brinco, o de sempre”.

Então, após perguntas iniciais, a estagiária buscou firmar o acordo do dia,


dizendo que após terminar a atividade que ela tinha para propor e contar uma história,
elas iriam brincar do que a criança tivesse vontade. A cliente concordou e então, deu-se
inicio a aplicação da técnica de colagem. A criança parecia animada, demonstrando
interesse em recordar e colar.

A estagiária já havia feito alguns recortes com figuras infantis, ou seja, algumas
imagens em formato de desenho e ela as rejeitou dizendo “não gostei de nenhuma”,
pegando em seguida as revistas ali presentes. Foleou as revistas e demonstrou interesse

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por uma revista feminina de conteúdo voltado para moda, perfumaria, maquiagem dentre
outros.

Após pegar a revista, ela pediu para que a estagiária recortasse uma mulher e um
homem e assim foi feito, logo em seguida, ela pediu para que a estagiária deixasse ela
cortar pegando a revista e recortando 02 perfumes – usando um como vidro de shampoo,
um sapato e um óculos enquanto a estagiária passava cola para que ela pudesse aplicar a
imagem ao papel. Ao terminar, ela deu início à história escrevendo na imagem “marido e
mulher”. A história era a seguinte: era um marido e uma mulher. A esposa, não estava
com muito dinheiro e o seu marido comprou para ela um óculos para que ela pudesse
voltar a enxergar, ela ficou muito bem e feliz pois voltou a ver e em agradecimento
comprou um shampoo para seu marido, que depois a presenteou com um sapato e um
perfume que ela gostou muito.

A estagiária então perguntou qual era o sentimento que cada um dos dois estava
sentindo e ela disse que era felicidade. O marido estava feliz porque a esposa conseguia
ver novamente e porque a esposa estava feliz e a esposa, estava se sentindo feliz, e o
óculos era o presente que ela mais tinha gostado. Notou-se projeção de sentimentos
realizados pela criança ao contar a história. Foi a primeira vez que ocorreu diretamente a
fala sobre sentimentos pela criança.

Havia passado então 30min de atendimento e então, como orientado, a estagiária


voltou-se para o fortalecimento de vinculo brincando com a criança. Ela escolheu brincar
de peteca, de quente e frio, e de jogo de palitos.

No momento do jogo da peteca, a criança deu bastante risada, demonstrou estar


muito se sentindo muito bem. Ao se cansar, propôs brincar de quente e frio, brincadeira
esta que você esconde algum determinado objeto e a outra pessoa deve achar de acordo
com o que ouve: “se esta frio é porque você esta longe do objeto e se esta quente é
porque esta quente”; Quando teve dificuldade de achar, já demonstrando um pouco de
falta de interesse pediu para que brincássemos do jogo de palitos. A estagiária sentou-se
a frente dela e as duas começaram a jogar. Não ouve leitura das regras inicialmente. A
primeira vez a criança ganhou, mesmo diante das tentativas frustradas de trapacear,
querendo pegar os palitos que havia mexido. Com a segunda vez, a criança perdeu o
jogo e propôs que jogássemos mais uma vez, só que desta vez ela fez a leitura das regras,
dizendo que eu não poderia pegar a cor preta já que ela teria que ganhar porque o preto

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valia mais pontos, 50 pontos para ser mais exata. Enquanto jogava, ela tentou trapacear e
a estagiária disse “você não pode trapacear, isto é errado; se mexer o palito, você não
pode pega-lo”. A criança então respondeu “eu tenho que pegar o preto”, segurando-o em
sua mão evitando que a estagiária pegasse. Mesmo com o palito de cor preta na mão a
criança perdeu e demonstrou certo desagrado diante desta situação. O tempo se encerrou
e a estagiária encerrou com a criança na data de hoje.

DATA ATENDIMENTO INFANTIL

16/10/2017 Neste dia, foi realizado a devolutiva com os pais da criança assistida. Eles
chegaram atrasados, justificando que eram por questões ligadas ao trabalho da mãe que
atualmente trabalha como secretária do lar.

A estagiária iniciou a devolutiva perguntando se eles notaram alguma mudança


significativa da criança após começar a fazer o acompanhamento e os pais afirmaram
que sim. A mãe pontuou que a criança tem demonstrado mudanças principalmente na
escola, onde a mãe vem recebendo elogios da professora em relação a criança, alegando
que antes eram muitas reclamações.

Logo em seguida, a estagiária pontuou sobre as recomendações a serem


realizadas todos os dias que foram as seguintes: Imposição de limites: Os pais devem
impor limites à criança mesmo diante da persistência da mesma para conseguir atingir
seu objetivo. Os pais não devem ceder ao pedido, mesmo que a criança continue
tentando.

Dinâmicas familiares: Todos os dias, os pais devem realizar algum tipo de


dinâmica – brincadeira, com a finalidade de aproximar-se da criança, fortalecer relações
e de diversão.

Reforço positivo: Todos os dias e com bastante frequência, os pais devem


realizar reforço positivo com a criança, seja por alguma atividade realizada como
arrumar a cama ou tarefa de escola dentre outras. Este reforço pode ser realizado através
de elogios, momentos de afetividade, atividades familiares conjuntas, dentre outras que

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os pais podem vir a decidir.

Não agredir a criança: Os pais não devem realizar agressões físicas e verbais.
Caso aja a necessidade de punição por algum determinado comportamento, deve-se
procurar retirar algo que a criança goste muito, para que desta forma o comportamento
seja extinto aos poucos.

Ao pontuar sobre limites, a estagiária relatou que eles devem seguir a risca e
conversar sobre questões que devem impor limites a criança e que não deve haver
situações como “a mãe proibi e o pai deixa”, afirmando que os dois devem procurar
manter o equilíbrio e a posição de imposição.

Sobre não agredir a criança, quanto físico quanto verbalmente, a mãe manteve-se
em silencio por alguns minutos e a estagiária afirmou “caso aja a necessidade de punir a
criança por algum comportamento inadequado, vocês podem tirar algo que a criança
goste e devem explicar para ela usando calma, abaixando-se a frente dela, como ela está
se sentindo e explicando o porque está retirando o objeto dela.

Em reforço positivo, a estagiária afirmou que os pais devem fazer isso


frequentemente e todos os dias, esclarecendo que isto pode auxiliar que os
comportamentos hiperativos da criança, fazendo com que aos poucos, eles vão se
ausentando ou diminuindo.

Logo após o termino das pontuações sobre as orientações a serem seguidas pelos
pais, a estagiária citou sobre a responsabilidade sobre os horários e neste momento a mãe
buscou sair das responsabilidades, tentando justificar as faltas que teve sendo no total de
04 faltas dizendo:

Mãe: Trabalho de doméstica e em cinco minutos, posso fazer alguma coisa


importante no trabalho, não posso atrasar lá, porque dependo desse dinheiro.

Em seguida ela afirmou que uma das faltas era culpa da própria estagiária, que
ligou perguntando se era possível fazer o atendimento na terça feira e o pai que atendeu,
disse que tudo bem, que seria possível traze-la, e não a trouxe.

Mãe: Na terça feira não foi minha culpa, o nosso compromisso é toda segunda, se
teve falta é problema deles. Na terça feira, ela tem compromisso. Ela foi colocada nas
aulas de reforço 03 vezes por semana e na terça feira ela vai. Ela viria sozinha, mas nós
não deixamos por causa do movimento, aqui tem muito.

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Estagiária: como você se sente colocando as suas responsabilidades no trabalho a
frente da sua filha?

Mae: mas eu não coloco, minha filha pra mim é em primeiro lugar.

Logo após a estagiária esclareceu que se faltar mais uma vez, a criança iria ser
desligada, pois pelas regras da clinica são 05 faltas intercaladas.

Após falar sobre isso, o pai da criança comentou que ele concorda com a
colocação da estagiária e disse:

Pai: eu entendo e concordo com o que você diz vocês tem os horários de vocês e
nós que devemos ver o que podemos abrir mão. Nós que devemos conversar sobre isso.

Estagiária: Bom pai e mãe, as instruções são estas então peço a vocês que
procurem segui-las todos os dias, para que desta forma os comportamentos alterados
devido o transtorno possam assim diminuir. Peço a vocês também que não deixem que a
M. falte, porque caso ocorra mais uma falta ela será desligada. Marcaremos mais uma
vez, nos próximos dias para ver como vão os avanços.

O horário já estava finalizando, já que a mãe e o pai chegaram atrasados para a


devolutiva.

DATA ATENDIMENTO INFANTIL

30/10/2017 Neste dia, foi realizado com a cliente a técnica de pintura com os dedos. Ao
entrar na sala, a estagiária perguntou para a criança:

Estagiária: Como você tem passado? Fazem alguns dias que não nos vemos.

Cliente: bem, fiz provas de português, matemática e tirei nota boa, ganhei
parabéns.

Estagiária: Que bom M, você é muito inteligente eu já te disse. Parabéns pela


nota boa fico muito feliz. E fora a escola, como tem ido em casa?

Cliente: bem.

Estagiária: me conte mais sobre isto.

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Cliente: eu não quero te contar meus segredos.

Estagiária: como eu já havia te dito, o que falamos aqui, permanece somente


entre nós duas. Não contarei seus segredos para ninguém.

Cliente: mas eu não quero ficar contando.

Estagiária: então me diga, como é para você estar aqui comigo, mas não quer me
contar nada.

Cliente: vou te contar um segredo. Minha amiga quebrou o chinelo da minha


mãe, pronto já contei.

Estagiária: certo. Agora me diga, e em casa, você notou alguma mudança?

Cliente: não.

Estagiária: seus pais tem brincado ou feito alguma atividade diferente com você?
Como por exemplo, contar histórias.

Cliente: minha mãe não brinca comigo, meu pai diz que está cansado e a mãe fala
que história é coisa de bebe.

Estagiária: Alguma atividade que você goste que eles tenham feito com você?

Cliente: só no fim de semana que a gente foi tomar sorvete, foi bom.

Estagiária: Que bom. Hoje, faremos diferente tudo bem? Normalmente fazemos a
atividade e depois brincamos de algo que você quer, hoje faremos o contrário, tudo bem?

Cliente: tudo – levantando já procurando atividade para brincar. Como normal,


pegou a peteca.

A estagiária e a criança então brincaram de peteca por alguns instantes, até que
ela se cansou e quis brincar de jogo de palito. Antes de iniciar a partida, a estagiária
perguntou se seria com as regras do jogo, ou sem somente com a contagem dos palitos e
a cliente disse que sem. Após perder, mostrando frustração, ela desistiu e pensou em
outra atividade para fazermos, o que à levou a uma brincadeira de projeção.

A brincadeira se deu da seguinte forma:

A cliente era uma psicóloga e a estagiária era uma mãe que contratava os
serviços da mesma para ser atendida em casa. As filhas eram rebeldes e a mãe precisava
de ajuda. A psicóloga veio uma vez até a casa, mas as duas meninas não obedeceram e

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ela teve que voltar e afirmou: você tem que bater nas meninas, colocar de castigo, elas
são muito rebeldes, e a mãe perguntou: mas bater não é errado? Eu deveria apenas
conversar com elas, tentar entendê-las, e a criança/psicóloga disse: você tem que bater
mesmo; vou deixar esses brinquedos aqui para elas brincarem e se ocuparem.

Neste momento, já havia dado o tempo necessário para que fosse dada inicio a
atividade do dia. A estagiária notou que até o presente momento, a criança estava um
pouco calma, não demonstrando tanta agitação.

Ao começarmos, a criança foi se agitando.

A criança iniciou misturando as cores para ver a cor nova que se formava e
conforme foi pintando, notou-se que ela estava mais agitada a ponto de não ter mais
controle. A criança colocava os dedos sujos dentro de outras tintas e não ouvia quando a
estagiária dizia para que não fizesse isto.

Estagiária: como você se sente fazendo o contrário do que é dito para que você
faça?

Cliente: bem – alguns segundos depois – quer dizer, mal.

Estagiária: então deixe-me ver se entendi, você se sente bem fazendo algo de
errado?

Cliente: Sim.

Estagiária: e isto, é positivo ou negativo ao seu ver?

Cliente: positivo.

A cliente esboçava sorrisos enquanto fazia o que era dito para que não fizesse.

A mesma, após concluir seu desenho, rasgou e jogou no lixo, afirmando que o
desenho estava feio. O desenho continha uma mistura de todas as cores, o que formava
uma bola escurecida, pegando quase a folha sulfite inteira. Mesmo após a estagiária
afastar o desenho da mesma, afirmando que não estava feio, que era o que ela havia se
dedicado a fazer, ela o pegou e o rasgou afirmando estar muito feio.

A criança demonstrava extrema agitação, sujando até mesmo a mesa da sala da


clinica. A estagiária então perguntou:

Estagiária: como você se sente, depois de tudo isso? – demonstrando para ela as

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tintas sujas com as outras cores, a mesa suja e o desenho rasgado.

Cliente: mal – demonstrando sorrisos.

Estagiária: como é para você dizer que se sente mal, mas estar sorrindo?

Cliente: normal – levantando-se da cadeira e andando de um lado para o outro,


mexendo nas cadeiras.

A estagiária chamou pelo nome da criança varias vezes, mas ela não a ouvia.

Após isto, o horário já estava se findando. Saímos e a criança foi recepcionada


pela mãe, que a esperava.

DATA ATENDIMENTO INFANTIL

06/11/2017 Neste dia foi realizada com a criança o uso da técnica com massa de modelar,
pontuada por Oaklander (1978).

A criança chegou ao atendimento pontualmente e estava aparentemente mais


calma. Entrou na sala, sentou-se e dialogou com a estagiária que estava com a massa de
modelar na mão.

A estagiária começou falando sobre como ela esteve passando a semana e ela
disse que bem, que foi divertido porque havia ido ao casamento de uma prima dela e que
ela gostou muito.

A estagiária então pediu para que ela falasse mais, falasse tudo que se lembrava
deste dia e ela então descreveu:

Cliente: ela casou no cartório e depois teve a festa. Ela estava com um vestido
branco bem lindo e o noivo estava com terno e gravata. Ai a festa foi legal, teve várias
comidas teve bolo e eu brinquei muito com minha amiga.

Estagiária: se divertiram?

Cliente: sim, mas ela me contou um segredo.

Estagiária:

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Estagiária: Fico feliz que tenha se divertido. Agora, me conte sobre sua casa,
como tem ido?

Cliente: bem, minha mãe esta brincando comigo mais vezes e eles me levam para
tomar sorvete e para a igreja e só.

Estagiária: Olha que bom que ela tem brincado com você. Como você se sente
em relação a isto?

Cliente: me sinto bem, fico feliz.

Estagiária: Certo, agora me conte sobre a escola. Como tem ido lá?

Cliente: bem, eu não gosto de geografia, gosto mais de matemática e tenho feito
muitas tarefas a professora até me deu um parabéns. Na escola eu brinco, como e faço
tarefa e faço o reforço.

Estagiária: e como você se sentiu quando ela te deu o parabéns?

Cliente: eu fiquei feliz.

Estagiária: hoje então, vamos fazer uma atividade com massas de modelar como
você tinha dito que gostaria, tudo bem?

Cliente: mas e a historinha?

Estagiária: você se lembra que entre a massa de modelar e a história da centopeia


você disse que queria a massa?

Cliente: (alguns segundos depois).. Sim.

Estagiária: então, eu trouxe. Para a o nosso próximo encontro, eu trago uma


história. De que você quer?

Cliente: de uma princesa.

Observação: analisando este desejo por histórias de princesa, percebe-se que a


criança projetou-se na mesma, pois em histórias de princesas, existem questões de uma
filha que foi afastada dos pais biológicos e que por fim, conhece alguém com quem se
casa e que volta a morar com os pais.

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DATA ATENDIMENTO INFANTIL

13/11/2017 Neste dia foi realizado a entrevista devolutiva com a mãe da cliente infantil
assistida.

A estagiária iniciou a devolutiva perguntando sobre as orientações passadas para


ela e o esposo cumprirem em casa e a mesma disse

Mãe: eu tenho jeito mais, pois eu já fazia aquelas coisas em casa. Só mudei
aquilo de “foi você quem fez”, porque não sabia que era ruim duvidar das coisas que ela
que fez.

Estagiária: tem levado ela para fazer alguma atividade?

Mãe: Sim, estou levando ela para piscina duas a três vezes na semana porque ela
gosta de ir até lá. Tenho brincado mais com ela, comprei para ela um quebra cabeça e ela
pede para que eu brinque com ela. As vezes estou cansada e não quero brincar com ela e
ela fica toda dengosa dizendo que eu não brinco com ela, dizendo que eu não gosto dela,
mas eu digo pra ela que amo ela e que só estou cansada.

Estagiária: E como tem sido sobre a imposição de limites?

Mãe: Nós dois estamos colocando mais limites e isso está dando resultados, ela
tem teimado menos. Quando nós dizemos para ela que não, ela está entendendo mais,
deve ser porque está crescendo. Estamos dando hora até para ela usar o celular, que é de
20min depois do almoço e somente após os afazeres de casa. E quando o pai dela diz não
eu não dou e da mesma forma o contrário.

Estagiária: É importante que vocês continuem procurando fazer as orientações


que passei na devolutiva passada para que o processo de melhora dela seja continuo.
Tanto você quanto o pai. E sobre os remédios?

Cliente: vou passar com a psiquiatra novamente daqui a 5 meses então vamos
aguardar. Ela só esta tomando o remédio que a psiquiatra passou no momento de ir para
a escola, mas ela não vai tomar nas férias porque a médica disse que pode tirar.

Estagiária: É importante o uso de medicamentos, então não deixe de dar sem


antes consultar a psiquiatra, pois isso pode trazer prejuízos a criança. Agora, sobre
mudanças mãe, você tem notado algum progresso após início da psicoterapia?

Cliente: eu não vejo ela como um problema, pra mim ela é uma criança normal

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como qualquer outra.

Estagiária: A senhora tem interesse que ela continue atendimento?

Cliente: Sim, quero sim. A médica disse que quando ela fazer 10 anos esse
medicamento vai parar então quero que ela continue sim.

Estagiária: Certo. Peço que a senhora traga a criança durante está semana, vou
estar ligando para marcar o dia. A senhora pode trazê-la? Da mesma forma que fiz com a
senhora a entrevista devolutiva, tenho que fazer com ela.

Cliente: Sim eu trago você me liga avisando.

Estagiária: estamos finalizando, então eu reforço para a senhora continuar


procurando seguir as orientações, impor limites e buscar sempre incentivar ela
positivamente, fortalecer o vínculo e se aproximarem mais.

Cliente: vou fazer sim. Obrigada tchau.

Observação: A estagiária notou que a mãe da criança não vê a sua melhora como
um avanço dentro da terapia, acreditando que é somente pelo desenvolvimento da
criança.

DATA ATENDIMENTO INFANTIL

17/11/2017 Neste dia foi realizado a entrevista devolutiva a criança assistida, afim de realizar
a finalização do período de atendimento com a criança.

Demonstrando bastante resistência no dia de hoje, embora neste dia não tenha
nenhuma técnica para ser realizada, sendo apenas uso de lúdico. A estagiária começou
relatando que hoje seria o último dia de atendimento das duas.

Estagiária: hoje, será nosso último dia de atendimento. Semestre que vem você
volta para continuar atendimento com outro estagiário que vai dar continuidade ao
tratamento.

Cliente: mas eu não quero que você pare.

Estagiária: mas haverá uma nova pessoa fazendo seu atendimento, não precisa se
preocupar. Mas agora, eu gostaria que você contasse para mim os avanços que tiveram
em casa, ou seja, se mudou alguma coisa de quando você começou atendimento até

65
agora.

Cliente: mas eu não quero falar, você fala isso sem sentido.

Observação: neste momento, a criança demonstra fazer uso do mecanismo de


defesa deflexão, demonstrando pouco interesse em falar sobre o tema que se trata.

Não quero falar nada.

Estagiária: Mas seria importante que você me contasse. Eu saberia se todo nosso
processo psicoterapêutico tem dado resultados, além dos que eu percebo aqui.

Cliente: Não quero falar, tenho vergonha.

Estagiária: como você se sente tendo vergonha de mim mesmo depois de tantos
atendimentos juntas? Eu só quero te ajudar. Não necessita ter vergonha.

Cliente: em casa tem ido legal, mas meu pai não gosta de mim, ele não brinca
comigo e não me dá brinquedos. Ele só quer ficar mexendo no celular.

Estagiária: você já falou para ele como se sente?

Cliente: já ele não fala nada só fala que esta cansado.

Estagiária: mas olha, não é porque seu pai não se sente disposto a brincar que ele
não gosta de você. Você é uma ótima menina, inteligente, e ele gosta de você, você
entende?

Cliente: Sim.

Estagiária: E a mamãe?

Cliente: ela brinca comigo.

Estagiária: fico feliz, estes são avanços que são bons de ver.

Cliente: agora a gente pode brincar?

Neste momento a estagiária e a cliente brincaram com peteca, quente ou frio e de


uma encenação onde a criança era um sapo fêmea e a estagiária era uma porca.
Inicialmente ela falou sobre bullying, afirmando a sapa que era errado fazer aquilo com
os coleguinhas. Mudando rapidamente era queria ser um sapo rei que queria obrigar as
pessoas a serem amigas dela e ficando mal por conseguir afastar as pessoas por coisas
que fez ou falou de errado.

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Observação: neste momento, a criança realizou a projeção.

Logo mais, a criança começou a se exaltar e jogando todas as coisas no chão,


falando alto e se impondo, enquanto que a estagiária manteve-se calma e pedindo
inclusive por favor para que a criança não jogasse as coisas no chão, o que foi em vão.

Analisando os comportamentos, nota-se que eles aconteceram por ser a última


sessão, visto que ela passou toda a sessão a partir do momento em que ouviu que seria a
última fazendo vozes de bebê.

A estagiária também esclareceu que outro estagiário iria ligar para a mamãe dela
para que ela voltasse a fazer os atendimentos e que a mesma torce para que os progressos
continuem acontecendo, colocando até a mudança de que ela está se comportando
melhor.

4.2 ATENDIMENTO ADULTO

Prontuário no _______________

Nome do Assistido adulta:A. S. S. C.

Estagiário Responsável:Francieli Dal Cortivo Costa da Paixão

Data de Nascimento: Idade: 32 anos

Data do Inicio do Atendimento:21 Ago. 2017

Reside com quem:Esposo e filhas.

Encaminhado por:Iniciativa própria.

Queixa: Carência excessiva de uma forma geral, sente-se desanimada, choro após segurar muito o que
está sentindo, falta de paciência, muito nervosismo e muita tristeza.

DATA ATENDIMENTO ADULTO 1

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Informações principais: A. S. S. C, 32 anos, sexo feminino. Possui escolaridade
completa do Ensino Médio, com duas (02) filhas do sexo feminino. Uma de doze (12)
anos e a outra com oito (08) anos de idade. Ela trabalha como auxiliar de limpeza, é
casada e seu marido tem 36 anos.

Queixa principal: A queixa da cliente é de ter muita tristeza, chorar muito, ter
muito nervosismo, carência excessiva de uma forma geral.

Sintomas apresentados: A cliente diz ter sintomas físicos como: sentir-se


cansada, fraca, desanimada. Ela diz: “Minha mãe até fala: como você se sente fraca com
esse corpão?”

Histórico da queixa:A cliente alega que já tem muito tempo que se sente assim,
mas que a partir do mês do março isto tem se agravado. Diz que o pessoal do seu
trabalho que notou a presença dos sintomas na mesma, pois para ela, não havia nada;
eles diziam: “você está triste” “não está bem”. A mesma alega que eles perceberam
porque ela sempre foi muito comunicativa, pra cima, e havia mudado isto.

A cliente tem disponibilidade de horário para as 14h:00min e alega estar


motivada para fazer o tratamento e sabe da responsabilidade necessária para que o
tratamento seja efetivo.

Não fez terapias anteriores.

A cliente não faz uso de drogas, nunca tentou suicídio e o foco da intervenção a
mesma, inicialmente, é a tristeza, pois ela afirma que fica facilmente magoada.

Relacionamentos importantes:Mãe: Alega que vai à casa da mãe, mas que elas
facilmente se desentendem. A cliente afirma que não tem paciência com a mãe. Pai: A
cliente afirma que seu relacionamento com o pai é um bom relacionamento, afirmando
que ele é um pai bastante presente e que a mãe até fica com ciúmes dizendo que a filha
“puxa muito saco para o pai”. Irmãos: Tem apenas uma (01), do sexo feminino e alega se
dar bem mas não tem muita relação de afetividade.

Filhas: a cliente alega não ter paciência alguma com as filhas, principalmente
com a mais velha, de 12 anos afirmando que a mesma responde ela e ela se irrita.

Infância: A cliente falando sobre sua infância, diz que nasceu de um parto feito
por cesariana e sua mãe se casou com seu pai após o nascimento. Durante sua infância,
as crises que ela tinha eram de acessos epiléticos até os 7 anos, o que fez com que ela

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fizesse uso de remédio até os 13 anos de idade.

Durante o período escolar, tratando-se de aprendizagem, a cliente teve apenas


uma reprovação na quinta série. Alega que era uma aluna mediana e que durante sua
infância, ficava na casa dos pais apenas durante fim de semana e nos demais dias, viva
com os avós, para poder estudar.

Adolescência:A cliente afirma que não teve nenhuma experiência afetiva


marcante na adolescência e que se casou aos 18 anos, quando veio a ter suas
experiências sexuais. Só veio a trabalhar na vida adulta e seu círculo de amizades sempre
foi de poucos amigos.

Em seu relacionamento com o parceiro, ela diz: queria um pouco mais de


carinho”, “não é um relacionamento ruim”, “queria que ele me desse mais atenção” A
mesma relatou para a estagiária que pensou em se separar e que já se sente um móvel da
casa.

Relata também que a vida sexual não é constante e o padrão de vida familiar é
razoável.

A cliente estava tensa, se manteve em apenas uma posição durante mais da


metade do horário da terapia, com as mãos entrelaçadas sobre a barriga. Só mudou,
quando esboçou uma reação de choro, que através disto, a estagiária realizou habilidades
empáticas.

DATA ATENDIMENTO ADULTO 1

28/08/2017 O segundo atendimento realizado com a cliente, foi usado à técnica da cadeira
vazia. Inicialmente, quando a mesma chegou, a estagiária perguntou se ela estava bem,
pedindo para que a cliente contasse como passou a semana. Ela disse que tudo bem e
disse que não aconteceu nada de importante, apenas seguindo a rotina.

A estagiária disse: Você me trouxe relatos de conflitos com as pessoas mais


próximas a você no nosso encontro passado, certo?

Cliente: Sim.

Estagiária: Com quem inicialmente você gostaria de resolver seus conflitos?

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Cliente: Minha filha de 12 anos.

Estagiária: Então, hoje, nós vamos realizar uma técnica chamada Cadeira Vazia.
Vamos começar pela sua filha mais velha, que foi quem você afirmou querer mais está
resolução conflituosa, tudo bem?

A estagiária posicionou a cadeira vazia a frente da cliente e pediu que ela


imaginasse que a filha sentada.

Estagiária: A, vendo sua filha sentada aqui, a sua frente, diga para ela o que você
quer dizer, diga para ela como você se sente, coloque os sentimentos para fora,
externalize-os.

Cliente: Eu queria dizer que amo minhas duas filhas.

Estagiária: Diga para sua filha que está sentada aqui.

Cliente: Eu queria dizer que amo você e que gostaria que você confiasse mais em
mim. Nós brigamos demais eu queria que parássemos. Ela teima comigo, tudo que eu
falo ela retruca, ela confia mais nos outros que em mim que sou a mãe dela.

A cliente se perdia em meio aos relatos e a estagiária a guiava novamente para o


relato direcionado.

Estagiária: Diga para ela como você se sente, seja honesta consigo mesma e com
ela, volte-se para ela, sentada a sua frente.

Cliente: Eu me sinto triste, sinto que fracassei.

Ela permaneceu em silêncio por alguns segundos e a estagiária perguntou se


haveria algo mais que ela gostaria de dizer para filha e a mesma afirmou que não.

Estagiária: Agora, A, gostaria que você se colocasse no lugar da sua filha e diante
de tudo que ela ouviu da mãe, o que ela tem a dizer?

Em lágrimas, permaneceu em silêncio e disse: Ela não diria nada, ficaria quieta.

Estagiária: Como ela se sente?

Cliente: Triste. Respondeu em lágrimas.

Estagiária: Diante de tudo que você ouviu de sua mãe, o que você tem a dizer?

Cliente: Que me sinto triste. Às vezes nós tentamos conversar, mas eu não

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consigo falar, fico chorando sozinha.

Neste momento permeia-se o silêncio e a estagiária pergunta se a cliente como


filha tem mais a dizer para a mãe, e ela responde não, voltando-se para a cadeira a frente.

Estagiária: agora, eu gostaria que você imaginasse sua mãe aqui sentada na
cadeira à frente e dissesse para ela, tudo que você sente e tudo que você quer dizer.

Neste momento, a cliente chora intensamente e em meio aos prantos ela relata:

Cliente: Eu queria que ela me desse mais carinho. Ela trata minha irmã com
carinho, e eu não.

Estagiária: Então diga isto a ela, fale diretamente com ela.

Cliente: Eu queria que você me desse mais atenção mãe, você me trata diferente
da minha irmã.

Permanece o silencio por alguns instantes e então ela volta a dizer, olhando para
a cadeira.

Cliente: Eu gostaria que você me tratasse diferente, mas você também não tem
paciência como eu. Eu queria conversar mais com você.

Novamente o silêncio em meios às lágrimas incessantes.

Estagiária: Existe algo mais que você queira dizer a sua mãe?

Cliente: Não.

Estagiária: Então, pode se sentar ali e como a mãe da A, o que você tem a dizer
diante de tudo que você ouviu?

Cliente: Eu te dou carinho, eu trato você e sua irmã da mesma forma.

O silêncio volta, mas logo a cliente diz: Ela não diria nada, é só isso que ela diria,
ela não é de falar muito.

Estagiária: É somente isto que você tem a dizer enquanto mãe de A?

Cliente: Sim.

Então, a estagiária pediu que ela voltasse a se sentar na cadeira a frente,


perguntando logo em seguida: Diante do que você ouviu da sua mãe, o que você tem a
dizer?

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Em lágrimas ela diz: você não me trata igual minha irmã, eu quero que você me
abrace que diga que me ama você nunca me disse isso. Eu queria que você me desse
atenção, é isso que eu sinto.

Estagiária: Certo. O que sua mãe diria diante do que ela ouviu?

Sem sair da cadeira onde estava sentada ela respondeu que a mãe iria permanecer
em silêncio.

Estagiária: Certo, então agora gostaria que você imaginasse aqui à frente seu
marido e assim como para sua filha e para sua mãe, você falasse para ele tudo o que você
sente tudo o que você pensa.

Cliente: Eu me sinto triste, me sinto carente, me sinto mal. Parece que nós
estamos casados por estar. Eu mando mensagem dizendo que estou com saudade e
recebo de resposta que estou mexendo com caminhão. Eu queria que a gente saísse mais,
mas você sempre tem uma desculpa para não sair comigo. Minha mãe se oferece para
ficar com as meninas, mas você sempre diz “deixa para a próxima” “hoje estou
cansado”. Eu queria que você me desse carinho.

Estagiária: pode se sentar ali, e como marido depois de escutar tudo o que sua
esposa lhe disse, o que você tem a dizer?

Cliente: Ele diria que me dá carinho e iria ficar em silêncio, porque ele também
não é de falar muito, porque diz que a gente vai brigar.

Estagiária: Então diga isso diretamente a ela, sentada a sua frente.

Cliente: Eu te dou carinho A. Eu me sinto cansado.

Saindo do foco, a cliente após alguns segundos de silêncio diz: Tem uma coisa
que eu esqueci de te contar, ele quebrou um celular, era velhinho mas era meu que eu
usava para falar com minhas filhas quando eu estava no trabalho para mandar mensagem
para elas para saber se elas estavam bem, e aquilo me chateou demais. Ele estava deitado
no chão minha filha mais velha no sofá mexendo no celular e ele por algum motivo
pegou o celular e jogou na parede e aquilo me irritou tanto, que eu comecei a chorar
xingar e gritar. Ele logo depois disse pra mim que aquilo aconteceu porque eu tirei a
autoridade dele como pai na frente das meninas e que eu não deveria fazer aquilo e nem
gritar como eu fiz, e ainda disse que foi culpa minha tudo que aconteceu e que eu não

72
precisava chorar.

Percebendo que a cliente havia concluído a fala, a estagiária perguntou se existe


algo a mais que o marido gostaria de dizer, e ela disse não, então ela voltou a se sentar
na cadeira à frente.

Estagiária: Diante do que você ouviu de seu marido, o que você tem a dizer?
Como você se sente neste momento?

Cliente: Eu me sinto muito triste, parece que não existe mais amor entre nós dois.
Depois do que aconteceu no celular eu pensei que eu não precisava mesmo ter agido
daquela forma, eu nunca fiz aquilo.

Estagiária: Você é a culpada?

Permanece o silêncio.

Estagiária: Você é a culpada?

Cliente: acho que não.

Estagiária: Você é a culpada que seu marido acha que você é?

Cliente: Não, eu não sou a culpada.

Estagiária: Então diga para ele, quem é você, o que você sente.

Cliente: Eu sou carinhosa, eu sou amorosa, eu sou romântica. Eu me sinto mal,


porque demonstro carinho nunca recebo nada em troca. Eu mando mensagens e não
recebo nenhuma mensagem romântica. Estou cansada, estou parando de ser essa mulher
romântica sozinha, isso dói. Responde a cliente começando a chorar novamente.

Estagiária: Onde dói? Traga isso para este momento presente.

Passando a mão sobre o peito ela responde: dói o peito, me sinto cansada
também.

Estagiária: O que seu marido diria diante de tudo que ele ouviu?

Sentando-se na cadeira à frente a cliente disse: você é paranoica, as coisas não


são assim. Eu te dou carinho sim.

Estagiária: Tem algo a mais que gostaria de dizer para a sua esposa?

Cliente: não.

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Ela trocou de cadeira e estagiária pediu que ela virasse para ela. A mesma
observou que o tempo estava finalizando.

Estagiária: Bom, nosso tempo esta finalizando e eu gostaria que você fizesse um
exercício de reflexão durante esta semana e em nosso próximo encontro você me diz
como foi como você se sentiu.

Cliente: tudo bem vou fazer sim.

Estagiária: Como você está se sentindo neste momento?

Cliente: estou me sentindo leve, diferente de quando cheguei. Eu não me


expresso muito e parece que isso me deixou bem mais leve.

Estagiária: Que bom, fico muito feliz. Então nos vemos a semana que vem ok?

Cliente: Ok, muito obrigada viu?

Estagiária: Não precisa agradecer.

Encerramos nosso atendimento, que aconteceu das 14h:00 as 14h:50min.

Observação: A cliente usou mecanismo neurótico de projeção, quando afirma em


sessão que a mãe não tem paciência, usa projeção quando diz que a filha retruca tudo
que ela fala.

DATA ATENDIMENTO ADULTO 1

04 Set. 2017 A paciente, no horário das 13h: 30min ligou no telefone Departamento do Direito
pedindo para falar com a estagiária. Ao atender, a cliente informou que não virá mais
nos atendimentos alegando que vai trabalhar no horário da tarde. A estagiária perguntou
se ela não gostaria que fosse emitido um documento de liberação para que ela pudesse
ser atendida das 14h: 00min às 14h: 50min e a mesma afirmou que não, que poderia
passar para outro.

Observação: pareceu que a cliente estava bastante triste.

Prontuário no _______________

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Nome da Assistida Adulta: C. S. Y.

Estagiário Responsável: Francieli Dal Cortivo Costa da Paixão

Data de Nascimento: Idade: 32 anos

Data do Inicio do Atendimento: 11 Set. 2017

Reside com quem: Esposo e filhos

Encaminhado por: Indicação de uma parente.

Queixa: A paciente foi diagnosticada por um médico da área psiquiátrica com Transtorno de Ansiedade e
alega que suas queixas são voltadas aos sintomas do mesmo, ou seja, mal estar, angústia, dores no peito,
fadiga.

DATA ATENDIMENTO ADULTO 2

11/09/2017 Neste dia, realizou-se a anamnese para coleta de informações gerais sobre a cliente
assistida. A estagiária iniciou explicando que não iria entregar o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido e a Carta por falta de cópias suficientes, fazendo compromisso de
entregar no próximo atendimento; a cliente concordou. Em seguida, a estagiária
esclareceu que a cliente pode se sentir a vontade para relatar as coisas, pois existe o
contrato de sigilo entre as duas, logo a mesma respondeu: eu sei quanto a isso ok.

Iniciou-se por dados pessoais: C. S, sexo feminino, 32 anos, moradora de Juína, de


religião católica, com escolaridade de Ensino Médio completo. Ela tem dois filhos de
sexo masculino, um de 12 anos e outro com 01 ano. Atualmente ela está parada
profissionalmente.

A mesma está em uma união estável com P. de 28 anos que trabalha como
pedreiro.

Sua queixa principal é de sintomas da ansiedade com mal estar, angústia, dores no
peito, fadiga, etc.

O atendimento será realizado às 14h: 00min em toda segunda-feira; Quando


indagada sobre as expectativas e objetivos do paciente, ela afirmou que acredita que a
terapia possa ajudá-la a melhorar. A mesma relata que não fez nenhum tratamento
psicológico anterior.

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No tópico diagnóstico, a cliente relatou sobre o Transtorno de Ansiedade e os
estressores sociais permeiam em torno de ver noticiais ruins, morte futura da mãe, se ela
vai querer se matar ou não, quem vai cuidar dela, sendo este, os eventos que precipitam as
crises.

Obs: De três dias atrás (08/09/2017) para o dia de hoje (11/09/2017) a cliente se
queixa que vem tendo quedas de pressão e está fazendo tratamento com um médico da
área psiquiátrica, dentre outros remédios como bupropiona 150mg, clonazepan 2,5mg,
atenalol para pressão e outros.

DATA ATENDIMENTO ADULTO 2

18/09/2017 A cliente não compareceu e quando a estagiária ligou para verificar o motivo da
falta, a cliente atendeu e afirmou que não veio porque tinha uma reunião escolar do filho,
mas que na semana que vem irá comparecer.

DATA ATENDIMENTO ADULTO 2

26/09/2017 A cliente não compareceu ao atendimento. A estagiária ligou para verificar o motivo da
falta, mas o telefone de referência estava em caixa postal.

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DATA ATENDIMENTO ADULTO 2

02/10/2017 A cliente não compareceu ao atendimento e como foi a terceira falta consecutiva, a
mesma foi desligada do atendimento.

Prontuário no _______________

Nome da Assistida Adulta: F. S. J

Estagiário Responsável: Francieli Dal Cortivo Costa da Paixão

Data de Nascimento: Idade: 32 anos

Data do Inicio do Atendimento: 09 Out. 2017

Reside com quem: Pai e Mãe

Encaminhado por: Procurou sozinho

Queixa: Falta de animo, falta de vontade de conversar com as pessoas, sente-se fraco emocionalmente,
alega que chora, diz ter danos emocionais, ansiedade há 02 anos e esta aumentou significativamente após
a última separação da ex-esposa há 01 mês.

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DATA ATENDIMENTO ADULTO 3

10/10/2017 Neste dia, realizou-se o agendamento e no mesmo dia, a realização da anamnese


com o cliente. A estagiária entrou em contato com o mesmo no horário das 13 horas e o
cliente mostrou-se muito animado com após a identificação de estagiária da AJES. A
estagiária então perguntou se ele poderia vir neste mesmo dia para atendimento e ele
afirmou, estando as 14 horas no local.

A estagiária deu inicio ao atendimento, explicando sobre questões sigilosas,


afirmando que ele poderia ficar tranquilo que o que estava sendo dito ali permaneceria
em sigilo. Após isto, a estagiária perguntou se o cliente se sentia bem e ele respondeu
dizendo que estava bem e estava feliz por ser chamado, porque antes da ligação neste
mesmo dia, ele estava no posto de saúde buscando ajuda sobre atendimento psicológico.

A estagiária agradeceu por ele ter vindo e demonstrou empatia, começando em


seguida a aplicação da anamnese, iniciando por dados pessoais de identificação.

Nome: F. S. J, 32 anos de idade, sexo masculino, morador da cidade de Juína


(MT), de religião católica, com formação de nível médio completo. Quando a estagiária
perguntou sobre filhos, notou que o cliente demonstrou emoções, resistindo ao choro.
Ele respondeu que não tem filhos, mas que tem um enteado de 10 anos de idade que
cuidou durante 03 anos, tempo este que foi o tempo de casado com a mãe da criança.

Com relação à profissão, o cliente afirma que é autônomo e seu estado civil é
divorciado, pois se separou há 01 mês. O mesmo nunca fez terapia passando apenas por
um atendimento com o psiquiatra, devido à insônia.

O horário de atendimento estabelecido foi de segunda feira às 14 horas e o cliente


tem expectativas de diminuir o que está sentindo, a sensação de perda, esses
pensamentos. Diante da sua fala, a estagiária perguntou quais são estes pensamentos e o
cliente respondeu: o pensamento suicida; já procurei como fazer para parecer acidente. O
medo da perda, o medo do fracasso.

A estagiária perguntou sobre os sintomas apresentados, indagando o que ele


sentia quando estes sintomas surgem, e ele disse: Não tenho dor física, sinto um aperto
no peito, uma vontade de chorar.

O cliente não apresentou nenhum transtorno anterior, não ha presença de


transtornos familiares e também não ocorreu nenhuma doença importante.

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Quando perguntado sobre medicações alternativas, ele afirmou que tomava chás,
mas parou de tomar porque não tinha nenhum efeito sobre ele.

Em histórico da queixa, o cliente afirma que a queixa se iniciou a três anos,


quando a 1ª ex esposa, passou a ligar para o casal e a 2ª ex esposa perdeu o bebê que
estava esperando. Neste momento, a estagiária notou que o cliente novamente segurou-
se para não chorar e buscou estabelecer a relação empática, que na Gestalt Terapia é
chamada de relação eu-tu.

Indagado sobre os eventos traumáticos, ele afirmou que eram 03: a saída da 1ª
esposa de casa, relatando que ela saiu quando ele estava em viagem e levou todos os
móveis. A perda do bebê que a 2ª esposa teve, relatando que o sonho dele é de ser pai e
por fim, a doença do pai que descobriu e esta fazendo tratamento de câncer.

Em eventos/fatores que precipitam ou agravam crises, o cliente afirmou que o


que causa isto é a falta de comunicação, relatando que quer saber como as coisas estão,
mas não sente coragem de falar com as pessoas e passa a sentir a ansiedade, diante dos
pensamentos de como está indo, se esta fazendo certo ou errado.

O cliente não faz uso de drogas e sobre a tentativa de suicídio, ele afirma não ter
tentado e disse: não apenas planos. Neste momento, a estagiária orientou o cliente a ir
realizar consulta com psiquiatra afirmando sobre a possibilidade publica e privada
dependendo das condições financeiras que ele tinha, explicando brevemente que é
necessário, principalmente em casos onde existem casos de pensar e planejar sobre
suicídio. O cliente afirmou que irá procurar o psiquiatra.

Em relacionamentos importantes, o cliente afirmou que a mãe sempre foi mais


quieta, reservada, não demostrando muita afetividade como brincar com ele na infância
entre outros, mas relatou que a mãe é parceira dele e que ajuda sempre que é necessário.
Com o pai, foram muitos elogios; o cliente afirma que sempre foi mais próximo do
mesmo. Diz que pede conselhos, que ouve o pai, que ele é muito parceiro, podendo
contar sempre com ele, mas relata que tem diminuído a comunicação devido a doença do
pai.

Com relação aos irmãos, ele afirma que tem 05, contando com ele sendo 01 irmã
e mais 03 irmãos. Ele diz que em relacionamento com eles, a irmã é a pessoa com quem
ele mantem uma relação mais intensa, que a irmã é mais próxima e já o ajudou quando
necessitou e um irmão que também é próximo, mas não a tanta comunicação sobre

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assuntos pessoais como com a irmã. Os outros quase não existem assuntos.

Em filhos, ele relatou que não tem filhos biológicos, mas que tem o enteado da
ex-esposa que criou durante os 03 anos durante casamento, afirmando que a relação
entre os dois é muito boa e que sente falta da criança e tem muito carinho por ela,
sentindo-se melhor quando o vê.

Quando indagado sobre dinâmica familiar, o cliente disse que mora a 19 km da


cidade e que não costuma sair, mas que tem como costume ajudar o pai na lavoura e
após isto, faz os próprios serviços.

Em relação da infância dele, o cliente disse que a mãe conta que a gravidez foi
desejada, parto normal e bastante tranquilo. Em amamentação, ele relata que a toda a
alimentação dele foi bem farta pelo fato de morar em sitio, ter plantio entre outros e em
treinos de higiene o cliente afirma ter sido bom, pois como as crianças que cuidavam da
casa no sitio, aprenderam tudo desde cedo, não gostando de conviver com sujeiras.

Em experiências afetivas marcantes, o cliente afirma que era explosivo, muita


brigava muito, reclamação da escola, resumindo-se em uma adolescência conturbada.
Em experiências sexuais, o cliente afirma que não teve experiências marcantes e que
iniciou aos 12 anos. Quando indagado sobre a independência/ primeiros empregos, ele
afirma que teve inicio aos 08 anos vendendo picolé e aos 16 anos, com carteira em
menor aprendiz.

Em vida adulta, a estagiária indagou sobre os relacionamentos adultos e ele


afirmou dizendo que os relacionamentos com as ex esposas eram bons, mas depois
acabou ficando conturbado, mas que não tem parceira atualmente, afirmando que não
tem atividade sexual a 01 mês.

Quando indagado sobre situação financeira, o cliente afirma que esta sem renda
fixa. A estagiária perguntou sobre o aborto da ex eposa, se foi espontâneo ou provocado
e ele diz achar que foi espontâneo devido as perturbações que ela sofria da outra mulher.

Por fim, a estagiária indagou sobre outros transtornos atuais, ele relatou sobre os
distúrbios de insônia.

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DATA ATENDIMENTO ADULTO 3

16/10/2017 O cliente neste dia chegou aflito para o atendimento. A estagiária iniciou
perguntando como ele estava se sentindo e ele disse que não estava bem porque tinha
acontecido uma coisa durante a semana que não havia feito bem a ele. A estagiária então
pediu para que ele falasse mais sobre isso e ele disse: “essa semana, quando eu venho
para a rua fico na casa da minha irmã e eu fui para lá e ela disse para que eu ficasse em
casa e chamou minha ex para ir lá dizendo que nós precisávamos conversar, mas eu não
consegui, parecia que tinha uma parede impedindo que a gente dialogasse. Ela conversou
comigo mas não tocou em assuntos da gente voltar nem nada, e eu não consegui falar
nada e minha irmã perguntou? Quem é você agora? E eu me pergunto porque antes eu
era uma pessoa que não tinha problemas em falar as coisas, em pedir desculpas hoje eu
já não consigo” Me senti frustrado.

DATA ATENDIMENTO ADULTO 3

16/10/2017 Neste dia, foi utilizado a técnica de Stevens denominada “Eu preciso-Eu escolho
até Eu tenho medo-Eu gostaria”, com vistas a promover a auto-regulação organísmica.

O cliente chegou ao atendimento com a aparência melhor do que nos


atendimentos anteriores. A estagiária perguntou se ele estava bem e ele afirmou que sim,
dizendo que fez o que a mesma pediu e olhou mais pra si próprio, para o trabalho,
produziu mais. Ele disse:

Cliente: eu escrevi umas duas ou três vezes quando o pensamento chegava, mas
procurei fazer coisas que eu gosto como leitura, assistir filmes, focar no meu trabalho e
isso me ajudou muito.

Estagiária: Mas você acredita que seja devido ao uso de remédios ou mais por
terapia?

Cliente: mesmo tomando remédio eu sentia as crises de ansiedade e depois que


comecei a terapia, faço o que você me recomendou e me sinto melhor, eu até consegui
dormir melhor, pensei mais em mim, me importei mais comigo, com minhas coisas.

Estagiária: E como você se sente?

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Cliente: Ainda tenho minhas dificuldades, mas sei que tenho que melhorar,
cuidar mais de mim, mas eu me sinto melhor.

Estagiária: isso é ótimo.

Cliente: Sim (risos).

Estagiária: Hoje nós vamos fazer uma técnica. Você pode fazer com os olhos
fechados ou abertos, como achar melhor, mas eu gostaria que você emitisse em voz alta
o que eu lhe perguntar, tudo bem?

Cliente: sim.

Estagiária: começaremos com Eu preciso. Peço que você me diga frases que
comecem com eu preciso.

Cliente: Eu preciso melhorar sempre, eu preciso me cuidar mais, eu preciso


melhorar meu dialogo, eu preciso aprender novas coisas, eu preciso sair, eu preciso
dançar, eu preciso estudar mais, eu preciso trabalhar mais, eu preciso buscar novas
amizades, eu preciso tomar decisões sem depender de ninguém, eu preciso ser eu
mesmo, acho que é isso.

Estagiária: Agora, você vai voltar às frases e substituir as sentenças de eu preciso


para eu escolho.

Cliente: Eu escolho trabalhar mais, eu escolho me cuidar mais, eu escolho sair


mais, eu escolho dançar, eu escolho tomar minhas próprias decisões sem depender de
ninguém, eu escolho ser eu mesmo.

Estagiária: Você tem alguma experiência real de assumir responsabilidade por


suas escolhas?

Cliente: Sim, sair de um serviço e ter que me virar, decisões financeiras para
correr atrás de sonhos, de largar minha família para morar em outra cidade e depois
voltar para ajudar eles, mas me sinto melhor aqui que lá.

Estagiária: Algum sentimento de despertar da sua auto-hipnose, alguma


descoberta de maiores forças e possibilidades?

Cliente: das minhas responsabilidades. Que tenho que arcar com minhas
escolhas, pois meu pai já dizia, o que você faz um dia volta para você.

Estagiária: Agora, vamos ao próximo. Quero que você me diga sentenças que

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comecem com as palavras eu não posso.

Cliente: Eu não posso me afastar dos outros, eu não posso ter medo de decisões e
consequências, eu não poso viver a vida de outras pessoas, eu não posso deixar o eu
sumir, eu não posso esquecer minha vida, eu não posso deixar que tomem decisões por
mim, eu não posso me isolar, eu não posso carregar os problemas dos outros, eu não
posso deixar de viver a minha vida ou ser fantoche dos outros.

Estagiária: agora volte às frases e substitua eu não posso por eu não vou.

Cliente: eu não vou me afastar, eu não vou deixar de conversar, eu não vou
esquecer minha vida, eu não vou deixar que tomem decisões por mim, eu não vou me
isolar.

Neste momento o cliente acrescentou três frases ao “eu não vou”

Cliente: eu não vou deixar de tomar decisões por medo, eu não vou deixar que o
medo tome conta de mim, eu não vou deixar que as coisas me afetem.

Estagiária: quero que você se conscientize da sua capacidade e do seu poder de


recusa. Você já experimentou alguma sensação de força ao assumir a responsabilidade
pela recusa dizendo “eu não vou”?

Cliente: Já. Disse eu não vou diante de alfo que queira fazer mas escolhi não
fazer. Era uma encomenda grande de trabalho e acreditava que não iria conseguir arcar
com aquilo e disse eu não vou. Eu analisei quando aconteceu, o contexto que eu estava,
mas hoje, analisando a situação percebi que o dinheiro que eu iria ganhar com esse
trabalho poderia ter alugado equipamento, feito o trabalho e logo após, comprado o meu
próprio equipamento com o que sobraria.

Estagiária: você consegue perceber que mais uma vez, você deixou o medo tomar
decisões?

Cliente: Eu tive medo de não conseguir, me senti frustrado.

Estagiária: agora, você vai fazer a mesma coisa, mas vai pronunciar sentenças
utilizando eu necessito.

Cliente: Eu necessito me soltar mais, eu necessito me amar mais, eu necessito


sorrir mais, eu necessito falar mais, eu necessito não ter tanto medo, eu necessito buscar
alternativas, eu necessito correr atrás dos meus sonhos, eu necessito dar o primeiro

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passo, eu necessito melhorar emocionalmente, eu necessito fazer mais amigos.

Estagiária: Agora eu quero que você volte as sentenças e substitua eu necessito


por eu quero.

Cliente: Eu quero me soltar mais, eu quero sorrir mais, eu quero me amar mais,
eu quero fazer mais amigos, eu quero correr atrás dos meus sonhos, eu quero tomar
decisões, eu quero voltar a ser o que eu era antes, eu quero estudar mais.

Neste momento o cliente respirou fundo e disse: eu quero tomar a decisão e dar o
primeiro passo.

Estagiária: você já experimentou alguma sensação de leveza ou liberdade ao


perceber que algumas das suas necessidades são apenas convivências, e não
necessidades? Do que mais você se conscientizou?

Cliente: Sim, consigo perceber e também vejo que consigo me tornar convicto de
que quero e se posso dispensar ou não. Me conscientizo do que é melhor para mim.

Estagiária: Agora, quero que diga sentenças que comecem com as palavras eu
tenho medo.

Cliente: eu tenho medo de mudanças, eu tenho medo de desconhecido, eu tenho


medo de problemas que posso enfrentar para decisões mal tomadas, eu tenho medo de
perder pessoas em volta, eu tenho medo de ficar sozinho, eu tenho medo de errar, eu
tenho medo de viver na ilusão, eu tenho medo de magoar os outros, eu tenho medo de
perder amigos.

Estagiária: Agora volte a estas sentenças e substitua “eu tenho medo” por “eu
gostaria”

Neste momento, o cliente sorriu de forma frustrada ao pensar nas sentenças que
teria que dizer e afirmou:

Cliente: eu não gostaria de perder amigos.

Estagiária: Não F, você deve repetir as sentenças mudando apenas eu tenho medo
por eu gostaria.

Cliente: eu gostaria de perder amigos, eu gostaria de não ter medo, eu gostaria de


viver na ilusão, eu gostaria de viver a vida dos outros, eu gostaria de ficar sozinho.

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O cliente demonstrou muita dificuldade ao pronunciar em voz alta as sentenças.

Estagiária: o que atrai este risco, e qual é sua possível vantagem?

Cliente: eu acho que não tem vantagens, estaria brigando por algo que não é seu,
algo que não quer.

Logo em seguida o paciente pronunciou a seguinte frase: Eu poderia estar bem,


mas eu me permito estar mal por minhas próprias escolhas de não enfrenta-las e agora eu
percebo isto. O cliente estava tomando consciência, chamada de awareness na Gestalt
Terapia.

Estagiária: você se conscientizou de alguns desejos, e possíveis ganhos, e quais


são os medos que impedem de alcança-los?

Cliente: não sei.

Estagiária: não sabe ou não quer dizer?

Cliente: acho que não sei.

Estagiária: de que mais você se conscientizou?

Cliente: que eu preciso dar o meu primeiro passo.

Neste momento, a estagiária percebeu que ele novamente se conteve quando


estava demonstrando querer chorar então perguntou:

Estagiária: desde nosso primeiro contato percebo que você em momentos aos
quais sente vontade de chorar, age de forma diferente como olhar para cima de mim,
abaixar a cabeça, ficar em silencio por alguns segundos. Como é para você segurar para
si essa vontade de chorar?

Cliente: Eu sinto que se chorar estou perdendo aquilo, esta saindo do meu
controle, é algo que já não posso alcançar.

Estagiária: te entendo, mas aqui, como eu já te disse temos um contrato de sigilo,


você não tem nada a perder e não precisa ter medo de chorar, tudo bem?

Cliente: tudo bem.

Estagiária: nosso horário de hoje já esta terminando e você caso queira pode
continuar realizando as reflexões. Segunda feira que vem, estaremos aqui novamente,
tudo bem?

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Cliente: tudo bem, obrigada.

Estagiária: eu que agradeço.

A estagiária voltou-se para a sala de grupo para escrita de relatório e leitura


complementar.

DATA ATENDIMENTO ADULTO 3

30/10/2017 Neste dia, foi realizado o uso da técnica de “Tronco, Cabana e Corrente de
Agua”.

Estagiária: Boa tarde F, como tem passado da semana passada até agora?

Cliente: bem, me sinto muito melhor.

Estagiária: sentiu alguma mudança?

Cliente: sim, essa semana eu produzi bem mais, dormi melhor e consegui iniciar
assuntos com pessoas que não conhecia.

Estagiária: Isto é ótimo. Como foi?

Cliente: não foi como eu gostaria que fosse, pessoalmente, mas puxei assunto por
facebook com algumas pessoas.

Estagiária: E como você se sentiu?

Cliente: me senti muito bem.

Estagiária: Conseguiu se perceber?

Cliente: Sim, eu percebi que antes de iniciar o assunto me peguei pensando


nestas pessoas me ignorando, senti medo, mas fiz desta forma mesmo e pensei “o que
tem de mal se elas me ignorarem” e puxei assunto com umas 7 pessoas e destas, apenas
3 me ignoraram e eu não me senti mal por isto. Passei muitas horas conversando sobre a
vida com uma destas pessoas, falando de trabalho, de amizades, ela me contou sobre a
vida dela e eu me senti bem com isto.

Estagiária: este é um grande passo F. Aconteceu mais alguma coisa que você
queira me contar?

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Cliente: eu chorei, esta semana e consegui sentar e conversar com meus pais, não
sobre trabalho nem sobre problemas, mas sim, uma conversa comum entre pais e filho.

Estagiária: como foi para você chorar?

Cliente: me senti aliviado.

Estagiária: você me trouxe semana passada que iria perder algo se chorasse,
certo? Você conseguiu se conscientizar de algo?

Cliente: que não vou perder nada se chorar, percebi isto quando estava deitado no
quarto chorando e depois de me levantar percebi que as pessoas são as mesmas, que meu
trabalho continuava o mesmo, que as conversas eram as mesmas e eu não havia perdido
absolutamente nada a não ser a angústia que eu estava sentindo segurando as coisas para
mim.

Estagiária: Hoje, como na semana passada teremos uma técnica. Você pode fazer
isto de olhos fechados caso sinta-se melhor. Gostaria que você imaginasse que é um
tronco de arvore nas montanhas, torne-se este tronco de árvore. Visualize a si mesmo e
os seus arredores. Use algum tempo para ter a sensação de ser este tronco de árvore.
Talvez, se descrever, ajude. Que tipo de tronco você é?

Cliente: grosso, cascas grossas, raízes entrelaçadas, copa fechada.

Estagiária: qual é a sua forma?

Cliente: áspera.

Estagiária: Que tipo de cascas e raízes você tem?

Cliente: cascas grossas, veios largos, raízes firmes, mas ao mesmo tempo
entrelaçadas e parte foras da terra.

Estagiária: como é a sua existência como tronco de árvore?

Cliente: Sozinho, parado.

Estagiária: que tipo de coisas lhe acontece ao ser este tronco?

Cliente: enfrento tempestade, chuva, sol, frio.

Estagiária: Bem perto deste tronco há uma cabana. Gostaria que você se tornasse
essa cabana. E, de novo, gostaria que você tivesse o gosto da experiência de ser esta
cabana. Como você é?

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Cliente: feito de madeira, chão bruto, frestas entre as taboas.

Estagiária: quais são as tuas características?

Cliente: velha, suja, sem nenhuma pintura.

Estagiária: explore a sua existência como cabana. O que você tem dentro de si e o
que acontece com você?

Cliente: tenho pessoas dentro de mim. Acontece de tudo que acontece em uma
família, brigas, sorrisos.

Estagiária: perto de você, há uma corrente de agua. Gostaria que você se tornasse
esta corrente de agua. Como corrente, que tipo de existência você tem?

Cliente: geradora de vidas, de forças.

Estagiária: que tipo de corrente você é?

Cliente: turbulenta.

Estagiária: Como se sente como corrente?

Cliente: livre.

Estagiária: que tipo de experiências você tem como corrente?

Cliente: que independente das limitações posso chegar onde eu quiser.

Estagiária: como são seus arredores?

Cliente: com muitas pedras, com barro, com muito mato.

Estagiária: como corrente de água, eu gostaria que você falasse com a cabana. O
que você diz a ela?

Cliente: se limpe se alimente.

Estagiária: agora torne-se a cabana e continue a conversa. O que você tem a dizer
à corrente?

Cliente: Eu não posso me mexer, venha até mim.

Estagiária: Agora diga adeus às montanhas, à cabana, à corrente, ao tronco, e


volte aqui a esta sala e à sua existência nesta sala. Abra os olhos quando sentir que deve.
Agora eu gostaria que você expressasse a sua experiência na primeira pessoa e no

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presente:

Cliente: como tronco, eu me sinto imóvel, como cabana mesmo tendo vida dentro
de mim me sinto imóvel, parado, como corrente me sinto livre podendo chegar onde eu
quiser.

Estagiária: diante de tudo que você me trouxe, como você se vê?

Cliente: que eu sou a cabana.

Estagiária: e como você deseja ser?

Cliente: como a corrente de água.

Estagiária: você tem alguma conscientização me dizendo isto?

Cliente: de que eu preciso sair da minha comodidade, que preciso me mexer, que
preciso me tornar mesmo a corrente de água, porque isto será o melhor que eu posso
fazer por mim.

A sessão já estava terminando, faltava apenas alguns minutos e a estagiária não


quis provocar novas emoções sobre o cliente.

DATA ATENDIMENTO ADULTO 3

06/11/2017 Neste dia, foi aplicado com o cliente a técnica De Stevens, denominada
“Identificação com a Roseira”.

O cliente chegou ao atendimento demonstrando estar mais feliz, sentindo-se


melhor.

Estagiária: percebo que você demonstra mais animo, parece estar sentindo-se
melhor. Como passou a semana?

Cliente: Passei muito bem, foi bem produtivo. Peguei um projeto grande de
trabalho e consegui fazê-lo.

Estagiária: em uma outra sessão, você trouxe para mim de um projeto grande que
desistiu. Como é para você enfrentar este?

Cliente: No começo os pensamentos foram os mesmos, me senti mal achei que

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não fosse conseguir, mas eu peguei e depois senti que consigo superar as dificuldades
sem ficar mal depois. Eu percebi que não devo agir que cabeça quente quando estou
desta forma. Eu tive certas dificuldades e outra vez senti medo, mas continuei.

Estagiária: que dificuldades foram essas?

Cliente: dificuldades com instrumentos, tive problemas porque eles quebraram e


eram coisas que eu precisava para terminar o trabalho que tenho que entregar amanha,
mas, mesmo diante do medo, eu procurei saídas para resolver este problema e conseguir
fazer meu trabalho. Peguei emprestado o que precisava e fiz.

Estagiária: e como é para você se perceber nesta situação?

Cliente: eu percebi que estou superando os meus medos. Naquele momento eu


pensei “se eu conseguir bem, se não paciência”. Depois que eu comecei a vir aqui, me
sinto muito melhor. Percebo que estou melhorando. Foi a melhor coisa que me
aconteceu.

Estagiária: Aconteceu algo mais durante o correr da semana?

Cliente: Sim, eu chorei varias vezes e me senti mais aliviado, eu sai com meus
amigos domingo, puxei assunto com pessoas por internet e consegui falar com meus pais
sobre os meus problemas e não apenas sobre trabalho como era antes, parecendo que eu
estava ali sem ninguém.

Estagiária: E como você se sente?

Cliente: Me sinto feliz por conseguir encarar as coisas de frente, me sinto mais
aliviado, mais confiante.

Estagiária: E seus pais, como reagiram?

Cliente: Depois que comecei a vir aqui, me sinto melhor e meus pais falaram que
eu mudei da água para o vinho. Meu pai me falou que percebeu que antes quando
chegava alguém eu me enfiava no quarto, hoje já não, eu não me escondo.

Estagiária: Como você se sente com tudo isso?

Cliente: Me sinto eu mesmo, consigo pensar mais em mim, me percebo mais,


diferente de antes.

Estagiária: Em relação aos outros atendimentos, como você se sente?

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Cliente: Me sinto melhor, vejo minhas mudanças e percebo que estou perdendo
meus medos, diferente de antes que ficava com medo de tudo, sem falar com ninguém,
sem sair. Como te disse sai com meus amigos domingo e me senti melhor, vi que
ninguém precisa chamar meu nome e ser exclusivo, que posso sair com eles e me sentir
muito bem por isto. Tentei executar o que você fez comigo em casa, olhando no espelho
e a angústia que senti naquele dia ao tentar falar, foi menor; não lembrei de tudo, mas
consegui falar os medos que eu gostaria.

Estagiária: Hoje, como nas sessões anteriores vamos a uma técnica.

Encontre uma posição confortável. Feche os olhos e presentifique o seu corpo.


Desvie sua atenção de fatos exteriores, e observe o que esta acontecendo dentro de você.
Observe qualquer desconforto e veja se consegue encontrar uma posição mais
confortável. Observe que as partes do seu corpo se fazem presentes e que as partes as
partes parecem vagas e indistintas.. Se você sente a presença de alguma área tensa, veja
se consegue deixar esta tensão ir embora... se não conseguir, retese esta parte
deliberadamente, para ver quais os músculos que você está empregando nesta tensão...
depois se solte... Agora focalize sua atenção no seu respirar... Conscientize-se de todos
os detalhes da sua respiração... Sinta o ar se movendo através do seu nariz ou da sua
boca.. Sinta-o mover-se pela garganta... e sinta o seu peito e a sua barriga se moverem
enquanto você respira. Agora imagine que a sua respiração é como ondas suaves numa
praia, e que cada onda retira alguma tensão do seu corpo... Você se solta cada vez mais...

Agora imagine que você coloca todos esses pensamentos e imagens numa jarra
de vidro, e passe a observá-los... Examine-os... Como são estes pensamentos e imagens?

Cliente: Elas são confusas, sem nexo.

Estagiária: À medida que mais pensamentos e imagens chegam à sua cabeça,


ponha-os na jarra também, e veja o que consegue aprender sobre eles. ...Agora pegue
esta jarra e derrame pensamentos e imagens. Observe enquanto eles fluem e
desaparecem, e a jarra fica vazia... Agora gostaria que você imaginasse que é uma
roseira. Torne-se uma roseira e descubra o que é ser esta roseira... Deixe sua fantasia se
desenvolver e veja o que pode descobrir sobre a roseira... Que tipo de roseira você é?

Cliente: velha, galhos firmes, espinhosa, mas viva.

Estagiária: onde você vive?

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Cliente: no chão, em um jardim.

Estagiária: Como são suas raízes?

Cliente: firmes, abaixo da terra.

Estagiária: Em que tipo de chão você está enraizada?

Cliente: terra preta, terra de jardim adubada.

Estagiária: você consegue sentir suas raízes penetrando no solo...Como são seu
caule e seus ramos?

Cliente: Caule espinhoso, grosso e podado, e os ramos são verdes com folhas
novas.

Estagiária: Descubra todos os detalhes de ser esta roseira... Como é o seu meio
ambiente?

Cliente: lugar aberto, tem sol chuva e me sinto muito bem.

Estagiária: como é a sua vida sendo esta roseira?

Cliente: tenho as flores mais bonitas do jardim, sinto os espinhos que tenho.

Estagiária: O que você experiencia e o que acontece com o passar das estações do
ano?

Cliente: que mesmo que faça frio ou calor, chuva ou sol e que minhas flores
caiam, ainda me sinto vivo.

Estagiária: Continue a descobrir mais detalhes sobre a sua existência como


roseira, como você se sente em relação a sua vida e ao que acontece com você.. Deixe
sua fantasia prosseguir mais um pouco... Agora quero que você expresse a sua
experiência de ser esta roseira. Quero que você conte na primeira pessoa e no presente
como se estivesse acontecendo agora. Faça isso com a sua experiência como roseira,
qualquer que tenha sido ela. Agora pode abrir os olhos, assim que se sentir pronto, e
expresse a sua experiência de ser uma roseira

Cliente: eu sou forte, estou bem, por mais que eu tenha espinhos tem alguém que
goste de mim como eu sou e por isso cuida de mim, me cultiva, para que desta forma, eu
possa dar a ela as flores mais bonitas do jardim.

Estagiária: Bom, como você se sente se ouvindo?

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Cliente: que não preciso ter medo, que não preciso ter medo de perder as pessoas
porque alguém sempre vai querer me cultivar assim como na roseira. Eu não preciso ter
medo de fazer certo ou errado.

Estagiária: o que é certo para você?

Cliente: seguir meus caminhos, meus instintos, não viver a vida pelo molde de
outras pessoas.

Estagiária: viver a vida pelo molde do outro... o que você pode me dizer sobre
isto?

Cliente: que eu deixava de viver da forma que eu era porque as pessoas não me
aceitavam, e isso fez com que eu me fechasse. Hoje, sei que não preciso viver desta
forma e que posso tomar minhas próprias decisões e seguir meu caminho.

Estagiária: como você se sente tomando suas próprias decisões?

Cliente: muito bem, hoje sei que posso contar com outras pessoas e se quero
fazer algo ou não.

Estagiária: E como você se percebe?

Cliente: percebo que eu estou aprendendo a ver meus problemas como algo que
vão passar. Hoje, faço até brincadeiras com meus problemas.

Estagiária: fazer brincadeiras com os problemas?

Cliente: Sim, falo em 3ª pessoa sobre mim, me ouço falar isso e me isto me
ajuda. Torna tudo mais fácil para mim. Estou me conhecendo de novo.

Estagiária: como é para você se reconhecer?

Cliente: até meus amigos tem notado, eu me vejo melhor, me olho no espelho,
me busco, mas ouvir que estou melhor por outras pessoas é muito bom.

Neste momento, o cliente esboçou um enorme sorriso com os olhos emocionados


e disse que foi a melhor coisa ele ter começado a terapia.

Estagiária: diante de tudo que você me trouxe, me diga, em seu corpo físico, você
sente algo? Pegue tudo que você me trouxe e traga para o aqui e agora.

Cliente: eu sinto um alivio enorme no ombro e no peito. Até chorar eu choro


mais e aquela angústia já não é tão grande como antes.

93
Estagiária: você sente o seu progresso?

Cliente: Sim, de duas semanas para cá me sinto muito melhor.

Estagiária: é muito bom ver que você percebe o seu progresso. Espero que eles
continuem a acontecer. Nosso horário está se findando, tudo bem? Nos encontramos na
semana que vem.

Cliente: Ok, obrigada boa tarde.

Estagiária: boa tarde.

Observações: o cliente mostra-se mais motivado e passou a fazer contato com os


sentimentos que lhe causavam conflito, como o medo.

DATA ATENDIMENTO ADULTO 3

13/11/2017 Neste dia, o cliente não veio. A estagiária ligou antecipadamente e ele informou
que estava realizando um trabalho e que não poderia comparecer ao atendimento de hoje.
A estagiária então informou que como no próximo atendimento é feriado e que nosso
atendimento está se findando, ela irá tentar marcar durante a semana e que ligara
antecipadamente para ele para avisar o dia e o horário para que possamos realizar o
encerramento dos atendimentos.

DATA ATENDIMENTO ADULTO 3

17/11/2017 Neste dia, foi realizada a entrevista devolutiva com o paciente a fim de informa-
lo sobre os progressos percebidos pela estagiária e de informar-se sobre os progressos
vistos pelo cliente.

O paciente chegou animado, demonstrando sorrisos e no momento em que se


sentou, posicionou-se de forma bem à vontade encostando-se na parede e colocando o pé
na cadeira.

A estagiária iniciou perguntando sobre ele querer dar continuidade no próximo


semestre com o tratamento.

Estagiária: Você tem interesse em dar prosseguimento aos atendimentos no

94
próximo?

Cliente: sim tenho sim, ainda sinto que preciso.

Estagiária: Eu percebo que existe esta necessidade ainda, então vou sugerir que
deem continuidade, então no próximo semestre outro estagiário dará continuidade. Tudo
bem?

Cliente: tudo sim, sem problemas.

Estagiária: Agora gostaria que você me dissesse se você percebe algum progresso
que você tenha dado desde quando iniciou a psicoterapia até agora, e se tem algum ponto
negativo.

Cliente: Eu agora me sinto mais autoconfiante, consigo tomar minhas próprias


decisões, meus medos já parecem menores e minha ansiedade também já não causa tanto
incomodo como antes e agora eu também consigo dormir melhor. Minha dificuldade de
dormir como antes já não acontece todo dia, porque antes quase todos os dias eu passava
em claro, hoje como não acontece todo dia essa ansiedade eu durmo noites inteiras.

Estagiária: é bom ver que você tem percebido seus próprios avanços. Mas e os
pontos negativos, você percebe algum?

Cliente: Não, não tem pontos negativos.

Estagiária: você sente que ainda a sintomas a serem trabalhados futuramente?

Cliente: sim, a ansiedade que mesmo diminuindo ainda existe e o medo também
de me aproximar de outras pessoas para conversar. Isso ainda acontece comigo.

Estagiária: e os avanços sentimentais?

Cliente: devagar mas estão indo, lentamente eu percebo os progressos. Eu


consegui na segunda feira tomar uma decisão muito importante que foi dar um ponto
final no meu relacionamento passado. A única coisa ruim é que as lembranças ainda me
machucam, as magoas também, mas eu preciso escolher aguentar isso ou deixar isso
passar.

Estagiária: Mas você percebe que a escolha de guardar as magoas, e as partes que
machucam é sua?

Cliente: sim eu percebo e sei que como não me arrependo da decisão que tomei,

95
ela vai passar.

Estagiária: As lembranças são comuns a todo ser humano você só deve procurar
ver se elas continuaram te fazendo mal ou não.

Cliente: Sim eu sei, sei que elas vão passar e vão deixar de me magoar.

Estagiária: agora vou falar dos progressos que eu percebi.

Inicialmente, devo falar da sua mudança física. Noto que hoje você respira
melhor, fala com mais calma, se posiciona mais calmamente, portanto sua ansiedade foi
reduzida tanto pelo seu empenho, tanto pela psicoterapia quanto pelo remédio do
psiquiatra. Logo, devo relatar também sobre o seu empenho em melhorar, tentando
romper suas dificuldades aproximando-se a outras pessoas e isso é algo muito bom.

Até hoje, com a sua falta tivemos 07 atendimentos e isto é um passo imenso, pois
mesmo que o progresso seja lento ele acontece e vai continuar acontecendo se for de sua
vontade.

Noto também que você está mais empenhado em ter vida social e se esforçando
mais para pegar novos projetos de trabalho visto que antes você tinha muito medo e
receios de pegar e não dar conta.

Você demonstra mais autoconfiança, autoestima mais elevada, mais força em se


empenhar em tudo e isso é muito bom, você percebe isso?

Cliente: sim, percebo muito e me sinto muito bem ouvindo tudo isso.

Estagiária: você acredita que tenha algo a ser falado?

Cliente: não, sinto que foi dito tudo.

Estagiária: então vamos encerrar e quando voltar os estágios no ano que vem,
você possivelmente, caso alguém te ligue poderá dar continuidade aos atendimentos com
outro aluno.

Cliente: tudo bem, fico feliz.

Estagiária: deixo aqui enfatizado que você pode continuar fazendo suas reflexões,
continuar se percebendo assim como você já vinha fazendo para que sinta-se melhor e
que o processo psicoterapêutico do próximo semestre também obtenha resultados.

Eu continuarei torcendo para que você melhore e sinta-se melhor, pois como sua

96
psicoterapêutica, estarei sempre torcendo para o seu progresso.

97
5 ESTUDO DE CASO

Nome: F. S. J

Idade: 32 anos de idade

Data de nascimento: 25-05-1996

Queixa inicial: Falta de animo, falta de vontade de conversar com as pessoas, sente-se
fraco emocionalmente, alega que chora, diz ter danos emocionais, ansiedade há 02 anos
e está aumentou significativamente após a última separação da ex-esposa.

Período de Terapia: 09 – 10 – 2017 a 17 – 11 – 2017

Encaminhamento: Procurou Sozinho.

5.1 HISTÓRIA DA CLIENTE

O cliente F. S. J é solteiro, tem 32 anos de idade e mora com os pais atualmente.


O cliente separou-se a 03 meses da sua ex-esposa e após separação, alega sentir-se
ansioso, com dificuldades para dormir, com medo de conversar com outras pessoas, ou
seja, dificuldades para socialização, sente-se abalado e fraco emocionalmente, chegando
a pensar e planejar suicídio. Fica observável que o cliente estava usando o mecanismo
neurótico de deflexão evitando contato com aquilo que lhe causará sofrimento. Martín
(2008) explica:

Este mecanismo tem a função de desvitalizar o contato e, de alguma maneira,


resfria-lo. A pessoa tem medo da situação ou das pessoas com as quais está
ou sente envolvida, e pode mostrar-se loquaz mas vazia, silenciosa ou
distante, e falar de coisas sem interesse ou pouco relacionadas com o tema de
que se trata (MARTÍN,2008).

5.2 PROCURA POR TERAPIA

O cliente buscou atendimento após término da relação com a ex-esposa que


antes que o casamento acabasse, pedia para que ele procurasse ajuda psicológica. Ele
alega também que os problemas trazidos na queixa principal, passaram a causar maiores
transtornos para ele, fazendo com que assim, ele visse a necessidade de procurar ajuda.

98
5.3 PROCESSO DE TERAPIA

Durante o processo psicoterapêutico, foram realizados 05 atendimentos com o


cliente, que iniciou dia 09 de Outubro de 2017, e encerrado dia 17 de Novembro de
2017. Entre o período, o adulto teve 01 falta, justificando que ela aconteceu por motivos
de trabalho.

Durante a terapia, a estagiária utilizou técnicas que foram: Torno-me


responsável de Martín (2008), Eu escolho – Eu gostaria de Stevens (1977), e
Identificação com a Roseira de Stevens (1977). Estas técnicas auxíliaram para que o
cliente podesse realizar a homeostase, conceituado pela GT e desta forma encontrasse
seu equilibrio organísmico, realizando a homeostáse (Martín 2008). Notou-se grande
diferença após uso da técnica “Eu escolho”, técnica esta que auxilia o cliente a perceber
que tem escolhas e que ele é responsável por elas. fazendo inclusive que até mesmo o
cliente percebesse esta mudança e mostrasse ânimo e satisfação nisto.

Os medos apresentados por ele, como o medo de se comunicar com outras


pessoas devido a “não quero magoar ninguém” juntamente com os sintomas ansiosos
foram diminuindo com o correr da psicoterapia e ele, por conta própria buscou
iniciativas de vencer suas próprias dificuldades, começando a buscar formas de se
resocializar em seu meio social, aumentando também sua autoestima. Ele começava a
fazer contato com aquele sentimento que antes lhe causava sofrimento, enfretando seu
mecanismo de defesa de deflexão conceituado por Martín, 2008.

Durante todo o processo psicoterapêutico, o cliente não demonstrou resistencia


ao ser indagado sobre suas queixas e nem com relação a aplicação das técnicas. Estava
sempre determinado a fazer, o que facilicou todo o processo de aceitação da limitação e
busca por amenizar os sintomas.

A única dificuldade encontrada em meio as aplicações de técnicas, aconteceu


com a “Eu escolho”, no momento em que o cliente deveria dizer as sentenças “Eu tenho
medo-Eu gostaria”; afirma ter se sentido bastante angustiado, mas que tentou executar a
técnica em casa se olhando no espelho e após pronunciar as sentenças e chorar, a
angústia presente no momento da aplicação já não era a mesma daquele instante.

Todas as técnicas utilizadas são conceituadas e com aplicação somente após


supervisão da supervisora do estágio.

99
5.4 HIPÓTESE DIAGNÓSTICA

Durante o processo psicoterapêutico, a estagiária identificou no cliente sintomas


de ansiedade, sintomas que giravam em torno do medo, como por exemplo, medo de
socializar com as pessoas por pensamentos de que poderia magoá-las, medo de não
conseguir concluir projetos de trabalho, demonstrando um certo grau de falta de
confiança, ou seja, baixa autoestima, tristeza, falta de ânimo e dificuldades com o sono.

Guilhardi, (2002) descreve autoestima como sendo “1. Autoestima é um


sentimento aprendido e desenvolvido durante a vida da pessoa; 2. Autoestima é
produzida por uma história de reforçamento positivo social, em que a pessoa tem seus
comportamentos reforçados pelo outro”

E ainda pontua:

Autoestima decorre de relações inter-pessoais em que a pessoa, e não apenas


seus comportamentos, é reconhecida pelo outro como reforçadora; 4.
Autoestima passa a ser mantida e desenvolvida pela própria pessoa, à medida
que ela aprende com o outro o auto reconhecimento e a observar seus
comportamentos e as consequências reforçadoras positivas que eles
produzem; 13 5. Autoestima só se desenvolve a partir da inserção da pessoa
num contexto social e esse desenvolvimento é proporcional à capacidade do
meio social (dos pais, família etc.) de prover reforçadores positivos para seus
membros (filhos, por ex.) (GUILHARDI, 2002).

O cliente acreditava fielmente em tudo que dizia, principalmente em acreditar


que iria magoar as pessoas se tentasse se aproximar delas para conversar, e por isso,
deixava que o medo o impedisse de fazer certas coisas.

A estagiária, diante dos relatos trazidos pelo cliente em psicoterapia, a estagiária


observou que devido aos seus 02 relacionamentos controladores que o impediam de ter
certos contatos e apropriando-se de uma vida cômoda, sem ter muita vida social, o
cliente fechou-se para o seu meio externo e passou a desenvolver bloqueios para
qualquer situação que o tirasse do comodismo, novamente evitando contato com aquilo
que lhe trazia sofrimento usando mecanismo neurótico de deflexão (Martín, 2008).
Após separação, o cliente passou a desenvolver uma vontade de socializar com as
pessoas, antes bloqueada por ele mesmo e por sua antiga parceira, mas teve dificuldades
que foram sendo amenizadas durante o processo psicoterapêutico.

100
5.5 PROGNÓSTICO

Todo o processo psicoterapêutico teve bons resultados sobre o cliente, o que fez
com que ele demonstrasse mais autoestima sobre seu meio interno e externo.
Encerrando no dia 17 de Novembro de 2017, a estagiária acredita que seja preciso
continuar o atendimento durante o próximo semestre mesmo o cliente demonstrando
melhora, ainda existe a necessidade de continuar com o atendimento, porque o cliente
além de alegar está necessidade de dar continuidade, a estagiária ainda percebe que o
cliente continua tendo dificuldades de comunicar-se com outras pessoas, ainda
apresenta crises – mas com menos intensidade que anteriormente – e que ainda sente
seus medos de magoar as pessoas. Mesmo com a redução, a estagiária percebe que o
tratamento deve continuar no próximo semestre.

101
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desde o início, o Estágio Supervisionado Especifico II teve enorme importância


para todos os alunos que o fazem, pois proporcionou de uma forma excelente as
experiências que poderão ser levadas para o mercado de trabalho ao final de todo este
percurso.

Sob supervisão da Profª. Ma. Chayenne Hackbarth, o estágio ocorrido na


Faculdade AJES com 02 pacientes – um adulto e um infantil – com uso de técnicas fez
com que este estágio tivesse grande significância, já que anteriormente, a experiência
ainda que de muita importância, era reduzida à apenas 01 paciente e sem uso de
técnicas.

Desta forma, fica clara a necessidade de capacitação e realização de todo o


processo de estágios, pois ele capacita o aluno, prepara-o para o mercado de trabalho e
desta maneira, forma profissionais mais aptos a realizarem seu trabalho com excelência
e dedicação, sem medo de pecar por não ter sido preparado.

Por fim, o Estágio Supervisionado Especifico II mostrou-se importante por


auxiliar os clientes em sua melhora durante o processo psicoterapêutico, o que faz com
que os alunos estagiários sintam-se realizados e confiantes, pois deram o seu melhor e
tiveram o melhor como resultado.

102
REFERÊNCIAS

ALMEIDA. J, M, T. Reflexões Sobre A Prática Clínica Em Gestalt-


Terapia:Possibilidades De Acesso À Experiência Do Cliente. Revista da Abordagem
Gestáltica – XVI(2): 217-221, jul-dez, 2010

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de


Transtornos Mentais - DSM-5. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico V. 5. ed. rev. e ampl. – Dados eletrônicos. – Porto


Alegre : Artmed, 2007.

FERNANDES, F. A. D. Relação Terapêutica: Uma Análise dos Comportamentos de


Terapeuta e Cliente em Sessões Iniciais de Terapia. São Paulo, 2012.

FIGUEIREDO, Evelyne Fauguet. Vínculos e Psicoterapia: A linguagem Silenciosa.


Brasília, 2005. Disponível em
<http://www.repositorio.uniceub.br/bitstream/123456789/3040/2/20010738.pdf>.
Acesso em 8 de ago. 2017.

GUILHARDI. H, J. Auto-estima, Autoconfiança e Responsabilidade. Terapia por


contingencia de reforçamento, 2002. Disponível em
<http://www.itcrcampinas.com.br/pdf/helio/Autoestima_conf_respons.pdf> Acesso em
15. Ago. 2017

MARTÍN, A. Manual Prático de Psicoterapia Gestalt. 2. Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes,


2011.

OAKLANDER, V. Descobrindo Crianças – A Abordagem Gestaltica com Crianças e


Adolescentes. São Paulo, SP: Summus Editorial Ltda, 1978.

PERFEITO, H. C. C. S. & MELO, S.A. Evolução dos Processos de Triagem


Psicológica em uma Clínica-Escola. Rev. Estudos de Psicologia, V 21. p. 33-42, 2004.

RODRIGUES, H. E. Introdução à Gestalt-Terapia: Conversando sobre os


fundamentos da abordagem gestáltica. 7. Ed – Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

STEVENS. J, O. Tornar-se Presente: Experimentos de Crescimento em Gestalt


Terapia. 2 Ed. São Paulo, Summus, 1977.

103
YONTEF. G, M. PROCESSO, DIÁLOGO E AWARENESS: Ensaios em Gestalt-
terapia. Ed 2. Copyright, 1993.

104
ANEXOS

Figura 10Os pais com uma criança – Massa de modelar

Fonte: PAIXÃO (2017)

Figura 11Bonecas vestidas - Massa de Modelar dia 13/11

Fonte: PAIXÃO (2017)

105
Figura 12 Desenho - Técnica de Pintura

Fonte: PAIXÃO (2017)

Figura 13 Técnica de Colagem

Fonte: PAIXÃO (2017)

106
Figura 14 Técnica de Desenho Livre

Fonte: PAIXÃO (2017)

107
ANEXO I

FICHA DE TRIAGEM – INFANTIL

Nome: __________________________________________________ Nº

I- Dados Pessoais:
Data de nascimento:_____/_____/______ Idade:___________
Cidade:____________________________ UF:_____________
Telefone: ( ) _____________________

II- Filiação
Nome da mãe:________________________________________________________
Data de nascimento:_____/_____/______ Profissão:_______________________
Telefone de contato: ( ) _____________________
Nome do pai:_________________________________________________________
Data de nascimento:_____/_____/______ Profissão:_______________________
Telefone de contato: ( ) _____________________
Endereço:___________________________________________________________
Renda média familiar:___________________

III- Dados escolares


Nome da escola:_____________________________________________________
Série:________ Telefone: ( ) ______________________
Nome do (a) professor (a): _____________________________________________

IV- Queixas:________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

V – Encaminhamento: ________________________________________________

Estagiário Responsável: ______________________________________________

Data da Triagem: _____/_____/________

108
ANEXO II

FICHA DE TRIAGEM – ADULTO

Nome: __________________________________________________ Nº

I- Dados do Pessoais:
Data de nascimento:_____/_____/______
Idade:________________
__
Estado Civil: _________________________ RG: ____________________
Telefone: ( ) _____________________
Endereço:_____________________________________________________________

II- Escolaridade
Analfabeto Alfabetizado 1º Grau Completo Incompleto
2º Grau Completo Incompleto
Superior Completo Incompleto

III- Condições Socioeconômicas


Ativo Inativo Aposentado Dependente Desempregado

Profissão:______________________________________________________________
Renda: ________________________________________________________________

IV- Queixas:________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

V – Encaminhamento: ________________________________________________

Estagiário Responsável: ______________________________________________

Data da Triagem: _____/_____/_______

109
ANEXO III

CARTA DE INFORMAÇÃO AO SUJEITO DE PESQUISA

A Clínica Escola para Atendimento Psicológico do Instituto Superior de Educação do


Vale do Juruena – AJES tem como objetivo atender às necessidades da formação de
psicólogos, prestar serviços à comunidade, ampliar e produzir conhecimentos
científicos. Os atendimentos são supervisionados por profissionais experientes, sendo
regidos pelo Código de Ética Profissional do Psicólogo, garantindo o sigilo de todos os
conteúdos que possam surgir durante os atendimentos.
As informações que constam nos prontuários referentes aos atendimentos realizados na
Clínica de Psicologia fazem parte, quando o cliente autoriza, de seu Banco de Dados,
podendo ser utilizadas em pesquisas científicas na área, mantendo-se em absoluto sigilo
sobre todo e qualquer dado de identificação.
As pesquisas desenvolvidas versam sobre os mais variados aspectos de sua clientela,
como também dos procedimentos técnicos realizados.
Por tratar-se de uma Clínica-Escola, pesquisas podem ser desenvolvidas e publicadas no
meio científico, mesmo após o término do atendimento, no entanto, a identidade do
cliente será mantida em sigilo e sua privacidade respeitada. O senhor (a) é livre para
concordar ou discordar desse termo. Caso concorde, poderá a qualquer momento retirar
seu consentimento, sem prejuízo de seu atendimento atual ou futuro.
No caso de dúvidas poderá entrar em contato com a Coordenação do Curso de
Psicologia, Prof. Dra. Nádie Christina Machado Spence, pelo telefone: (66) 3566-1875,
ramal 229.

110
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Pelo presente instrumento, que atende às exigências legais, o (a) senhor(a)

___________________________________________________________________,

portador do R.G. _________________, após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO

AO SUJEITO DE PESQUISA (acima), não restando quaisquer dúvidas a respeito do

lido e do explicado, assina seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO para

que as informações do prontuário do menor

___________________________________________________________________,

possam ser utilizadas em pesquisa científicas, ficando assegurado ao usuário o mais

absoluto sigilo.

Fica claro que o usuário dos serviços oferecidos pela CEAP pode, a qualquer momento,

retirar seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO, deixando de participar das

pesquisas a serem desenvolvidas. Seus dados e sua identidade serão mantidos sob sigilo

e sua privacidade respeitada, por imperativo do Código de Ética que rege o exercício

profissional do psicólogo.

O presente termo é assinado em duas vias, ficando uma em seu poder.

Juína, ________de _________________de 20_____.


________________________________________________
Prof. Responsável pela CEAP

______________________________________________
Assinatura do responsável legal

111
ANEXO IV

Prontuário no _______________
Nome do Assistido:

Estagiário Responsável:

Telefone de Contato:

Data de Nascimento: Idade:

Data do Início do Atendimento:

Estado Civil:

Reside com quem:

Encaminhado por:

Queixa:

DATA ATENDIMENTO

112
ANEXO V

FICHA DE ATENDIMENTO E ENCERRAMENTO

PRONTUÁRIO Nº ___________

NOME DO ASSISTIDO: ___________________________________________________

Acadêmico (a) Responsável:______________________________________________

Data Atividade realizada Observações

DESFECHO:

( ) CONCLUÍDO ( ) DESISTENTE ( ) DESLIGADO

( ) ENCAMINHADO ( ) CONTINUAR ATENDIMENTO NO PRÓXIMO


SEMESTRE

Juína-MT, _______ de ______________________ de 20______.

Ass.Acadêmico(a):_______________________________________________________
_____

______________________________________________________________
Prof. Supervisor Responsável

113
ANEXO VI
FICHA DE PRESENÇA

114
115
116
ANEXO VII
RELATO DAS SESSÕES

PRONTUÁRIO N O: _____________
Nome do Assistido: Idade:

Início do Atendimento: Data:

Nome do Estagiário:

ANEXO XIII
TERMO DE RESPONSABILIDADE DO ESTAGIÁRIO

Eu, _____________________________________________________, aluno


regularmente matriculado no Curso de Psicologia, código de matricula nº.
_________________, declaro estar ciente de todas as normas e procedimentos contidos
no Manual de Estágio bem como critérios de avaliação das atividades e da frequência.

O estagiário de Psicologia, acima qualificado, se compromete a:

I. Realizar as atividades de campo (observações, questionários, entrevistas,


inventários), conforme estabelecido juntamente com o supervisor.

II. Participar ativamente das atividades que lhe foram atribuídas, assim como
elaborar estratégias de ação discutindo-as com o grupo e o supervisor.

III. Cumprir carga horária semanal requerida para o estágio.

IV. Apresentar-se em nome dessa Instituição Acadêmica estritamente nos locais


e horários pré-definidos.

117
V. Primar pela postura ética, cumprindo as normas estabelecidas pela
Instituição, no que tange às responsabilidades dos alunos.

VI. Apresentar, conforme estabelecido no Plano de Disciplina: Registro de


atividades, Relatórios e Ficha de frequência.

VII. Respeitar as normas contidas no Manual de Estágio.

Juína – MT, _____ de __________________ de 20____.

____________________________________
Assinatura do Estagiário

ANEXO IX
TERMO DE RESPONSABILIDADE DO ESTAGIÁRIO

Eu, ________________________________________________________________,
aluno regularmente matriculado no Curso de Psicologia, código de matricula nº.
_______________, declaro ter recebido o “Manual Unificado de Práticas
Supervisionadas em Psicologia”.

Declaro ainda, estar ciente de todas as informações nele contidas, inclusive sobre
os procedimentos, prazos/datas, normas e critérios de avaliação relativos aos estágios e
supervisões.

Juína, _____ de __________________ de 20____.

____________________________________

118
Assinatura do Estagiário

ANEXO X
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE ESTAGIO SUPERVISIONADO
Estágio Supervisionado em Psicologia Clínica

ESTAGIÁRIO:
____________________________________________________________________________

Habi
Lidades e Competências Pessoais e Profissionais
1. HABILIDADES COMPORTAMENTAIS: demonstra capacidade de se comunicar e de
expressar suas ideias com clareza, possui postura profissional e atitude profissional adequada para um
estagiário de psicologia.
Insatisfatório ( ) 0,0p ( ) 0,25p ( ) 0,5p ( ) 0,75p ( ) 1,0p
satisfatório
2. FREQUÊNCIA: cumpre o horário estipulado para as supervisões e as atividades clínicas, sendo
pontual e estando presente.
Insatisfatório ( ) 0,0p ( ) 0,25p ( ) 0,5p ( ) 0,75p ( ) 1,0p
satisfatório
3. RESPONSABILIDADE: cumpre prazos de entregas de Registro de Atividades de Sessão,
relatórios, cronogramas de trabalho e outras atividades requisitadas pelo professor para supervisão.
Insatisfatório ( ) 0,0p ( ) 0,25p ( ) 0,5p ( ) 0,75p ( ) 1,0p
satisfatório
4. CAPACIDADE DE ANÁLISE: é capaz de identificar, analisar e adequar as propostas de
trabalho às necessidades, e discutir com supervisor os problemas encontrados na prática. Expressa
habilidade para estabelecer condições de vínculo terapêutico com os clientes.
I Insatisfatório ( ) 0,0p ( ) 0,25p ( ) 0,5p ( ) 0,75p ( ) 1,0p
satisfatório
5.ÉTICA E DISCIPLINA: é atento às normas do código de ética do psicólogo, ao cumprimento
das normas de estágio e da clínica.
Insatisfatório ( ) 0,0p ( ) 0,25p ( ) 0,5p ( ) 0,75p ( ) 1,0p
satisfatório

119
6. PRODUÇÃO TEÓRICA
Fontes bibliográficas:
Insatisfatório ( ) 0,0p ( ) 0,25p ( ) 0,5p ( ) 0,75p ( ) 1,0p
satisfatório
Normas cientificas:
Insatisfatório ( ) 0,0p ( ) 0,25p ( ) 0,5p ( ) 0,75p ( ) 1,0p
satisfatório
Empreendedor na construção de conhecimento:
Insatisfatório ( ) 0,0p ( ) 0,25p ( ) 0,5p ( ) 0,75p ( ) 1,0p
satisfatório
Articulação com as palavras, ideias e conteúdo:
Insatisfatório ( ) 0,0p ( ) 0,5p ( ) 1,0p ( ) 1,5p ( ) 2,0p
satisfatório

Parecer do professor:
Nota Final:

Juína-MT, ___ de __________________ de 20_____.


_________________________________________
Professor Orientador

ANEXO XI

AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO DO ALUNO

Instituição/setor no qual foi realizado o estágio: CEAP-AJES

Supervisor de estágio no campo: C.H

Período do estágio: 25 – 07 – 2017 à 05 - 12 – 2017

Professor supervisor: C.H.

PARTE I:

1.1 Houve um esquema de ambientação ou adaptação ou reunião (conversa


inicial, visita às dependências físicas da instituição, apresentação do plano de
estágio)?

(x) Sim ( ) Não

120
1.2 Qual sua opinião sobre o esquema de ambientação inicial dos estagiários?

Justifique.

Bom. Apesar do curto tempo para muitas dúvidas e informações, foi de grande
valia.

1.3 As discussões de textos na supervisão, antes da entrada em campo


foram na sua opinião:

(x) Suficiente ( ) Regular ( ) Insuficiente

Justifique

Foi necessário muito estudo fora da supervisão para um bom desenvolvimento à


campo.

1.3 A orientação prestada pelo professor supervisor de estágio, foi:

( ) Suficiente (x) Regular ( ) Insuficiente


Justifique

Os acadêmicos tinham pouco tempo para realizar as orientações, mas as recebeu


semanalmente.

1.1 Como você avalia os instrumentos de avaliação do estágio?

(x) Adequados ( ) Inadequados


Justifique

Os instrumentos utilizados foram importantes para o resultado final

1.2 Na sua avaliação, o estágio básico atingiu os objetivos propostos de


integração do conteúdo das disciplinas, familiarização do aluno com contextos em
que existam demandas de trabalho para o psicólogo?

( x ) Sim ( ) Não ( ) Em parte

1.3 Na sua avaliação o estágio favoreceu o desenvolvimento de habilidades e


competências necessárias ao exercício profissional?

( x ) Sim ( ) Não ( ) Em parte

1.4 Como você avalia seu aproveitamento da disciplina de Estágio Básico?

(x) Bom ( ) Regular ( ) Fraco

121
1.5 Você conseguir integrar os conteúdos das disciplinas com as atividades de
estágio básico?

(x) Sim ( ) Não ( ) Em parte

Justifique:

As disciplinas auxiliaram significativamente no estágio.

PARTE II:

2.1 Qual foi a importância do estágio para sua formação pessoal e profissional?

Permitiu o conhecimento da prática o que antes era apenas teoria.

2.2 Pontos positivos do estágio

Estudo mais profundo de técnicas.

2.3 Pontos a serem melhorados no estágio:

Melhoras na estrutura do setting terapeutico.

2.4 Sugestões:

ANEXO XII
ANAMNESE INFANTIL

01 - Nome:
___________________________________________________________________

Sexo: _______ Cor: ______________________

Data de nascimento: ____/___/___ Idade Cronológica: _________________________

02 - Residência: __________________________________________________ nº ____

Bairro: ___________________Cidade: ______________________ Fone: ___________

03 - Escola: ___________________________________________________ Série: ____

04 - Pai: ___________________________________________________ Idade: ______

Profissão: ______________________ Local de Trabalho: _______________________

122
Mãe: _________________________________________________ Idade: ___________

Profissão: ______________________ Local de Trabalho: _______________________

05 - A mãe trabalha fora? _______ em que horário? ____________________________

06 - Com quem ficam os filhos?


_______________________________________________

07 - Quantas pessoas vivem na casa? _______ Quem são? _______________________

08 - Nº de irmãos (nome e idade): ________________________________

ANTECEDENTES PESSOAIS

CONCEPÇÃO

01 - Idade da mãe na época que engravidou: ___________________________________

Idade do pai na época em que a mãe engravidou: _______________________________

02 - Gravidez desejada ou acidental? ________________________________________

03 - Evitava filhos? _________. Com que? ___________________________________

Qual era o remédio? ______________________________________________________

Por quanto tempo? _______________________________________________________

GESTAÇÃO

01 - Como se sentia durante a gravidez?


______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

02 - Ameaça ou tentativa de aborto desta criança? __________. Em que mês?


_____________. Com que? ___________________________ porque? _____________

______________________________________________________________________

03 - Como era o seu relacionamento afetivo, social e sexual durante a gestação?

______________________________________________________________________

Como se sentia em relação a este relacionamento?


_____________________________________________________________________

123
______________________________________________________________________

04 - Doenças durante a gestação:

( ) rubéola ( ) Toxoplasmose ( ) sífilis

Em que mês? ________________ outras: ____________________________________

05. Medicamentos tomados durante a gestação?


______________________________________________________________________

06. Exames:
_____________________________________________________________________

07. Observações:
_________________________________________________________________

CONDIÇÕES DE NASCIMENTO

01 - ( ) parto normal ( ) fórceps ( ) cesariana ( ) induzido ( )


prematuro ( ) incubadora Quanto tempo? _________________________

02 - Teve complicações durante ou após o parto? ______________________________

Observações:
___________________________________________________________________

CONDUTA, COMPORTAMENTO E DESENVOLVIMENTO

SONO

01 - Tem ou teve quando pequeno algum distúrbio de sono? ______________________

02 - Dorme bem? ____________. Desde quando? ______________________________

03 - Dorme em quarto separado dos pais? ________

04 - Até quando dormiu no quarto dos pais? _____________

124
05 - Qual a atitude tomada para separá-los? ___________________

06 - Tem cama individual? _________. Dorme com outra pessoa? _________________

07 - Vai sozinho para a cama ou precisa da presença de alguém? __________________

Quem? __________

08 - Qual a atitude tomada para fazer a criança dormir? _________

09 - Acorda vai para a cama dos pais?


_________________________________________________________________

Observações:
__________________________________________________________________

ALIMENTAÇÃO

01 - Quanto tempo depois do parto recebeu a primeira alimentação? ______________

A criança pegou bem o seio? _________

02 - Mamadeira? _____________até quando? _________________________________

03 - Em que idade começou a receber alimentação salgada? ______________________

DESENVOLVIMENTO

01 – Quando começou a andar? ____________________________________________

02 - Tinha ou tem alguma dificuldade para manipular objetos? ____________________

03 - Qual a mão dominante? ______. Houve alguma correção? ____________________

04 – Vai ao banheiro normalmente?


______________________________________________

05 – Vai sozinho?
____________________________________________________________

MANIFESTAÇÕES SINTOMÁTICAS E TICS

01 - Usou chupeta? ________ até quando? _________________________________

125
02 - Fobia por pessoas? _______________ Animais? ________________________

04 - Tem predileção por alguma coisa? ___________________________________

06 - Medos: Escuro ( ) Solidão ( ) Morte ( ) Doenças ( )

07 - Mente habitualmente ( ) Mentiu ( ) Em que idade?___________________

08 - Observações:
________________________________________________________________

SEXUALIDADE

01 - Curiosidade sexual (nascimento, diferença entre os sexos, etc.)

_____________________________________________________________________

02 - Como aborda estes temas?


_________________________________________________________________

03 - Qual a atitude dos pais ante o assunto?

___________________________________________________________________

Desde quando? _______________ executa tais atividades abertamente ou as ocultas?


________________. Qual a atitude da família ante o assunto?

___________________________________________________________________

05 - Adolescentes: Masturbação? ______ Ejaculação? ______ Atitude com relação


corpo? _____________ Interesses heterossexuais ou homossexuais? _____________

06 - Alguma experiência sexual precoce? __________. Com quem? _____________

07 - Foi dada alguma informação sexual? ________. Por quem? _______________

Observações: ________________________________________________________

___________________________________________________________________

SOCIABILIDADE

BRINQUEDOS

01 - Os prediletos? ___________________________________________________

02 - Prefere brincar sozinho ou em companhia de outros? _____________________

126
03 - Prefere crianças de que idade e de que sexo? __________________________

04 - Brinca cooperativamente? _______ cria brinquedos próprios? _____________

05 - Como trata os amigos? ____________________________________________

06 - Brinca fora de casa? ______ onde? __________________________________

DOENÇAS

01 - Seu filho teve algumas doenças (especifique a idade e o grau: leve, moderada ou
severa):
______________________________________________________________________

02 - Era sadia?
_______________________________________________________________

03 - Convulsões? __________ com ou sem febre? __________. Com que idade?


________ Descrição: __________________________________

Orientação médica? ________________ Remédios? ___________________________

INFORMAÇÕES SOBRE AUDIÇÃO

01 - Alguma vez teve dúvidas sobre a capacidade auditiva de seu filho?

_________________________________________________________________

Porque? ____________________________________________________________

INFORMAÇÕES SOBRE A FALA E A LINGUAGEM

01 - Com que idade emitiu suas primeiras palavras? ___________________________

127
Exemplo?
__________________________________________________________________

02 - Com que idade a criança emitiu suas primeiras sentenças? ________________

Exemplo:
__________________________________________________________________

ANTECEDENTES FAMILIARES

01 - Nervosismo? _________ quem? __________ como? ________________________

02 - Deficiência mental? ________ quem? ____________________________________

03 - Doença mental? __________. Quem? ____________________________________

Internado? ______ Quantas vezes? _______ Sintomas ou diagnósticos: _____________

______________________________________________________________________

04 - Alcoolismo? _______ quem? __________________________________________

05 - Jogo? ________ quem? _______________________________________________

06 - Fuga? _______. Quem? _______________________________

07 - Asma? ________ quem? _____________________________

08 - Alergia? ________. Quem? ___________________________

09 - Convulsão? ________. Quem? ________________________________

10 - Suicídio? __________. Quem? ________________________________

11 - Homicídio? ________. Quem? ________________________________

12 - Problemas de audição? ____________. Quem?


__________________________________ Causa do problema: ______________

13 - Problema da fala? __________. Quem? __________________________

14 - Problema de aprendizagem? __________. Quem? ___________________

15-Observações: ______________________________________________

128
AMBIENTE FAMILIAR

01 - Pais vivem juntos? ______ separados a quanto tempo? _____________________

São casados? ______. Amasiados? ______ se casados e separados vivem sós? _____
em companhia de outros? __________ O pai? _______ A mãe? ______

02 - Os pais vivem bem?


_________________________________________________________

03 - Com qual dos pais se dá melhor?


_____________________________________________

04 - Como se relaciona com os irmãos?


__________________________________________

É ciumento? ___________________________________________________________

05 - Existem outros familiares que interferem na educação da criança? ___________

Qual? _________________________________________________

06 - Há educação religiosa? ______ qual? _______________. É rígida? _________

07 - Quais as formas usuais de castigos e punições? ________________________

08 - Observações:
________________________________________________________________

ESCOLARIDADE

01- Frequentou alguma escola? _______ quais? _______________________________

02 - Nos primeiros dias ofereceu resistência a ficar na escola sem a mãe? ______

03 - Gosta da escola? _______. Fala nela? _________ Gosta da professora? ______

04 – Qual (is) seu (s) rendimento (s)? _____________________________________

05 - Os pais o ajudam? _________. É castigado quando tira más notas? _________

06 - Gosta de estudar? ________. Quer ser o primeiro aluno? _________________

129
07 - Dificuldades na escrita? _____. Alguma outra dificuldade? _________________

8-É irrequieto na classe? _______________________________________________

09 - Foi reprovado? _________ Quantas vezes e em que ano? ________________

Quando ele começou a ficar agressivo?


______________________________________________________________________

Ele é agressivo com todo mundo ou apenas com você?


______________________________________________________________________

Observações Gerais:

______________________________________________________________________

Dados significativos:

_____________________________________________________________________

Conclusão:

______________________________________________________________________

Data: ____/____/____

Realizado por:
__________________________________________________________________

130
ANEXO XIII
ENTREVISTA INICIAL ADULTO

Nome ______________________________________________________________

Idade ______________, Sexo__________________________

Escolaridade________________, Profissão_______________________

Estado Civil________________________

Mora com quem______________________________________________________

Qual motivo da procura


______________________________________________________________________

Hierarquização da queixa (qual problema resolver primeiro, deixar que o cliente


escolha)

______________________________________________________________________

Com que frequência estes sintomas ocorrem, quando e qual a sua duração?

______________________________________________________________________

Quando não ocorre?

______________________________________________________________________

Quando começou a sentir os sintomas e como ele se desenvolveu até chegar ao


momento atual?

______________________________________________________________________

Descreva uma ocorrência

______________________________________________________________________

O ocorre antes e logo após a ocorrência do problema

______________________________________________________________________

Quais as consequências gerais e consequências do problema, quando o comportamento-


problema não ocorre

______________________________________________________________________

Qual o pensamento durante a ocorrência? E depois?

131
______________________________________________________________________

Qual a crença?

_____________________________________________________________________

Qual (s) o (s) sentimento (s)?

______________________________________________________________________

O que as outras pessoas dizem sobre este problema?

______________________________________________________________________

Qual a sua meta ou objetivo para a terapia?

______________________________________________________________________

O que poderia ajudar ou dificultar o tratamento?

_____________________________________________________________________

Pontos positivos e negativos do ambiente

______________________________________________________________________

Tratamentos anteriores

______________________________________________________________________

Alguma condição geral de saúde que poderiam interferir no comportamento-problema

______________________________________________________________________

Qual a sua motivação para o tratamento

______________________________________________________________________

Quais os reforçadores potenciais?

______________________________________________________________________

Como está lidando com problema


______________________________________________________________________
Outros_________________________________________________________________
Juína_________________de_________2017

__________________________________________________________________
Estagiária Responsável

132

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