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Formação

ISSN: 1647 - 7545

&
Edição 1
Agosto 2010
Negócios

Isabel Amaral
A importância do Protoloco e Imagem na Organização de Eventos
“A imagem de quem está a dar a cara pelo evento poderá contribuir para o
sucesso ou insucesso do mesmo.”
SUMÁRIO

ESTUDO 4 PERGUNTAS A...


Conhece o Suporte Básico de Vida? Mafalda Isaac, Partner B-Training, Consulting
pág. 4 pág. 5

F&N EM CONTACTO À LUPA


O cliente mais antigo da Visar Estratégia: a disciplina de fazer as coisas,
pág. 6 por Carlos Sá | pág. 8

ALTA DEFINIÇÃO À LUPA


Isabel Amaral - Especialista em Protocolo Boa Liderança vs Má liderança, por Paulo Alcobia
pág. 10 pág. 13

ENTREVISTA À LUPA
Sistema de Normalização Contabilística Vs Vendas a retalho, por Sílvia Ferreira
Plano Oficial de Contabilidade | pág. 14 pág. 17

PONTO DE VISTA PRODUTOS


A empresa de uma vida, por Fátima Mendes Liberty Protecção Família | pág.19
pág.18

SERVIÇOS NOTÍCIAS/EVENTOS
Financiamentos | pág. 20 ENB e Visar social | pág. 21

CRÓNICA CONTACTOS ÚTEIS


E ainda, Portugal! por Rui Pio | pág 22 Espaços Visar e outros contactos | pág. 22

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email: geral@escoladenegocios.com ou geral@visar.pt

FICHA TÉCNICA

Formação&Negócios - Agosto 2010


Propriedade Redacção Tiragem
Escola de Negócios das Beiras Filipe Ventura; Marta Oliveira; Sofia Silva;
1000 exemplares
Visar - Consultores Associados Sónia Mesquita
Periodicidade
Contactos Colaboração Bimestral
geral@escoladenegocios.com Carlos Sá; Fátima Mendes; Fernando Car- Assinatura: €12
geral@visar.pt doso; Filipe Ventura; José Rodrigues; Paulo ISSN: 1647 - 7545
Tlf (ENB): 232 415 999 Fax: 232 415 083 Alcobia; Rui Pio; Sílvia Ferreira; Sofia Silva; Depósito Legal: 313189/10
Tlf (Visar): 232 416 689 Fax: 232 415 102 Sónia Mesquita
Directora Editorial Fotografia
Marta Oliveira Arquivo fotográfico da ENB e Visar
Directora de Redacção Acabamentos gráficos e Impressão
Marta Oliveira www.tipbeiraalta.com

2 Formação&Negócios Agosto de 2010


EDITORIAL

D
as cerca de 350 mil empre- O estudo do INE salienta ainda o
sas existentes em Portugal, a crescimento que tem vindo a ser evi-
denciado pelas empresas de tecno-
esmagadora maioria - 99,7%
logias de informação e comunicação
- são pequenas e médias empresas (TIC), que representavam, em 2008,
(PME), que geram 57,8% do volu- 1,7% das PME portuguesas. No que
me de negócios total das socieda- respeita ao emprego, as TIC emprega-
des não financeiras. vam quase 41 mil trabalhadores , valor
que representava um aumento de
Estas PME empregam 2,1 milhões de 6,9% face ao ano de 2007. No total das
trabalhadores, 72,4% do total do pes- PME, o crescimento do emprego não
soal afecto ao tecido empresarial por- tinha ido além dos 0,2%, nos dois anos
tuguês, e são responsáveis por 60% do em análise.
investimento empresarial.
Este estudo mostra que Portugal é um
Estas são algumas das característi- país que no mínimo tem 350.000 em-
cas do universo das micro, pequenas presários que resolveram meter mãos
e médias empresas em Portugal, de à obra e agir. Essa acção criou mais de
acordo com os Estudos sobre Estatísti- 2 milhões de empregos.
cas Estruturais das Empresas de 2008, O que nós queremos neste momento
divulgado pelo Instituto Nacional de é mais acção, mais inovação, mais tra-
Estatística (INE). balho, mais dedicação, mais produção.
È sem dúvida um momento sensível
De entre as 349 mil PME existentes no do ponto de vista económico, mas é
nosso país, a sua grande maioria são nestas épocas em que as dificuldades
micro, representando 85% do total e se transformam em oportunidades.
empregando 26,9% do total da popu- Não perder o tino é essencial.
lação activa que trabalha nas empre-
sas não financeiras. E os números falam por si! Urge uma
análise detalhada ao sector do Es-
A facturação registada pelas PME em tado. Talvez com estes dois estudos
2008, de 201,7 mil milhões de euros, existam condições objectivas para de-
reflectiu um crescimento anual de cidir, para avançar, para mudar, para
1,7%, apesar de se situar 2,4 pontos modernizar…para ganhar!
percentuais abaixo da evolução verifi-
cada no volume de negócios do con-
junto das sociedades.
Obrigado a si, que resolveu agir!

Fernando Cardoso

Agosto de 2010 Formação&Negócios 3


ESTUDO

Conhece o Suporte
A morte súbita é uma das
principais causas de morte
Básico de Vida?
em todo o mundo.

Sabia que, em 80%


dos casos, a falta de
reconhecimento dos
sintomas e da valorização
dos mesmos leva à morte
das vítimas, em ambiente
extra-hospitalar?
Segundo um estudo realizado, a uma pessoas está a respirar ou não, sendo
amostra de 385 inquiridos, conclui-se que um deles foi a presença de pulso.
que apenas 9,9% conhecem a mano- Verificou-se que as pessoas con-
bra de respiração boca-a-boca; 84,2%
domina a técnica de compressão
fundem a técnica desobstrução das Suporte Básico
vias aéreas com a respiração boca-
torácica e destes, apenas 79,9% con- a-boca. 40% dos inquiridos con- de Vida
hecem a sua finalidade. Por não pos- hecem a técnica e 10% não sabe
suírem informações necessárias, ape- como a realizar correctamente. No
nas 14,5% sabe colocar correctamente entanto, mais de 55% dos inquiri-
a vítima, para realizar a compressão dos não realizaria a respiração arti- 25 de Setembro de 2010
torácica. Esta falta de informação ade- ficial em desconhecidos, pelo medo
quada, pode levar as pessoas a prestar de transmissão de doenças e 34%, Duração: 7horas
um atendimento incorrecto às vítimas. por afirmar não conhecer a técnica.
O Suporte Básico de Vida é entendido O estudo realizado permitiu concluir
como uma primeira abordagem à víti- que os inquiridos não possuem con-
ma que implica a desobstrução das vias hecimento suficiente sobre Suporte
aéreas, a ventilação e a circulação arti- Básico de Vida e que, além de incom-
ficial. Aliadas a esta abordagem, estão pletos, alguns são incorrectos poden- Noções Básicas de
as etapas do SBV. O reconhecimento
da paragem cardíaca e a rápida acção
do comprometer o socorro prestado.
Atenta a estas necessidades, a Escola
Socorrismo
de um indivíduo que possua conhe- de Negócios das Beiras, tem no seu
cimentos em SBV levam à prevenção plano formativo um Curso de Suporte
de sequelas miocárdicas e cerebrais. Básico de Vida. Contará com o Enfer-
Existe, portanto, um conjunto de fac- meiro Nelson Martins, como formador.
tores que o socorrista deve dominar Para além de ser enfermeiro nos Cuida- Início: 20 de Setembro de 2010
para que a sua intervenção seja bem dos Intensivos Coronários, acompanha Duração: 20horas
sucedida. A começar pela avaliação ainda a Viatura de Emergência Médica
da respiração, deve VER se existe e Reanimação (INEM), no Hospital de
movimentação torácica; OUVIR se S. Teotónio, em Viseu. É importante ter
há ruído de ar durante a respiração e em consideração que a cada minuto
SENTIR se existe o fluxo de ar. Neste que passa a taxa de sobrevivência
estudo, 75,8% dos inquiridos iden- diminui 10% e que o SBV triplica a
tificaram de imediato estes factores taxa de sobrevivência dos colapsos
e 14% respondeu que conhecem súbitos em Fibrilhação Ventricular.
outros factores para determinar se a

4 Formação&Negócios Agosto de 2010


4 PERGUNTAS A...

Mafalda Costa Isaac


Partner B-Training, Consulting
Muitos são os profissionais, das mais variadas áreas, que
por motivos diversos sentem necessidade de tirar o cur-
so de Formação Pedagógica Inicial de Formadores.
No entanto, tem-se verificado, cada vez mais, um aumen-
to da procura do curso, por jovens desempregados, pois
consideram-no como uma mais valia para o seu futuro
profissional. Confuso? Mafalda Isaac explica como fun-
ciona.

Formação&Negócios:Quem são as da aprendizagem dos adultos - públi- F&N: O que é a Bolsa de Formadores e
pessoas que procuram a Formação co habitual da formação profissional. como funciona?
Inicial Pedagógica de Formadores Assim, tendo em vista a qualidade de MCI: A Bolsa Nacional de Formadores
(FIPF)? Quais são as suas maiores ne- formação, esta é sempre desenvolvi- permite a cada formador disponibilizar
cessidade? da com uma componente essencial- o seu currículo profissional, permitin-
Mafalda Costa Isaac: A FPIF é procu- mente prática e adaptada ao grupo de do o acesso por parte de entidades
rada por profissionais que pretendam formação, o que permite aos futuros formadoras a informações como as
vir a exercer a actividade de Formador formadores experienciarem uma série habilitações académicas, frequência
nas mais variadas áreas psicossociais de situações mobilizadas. de formação profissional e experiência
ou técnicas, ou por indivíduos que A título de exemlpo é de referir o facto profissional e formativa. Assim, através
pretendam desenvolver e aprofundar de, no decorrer do curso, é solicitado desta Bolsa as entidades formadoras
algumas competências pedagógicas. aos formandos que elaborem um tra- poderão obter informação actualizada
Neste sentido, este curso é habitual- balho ao nível da Consultoria de For- relativa aos formadores certificados a
mente frequentado por indivíduos mação, através do planeamento uma nível nacional, por região e por áreas
com ou sem experiência em forma- acção de formação, que servirá como de formação.
ção de adultos, os quais pretendem ponto de partida para o trabalho a Para se inscrever na Bolsa Nacional
desenvolver e aprofundar os seus desenvolver no último módulo - Simu- de Formadores, o formador neces-
conhecimentos e competências ao lação Pedagógic Final - onde deverão sita apenas de aceder ao site da
nível dos metódos e técnicas pe- aplicar todos os conteúdos abordados NetBolsa(http://netbolsaformador.
dagógicas, sustentar os seus compor- e apreendidos ao longo do curso. Pre- iefp.pt/IEFP_bf/). Contudo, neces-
tamentos por orientações pedagógi- paramos assim, os nossos formandos sitará das credenciais de acesso (uti-
cas, melhorar a sua performance ao a assumirem futuras tarefas enquanto lizador e palavra-chave), as quais são
nível do planeamento e avaliação da formadores-animadores e forma- remetidas com o CAP (Certificado de
formação. No caso dos indivíduos dores-consultores. Aptidão Profissional) de Formador. Os
sem experiência profissional na área utilizadores poderão posteriormente
pedagógica, temos registado uma F&N: Na prática, a FPIF tem correspon- actualizar, sempre que necessário, as
maior incidência na necessidade em dido às expectativas dos alunos? informações disponibilizadas relativas
abordar conteúdos com um carácter MCI: O curso de FPIF realizado pela ao seu curriculum profissional.
comportamental, como a aplicabili- B-Training, tem vindo ao longo dos Após a conclusão do curso, execu-
dade e o ajustamento do processo co- anos de realização, correspendido e tamos todos os procedimentos ne-
municacional, a gestão de conflitos, a ultrapassado as expectativas dos nos- cessários inerentes ao pedido de
temática da liderança na Formação de sos Formandos. Destacando alguns emissão do CAP e inscrição dos for-
Adultos, entre outros. dos testemunhos dos nossos for- mandos na Bolsa. Neste sentido, con-
mandos: “...enriqueceu-me muito en- tornamos a necessidade de desloca-
F&N: De que forma este curso prepara quanto pessoa...”, “curso que se pode ção de cada formando junto do IEFP,
os interessados? dizer dos melhores”; “...uma mais valia com o intuito de conclusão dos pro-
MCI: Sendo a B-Training Consulting e enriquecedor na minha vida pes- cessos inerentes ao pedido de adims-
uma empresa especializada na For- soal e profissional”; “...pude constatar são do CAP e inscrição na Bolsa Nacio-
mação de Adultos, os formandos do a diferença entre passar informação e nal de Formadores.
curso de FPIF serão preparados para formar”; “conjunto de conhecimentos
se distinguir no mercado da formação enriquecedores que nos foi transmit-
profissional como formadores/consul- ido e que seguramente serão muito
tores de formação com uma sensabili- importantes para o futuro de cada um
dade única para trabalhar as questões de nós em particular”.

Agosto de 2010 Formação&Negócios 5


F&N EM CONTACTO

O cliente mais antigo


da Visar
As empresas funcionam bem, se conseguirem manter o con-
tacto permanente com os seus clientes e fornecedores.
É cada vez mais importante que todos os elemen-
tos que a constituem, sejam ouvidos e acompanha-
dos. Daqui resulta a satisfação e “fidelização” do cliente.
É, talvez, por esta relação de proximidade, que a Visar tan-
to preza, que os clientes se mantêm connosco. Durante anos.

Localizada em Santa Comba Dão, a Prixmer, Consultoria para


Negócios e Gestão, Lda, descobriu a Visar há doze anos e
desde então tem sido acompanhada pelos nossos serviços.

Formação&Negócios: Fale-nos da Prix- O que também verifico em algumas


mer. Em que consiste a sua actividade. empresas, é que reduzem o núme-
ro de empregados, não tanto pela
José Carlos: A Prixmer comercializa questão da crise, mas por outro tipo de
produtos não especificados. Fazemos questões. Por exemplo, conheço uma
também consultoria na área comer- empresa em que os sócios se sepa-
cial, embora agora não seja a nossa raram e despediram algumas pessoas.
actividade principal. Não foi pela crise, mas porque houve
Vendemos, mais ou menos, tudo que necessidade de reajustar a estrutura e
se pode vender. Estamos a falar de prioridades da empresa.
produtos de papelaria, produtos de
higiene, detergentes, para consumo F&N: Como classifica a ajuda do Esta-
pessoal e industrial. do, em relação às PME’s?
No fundo, temos toda essa panóplia
de artigos não especificados. JC: Relativamente aos quadros exis-
tentes, sinceramente nunca concorri.
F&N:Tornou-se cliente da Visar há 12 O que acho que o Estado devia fazer,
anos. Como é que teve conhecimento era controlar melhor alguns bens e
da Visar e dos serviços que prestava serviços, como por exemplo os com-
nessa altura? bustíveis. São preços absurdos, e quem
tem que se deslocar diariamente de
JC: Lembro-me bem. Na altura foi uma carro, tem uma despesa enorme, que
pessoa amiga, que já conhecia a Visar poderia ser reduzida para metade e
e me recomendou os seus serviços. isso sim, ajudaria muito no final do
mês…
F&N: Todos os dias somos ‘’bom-
bardeados’’ com as questões da crise. F&N: Tenho que lhe perguntar…Como
De que forma a crise o afectou a si, ou é que a ‘’relação’’ entre a Prixmer e a
aos seus clientes? Visar?

JC: Eu acho que se fala mais do que na JC: É boa, não tenho nada a dizer, a
realidade se sentiu ou ainda sente. não ser que se recomenda!
É claro que o poder de compra de Acho que devem continuar a fazer
alguns clientes diminuiu e houve até este tipo de entrevistas e falar com os
outros que fecharam. Mas isso acon- clientes. É uma boa ideia!
tece todos os dias.

6 Formação&Negócios Agosto de 2010


“Devemos estar sempre preparados para qualquer imprevisto”

PRODUTOS/SERVIÇOS SEGURADORAS

- Acidentes de Trabalho;

- Acidentes Pessoais;

- Saúde;

- Automóvel;

- Multirriscos;

- Vida;

- Responsabilidade Civil
O QUE NOS TORNA ESPECIAIS?

Existência de Protocolos Especiais, com particulares e colectivos:

- Professores;

- Funcionários Públicos Administrativos;

- Forças Militarizadas;

- Advogados;

- Agências de Viagens;

- Agências Financeiras;
Preços sob consulta
- Profissionais de Saúde
Para mais informação visite o site
www.visar.pt
À LUPA

Carlos Sá
Estratégia: a disciplina de fazer as coisas

A estratégia empresarial é uma das Nenhuma estratégia terá sucesso Não são precisos grandes estudos
áreas mais fascinantes do mundo se no seu processo de planea- ou teorias para criar uma cultura
da empresa. É através dela que ma- mento não levarmos em linha de de execução. Primeiro, diga clara-
terializamos as nossas ideias para conta a capacidade que temos mente o que pretende. Depois, dis-
o negócio e desenhamos a forma para a executar. A execução é cuta com as pessoas como acham
como vemos as coisas e como pre- parte integrante da estratégia e que as coisas devem ser feitas para
tendemos que elas aconteçam. não pode ser vista como algo que chegarmos aos resultados e, no
Existem muitas ideias preconce- “os outros vão fazer”. Diria mesmo final, “premeie” as pessoas por ter-
bidas em relação aos elementos e que a maior tarefa de um líder mos chegado aos objectivos.
forma sob a qual desenvolvemos empresarial é executar a estraté-
uma estratégia. Evidentemente gia. Se não conseguirmos pôr em Finalmente, a selecção das pessoas
que em empresas de grande di- prática as nossas ideias, ninguém que vão executar a estratégia, é
mensão, com um vasto número de vai compreender o que queremos determinante. Escolher as pessoas
colaboradores, a informação sobre fazer, principalmente o cliente. certas é talvez a tarefa mais difícil.
a estratégia terá de ser consolidada Muitas vezes não olhamos para
em documentos mais complexos, O que os nossos clientes compram as verdadeiras motivações e com-
com diferentes níveis de acesso e são produtos ou serviços que re- petências das pessoas e com isso
com variados temas relacionados: sultam dos “powerpoints”. Eles não deixamos cair tudo por terra.
finanças, marketing, recursos hu- compram os “powerpoints”!
manos, tecnologia...

O que convém não esquecer é que É aqui que entra a maior tarefa do
a estratégia nasceu no seio das líder da empresa- fazer com que a
empresas, por inspiração militar, estratégia seja implementada, tal
para ajudar a empresa a encontrar como numa batalha. Para que tudo
o seu caminho e chegar aos seus corra bem, temos de a implemen-
objectivos, contornando a concor- tar com disciplina. Esta tarefa pode
rência e ganhando consumidores ser dividida em três grandes áreas:
no mercado. Tal como os militares, o comportamento do líder, a cria-
nas grandes batalhas, os gestores ção de uma cultura de execução
precisam de concentrar as suas e a tarefa que nenhum líder pode
atenções em não mais de três ou delegar: ter as pessoas certas, no
quatro aspectos e através deles lugar certo.
conseguir travar a incapacidade
natural que as empresas têm para Definir objecitvos claros e as priori-
não fazer nada. dades, investir tempo a explicar às
pessoas o que pretende delas e in-
Ninguém duvida da capacidade sistir no realismo são os ingredien-
militar em planear uma acção. tes para que o comportamento de
Também ninguém duvida que líder seja visto como quem sabe o
nas empresas existem dezenas de que quer e como quer que as coi-
‘‘powerpoints’’ sobre coisas para sas sejam feitas.
fazer. O problema muitas vezes
está em fazer as coisas... Ou melhor,
fazer as coisas que devem ser feitas.

8 Formação&Negócios Agosto de 2010


FORMAÇÃO CONTÍNUA

“Gestão e Inovação nos Negócios”

Gestão e Estratégia, para assegurar o êxito de cada projecto | 07/09/10 a 09/11/10 ( 3as e 5as Feiras,
das 19h30 às 22h30) |

Contabilidade e Finanças, para garantir o equilíbrio financeiro |13/09/10 a 08/11/10 (2as e 4as feiras,
das 19h30 às 22h30) |

Vendas e Marketing, para sustentar uma imagem de excelência | 07/10/10 a 30/11/10 - (3as e 5as Fei-
ras, das 19h30 às 22h30) |

Gestão de Recursos Humanos, para cimentar bases de confiança |13/09/10 a


08/11/10 (2as e 4as feiras, das 19h30 às 22h30) |

Desenvolvimento Pessoal e Liderança, para potenciar o crescimento individual


|14/09/10 a 11/11/10  (3as e 5as feiras, das 19h30 às 22h30) |

Produção e Logística, para uma melhor optimização de recursos | 27/09/10 a 22/11/10 - (2as e 4as, das
19h30 às 22h30) |

FORMAÇÃO COMPLEMENTAR
Cursos intensivos de Espanhol e Inglês de Negócios:

2ª Ed.: 09/08 a 26/08


3ªEd.: 30/08 a 16/09

Em parceria com a B-Training Consulting:


Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores
Duração: 90 horas
Renovação: 60 horas

Pós - Laboral: 14/09/10 a 19/11/10, 3as, 4as e 5as, das 19h30 às 22h30

Curso de Noções Básicas de Socorrismo


Início: 20/09/10, 2a a 5a feira| Duração: 20horas Curso de Suporte Básico de Vida
Data: 25/09/10 | Duração: 7horas

Para mais informações contacte-nos pelo email: geral@escoladenegocios.com ou


pelo telefone 232 415 999
ALTA DEFINIÇÃO

No momento de organizar um evento, são inúmeras as dúvidas que surgem: como elaborar um
convite, como receber e tratar as autoridades e convidados, como aplicar a Lei das Precedências, etc.
Sendo evidente o aumento de Organizadores de Eventos e, consequentemente, os interessados em
actualizar, aplicar e aprofundar conhecimentos nesta área e no domínio do Protocolo, conheça a
opinião da especialista Isabel Amaral.

Formação&Negócios: Todos os dias


nos deparamos com eventos. Uns
de maior dimensão que outros,
mas todos exigem planeamento.
Para si, quais os aspectos chave que
nunca podem faltar na Organiza-
ção de Eventos? E pela sua vasta ex-
periência, quais os que falham mais?
Isabel Amaral:Na sua pergunta men-
ciona o aspecto principal: um bom
planeamento é meio caminho anda-
do para o sucesso da organização de
eventos. O problema é que em muitos
casos a decisão de organizar um even-
to é tomada com pouca antecedência
sem que haja muito tempo para o pre-
parar. Os aspectos que falham mais
nos eventos são os pequenos deta
lhes: os convites que chegaram tarde,
as confirmações que são feitas em cima
da hora, os horários que não são cum-
pridos, uma decoração descuidada,
um fundo pouco apropriado, uma sala
com os lugares vazios, um arranjo de
flores que tapa os oradores, ect. Com
mais tempo todos estes pormenores
poderiam ser corrigidos para que o
evento decorresse sem problemas.

F&N: Considera que a imagem do


responsável pela organização do
evento, pode reflectir o sucesso ou in-
sucesso do mesmo?
IA: Creio que a imagem de quem está
a dar a cara pelo evento pode contri-
buir para o sucesso ou insucesso do
mesmo. Ter nervos de aço para manter
um ar calmo, sorrir sempre e ter uma
fé inabalável de que no final tudo vai
correr bem são alguns dos requisitos
essenciais nesta profissão. Mas estou
a falar apenas de aspectos da imagem
que nada tem a ver com a aparência.
O responsável pela organização de
eventos, ao contrário do responsável
pelo protocolo, deve ser invisível e até
pode estar durante todo o evento a
trabalhar vestido com umas calças de
gangas em mangas de camisa nos bas-

10 Formação&Negócios Agosto de 2010


ALTA DEFINIÇÃO
tidores com a sua equipa de produção. F&N: Relativamente à imagem, con- o improviso. É bom acreditar que no
Quem trabalha em eventos sabe que sidera que os organizadores de even- fim tudo vai correr bem mas se não se
meia hora antes de tudo começar é tos a valorizam o suficiente? Acha que tiverem preparado adequadamente,
um momento aterrorizante. Tive duas valorizam mais a imagem e ‘’esque- aplica-se a lei de Murphy do protocolo:
alunas a quem dei a oportunidade de cem’’ um pouco o protocolo, ou vice- “se alguma coisa puder correr mal, vai
colaborar comigo numa inauguração versa? correr mal... no pior momento.” Será
com mais de mil convidados e que IA: O problema é que muita gente ain- esse momento que fará a primeira pá-
me abandonaram a meio dizendo que da associa o protocolo às boas manei- gina nos media quando se tratar de
não conseguiam aguentar o stress. Re- ras. Só quando se apercebem de que um evento público.
conheço que a adrenalina fica a um o protocolo é muito mais do que boa
educação é que o começam a valori-
“O Protocolo além de ser
nível tão alto que no final do evento
quando regresso a casa tenho alguma zar. O protocolo para além de ser um um conjunto de regras
dificuldade em conseguir adormecer. conjunto de regras e regulamentos para organização de ce-
para a organização de cerimónias é
“Ter nervos de aço e uma também um sistema de comunicação rimónias é também um
fé inabalável são alguns verbal e não verbal, que aplica técni- sistema de comunicação
requisitos essenciais.” cas de ordenamento sistemático
verbal e não verbal”

e regras de comportamento na orga- F&N: Considera que há falta de profis-


F&N: O protocolo deve ser adaptado
nização de actos públicos ou privados. sionais qualificados nesta área?
sempre ao evento Porquê é tão im-
O protocolo serve para reforçar a di- IA: Há uns anos atrás concordaria
portante?
gnidade e legitimidade dos interve- consigo mas neste momento existem
IA: O protocolo é o instrumento fun-
nientes, recorrendo à linguagem muitos profissionais qualificados.
damental para criar uma harmonia
cénica para fazer com que todos as- Lembro-me de que comecei a dar au-
que evite conflitos e atropelos antes,
similem, sem necessidade de palavras, las de protocolo numa Pós Graduação
durante e depois dos eventos. O ges-
aquilo que se pretende transmitir. em Gestão de eventos na Universi-
tor de eventos é, em muitos casos, um
grande mestre de cerimónias, com dade Católica , em 1999. Nessa altura
F&N: É convidada inúmeras vezes não havia aulas de protocolo em ne-
competências e atribuições acresci- para falar sobre esta temática. Na
das, em áreas onde um chefe de Pro- nhum estabelecimento de ensino su-
sua opinião, quais as maiores dificul- perior em Portugal.
tocolo não é habitualmente chamado dades que as pessoas sentem quan-
a intervir como são as da promoção Quando, em 2003, concebi e dese-
do se deparam com a organização de nhei , a pedido do ISLA, a primeira
e cobertura mediática do evento um evento?
ou até o seu financiamento. Como, Pós Graduação em Imagem, Protoco-
IA: Existem algumas pessoas que lo e Organização de Eventos, houve
regra geral, o gestor de eventos não pensam que os organizadores de
é um profissional do Protocolo, tor- quem previsse o seu insucesso por ter
eventos têm uma visa fantástica, tantas horas de ensino sobre proto-
na-se absolutamente indispensável sempre de festa em festa, vivendo
recorrer aos serviços de peritos em colo como sobre imagem e organiza-
momentos memoráveis. Se essas pes- ção de eventos. Mas valeu a pena cor-
questões de protocolo ou então soas soubessem o trabalho que dá
aumentar os seus conhecimentos rer esse risco e hoje existem muitas
criar esses momentos já não teriam pessoas que fizeram aqueles estudos
através da grande oferta formativa tanta inveja daqueles profissionais. A
que já existe em Portugal e no es- superiores e que estão no terreno a
primeira dificuldade a vencer no nos- fazer um excelente trabalho.
trangeiro sobre esta matéria. so país é a propensão nacional para

Agosto de 2010 Formação&Negócios 11


ALTA DEFINIÇÃO

Curriculum
Existe, desde 2003, a Associação Por- F&N: Quer deixar algumas dicas para
tuguesa de Estudos de Protocolo que que um evento seja bem sucedido, fo-
tem como objectivo ser uma referên- cando os aspectos essenciais?
cia sólida e credível para congregar to- IA: Apesar de não ser organizadora de
dos os profissionais e interessados na eventos, creio que para organizar bem
área do protocolo. Trata-se de uma as- um evento, há que começar por dar
sossiação sem fins lucrativos que pro- resposta a uma série de perguntas. A Nome:
move jornadas e encontros para pro- primeira de todas respeita o objectivo
mover e fomentar o estudo, análise e que se pretende alcançar: para quê? A Isabel Amaral
debate de assuntos relacionados com pergunta seguinte é: quanto? Depois:
protocolo e organização de eventos. o quê? E de seguida: onde? quando?
quem? Depois de ter obtido resposta Cargo:
F&N: Para si, enquanto coordenadora
a todas estas perguntas, coloca-se a
da Pós Graduação de Imagem, Proto-
questão fulcral: como se vai desen- Fundadora e sócia-gerente da Isabel Amaral
colo e Organização de Eventos, con-
volver o evento? Ou seja, começa-se a
sidera que esta é uma mais-valia para
elaborar o programa, a definir o texto
os profissionais desta área? Em que Unipessoal, Lda
do convite, a elaborar a lista de convi-
medida?
dados, em suma, a preparar o evento.
IA: Esta Pós graduação foi pensada para
E é nesse momento que surgem as Fundadora e Presidente da APEP - Associa-
profissionais com grande experiência
questões protocolares: como ordenar
e renome pudessem partilhar com
os convidados, quem se vai sentar na
outros profissionais, aspirantes ou es- ção Portuguesa de Estudos de Protocolo
mesa da presidência, qual a ordem de
tudantes os seus conhecimentos.
intervenções, como fazer o plano de
Muitos dos professores da primeira
mesas, como indicar o lugar aos con- Formação:
edição da PG em Imagem, Protocolo
vidados, etc. A coordenação entre o
e Organização de Eventos nunca ti-
gestor de eventos, o responsável pelo
nham dado aulas mas o ISLA apostou Licenciada em Relações Internacionais
protocolo e a equipe de produção é
no factor novidade, privilegiando a ex-
fundamental para o êxito do evento.
periência profissional em detrimento
da académica. Dezassete edições de- Percurso:
pois, creio que é uma aposta ganha.
Tenho mantido o contacto com mui- Docente Universitária;
tos dos meus alunos e até convidei
alguns para serem professores na Pós
graduação, em que são considerados Autora dos livros Imagem e Sucesso (2008)
óptimos professores.
Apoio sempre os projectos profissio- e Imagem e Internacionalização (2009) e co-
nais dos antigos alunos: uns criaram
empresas, outros dão formação e mui-
tos foram promovidos nos seus locais autora do livro Cerimonial por cerimonalistas
de trabalho. Sinto sempre um grande
orgulho quando me contactam para (2008)
resolver alguma dúvida ou pedir al-
guma ideia e dizem que a PG mudou
a vida deles, que aprenderam muito Filosofia:
e que guardam óptimas recordações
dessa etapa da vida. “Não baixar os braços, não me dar por ven-
SABIA QUE...
cida, acreditar nas minhas habilitações e nas
Isabel Amaral é uma das
mais requisitadas especialistas em minhas capacidades, partilhando os meus
questões de Imagem, Comunica-
ção e Protocolo, sendo responsável conhecimentos sobre protocolo e o meu
por diversas acções de “executive
coaching” em Portugal, Espanha e
República Popular da China? saber de experiência feito”

12 Formação&Negócios Agosto de 2010


À LUPA

Reflexões da águia sobrevoando o ninho!


Paulo Alcobia

Boa Liderança vs Má Liderança

As organizações são conjuntos Conheci algumas organizações Neste caso, os colaboradores são
heterogêneos de culturas focaliza- fortes e outras fracas – sim! As menos apoiantes das posições
das. São fortes ou são fracas, de- fortes são aquelas que valorizam a da gestão de topo, menos criati-
pendendo da liderança. Conheci competência. As fracas são aquelas vos, pouco receptivos à inovação;
algumas das fortes e outras das fra- que valorizam os seguidores cegos são críticos, negativos, oposi-
cas. Gostei de todas, porque com e vazios de visão. Gostei de todas, tores e destruidores da visão.
as fortes aprendi sobre a natureza porque com aquelas que valori-
da boa liderança. Gostei das fracas zam a competência, aprende-se Considerar organizações fortes e
- também, porque aprendi sobre as a ser mais competente, a edu- organizações fracas não é o mesmo
más lideranças. car a forma de estar em equipa e, do que considerar organizações lu-
porque com aquelas que valori- crativas daquelas que o não são.
Uma organização forte é aquela zam os seguidores cegos, aprende- O lucro pelo lucro gera ambientes
que consegue com que a sua cul- se porque se sente o peso dos er- hostis para todos – para os clien-
tura seja apadrinhada pela equipa. ros que se vão cometendo. Esses tes, os fornecedores, os colabora-
Uma organização fraca é aquela erros podem magoar e, pelo seu dores. O lucro, quando derivado
que consegue com que a sua cul- impacto, contribuem para o aper- de uma estratégia de competição
tura seja odiada pela equipa. O feiçoamento enquanto pessoa, en- saudável, ancorada na qualidade
paradoxo é que a percepção da cul- quanto profissional. e nos pressupostos de trocas jus-
tura boa ou da cultura má depende tas e equilibradas entre todos os
da perspectiva de quem a está a As organizações distinguem-se intervenientes internos e externos,
analisar. Na perspectiva do líder, a não apenas pelo sector económico é um lucro merecido e potenciador
cultura é boa quando a análise que no qual actuam, pela sua dimen- de novas sinergias.
faz aponta para uma cultura real são ou pelos países que as aco-
muito próxima da cultura requeri- lhem, não apenas pelas lideranças Não tenhamos dúvidas: temos
da (por ele). Na perspectiva do co- que as conduzem ou pelas culturas organizações fortes e organiza-
laborador, a cultura é má quando que as caracterizam, mas muito ções fracas – temos e continuare-
a análise que faz aponta para uma devido ao valor que atribuem mos a tê-las! Da minha parte, na
cultura requerida contrária aos ao que representa o objecto úl- primeira avaliação, esforço-me por
seus valores, princípios ou crenças. timo da sua existência no mercado. olhar para todas elas como se fos-
sem organizações fortes.
O bom líder comunica bem com Aquelas que estão conscientes da
a sua equipa. E fá-lo, sobretudo, verdadeira razão da sua existência Assim começam as reflexões da
através do exemplo. Centra-se no compreendem o quanto é impor- águia sobrevoando o ninho, as
sucesso da equipa em prol dos resul- tante integrar essa mensagem na quais nos acompanharão ao longo
tados organizacionais. O mau líder cultura da organização. Aquelas das próximas edições.
comunica bem consigo próprio, que estão demasiado preocupa-
esquecendo a equipa. Centra-se das em garantir a sobrevivência
em si. A sua mensagem nunca che- das lideranças dos níveis de topo
ga, pois é um relato egocêntrico, da hierarquia não são beneficiadas
destituído de objectivo colectivo. pelo prémio da combinação siner-
gética das motivações individuais.

Agosto de 2010 Formação&Negócios 13


ENTREVISTA

Sistema de Normalização Contabilíst


Em Janeiro de 2010, entrou em de que têm por base as IAS/IFRS, tal registo das transacções, sempre numa
vigor o novo Sistema de Nor- como acontece com o SNC, porque a perspectiva económica, passando a
informação financeira de base para os haver, tal como referi, uma separação
malização Contabilística (SNC), negócios também é global, devendo a clara entre os conceitos económicos e
que veio substituir o anterior informação ser entendível por todos fiscais na preparação da informação.
Plano Oficial de Contabilidade os intervenientes, o que não acontecia De referir que o Código do IRC foi
(POC). no passado. Esta adaptação tem sido igualmente ajustado, ao nível concep-
São muitas as questões que se extensível a sectores específicos da tual, com o propósito de adaptar e cla-
actividade económica, como o sector rificar os novos conceitos contabilísti-
têm levantado relativamente a financeiro e segurador. cos ao nível da fiscalidade, como é o
este novo modelo. Fomos con- Em segundo lugar, devido à informa- caso das Imparidades e do Justo Valor.
versar com João Monarca Pires, ção relevante para os utilizadores das
Revisor Oficial de Contas (ROC) demonstrações financeiras. Com a F&N: Tem-se verificado algumas difi-
para tentar perceber um pouco alteração do paradigma da contabili- culdades, relativamente à implemen-
dade é cada vez mais importante, por- tação do sistema...
melhor este novo plano. que todos assim o exigem, no propó- JMP: A principal dificuldade de imple-
sito que a informação financeira seja mentação será ao nível das mentalida-
Formação&Negócios: O que é o Siste-
completa, clara, comparável e útil para des, uma vez que na generalidade das
ma de Normalização Contabilística?
quem tem de tomar decisões com situações, as normas de contabilidade
João Monarca Pires: O SNC, é a abre-
base em tal informação. exigem informação que até à data não
viatura de Sistema de Normalização
Finalmente, existe uma maior trans- era disponibilizada aos contabilísticas,
Contabilística que entrou em vigor a
parência (mais informação que antes ou simplesmente, era omitida.
partir do passado dia 1 de Janeiro de
era omissa). Justifica um maior envol- A título de exemplo, podemos referir
2010, tendo substituído o POC- Plano
vimento da gestão no processo de a estimativa que deve ser feita da vida
Oficial de Contabilidade e as Direc-
preparação da informação financeira, útil de um activo importante para o
trizes Contabilísticas. Este sistema foi
com uma maior interacção com os negócio. Com o POC, embora este
constituído tomando por base as IAS/
profissionais da contabilidade, exigin- mencionasse que se deveria estimar
IFRS- Normas Internacionais de Conta-
do-lhes também um maior rigor na a vida útil dos activos em função da
bilidade, as quais vinham sendo apli-
interpretação dos factos patrimoniais sua utilidade esperada, era prática co-
cadas desde 1 de Janeiro de 2005, para
face aos conceitos que estão subja- mum considerar que as amortizações
as empresas que apresentam as suas
centes a cada uma das Normas (NCRF). dos bens seguissem os critérios fiscais.
demonstrações financeiras em merca-
Também em relação aos gestores, será Com as novas Normas, será exigido
do regulamentado, ou seja, na bolsa.
exigido um maior envolvimento na que haja um maior envolvimento dos
Este novo sistema introduz coerência
preparação da informação financeira, técnicos da empresa, no que respeita
em todo processo contabilístico utili-
até porque são os principais responsá- à partilha de informação sobre as es-
zado em Portugal pelas mais diversas
veis por tal informação. pecificidades técnicas ao nível da uti-
entidades, eliminando alguns pro-
lização de tais bens, bem como dos
blemas relevantes para a tomada de
“Introduz coerência a todo gestores, no que respeita à sua ava-
decisão, como a comparabilidade da
liação sobre o que esperam que tais
informação financeira e, no meu pon- o processo contabilístico activos venham a contribuir para o ne-
to de vista, incorpora um conjunto de
Normas(as NCRF - Normas Contabilís- utilizado em Portugal...” gócio futuro, nomeadamente, no que
respeita à avaliação do investimento
ticas de Relato Financeiro) que ajudam
em termos de benefícios económicos
a clarificar o processo de registo conta-
F&N: Então, na sua opinião, quais as futuros. Será da conjunção destes fac-
bilístico das transacções sendo reque-
vantagens, face ao POC? O que traz de tores que se deverá estabelecer a vida
rido um maior envolvimento por parte
novo? útil, ou utilidade esperada de certo ac-
dos gestores em todo o processo.
JMP: As grandes vantagens face ao tivo, a qual também deverá ser revista,
POC estão, sem dúvida, ao nível de caso ocorram situações de alterações
F&N: Porquê a necessidade de altera-
mais e melhor informação disponibi- significativas no negócio da entidade,
ção?
lizada aos utilizadores das demons- obsolescência do activo ou qualquer
JMP: A introdução deste novo siste-
trações financeiras e a utilização de outra situação que tenha impacto
ma deveu-se a três razões fundamen-
conceitos económicos e financeiros no valor recuperável do activo. Deste
tais. Primeiro, devido à Globalização.
no processo contabilístico, ao invés do modo, as demosntrações financeiras
A generalidade das economias já
que acontecia no passado. As Normas vão reflectir melhor o valor dos activos
adoptaram ou estão em processo de
que fazem parte do SNC, obrigam ao e a realidade do negócio da entidade
adopção das normas de contabilida-

14 Formação&Negócios Agosto de 2010


ENTREVISTA

tica vs Plano Oficial de Contabilidade


bem como a sua volatilidade. No caso
de existirem divergências entre a vida
ecnonómica estabelecida para certo
activo/negócio então tais impactos
devem igualmente ficar expressos na
contabilidade pelo reconhecimento
de impostos diferidos, mantendo as-
sim a separação conceptual que é exi-
gida.
Contudo, para além da questão das
mentalidades, existe um aspecto mais
prático que se prende com o nível de
informação que é exigido que as em-
presas disponham, bem como a ma-
nutenção no futuro, o que em algumas
situações poderá requerer alterações
profundas nos sistemas de informação
de gestão e nos mecanismos de con-
trolo interno, nomeadamente no que
respeita à gestão da informação na or-
ganização.

“Em algumas situações


poderá requerer alterações
profundas no sistema de
informação da gestão e
nos mecanismos de con-
trolo interno.”
F&N: Enquanto ROC, qual o melhor
modelo, sob o seu ponto de vista?
JMP: Considero que o SNC vai provocar
profundas alterações, pela positiva, na
informação prestada pelas empresas,
mas irá requerer igualmente um incre-
mento significativo no nível de conhe-
cimentos técnicos dos profissionais da
contabilidade.
Estas situações aumentam o risco de
ocorrência de erros ou omissões nas
demosntrações financeiras.
Enquanto ROC, temos a missão de ga-
rantir, perante os utilizadores das de-
monstrações financeiras das empresas
que, a informação preparada pelos
gestores é adequada, suficiente e fi-
dedigna, tomando como base as Nor-
mas. Esta situação, irá exigir também,
uma maior proximidade entre os pre-
paradores da informação (os gestores
e contabilistas) e os que validam tal
informação (os auditores/ROC), exigi-
dos à nossa profissão.

Agosto de 2010 Formação&Negócios 15


ENTREVISTA (CONT.)

F&N: Quais as NCRF em vigor?


JMP: São as seguintes:

SNC Título Normas IAS B


NCRF 1 Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financei- IAS 1
ras
NCRF 2 Demonstração dos fluxos de caixa IAS 7

NCRF 3 Adopção pela primeira vez das NCRF IFRS 1


NCRF 4 Políticas contabilísticas. Alterações nas estimativas IAS 8
e erros
NCRF 5 Divulgação de partes relacionadas IAS 24

NCRF 6 Activos intangíveis IAS 38

NCRF 7 Activos fixos tangíveis IAS 16

NCRF 8 Activos não correntes detidos para venda e uni- IFRS 5


dades operacionais descontínuas
NCRF 9 Locações IAS 17
NCRF 10 Custos de empréstimos obtidos IAS 23
NCRF 11 Propriedades de Investimento IAS 40
NCRF 12 Imparidade de activos IAS 36
NCRF 13 Interesses em empreendimentos conjuntos e inves- IAS 28 e IAS 31
timentos em associadas
NCRF 14 Concentração de actividades empresariais IFRS 3
NCRF 15 Investimentos em subsidiárias e consoliação IAS 27
NCRF 16 Exploração e avaliação de recursos minerais IFRS 6

João Monarca Pires NCRF 17 Agricultura IAS 41


NCRF 18 Inventários IAS 2
Partner, SROC Unipessoal Lda NCRF 19 Contratos de construção IAS 11
Sociedade de Revisores Oficiais NCRF 20 Rédito IAS 18
de Contas, Avenida das Na- NCRF 21 Provisões, passivos contingentes e activos contin- IAS 37
gentes
ções Unidas Nº23 - Escritório A,
NCRF 22 Contabilização dos subsídios do Governo e divulga- IAS 20
Telheiras - 1600-530 Lisboa ção de apoios do Governo
NCRF 23 Os efeitos de alterações em taxas de câmbio IAS 21
NCRF 24 Acontecimentos após a data do balanço IAS 10
NCRF 25 Impostos sobre o rendimento IAS 12

NCRF 26 Matérias ambientais -

NCRF 27 Instrumentos financeiros IAS 32, 39 e


IFRS 7
NCRF 28 Benefícios a empregados IAS 19

Como se pode constatar, as NCRF cosntituem uma adaptação das IAS/IFRS, através de
uma correspondência quase directa e visam garantir, no essencial, os critérios de reconhe-
cimento, mensuração e divulgação dos activos, passivos, rendimentos e gastos e demais
informação sobre cada tema que as Normas retratam.

16 Formação&Negócios Agosto de 2010


À LUPA

Sílvia Ferreira

Vendas a retalho
No mundo das vendas a retalho, Devem vender-se benefícios, não so-
tenho-me deparado muitas vezes, mente produtos. O cliente aprecia que
com as dificuldades de quem atende lhe sejam explicados os benefícios que
para poder concretizar uma venda. terá ao comprar, para isso será vanta-
joso fazê-lo através de evidências reais
Saber vender para quem nos entra e comprovadas.
pela loja a dentro, com uma inten-
ção de comprar alguma coisa, é algo Conseguir a concordância que os
muito sensível e depende da forma e benefícios são reais, irá conseguir sin-
do tratamento de quem nos atende. tonizar a vontade de vender com von-
São as ações que mais contam, não so- tade de comprar do cliente.
mente as palavras.
São os resultados, não as promessas. Para que tal seja conseguido,
o vendedor a retalho deve criar ima-
Quando os clientes entram na loja gens positivas em todas as palavras
para ver este ou aquele produto, in- que utiliza. Deve ainda analisar através
teriorizam um conjunto de questões da comunicação não verbal todos os
que lhes permitem analisar a ne- sinais que o cliente vai demonstrando
cessidade que os levou a entrar. ao longo do processo de atendimento.

1-Será que PRECISO mesmo disto? Manter uma atitude positiva permite
conseguir visualizar os benefícios para
2-Será que QUERO mesmo este o cliente, para a empresa e para quem
produto? vende. Mesmo quando se enfrenta
uma resistência, o importante é não
esquecer que o nosso esforço só será
3-Será que preciso disto AGORA? apreciado se o cliente sentir que esta-
mos ali para o ajudar.
Será que estou disposto a pagar
ESTE preço? A venda a retalho deve ser abordada
numa perspectiva da melhor forma
4-Será que quero comprar este de atender um cliente no interior da
produto NESTA loja? loja. Ao fazermos isso estamos a criar
o nosso espaço de uma forma positiva
5-Será que encontro outras alterna- e duradoura.
tivas?
Boas Vendas!
É pois, muito importante para quem
atende mostrar ao cliente que os seus
produtos prometem muito e entre-
gam ainda mais.

Agosto de 2010 Formação&Negócios 17


PONTO DE VISTA

A Empresa de uma Vida, por Fátima Mendes

A Maria E. tem já doze dentes. 12. Rodeadas de muito amor e cari- Proporcionar, abrir caminhos, criar
Tantos quantos os anos que a Maria nho, as nossas Marias estão a oportunidades, cabem em primei-
C. vai fazer este mês. Pelo meio, está crescer a olhos vistos. Orgu- ra instância a nós, pais. Temos este
a outra Maria C., que conta metade lhosamente falo, a crescer não só poder/dever de incutir, de ajudar
da idade. E alguns dentes a menos… anatomicamente, mas também e a formar a personalidade, de dar a
sobretudo enquanto pessoas, ci- formação que podemos e propor-
A primogénita, logo pelos dois dadãs do mundo, com princípios cionar a restante.
anitos, perguntava: “mamã, o que e valores que tornam a empresa A partir daí, é vê-los a voar, a dar
é uma “bigadora”? (vá-se lá saber de uma vida naquela em que mais cabeçadas (porque não?) e a voltar
porquê, a pobrezinha não con- devemos investir. Se a bebé já sabe a voar…
seguia dizer a palavra “advogada”). dar aqueles deliciosos miminhos a
E lá lhe fui explicando que a mãe quem dela gosta, a Maria C. dos 6 A advocacia abriu-me outros hori-
defendia os bons dos maus, ten- anos comove-se até quase às lágri- zontes, outras formas de ver e vi-
tava ajudar as pessoas que eram mas com a pobreza de alguns me- venciar…ao ver pessoas a sofrer,
maltratadas, tudo isto para viver- ninos e arranja um saco de plástico ao tentar ajudá-las - e nesta parte
mos num mundo melhor e mais com brinquedos para dar… reitero o que disse às minhas crias
sorridente; à outra Maria C., quan- Quanto à Maria C., do alto dos seus -, nem sempre com sucesso, in-
do questionada, dei o mesmo tipo quase 1,60 m, é uma aluna aplica- felizmente, ou, simplesmente, ao
de resposta. E provavelmente as- da e responsável, meiga e carido- defender interesses bem mais
sim será com a Maria E., quando sa, que já está na fase de entender mesquinhos, mas igualmente legí-
chegar a altura. que a sua formação, pessoal e aca- timos, tenho vindo a formar-me.
démica, lhe irá proporcionar, no E não tenciono ficar por aqui.
Claro está que o advogado não de- futuro, aquilo que desejar ser ou
fende só os bons dos maus e nem fazer. É com o mesmo entusiasmo
sempre está do lado dos mais fra- que vai para a escola, frequenta as
Para as Marias do meu coração,
cos, ou dos que têm razão. Mas isso suas aulas de dança ou joga ande-
elas não entendiam ainda, quando bol. E a família, cá está, por elas e
me indagaram. Deixei-as achar que para elas! alea jacta est!
sim. Até hoje. Sobretudo, porque
no seio da maior empresa de uma Tudo isto para salientar o quanto
vida, a FAMÍLIA, tentamos dar-lhes é importante o investimento fa-
o exemplo, quer por palavras, quer miliar na formação de cada um de
sobretudo por actos, do que nos nós. Partimos da satisfação pes-
parece certo, justo, bom. Temos ali soal para a satisfação profissional e
três aprendizes, que, cada uma à não o contrário. Só a auto-estima,
sua maneira, requer a nossa aten- a vontade de vencer, o animus de
ção, o nosso assentimento, a nossa não desistir, abrem o caminho para
aprovação. o sucesso profissional.

18 Formação&Negócios Agosto de 2010


PRODUTOS

A Visar Mediação de Seguros, Lda, conta com mais de uma década de experiência, aliada à dedicação de todos os seus colabo-
radores, na escolha dos melhores parceiros Seguradores e das melhores soluções de protecção para as famílias portuguesas,
particulares e para as PME’s.

Protecção Família
O que é?
O Liberty Protecção Família é um Se tiverem um acidente em casa, se
seguro de acidentes pessoais que caírem de bicicleta ou até adoecerem
lhe garante protecção em caso de numa viagem, podem contar com o
acidente, a si, ao seu cônjuge e aos Liberty Protecção Família 365 dias por
seus filhos, até perfazerem 24 anos, ano, em qualquer parte do mundo.
num máximo de 5 pessoas seguras.
Seja nas férias, a passear, ou simples- Tem a garantia de poder optar pelo
mente em casa, a protecção está médico do hospital da sua preferência
sempre presente para si e para os e fazer face aos imprevistos sem afec-
seus filhos. tar o seu orçamento familiar.

Vantagens
- Sem franquias;

- Leque de coberturas de assistÊncia muito completo,


incluindo Assistência Doméstica patra donas de casa a
tempo inteiro e Assistência Médica em Portugal ou no
Estrangeiro;

- Válido nas férias, viagens, etc. Para mais informações: geral@visar.pt

Agosto de 2010 Formação&Negócios 19


SERVIÇOS

Financiamentos
A escassez ou inexistência de capital Assim, se o negócio cresce, as neces- Para tal, podemos seguir o formato
na criação e/ou desenvolvimento da sidades de capital tendem também de financiamento bancário (como por
sua empresa é uma das principais cau- a aumentar. É, portanto, importante exemplo, o leasing ou empréstimo a
sas para o insucesso das PME’s. definir uma estratégia e garantir que a médio/longo prazo), ou candidatar-se
sua empresa dispões de financiamen- a apoios e incentivos financeiros exis-
Muitas vezes o que acontece é que o to necessário para a implementação tentes, disponibilizados pelo Governo
dinheiro gerado pelas vendas não é dos seus objectivos. Português e/ou Comunidade Euro-
suficiente para cobrir as necessidades peia.
de capital.

Conheça sucintamente os Sistemas de Incentivo existentes


IEFP PRODER: PROGRAMA DE DESEN- integrando-se em redes empresariais,
A situação de desemprego afecta VOLVIMENTO RURAL dinamizando a sua actividade.
cada vez mais a população. No entan- Apoio na criação ou desenvolvimento Incentivo: Sob a forma de Fundo Per-
to esta situação pode ser vista como da sua actividade agrícola, turismo dido pode ir até 45% do Investimento
a oportunidade para a criação do seu e animação turística e outros ramos elegível.
próprio emprego. económicos, que se encontram em
Incentivo: Antecipação das presta- zonas predominantemente rurais. Nota: Esta informação tem por base
ções de desemprego e apoio a fundo Incentivo: Sob a forma de Fundo Per- legislações anteriores, podendo sofrer
perdido ou através de empréstimo dido até 60% do Investimento elegív- alterações nas próximas candidaturas.
com garantia. el.

QREN: INOVAÇÃO, EMPREENDORIS-


MO E QUALIFICAÇÃO MODCOM: MODERNIZAÇÃO DO CO-
Direccionado para empresas que MÉRCIO
pretendem investir na criação ou ex- Direccionados para empresas de Co-
pansão de actividades inovadoras e mércio, cujo objectivo visa apoiar os
com grande potencial estratégico de comerciantes que pretendem mod-
crescimento. ernizar os seus estabelecimentos, ou
Incentivo: Pode ser Reembolsável ou
a Fundo Perdido.

Como fazemos?
A experiência e o sucesso obtido na execução de diversas candidaturas faz-nos acreditar que a sua empresa também o irá
conseguir.
Temos como objectivo primordial ajudá-lo na realização e acompanhá-lo na execução do seu projecto, de forma a assegurar
que o mesmo cria mais valor à sua actividade e sucesso à sua empresa.
Na preparação e elaboração das candidaturas adoptamos métodos de trabalho que achamos os mais adequados e eficazes,
nesse sentido seguimos estes passos:

1-Estudo e análise do negócio:


Ouvimos a sua ideia, analisamos a sua elegibilidade e viabilidade, e aconselhamos a tomada de decisão.

2-Preparação da candidatura e do Estudo de Viabilidade Económica:


Reunimos a documentação, projectamos económica e financeiramente o seu projecto, de acordo com os critérios específi-
cos do concurso.

3-Preenchimento e apresentação do formulário:


Preenchemos e entregamos o formulário junto da entidade competente e preparamos o dossier da sua candidatura.

Para além dos Sistemas de Incentivo existentes, a Visar conta ainda com parcerias de renome, como o Banco Santander
Totta, que não sendo possível enquadrar o seu projecto ajudamo-lo a financiar o seu projecto com inúmeras vantagens.
Se pretender informações mais detalhadas sobre estes sistemas de incentivos sugerimos que nos envie um e-mail fazendo
uma pequena descrição do seu projecto para geral@visar.pt ou se preferir pode contactar-nos via telefone 232416689, pois
teremos todo o gosto em ajudar.

20 Formação&Negócios Agosto de 2010


NOTÍCIAS / EVENTOS

Protocolo entre ENB e ATEC - Academia de Formação


Ao longo da sua existência a Escola de Por outro lado, esta parceria vem de- A estratégia da ATEC passa pela ino-
Negócios das Beiras (ENB) tem realiza- monstrar ainda, o empenho contínuo vação e diversificação de mercados,
do protocolos com entidades de re- da ENB e da ATEC no sentido de ofere- sendo exemplo disso o investimento
nome, de forma a enriquecer a oferta cer formação de qualidade ao capital em áreas necessárias à indústria. Des-
formativa existente na região Cenntro. humano sempre com o objectivo do de que iniciou a sua actividade que a
O estabelecimento destes protocolos, saber – fazer e do saber -estar, basea- ATEC trabalha junto de organizações
pretende ainda activar o potencial en- da na experiência de profissional qua- atingindo objectivos de optimização
dógeneo da região e desenvolver ac- lificada. de processos de produção, seja através
ções que contribuam e possibilitem a A ATEC - Academia de Formação, de processos formativos ou através de
consolidação das redes de inter - rela- sedeada no Parque Industrial da serviços de consultoria. De forma geral
cionamento entre a escola, a socieda- Volkswagen Autoeuropa em Palme- a intervenção da ATEC incide nas áreas
de e as empresas. la, direcciona a sua intervenção no de Desenvolvimento Pessoal e Organi-
Assim sendo, e de forma a comple- âmbito da formação profissional para zacional, Técnica, Qualidade, Higiene
mentar a sua oferta formativa, mais jovens e adultos e empresas, a par de e Segurança Métodos e Organização
concretamente nas áreas de Produ- outros serviços, de onde se destaca a de Trabalho, metodologias Lean e ao
ção e Logística, a ENB estabeleceu no Consultoria Estratégica e Operacional. nível de Processos Logísticos, entre
passado dia 12 de Julho, uma parceria A formação da ATEC caracteriza-se por outros.
com a ATEC - Academia de Formação, uma abordagem abrangente e orien- A ATEC é entidade formadora e certifi-
ficando assim mais completo o leque tada para a prática, procurando sem- cada pela DGERT, sendo também Aca-
formativo para o segundo semestre pre responder às necessidades reais demia certificada Premium Microsoft,
do ano. A falta de profissionais na área do mercado, estabelecendo, para tal, centro de formação KNX e Academia
de Logística é bastante elevado e as parcerias que se traduzem em grande ITED e ITUR.
empresas recrutam, muitas vezes, pro- valor para a empresa e para os seus
fissionais de todos os níveis de quali- formandos.
ficação. É, portanto, objectivo da ENB
e da ATEC colmatar esta necessidade .

I Pequeno - Almoço Temático “Endomarketing”


A Escola de Negócios das Beiras
e a ATEC levaram a cabo no
dia 14 de Julho o I Pequeno-
Almoço Temático, cujo tema abordado
foi o Endomarketing.
Este evento contou com a presença
de responsáveis de algumas empresas
da região que aceitaram o desafio de
participar no pequeno-almoço apre-
cebendo-se, assim,. que o Endomarke-
ting já é aplicado nas suas empresas,
Tal como o próprio nome indica, o embora de uma forma mais dispersa.
conceito destes encontros é permiter
aos convidados tomarem o pequeno- O feedback do evento foi bastante
almoço juntos e onde, informalmente positivo e em cada dois meses preten-
os profissionais de diversas empresas de-se abordar um novo tema relacio-
possam criar sinergias, partilhar boas nado directa ou indirectamente com
práticas, identificar outras abordagens a realidade existente nas empresas,
de possível colaboração, aprender um que possa ajudar a compreender me-
pouco mais sobre a realidade de cada lhor as necessidades de formação das
uma das empresas, esclarecer, deba- mesmas.
ter, conversar, etc.

O orador convidado foi Vinicius Car-


valho de Carvalho que explicou que
endomarketing nasceu no Brasil, nos
finais dos anos 80 e consiste na venda
“do interior, para o interior da empre-
sa”. Trata-se de incutir os valores da
empresa em todos os membros que
a constituam, para que se sintam en-
quadrados, motivados e daí advenha
um volume de trabalho com qualida-
de superior.

Agosto de 2010 Formação&Negócios 21


CRÓNICA

Rui Pio
E ainda, Portugal!

P ois! Poderão pensar que vos


irei falar na nossa Selecção!
Que vos irei falar da crise!
Os jovens, os empreendedores,
os nossos professores não po-
dem desistir e devem focar-se
nos exemplos positivos que já
existem em Portugal. Seguir o
Sucesso que só é atingível com
muito trabalho pois o único sí-
tio onde o “sucesso” aparece an-
tes do “trabalho”, é no dicionário!

Não! seu exemplo, planear e criar uma


estratégia de futuro e sucesso
económico envolve muito traba-
Vou falar-vos do “pão que o diabo
lho, rigor, disciplina e compromisso.
amassou” e que por esse facto
Só desta forma será possível traçar
somos todos nós responsáveis
um plano sustentado de futuro não
por mudar o “estado das coisas”.
deixando de apoiar e de quebrar
São décadas e décadas de apren-
as inúmeras barreiras a quem quer
dizagem que a nada têm levado,
fazer alguma coisa e se depara
pois ano após ano, ciclo após
sempre com enormes dificuldades.
ciclo, tudo se repete de novo.
Uns dirão, ”é como a moda”!
As nossas universidades e escolas
profissionais com os seus docentes
Mas uma coisa é certa, nada está
devem mudar o rumo do ensino
na mesma e apenas “os velhos
e levar os seus alunos para cami-
do Restelo” vêem no Portugal ac-
nhos completamente diferentes
tual algumas semelhanças com
daqueles a que nos habituaram.
o passado, os diversos passados.
Temos já em Portugal alguns bons
Portugal melhorou muito nas
exemplos de escolas e univer-
últimas décadas mas à custa de
sidades incubadoras de empre-
viver do endividamento externo
sas de sucesso e que acabaram
e sem aproveitar essa oportuni-
por ser facilitadoras da sua cria-
dade para se tornar mais com-
ção e desenvolvimento de negó-
petitivo, produtivo e para cum-
cio até ao nível da exportação.
prir com os seus compromissos.
Até nos tornámos mais com-
Estamos em Julho de 2010 e mui-
petitivos e mais produtivos mas
tos estranharam que em algumas
nunca conseguimos deixar de
empresas se fale já do ano 2011
depender tão fortemente do ex-
e se esteja a preparar o mesmo
terior. Quanto aos compromis-
para que assim que termine a
sos já não sinto o mesmo. Não
“época de férias” se inicie no ter-
os honramos, pensamos que são
reno aquilo que acontecerá em
para os outros, deixamos que
2011 e que desta forma tem maio- Força Portugal, vamos trabalhar,
passem no tempo, o que faz que
res probabilidades de sucesso. planificar, executar e cumprir…
a maioria ande sempre “atrasada”.

22 Formação&Negócios Agosto de 2010


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