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Cretaceous and Paleogene radiolarians from the brazilian continental margin basins: biostratigraphical
importance and diagenetic aspects
Valesca Maria Portilla Eilert | Marta Claudia Viviers | Thays de Souza Lima Fidalgo | Nadia Zélia
Gomes Passos | João Graciano Mendonça Filho
260 | Radiolários do Cretáceo e Paleógeno nas bacias da margem continental brasileira: importância bioestratigráfica e aspectos diagenéticos – Eilert et al.
tabela 1), abrangendo, de Sul para Norte, as bacias de Carapebus, Outeiro, Imbetiba), Espírito Santo (formações
Pelotas (Formação Imbé), Santos (formações Guarujá, Urucutuca, Regência, São Mateus, Mariricu), Mucuri
Itanhaém, Itajaí-Açu e Marambaia), Campos (formações (Formação Urucutuca) e Sergipe (Formação Riachuelo).
Testemunho 3 1214,90-1212,30 9
Testemunho 1 2390,45-2385,77 23
Poço 4 Eoceno Inferior
Testemunho 2 2403,35-2394,92 13
Santos
Poço 7 Calha 4995-4050 106 Albiano Médio -Superior
Cretáceo (Coniaciano -
Poço 13 Calha 4707-4617 / 4005-3492 69
Campaniano)
Cretáceo (Albiano -
Poço 14 Calha 3654-2799 96
Maastrichtiano)
Poço 16 Calha 5454-5301 18 Albiano Médio
Calha/seção A 3804-3102 79
Calha/seção C 4008-3801 24
262 | Radiolários do Cretáceo e Paleógeno nas bacias da margem continental brasileira: importância bioestratigráfica e aspectos diagenéticos – Eilert et al.
possíveis alterações diagenéticas, foram realizadas Inicialmente, utilizandose o critério de análise
análises em microscopia óptica estereoscópica em visual em microscopia estereoscópica, foram iden
MEV e em EDS (análise por energia dispersiva de tificadas cinco categorias de preservação: boa, mo
raios X). Estas análises possibilitaram avaliar os derada a boa, moderada, ruim a moderada e ruim,
processos físicos e químicos, respectivamente, res segundo os critérios descritos abaixo e exemplificados
ponsáveis pelas alterações observadas nos esque na figura 2 e tabela 2.
letos dos radiolários que futuramente poderão
ser utilizados para interpretar os processos que 1°) preservação boa: o aspecto “translúcido” foi
influenciam a porosidade e a permeabilidade das identificado como indício de boa preservação,
rochasreservatório. pela possibilidade de observação nítida das
Figura 2
1 2 3 4 Graus de preservação dos
esqueletos dos radiolários -
forma visual. Preservação
boa: 1 - poço 4 (T1); 2 e 3 -
poço 4 (T2) ; 4 e 5 - poço 1
(calha). Preservação mode-
rada a boa: 6 - poço 1 (calha);
7 - poço 1(T1). Preservação
moderada: 8 - poço 5 (T1);
9 - poço 7 (calha); 10 - poço
11 (calha) . Preservação ruim
20μm 50μm 20μm a moderada: 11 - poço 13
50μm
(calha); 12 - poço 3 (calha);
13 - poço 12 (calha). Preser-
5 6
7 8 vação ruim: 14 - poço 16
(calha); 15 e 16 - poço 5 (T3).
Fotos: 1-7, 9, 11, 12, 14
(Bacia de Santos); 8, 15,
16 (Bacia de Sergipe); 10
(Bacia do Espírito Santo) e
Foto 13 (Bacia de Pelotas).
Figure 2
20μm 20μm 20μm Radiolarian skeleton
50μm preservation rate - visual
form - Good preservation:
10 11 12 1 - well 4 (T1); 2-3 - well 4
9
(T2); 4-5 - well 1 (cutting).
Good to moderate preser-
vation: 6 - well 1 (cutting);
7 - well 1 (T1). Moderate
preservation: 8 - well 5 (T1);
9 - well 7 (cutting); 10 - well
20μm 11 (cutting). Moderate to
20μm 10μm 10μm bad preservation: 11 - well
13 (cutting); 12 - well 3 (cut-
16
13 ting); 13 - well 12 (cutting).
14 Bad preservation: 14 - well 16
15
(cutting); 15-16 - well 5 (T3).
Photos: 1-7, 9, 11, 12, 14 (Santos
Basin); 8, 15, 16 (Sergipe Basin);
10 (Espírito Santo Basin) and 13
(Pelotas Basin).
20μm
20μm
50μm 50μm
Sem registro de
Mucuri Poço 6 Testemunho
radiolários
2°) preservação moderada a boa: o aspecto tran 4°) preservação ruim a moderada: aspecto tran
sicional entre exemplares mostra esqueletos sicional entre exemplares moderadamente
bem preservados com aspecto translúcido, mas preservados, com características morfológicas
com sinais iniciais de alteração. Essa preserva externas pouco identificáveis e espécimes com
ção pode estar relacionada a um processo de elementos da morfologia básica praticamente
recristalização ou substituição; não reconhecíveis;
3°) preservação moderada: aspecto “leitoso/ 5°) preservação ruim: o aspecto “grosseiro/ru
porcelanoso” do esqueleto que mantém a goso/açucarado/aglutinado” foi identificado
264 | Radiolários do Cretáceo e Paleógeno nas bacias da margem continental brasileira: importância bioestratigráfica e aspectos diagenéticos – Eilert et al.
como indício de preservação ruim, quando substituição parcial por pirita e (4) recristalização,
as estruturas morfológicas do esqueleto não evidenciada pelas altas porcentagens peso de SiO2
são reconhecidas, podendo esta preservação e sendo o processo diagenético mais observado na
estar relacionada à substituição por outros maior parte dos exemplares.
compostos químicos diferentes de sílica, tais
como CaCO3 (calcita), FeS2 (pirita) e etc.
dissolução parcial e total e deformação
Posteriormente foram realizadas análises em MEV
e EDS (Fidalgo, 2009; Fidalgo et al., 2009) que reve
dos esqueletos
laram os seguintes tipos de alteração dos esqueletos:
(1) dissolução parcial e total dos esqueletos, eviden Exemplares preservados na forma de moldes inter
ciada pela preservação na forma de moldes internos; nos (esqueleto original dissolvido) e alguns indivíduos
(2) deformação dos esqueletos, evidenciada pela com esqueleto mecanicamente deformado foram
ocorrência de exemplares achatados; (3) registro de identificados no material estudado (fig. 3).
Figura 3
Exemplares preservados na
1 2 3 4
forma de moldes internos:
1-4 - Poço 11; 5-8 - Poço 12;
9 - Poço 15; 10 e 11 - Poço 19;
12 - Poço 20. Fotos: 1-4, 9, 12
(Bacia do Espírito Santo); 5-8
(Bacia de Pelotas); 10 e 11
(Bacia de Santos).
20μm
Figure 3
Preservation as internal casts:
5 1-4 - well 11; 5-8 - well 12;
20μm 10μm 50μm 9 - well 15; 10-11 - well 19;
12 - well 20. Photos: 1-4, 9,
12 (Espírito Santo Basin); 5-8
6 7 8
(Pelotas Basin); 10 and 11
(Santos Basin).
20μm
50μm 20μm 20μm
9 10
11 12
Figura 4
Fotomicrografia do exemplar
de radiolário em (I) imagem
por elétrons secundários (SE),
(II) elétrons retroespalhados
(BSE), (III) espectros das áreas
1 e 2 e (IV) tabelas com por-
centagem de peso de cada
elemento químico e compostos
químicos, respectivamente.
Figure 4 I II
Radiolarian photomicrogra-
phy - (I) secondary electrons
image (SE), (II) backscat-
tered electrons (BSE), (III)
spectra of the 1 and 2 areas
and (IV) tables with weight
percentage of each chemical
elements and chemical com-
pounds, respectively.
III
IV
266 | Radiolários do Cretáceo e Paleógeno nas bacias da margem continental brasileira: importância bioestratigráfica e aspectos diagenéticos – Eilert et al.
Figura 5
Fotomicrografia, em detalhe,
do exemplar de radiolário
anterior em (I) imagem por
elétrons secundários (SE),
(II) elétrons retroespalhados
(BSE), (III) espectros das áreas
1, 2, 3 e 4 e (IV) tabelas com
I III porcentagem de peso de cada
elemento químico e compos-
tos químicos, respectivamente.
Figure 5
Radiolarian photomicrog-
raphy, detail of figure 4 - (I)
secondary electrons image
(SE), (II) backscattered
II electrons (BSE), (III) spectra
of the 1, 2, 3 and 4 areas,
(IV) tables with weight
percentage of each chemical
elements and chemical com-
IV
pounds, respectively.
Figura 6
Fotomicrografia do exemplar
de radiolário em (I) imagem
por elétrons secundários (SE),
(II) elétrons retroespalha-
dos (BSE), (III) espectros das
áreas 1, 2, 3 e 4 e (IV) tabelas
com porcentagem de peso
de cada elemento quími-
I III co e compostos químicos,
respectivamente.
Figure 6
Radiolarian photomicrogra-
phy - (I) secondary electrons
image (SE), (II) backscattered
electrons (BSE), (III) spectra
II
of the 1, 2, 3 and 4 areas,
(IV) tables with weight
percentage of each chemical
elements and chemical com-
IV pounds, respectively.
da passagem da sílica hidratada opala A (orgâ de Si e picos menores de Al, Mg, Na, C, O, K, Fe,
nica e hidratada) instável original para uma fase Cl, Ti, Ca e Cu. A primeira tabela composicional
mais estável (calcedônia/quartzo), o que poderia apresenta o O e o Si com maiores percentuais de
ser confirmado a partir de análises em difratome peso atômico (53,23% e 46,53%, respectivos ao
tria de raios X. ponto 1; 49,52% e 36,00%, respectivos ao ponto 2;
As áreas 1, 2, 3 e 4, selecionadas na fotomicro 4 8,89% e 37,23%, respec tivos ao ponto 3
grafia (visualmente diferentes), indicam os locais e 50,39% e 38,25%, respectivos ao ponto 4).
microanalisados por EDS cujos quatro espectros Na segunda tabela, confirma a maior taxa percen
mostram um alto pico de porcentagem de peso tual de seu composto químico SiO2, respectivamente
IV
II
268 | Radiolários do Cretáceo e Paleógeno nas bacias da margem continental brasileira: importância bioestratigráfica e aspectos diagenéticos – Eilert et al.
Figura 8 - 1. Acaeniotyle umbilicata - Poço 5
(Test.1-1181,30m), Albiano Médio; 2. Spongatrac-
tus balbis - Poço 4 (Test.2-2397,53m), Eoceno
Inferior; 3. Periphaena delta - Poço 1 (2.310m),
Eoceno Médio; 4. Praenocaryomma universa -
Poço 5 (Test.1-1191,30m), Albiano médio;
5. Dactyliosphaera lepta - Poço 8 (4.950m),
Cenomaniano; 6. Crucella aster - Poço 14 (3.573m),
Albiano; 7. Crucella irwini - Poço 17 (3.310m),
Campaniano; 8. Godia pelta - Poço 3 (3.867m),
Cenomaniano (?); 9. Pseudoaulophachus flore
sensis - Poço 3 (4.017m), Campaniano; 10. Pseu-
doaulophachus lenticulatus - Poço 17 (3.460m),
Campaniano; 11. Pseudoaulophachus lenticulatus
(vista lateral) - Poço 17 (3.460m), Campaniano;
12. Pseudoaulophachus pargueraensis - Poço 8
(4.968m), Campaniano; 13. Amphicraspedum
murrayanum - Poço 4 (Test.2-2397,53m), Eoceno
Inferior; 14. Amphisphaera coronata - Poço 17
(2.550m), Eoceno Inferior; 15. Amphisphaera
kina - Poço 12 (3.291m), Paleoceno Inferior;
16. Amphisphaera macrosphaera - Poço 4 (Test.2-
2397,53m), Eoceno inferior; 17. Dorcadospyris
confluens - Poço 15 (2244m), Eoceno Inferior;
18. Rhopalosyrigium mosquensis - Poço 5 (Test.1-
1184,60m), Albiano Médio; 19. Rhopalosyri-
gium sp. - Poço 17 (3.340m), Campaniano;
20. Cryptamphorella conara - Poço 13 (3942m),
Cretáceo médio.
270 | Radiolários do Cretáceo e Paleógeno nas bacias da margem continental brasileira: importância bioestratigráfica e aspectos diagenéticos – Eilert et al.
Figura 10 - 1. Pseudodyctiomitra pseudomacro-
cephala - Poço 14 (3.339m), Cenomaniano (?);
2. Buryella clinata - Poço 17 (2.770m), Eoceno
inferior; 3. Buryella tetradica - Poço 12 (3.282m),
Paleoceno inferior; 4. Buryella tridica - Poço 9
(3.723m), Eoceno médio; 5. Calocycloma
ampulla - Poço 1 (2.451m), Eoceno Médio;
6. Calocycloma castum - Poço 1 (2.436m),
Eoceno Médio; 7. Phormocyrtis striata striata -
Poço 4 (Test.2-2.394,98m), Eoceno Inferior;
8. Stichomitra communis - Poço 5 (Test.1-
1.191,30m), Albiano Médio; 9. Lamptonium
sanfilippoae - Poço 1 (Test.1-2.353,30m),
Eoceno Inferior; 10. Lamptonium sp. - Poço 4
(Test.2-2.397,53m), Eoceno Inferior; 11. Theo-
cotyle venezuelensis - Poço 1 (2.301m), Eoceno
Médio; 12. Theocotyle venezuelensis - Poço 1
(2.313m), Eoceno médio; 13. Theocotylissa
alpha - Poço 15 (2.262m), Eoceno Inferior;
14. Theocotylissa fícus - Poço 4 (Test.2-
-2.397,53m), Eoceno Inferior; 15. Thyrsocyrtis
hirsuta - Poço 1 (2.304m), Eoceno Médio;
16. Eusyrigium fistuligerum - Poço 9 (3.089m),
Eoceno Médio; 17. Lithochytris vespertilio -
Poço 4 (Test.2-2.397,53m), Eoceno Inferior;
18. Lychnocanoma amphitrite - Poço 1 (Test.1-
2.352m), Eoceno Inferior; 19. Rhopalocanium
ornatum - Poço 1 (2.304m), Eoceno Médio;
20. Bekoma divaricata - Poço 4 (Test.2-
2.402,19m) Eoceno Inferior.
272 | Radiolários do Cretáceo e Paleógeno nas bacias da margem continental brasileira: importância bioestratigráfica e aspectos diagenéticos – Eilert et al.
Figura 12
Sanfilippo et al. (1989), até Nishimura (1992) apre conforme Sanfilippo e Riedel (1989) para o Cretáceo
Registro estratigráfico das
sentar uma nova zona do Paleoceno Superior, Bekoma e Sanfilippo et al. (1989) e Sanfilippo e Nigrini (1998), espécies-guia e espécies-
campechensis, subdividida em três subzonas. Poste para o Paleógeno. acessórias das zonas de
riormente, Hollis (1993) ampliou o biozoneamento Em função da maior parte do material anali radiolários do intervalo
para os demais intervalos do Paleoceno, ao propor sado ser composto por amostras de calha, foram Paleoceno-Eoceno.
cinco novas zonas (Amphisphaera aotea, A. kina, inicialmente enfatizadas as últimas ocorrências das
Figure 12
Stichomitra granulata, Buryella foremanae e B. tetra- espécies-guia e registradas todas as evidências e Stratigraphical ranges of the
dica), abrangendo o limite Maastrichtiano-Daniano e suposições de retrabalhamento. guide and accessory species
o Paleoceno Inferior e Médio, a partir de radiolários Dentre os táxons identificados foram reconhecidas from the Paleocene-Eocene
coletados em afloramentos de depósitos marinhos importantes espécies-guia dos diversos andares do radiolarian biozones.
274 | Radiolários do Cretáceo e Paleógeno nas bacias da margem continental brasileira: importância bioestratigráfica e aspectos diagenéticos – Eilert et al.
diversos táxons encontrados, da identificação das Na seção do Paleoceno Inferior da Bacia de Pelotas,
primeiras e últimas ocorrências de alguns táxons-guia destaca-se o registro de espécies-guia de radiolários
reconhecidos internacionalmente, além das associações da Zona Amphisphaera kina, cuja ocorrência em nível
de espécies presentes. global é rara, devido ao problema de preservação em
No intervalo do Paleógeno, as zonas identifi depósitos dessa idade
cadas foram correlacionadas com as 18 biozonas Considerando os resultados obtidos até o momento,
do zoneamento padrão internacional (biozonas RP2 os radiolários do Cretáceo e Paleógeno podem ser
a RP19). Os intervalos identificados estão caracte considerados como ferramentas úteis para os estudos
rizados por associações típicas dos zoneamentos bioestratigráficos de sequências marinhas das bacias da
bioestratigráficos apresentados por Sanfilippo et al. margem continental brasileira, particularmente em alguns
(1989) e Sanfilippo e Nigrini (1998), complemen intervalos, onde outros grupos de microfósseis são menos
tados e refinados por Nishimura (1992) e Nigrini e abundantes, mal preservados ou mesmo ausentes.
Sanfilippo (2000).
As biozonas identificadas para cada bacia foram
agradecimentos
agrupadas segundo a cronoestratigrafia (tabela 3).
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278 | Radiolários do Cretáceo e Paleógeno nas bacias da margem continental brasileira: importância bioestratigráfica e aspectos diagenéticos – Eilert et al.
expanded abstract The analysis of the stratigraphical distribution of the
identified species allowed the identification of some
bioevents, specially the first and last taxa occurrences
Common, moderate to well preserved polycystine that represented the basis for the definition of the
radiolarian assemblages, ranging in age from the international biozones: (1) Cretaceous (Aptian?/
Cretaceous to the Paleogene have been recognized Albian to Maastrichtian): Acaeniotyle umbilicata
through the study of samples from 19 exploratory Zone, Obesacapsula somphedia Zone, Theocampe
wells drilled in the Brazilian continental margin. Inves urna Zone, Amphipyndax pseudoconulus Zone and
tigations on the biosiliceous fraction of the marine Amphipyndax tylotus Zone; (2) Paleogene (Paleocene
deposits from Pelotas, Santos, Campos, Espírito to Eocene): RP1 to RP20 zones - Amphisphaera
Santo, Mucuri and Sergipe basins were carried out to aotea Zone, Amphisphaera kina Zone, Stichomitra
test the potentiality of radiolarians as useful tools for granulata Zone, Buryella foremanae Zone, Buryella
the geological knowledge of Cretaceous-Paleogene tetradica Zone, Bekoma campechensis Zone, Bekoma
sequences, particularly in the more distal sectors of bidartensis Zone, Buryella clinata Zone, Phormocyrtis
these basins. As their opaline skeletons are not affec striata striata Zone, Theocotyle cryptocephala Zone,
ted by the increasing bathymetry and can surpass the Dictyoprora mongolfieri Zone, Thyrsocyrtis triacantha
calcium carbonate compensation depth – CCD the Zone, Podocyrtis ampla Zone, Podocyrtis mitra Zone,
radiolarians can be found in abundance in intervals Podocyrtis chalara Zone, Podocyrtis goetheana Zone,
that correspond to deep marine (slope and basin) Cryptocarpium azyx Zone, Calocyclas bandyca Zone,
successions. The distribution of their skeletons along Cryptocarpium ornatum Zone and Theocyrtis tube
the studied wells is discontinuous, with intervals rosa Zone. Faunistic similarities were observed with
showing an expressive number of specimens and taxons identified in cretaceous assemblages from
others with low numbers. This study also aimed to California (United States), north of the Apeninnes
recognize the types of diagenetic changes and to Mountains (Italy), Betic Cordillera (Spain) and Russian
analyze the distinct degrees of preservation of the Platatform. The Paleogene species were compared
radiolarian skeletons. The estimate of the radiolarian to typical representatives from assemblages found
preservation rate in the studied wells was analyzed in sediments from the tropical regions in the Gulf of
through stereoscopic optical microscopy, scanning Mexico, Cuba, in the Caribbean and in the Phillipines
electron microscopy (SEM) and Energy-Dispersive seas in the central region of the Indian Ocean, in the
X-ray Spectroscopy (EDS). All these procedures were eastern Pacific, in the eastern and western North
made in order to evaluate, respectively, the physi- Atlantic oceans. Several significant bioevents (first
cal and chemical processes that are responsible for and last occurrences of the index-species) identified
changes in the radiolarians skeletons that afterwards in the studied wells permitted the identification and
could be used to interpret the diagenetic processes correlation of the brazilian assemblages with the
that influence the porosity and permeability of res- Cretaceous to Paleogene standard zonation, estab-
ervoir rocks. As a result of this study, four types of lished to low and middle latitude regions. Consi
preservation were identified: (1) full and partial dis- dering the taxonomic and biostratigraphical results
solution, evidenced by preservation as internal molds; obtained up to this moment, the middle Cretaceous
(2) deformation evidenced by the occurrence of flat- to Paleogene radiolarians were considered as use-
tened specimens; (3) partial replacement by pyrite; ful tools for the study of deep marine sequences,
and (4) recrystallization, evidenced by high weight particularly where other microfossils groups are less
percentages of SiO2. The systematical analysis permit- abundant, badly preserved or even not present at
ted to identify three radiolarian orders, 40 families, all. This survey reports part of the results obtained
108 genera and 281 infra-generic taxa. Among the during the development of the Projeto Radiolários
identified taxa it was possible to recognize impor- (Prorad), which was supported by Finep and BPA/
tant index-species of different stages from middle to Cenpes/Petrobras, developed with the partnership of
Upper Cretaceous (Aptian?/Albian to Maastrichtian), the Departamento de Geologia of the Universidade
as well as from the Paleogene (Paleocene to Eocene). Federal do Rio de Janeiro/UFRJ.
eilert@lafo.geologia.ufrj.br mcviviers@petrobras.com.br
Valesca Maria Portilla Eilert fez doutorado em Marta Claudia Viviers é graduada em Ciências
Ciências Micropaleontologia (1997) e mestrado em Geológicas pela Universidade de Buenos Aires
Geociências (1988), ambos pela Universidade Federal (UBA), Facultad de Ciencias Exactas e Naturales
do Rio Grande do Sul, desenvolvendo pesquisa sobre (1960). Atua como geóloga e consultora técnica
radiolários cenozoicos. Possui conhecimento sobre na área de Bioestratigrafia e Paleoecologia no
radiolários aprimorado durante estágios realizados Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), onde
no Museu de Paleontologia da Universidade de Oslo, atua por mais de 30 anos. Especialista na área de
Noruega (19951996, 2002), no Departamento de estratigrafia, com ênfase em bioestratigrafia, pa
Geologia da Universidade da Flórida, Gainesville (1998) leoecologia e paleoceanografia de foraminíferos e
e em visita técnica ao DSDP/ODP Micropaleontological ostracodes marinhos.
Reference Collection no Scripps Institution of
Oceanography, Universidade da Califórnia em San
Diego, EUA. Professora colaboradora do Programa Thays de Souza Lima Fidalgo
de PósGraduação em Geologia do Instituto de Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Geociências da Universidade Federal do Rio de Instituto de Geociências
Janeiro (PPGL/UFRJ), desenvolvendo atividades de Departamento de Geologia
ensino e orientação de pesquisas de graduação e pós Laboratório de Palinofácies e Fácies Orgânica
graduação sobre microfósseis silicosos. Pesquisadora
(Coppetec/UFRJ), desenvolvendo projetos na área
de micropaleontologia aplicada (bioestratigrafia e thaysfidalgo@lafo.geologia.ufrj.br
paleoecologia). As pesquisas realizadas (Prorad) têm
como principal objetivo a análise bioestratigráfica Thays de Souza Lima Fidalgo é Geóloga da
dos radiolários encontrados em rochas do Cretáceo Universidade Federal do Rio de Janeiro e Mestre
ao Paleógeno nas bacias sedimentares da margem em Geociências (PPGL/UFRJ). Possui experiência na
continental brasileira. área de micropaleontologia de microfósseis silico
sos radiolários. Atuação profissional em projetos
de pesquisa ligados a bioestratigrafia de radio
lários. Participação em projetos de pesquisa da
Rede de Micropaleontologia Aplicada “Aplicação
da Bioestratigrafia de Radiolários ao Refinamento
Estratigráfico do Cretáceo e Paleógeno nas Bacias
Brasileiras“ de 2007 a 2011 e o atual, iniciado
em Julho/2012, “Microfósseis Silicosos Aplicados
à Estratigrafia das Bacias Marginais Brasileiras
Arcabouço Bioestratigráfico com base em Radio
lários e Implantação do Estudo de Silicoflagelados“
em andamento.
280 | Radiolários do Cretáceo e Paleógeno nas bacias da margem continental brasileira: importância bioestratigráfica e aspectos diagenéticos – Eilert et al.
Nadia Zélia Gomes Passos João Graciano Mendonça Filho
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Instituto de Geociências Instituto de Geociências
Departamento de Geologia Departamento de Geologia
Laboratório de Palinofácies e Fácies Orgânica Laboratório de Palinofácies e Fácies Orgânica
nadia@lafo.geologia.ufrj.br graciano@geologia.ufrj.br
Nadia Zélia Gomes Passos fez doutorado em João Graciano Mendonça Filho é graduado em
Geologia na U FR J. Realiza pesquisas sobre Geologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPA)
os radiolários pleisto holocênicos do Golfo em 1989, Mestre em Geoquímica Orgânica e Doutor
da Califórnia. Possui mestrado em Geociências em Faciologia Orgânica ambos pela Universidade
e especialização em Geologia do Quaternário, Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1993
Departamento de Geologia (IGEO/UFRJ). Atua na e 1999, respectivamente. É professor associado II
área de micropaleontologia de microfósseis silicosos. da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Experiência profissional na área de Geologia, tendo e ocupa o cargo de Decano do Centro de Ciências
participado dos Projetos: “Análise e Bioestratigrafia Matemáticas e da Natureza da UFRJ. Atua na
de Radiolários e Faciologia Orgânica de Amostras do área de Geociências, com ênfase em Geoquímica
Cretáceo/Eoceno” e “Estratigrafia de Alta Resolução do do Petróleo, Geoquímica Orgâ nica Ambiental,
Cretáceo médio e Paleógeno com base em Radiolários Petrografia Orgânica, Palinofácies e Fácies Orgânica.
e Faciologia Orgânica”.