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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG

Escola de Belas Artes

Arthur dos Santos Barbosa

Gustavo Coelho

Marcela Cirino

Millena Muniz

Os Fatores do Movimento de Rudolf Laban: teoria e prática

Belo Horizonte

2017
Arthur dos Santos Barbosa

Gustavo Coelho

Marcela Cirino

Millena Muniz

Os Fatores do Movimento de Rudolf Laban: teoria e prática


O fator fluência

Seminário apresentado no Programa de


Graduação em Teatro da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), como
parte da disciplina “Oficina de
Improvisação Corporal”.

Profª. Drª. Tânia Mara Silva Meireles

Belo Horizonte
2017
Sumário

Introdução .............................................................................................................................................. 4
Análise do fator fluência ...................................................................................................................... 5
Conclusão .............................................................................................................................................. 7
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................................... 7
Introdução
Rudolf Jean Baptiste Attila Laban de Varalja nasceu em 1879 na Bratislava (antiga
Poszonye e a atual República da Eslováquia). Desde pequeno já se observava seu
interesse em analisar o movimento do corpo humano. Entre seus 21 e 28 anos
estudou pintura na Escola de Belas Artes de Paris, e graças a isso começou a se
aprofundar no estudo da análise do movimento.
Em 1910 “em Munique, Laban abandona o estilo impressionista e passa a se
dedicar à prática do expressionismo. Estuda velhos sistemas de notação e a obra de
Jean-Georges Noverre” (MOTA, 2012, p.60), nesse mesmo ano conhece Jacques
Dalcroze e começa a ter mais contato com o lado espiritual através de Vassily
Kandinsky, de Rudolph Steiner e Marie Steiner. Em 1912 cria sua primeira
companhia e através dela apresenta seu primeiro trabalho formal em dança. Em
1913 já com bagagem estética e de pesquisa maior, Laban abre sua primeira escola
de dança que depois se tornam 28 escolas credenciadas na Alemanha.
“Laban vive, na sua escola em Hombrechtikon, próximo a Zurique, Suíça. Período
em que entra em contato com os artistas e a estética do movimento Dadaísta
(1916)” (Op. Cit. p.61). Quando em 1934,

Laban recebeu a responsabilidade de ser encarregado da dança em


toda a Alemanha. Esse fato deu-lhe a oportunidade de pôr em prática
muitas de suas ideias acerca da conquista de um reconhecimento
definitivo para a dança como arte de primeiro escalão (Op.Cit. p.61).

Já em 1936, Laban na véspera da abertura dos jogos olímpicos é censurado por


Goebels (político alemão) por considerar a obra fora dos ideais nazistas, a partir daí
se iniciou uma prisão domiciliar “tendo ainda seu sistema de notação proibido de ser
usado, seu nome retirado das escolas e seus livros proibidos.” (Op. Cit. p. 61).
Laban então foge da Alemanha para Paris e de lá para Inglaterra onde publicou os
livros: Effort (com Lawrence em 1947), Dança Educativa Moderna (1948) e Domínio
do movimento (1950), faleceu em 1958 ainda na Inglaterra.
Análise do fator fluência
O fator fluência, ou fator fluxo, está relacionado à integração do movimento, ou seja,
à continuidade controlada, ou não, dele. Este controle parte da atitude para com o
movimento, que delimita como é esta fluência: livre, intermitente ou contida. Este é o
primeiro fator que se observa no desenvolvimento do ser humano, por exemplo,
visto que os movimentos de expansão e contração de um bebê demonstram um
fluxo do movimento corporal, mesmo que ainda sem domínio (RENGEL, 2003).

Sendo assim, o fator aqui analisado se refere à tensão muscular envolvida no


controle ou não de uma movimentação. É importante ressaltar que não há uma
dicotomia estabelecida entre tensão e relaxamento muscular, tendo a tensão como
algo ruim e o relaxamento como bom. Aqui se trata da qualidade do movimento, da
relação entre as tensões musculares (tensão como esforço e expressividade, não
como presença exterior no corpo) necessárias para execução da ação
(FERNANDES, 2006).

A fluência está tanto em um movimento contínuo e livre, quanto em seu controle,


como já dito. Ao termos uma parada desse fluxo livre, temos uma posição, um
movimento em suspensão naquele exato momento. Da mesma forma, ao se ter um
fluxo intermitente, interrompido e retomado inúmeras vezes, chega-se a uma
movimentação trêmula (pode-se pensar nos verbos “chicotear” e “sacudir” para estes
casos) (LABAN, 1978).

Para além do entendimento da fluência como movimento (fisicalidade), é preciso


analisar que os princípios de Laban também desenvolvem a ideia de expressividade
contida em cada um dos fatores do movimento. Segundo Almeida (2009),

“para Laban, o estudo do movimento inclui tanto o aspecto físico


quanto o aspecto psíquico, salientando a importância do
desenvolvimento das faculdades criativas e do uso consciente do
corpo para alívio das tensões produzidas pelo uso excessivo da
faculdade intelectual” (ALMEIDA, Vera L.C., 2009, p. 52).

Assim, é perceptível na fluência a manifestação dos sentimentos, da emoção


corporal, estando ligada também ao relacionamento (interno e externo) (ALMEIDA,
2009). Isto ocorre em movimentações criadas cenicamente, reverberando a
sensação de determinada persona ali presente, ao mesmo tempo em que ocorre no
dia a dia de cada indivíduo, em ações cotidianas. Os movimentos, segundo Op. Cit.,
“se originam no centro do corpo e se desenvolvem para fora na fluência livre, e o
contrário acontece na fluência controlada”.

A fluência está, muitas vezes, subliminar aos demais fatores do movimento (espaço,
tempo e peso), porque é ela quem integra os fatores às partes do corpo. Ela
estabelece o “como” do movimento. Não há peso, espaço ou tempo que não estejam
ligados a determinado fluxo da ação corporal (HADARA, 2011, apud CARMO, 2013).
Para uma prática corporal, pode-se realizar um exercício utilizando os elementos ar,
terra, água e ar como base. A partir de cada um deles, e possível que se entenda o
fluxo disponível e presente nas qualidades de movimento buscadas. É importante
dizer que, como análise, a água demonstra de forma mais prática o fator fluxo,
porque o simples observar de uma corrente de água, qualquer que seja seu tipo, já
apresenta fluidez. Ao mesmo tempo, a própria corrente sanguínea não para
completamente (tendo aqui o motivo pelo qual há fluência até mesmo no movimento
estático – o corpo ainda continua em vibração) (SILVA, 2015).
Conclusão
Este presente trabalho abordou o fator fluxo, uma qualidade dinâmica do movimento
desenvolvida por Rufolf von Laban, que exerce importante influência para as artes
cênicas, pelo seu método de domínio do movimento.

Por menor que seja o movimento corporal, é possível notar a variação de fluidez que
por ele é exercido, ou até mesmo a falta dela no exterior do corpo. Sendo assim é
notória a importância desse estudo para o trabalho dos atores.

Esta assídua pesquisa nos dias atuais é utilizada por professores da área corporal
em diferentes campos da arte, valorizando a consciência dos movimentos e
trazendo de maneira didática o Sistema Laban para o conhecimento de seus alunos
e a relação deste método com a expressividade do ser humano.

BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Vera L. P. Corpo poético: o movimento expressivo em C. G. Jung e
R. Laban. São Paulo: Paulus, 2009.

CARMO, Mayara E. S. O corpo que dança:reflexões sobre aspesquisas do corpo


nos legados de Pina Bausch e Rudolf Von Labane as suas influênciasno processo
decomposição cênica nadança contemporânea. In: Revista Repertório, Salvador, nº
20, p.227-234, 2013.1.

FERNANDES, Ciane. O corpo em movimento: o sistema Laban/Bartenieff na


formação e pesquisa em artes cênicas. 2ª edição, São Paulo: Annablume, 2006.

LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. Edição organizada por Lisa Ullmann.


Tradução de Anna Maria Barros De Vecchi e Maria Silva Mourão Netto. São Paulo:
Summus, 1978.

RENGEL, Lenira. Dicionário Laban. 2ª edição, São Paulo: Annablume, 2003.

SILVA, Rosana S. Pulsar da Medusa: um experimento de criação cênica


eestudo da expressividade do corpo-voz a partir dos fatoresdo movimento de
Rudolf Laban. Dissertação (Mestrado em Artes Cênicas). Programa de Pós-
Graduação em Artes, Instituto de Artes, Universidade Estadual Paulista, São Paulo.

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