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resenha do livro
Restauração
Eugène Viollet-le-Duc
2007
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Viollet-le-Duc foi um dos primeiros estudiosos que, ao pensar no conceito
moderno de restauração, tentou estabelecer princípios de intervenção em original: português
monumentos históricos e uma metodologia para esse trabalho. Suas teorias
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e projetos sempre foram muito questionados, aceitos por muitos e
combatidos por outros tantos. Apesar de sua racionalidade, lógica e
coesão de idéias, sua forma dogmática e abusiva de atuar acabou por
condená-lo ao ostracismo nas décadas seguintes. E somente muitos anos 044
após sua morte é que suas teorias foram revistas e avaliadas dentro do
contexto em que foram produzidas, evidenciando a contribuição do seu 044.02
trabalho para o restauro contemporâneo, principalmente em relação à Novos argumentos de uma
metodologia de projeto (importância dos levantamentos detalhados do mesma história
edifício) e atuação calcada em circunstâncias particulares a cada projeto Luis Espallargas
(princípios absolutos podem levar a um resultado absurdo). Gimenez
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das obras de restauro. Em 1840 Le-Duc foi indicado pelo Ministro do
Interior, por recomendação de Mérimée (secretário do Conselho de
Construção Civil da Comissão de Monumentos) para restaurar a Igreja de
Vézelay, o que foi uma surpresa geral, já que Le-Duc não possuía
experiência nesse campo e era uma obra bastante complexa. Sua atuação bem
sucedida neste projeto alavancou sua carreira aparecendo diversos
trabalhos no ramo da restauração: foi convidado por Jean-Batiste Lassus a
participar do concurso para restauração da Catedral de Notre Dame de
Paris (o projeto foi o vencedor), atuou em diversas missões para o
Serviço de Cultos (1), fez o projeto de Saint-Sernin (Toulouse) e da
Abadia de Saint-Denis.
Ao mesmo tempo em que seu reconhecimento crescia por sua atuação no campo
da restauração, sua obra teórica também tomava corpo, discorrendo sobre o
papel do arquiteto e suas condições de trabalho e elaborando documentos
técnicos que ensinavam desde técnicas medievais de entalhe de pedra e
rejunte, até formas de levantamento, verificação e análise de patologias
e indicação de técnicas de restauro. Nesses escritos demonstrava grande
conhecimento sobre arquitetura e construção, especialmente da arquitetura
medieval, e uma forte preocupação com a adequação de formas, materiais,
funções e estruturas que, na concepção de um projeto de restauro,
deveriam formar um “sistema lógico, perfeito, e fechado em si” (p. 17) de
forma a estabelecer o “modelo ideal” e retornar o edifício a “um estado
completo que pode não ter existido nunca em um dado momento” (p. 29).
Para isso, fazia uma análise profunda de como teria sido feito o projeto
original se detivesse todo o conhecimento e experiência da época da
concepção, concebia o “modelo ideal” e impunha sobre a obra esse esquema
já montado. Por isso em sua obra muitas vezes percebe-se a falta de
respeito pela matéria e pelas modificações sofridas pelo edifício ao
longo do tempo, pois “acertava os defeitos” buscando a pureza de estilo
através da retomada do projeto original ou, como aconteceu em diversas
obras, reconstituía edifícios inteiros a partir desse “modelo ideal”
resultando em um edifício completamente diferente do original.
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Em meio aos exemplos, Le-Duc levantou diversas questões quanto a obras
mutiladas, substituição de materiais e recuperações estruturais, propondo
o refazimento em estado novo, no estilo próprio e escala do monumento
(sem alterar as proporções), de porções das quais não restasse traço
algum, a substituição de toda a parte retirada por materiais melhores e
mais duráveis e meios mais eficazes, aperfeiçoamento no sistema
estrutural para suprimir deficiências. Pregava o indispensável
conhecimento do que ele chamava de “temperamento” do edifício:, que nada
mais era que a combinação da natureza dos materiais, qualidade das
argamassas e do solo, sistema estrutural (pontos de apoio vertical e
uniões horizontais), peso, concreção das abóbadas e elasticidade das
alvenarias. Para esse completo entendimento, o restaurador deveria ser um
construtor hábil e experiente, que conhecesse todos os procedimentos de
construção admitidos nas diferentes épocas da arte e escolas.
notas
sobre o autor
Ana Carolina Melaré dos Santos, arquiteta e urbanista formada em 2001 pela
FAUUSP e pós graduada em Administração de Empresas pela FAAP em 2003.
Atualmente atua em uma instituição bancária com gerenciamento de projetos e
cursa pós-graduação na área de Restauração de Patrimônio Histórico na
Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL.
comentários
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Aninha Rosa
Adóro esse site! Os professores sempre indicam e as matérias sempre
nos ajudam muito1 Parabéns!
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