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,
DE MINERIOS
M MOINHOS TUBULARES
MOAGEM DE MINÉRIOS
EM MOINHOS TUBULARES
Fotografia da Capa:
MOAGEM DE MINÉRIOS
EM MOINHOS TUBULARES
PRÓ-MINtRIO
São Paulo
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Impresso no Brasil Printed in Brazil
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APRESENTAÇÃO
Ao mesmo tempo em que vem preencher uma lacuna existente na literatura nacio
nal, a SICCTjPRÓ-MINÉRIO espera ainda, com esta edição, prestigiar e estimular
autores nacionais, o mercado editorial de nosso País e associações profissionais a
uma crescente atuação no vasto campo das Geociências.
Dedico esta obra especialmente à minha esposa Renata por todo o apoio que me
prestou.
Capítulo 1 Introdução 1
Produto 10
3.1.
Introdução ... '. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 20
3.2.
Dimensões do Moinho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 22
3.3 .
Carcaça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 23
3.5.
Alimentação e Descarga. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.6.
Revestimento.................. . . . . .. .... , 29
3.6.1.
Material Utilizado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 29
3.6.2.
Tipos de Revestimento 32
3.6.3.
Revestimento de Borracha . . . . . . . . . . . . . . . . .. 35
3.6.4.
Revestimentos Classificadores , 36
3.7.
Velocidade do Moinho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 37
3.8.
Corpos Moedores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 40
3.8.1.
Volume da Carga 40
3.8.2.
Materiais Usados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 42
3.8.3.
Carregamento de Corpos Moedores 44
3.9.
Potência Absorvida pelos Moinhos. . . . . . . . . . . . . . .. 44
4.1. Introdução............ . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 48
4.3. Detenninação de WI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 52
Capítulo 5 Classificação 65
5.1. Introdução.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 65
5.3. Hidrociclones...... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 67
5.3.1. Introdução . 67
5.4.1. Introdução . 86
5.~.3. Operação . 90
5.6.1. Introdução ~ . 93
dores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 116
BIBLIOGRAFIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 139
INTRODUÇÃO
_ MOINHO ~~~~PE?~L~-,"EXPLOSl'YQS-'
SAFIRA 9 [E B"RR"S BRIT"8,0R
_MOINHO GIRAT RIO
OE BOL"S _ BRI'Il\DOR
CÔNICO -
TOPAZIO.B IlRITAOOR
OEROLOS
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QUARTZO 7
I MOINHO
- BRITADDR
OE IMPoICTO
:: FELDSPATO 6 AUTO'GENO
-VI~2~~~~,0
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Õ APoITITA ~
f- 'Í'L~g'~~~RGY" MOINHO
E "RING-ROLLER"
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FLUORITA4
·~~~~1~g~-I
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~ CALCITA 3 I--D~O~,~~Os
~
o"
GIPSO 2
TALCO 1
MATERIAIS
FRIÁVEIS
Tamanho Potência
Tipo Aplica~'ões
(mm) (kW)
500 x 450 15
Material não-abrasivo. friável. Aceita mate
Rolo simples a a
rial argiloso. l'sado em carvão
1.500 X 2.100 300
2.100 X 3.650 7
Britagem seleriva de can'ão ROM. Rejei-
Rotativo a a
ção de ganga
4.300 X 9.750 I 12
cp = 600 22
Rebritador~s de material abrasivo, ~hio
Cônicos a a
aceita material argiloso
ti> = 3.050 600
cp = 900 100
Britagem pedra ",:om pedra. Britagem fina
Tipo Gyradisc a a
de material abrasivo e sem argila
ti> = 2.100 400
750 X 350
a 27
Rebritagem de rocha mole. nllo-abrasiva.
Rolo duplo 1.800 x 900 a
l'sado em carvão
a I 12
860 x 2.100 .
POR EXPLOSIVOS
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lolO4Ht1O OE 90L AS
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BOMBA
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DE
BARRAS
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Figura 1.3 - Circuito aberto
PRO
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M\CIjE BOMBA
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Moagem de minérios em moinhos tubulares 7
-
DE COMINUIÇAO
dE= -K [~J
xf(x)
(2.7)
A Fig. 2.1 mostra a relaçao estabelecida por Hukki para o consumo de energia
de cominuiçao em funçao da granulometria do produto. Esse gráfico mostra que as
três leis seriam aplicáveis para certos intervalos granulométricos, mas a Lei de Bond
12 Teoria sobre processo de COminuição
, \ \ \
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",
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FAIXA CONVENCIONAL
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10- 4 10- 3 10- 2 10-1 10 0 10 1 10 2 10 3 10 4 10 5 10 6 10
Tamanho do partícula (Il)
Figura 2.1 - Relação entre energia fornecida e tamanho da partícula na cominuição (Hukki,
1961)
Para que uma partícula seja fraturada é necessário que seja submetida a uma'
força que exceda sua resistênci!1' A forma pela qual a partícula se fratura depende
de sua natureza e do modo como a fôrça é aplicada.
Há três tipos principais de fraturas:
Abrasão - Ocorre quando a força é insuficiente para prov.ocar uma fratura em toda
a partícula. Há a concentração local de esforços, que provoca o aparecimento de
pequenas fraturas, Com o surgimento de uma distribuição granulométrica de partí
culas finas ao lado da partícula original, cujo diâmetro é pouco diminuído. Esse tipo
de fratura pode ser provocado por atrito entre as partículas ou de bolas com as
partículas.
Moagem de minérios em moinhos tubulares 13
Compressã'o - Ocorre quando a força é aplicada de forma lenta e permite que, com
o aparecimento da fratura, o esforço seja aliviado. Assim, a força é pouco superior
à resistência da partícula. Desse tipo de fratura resultam poucos fragmentos de
grande diâmetro. Esse tipo de fratura ocorre em britadores de mandíbulas, gira
tórios, cônicos e em moinhos quando as partículas slfo comprimidas entre dois ou
mais corpos moedores, ou partículas maiores.
Impacto - Ocorre quando a força é aplicada de forma rápida e em intensidade
muito superior à resistência da partícula, como acontece, por exemplo, com bri
tadores de impacto ou em moinhos, nas zonas de queda das bolas ou barras. Re
sulta dessa fratura uma distribuiçll'o granulométrica de partículas finas.
Nos moinhos tubulares ocorrem simultaneamente os diversos tipos de fratura,
sendo a predominância de um ou outro tipo funçll'o das variáveis de processo.
A distribuiçll'o granulométrica dos fragmentos produzidos pelo fraturamento
de uma partícula depende do tipo de fratura. chJ.varry mostrou que, para fratura
mento por choque, vale a expresslfo:
em que:
Y= (JY (2.10)
a- módulo de tamanho
n - módulo da distribuiçll'o
Usando uma aproximaçll'o estatística, Gaudin e Melloy derivaram a expressll'o:
Y = 1 - (1 - dld)n (2.11)
Esta expressll'o é aplicável à distribuição granulométrica dos maiores fragmentos
de uma fratura.
Klimpel e Austin derivaram das expressões (2.8) e (2.11) a equação mais geral, .
das quais outras decorrem:
(2.12)
em que:
nb n2 e n] - constantes dependentes das atividades de fissuras, supemcie e volume
14 Teoria sobre processo de cominuição
(2.15)
0.999 .---~-.-~..-.............----....,..--.--.---.......-:-.,...,
0.99
0.80
-Q)
C
C
(/)
(/)
0.50
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.... 0.02
I.L
o.oo5L----'-_................~......._:':_:,..._-----.L--........~
eoo
30 100
TAMANHO(d) um
o .50L-----7------74---~6,...----:8~--~10
(2.16)
quebra Bij, que é fraçlIo de material do tamanho j que se quebrou, indo aparecer
em tamanhos menores que xi (o tamanho superior do intervalo i).
Uma determinaçlIo razoável da funçlIo de quebra pode ser feita experimental
mente partindo-se de uma amostra graduada no tamanho j. Faz-se um ensaio de
curta duraça-o (no máximo de 20% a 30% do material quebrado) e determina-se a
dhltribuiçlIO granulométrica do material quebrado. Os valores de Bij podem ser
estimados como:
in {I - Pj +1 (0)/ [I - Pj +1'(t)]}
1,0
Média do t~m~o de
moagem,mlnu os
-
0.5
-
Q)
6.75
Q)
C 4.75 C
O O
CJ)
3.75 CJ)
CJ)
CJ)
O 2.75 O
a. 225
a.
O O
"'O 0,1 1.75 "'O
O / O
I
::J 1.25 / ::J
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8O 0.75 1°
""
1 O
o.
O
"" O
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~ ~
0,01
""
""100 0,1
50 500
Diâmetro
Figura 2.3 - Determinação da função de quebra (Kelsall)
18 Teoria sobre processo de cominuiçã'o
Para moinhos a úmido têm sido usadas como traçadores substâncias solúveis
radioativas ou um sal solúvel que seja facilmente analisado. Note-se que, com este
processo, o que realmente se determina é o tempo de permanência da água; tem-se,
assim, de admitir que o tempo de permanência dos sólidos é igual ao da água, o que
se tem demonstrado ser razoável. Outro processo que mediria diretamente o tempo
de permanência do sólido é a utilização de uma massa de material irradiado em
um reator nuclear.
Há diversas conclusoes dos test~s para determinaça:o de DTP em moinhos de
bolas. A primeira, e talvez a mais importante, é que a DTP é independente do tama
nho da partícula na alirnentaçllo. Outra conclusllo é que a DTP pode ser normali
zada em relaçllo ao tempo médio de permanência T. Uma terceira conclusllo é que
a DTP normalizada é aproximadamente a mesma, independente do tamanho do
moinho. Uma quarta conclusão é que a DTP para a água e para os sólidos tem a
mesma forma, porém o tempo médio de permanência dos sólidos é de 10% a 15%
maior que para a água. A Fig. 2.4 mostra uma DTP típica para moinhos de bolas.
o
~.
C
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O~-~~-____;_~-____;_!:_-__;:;Il;;___-___.;;;:~~~I:!:::!=~
C
Lt ° 5 la 15 20 25 30 35
tempo (min)
Figura 2.4 - Distribuição típica de tempo de residência em moinho de bolas a úmido (Kelly)
Para fluxo plug-flow, a DTP resume-se a 100% no tempo T. Para fluxo decor
rente de um reator misturador perfeito a DTP seria uma funçllo:
Q> (t) = +
exp (- tI I:i) (2.23)
PROJElO E CONSTRUÇAO
DE MOINHOS DE BARRAS
E DE BOLAS
3.1 - Introdução
ARRANJOS
DE
DESCARGA ~. ~J
.-;.,;~~~
~-=~
,,!,.~
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=r<?:~ .~!3J
OVERFLOW PERIFÉRICA DE TOPO PERIFÉRICA CENTRAL
PROCESSO DE MOAGEM SOMENTE VIA ÚMIDA VIA SECA OU ÚMIDA VIA SECA OU ÚMIDA
TAXA DE REDUÇAO
15 -20: I 12-15: I 4 - 8: I
MÁXIMA
--
GRANULDMETRIA TrPICA
10- 35 MALHAS 4 - 12 MALHAS 3-6 MALHAS
DE MOAGEM MALHA
VELOCIDADE TrPICA
60-65
65-70 65-70
1% DA VEL. CRIT I CA)
ARRANJOS
DE
DESCARGA
I
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·~';..W--yo".g,.r~
OVERFLOW
SOMENTE
,
DIAFRAGMA
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COMPARTlMENTADO
PROCESSO
VIA ÚMIDA ou SECA VIA ÚMIDA 00 SECA
DE MOAGEM VIA ÚMIDA
TAMANHO DE ALlMEN-
TAÇÃO MÁXIMA
10-14 MALHAS < 112 pol <112 pol.
+ ..
Figura 3.4 - Moinho de bolas multicâmara
22 Projeto e construção de moinhos de barras e de bolas
Verifica-se que para moagem mais grossa é usado moinho com relação L/D
menor, destinada a proporcionar um gradiente adequado ao escoamento dos só
lidos mais grosseiros.
Conforme Duda-, os moinhos de bolas apresentam relação L/D mais econômica,
igual a 1,5: 1, para uma câmara; para duas e três câmaras, respectivamente, esta
relaça:o é de 3: 1 e de 4,5 : 1. Isso, evidentemente, de uma maneira geral, visto que a
relação mais econômica depende da aplicaça:o.
Moagem de minérios em moinhos tubulares 23
3.3 - Carcaça
3.4 - Acionamento
cessita, entretanto, que os ciclones estejam montados a uma altura suficiente para
< garantir a alimentaçã'o direta do moinho. Neste caso, se utilizado o scoop-feeder, é
possível montar os ciclones em um nível mais baixo, o que representa economia
operacional em energia e possível reduçã'o em investimentos; por outro lado, o custo
de manutençã'o do scoop-feeder é mais elevado que o do spaut-feeder. Assim, é
conveniente estudar, em cada caso, as conveniências de um ou outro tipo de ali
mentação. O scoop-feeder pode ser de uma ou duas entradas. É também usado o
alimentador de tambor (drum-feeder), que requer urna altura de queda para alimen
taçã'o menor que o exigido pelo spout-feeder.
A descarga dos moinhos de bolas. e de barras pode se dar em diferentes arran
jos de forma a se atender às conveniências de aplicação.
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A B
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Figura 3.8 - Descarga overflow
BA I X O
N ív E L INTERMEDIÁRIO
Descarga Periférica
É utilizada nos moinhos de barras no caso de moagem grossa. A descarga pode
ser central ou na extremidade.- No caso de descarga central, a alimentação é feita
pelas duas extremidades. É usada em casos em que se deseja produto. granulado
(produça:o de areia artificial, moagem de sinter-feed, moagem de coque etc.) Apre
senta gradiente elevado, que facilita o fluxo de material. O desgaste de barras é
maior que no caso do moinho tipo overflow.
~
MOINHO DE DUAS CAMARAS
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MOINHO DE BARRAS:!, COM DESCARGA CENTRAL
?Jé:
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3.6 - Revestimentos
Composiç(o quúnica típica: C, 0,6% ou 0,85%;Mn, 0,75%; Si, 0,5%; Cr, 2,25%;
e Mo, 0,35%.
Este aço constituía o antigo "cavalo de carga" no campo dos revestimentos nas
operaçCles de tratamento de minério, por ser um material relativamente barato e
de fácil produç(o e pelo fato de as condiçCles de serviço n(o terem sido severas,
em termos relativos. .
Sua composiç(o química centraliza-se em 12% de Mn e 1,2% de C, aos quais se
adiciona freqüentemente 1 % de Cr ou Mo para melhorar sua resistência. Esse ma
. terial endurece por efeito' mecânico de impactos; por outro lado, esse endurecimen·
to leva a uma expansão. Assim, sua utilizaç(o em revestimentos de moinhos é pro
blemática, uma vez que esta expans(o geralmente produz quebras dos parafusos de
fixaç(o; em casos extremos, até a própria estrutura do moinho pode ser danificada.
Por essas razCles, o aço ao Mn está caindo em desuso na fabricaç(o de revestimentos.
Kjos recomenda que os revestimentos das diversas partes do moinho sejam di
ferenciados, de acordo com as condiçoes de trabalho de cada uma. Ele recomenda
também a utilização dos materiais da Tab. 3.3, em ordem de prioridade. Note-se
que as letras que especificam os materiais nessa tabela são as referentes à Tab. 3.2.
I I
~.
TIPO NORANDA ONDA SIMPLES
411
L1FTER E
comendado em moinhos de grande diâmetro (> 13 pés) com barras de 4 pol, pois
pode ocorrer quebra do revestimento. Neste caso, recomenda-se a utilização de
aço-liga. Os revestimento das cabeceiras são lisos.
Bolas
perfeitamente locadas
B - Para moinhos com bolas de pequeno diâmetro « 60 mm), slo usados revesti
mentos de onda dupla, com alturas iguais a l,S a 2 vezes a espessura do revestimen
to. Uma regra empírica para fixar a altura da onda é que esta deve ser igual de
1/2 a 1 vez o diâmetro das bolas e o espaçamento entre as ondas deve ser no míni
mo de 1~ v~z o diâmetro da bola.
Os revestimentos de moinhos de bolas podem apresentar barras elevadoras
substituíveis para diminuir o consumo de revestimento.
~
Onda dupla
Onda dupla
tipo WedQe Bar
Placas usuais
poro moinhos de bolos
Bolos acumulados
gerando
IIL---I ,,-~- • espaços vazios
{
sob as bolas
gaste da carcaça por material que venha a entrar por trás do revestimento por meio
das aberturas existentes. Além disso, essa proteção de borracha serve, também,
como um suporte elástico à ftxação dos revestimentos e proteje a carcaça da corro
são, que é considerável em moagem a úmido. Alguns moinhos, especialmente nas
cabeceiras, apresentam o revestimento zincado à carcaça.
I DUREZA NORMA~
o IEM PLANTAS DE I
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I PROCESSAMENTOS
O> IMINERAIS
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o
G~ \ ---_-------J u
25 50 15 100
Tamanho do Bola, mm Dureza do Mineral
Não deve ser usada borracha em revestimentos de moinhos a seco devido à alta
temperatura. Borrachas normais podem suportar bem até SO°C, temperatura esta
facilmente ultrapassada em moinho a seco. Não deve ainda ser usada borracha se a
polpa contiver óleo mineral que corrói a borracha. Note-se que a borracha não
sofre corrosão por elemento químico, contrariamente ao que ocorre com revesti
mentos metálicos.
A utilização de revestimento de borracha geralmente leva a uma diminuição
na potência do moinho de 5% a 10% e resulta daí também uma queda em sua capa
cidade. Com o emprego de revestimento de borracha mais delgado pode-se, talvez,
36 Projeto e construção de moinhos de barras e de bolas
Para melhor eficiência da moagem, é conveniente que haja uma segregação das
bolas maiores na parte inicial do moinho, onde se acham as maiores partículas de
minério, com as bolas menores concentrando-se então na parte final do mesmo.
Para a obtenção dessa condição têm sido dadas algumas soluções, como:
Moinho multicâmara, no qual as bolas maiores estão na primeira câmara e as mais
finas na última;
Moinho cônico, cuja forma concentra, na parte cônica da saída, as bolas pequenas.
Foi muito utilizado antigamente, estando, hoje, obsoleto;
Revestimentos classificadores, em que as bolas maiores são conduzidas à parte ini
cial do moinho devido a uma conformação das ondas em espiral. Atualmente está se
desenvolvendo um novo tipo de revestimento, o Angular Spiral Linear (ASL), que
modifica a seção do moinho de circular para quadrada com arestas arredondadas,
com um pequeno ângulo em espiral. Informações recentes dão conta de que a ado
ção do ASL em moagem de minério de cobre no Chile levou, em alguns casos, a
uma redução do consumo de energia da ordem de 17%, com um pequeno aumento
. de capacidade do moinho da ordem de 1,5%. Esse tipo de revestimento foi desen·
volvido pela empresa Wagner-Biro AG, da Áustria. Em outras aplicações, entretanto,
os revestimentos ASL não deram resultados tão bons, e houve diminuição da capa·
cidade de moagem (El Teniente, Chile).
Em moinhos de cimento de duas câmaras, a primeira (com bolas grandes) usa
correntemente revestimentos da carcaça do tipo levantador (onda assimétrica, tipo
shiplap), enquanto na segunda câmara, por ser mais longa e com bolas menores, se
emprega correntemente o tipo autoclassificador, patente Slegten (Maggoteaux) ou
patente Müillhauser (Stahl-Simoniz). O revestimento autoclassificador apresenta um
perfil longitudinal em rampa, ou seja, cada anel do revestimento é de seção trono
cônica, com espessura menor para o lado da alimentação e maior para o lado da
descarga. O anel seguinte repete esse perfil, o que dá ao revestimento um aspecto
de dente-de-serra, quando visto em corte longitudinal.
Considerando o perfil circunferencial de cada placa autoclassificadora, ele po
de apresentar onda dupla, tripla ou até quádrupla; havendo alvéolos menores entre
as ondas e alojando menos bolas nos mesmos, reduz-se a quebra das bolas. Alguns
destes revestimentos são do tipo sem parafusos, as placas são acunhadas entre si e
são fixadas por parafusos apenas algumas delas, geralmente pertencentes aos anéis
extremos.
Moagem de minérios em moinhos tubulares 37
Fc
N = 42,3
cViJ
sendo:
N c - velocidade crítica, em rpm
D - diâmetro do moinho, em m
Quando o moinho tem uma carga normal de bolas, a situação é algo diversa,
como mostra a Fig. 3.17. Na região A, as bolas estão se movendo umas sobre as
outras em camadas· concêntricas e produzem moagem por compressão e um pouco
por choque das bolas sobre as partículas. O limite superior dessa zona é aquele em
que a força centrífuga anula o peso da bola. As bolas acima desse limite encontram
se na zona B, onde as bolas rolam para baixo e produzem uma intensa moagem por
choque (regime de cascata). A zona C é uma pequena região onde as bolas caem
sobre a carga e produzem intensa moagem por impacto (regime de catarata). Note
se que nenhuma moagem é efetuada na zona de catarata propriamente dita, deven.
do-se, portanto, tentar minimizá-la. É por essa razão que os moinhos operam a uma
velocidade entre 60% e 85% da velocidade crítica. Maiores velocidades teriam a des
38 Projeto e construção de moinhos de barras e de bolas
I
ZONA DE MAIOR MOAGEM
lA e B I
\
Biselodo
Figura 3.20 - Curvas de queda de bolas para vários tipos de revestimentos (TreUeborg) (KeUy)
40 Projeto e construção de moinhos de barras e de bolas
Velocidade recomendada
Diâmetro interno
(% da velocidade critica)
Multicâmara Multicâmara
m Pés Barras Bolas
(bolas/bolas) (barras/bolas)
..."
'ü
Õ
c:
o..
e
Moagem de minérios em moinhos tubulares 41
o 50 100
m Pés
T = 0,785 D 2, x L x p x V
em que:
Barras
As barras utilizadas devem ter dureza suficiente de forma a se manterem retas
ao longo de toda a sua vida. Quando se tomam muito finas, devem quebrar e não
dobrar. 5a"0 usadas barras de aço de alto carbono (SAE 1090 ou 1095), com a espe
cificação quúnica: carbono 0,85% - 1,03%; manganês 0,60% - 0,90%; silício 0,15%
0,30%; enxofre 0,05% - máximo; e fósforo 0,04% - máximo.
Do ponto de vista físico, as barras devem apresentar as seguintes especificações:
Comprimento - 152 mm (6 pol) - menor que o do moinho (comprimento efetivo'
da câmara de moagem medido entre as faces internas dos revestimentos das tampas);
I
'I. ,
, ,
Devem ser endireitadas.
i: Bolas
II:
As bolas (Tabs. 3.6 e 3.7a e b) são fabricadas de aço forjado ou fundido, ou
!
\'
de ferro fundido ligado. A qualidade depende muito do tratamento térmico e varia
muito entre os vários fornecedores. A dureza varia muito, de 350-450 a 700 brinnel.
i Há uma regra geral segundo a qual a vida da bola é tanto mais longa quanto
i: ' maior a dureza, desde que ela nlo seja muito frágil. É muito ímportante o trata
mento térmico adequado para se conseguir uma distribuição de dureza conveniente
em uma seção transversal da bola. As bolas devem ter uma dureza que não diminua
muito na parte interna em relação à dureza superficial; por outro lado, para que
ela tenha tenacidade suficiente é necessário que seu mlcIeo seja mais brando.
Bolas de ferro fundido ligado de alto cromo apresentam desgaste menor que
as de aço forjado, tendo sido usadas há longo fempo em moagem de cimento. Seu
emprego em mineração ainda na:o é dominante dado o seu alto preço. Têm alto
teor de cromo (de 12% a 18%).
Bolas de aço têm carbono de 0,50/0-0,9%; com 0,5%-0,9% de Mn e teores máxi
mos de 0,05% de P; 0,05% de S; e 0,03% de Si. São usadas ainda bolas de aço de
baixa liga, com 0,650/0-0,85% de C; 0,450/0-0,65% de Cr, e 0,150/0-0,25% de Mn.
:s:o
O>
cc
Cll
Tabela 3.6 - Comparativa de bolas (Duda) 3
Q.
Cll
3
Forjados Fundidos :j'
~'
Tipo de aç~
SAE 1095 SAE 1060 SAE 1045 SAE 52100 SAE 5165 Inox 440C Cr/Ni Baixo Cr
.
õ'
Cll
3
(Modificado) 3
o
5'
C 1,01 0,61 0,46 1,01 0,65 1,05 3,11 2,80 ....
::T
o
c:
O P 0,017 0,017 0,015 0,025 0,045 0,030 0,116 0,097 cr
c:
lo( S 0,015 0,029 0,027 0,116 0,112
0,040 0,051 0,025
.
iiI
-
U
Cfl
O
Si
Cr
0,25
Traços
0,08
0,08
0,19
-
0,27
0,90
0,37
17,03
0,34
17,03
0,53
1,45
0,37
0,67
m
Fornecedor A B C D
Teor de Cf 12 12 17 12
Tempo de vida (h) 3.933 3.410 5.190 4.480
Quantidade de cimento (103t) 93,6 78,2 119,4 103,1
Consumo específico (g/t) 65 77 15 110
Barras
KWR = 1,752 DO. 34 (6,3 - 5,4 Vp ) Cs
Bolas
em que:
KWR - potência consumida por moinho de barras, por tonelada de barras, kWh/t
de carga
KWB - potência consumida por moinho de bolas, por tonelada de bolas, kWh/t
de carga
D - diâmetro interno do moinho, em m
Vp - fração do volume do moinho ocupado pela carga
Cs - fração da velocidade cótica
Ss - fator de correção para o tamanho de bolas
Para moinhos maiores que 3,3 m de diâmetro, o tamanho das bolas afeta o con
sumo de potência, segundo Rowland, de acordo com a expressão:
S = 1103 (B - 12,5D)
s' 50,8
em que:
B - diâmetro máximo das bolas, em mm
Ss - só deve ser considerado quando o diâmetro das bolas for menor que l/80 do
diâmetro do moinho. Portanto, Ss é sempre negativo. .
Para calcular a potência consumida, basta multiplicar KWR ou KWB pelas
massas de corpos moedores do moinho. Deve-se observar que, no caso de moinho
de barras, o consumo de potência com carga de barras novas é superior à potência
com a de barras usadas devido à maior densidade daquelas; este aumento pode
chegar a 10% no caso de moinhos grandes.
As fórmulas acima d!o o consumo de potência por massa unitária de corpos
moedores para moagem a úmido, em moinho tipo overflow. Para outros tipos de
moinho, devem-se multiplicar os valores calculados pelos seguintes fatores:
-- 19
I. C. - interno à carcaça
I.R. - interno ao revestimento
\-"
",.,..f"
{'.\P' "
Tabela 3.9 - Relações L/D recomendadas para moinhos de bolas (Rowland) ., {,'-.",' l\ ~rP
(jO"'"..R
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _--;!''---~rP=_ ~ ,i .'?'
/ d-'~'"
80% passante Tamanho máximo Relaça:o L/D •.'"1 .
Tipo alimentaça:o das bolas recomendada
(ITÚcrons) (m tn) (pol)
(pés)
rpm rpm kW rpm
Cv cv
7 X 10 61 22 57 22,6 53 23,0
Nota; Existem moinhos com comprimentos variáveis entre os limites acima, com intervalos de
2 pés, que nlo esUo tabelados. Para outros comprimentos, a potência é diretamente propor
cionai ao comprimento.
!
i
I
j
4
DIMENSIONAMENlO
DE MOINHOS
4.1 - Introdução
-"-
P - tamanho em que passa 80% no produto, em mícrons
..... . ...:::
50 1,035
60 1,05
70 1,10
80 1,20
90 1,40
92 1,46
95 ' 1,57
98 1,70
(4.2)
50 Dimensionamento de moinhos
te. I.R.
3,35 0,939
paraD'" 3,81 m, e
EF 3 = 0,914 (4.3)
paraD> 3,81 m
-
O fator EF4 é calculado como:
(4.7)
Wagner Blaine
1.400 2.520 62,4 1,018
1.500 2.700 53,6 1,040
1.600 2.880 45,7 1,070
1.700 3.060 40,7 1,094
1.750 3.150 37,6 1,113
1.800 3.240 36,3 1,121
2.000 3.600 28,2 1,192
2.500 4.500 18,0 1,373
3.000 5.400 12,0 1,623
Para alta relação de redução sua aplicação não é sempre necessária; é recomen
dável seu uso sempre que WI do minério for superior a 7,0.
EF7 - Baixa relação de redução em moinho de bolas
Não é muito freqüente seu uso, pois o mesmo só se aplica à relação de redução
menor que 6, o que é raro em moinho de bolas. É comum ocorrer em operação de
remoagem.
52 Dimensionamento de moinhos
4.3 - Determinaça'o de WI
As amostras para testes de moagem devem ser britadas a 25 rnrn. Podem ser
tomadas de galerias, de poços, de frentes de lavra, de furos de sonda etc. Testes de
moagem devem ser executados para cada tipo de minério (escala de laboratório) e
para as misturas representativas da alimentação da planta, tanto em escala de labo
ratório como, eventualmente, em planta-piloto. Deve-se lembrar que o WI de uma
mistura geralmente não é igual ao calculado, usando-se o WI de cada componente,
pois pode OCOrrer moagem diferencial. Quando o WI for obtido em operações de
planta-piloto, devem-se considerar apenas os resultados conseguidos em ensaios es
pecificamente executados para tal, uma vez que, regra geral, a operação normal da
planta-piloto não tem eficiência normal.
4. Oversize do classificador
k) Potência consumida pelo moinho, medida no painel.
/) Eficiência do motor e do sistema de transmissão.
m) Granulometria da carga de corpos moedores.
n) Velocidade do moinho.
o) Tipo de revestimento e estado do mesmo.
p) Desgaste de corpos moedores.
q) Desgaste do revestimento, se os testes forem de longa duração.
r) Carga circulante do circuito.
Com os dados acima pode-se calcular o WI operacional pelo método de Bond.
Wlo= W (4.12)
10xp-o,s -10x F-o,s
em que:
Wlo - Work-Index operacional
W - kWh por tonelada moída
P e F - tamanhos do produto e da alimentação, 80% passantes em mícrons
Para se determinar o WI é necessário dividir o Wlo pelos fatores de Rowland.
Deve-se lembrar de que é necessário considerarem-se as eficiências do motor e da
transmissão, uma vez que o WI de Bond se refere à energia no pinhão do moinho.
Rowland recomenda determinar a potência líquida do moinho da planta-piloto, o
que é feito medindo-se a potência do moinho com carga e do moinho vazio, sendo
a potência líquida a diferença entre ambas. Tendo-se a potência líquida, pode-se
calcular a potência equivalente adicionando·se 2,5% à potência líquida. Para calcu- .
lar o Wlo e o WI é então usada a potência equivalente.
Durante a execução do teste, deve-se proceder paralelamente a um ensaio de
laboratório para detenninação de WI. Feito isso, podem ser comparados os resul
tados obtidos.
Caso haja dificuldade de obtenção de dados seguros em planta, é aconselhável
proceder.se a ensaios de laboratório, cujos resultados são normalmente bastante
precisos. Recomenda-se executar os seguintes ensaios de laboratório:
A - Detenninação do WI para moinho de barras nas malhas 10 ou 14;
B - Para cada estágio de moinho de bolas detenninar o WI na malha acima, na re
querida e em uma pouco abaixo;
C - Ensaio de britagem por impacto, se forem disponíveis fragmentos de 5 x 7,5 em;
D - Ensaio de abrasividade, se forem disponíveis fragmentos de 2x 3 em.
Para moinhos de remoagem devem ser executados ensaios de determinação de
WI em moinho de bolas. Como o ensaio de Bond requer relação de redução de 6: 1
para a obtenção de resultados precisos, pode ser necessário ter-se de levar a moagem
à granulometria mais fma que a necessária. Se não houver possibilidade de executar
se este ensaio, é necessário fazer-se um ensaio especial, que pode ser um ensaio com·
parativo, com a utilização de uma amostra padrão.
As Tabs. 4.4, 4.5 e 4.6 apresentam os WI de materiais típicos. A Tab. 4.7
apresenta índices de abrasividade de alguns materiais.
54 Dimensionamento de moinhos
Ma"Lerial WI (kWh/t)
·rl
Moagem de minérios em moinhos tubulares
57
Work-indices:
• Impacto = 11,5 kWh/ton curta
• Moinho de barras = 13,2 kWh/ton curta (teste feito à malha 10)
• Moinho de bolas: WI à malha 65 = 11,7 kWh/ton curta
Solução:
• A - Moinho de barras
Adotemos uma granu10metria comum para estágio primário em moinho de
barras.
P = 1.200 mícrons, F = 18.000 mícrons, WI = 13,2 kWh/ton curta
10x132 10x132
W= '- ' = 2,83 kWh/ton curta
v'1.200 v'18.aOO
Fatores de eficiência:
• EF 1 - Não se aplica.
• EF2 - Não se aplica.
• EF 3 - Estimado após dimensionamento preliminar.
Pela Tab. 3.8 verificamos serem necessários dois moinhos de tamanho tentativo
de 3,66 m de diâmetro. Para este diâmetro vem:
• EF 3 ~Tab~4.2)
.EF -R = 18.000 =15
4 , 1.200
Fo = 16:000 v'13/13,2 = 15.878 mícrons
15 + (132 -70/ 18.000 -15.878)
4 15 '
• EF 5 - Não se aplica.
• EF 6 - Provavelmente não se aplica, supondo-se R, próximo de R,o . Confirmar
posteriormente.
• EF 7 - Não se aplica.
• EF a - Não é necessário, pois a britagem é em circuito fechado.
Pela rabo 3.8 vemos que o moinho de 3,66 m de diâmetro por 4,88 m de com
primento (medidas inside shell) fornece uma potência de 724 kW a 40% de carga. O
,comprimento das barras é 4,72 m. Para se obter a potência necessária é preciso au
mentar o comprimento na mesma proporçllo.
769
L = 724 x 4,72 = 5,01 m
Deve-se escolher um moinho~.Ôfj m de ~20 m de comprimen
to (comprimento.das barras mais~cm). Portanto, devem~e usar dois moinhos de
3,66 m x 5,20 m (interno 3,46 m x 5,20 m), com 40% de carga de barras, que consu
mirá cada um a potência de 769 kW. Lembrando que com barra nova a potência
consumida é maior, deve-se especificar um motor de 860 kW, no llÚnimO.
/'
R r, = 15 e R r -R ro < 2.
\..;m ";1.200)
,
O único fator de eficiência que se aplica é o EF3 , que será posteriormente
defmido.
A potência total consumida é:
P = 500 x 1,102 x 5,47 = 3.014 kW
Como foram usados dois moinhos de barras, usaremos também dois de bolas,
constituindo-se assim duas linhas de moagem. Pela rabo 3.10 pode-se verificar que
os moinhos serão necessariamente maiores que 3,81 m; portanto, EF3 = 0,914.
Assim, a potência corrigida será:
P = 3.014 x 0,914 = 2.755 kW
Prnoinho = 1.377 kW
Para esta aplicação, pela rabo 4.8, os moinhos devem ter relação L/D da ordem
de 1,5.
Pela rabo 3.10 verifica-se que um moinho de 4,I2x 3,96 m, com 40% de car
'ga e bolas de 64 mm, fornece uma potência de 943 kW.
Para uso desse diâmetro de moinho deveríamos ter, portanto, o comprimento:
1.377
L = 943X 3,96 = 5,78 m
Pode-se, assim, usar dois moinhos com 4,12 m (interno à carcaça, tC.) ou
3,93 m (interno ao revestimento, I.R.) de diâmetro por 5,78 m de comprimento.
Pode-se verificar que a relação L/D tem um valor adequado. Recomenda-se usar
60 Dimensionamento de moinhos
motor de no mínimo 1.500 kW. Neste caso, selecionamos moinhos tipo overflow,
que apresentam maior disponibilidade e menor custo operacional. Se optássemos
por moinhos de grelha, poderíamos ter moinhos um pouco menores: 3,96 m (LC.)
ou 3,78 m (I.R.) de diâmetro por 5,79 m de comprimento.
e C - Moinho de bolas primário. Um estágio
F so = 9.400 núcrons,
P so = 175núcrons
I ,S I ':l
L = 4,88 x 2.202 =6 I m.
1.766 '
Deve-se, portanto, usar dois moinhos de 5,03 m (I.e.) ou 4,85 m diâmetro
(I.R.) por 6,1 m de comprimento. Deverão ser usados motores de no mínimo
2.500 kW.
'b - Remoagem
F 80 = 210 mícrons
P 80 = 45 mícrons
WI = 14 kWh/ton curta
de 50 mm. Como vai ser usada bola de 30 mm, haverá um decréscimo de potência
igual a:
Deverá ser usado um moinho com 3,05 m (I.C.) (lO pés) ou 2,89 m (I.R.)
(9,5 pés) por 5,48 m de comprimento, com 40% de carga de bolas de 30 mm.
Motor de 750 kW.
Para barras
B = 754 - x se
( KF)O'S ( CS xWI(3,281 )J'34 (4.14)
w, D)0's
(mml
125 115 100 90 75 65
125 18
115 22 20
100 19 23 20
90 14 20 27 20
75 11 15 21 33 31
65 7 10 15 21 39 34
50 9 12 17 26 30 66
Total 100 100 100 100 100 100
Diâmetro
Diâmetro de reposição (mm I
(mm)
115 100 90 75 65 50 40
115 23,0
100 31,0 23,0
90 18,0 34,0 24,0
75 15,0 21,0 38,0 31,0
65 7,0 12,0 20,5 39,0 34,0
50 3,8 6,5 11,5 19,0 43,0 40,0
40 1,7 2,5 4,5 8,0 17,0 45,0 51,0
25 0,5 1,0 1,5 3,0 6,0 15,0 49,0
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 lQO,O 100,0
(4.17)
CLASSIFICAÇAO
5.1 - Introdução
A grande maioria das instalações de moagem de minério se faz em circuito fe
chado, que apresenta sobre a moagem em circuito aberto uma série de vantagens,
entre as "quais: melhor controle da granulometria do produto, em especial melhor
controle do diâmetro máximo do mesmo; obtenção de produto com curva granu
lométrica em faixa mais estreita; menor produção de u1trafinos causados por so
bremoagem; maior produção do moinho; e menor consumo energético por tone·
lada de produto moído.
Segundo Taggart, as vantagens do circuito fechado são decorrentes de alguns
fatores, quais sejam:
Redução do diâmetro médio da alimentação;
J
il
J
66 Classificação
2 3 4d 5 6
·Figura 5.1 - Curva de partição de um classificador (as áreas A·l e A-2 representam a inefi
ciência da classificação)
Moagem de minérios em moinhos tubulares 67
5.3 - Hidrociclones
5.3.1 - Introduçlo
Os hidrociclones são os equipamentos mais empregados na operação de classi·
ficação para fechamento do circuito de moagem. A grande preferência dada a esses
equipamentos se deve a uma série de vantagens apresentadas por eles, quais sejam:
\ Apresentam capacidade elevada em relaça-o a seu volume e à área ocupaciá. Isso os
tem tomado os equipamentos de utilização praticamente exclusiva em instalações
de moagem de grande capacidade;
"Controle operacional relativamente simples. Operação mais ou menos estável;
\ Apresentam pequeno custo de investimento. O custo operacional é pouco mais
elevado que o de classificadores espirais devido à energia consumida pela bomba;
\ Elevada disponibilidade, pois há sempre unidades de stand-by devido ao baixo preço
e pequeno espaço ocupado.
Por outro lado, apresentam algumas desvantagens consideráveis, tais como:
Na-o apresentam efeito regulador para .minimizar oscilaçõe,s operacionais de curto
período na alimentação devido a seu pequeno volume;
O controle da não-passagem de grossos ao overflow pode ser pior do que no caso de
classificadores, no caso de haver variações nas condições de alimentação, porque'po
de ocorrer sobrecarga do apex e serem rejeitadas partículas grossas para o overflow;
Pelas razões acima apontadas, demandam geralmente instalações de controle mais
sofisticadas;
Dependendo do tipo de minério, o custo de manutenção pode ser relativamente
elevado, especialmente o da manutenção da bomba de alimentação.
Os hidrociclones utilizados em circuitos de moagem são geralmente fabricados
fundidos ou em chapa, com revestimentos de borracha, substituíveis para minimizar
o custo de manutenção e o tempo de reparação.
A Fig. 5.2 mostra um corte de um hidrociclone típico. A polpa entra no hidro
ciclone, sob pressão, através do duto de entrada, no topo da câmara cilíndrica
Esta entrada pode ser feita tangencialmente ou em voluta, apresentando os hidro
ciclones com entrada em voluta maior capacidade e melhor performance. Entrando
na câmara, a polpa adquire um movimento de rotação que, por meio da aceleração
centrífuga, arremessa as partículas maiores em direção à parede; as partículas finas
são rejeitadas para o centro do hidrociclone, saindo pela abertura superior que é o
vortex. As partículas mais grossas adquirem um movimento descendente e vão des
carregar na abertura da parte inferior, o apex. Note-se que não é obrigatório o
vortex estar colocado na parte superior e o apex na parte inferior; a performance
68 Classificação
do hidrociclone seria a mesma, mesmo que ele tivesse posição invertida, pois geral
mente a aceleração da gravidade é pequena em relação à aceleração centrífuga.
No caso de hidrocíclones de grande diâmetro operando com baixa pressão, a po
sição do hidrocíclone adquire importância. Ambas as correntes - underflow,
pelo apex, e overflow, pelo vortex - devem descarregar aproximadamente à mesma
altura, à pressão atmosférica, pois, caso contrário, pode haver alteração na perfor
mance do hídrociclone.
------y
MANÔMETRO
"OVERFLOW" c)
ALIMENTAÇÀO~r--rn:}-JfFr=~F~
'c)
SEÇÕES DA CAR.
CAÇA METÂLICA
~
1--
!
I I
REVESTIMENTOS
SUBSTlTUfVEIS DE
BORRACHA MOLDADA
NÚCLEO. DE AR
- "AIR CORE"
CONJUNTO I
I
DO
"APEX"
"UNDERFLOW"
Assim, O apex deve ter diâmetro ajustado para permitir a necessária capaci
dade de descarga de sólidos, sem que haja diluição desnecessária do underflow.
Para permitir ajustagem feita com o hidrociclone em operação, pode ser for·
necido pelos fabricantes apex com diâmetro regulável (Fig. 5.4).
Ângulo do cone - Para pequeno ângulo de cone tende a decrescer o diâmetro de
corte, podendo entretanto piorar a eficiência do hidrociclone; aumentando-se o
ângulo do cone, têm..se os efeitos inversos. A ação do cone é forçar a passagem das
partículas para o interior do hidrociclone e propiciar a obtenção de um underflow
mais limpo. A rabo 5.1 mostra as características de hidrociclones da. Série D da
Krebs, fabricados no Brasil pela Cimaq.
o~
~
-...
E
QI
"1:J
<:
::::I
50
o
<:
10
o
u.
...
o
QI
o.
::::I
o
QI
a::
o
exp Q Xi - 1
~i = exp Q Xi + exp Q - 2
(5.3)
Xi = di/dso
Q = característica do material
100
'"
o
~
~
o
w
00
z
~
o
z
00
50
«
U'
;;:
~
~
u
w
O'
x= 0/050 CORR1GIOO
. (D 2 h)0.lS
m = 1,08 • exp [0,58 - 1,58 Rvl \Q (5.5)
Qu
Rv= Q; Qu e Q = vazões de underf/ow e de alimentação
De - diâmetro do hidrociclone, em cm
h - altura do vortex-finder. Altura da extremidade do vortex-finder em relação ao
topo do apex
Q - vazão de polpa do hidrociclone, Q/min
ou
(5.7a)
74 Classificação
em que:
De, Do, D u , Di e h -emcm
Q - Q/mín; P - em quilopascal (kPa); d so - em mícrons
l/J - porcentagem de sólidos em volume
Arterburn apresenta para hidrociclone Krebs os gráficos das Figs. 5.7 e 5.8,
que dão as vazões de hidrociclones em função do diâmetro e da pressão. As linhas
cheias representam a vazão de água para o hidrocic1one padrão. Esse autor defmiu
o hidrociclone Krebs padrão como:
Entrada em voluta;
Ângulo do cone igual a 12° para ciclones pequenos e igual a 20° para os grandes;
D u = 0,17 De.
i..
80
"
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'" 30 6"
'""l
1
Q
Ü
"l
Q.
"l
20. . . . . . .
3 4 6 8 la 20 30 40 60.0 /00
PRESSÃO (PSIl
As faixas sombreadas nas Figs. 5.7 e 5.8 indicam as alterações possíveis de va
zão para as variações possíveis no diâmetro do vortex{inder e na área do orifício
de entrada. Trabalhos de correlação dos dados contidos nos gráficos de capacidade
dos ciclones, apresentados pela Krebs em relação às variáveis mais importantes,
mostraram que as vazões dos ciclones Krebs/Cimaq podem ser calculadas, de forma
aproximada, pela seguinte expressão:
em que:
Q - vaza'o do hidrociclone, em m 3/h e P em atm
K q = 0,75 para De em pol ou
Kq = 0,13 paraDe em cm
F s - fator de correça'o para a porcentagem de sólidos, em volume (Fig. 5.9)
76 Classificação
I ,<
I ,3
:,2
1,0 10 ,o 30 <o 50
..
Figwa 5.9 - Fator de correçlro da vazã"o de hidrocic1ones para a porcentagem de sólidos
em que:
C1
= [-2L1
53 _ <l>J
1
,43
(Fig.5.11)
(O valor da correçã'o dada pela fónnula acima é geralmente inferior à correção cal
culada pela expressão de Plítt. Parece que, para o caso de ciclone em classificaçã'o
de moagem, a correção de Arterbum seja a mais aproximada.)
C3
_ (l,65)0.S
- -- (Fig. 5.13)
S-l
78 Classificação
~O
40
30
20
10
9
8
7
6
3
3 4 6 10 I~ 20 26 30
100
90
80
70
60
~o
40
..
Ü
o
30
..
Q
:::i
-o 20
l!j
....
a
co
li~ 10
9
~ •
7
c 6
:'" lt
o 4
-c
...<>
'"'"ou 3
W W 30 ~ ~
Esta expressão vale para hidrociclones padrões, como aqueles definidos por
Arterburn. Pode-se corrigi-la para outros valores das principais variáveis, conside
rando-se para tal a fórmula de Plitt. A expressão a seguir efetua essa correção,
usando os expoentes de Plitt arredondados.
d so = dso ( ,De)0.8 x (A
(aprox.) x O4 ~ e
0,07 De
)0.2 (D
2O 1; D
,e
)-0.7
X
o cálculo do dso por esta expressão é' também aproximado, visto que o diâ
metro de corte do ciclone depende de outras variáveis não consideradas na fórmula
e que têm efeitos muito importantes, em especial a forma das partículas e a distri
buição granulométrica do minério na alimentação. Para uma determinação de d so
de forma mais precisa, seria necessária a execução de testes especiais, em que se
determinaria uma constante, M, para ser aplicada à fórmula acima, no lug;;lr de
2,84 da expressão de Arterbum.
O diâmetro de corte é ainda função de h, altura livre do vortex, sendo inversa
mente proporcional a h elevado à potência 0,3.
A Fig. 5.14 mostra os diâmetros de corte dos ciclones AKW em função da
porcentagem de sólidos. Para outras relações entre diâmetros de vortex e de alimen
tação, os diâmetros de corte podem variar de 15% a 20%, para mais ou para menos.
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4 5 6 7 8 9 10 15 20 30 40 50 60 70
PRESSÃO (PS I)
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Ditmetro de corte- D50
I
Moagem de minérios em moinhos tubulares 81
U"SGPM
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.0
o 21 2 34 6 8 Vazão
la 20 30 40 60 80 100
de Underflow, I/seg
em que:
D u , Do e h - em cm
H - em metro de coluna de polpa
82 Classificação
(/> - em porcentagem
S é o parâmetro de distribuição de vazão e se expressa por:
. D so (aprox.) 154 .
d so (básIco) = = = 37 mícrons
FI x F 2 X F 3 4,09 x 1,1 x 0,93
N= 842 "'" 6
155 -
Teremos seis ciclones em operação. É recomendável dispor-se de mais um ou
dois de reserva (stand-by). Recomendam-se ciclones de reserva correspondendo a
10% -20% daqueles em operação para facilidade de manutenção e aumento da dis
ponibilidade da instalação.
D u = 9,5 em (3 ; pol )
VCL
0
São ciclones cilíndricos com fWldo chato e apresentam inclinações entre 120
0
e 150 • Basicamente, desenvolve-se nesses ciclones um leito de material espessado
em seu fundo. Este leito recebe em seu topo energia rotacional de polpa alimentada
ao ciclone, enquanto em sua base ele sofre atrição da parede do fundo, que tende
a diminuir a circulação. Existem, então, fortes correntes de convecção no sentido
vertical motivadas pela diferença de velocidade angular entre o topo e a base do
leito. Essas correntes de convecção se movem para baixo próximo à parede do ci
clone e para cima no centro. A resultante desses fluxos horizontais e verticais é criar
no leito condições de meio pesado fluido que tendem a concentrar nas proximi
dades da parede as partículas maiores e mais pesadas. Por outro lado, as correntes
de convecça-o criam na base do ciclone correntes radiais que levam o material mais
grosso para o centro do ciclone, onde existe a abertura de saída.
O ciclone CBC não apresenta tendência a entupimento do apexcomo ocorre
nos ciclones convencionais, devido às correntes internas de convecção ascendentes
no centro do ciclone que aliviam a pressão sobre o apex.
Pode-se, assim, operar com apex bem apertado para permitir cortes em granu
lometrias grosseiras, que pode chegar até a 0,8 mm, o que não é factível em ciclones
convencionais. A Fig. 5.17 mostra a faixa de variação de diâmetros de corte para
cada tamanho de ciclone. O diâmetro de corte é definido pelo número de cilindrôs
como se pode ver na Fig. 5.18. Ao contrário do que ocorre no caso dos ciclones
convencionais, a influência do diâmetro do apex sobre o corte no hidrociclone CBC
é bastante acentuada. A regulagem do corte, assim, se faz não só pelo número de
cilindros mas também pelo controle do diâmetro do apex.
Assim, ciclones de fundo chato podem efetuar cortes em granulometrias gros
seiras sem a necessidade de utilizaça-o de porcentagem de sólidos elevada em sua
alimentação, contrariamente ao que ocorre com ciclones convencionais. Por outro
75:1
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o 100 150 200 250 3(10 350 ·'\ÜC -<50 000 6GO (,112
Figura 5.17 - Ciclones CBC: diâmetros indicativos para areia (densidade = 2,65) em água
86 Cf assifi cação
4." 1-\1c1---I----'\--''<-------'l'-----.J,c-IL-~__\~-_+--_+--_+--_+--_+"._-_\
Figura 5.18 - Ciclones CBC: diâmetros indicativos para areia (densidade = 2,65) em água
~ Classificador Espiral
5.4.1 - Introduçlo
Os classificadores mecânicos (espiral, de rastelo, de arraste) eram os equipa
mentos mais utilizados na classificaçíIo em circuito fechado de moagem. Devido
çíIo dos hidrociclones, este último tipo de equipamento deslocou totalmente a uti
em que:
V = velocidade de queda da partícula
Ps e PQ = densidade do sólido e do fluido
r = raio da partícula
Temperatura (OC) 5 10 15 20 25 30 35
Viscosidade da água (cp) 1,52 1,31 1,14 1,00 0,89 0,80 0,72
Porcentagem de sólidos
Fatores
em volume
tripla. Não se. recomenda hélice tripla, pois ocasiona sério aumento de agitação,
que pode afetar a classillcaça:o.
O classificador espiral é caracterizado pelo diâmetro da espiral, existindo no
mercado de 6 a 120 polegadas.
5.4.2 - Dimensionamento
20 45 3,99
28 40 3,50
35 35 3,20
48 32 2,73
65 30 2,32
100 20 1,71
150 18 1,12
200 15 0,73
Nota: Capacidade específica para material com densidade 2,7. Para outra densidade, a capaci
dade é proporcional à densidade.
24 0,9 6-16
30 1,5 5-13
36 3,2 4-11
42 4,4 ~,5-9
48 7,9 3,2-8
54 9,5 2,9-7
60 15,7 2,6-6,5
66 18,5 2,3-6,0
72 25,3 2,1-5,3
78 28,7 2,0-5,0
84 34,1 1,8-4,5
Nota; Capacidades válidas para material com 2,7 de densidade, sendo a capacidade propor
cional à densidade. A capacidade é dada por hélice; as capacidades dos classificadores duplex
e triplex são duas ou três vezes maiores que a do simplex.
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1,76
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304 185
397 231
688
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160 I 125
1
1
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I 726
2,': 1:5'IO'566F
3.88 2,17 0.1'l49 o,]20
0,055 .
0,073
'" 10,1 13.-1 520 31 <; 118 6171 1 241 1140 7.49 4,35 1,63 I 0,613 0.146
lU X.l
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7.81
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0.53 t
0.732
60 '.0 )'/, H3,? 2h3 : 160 ,99.J ! 59.5 31.3 133 I 76.9 4l.J 23.9 8.95 3,44 0.'ô42
6. J) 7 1/1 101 .103 JRQ ~ li::! I 67.2 II
J5A 159 : 91.6 49.4 128'6 i 1~,7 14,11 1.01
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3.3 10 120
,., 324 '.196 I, 122 173'3 I
31U ~IB2!105 56.5 32,7 11-.2 4,69 1.13
3.0 In .198 1::!41 1150 90.1 _-17.-1 209 1 121 65.0 37.7 14,1 5,41 1.32
H4 2,8
f-_ _'---._ _--L_15_--L 16. JL49_l_Li'::!~~~~~ 23B 138 ~9 16.0 6,16 1.50
5.4.3 - Operação
y. = exp cxxi - I
I exp exxi + exp ex - 2
Minério de rl'rro
6.81 45.45 R 48 minériO de cobn..'.
Ufl'la.Clmento
270' IOO~'.
Pulp.. dl' nmt:nlo
22.73 - 45,45 menor
l'um óS'!r de .. ólJtlo~
50 maUlas
:.
..'
~.
K'lplllnc
6.82- 22,73
5.6.1 - Introduçlo
O transporte da polpa que sai do moinho ao classificador (hidrociclone) é
feito por meio de bomba centrífuga, a qual, se não for especificada e operada de
forma correta, pode ocasionar sérios problemas operacionais, que levam a aumen
to do custo de manutenção e queda.no fator de disponibilidade da planta. Por ser
o equipamento mais sujeito a problemas no circuito de moagem, a bomba pode
ser considerada como o coraçll'o do mesmo.
Vc =FQ J 8-8 1
2g D---s;
em que:
Vc - velocidade crítica, em pés/s
g - aceleraçll'o da gravidade, em péS/S2
D - diâmetro da tubulação, em pés
8 e 8 1 - densidade do sólido e do líquido
F Q - parâmetro (Fig. 5.20)
Para cálculo do diâmetro da tubulaçll'o deve-se considerar a possibilidade de
ocorrer grandes variações na quantidade de carga circulante no circuito, a qual de
penderá das condições da moagem.
A altura total necessária de bombeamento é calculada considerando-se a apli
cação do teorema de Bemouilli:
em que:
Ht - altura total, em metro de coluna de polpa
Hg - diferença da cota entre o ciclone e o nível da caixa
V - velocidade na entrada do ciclone
94 Classificação
,5
,4
,3
V~ ~
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°,1
°0,01 0,02 0,04 0,06 0,1 0,2 0,4 O,&O/l 1 2 3
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Aberturo do peneiro em que poeeom 50% do moteliol \ C\. 50) t,",Cl'I\\
I
g - aceleração da gravidade
P - pressão na entrada do ciclone, em metro de colune de polpa
b.H - perda de carga no sistema, em metro de coluna de polpa
I.IMIN
Tabela 5.8 - Comprtmento equlvJiL'nh.' de perd~\ dl~ l"tlrgu'l IOL' ...t!izudu:'l. em pé'l (Fa,-'O). Tubulação de aço. flangeada
10 12 14 16 18 20 14
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I
Alargamellto ahruplo f I . . . : c - - - - Em pé,: P'Uõ.l V, =O h=-
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96 Classificação
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Moagem de minérios em moinhos tubulares 99
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§ II .
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VAz]..O (USGPM)
I'l1PO L . Para serviço semi pesado com art;> efiCiência J
'
Eficiência na água
0,278 x QxH x Pm
w
p = -------'------"-'
'TI
sendo:
P - potência, em kW
Q - vazão, em m 3/h
H w - altura do bombeamento, lida no gráfico H x Q da bomba
Pm - densidade da polpa
'TI - eficiência da bomba, lida na curva da bomba, em %
L~
de borracha natural ou sintética, de preferência no bombeamento de sólidos rmos.
~4 ,(fLl&c..
?7"" '-,ooo::,:~~~_·
., COM ANGULO DA PALHETA E
II DA L1NGUETA. NÃo HÁ, PRA- •
(a)
OCORREM VORTICES.
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(fl
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cp
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"2
L? -0
1. Curva H x Q da bomba para velocidade n 1
L]
pelo nível de caixa L 1> o sistema está equilibrado para uma vazão Q I e uma altu
ra total H I •
A obtençlIo de uma vazlTo Q2 em lugar de QI poderá ser conseguida de duas
formas:
a) Pela variação da velocidade de nl para n2, ou
b) Pela variação de nível da caixa da bomba de N I para um nível N 2 mais baixo.
5.6.5 - Instalações
a) Caixa da bomba
Deve ser projetada com altura suficiente para amortecer as variações normais
de vaz!o. Sua área não deve ser excessivamente grande, pois isso propiciaria o depó
sito de materiais; por outro lado, na-o deve ter área muito pequena, pois haveria
muita turbulência, podendo prejudicar o bombeamento. Uma regra razoável p.ara o
dimensionamento da área da caixa é igualar a velocidade de sedimentação dos grãos
à relaça-o entre a vazão de polpa e a área da caixa. A caixa deve ter fundo com incli·
nação suficiente para impedir a deposiça-o de sólidos. Deve-se dispor de uma tela de
proteç!o para impedir a entrada de corpos estranhos (metal, borracha, madeira)
na caixa da bomba. A caixa deve contar com uma descarga através do ladrão e outra
no fundo, que permite esvaziá-la quando se desejar.
b) Calhas
Devem ser dimensionadas com amplas folgas, para abrigar as possíveis varia
ções de fluxo. Devem ser revestidas com material resistente (chapa, cerâmica, boro
racha) para diminuir o desgaste. Devem ter inclinações calculadas com folga para
impedir o entupimento com a deposiça-o dos sólidos.
c) Tubulações
Devem, ser feitas o mais retas possível, evitando-se ao máXimo a existência de
curvas. Quando estas forem inevitáveis, deverão ser adotadas curvas de raio longo.
As curvas deverão ser revestidas com borracha para diminuir o violento desgaste
a que estão sujeitas'. Deve ser escolhido o maior diâmetro da tubulação compatível
com a velocidade crítica de transporte do sólido. Devem ser evitadas ao máXimo
válvulas, as quais deverão ser do tipo mangote, que trabalham toda aberta ou toda
fechada.
d) Leiaute geral
O desgaste da bomba é altamente dependente de sua velocidade, que é função
da altura manométrica necessária. Assim, para minimizar o desgaste da bomba e
economizar energia, deve-se projetar as instalações minimizando a pressão do
bombeamento. Isso se consegue, por exemplo:
Operando ciclones de grande diâmetro a concentrações de sólidos mais baixas e a
pressões menores do que as utilizadas com ciclones de menor diâmetro. O mesmo
pode ser conseguido aumentando-se o número de ciclones operando em paralelo;
106 Classificação
nO moinho;
OPERAÇÃO DE INSTALAÇÕES
DE MOAGEM
CL = 66 x f x w;. x vfWt
em que:
CL - carga circulante (circulattng load), em porcentagem da alimentação fresca
D - diâmetro do moinho, em m, interior aos revestimentos
L - comprimento efetivo da câmara de moagem, em m
F 80 .
R r - P80 = taxa de reduçllo
Wj - Work-Index em kWh/ton curta
gem, desde que não haja variação muito grande de minério ou de outras condições
que poderiam alterar o nível da carga circulante ótima.
A utilização de polpa muito diluída leva a uma moagem pouco' eficiente, pois
as partículas sólidas se acham muito dispersas na polpa, sendo poucos e pouco
efetivos os choques de bolas com partículas. Neste caso há uma grande intensidade
de choques de bolas com bolas e com revestimento, o que leva a um grande con·
sumo de metais na moagem. O barulho do moinho é muito intenso, como se esti
vesse sem carga de material.
Elevando-se a porcentagem de sólidos vai havendo um aumento da eficiência
da moagem com redução do consumo de metais. Essa melhora de eficiência ocorre
até um certo nível da concentração de sólidos da polpa, acima do qual a eficiência
volta a decrescer devido à viscosidade excessivamente elevada da polpa, que pro·
tege as partículas de sólido do choque com as bolas. Assim, a capacidade da moa
gem passa por um ponto de máximo que corresponde a uma determinada concen·
tração de sólidos na polpa do moinho.
Têm-se realizado testes de utilização de reagentes para diminuir a viscosidade
da polpa. Com isso tornou-se possível elevar ainda mais a concentração de sólidos
na polpa com substanciais aumentos de capacidade de produção. Klimpel utilizou
um reagente comercial GA-4272, da Dow Chemical, com o qual foi possível operar
em moinho de laboratório acima de 83% de sólidos, com um aumento sensível na
velocidade de quebra em relação à melhor condição sem usar o reagente, que era de
75%·77% de sólidos. Evidentemente, se se pretender utilizar reagentes químicos
para melhorar a moagem, deve-se estudar o efeito desse reagente também nas
demais operações do processo de beneficiamento do minério. É claro, também, que
este aditivo deverá influenciar na operação do hidrociclone. O gráfico da Fig. 6.1
mostra a variação da velocidade de quebra em funçã"o da porcentagem de sólidos
e do uso de aditivo.
0,10
I
c:
E
.o.,
:::>
<T
"O
., DENSIDADE AuxíliO
MOAGEM
kg/t
0,8
O
0,15
O
10 100 1.000
Tamanho (flA))lm
Figura 6.1 - Velocidade de quebra em função da porcentagem de sólidos e da utilização de
aditivos químicos (KeUy)
li
'.:1
Mõagem de minérios em moinhos tubulares 111
1,0r-------------""""lI
0,25
0,20 ~
c:
o
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.51
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'8,. 0,10 U
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<> CILINDROS PEQUENOS
0,0
o CILINDROS LONGOS
......
.................
. .:: EQUICILlNDROS
o '-----:=-;:IO;o;;O,..----'ti,O""O""O---"=~...J
Diâmetro I mícrons
Figura 6.2 - Comparação entre distribuições Figura 6.3 - Efeito da forma do corpo moe
0,12r-~-~ _ _--~-_-_.......,
,1,0
c:
0,10
E
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"O
0,08
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ESFERAS
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- CILINDROS LONGOS .
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CILINDROS I..ONJ()S
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. ~ CILINDROS CURTOS
LCUBOS ..
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o
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~CILINOROSCURTOS
cueos
HEXt(GONOS
.:: 0,02 '"O
'~Oll
50 100 500 .
o
>
100 1000
Figura 6.4 - Efeito da forma do corpo na . Figura 6.5 - Efeito da forma do corpo moe
granulometria do produto (Kelsall) dor na velocidade de quebra (Kelsall)
'Moagem de minérios em moinhos tubulares 113
o
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(J 0,2
~ 0/
0/
100 1.000 0-f.i"
Diâmetro mícrons O
I
150 600 2.400 9.600
Diâmetro, mícrons
Figura 6.6 - Velocidade de quebra em fun Figura 6•.7 - Função de seleção para dois
ção do diâmetro da partícula (Kelly) tamanhos. de moinho (Steane e Hinktuss)
114 Operação de instalações de moagem
Qualidade de barras; e
L
Moagem de minérios em moinhos tubuJares 115
I
C
E
oh
~ 1,0 o
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'C o L-_~----;<,;;<--~~----,,,,*,,,...-....,..-J
U 0,10 0,20 41
o
~
.icv Fracâo volumétrica do momho oClIpada
Fracao volumétrica do mOinho oCllpaO<l
100 1.000 pela carga de bolas
Diâmetro, mícrons Fracão do volume vazIo entre as holas
ocupaou pelo material
Figura 6.8 - Velocidade de quebra para di Figura 6.9 - Velocidade de quebra para di
versos graus de enchimento de carga (Kelly) versos níveis de carga e de material (Kelly)
116 Operação de instalações de moagem
com o material. Talvez esse fato de uma redução da velocidade de quebra com o
nível da polpa acima de um determinado valor possa indicar uma maior eficiência
do moinho de grelha em relação a moinhos tipo overflow; não existe, porém, muita
comprovação industrial desse fato.
O que se tem observado industrialmente, especialmente em moagem a seco de
cimento, é que a eficiência do moinho é máxima quando o material preenche exata·
mente os vazios da carga de bolas, com o nível do material igual ao da carga de
bolas. A eficiência cai tanto para nível de material mais elevado quanto para nível
de material mais baixo, o que vem indicar a necessidade de um cOPlrole apurado
das aberturas da grelha de descarga para manter o nível desejado de IT1ílterial do moi
nho. Para nível de material muito baixo há uma grande elevação do consumo de
metais na moagem.
No caso de moinho tipo overflow, o nível de polpa no moinho é praticamente
constante, não ocorrendo a possibilidade de intensos choques de bolas com bolas,
do que resulta menor desgaste de bolas nesse tipo de moinho. Por outro lado, é
de se esperar uma acentuada queda de eficiência de moagem no caso de ser usada
carga de bolas reduzida, pois neste caso o nível da polpa é bem superior ao da carga
de bolas.
O nível de material no moinho de diafragma é determinado pela área de aber
tura da grelha. Atualmente existe uma patente de uma grelha que permite controlar
o nível de carga de material em moinho para moagem a seco.
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E .2,0
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~ 0,1 2"
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oc
o
a: 0.1 0.5 5 10
Tomonho,mm I O 1.000
Figura 6.10 - Velocidade de quebra em fun Figura 6.11 - Velocidade de quebra para di
ção do diâmetro das partículas para diversos versos diâmetros de bolas (Kelly)
Solução (Tab,6.2)
a) Traçar gráfico da curva de distribuição em papel Gaudin-Schumann. Verifica-se
que a geratriz da distribuição é P = 1,93 G 0,392.
Granulometria da alimentação
Diâmetros correspondentes
Diâmetro das
barras (mm)
aos diâmetros das barras Índice * na faixa % barras
(mm)
88,90
76.20 } 23.636
12.758
84,36
62,89
37,10
27,66
21,4
32,0
63,50
50,80 } 6.153
2.520
43,36
25.94
19,07
11,41
23,0
14,7
38,10
25,40 } 797
!58
10,84 4,76
7,4 .
1,5
12,70
O } 10
Para barras:
Para bolas:
35 .
~ = k'.:JG ou G = k DJ·5
Para os demais tamanhos de barras, calcula·se o diâmetro da partícula corres
pondente proporcionalmente à relação dos diâmetros.de barras à potência 4.
Calcular os índices da distribuição granulométrica subtraindo·se da porcentagem
passante no diâmetro em questão a porcentagem .passante em 65 malhas Tyler,
a fração que não é necessário moer.
Calcular a porcentagem retida em cada classe de diâmetro de barras dividindo-se
o índice pela soma dos índices.
Finalmente, calcular a carga de barras levando-se esses resultados em gráficos.
Costuma-se adicionar barras ou bolas de um único diâmetro na maior parte
das vezes; às vezes, porém, são utilizadas bolas ou barras de reposição de dois ou
mais diâmetros. Denomina-se carga em equilíbrio quando se desenvolve uma distri·
buição de tamanhos das barras ou bolas equilibradas, em face da estratégia empre
gada de recarga. A distribuiça"ó de tamanhos dos corpos moedores constituindo a
c~rga em equilibrio é funça"o da lei de desgaste desses corpos.
1\
\ \.
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-~ ~
j -
D. Figura 6.12 - Tempo requerido para atingir
0,1 0,2 0,3 0,4 o,~ 0,0 0,7 o,a 0,'01
-o o equihbrio (Armco).
R ~urr.cro de cargas completas
Dx Diâmetro de descarga Lei dD =-K
O Diâmetro da bola de reposição dt
,Moagem de minérios em moinhos tubulares 121
iJ
dessa película surge nova película exposta a uma intensa corrosão. Assim, na moa
gem a úmido, a çorrosa:o e a abrasão operam conjuntamente de forma a determinar
um elevado desgaste de metais.
O operador tem poucos controles sobre alguns dos parâmetros que afetam o
desgaste de metais; há, entretanto, outros parâmetros que podem ser controlados..
Os principais métodos para a reduça:o do consumo de metais são:
,
r
mento tem também grande efeito na eficiência da moagem. Assim, a definição da
melhor forma de revestimento a ser usada deve considerar ambos os fatores. São
importantes na forma do revestimento: altura e largura da onda, sua forma, sua
simetria. Diferenças em pequenos detalhes no desenho do revestimento podem
levar a variações sensíveis na performance do mesmo, o que conduz então o tra·
balho de pesquisa da forma mais apropriada de revestimento a ser uma atividade
constante do operador de moagem.
• Condições de operação
Na prática, as condições de operação do moinho são otimizadas .em relação à
capacidade de produção. Entretanto, dentro de certos limites, podem ser usadas
condições de moagem que promovam conjuntamente uma maximização da pro
dução e uma minimização do desgaste de metais. A rabo 6.3 mostra o efeito de
15 variáveis operacionais no desgaste de revestimentos. Pela análise atenta da refe
rida tabela, o operador pode decidir os procedimentos a tomar para tentar procu
rar reduzir desgastes excessivos.
Tabela 6.3 - Influência de condições de moagem sobre os faiores de desgaste dos revestimentos
l. Colocaça:o do revestimento 3 3 2 2
2. Velocidade· do moinho 3 3 3 3
3. Diâmetro do moinho 3 2 2 3
4. DimensOes dos corpos moedores 3 2 2 3
. S. Altura do nível de polPll 2 2 3 3
6. Forma dos corpos moedores 2 2 2 3
7. Porcentagem de sólidos 2. 1 2 3
8. Tipo de descarga 2 1 2 3
9. Porcentagem do Volume de carga 2 2 2 2
10. Taxa de alimentação da carga nova 2 1 2 3
11. Granulometria dá alimentação 2 1 1 2
12. Relaçao de redução O 1 2 3
13·. Dureza dos corpos moedores O O 2 3
14. Dureu do niinério O O 3 1
15. Comprimento do moinho 1 1 1 O
uma eficiente inibiçllo de corrosão anódica pela formaçllo de uma película de pro
teção na superfície.
Um estudo de moagem de sulfetos, em que seis ligas foram estudadas com e
sem a adição de nitrito de sódio (Hoey et ai.), mostra as seguintes conclusões:
• Bolas de aço foIjadas e de ferro fundido branco são suscetíveis de corrosão in
tensa, a qual pode ser bem reduzida com o uso de inibidores.
• Aços inoxidáveis são relativamente imunes à corrosão.
• Os inibidores de corrosão causam variação no potencial de oxidação das bolas.
A intensidade dessa variação está relacionada à redução de desgaste ocorrida.
Resultados semelhantes foram obtidos em moagem de hematita (Lui et ai.)
Hoey et ai. mostraram que, na moagem de um minério de cobre-níquel, di
versos agentes inibidores tiveram performances distintas. Concluíram que o uso de
nitrito de sódio, de cromato de sódio e de metassilicato de sódio sllo eficientes para
reduzir o desgaste; além disso, o uso de cromato de sódio parece favorecer também
a moabilidade do minério. O uso de benzoato de sódio causou aumento no desgaste
das bolas. No mesmo estudo foi identificada a influência do pH na inibição da cor
rosllo. Sem o uso de nitrito de sódio, o desgaste das bolas reduziu-se" em 49% na
faixa de pH entre 11,0 e 13,0; a mesma redução de desgaste foi conseguida na faixa
de pH de 10,0 a 11,0 com o uso de nitrito de sódio. Por outro lado, o uso de nitrito
nllo diminuiu o desgaste para pH de 9,0; portanto, existe um pH crítico abaixo do
qual o uso do nitrito não é efetivo na inibiçllo da corrosão.
A dosagem de reagentes inibidores de corrosão é superior à necessária para a
dispersão de slimes. Isso pode ser verificado no exemplo seguinte. Silicatos alcali
nos são usados na dispersão de slimes na faixa de dosagem de 0,2-2,0 kg/t; para
serem efetivos como inibidores de corrosão, esses reagentes devem ser usados em
dosagens sempre superiores a 2,0 kg/t. Assim, verifica-se que a açllo inibidora desses
reagentes usualmente nllo ocorre nas condições normais de uso dos mesmos. Para
determinados minérios, entretanto, pode ocorrer o contrário, isto é, a dosagem nor
mal de reagente destinado a outras finalidades pode·se mostrar efetiva na inibição
de corrosão. Por exemplo, em um concentrador de sulfeto, a adiçllo de cal à taxa
de 0,6 kg/t na remoagem de pirrotita reduziu o consumo de bolas em 40%. A adio
ção de cal elevou o pH de 8,2 para 9,1.
• Revestimentos de borracha
Os revestimentos de borracha são altamente eficientes na moagem fina de ma·
teriais altamente abrasivos com bolas de pequeno diâmetro. O uso do revestimento
de borracha, além de afetar o desgaste de metais, tem influência sobre a capacidade
de moagem e sobre a disponibilidade do moinho. Seu uso deve ser decidido em
cada caso, mediante comparações econômicas que considerem todos esses fatores.
• Uso de materiais compostos
Pode melhorar as condições de desgaste o emprego de dois ou mais materiais
na confecção do revestimento, de forma a fazer o melhor uso de cada material
nesta combinação. Recentemente, estão em desenvolvimento revestimentos que
envolvem tanto metal como borracha, o que, segundo especialistas, contribui para
urna otimização de performance. A utilização de material mais duro nos picos e
menos duro nos vales das ondas tenderia a manter melhor a forma das ondas do
que o uso de um só material, à medida que o desgaste do revestimento vai progre·
Moagam da minérios em moinhos tubulares 125 1
dindo. A manutenção da forma da onda tem efeito benéfico na performance da I
I
moagem.
A taxa de desgaste de metais é usualmente expressa em kg/t. Entretanto, para
melhor poder-se comparar essas taxas em operações distintas é melhor exprimir-se
o desgaste de metais em kg/kWh. A Fig. 6.13 mostra para britagem e moagem o
consumo de metais em função do índice de abrasividade do minério, segundo Bond.
O índice de abrasividade relativo pode ser medido em diversos testes de laboratório,
sendo o mais comum o Teste de Abrasão de Bond: Este teste é feito em um equipa
mento que permite medir o desgaste de uma palheta do metal que se move em uma
polpa de minério. Estes testes foram feitos em uma grande quantidade de materiais.
A Tab. 4.7 apresenta o índice de abrasão de Bond de alguns desses materiais.
t
!
I
I
t
A MOAGEM DE BOLAS A SECO (REVESTlMENTOI
R MOINHO DE BOLAS A UM IDO (REVESTIMENTO) t
r
[1
MOINHO DE BARRAS A UMIDO (REVESTIMENTO I
MOINHO DE BOLAS A SECO IBOLASI
i
I
E BRITADOR GIRATORIO (REVESTIMENTOI
Para moagem a seco, Bond sugere que os' consumos de metais correspondam
aproximadamente a 15% dos consumos para moagem úmida. Em linhas gerais, o
levantamento de dados procedido por W. D. Charles confirmou as fórmulas de
Bond. A rabo 6.4 mostra o desgaste relativo de revestimentos para os diversos
materiais.
lf
Moagem de minérios em moinhos tubulares 127
(B) Classificação
(A) Faixa de Liga típica
Item Oassificaç4"o geral do material dureza (BHN) relativa de
desgaste Faço/Esco
6.H) = 421 cv . h
, ~
128 Operaçlo de instalaçõas de moagem
6.11 - Investimentos
em que:
I - investimentos equivalentes em US! 1.000
C - capacidade da instalaça:o em cv
variáveis, pode-se concluir que o custo operacional varia pouco com o aumento da I
instalaçao, a menos que haja acentuado ganho de eficiência. Considerando-se um
consumo de barras de 100 g/kWh; de bolas de 75 g/kWh; e de revestimento de
10 g/kWh, pode-se chegar para a instalaçao de 2.900 cv (barras + bolas) a um custo
de operação global de USS258,4/h (rabo 6.6). O custo operacional é de cerca de
US$ O,l/kWh.
Custo equivalente
Item
(USS 1.000)
Tabela 6.6 - Custo operacional de moagem: circuito moinhos de barras + moinhos de bolas
Custo horário .
Item de custo
(USS)
CONTROLE DE MOAGEM
7.1 - Objetivos
I Â
r-- ----------- ------~---------~----------:--~---.,...,.---~ ~":;'
(I)
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I ~u~--....J I 1I 3
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Figura 7.1 I r.:;l Pressão
I L.-ª.J~----
JI I Dl
cc
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3
Instalação de controle de moagem da Araférti I L J< :l Tamanho partícula .J I
~~----
ÍAI Porcentagem de sÓlidas.J
l..1J~----
Moagem de minérios em moinhos tubulares 133
trole. A escolha da estratégia deve ser feita após a defInição do objetivo do controle,
o qual depende dos tipos de variaça:o que ocorrem na operaça:o e das características
do processo de concentração que se segue à moagem. Assim, em determinadas con
dições, pode ser eleito como objetivo principal a manutença:o da granulometria do
produto sem se preocupar com a variabilidade da produça:o, enquanto em outros
casos podem ser desejadas minimizações tanto da variaça:o da granulometria do pro
duto como da produça:o. Este segundo caso é mais comum quando não se dispõe
de armazenamento do produto da moag~m antes do processo subseqüente.
A adição de água ao moinho de barras é feita de forma automática por um
controlador que mantém constante a relação água/minério. O valor dessa relação é
defInido pelo operador de forma a maximizar-se a efIciência do moinho de barras.
O controle da porcentagem de sólidos no moinho de bolas é geralmente manual.
O controle da classifIcação é o mais importante.no controle do circuito. Para
este controle sa:o escolhidas algumas variáveis que Se procura manter constantes.
Essas variáveis, geralmente, são:
1. Granulometria do produto;
.
2. Carga circulante;
3. Nível da caixa da bomba.
Para controle dessas três variáveis em níveis determinados sa:o ajustadas outras
variáveis, que podem ser:
1. Taxa de alimentação de minério;
2. Adição de água na caixa da bomba;
3. Vazão da bomba de alimentação dos ciclones.
O efeito de cada uma dessas variáveis nas variáveis controladas pode ser visua
~zado na matriz da Tab. 7.1 .
Variáveis controladas
Variáveis de controle
Granulometria Carga Nível
produto circulante caixa
muitos exemplos deste controle em operações industriais: Silver Bell, Mt Isa etc.
Essas aplicações resultaram de trabalhos executados no início da década de 70.
Tipo 11 - A granulometria do produto é controlada pela variação da adição de água
na caixa da bomba, cuja resposta é rápida. A variação de carga circulante em relação
~ fIXada pelo operador faz correções na taxa de alimentação de sólidos. Exemplos
típicos: Inspiration Consolidated Co., Amax l..ead's Buick Concentrator, Arafértil.
Foram implantadas principalmente em trabalhos executados a partir da segunda
metade da década de 70.
A granulometria· do produto utilizada nessas estratégiaS pode ser inferida ou
medida. A medição da granulometria é feita em instrumentos de desenvolvimento
recente, em particular o PSM, hoje de uso já bastante difundido, dada sua alta con
fiabilidade. A inferência da granulometria do produto é feita pela medição de outras
variáveis. Entre os algoritmos para inferência da granulometria o mais conhecido
é o de Linch e Rao:
em que:
F - porcentagem passante em uma determinada peneira
k o, k" k z e k 3 - constantes
MFO - massa de minério alimentado ao classificador
MFW - massa de água alimentada ao classificador
FOF - massa de minério alimentado ao circuito da moagem (alimentação nova)
1"'. _
Moagem de minérios em moinhos tubulares 135
W
Wlo=-----
t~)-(~)
em que:
Wlo - WI-operacional, em kWh/t
W- consumo específico de energia, em kWh/t
P- malha em que passam 80% do produto, em rnícrons
F - malha em que pasSain 80% da alimentação, em rnícrons
WI
E= 100 x -
Wloe
a) Velocidade de moinho
b) Distribuição de tamanho dos corpos moedores
c) Quantidade de corpos moedores
d) Tamanho da alimentação, F
e) Tamanho do produto, P
f) Forma de revestimento e seu desgaste
g) Características do minério
h) Condições de operação do classificador
Moagem de minérios em moinhos tubulares 137
É evidente que, com o passar do tempo, talvez venha a ser possível uma sim
plificação dos testes de moagem. Essas simplificações, entretanto, só deverão ser
feitas após terem seus efeitos devidamente avaliados.
ANEXO I
!yler ABNT
Abertura Designação Abertura Número
(mm) (malha) (nnn)
4,74 4 4,8
4,0 5
3,35 6 3,4 6
2,8 7
2,36 8 2,4 8
2,0 10
1,65 10 1,7 12
1,4 14
1,18 14 1,2 16
1,0 18
0,837 20 0,840 20
0.700 2~
0,592 28 0,600 30
0,500 35
0,419 35 0,400 40
0,350 45
0,296 48 0,300 50
0,250 60
0,209 65 0,210 70
0,175 80
0,125 120
0,088 170
0,063 230
0,044 325
----
.... ---~~--~~-- ---
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Moagem de minérios em moinhos tubulares 141
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,\11\\\ 11\\\
ENG 041308
"li' \111' \\\\\ '"''"1\""