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Disciplina / Curso Técnico de...

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SENAI – CFP ALVIMAR CARNEIRO DE REZENDE

PROCESSO
FCAW

SENAI-CFP Alvimar Carneiro de Rezende


Via Sócrates Marianni Bittencourt, 711 – CINCO
CONTAGEM – MG – Cep. 32010-010
Tel. 31-3352-2384 – E-mail: cfp-acr@fiemg.com.br
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Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

Olavo Machado Jr.


Presidente da FIEMG

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI

Petrônio Machado Zica


Gestor do SENAI - MG

Lúcio José de Figueiredo Sampaio


Diretor Regional do SENAI - MG

Edmar Fernando de Alcântara


Gerente de Educação Profissional do SENAI - MG

José Eustáquio Drumond


Gerente de Tecnologia Industrial do SENAI - MG

Luiz Eduardo Notini Greco


Gerencia de Coordenação Operacional do SENAI - MG

Elaboração
Equipe Técnica SENAI-ACR

Unidade Operacional
Centro de Formação Profissional Alvimar Carneiro de Rezende
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Sumário

APRESENTAÇÃO
Soldagem Processo Gmaw.............................................................................. 02
Terminologia de Soldagem............................................................................... 02
Relativo a Juntas.............................................................................................. 03
Relativo a Chanfro.............................................................................................04
Relativo a Posição de Soldagem.......................................................................05
Circuitos.............................................................................. ............................. 06
Grandeza dos circuitos..................................................................................... 07
Tipos de corrente elétrica................................................................................. 07
Curvas características...................................................................................... 08
Principio do retificador...................................................................................... 08
Dispositivos de alimentação do arame-eletrodo............................................... 09
Tocha de soldagem Mig-Mag........................................................................... 11
Indicação e regulagem de pressão e de vazão do gás de proteção................ 12
Gases de proteção............................................................................................13
Soldabilidade dos aços-carbono comuns......................................................... 14
Arame-eletrodo para soldagem MAG............................................ .................. 15
Descontinuidades na soldagem MIG-MAG....................................................... 16
Parâmetros para a soldagem............................................................................ 25
Influencia da regulagem da indutância............................................................. 26
Influencia da inclinação da tocha...................................................................... 27
Stick-out............................................................................................................ 28
Transferência de metal..................................................................................... 28
Curto Circuito.................................................................................................... 28
Globular............................................................................................................ 29
Spray.................................................................................................................30
Saúde e segurança na soldagem..................................................................... 31
Uso E.P.Is..........................................................................................................31
Riscos elétricos................................................................................................. 32
Ambiente de risco na soldagem........................................................................ 37
Gases perigo cuidados.....................................................................................38
Organização no local de trabalho..................................................................... 39
Processo de soldagem com arame Tubular..................................................... 40
Tipos de arame................................................................................................. 41
Função dos fluxos............................................................................................. 41
Classificação AWS A5.1....................................................................................42
Preparação de peça.......................................................................................... 43
Técnica de soldagem........................................................................................ 44
Ângulo da tocha................................................................................................ 46
Boas praticas.....................................................................................................47
Causas e soluções............................................................................................ 48
Referencia bibliográfica.................................................................................... 50
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Apresentação

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do


conhecimento”.
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os


perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e,


consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do conceito
da competência: “formar o profissional com responsabilidade no processo
produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos
técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada.”

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área


tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se
faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia,
da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – Internet – é tão
importante quanto zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada!

Gerência de Educação e Tecnologia


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PROCESSO GMAW

Soldagem a arco elétrico com metal protegido por gás

PROCESSO MIG-MAG

• Processo MAG – Aços não-ligados, de baixa, média e alta liga, com gases de
proteção dióxido de carbono e mistura de gases Ar + CO2..

• Processo MIG – Metais não-ferrosos com gases de proteção argônio ou hélio,


ou mistura de Ar + He.

Campo de aplicação da soldagem MIG-MAG – Soldagem em todas as


posições, em espessuras a partir de 0,6mm.

Terminologia de soldagem

Nos itens a seguir, você vai encontrar a terminologia normalmente empregada


nos serviços de soldagem em relação aos tipos de junta, aos tipos de chanfro
para juntas de topo e às posições de soldagem.

Conheça todas essas terminologias e analise a figura correspondente a


cada uma delas.

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TERMINOLOGIA RELATIVA AOS TIPOS DE JUNTAS

Junta de topo

Fig. 2

Junta de ângulo em L

Fig. 2

Junta de ângulo em T

Fig. 3

Junta sobreposta

Fig. 4

Junta de aresta

Fig. 5

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TERMINOLOGIA RELATIVA AOS TIPOS DE CHANFROS EM JUNTA DE TOPO

Com chanfro em V

Fig. 1

Com chanfro em X (simétrico ou assimétrico)

Fig. 2

Com chanfro em K (simétrico ou assimétrico)

Fig. 3

Com chanfro em meio V

Fig. 4

Com chanfro em U

Fig. 5

Com chanfro em J

Fig. 6

Com chanfro em duplo U (simétrico ou assimétrico)

Fig. 7

Com chanfro em duplo J (simétrico ou assimétrico)

Fig. 8

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Terminologia relativa às posições de soldagem

Posição sobre cabeça

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Circuitos
Os circuitos hidráulicos e elétricos têm características próprias, que o soldador
deve conhecer.
Analise estas características e, depois, compare um circuito com o outro.

Circuito hidráulico
Neste circuito, a força motriz do fluxo hidráulico pode ser obtida por meio de
pressão da bomba. O volume circulante, que cresce com o aumento da pressão,
é o fluxo no tubo condutor.
O estreitamento obtido por meio de um registro de água e todas as outras
resistências relativas à tubulação reduzem o fluxo de água, aumentando a
pressão.
Observe o circuito hidráulico no esquema abaixo.

Fig. 1
Circuito elétrico
Agora, nesta outra figura, podemos observar um esquema do circuito elétrico.

Fig. 2

No circuito elétrico, a força motriz da corrente elétrica é obtida sob a forma de


tensão
(V), por meio da fonte de corrente elétrica, em volts.
A corrente elétrica é obtida pelo movimento de elétrons no condutor elétrico. A
intensidade de corrente (I), medida em ampères, é equivalente a um determinado
número de elétrons
por segundo, e cresce com o aumento de tensão.
A resistência elétrica (R), medida em ohms, é obtida por meio de um condutor
com baixo valor de condutividade elétrica, como é o caso do arco elétrico.
Todos os tipos de resistência elétrica provocam uma queda na intensidade de
corrente.

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Grandezas dos circuitos hidráulicos e elétricos

A correspondência entre as grandezas envolvidas nos circuitos hidráulicos e


elétricos é a seguinte:

Quadro 1

Você pode
conferir, no quadro
abaixo, os
símbolos adotados para as grandezas do circuito elétrico e a unidade de medida
correspondente.

Quadro 2

A intensidade da corrente é dada através da seguinte fórmula, conhecida como


Lei de Ohm:
Tensão
Intensidade da corrente = Tensão
Resistência
Ou seja: I = V
R
Circuito de soldagem
No circuito de soldagem, o arco elétrico é a principal resistência, determinando os
valores tanto da corrente de soldagem como da tensão do arco elétrico.
As resistências que se encontram nos cabos de solda possuem os valores muito
baixos.

Tipos de corrente elétrica


Neste item, você vai analisar os tipos de corrente elétrica, a saber: corrente
contínua,
corrente alternada
.
Corrente contínua CC/DC
Este tipo de corrente elétrica flui sempre no mesmo sentido e, normalmente, com
a mesma força.
A corrente contínua é muito importante para a soldagem, uma vez que, para
certos processos a arco elétrico, somente ela pode ser utilizada.

Corrente alternada CA/AC

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A corrente alternada é uma corrente elétrica que alterna permanentemente sua


direção e força.
A direção desta corrente muda 120 vezes por segundo, significando 60 períodos
(ou ciclos) por segundo, que tecnicamente são chamados de 60HZ (Hertz).

Curvas características
Vejamos agora outro assunto bastante importante para o trabalho de um
soldador: a curva característica do arco elétrico e da fonte de corrente.

Em processos de soldagem de metais sob atmosfera de gases de proteção a


curva característica da fonte de soldagem apresenta a corrente com pequena a
inclinação( valor de tensão quase constante).
Neste caso, a vantagem é que a variação da intensidade da corrente, para arcos
longos ou curtos, é grande em relação à tensão.
Assim, os aparelhos de soldagem têm condições de reajustar automaticamente
(regulagem internar) o comprimento do arco anteriormente ajustado para um
outro valor.

Regulagem por meio do núcleo de dispersão

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Mediante o movimento do núcleo de dispersão, para dentro ou para fora, altera-


se ofluxo magnético no secundário para mais ou para menos.

Princípio do retificador de solda


O elemento retificador (diodo) possibilita a passagem de corrente somente em
uma direção.Ele pode ser compreendido como uma válvula elétrica de retenção.
- O retificador de solda produz corrente contínuo.
- Transformar corrente alternada em corrente contínua (retificada).

Dispositivos de alimentação do arame-eletrodo


Os dispositivos de alimentação do arame-eletrodo podem ser acionados por dois
ou por quatro rolos.

Acionamento por Dois rolos


Esse tipo de dispositivo é mostrado na figura abaixo. Observe-a com o apoio da
legenda.

Os rolos de alimentação do arame-eletrodo que você viu na figura acima podem


ter:
• Ranhura prismática para arames-eletrodo de aço.
• Ranhuras semicirculares para arames-eletrodo de alumínio.

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Os rolos alimentadores devem ser escolhidos de acordo com o diâmetro dos arames-
eletrodo Também os rolos recartilhados, a fim de se evitarem dificuldades durante o
processo de alimentação

Acionamento por Quatro rolos

Neste outro esquema, podemos observar um dispositivo de alimentação do


arame-eletrodo
com acionamento por meio de quatro rolos.

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Tochas de soldagem MIG-MAG


A soldagem MIG-MAG faz uso de uma tocha refrigerada pelo gás de proteção, como vemos
nesta figura.

As principais recomendações para o funcionamento da Tocha e do multicabo


são:

• As conexões com o aparelho de solda devem ser firmemente apertadas.


• O tubo de contato e o conduíte do arame devem estar de acordo com o
diâmetro do arame-eletrodo.
• O tubo de contato do arame deve ser corretamente fixado.
• A manga condutora do arame-eletrodo deve ser livre de dobras, cortes ou
deformações.
• Os multicabo curtos devem ser preferencialmente utilizados.
• Limpar regularmente o bocal do gás e o conector correspondente, de modo a
remove os respingos de solda aderidos.
• Proteger o bocal e o tubo de contato com substâncias anti-respingos.
• Limpar os conteúdos regularmente, usando ar comprimido para retirar os
resíduos de respingos.

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Indicação e regulagem de Pressão e de Vazão do gás de proteção

Nesta figura, um indicador e regulador de pressão e de vazão do gás em


manômetro.

Um tubo regulador de vazão previamente calibrado limita o perfil (seção


transversal) pelo qual passa a corrente de gás e, com isso, a quantidade de seu
fluxo dependerá da pressão do gás.

O tubo regulador de vazão encontra-se no regulador de pressão ou no sistema


de condução do gás do próprio aparelho de soldagem.

Com o parafuso regulador de pressão, a pressão do gás será fixada e o


manômetro indicador de vazão registrará, em l/min, o fluxo gasoso
correspondente àquela pressão.

Esta outra figura mostra um indicador e regulador de pressão e de vazão do gás


com Fluxograma

Neste caso, a redução da pressão é de ajuste constante e, assim, a passagem do


gás sofreráalterações por ação da válvula reguladora de vazão.

O fluxo de gás elevará o flutuador, dentro do indicador de vazão (de formato


cônico/ vertical), a uma posição que indicará a vazão de gás correspondente.

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Gases de Proteção

Vejamos, primeiramente, o que as normas técnicas determinam a respeito das


funções dos gases de proteção e da distinção entre eles.

Funções dos Gases de Proteção

• Ionizar a zona de atuação do arco elétrico.


• Estabilizar o arco.
• Proteger a poça de fusão da influência do oxigênio e do hidrogênio do ar.

Distinção entre os Gases de Proteção


• Inertes: argônio (Ar) e hélio (He).
• Ativos: dióxido de carbono (CO2) e mistura de argônio e dióxido de carbono (Ar + CO2).

Grupamento dos Gases de Proteção

Os gases de proteção são distribuídos em diversos itens de acordo com o


processo de soldagem. No quadro que se segue, você pode analisar esse
grupamento, para o caso específico dos processos MIG-MAG.

Na escolha do gás de proteção para soldagem MIG-MAG, é importante


considerar
que, quando são utilizados gases ativos/oxidantes, os arames deverão ter
maiores teores de desoxidante (tais como Mn, Si, Zr, Al, Ti) do que quando se
usam gases inertes.

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Influência dos Gases de Proteção

O gás de proteção utilizado na soldagem MIG-MAG tem influência sobre os


resultados obtidos. Observe, no próximo quadro, que características a soldagem
apresenta de acordo com o tipo de gás de proteção empregado.

Soldabilidade dos Aços Carbono

Os aços-carbono comuns e de baixa liga apresentam boa soldabilidade para teores de


carbono até 0,22%. O valor de dureza de um aço depende do teor de carbono e velocidades
de aquecimento de resfriamento durante a soldagem.

Veja, na figura, a relação entre o teor de carbono e a dureza máxima dos aços.

Carbono equivalente

O carbono é, no aço, o elemento de liga mais significativo. Mas podemos estimar


os efeitos de outros elementos de liga, no que diz respeito à soldabilidade,
mediante o valor de carbono equivalente (CE).
O carbono equivalente expressa o efeito da quantidade total de elementos de
liga, e seu valor pode ser encontrado através do seguinte cálculo:

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Arame-eletrodo para soldagem MAG

A escolha do diâmetro apropriado do arame-eletrodo para soldagem MAG do aço-carbono


comum e do aço de baixa liga depende da soldagem requerida e da espessura do metal de
base.

Arame-eletrodo sólido para soldagem MAG


dos aços-carbono comuns

De acordo com a norma AWS A5.18, o arame-eletrodo sólido para soldagem


MAG dos aços-carbono comuns é especificado conforme o esquema a seguir.
Analise cada elemento com atenção, procurando compreender o que ele significa.

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Descontinuidades na soldagem

Um dos constantes cuidados do soldador no desempenho de suas atividades


está ligado à qualidade das soldas efetuadas. Muitas vezes, uma solda com
aparência que inspira confiança pode, na realidade, apresentar descontinuidades
(falhas) que comprometerão a integridade do conjunto em que ela será aplicada.
Por isso vamos apresentar, neste bloco, alguns aspectos, importantes no controle
das descontinuidades, relativos à regulagem da vazão do gás de proteção.
Vamos também tratar das causas das descontinuidades que podem ocorrer no
cordão de solda.

Regulagem da vazão do gás de proteção

Na soldagem MIG-MAG, a zona de fusão deve ser protegida contra a penetração de corrente
de ar da atmosfera pelo gás de proteção, caso contrário poderão aparecer poros no cordão
de solda.
Para se evitar a entrada de ar da atmosfera na zona de fusão, é indispensável manter uma
vazão suficiente de gás de proteção.Assim, para determinar a vazão necessária de gás de
proteção, devemos utilizar a seguinte fórmula:

Vazão de gás em l/min. = 10. Diâmetro do arame-eletrodo (em mm).

Vejamos um exemplo para o caso de um arame-eletrodo cujo diâmetro é de 1,0mm. A vazão


necessária do gás de proteção é calculada da seguinte forma:

Vazão do gás em l/min. = 10 X 1,0mm = 10 l/mm.

Porosidade por proteção gasosa insuficiente

Essa descontinuidade tem diversas causas, como veremos em cada um dos itens a seguir,
juntamente com a solução indicada.

Corrente de ar que impede a proteção completa da poça de fusão


do gás de proteção

Fig. 1

Solução: proteger o posto de soldagem da corrente de ar.

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Vazão insuficiente do gás de proteção

Fig. 2
Solução: aumentar a vazão do gás para valores adequados.

Vazão excessiva do gás de proteção, provocando turbilhona mento do gás

Fig. 3
Solução: diminuir a vazão do gás de proteção para valores adequados.

Obstrução do Tubo de contato e do bocal da tocha, acúmulo excessivo de


respingos, provocando turbilhona mento do gás

Fig. 4
Solução: manter o tubo e o bocal da tocha sempre limpos, aplicando líquidos
apropriados contra a aderência de respingos.

Tocha muito inclinada

Fig. 5
Solução: posicionar a tocha corretamente.

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Afastamento demasiado entre a tocha e a peça

Fig. 6
Solução: utilizar a distância adequada entre a tocha e a peça.

Falta de fusão por preparação inadequada da junta

Este tipo de falha na soldagem MIG-MAG também tem diversas causas. Analise
cada caso com muita atenção.

Ângulo do chanfro muito pequeno

Fig. 7
Solução: utilizar ângulo de 40 a 60°, como ilustrado a seguir.

Face da raiz muito grande e abertura excessiva

Fig. 9
Solução: diminuir o nariz do chanfro e a abertura da raiz, como vemos na figura
abaixo.

Desalinhamento

Fig. 10

Solução: alinhamento, como mostrado nesta outra figura.

Fig. 11

Passe de raiz com convexidade excessiva

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Fig. 12

Solução: esmerilhar o passe de raiz, obtendo certa concavidade em sua


superfície, antes de executar o novo cordão. Veja a figura abaixo.

Fig.13 / 14

Falta de fusão por técnica de soldagem inadequada na emenda do cordão

Este tipo de descontinuidade é causado pela pouca sobreposição dos cordões,


como você pode observar nesta figura.

Fig. 15

A solução indicada é, em primeiro lugar, esmerilhar o final do cordão de solda.

Fig. 16

Depois do esmerilha mento, deve-se iniciar a soldagem antes do final do cordão


anterior.
Feito isso, é preciso eliminar o excesso de reforço na emenda dos cordões.

Fig. 17

Falta de fusão por excesso de fluidez na poça

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Esta descontinuidade ocorre porque o arco elétrico não alcança as faces do


chanfro, porexcessiva fluidez da poça de fusão, e também não chega à superfície
do metal de base, impedindo uma fusão perfeita.
As causas para que isso ocorra você pode analisar em cada um dos itens que
seguem.

Soldagem muito rápida ou taxa de deposição muito alta

Fig. 18

Solução: diminuir a velocidade de avanço ou diminuir a taxa de deposição,


evitando cordões espessos.

Metal de adição fundido ultrapassa a poça de fusão, na soldagem em


posição vertical descendente

Fig. 19
Solução: aumentar a velocidade de avanço da tocha e diminuir a taxa de
deposição.

Excessiva inclinação da tocha, empurrando o metal de adição fundido para


a frente da poça de fusão

Fig. 20
Solução: diminuir a inclinação da tocha.

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Falta de fusão por posicionamento incorreto da tocha

Com o posicionamento incorreto da tocha, o arco elétrico funde somente um dos


membros da junta. Vejamos as diversas situações em que isto ocorre e as
soluções indicadas.

Posição da tocha fora do centro do chanfro

Fig. 21

Tocha muito inclinada para um dos membros da junta

Fig. 22
Solução: corrigir o ângulo de trabalho da tocha para 90º.

Espaço insuficiente para que a tocha se mantenha na posição correta

Fig. 23
Solução: utilizar outro processo de soldagem ou, se possível, alterar a geometria
da junta.
Somente por meio do arco elétrico se pode conseguir a fusão do metal
depositado com o metal de base. Se o arco não atingir diretamente a face do
chanfro,ocorrerá falta de fusão.

Problemas na soldagem acarretados pelo equipamento

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O mau funcionamento de um equipamento de soldagem pode acarretar diversas


falhas nos serviços executados pelo soldador. Nos itens seguintes, você verá, em
relação aos componentes de um equipamento, que problemas são esses e quais
suas conseqüências para os trabalhos de soldagem pelo processo MIG-MAG.

Bobina do arame-eletrodo

Causas:
• Frenagem muito frouxa ou muito forte.

Conseqüências
• O arame-eletrodo escapa do carretel; alimentação insatisfatória.
• Sobrecarga no motor do alimentador; deslizamento do rolo alimentador;
alimentação irregular; arco elétrico instável.
• Aquecimento excessivo e desgaste do arame-eletrodo dentro do bico de
contato.

Fig. 24

Perfil do rolo alimentador do arame-eletrodo

Causas
• Canaleta muito grande (escolha inadequada ou Canaleta muito desgastada) ou
muito Apertada.

Conseqüências
• Deslizamento do rolo alimentador do arame-eletrodo; alimentação irregular do
arame.
• O arame-eletrodo é deformado; a alimentação é dificultada.

Fig. 25

Pressão do rolo sobre o arame conduzido na Canaleta

Causas
• Pressão muito pequena ou muito grande

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Conseqüências
• Deslizamento do rolo alimentador do arame-eletrodo; alimentação irregular.
• O arame-eletrodo é deformado; a alimentação é dificultada; desgaste excessivo
do tubo de contato.

Fig. 26

Bico de guia de entrada do arame-eletrodo

Causas
• Distância do bico até as roldanas ou diâmetro do furo do bico muito grande.
• Diâmetro do furo do bico muito pequeno.

Conseqüências
• Estrangulamento do arame-eletrodo; alimentação irregular.
• Atrito excessivo: dificuldades na alimentação.

Fig. 27
Conduíte

Causas
• Muito curtos ou muito longos

Conseqüências
• Estrangulamento do arame-eletrodo: alimentação irregular.
• Torção ondulada do conduíte, provocando forte atrito: dificuldades na
alimentação.

Fig. 28

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Tubo de contato

Causas
• Furo muito grande por erro de escolha ou desgaste; furo muito pequeno; bico
mal fixado
(frouxo).

Conseqüências
• Local de contato elétrico instável.
• Atrito excessivo: alimentação do arame dificultada.
• Resistência excessiva por mau contato, provocando aquecimento e desgaste
elevado:
arco elétrico instável

Fig. 29

Para garantir uma boa transmissão de corrente pelo


tubo de contato, os valores
de tolerância do diâmetro do arame-eletrodo são de
0,01 até 0,05mm.

Multicabo

Causas
• Curvas muito fechadas e estrangulamento dos condutores.

Conseqüências
• Atrito elevado do arame-eletrodo no cabo condutor, dificultando a alimentação.

Fig. 30

Bocal

Causas
• Respingos.
• Má fixação (frouxo).

Conseqüências
• Abertura de saída do gás obstruída, provocando turbilhona mento do gás de
proteção:
aparecimento de poros.
• Faiscamento de corrente para o bocal: arco elétrico instável.
• Absorção de ar, provocando insuficiente proteção da poça de fusão através da
saídaexcêntrica do gás: aparecimento de poros.

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Fig. 31

Cabo-obra (condução da corrente à peça de trabalho)

Causa
• Má fixação do grampo à peça.

Conseqüências
• Resistência alta e passagem da corrente irregular: arco elétrico instável.

Fig.32

Parâmetros de soldagem

Variação da tensão

A alteração da tensão produz alteração no comprimento do arco e no perfil do


cordão de solda.

Variação da velocidade de alimentação do arame-eletrodo

A mudança da velocidade de alimentação do arame-eletrodo produz alteração no


comprimento do arco, na intensidade da corrente, na capacidade de fusão e no
perfil do cordão.

Influências na soldagem

Diferentes fatores influenciam os resultados de uma soldagem MIG-MAG, tais


como:
a regulagem da indutância, o ângulo da tocha e a distância entre o tubo de
contato e a peça.

Influência da regulagem da indutância

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Na soldagem MAG, pode ocorrer a transferência de metal por curto-circuito, com


arco longo ou curto. Durante os instantes de produção dos curtos-circuitos,
aparecem picos na corrente elétrica, controláveis por meio de uma indutância
(bobina). A regulagem adequada dessa indutância depende do procedimento de
soldagem (tipo de gás, tarefa, posição de soldagem), e pode ser de dois tipos.

Regulagem com pequeno efeito

Possui as seguintes características:


• Intensificação da formação de respingos.
• Aspecto grosseiro do cordão de solda.
• Ignição imediata e estável do arco elétrico.
• Muitos curtos-circuitos.

Regulagem com amplo efeito

Neste outro tipo de regulagem, as características são as seguintes:


• Pouca formação de respingos.
• Aspecto fino do cordão de solda.
• Ignição demorada do arco elétrico e transferência irregular de metal.
• Poucos curtos-circuitos.

Influência do ângulo da tocha

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Na soldagem MIG-MAG, o ângulo da tocha pode ser negativo, neutro ou positivo.


Observe, então, por meio das figuras seguintes, como este ângulo influencia o
processo de soldagem.
Ângulo negativo

Ângulo neutro

Ângulo positivo

Influencia do Ângulo da tocha o processo de soldagem.

Stick – Out – É a distancia do arame eletrodo da ponta do tubo de contato


até o início do arco elétrico.

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Influência da distância entre o tubo de contato e a peça

A distância entre o tubo de contato e a peça também influencia a soldagem MIG-


MAG, como mostram estas figuras.
A menor ou maior distância entre o tubo de contato e a peça vai determinar a
soldagem com características diferentes, como você pode conferir neste outro
quadro.

Transferências de metal

A transferência de metal na soldagem Gmaw pode ocorrer por curto-circuito com


arco curto, com arco longo ou, ainda, por pulverização.

Transferência por Curto-Circuito com arco curto (short arc.)

Esse processo de transferência de metal apresenta características próprias em


relação à indicação de ocorrências, à faixa de regulagem e às aplicações.

Quanto à indicação de ocorrências

• A transferência de metal resulta em curtos-circuitos.


• A poça de fusão é viscosa.
• Aproximadamente 70 gotas de metal são transferidas por segundo.

Quanto à faixa de regulagem

• Tensão baixa (abaixo de 20V).

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Veja, no gráfico abaixo, um exemplo para um arame-eletrodo de 1,0mm de


diâmetro. Os gases de proteção são mistura e dióxido de carbono (CO2).

Quanto às aplicações

• Soldagem de chapa fina.


• Soldagem de raiz ou junta de topo.
• Soldagem nas posições plana, horizontal, vertical e sobre cabeça.

Transferência Globular

A transferência globular de metal (ou transferência por arco longo) apresenta


características que você pode conferir agora.

Quanto à indicação de ocorrências

• A transferência de metal resulta em gotas grossas, com ou sem curtos-circuitos.


• A poça de fusão é bem fluida.
• São transferidas, por segundo, cerca de 100 gotas.

Quanto à faixa de regulagem

• Tensão alta (acima de 20V).

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Analise este gráfico, que apresenta um exemplo para um arame-eletrodo de


1,0mm dediâmetro. O gás de proteção é o dióxido de carbono (CO2).

Quanto às aplicações

• Soldagem de chapas acima de 2 mm.


• Soldagem de junta em ângulo na posição horizontal.
• Soldagem de junta de topo no interpasse e acabamento na posição plana.

Transferência por Pulverização (spray)

Analise, agora, as características deste outro tipo de transferência de metal


quanto à indicação de ocorrências, faixa de regulagem e aplicações.

Quanto à indicação de ocorrências

• A transferência de gotas fica livre de curto-circuito.


• A poça de fusão é bem fluida.
• São transferidas, aproximadamente, de 100 a 300 gotas por segundo.

A transferência por pulverização só se produz sob o gás (Ar) argônio ou sob


mistura de gases rica em argônio, a aproximadamente 90%.

Quanto à faixa de regulagem


• Tensão alta (acima de 25 v).
O gráfico a seguir demonstra um exemplo para um arame-eletrodo de 1,0mm de
diâmetro.

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O gás de proteção é mistura ou argônio (Ar).

Quanto às aplicações

• Soldagem de chapas acima de 2 mm.


• Soldagem de junta em ângulo na posição horizontal.
• Soldagem de junta de topo no interpasse e acabamento na posição plana.

Saúde e segurança no trabalho

Equipamento de proteção individual

Antes de iniciar os estudos dos riscos na soldagem às medidas a serem


observadas consideramos importante você conhecer equipamento de proteção
individual (EPI) usado pelo soldador, no desempenho de suas atividades.

Analise, então, a figura que mostra o


equipamento próprio de um soldador,
procurando
identificar cada uma de suas partes com
o auxílio da legenda.

Na soldagem Gmaw, o soldador:

• Não deve usar luvas com partes metálicas,


para evitar riscos elétricos.

• Deve usar protetor auricular sempre que os resíduos estiverem acima de 90db
(decibéis). Esse protetor pode ser em forma de cápsula ou em algodão.

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Quanto à máscara de solda

Esta máscara deve ser utilizada somente para a soldagem a Arco Elétrico.
Ela tem um filtro de proteção que é caracterizado por letras e números, como por
exemplo:
filtro 12 A 1 DIN.

Quanto aos óculos de segurança

Nos casos em que o óculo de segurança com lente incolor,alem de proteção


contra respingo,escória,também servem para esmerilha mento.

As diferentes peças do equipamento de proteção individual (EPI) do soldador têm


funções específicas, como mostra o quadro a seguir. Observe.

Riscos elétricos

Cuidados com o circuito de soldagem

Quanto a Peça

Em um circuito de soldagem, a fonte de corrente, os condutores do circuito de


soldageme a peça devem formar uma unidade, de maneira que fiquem bem à

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vista do soldado.As ligações dos cabos do circuito de soldagem devem ser bem
conectado.
Pontes rolantes, carrinhos de transportes, objetos e ferramentas não devem fazer
parte do circuito.

A ligação do cabo-obra deve ser feita somente à peça que será soldada, em
condutores contínuos e com bom contato elétrico
Isto porque a passagem de corrente elétrica sobre pontos como roldanas,
engrenagens, cabos de aço, corrente, mancais e trilhos de ponte rolante ou
guindastes, por exemplo, forma pontos de contato elétrico, produzindo:
- Aquecimento
- Carbonização
- Perda de energia.

Os pontos que conduzem à perda de energia e que podem avariar peças de


guindaste (ponte rolante) e estruturas são chamados de pontos críticos.

Riscos elétricos

A intensidade tanto da corrente elétrica que atravessa o corpo humano como da


duração
da descarga determina o tipo de acidente que ela acarreta, e que pode ser:
• Choque elétrico.
• Morte por fibrilação.
• Parada cardíaca.
• Queimaduras e ferimentos.

Alta periculosidade elétrica

Nos processos de soldagem, podem ocorrer perigos bastante sérios, os quais se


encontram aqueles relacionados à eletricidade, como veremos a seguir.

Perigos elétricos em relação ao circuito de soldagem

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O circuito de soldagem apresenta locais de alta periculosidade, que você pode


conferir analisando o que mostra cada número da figura e o que explica a
legenda.

No circuito de soldagem, determinadas partes que são submetidas à tensão e


que, por razões técnicas, não podem ser isoladas acabam se constituindo em
situações de perigo.
Dessa forma, o soldador deve ficar bem atento, a fim de evitar a incorporação ao
circuito elétrico e conseqüentemente, sério acidentes.
Para se proteger dos perigos, o soldador deve usar o equipamento de proteção
individual que você viu logo no início deste bloco.

Perigos elétricos em relação aos ambientes

Nas soldagens a arco elétrico, existe um alto risco de acidentes elétricos nos
ambientes
com as seguintes características:
• Confinados, com paredes que podem conduzir a corrente elétrica.
• Confinado entre, junto ou sobre equipamentos, objetos ou partes elétricas.
• Muito úmidos ou quentes.

A figura abaixo mostra um trabalho de solda realizado em um ambiente confinado


entre, junto ou sobre partes que podem conduzir a corrente elétrica.

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Em um trabalho de soldagem, realizado em ambiente com elevado risca de


acidente de natureza elétrica, o soldador deve proteger o piso com material
isolante, usar equipamento de proteção individual que não permita a passagem
da corrente.
Também deixar a fonte de corrente sempre do lado de fora do ambiente.

Proteção contra riscos em fontes de corrente

• Alterações e reparos na rede elétrica só podem ser efetuados pelo eletricista.


• Manutenção e reparos simples relativos à corrente de soldagem são efetuados
apenas por soldadores autorizados.
• Condutores elétricos precisam ser totalmente isolados.

Perigos do arco elétrico

O arco elétrico oferece perigos que são ocasionados, principalmente, pelas


radiações queemite durante a soldagem e pelas substâncias poluentes que
libera.Vamos analisar cada uma dessas situações.

Perigos de radiação

O arco elétrico emite radiações visíveis e invisíveis, como as radiações


infravermelhas e ultravioletas, que são perigosas para o homem.
Todas elas podem causar queimaduras na pele e danos para os olhos, com
prejuízos para a visão, como você pode observar neste esquema.

O soldador deve proteger-se dos perigos ocasionados pelas radiações emitidas


pelo arco elétrico usando equipamento de proteção individual, inclusive nos olhos.

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Proteção dos olhos contra as radiações

Os olhos devem ser cuidadosamente protegidos contra os efeitos danosos do


arco elétrico
com o uso de filtros de proteção, conforme estabelecido pela norma DIN ou
AWS.
Os filtros de proteção têm os níveis de caracterização de segurança
determinados por uma escala crescente.

Existe uma regra básica de acordo com esta regra,você deve começar a
soldagem usando um filtro que seja muito escuro para ver a zona de solda.
Em seguida, deve experimentar filtros mais claros até que consiga ver
suficientemente
a zona de solda, mas que não seja abaixo do mínimo.

Substâncias poluentes

As elevadas temperaturas na região do arco elétrico ocasionam a queima e a


volatilização
de certa quantidade de consumível, fluxo e camadas protetoras do metal de base,
que podem conter substâncias poluentes, como mostra o esquema a seguir.

Devido a essas substâncias poluentes liberadas na soldagem, é necessário


garantir proteção adequada, promovendo-se a renovação do ar. Esta renovação
pode se dar de diferentes maneiras, de acordo com o ambiente em que a
soldagem se realiza.

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Ambientes de risco para a soldagem

Trabalhos em ambientes confinados oferecem maiores possibilidades de risco,


necessitando, de cuidados especiais.

Soldagem em ambientes fechados

Observando os ambientes da figura com atenção, percebe que eles apresentam


vários riscos para um trabalho de soldagem devido às chamas, faíscas ou
radiação térmica.
Devido aos possíveis riscos destacados na figura, a realização da soldagem em
ambientes
fechados necessita de uma série de cuidados especiais, como mostra a figura
seguinte.

Agora, compare esta figura com a anterior, procurando identificar os cuidados


adotados
nestes ambientes.

Perceba, por exemplo, o que foi feito com o tapete, as pontas, as aberturas
nas paredes, o óleo do chão, etc.Concluímos, assim, que algumas medidas de
prevenção devem ser adotadas antes e durante os trabalhos de soldagem.
Medidas de prevenção antes de iniciar a soldagem

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• Observar o local de trabalho, de modo a evitar ruptura na parede ou piso;


abertura e frestas; gases.
• Afastar ou eliminar materiais inflamáveis presentes no local de soldagem e
próximos .
• Instalar a exaustão em local necessário. Preparar o piso isolante. Posicionar a
fonte em ponto estratégico.
• Iluminação e máquinas elétricas devem ter boa isolação.

Medidas de prevenção durante a soldagem

• Prover o local de trabalho com meios de combate a incêndios, com extintor de


incêndio.
• Renovar o ar, procurando trabalhar sob permanente atenção.

Após o trabalho

• Afastar os equipamentos de solda. Enrolar e desconectar os cabos, quadrar os


consumíveis, limpar o ambiente.

Gases perigos e cuidados na soldagem

Vários tipos de gases são utilizados na soldagem. Esses gases são armazenados
em diferentes estados, em cilindros de alta pressão, cuja construção obedece a
exigências impostas por normas específicas. Esses cilindros exigem cuidados
especiais manipulação, de modo a evitar danos, dentre os quais se destacam os
incêndios.

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Manipulação dos cilindros para soldagem

Nos diversos itens que seguem o modo correto de manipular os cilindros


empregados na soldagem que deve ser observado por todo soldador.

- Transporte por carrinho


- Fixação dos cilindros e instalação dos reguladores
- Abertura do cilindro com manômetro despressurizado
- Verificação de vazamento
- União de mangueiras
- Regulagem da pressão de trabalho

Organização do posto de soldagem

O posto de soldagem deve estar organizado de modo que as ferramentas fiquem


dispostas em locais seguros, para receber a peça a ser soldada.

• O fixador regulável é empregado para fixação da peça a ser soldada.


• O exaustor tem a função de retirar gases, fumaças e vapores.
• As paredes para proteção contra o arco elétrico devem ser pintadas com tinta
que não o rejeite.

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O processo de soldagem com arames tubulares OK

Características principais

Basicamente o processo de soldagem com arames tubulares é o mesmo que o


MIG/MAG embora requeira equipamentos de maior capacidade em alguns
casos.

A diferença mais importante entre a soldagem com arame sólido e a com arame
tubular é o seu desempenho em termos de produtividade, características de
soldagem e integridade do metal de solda.

Mudanças para adequação a alguma aplicação particular ou a algum requisito


especial são mais facilmente obtidas com arames tubulares que com arames
sólidos.

O processo de soldagem arames tubulares com gás de proteção externa é


utilizado principalmente na soldagem de aços carbono e de baixa liga, produzindo
altas taxas de deposição, alta eficiência de deposição e altos fatores
operacionais.

Arames tubulares autoprotegidos não exigem proteção gasosa externa e


podem ser empregados sob ventos moderados com perturbações mínimas
na atmosfera protetora em torno do arco.

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Tipos de arames tubulares OK

Na soldagem do processo Fcaw é empregando arames tubulares com fluxo


Rutílico, Básicos e Metálicos.

Arames tubulares OK Tubrod® Rutílico (com fluxo não metálico — flux-cored


wires) são fáceis de usar, com uma ação de arco suave, dando excelente
aparência ao cordão de solda, com fácil destacamento da escória quando
aplicados com misturas ricas em Argônio, aplica-se na soldagem o modo de
transferência por aerossol, sendo altamente atrativo para o operador;

Arames tubulares OK Tubrod ® básicos (com fluxo não metálico — flux-cored


wires) produzem um metal de solda com propriedades mecânicas em um nível
melhor e mais consistente; também produzem depósitos de solda de padrão
radiográfico com facilidade, quando comparados aos arames tubulares OK
Tubrod® Rutílico e metálicos;

Arames tubulares OK Tubrod ® metálicos (com fluxo metálico — metal-cored wire),


quando aplicados em peças com boa qualidade de limpeza, produzem muito
pouca escória vítrea, similar à dos arames sólidos.

Funções dos componentes do fluxo

Cada fabricante de arames tubulares possui suas fórmulas próprias para os


fluxo.
A composição do fluxo pode ser variada para proporcionar arames tubulares para
aplicações específicas como:

- Desoxidante e formador de nitre tos


- Formadores de escória
- Estabilizadores do arco
- Elementos de liga
- Geradores de gases

Arames tubulares OK Tubrod® Rutílico EX1T-1 para


soldagem em todas as posições

Arames tubulares para soldagem em todas as posições contêm ingredientes no fluxo


que produzem uma escória de rápida solidificação, e a fluidez adequada da poça de
fusão para a soldagem fora de posição.

Como a escória ajuda a suportar a poça de fusão, a tensão do arco e a corrente de


soldagem podem ser relativamente altas, resultando em altas taxas de deposição.

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A alta penetração desses arames tubulares limita a espessura mínima a 4,0 mm na


posição vertical e 6,0 mm nas posições plana ou horizontal.

Esses arames tubulares possuem as seguintes características:

- Gás de proteção: CO2, podendo também, em alguns casos ser aplicada uma
mistura Ar + CO2;
- Disponíveis nos diâmetros 1,2 mm e 1,6 mm; ß metal de solda de boa qualidade
com baixo nível de hidrogênio difusível; cordão de solda com aparência regular e
suave, com um mínimo de respingos.
- Excelente remoção de escória;
- Modo de transferência por aerossol em qualquer posição com altas taxas de
deposição;
- Capacidade de ser operado com ajuste de corrente em qual quer posição, se
requerido.
- Ideal para juntas de topo com abertura na raiz e com o auxílio de cobre-juntas
cerâmico.

OBS:
Os arames tubulares OK Tubrod® Rutílico podem ser subdivididos em dois tipos:
E70T-1 para altas taxas de deposição podendo soldar na posição plana e
horizontal e E71T-1 para soldagem em todas as posições.

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Preparação de peças

Devido a uma fusão lateral superior obtida especificamente de arames tubulares


OK metálicos, os ângulos dos chanfros podem ser geralmente reduzidos. Por
exemplo, uma junta de topo em “V” que normalmente teria um ângulo de chanfro
de 60° para soldagem manual pode ter uma redução para 45°, reduzindo com
isso o desbaste do metal de base e também a quantidade de metal de solda
necessária para encher a junta .

Soldagem fora de posição

A maioria dos arames tubulares OK pode ser soldada fora de posição para
diâmetros menores. Contudo, deve ser tomado um cuidado especial na escolha
do consumível em relação à aplicação proposta porque, dependendo do
diâmetro, são requeridas técnicas de manipulação bem diferentes para se obter
resultados ótimos. Bem diferentes para se obter resultados ótimos.

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Técnicas de soldagem

Juntas em ângulo na posição vertical ascendente

- Oscilação triangular para filetes em um só passe. Se necessário, os passes


subseqüentes devem ser depositados usando técnicas similares à do enchimento
vertical em juntas de topo.

Junta de ângulo na posição vertical descendente

-Restringir a progressão descendente para chapas


finas com perna até 6 mm. Pode ser usado para o
1o passe ou para juntas multipasse.

Juntas de topo na posição vertical ascendente

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- Preparação do nariz. Pode ser usado um ângulo de 10° acima da horizontal


para passes de raiz com o intuito de auxiliar na estabilidade do arco e no controle
da penetração.

Juntas de topo na posição vertical descendente

OBS:

- Uma velocidade de soldagem maior diminui o aporte térmico e as possibilidades


de distorções.

- A técnica de oscilar é mais satisfatória para passes de solda largos – um único


passe.

Ângulos da tocha

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Oo ângulo de ataque da tocha tem um efeito significativo no controle da escória e


no perfil do depósito de solda.

Para ambas as juntas em ângulo e de topo, o ângulo recomendado entre o eixo


do arame e a linha da junta é entre 60° e 70° usando a técnica “puxando”, com o
arame apontando para a solda já executada.

Dessa forma, a força do arco evita que a escória corra à frente da poça de fusão
e reduz o risco de a escória ficar presa.

Para juntas em ângulo, a ponta do arame deve ser dirigida para a chapa de base
a aproximadamente 3 mm da linha da junta com um ângulo de 45° entre a tocha e
a chapa vertical.

Boas práticas

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Não há diferenças práticas no serviço e na manutenção durante a soldagem de


arames sólidos ou de arames tubulares.

Por isso, são recomendadas as seguintes atividades:

- verificar periodicamente o bico de contato;

- remover os respingos acumulados no interior do bocal e no bico de contato;

- limpar o conduíte na direção de alimentação do arame tubular;

- limpar as roldanas e o bocal guia; ß quaisquer componentes ou peças que


mostrem sinais de desgaste ou de avaria devem ser substituídos.

Outros cuidados não menos importantes que devem ser observados são os
seguintes:

- evitar contato das mãos no arame tubular – provoca oxidação;

- recomendamos proteger a bobina com plástico no final do expediente – o ideal é


voltar a bobina para a estufa, principalmente em locais com umidade alta;

- Abrir a embalagem somente no momento do uso;

- evitar uso de anti-respingo nas juntas – provoca porosidade. Usar somente no


bocal, e atenção aos excessos de anti-respingo no bocal;

- evitar soldagem em juntas oxidadas, com tintas de fundo, zarcão, tintas em


geral e tinta de traçagem.

Defeitos na soldagem com arame tubular

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Problema Causa Possível Solução


Gás de proteção Verificar o fluxo de gás
insuficiente ou recomendado Reduzir a extensão
excessivo Extensão do do eletrodo (veja a Tabela IX até a
eletrodo excessiva Tabela XI nas páginas 85 até 87)
Porosidade Bocal muito curto Substituir o bocal Remover as
Impurezas e condições substâncias não metálicas
das peças Falha no Verificar quanto a vazamentos e
equipamento de entrada de ar
controle de fluxo de gás
Diâmetro incorreto do Verificar e substituir o bico de
bico de contato contato Substituir o conduíte ou o
Conduíte ou bico de bico de contato Veja o manual do
contato danificados equipamento Verificar o
Alimentação
Tipo, dimensões ou tensionamento e aliviar se
de arame
pressão incorretos dos necessário Remover a obstrução
deficiente
roletes Freios ou substituir o conduíte
excessivamente
acionados Conduíte
bloqueado

Problema Causa Possível Solução


Técnica de soldagem Veja o Capítulo 8 Veja o Capítulo
inadequada 8
Inclusões de
Direcionamento da
escória
tocha ("puxando" ou
"empurrando")
Velocidade de soldagem Reduzir a velocidade de
muito alta Ângulo da soldagem ou verificar os
Mordedura tocha incorreto Tensão parâmetros de soldagem Veja o
do arco muito alta Capítulo 8 Reduzir a tensão do
arco
Corrente muito baixa Aumentar a corrente Veja o item
Extensão do eletrodo Extensão do eletrodo na página
muito longa para a 58 Ajustar a velocidade de
corrente aplicada soldagem para adequá-la à
Velocidade de soldagem penetração Veja o Capítulo 8
Falta de
inconsistente ou Modificar a preparação das peças
penetração
incorreta Ângulo da e a montagem Modificar a
tocha ou direção de preparação das peças
soldagem Abertura
insuficiente na raiz Nariz
muito grande
Direção e velocidade de Veja o Capítulo 8 Veja o Capítulo
soldagem Ângulo da 8 Verificar os parâmetros
tocha incorreto recomendados para o arame
Falta de
Parâmetros incorretos tubular OK Tubrod® em questão e
fusão
ou manipulação as observações sobre a
incorreta da tocha manipulação da tocha (veja o
Capítulo 8)
Causa Possível Solução

Problema

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Peças sujas Tensão do Limpar as peças com escova ou


arco muito alta lixadeira Verificar quanto aos
comparativamente à valores recomendados Verificar
corrente Pressão do gás quanto aos valores
Respingo
de proteção muito alta recomendados (veja o item Vazão
excessivo
Corrente falhando ou do gás de proteção na página 63)
irregular Verificar o diâmetro do bico de
contato ou substituí-lo se estiver
desgastado
Escolha errada do Substituir pelo arame adequado
arame para o metal de Pré-aquecer as peças à
base Pré-aquecimento temperatura adequada Modificar
requerido e não sendo o procedimento Soldar os cordões
aplicado Trincas por do centro da junta para a parte
tensões devido a mais aberta Reduzir o aporte
Trincas
procedimento impróprio térmico Reduzir as restrições da
Seqüência inadequada junta
de cordões Aporte
térmico muito alto
Restrição excessiva da
junta

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Referências Bibliográficas

Apostila da GTZ, Alemanha


Apostila da FBTS
Apostila da ESAB

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