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(Des)venturas do
TESTAS
ESTUDAR O ESTUDAR
P
Autor:
Pedro Sales Luís Rosário nasceu em Lisboa, onde se
licenciou em Psicologia, na Faculdade de Psicologia
e Ciências da Educação da Universidade Clássica.
É doutorado em Psicologia pela Universidade do
Minho, onde exerce funções de docência no Depar-
tamento de Psicologia do Instituto de Educação e
Psicologia.
O seu trabalho tem incidido na área da aprendizagem,
mais concretamente na investigação das abordagens dos
alunos ao estudo, na auto-regulação da aprendizagem e
na promoção do comportamento auto-regulatório dos
alunos dos ensinos Básico e Secundário.
246 Glossário
247 Referências
P
Palavras iniciais
Este prefácio foi escrito a quatro mãos. Relata uma entrevista condu-
zida pela jornalista Maria João Martins (MJM) do JL – Jornal de Letras,
Artes e Ideias ao autor das (Des)venturas do Testas (PR) para este efeito.
Não é um prefácio habitual, mas nada é “muito normal” na colecção
(Des)venturas do Testas… Espero que possa ser esclarecedor do núcleo
fundamental deste projecto, e desperte o apetite para mergulhar nas pági-
nas seguintes, onde explanaremos o marco teórico desta ferramenta edu-
cativa construída para promover o estudo e a aprendizagem dos alunos.
CDT-EEDT-02
MJM – Defende, militantemente, a PR – Tenho memórias coladas a cada
participação dos pais e dos avós página dos diferentes livros e, gosto
como um dos elementos fundamen- de muitos matizes das diferentes
tais na promoção do estudo e do (Des)venturas… Mas, num registo
sucesso educativo dos alunos. Que minimalista, e correndo o risco ine-
sugestão lhes daria? rente a este tipo de opções, escolheria
PR – As (Des)venturas do Testas a estória dos dois passarinhos que
não foram desenhadas exclusiva- caíram numa tigela de natas que
mente para serem trabalhadas na estava do lado de fora de uma janela.
sala de aula, também o podem ser na Quando, inadvertidamente, aterra-
“sala de estar” ou noutros contextos ram no líquido grosso e pastoso, os
educativos tais como salas de estudo, dois passarinhos sentiram-se natural-
ATL, entre outros. É importante que mente muito desconfortáveis. Um
os educadores conheçam as estraté- deles, depois de algumas tentativas
gias de aprendizagem e saibam como para agitar as asas, verificou que não
as aplicar a situações concretas: esco- conseguiria sair da tigela e parou
lares e não escolares. Todos os livros pouco depois. Desistiu de lutar e afo-
estão recheados de muitos exemplos gou-se nas natas. O outro passarinho
desta ligação entre as estratégias de também não foi bem sucedido nos
aprendizagem e a vida. Muitas das seus esforços para se libertar, mas,
18 situações de aprendizagem apresen- contrariamente ao anterior, não
tadas nos livros podem ser discutidas desistiu. Decidiu que poderia morrer
em família à volta da mesa, na sala a tentar soltar-se daquele líquido
de estar, nas viagens de carro… Não branco, mas enquanto lhe restassem
há soluções educativas prontas-a- forças, não sucumbiria. Assim, o
-usar, as respostas têm de ser sempre pequeno pássaro agitou constante-
encontradas pelo próprio, mas os mente as asas num movimento quase
pais e familiares têm um papel fun- uniforme, apesar do aparente dispa-
damental sempre que os ajudem a rate de tal comportamento. A verdade
pensar e a decidir com autonomia e é que, passado um tempo, a nata
responsabilidade. engrossou dando lugar à manteiga, e
MJM – Sei que é difícil, mas se tivesse o pássaro pôde voar livremente.
de escolher uma história ou episódio MJM - Por fim, o que significa o
como ex libris desta ferramenta para Testas?
promover o aprender e o estudar, PR – Quando descobrir, por favor,
como lhe chama, qual escolheria? avise-me.
I
Introdução
Um homem enquanto passeava num parque, encontrou um amigo que não via há
muito tempo e, depois de o cumprimentar efusivamente, disse-lhe:
S
Ser construtivista: desconstruir
aprendizagens (in)significativas
28
E
Estratégias de aprendizagem,
metacognição e aprendizagem
auto-regulada
CDT-EEDT-03
tração, a organização, a codificação e a revisão do material a ser recor-
dado num ambiente de trabalho produtivo; a manutenção de crenças
positivas acerca das suas capacidades e do valor da sua aprendizagem;
a antecipação dos resultados das suas acções escolares e a experiência
de satisfação, resultante das consequências dos seus esforços (Rosário,
1997, 2002c; Schunk, 1994).
Este conceito está a assumir uma importância cada vez maior na
literatura, uma vez que os resultados da investigação nesta área têm,
recorrentemente, reforçado a crença de que os alunos participam acti-
vamente no seu processo de aprendizagem, monitorizando e regu-
lando os processos de aprendizagem orientados para produtos
(Pintrich & Schrauben, 1992; Rosário et al, 2004).
Queria apresentar-vos o Metódico Prudêncio, um dos simpáticos
habitantes das (Des)venturas do Testas:
42
A
Auto-regulação sociocognitiva:
uma leitura auto-regulatória
da aprendizagem
Pessoa
Ambiente Comportamento
Controlo volitivo
Prévia Auto-reflexão
Fase prévia
Na fase prévia são evidentes duas características distintas, mas estri-
tamente relacionadas com a análise da tarefa e com as crenças auto-
motivacionais. Na análise da tarefa podemos referir: o estabelecimento
de objectivos – que se refere à decisão sobre os resultados específicos
pretendidos com a realização de uma determinada tarefa escolar (Locke
& Latham, 1990) – e o planeamento estratégico, que se reporta à selec-
ção de estratégias ou métodos de aprendizagem necessários para a
obtenção dos objectivos estabelecidos (Zimmerman & Martinez-Pons,
1992). A planificação e selecção de estratégias de aprendizagem reque-
rem, por sua vez, adaptações cíclicas devido às flutuações, quer nos
comportamentos pessoais, quer no ambiente envolvente. Os alunos
auto-reguladores devem, assim, adaptar continuamente os seus objecti-
vos e a escolha das estratégias de aprendizagem, em função dos desafios
que lhes surjam ao longo do seu percurso escolar.
Porém, as competências auto-regulatórias só têm operacionalidade
se o sujeito estiver motivado para as utilizar. Assim, subjacente ao pro-
cesso da fase prévia, podemos referenciar um leque de crenças auto-
motivacionais, tais como: auto-eficácia, expectativas de realização,
interesse intrínseco ou valor e orientação para objectivos, que afectam
46 esse mesmo processo (Zimmerman, 2000a).
A auto-eficácia refere-se às crenças pessoais sobre a própria capacidade
para aprender ou realizar com sucesso as tarefas escolares, num determi-
nado nível. As crenças de auto-eficácia permitem que o aluno mantenha
expectativas elevadas em relação às realizações posteriores. Neste sentido,
uma percepção de auto-eficácia robusta leva-o a estabelecer objectivos
mais ambiciosos e a escolher as estratégias de aprendizagem adequadas
para a obtenção desses mesmos objectivos (Zimmerman, Bandura &
Martinez-Pons, 1992).
A vontade de alguém se comprometer e sustentar os seus esforços
auto-reguladores, depende, especialmente, da eficácia da sua auto-
-regulação, ou seja, das crenças sobre a sua capacidade para planear e
manipular áreas específicas do seu funcionamento. Alguns estudos indi-
cam que as crenças de eficácia auto-regulatória influenciam o uso de
estratégias de aprendizagem (Schunk & Schwartz, 1991; Zimmerman,
Bandura & Martinez-Pons, 1992), o controlo do tempo de aprendiza-
gem, a resistência à pressão adversa dos pares, a automonitorização, a
auto-avaliação e, por fim, o estabelecimento de objectivos (Zimmer-
man & Bandura, 1994).
Por outro lado, o estabelecimento de objectivos também pode afec-
tar as crenças de auto-eficácia. Os alunos auto-reguladores proficien-
tes adoptam objectivos hierarquizados. A progressiva mestria que vão
alcançando fornece-lhes satisfação imediata, contribuindo, desta
forma, para incrementar as suas percepções de auto-eficácia. Estes
múltiplos objectivos são descritos pela literatura como factores que
sustentam a motivação, incrementam a aquisição de novos conheci-
mentos e promovem uma realização escolar de alto rendimento. Neste
sentido, os alunos que apresentam um interesse intrínseco numa
determinada tarefa são mais capazes de persistir nos seus esforços,
mesmo na ausência de recompensas tangíveis (Deci, 1975; Deci et al.,
1994), utilizando uma estrutura hierarquizada de objectivos para
manter a motivação.
47
CDT-EEDT-04
tamentos, pode iniciar um processo de ciclos de auto-experimentação
(Bandura, 1991) envolvendo-se em tentativas avulsas. Pode, inclusiva-
mente, modificar aspectos concretos do seu comportamento de
estudo embora, habitualmente, não obedecendo a nenhum critério
específico. Por exemplo, um processo de automonitorização deficiente
é patente no discurso dos alunos que referem possuir um método de
estudo pessoal, mas que nunca analisaram criticamente (Zimmerman
& Paulsen, 1995).
Fase de auto-reflexão
A última fase do ciclo, a fase de auto-reflexão, compreende dois
processos auto-reflexivos, identificados por Bandura (1986) e, estrita-
mente, relacionados com a automonitorização: o autojulgamento e a
auto-reacção. O autojulgamento refere-se à auto-avaliação sobre as
próprias realizações e a atribuição de um significado causal aos resul-
tados obtidos. A auto-reacção, por sua vez, reporta-se à comparação
50 da informação automonitorizada com um critério ou objectivo pre-
viamente definido.
Existem quatro diferentes tipos de critérios de auto-avaliação de
que os alunos podem dispor na sua aprendizagem: relativos à mestria,
relativos às realizações anteriores, normativos e colaborativos (Zim-
merman, 2000a). Os julgamentos de auto-avaliação do aluno relativa-
mente às suas realizações escolares estão, por sua vez, relacionados
com as atribuições causais imputadas aos resultados obtidos. Este pro-
cesso atribucional é essencial à auto-reflexão.
Assim, atribuições dos resultados obtidos ao esforço despendido, ou
às estratégias de aprendizagem utilizadas, são academicamente mais efi-
cazes, na medida em que mantêm a motivação e a percepção de auto-
-eficácia, enquanto que as atribuições dos resultados à capacidade são
imobilistas (e.g., se o aluno lê uma má nota a Matemática como resul-
tado da sua incapacidade, muito provavelmente, desiste de estudar e de
se esforçar nessa disciplina, argumentando, por exemplo que: “não vale
a pena”). Neste sentido, o processo desenvolvido durante a fase prévia,
no que se refere ao planeamento e utilização de estratégias de aprendi-
zagem específicas e subsequente implementação na fase de realização,
tem impacto no julgamento atribucional. Os alunos que desencadeiam
este tipo de processo (auto-reguladores eficazes da sua aprendizagem)
tendem a atribuir os seus insucessos a uma utilização inadequada das
estratégias de aprendizagem ou a factores externos, e não tanto à sua
capacidade para realizar a tarefa (Zimmerman & Kitsantas, 1997).
A literatura menciona que as atribuições dos sucessos e dos fracas-
sos à utilização de estratégias de auto-regulação estão relacionadas
com auto-reacções positivas, enquanto que as atribuições dos resulta-
dos escolares à capacidade cognitiva se relacionam com auto-reacções
negativas. Por sua vez, as auto-reacções positivas promovem crenças
positivas sobre si próprio como aluno, incrementando as percepções
de auto-eficácia (Bandura, 2001), a orientação para objectivos de
51
aprendizagem (Dweck, 1986) e o interesse intrínseco pelas tarefas
escolares (Zimmerman & Kitsantas, 1997).
A auto-avaliação e os autojulgamentos atribucionais estão relacio-
nados com duas formas importantes de auto-reacção: a auto-satisfa-
ção e as inferências adaptativas. A auto-satisfação refere-se às percep-
ções de satisfação e de insatisfação, relativamente às realizações pes-
soais e ao afecto relacionado, sendo importante na medida em que os
alunos tendem a procurar acções que resultem em satisfação e afectos
positivos, evitando as acções contrárias. Assim, a auto-satisfação está
dependente do valor intrínseco ou da importância da tarefa para o
aluno, reforçando as suas crenças de auto-eficácia, a sua orientação
para objectivos de aprendizagem e a sua motivação intrínseca (Schunk
1996; Zimmerman & Kitsantas, 1997).
Por inferências adaptativas ou defensivas consideram-se as conclu-
sões que o aluno retira do seu comportamento. Estas, permitem-lhe
reflectir sobre a necessidade de proceder, ou não, a modificações no
processo auto-regulatório quando confrontado com novas tarefas de
aprendizagem. As inferências adaptativas projectam os alunos para
novas e melhores formas de auto-regulação, levando-os a registar os
seus objectivos escolares ou a escolher novas estratégias de aprendiza-
gem (Zimmerman & Martinez-Pons, 1992). Por outro lado, as infe-
rências defensivas servem, num primeiro momento, para proteger o
aluno de futuras insatisfações e afecto aversivo, mas, posteriormente,
podem minar o seu processo de adaptação ao ambiente escolar, sem-
pre que ele evite, ou adie, as tarefas escolares, dificultando, assim, o
seu desenvolvimento harmonioso (Garcia & Pintrich, 1994).
Em síntese, a fase prévia da auto-regulação prepara o aluno e
influencia a fase de controlo volitivo. Esta, por sua vez, afecta os proces-
sos utilizados durante a fase de auto-reflexão, os quais influenciam o
processo da fase prévia, tendo um enorme impacto sobre as acções
52 futuras do aluno e a qualidade da sua auto-regulação da aprendizagem.
A
A natureza das estratégias
de aprendizagem
T
Tipologias de instrução
das estratégias de aprendizagem
Nos anos 90 do século XX foram apresentadas três revisões da litera-
tura respeitantes à investigação em torno dos programas para ensinar
estratégias de aprendizagem que, habitualmente, surgem sob o descritor
de study skills programs (Hadwin & Winnie, 1996; Hattie, Biggs & Purdie,
1996; Simpson, Hynd, Nist & Burrel, 1997). Não é nossa intenção propor
uma nova revisão da literatura, mas sim aproveitar o trabalho realizado e
reflectir sobre algumas das propostas e conclusões apresentadas.
Simpson e colegas propuseram, em 1997, uma grelha de análise dos
programas e intervenções na área das competências de estudo, focali-
zando o seu estudo num critério: a amplitude da transferência das estraté-
gias de aprendizagem trabalhadas. Apresentaram uma taxonomia orga-
nizada em cinco categorias gerais. A primeira inclui os cursos de “apren-
der a aprender”, intervenções que apresentam uma natureza desenvolvi-
mental mais do que uma orientação lacunar com vista à redução de
défices na área das estratégias de aprendizagem. Estes programas estão
orientados para a promoção de alunos auto-reguladores da sua aprendi-
zagem, desenvolvendo um repertório de estratégias de aprendizagem
modificável em função de tarefas escolares específicas. Esta ênfase nas
estratégias cognitivas, metacognitivas e motivacionais é consonante com a
literatura dos modelos da aprendizagem auto-regulada, que sugere a
importância de privilegiar nas intervenções quer a motivação quer a cog-
62
nição (will & skill) (Boekaerts, 1996; Boekaerts & Niemvirta, 2000;
Pintrich, 1994, 2000; Schunk & Zimmerman, 1994; Zimmerman, 1998,
2000b). A tipologia de cursos integrada nesta categoria está orientada para
a promoção de processos. Os alunos são encorajados a identificar e utili-
zar estratégias apropriadas às diferentes condições de aprendizagem. Esta
orientação promove a transferência das aprendizagens para outros con-
textos, uma vez que os alunos desenvolvem uma consciência das condi-
ções associadas a cada tarefa específica de aprendizagem, treinando as
diferentes opções em função dos seus objectivos. A literatura refere que os
participantes em cursos sob o rótulo geral de “aprender a aprender” apre-
sentam uma melhoria do seu rendimento escolar (Weinstein, 1994).
A segunda categoria inclui cursos similares aos anteriores, mas refe-
renciados a uma determinada área de conteúdo. Apresentam, igualmente,
uma orientação de natureza desenvolvimental, treinando a aplicação das
estratégias de aprendizagem numa determinada disciplina de estudo ou
área de conhecimento. Estes programas promovem o sucesso escolar
nessa disciplina ou área onde foram trabalhadas, mas não foi encontrada
evidência de que essas competências tenham sido transferidas para
outros domínios de estudo (Hattie et al., 1996; Simpson et al., 1997).
A terceira categoria inclui intervenções pontuais, cursos de Verão
ou programas-ponte entre dois ciclos de estudo (e.g., 3.° ciclo do
Ensino Básico e Ensino Secundário). Estes cursos são orientados sob
uma lógica lacunar, focalizando alguns aspectos estratégicos (e.g., téc-
nicas de leitura ou competências de escrita) para alunos com dificul-
dades de aprendizagem e com o intuito de os preparar para uma
determinada etapa da sua vida escolar (e.g., cursos de estratégias de
aprendizagem para os alunos do Secundário ou “caloiros” da Universi-
dade). A investigação refere que a frequência destes cursos/módulos
não favorece a transferência das competências aprendidas e trabalha-
das para domínios adjacentes. As explicações apresentadas podem
estar relacionadas quer com a duração das intervenções, habitual-
63
mente cursos de pouca duração, quer com a pouca incidência no
treino explícito da aplicação estratégica a outros domínios.
A quarta categoria agrupa cursos que integram o exercício das com-
petências de leitura e escrita. Este tipo de programas são referenciados na
literatura como “escrever-para-aprender” ou “escrever-ao-longo-do-
-currículo” e, habitualmente, são constituídos por módulos orientados
igualmente para o processo. O formato destes cursos varia, mas tipica-
mente envolvem módulos onde são treinadas, em simultâneo, as compe-
tências de leitura e de escrita. O seu objectivo está orientado para
incrementar a competência da escrita e, por consequência, o sucesso
escolar. Contudo, como refere Ackerman (1993), estes programas não
apresentam resultados consistentes.
A última categoria inclui os serviços assistenciais na área das compe-
tências de estudo oferecidos por gabinetes especializados. Estas interven-
ções pontuais são solicitadas pelos alunos à medida que sentem
necessidade de ajuda para enfrentar as dificuldades de aprendizagem
com que se confrontam (e.g., preparação para as provas específicas). Este
serviço é habitualmente avulso e ateorético, uma vez que não existe um
racional teórico que suporte estas intervenções pontuais. Os dados quan-
titativos referenciados na literatura são insubstantivos, pelo que não é
possível concluir do seu impacto no rendimento escolar dos alunos
(Simpson et al., 1997).
Outro método, não referenciado na tipologia descrita, e utilizado
para ajudar os alunos a desenvolverem estratégias de aprendizagem
efectivas no contexto de uma determinada área de conteúdo, é apeli-
dado de metacurriculum (Weinstein & Meyer, 1994) ou infusão curricu-
lar. Os professores e educadores que optam por esta metodologia
facultam aos seus alunos instrução relativa às questões motivacionais,
auto-regulação e estratégias cognitivas que dizem respeito à sua área de
conteúdo (Entwistle & Tait, 1992). Na revisão da literatura sobre as dife-
rentes intervenções das estratégias de aprendizagem, Hattie e colegas
64
(1996), em sintonia com os teóricos da aprendizagem situada (Brown et
al., 1989), defendem que os programas de estratégias de aprendizagem
apresentam uma relação mais proximal com o sucesso escolar quando
trabalhados no âmbito de um contexto e domínio de aprendizagem
específicos. As conclusões veiculadas pelos três trabalhos de revisão da
literatura (Simpson, Hadwin e Hattie) apontam no mesmo sentido: a
conveniência e urgência – atrevemo-nos a pontuar – de incorporar o
ensino das estratégias de aprendizagem nos programas de formação dos
professores para, posteriormente, estas poderem ser infundidas nos res-
pectivos currículos das áreas de conhecimento.
Outro aspecto fundamental na arquitectura das intervenções, tam-
bém nesta área, é o seu desenho. As intervenções de justaposição pro-
porcionam instrução na área das estratégias de aprendizagem num
espaço específico criado para o efeito, de âmbito curricular (e.g., área
curricular não disciplinar do Estudo Acompanhado), ou não curricular,
organizado segundo uma tipologia de clube escolar ou curso de estraté-
gias de aprendizagem em horário pós-escolar.
A infusão curricular, por sua vez, tem como objectivo integrar o
ensino das estratégias de aprendizagem na dinâmica de cada uma das
áreas curriculares. A metodologia da infusão curricular promove, ao
trabalhar as estratégias de auto-regulação da aprendizagem em con-
texto, a sua conceptualização como ferramentas úteis para aplicar em
diversos domínios e não apenas no curso específico de técnicas de
estudo onde estas são, habitualmente, trabalhadas de uma forma
avulsa e desancorada teoricamente. Utilizando as estratégias de auto-
-regulação da aprendizagem em diferentes contextos, tarefas e áreas de
conteúdo, os projectos de infusão curricular incrementam a probabili-
dade de ocorrência da transferência dessas aprendizagens (Salomon &
Perkins, 1989, Simpson et al., 1997; Zimmerman, Bonner & Kovach,
1996). Apesar de não existir nesta área um corpo sólido de investiga-
ção, comparando programas de infusão com programas de justaposi-
65
ção, os dados sugerem que os programas de infusão seriam mais
efectivos nos níveis correspondentes à nossa escolaridade básica e
secundária (Hadwin & Winnie, 1996; Hattie, Biggs & Purdie, 1996;
Simpson et al., 1997).
Centrando a discussão nesta opção disjuntiva, pensamos que uma
abordagem de infusão curricular pode contribuir mais eficazmente
para incrementar a transferência das aprendizagens. Nesta, os alunos
experienciam oportunidades de aprender um roteiro auto-regulatório
da aprendizagem em diferentes contextos, tarefas e conteúdos, no pres-
suposto de que pelo exercício constante, pontuado com feedback, este
passe a fazer parte da sua abordagem típica à aprendizagem. Os alunos,
através da experiência, internalizariam o processamento auto-regulató-
rio, enfrentando as tarefas de aprendizagem com esta moldura concep-
tual. As estratégias de auto-regulação da aprendizagem deixariam,
então, de ser encaradas como tácticas avulsas, mas sim como uma
CDT-EEDT-05
lógica orientadora de toda a sua actividade escolar. Por exemplo, um
aluno que, no início do ano lectivo, opte por planificar o seu tempo,
realizando um horário que inclua a ocupação lectiva, as actividades de
tempo livre e as demais ocupações, em primeiro lugar, planearia a utili-
zação de um horário de estudo (e.g., Por que vou fazer um horário?
Com que finalidade? Quando? Onde o vou afixar para ser mais visí-
vel?). Posteriormente, executaria o referido horário tendo em atenção a
adequação da proposta (e.g., Estudar cinco horas seguidas numa tarde
livre será uma tarefa realista no 2.° ciclo do Ensino Básico? Estudar no
horário do programa televisivo que mais gosto de ver?). Mas realizaria
também uma avaliação da eficácia da utilização da referida estratégia
(e.g., Este horário, para além de decorar o frigorífico, está a ser cum-
prido? Se não, porquê? O que vou fazer para mudar a situação? Um
novo horário? Um controlo mais apertado sobre o meu comporta-
mento para o cumprir?). Por último, retiraria consequências.
Sintetizando, podemos identificar dois tipos de questões no que
66
concerne ao ensino de estratégias infundidas no currículo: de carácter
pragmático e de nível conceptual. As primeiras referem-se às constri-
ções programáticas a que os docentes dos ensinos Básico e Secundário
estão sujeitos. Muitos docentes referem que, por motivos vários, não
são capazes de leccionar os conteúdos programáticos estipulados, pelo
que seria irrealista adicionar outros conteúdos à já sobrelotada carga
curricular. As questões conceptuais estão relacionadas com a transfe-
rência da aprendizagem das estratégias de auto-regulação para outros
domínios do saber e do viver. Alguns alunos conseguem efectivamente
transferir o que aprenderam num determinado contexto para novas
situações, no entanto, esta competência exige um conhecimento pro-
fundo das estratégias e de como as utilizar (Salomon & Perkins, 1989).
Por este motivo, deveriam ser criadas múltiplas oportunidades, em
extensão e diversidade, para praticar a aplicação das estratégias a tare-
fas de aprendizagem concretas. Não basta apenas conhecer e com-
preender a tipologia das diferentes estratégias de aprendizagem, os
alunos necessitam igualmente de saber como e quando as utilizar.
Simpson e colegas (1997) sugerem que, independentemente da lógica
orientadora, a intervenção deve ser desenhada para facilitar a transferên-
cia. Nesse sentido, propõem que os alunos deveriam ser instruídos nos
três aspectos do conhecimento das estratégias de auto-regulação da
aprendizagem já discutidos: declarativo, procedimental e condicional.
E deveriam exercitar a flexibilidade, treinando a sua aplicação a diferentes
objectivos, tarefas, áreas de conteúdo e contextos de sala de aula.
Sternberg e Frensch (1993) sugerem quatro mecanismos para pro-
mover a transferência que, em conjunto, apresentam implicações signi-
ficativas para a intervenção na área da promoção das estratégias de
aprendizagem. O primeiro está relacionado com a especificidade da
codificação do material a aprender, sugerindo que a evocação da infor-
mação está dependente da forma como esta foi codificada. Na mesma
linha, Pinto (1992) sustenta que “a fim de se conseguir que os materiais
67
escolares adquiridos no contexto de uma sala de aula sejam bem recor-
dados numa variedade extensa de contextos, por exemplo, quer no dia
do exame, quer nas diversas situações quotidianas futuras, será aconse-
lhável que os estudantes efectuem a codificação do material escolar de
um modo flexível” (p. 173). Os alunos, num programa de “aprender a
aprender”, necessitam de realizar tarefas que intencionalizem a aplicação
das estratégias de aprendizagem a outros contextos. Pinto (1992) con-
clui, indicando um caminho: “Se em vez de uma codificação flexível for
normalmente utilizada uma codificação rígida (…), é muito provável
que esta táctica de aprendizagem se revele insuficiente para facilitar a
recordação da informação em novos contextos futuros” (p. 173). Na
mesma linha, Stahl, Simpson e Hayes (1992) referem que a prática das
estratégias de aprendizagem, em tarefas e conteúdos de diferentes áreas
e domínios de aprendizagem, favorece uma transferência natural
daquelas aprendizagens.
O segundo mecanismo apresentado por Sternberg e Frensch (1993)
é a organização da informação na memória. A informação organizada
num quadro conceptual claro e relacionada com os conhecimentos pré-
vios dos alunos favorece a evocação dessa informação (Alexander &
Judy, 1988; Pinto, 1996). Coerentemente, o ensino das estratégias deve
encorajar os alunos para a procura e organização da informação num
formato que lhes seja significativo.
O terceiro mecanismo facilitador da transferência é a discriminação,
que se refere ao treino da categorização das novas informações como
relevantes, ou não, para uma nova situação (Salomon & Perkins, 1989).
O último mecanismo refere-se à intenção de aplicar o que foi aprendido
a outros contextos. Para maximizar a transferência da informação
aprendida de um contexto para outro, os alunos necessitam de reflectir
sobre a utilidade das estratégias em relação aos seus objectivos e poste-
riormente realizá-la.
A
68
Auto-regulação da aprendizagem:
implicações educativas
72
P
Projecto (Des)venturas do Testas :
promover a aprendizagem
auto-regulada através de narrativas
"(...) havia uma vez um estudante que nunca chegou a converter-se num
matemático, porque acreditava cegamente nas respostas que vinham nas últi-
mas páginas do seu manual... e, ainda que possa parecer paradoxal, as res-
postas estavam correctas."
(Mello, 1991, p. 148)
P
PLEA: um modelo auto-regulatório
para aprender
CDT-EEDT-06
Como pode ser observado na FIGURA 3, o modelo apresenta três
fases: a fase da Planificação, a da Execução e, por último, a fase da Ava-
liação das tarefas desenvolvidas.
PL A PL - planificação
E - execução
A - avaliação
PLANIFICAÇÃO
A
A E
AVALIAÇÃO PL
EXECUÇÃO
E
PL
M
Modelação e competência
auto-regulatória
P
Participação dos pais, dos educadores
e dos professores na promoção
da aprendizagem auto-regulada
Como salientámos na primeira parte deste trabalho, o papel dos
educadores é muito importante para a promoção da competência
auto-regulatória, uma vez que esta se desenvolve inicialmente a partir
de fontes sociais para, posteriormente, passar a ser controlada pelo
próprio sujeito. Este tópico foi já largamente sublinhado anterior-
mente, pelo que, nesta fase da discussão, nos centraremos nas diferen-
tes possibilidades de operacionalização dessa ajuda.
Podemos descrever três grandes grupos de estratégias para traba-
lhar com os jovens a auto-regulação da aprendizagem: a instrução
directa, a modelação e a prática guiada com feedback.
A experiência diz-nos que habitualmente os educadores e nomea-
damente os professores utilizam os três grupos de estratégias, embora
nem sempre de uma forma articulada e intencionalizando os proces-
sos. Este pot-pourri metodológico não facilita a tomada de consciência
das referidas aprendizagens.
A instrução directa está orientada para ensinar as diferentes tipolo-
gias de estratégias de auto-regulação da aprendizagem e respectivas
funções, em face dos objectivos a atingir. Esta metodologia de ensino
visa incrementar o conhecimento declarativo das estratégias de apren-
89
dizagem. Sugerimos a análise das estratégias de auto-regulação da
aprendizagem de Zimmerman e Martinez-Pons (1986, 1988), descrita
no QUADRO III e actualizada com exemplos retirados das (Des)ventu-
ras do Testas nos QUADROS XII , XIII e XIV , para ajudar a compreen-
der, de uma forma mais profunda, a gramática das estratégias e
diferentes possibilidades de aplicação ao contexto de aprendizagem.
A segunda metodologia é a modelação. Esta está orientada para a
demonstração efectiva da utilização das estratégias de aprendizagem.
Como é que se planifica? Como é que se sublinha? Como é que se rea-
liza um resumo? A explicação do conteúdo de uma determinada estra-
tégia de aprendizagem é fundamental, mas o educador não deve
esquecer-se de monitorizar a execução da estratégia para facilitar a sua
aprendizagem. Compreender a estratégia é diferente de saber como a
realizar em contexto. A modelação estratégica pode evitar muitas ten-
tativas e, sobretudo, muitos erros de operacionalização.
A terceira metodologia é a prática guiada com feedback, que, habi-
tualmente, se segue à instrução e à modelação. Está orientada para per-
mitir ao aluno a escolha e a aplicação de uma determinada estratégia
na realização de uma tarefa, veiculando um retorno informativo sobre
o processo realizado. Esta fase de aprendizagem não premeia apenas a
realização correcta dos passos de uma determinada estratégia, mas cen-
tra-se, sobretudo, na discussão e intencionalização de cada um deles.
Pensamos que não é necessário construir cenários educativos plásticos
para discutir e aplicar esta metodologia. Sugerimos o aproveitamento
das rotinas habituais da família ou da sala de aula. Por exemplo, numa
“viagem familiar” ao hipermercado, a fase de planificação das tarefas
pode ser intencionalizada com a colaboração das crianças, através da
realização de uma lista de compras e, uma vez no supermercado, a fase
da execução pode ser levada a cabo com a realização das compras, ris-
cando os diferentes produtos que constam da lista, à medida que estes
vão enchendo o carrinho. Seria educativamente importante referenciar
90
que se está a cumprir a fase de execução das tarefas e que esta deve
seguir uma determinada sequência auto-regulatória: Qual a lógica a
seguir nas compras? A sugerida pelos diferentes corredores do super-
mercado? A ordem da nossa lista ou outra? Quais as consequências, no
gasto de tempo, na facilitação da tarefa, no aumento da confusão…, de
cada uma das diferentes opções? Estas questões seriam dirigidas no
sentido de incrementar o conhecimento condicional desta estratégia
auto-regulatória.
A avaliação final pode ser feita, comparando as compras realizadas
com a lista inicial: As compras “extras” seriam mesmo necessárias?
Se sim, porque é que não constavam da lista de compras inicial?
Se não, porque é que foram compradas? Estas questões, entre outras,
podem ajudar a reflectir sobre a necessidade de efectuarmos listas de
compras mais adequadas, ou, ainda, sugerir a urgência de seguirmos
outro percurso de realização das compras.
Nem sempre se disporá do tempo, da calma e do humor suficientes
para trabalhar este tipo de abordagem reflexiva no processo educativo,
mas pensamos que, amiúde, os educadores se devem questionar, como
sugere a professora de Ciências do Testas, no primeiro capítulo do
livro do 6.° ano, sobre as pedras da sua vida.
Estas três metodologias – ensino, modelação e prática guiada –,
aplicadas em conjunto, permitirão, quer aos pais, quer aos professores,
discutir com os educandos a opção por uma lógica auto-regulatória
que sirva de orientação para as diferentes actividades que realizam
inserindo-as num todo.
C ARACTERÍSTICAS DA O PORTUNIDADES NA
AUTO - REGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLA E EM CASA …
CDT-EEDT-07
A motivação desenvolve-se em sintonia com a nossa cumplicidade
com as tarefas.
“(…) a vontade para realizar algo não pode ser oferecida, nem vendida, e ainda menos imposta.
A vontade nasce da nossa cumplicidade com a tarefa, aumentando à medida que conquistamos a sua
confiança. Não nascemos a gostar da serra; (…) vamos construindo uma história pessoal com as
árvores, os regatos que lavam os nossos sonhos e as encruzilhadas que escutam as nossas dúvidas.
O nosso amor, a nossa vontade de estarmos lá e de a conhecermos melhor, cresce. É assim na serra, é
assim na vida.” Testas, o Lusitano, p. 16
100
Para sintetizar, sugerimos que os educadores, a fim de promoverem
nos seus educandos uma aprendizagem auto-regulada, reflictam sobre
os seguintes comportamentos:
1. Ensinar e demonstrar a utilização de um conjunto alargado de estratégias de
auto-regulação, poucas de cada vez, adequadas à população-alvo e praticadas com
insistência ao longo do tempo;
2. Demonstrar a efectividade das estratégias de auto-regulação, discutindo,
enquanto modelam a sua aplicação a tarefas e a situações específicas, os processos
de pensamento associados a cada passo (e.g., “Antes de começarmos a fazer um
arranjo qualquer, é melhor pensarmos nas ferramentas e materiais de que vamos
precisar para não sermos surpreendidos a meio da tarefa”);
3. Criar oportunidades para os educandos reflectirem sobre os problemas com
que se defrontam, valorizando a ponderação e os processos de pensamento asso-
ciados. A promoção da reflexão em detrimento da impulsividade (e.g., “Em face do
que aconteceu, quais as alternativas que temos? E quais podemos construir? Qual é
o limite para essa tomada de decisão?”);
4. Recolher apontamentos/notas/episódios dos progressos dos educandos,
motivando-os a aplicar as estratégias aprendidas a novas situações (e.g., “Com factos
concretos é mais fácil discutir alterações de percurso, novas decisões, alterações ao
decidido…; sem dados, o mais objectivos possível, podemos correr o risco de
entrincheirarmos a discussão num registo emocionado que nos pode afastar definiti-
vamente da questão e do questionado”);
5. Ajudar os educandos a perceber que a utilização concertada das estratégias
de auto-regulação da aprendizagem é importante para o sucesso escolar;
6. Levantar/responder a questões relacionadas com a auto-regulação da aprendi-
zagem, promovendo discussões sobre a aplicabilidade de cada estratégia a outras
situações de aprendizagem, disciplinas e trabalhos de casa, de preferência com
exemplos concretos;
7. Planificar a integração das várias estratégias de auto-regulação no currículo,
enfatizando a flexibilidade, tanto na aplicação como na adaptação das estratégias
que devem estar de acordo com as características, necessidades e preferências
individuais (o treino das estratégias auto-regulatórias não deve confinar-se à área do
Estudo Acompanhado; deve ser uma (pre)ocupação militante de todo o conselho de
turma e dos encarregados de educação);
8. Redesenhar os métodos de ensino/estilos parentais em função das experiên-
cias de treino auto-regulatório (e.g., “A minha sala de aula/‘sala de estar’ propor-
ciona/estimula a aprendizagem auto-regulada?”);
9. Ensinar os educandos a monitorizar o seu desempenho durante a aplicação
das estratégias aprendidas, avaliando a sua influência nos progressos obtidos ou
remediando problemas que possam ocorrer (e.g., “Como está a correr o trabalho que
estou a fazer? Por este caminho, chego aos meus objectivos? Ups! O caminho não é 101
E
por aqui. E agora, o que faço?”).
Estrutura do projecto
(Des)venturas do Testas
Como referimos recorrentemente ao longo das últimas páginas, a
intervenção que propomos não se configura como um programa de
competências de estudo. Não apresenta uma estrutura de sessões dis-
tribuídas ao longo do ano lectivo, nem tempos previstos e apertados
para se desenvolverem as actividades estipuladas. Pelo contrário, a
narrativa (Des)venturas do Testas é um móbil para trabalhar compe-
tências auto-regulatórias na sala de aula, e, apesar de possuir um guião
que vertebra o projecto, apresenta um carácter que se ajusta às dife-
rentes velocidades e necessidades dos diferentes leitores-autores.
Em seguida, apresentaremos a sequência dos capítulos propostos
para cada livro e as fases do processo auto-regulatório em que estes se
inscrevem. Relembramos, contudo, que a natureza cíclica que per-
passa todo este projecto sugere que seja trabalhado todo o processo
auto-regulatório em cada uma das temáticas dos capítulos.
Posteriormente, sugeriremos algumas pistas que podem facilitar o
trabalho de promoção da aprendizagem auto-regulatória. Algumas
destas propostas de trabalho foram operacionalizadas num material
que acompanha a colecção (Des)venturas do Testas, o qual designá-
mos como TestaMente…
Os cinco livros da colecção (Des)venturas do Testas apresentam a
seguinte estrutura, coerente com o modelo teórico apresentado:
QUADRO VII – Estrutura dos capítulos de Testas para sempre • 5.° ano
Capítulo ZERO
3. Às armas, às armas…
EXECUÇÃO
6. De A a T (T de Testas, é claro!)
Testário (deve ser completado ao longo do trabalho)
QUADRO VIII – Estrutura dos capítulos de
Elementar, meu caro Testas • 6.° ano
Capítulo ZERO
PLANIFICAÇÃO Primeiro ano eT
FASE DA
Fases do processo auto-regulatório
2. Desabafos de um caderno
Insónias com cadernos diários I
EXECUÇÃO
FASE DA
Cheeeese…
5. De A a T (de Testas, é claro!)
103
Capítulo ADEUS
Se queres conhecer o futuro, mãos à obra
Testário (deve ser completado ao longo do trabalho)
Capítulo ZERO
My name is Tas, Tes-Tas
PLANIFICAÇÃO 1. Testas passou o Rubicão!
FASE DA
Fases do processo auto-regulatório
Bem-vindo ao Grill és tu
FASE DA
6. De A a T (T de Testas, é claro!)
Capítulo ADEUS
You’ve got mail
Testário (deve ser completado ao longo do trabalho)
Capítulo ZERO
PLANIFICAÇÃO Aviso à navegação
FASE DA
Fases do processo auto-regulatório
Um poço de histórias
FASE DA
Bem-vindo ao Vale-dos-Caídos
Vale-dos-Caídos, parte II
Memória de elefante
3. Nevoeiro nas colinas sem rampas
Namasté
O Abominável Testas das Neves
4. O refazer da Irmandade
O imbróglio do mês
AVALIAÇÃO
FASE DA
Só me saem testes
105
5. De A a T (T de Testas, é claro!)
Capítulo ADEUS
Testário (deve ser completado ao longo do trabalho)
PLANIFICAÇÃO
Fase do processo auto-regulatório
Livro I – A Odisseia do Testas
FASE DA
Livro II – Testas na Hispânia
Livro III – Testas e os Godos
O encontro do maravilhoso
CDT-EEDT-08
mato. Nas palavras de Mark Twain, “A tristeza pode tomar conta de si
própria, mas para desfrutar verdadeiramente da alegria, é preciso par-
tilhá-la com alguém.” O humor incentiva os alunos a envolverem-se
nas actividades da sala de aula, inspirando-os a participar, mesmo cor-
rendo o risco de poderem falhar. O humor na sala de aula relaxa e
envolve a audiência, incrementando a motivação para ouvir e traba-
lhar a informação discutida.
No entanto, habitualmente, o humor não é um residente habitual
das salas de aula, talvez porque a crença de que o humor é incompatí-
vel com uma actividade séria, tal como a aprendizagem numa sala de
aula, está bastante enraizada na cultura educativa. Aprender pode,
deve, diríamos, ser uma actividade prazeirosa e divertida, o que não é,
necessariamente, sinónimo de galhofa ou de transformar as salas de
aula em sessões contínuas de anedotas típicas de outros contextos.
“(…) vivo numa casa com os meus pais, Ricardo e Orlanda. Sim! É verdade, o nome da minha
mãe é horrível. Toda a gente suspeita que a minha avó não devia morrer de amores pela filha para
lhe dar um nome tão horripilento. Estou a imaginá-la pequenina e de carrapitos: ‘Oh, Orlandinha
114 vem cá’, ‘o que é que tens Orlanda, dói-te o nome?’. Coitada, a minha mãe deve ter sofrido um
bocado, talvez por isso tenha graves problemas psicológicos que a fazem berrar a toda a hora, com a
desarrumação, a sujidade, os broncos condutores domingueiros, os vizinhos trogloditas, os filhos
doidos varridos… A minha mãe é o máximo! É tão rápida que até a velocidade fica cansada ao pé
dela.” Testas para sempre, p. 14
T
116
Trabalhar as estratégias de aprendizagem
nas (Des)venturas do Testas
nos 2.º e 3.º ciclos
2. Organização e transformação
(…) as iniciativas dos alunos para reorganizarem, melhorando-os, os
materiais de aprendizagem.
EXECUÇÃO
4. Procura de informação
(…) os esforços dos alunos para adquirir informação extra de fontes
não-sociais quando enfrentam uma tarefa escolar.
5. Tomada de apontamentos
(…) os esforços para registar eventos ou resultados.
8. Repetição e memorização
(…) as iniciativas e os esforços dos alunos para memorizar o material.
7. Auto-consequências
AVALIAÇÃO
PL
PL - planificação
A E
118 E - execução
A - avaliação
PLANIFICAÇÃO
PL
PL A
AVALIAÇÃO E
EXECUÇÃO
A
E
Estabelecimento de objectivos
“(…) Talvez por isso raramente estudasse. Estudar o quê? Para quê? Porquê? Estas perguntas
difíceis deixava-as sempre para depois, para quando estivesse descansado. Felizmente para ele, isso
nunca acontecia. (...)” Testas para sempre, p. 74
mãos e com os pés, talvez por isso o problema, mas ainda não tinha as
quando estamos a fazer as equipas em ideias bem claras. (…) Como estáva-
Educação Física sou dos últimos a serem mos um bocadinho confusos e não
escolhidos. Posso dizer-vos que não é sabíamos muito bem por onde começar,
nada agradável estar sempre a aquecer o decidimos seguir o kit de resolução de
banco. (…) Shakespeare, dizia que nos problemas que aprendemos na aula de
podemos sentir bem até numa casca de Língua Portuguesa.”
Estratégias de Aprendizagem da Fase de Planificação
pode ser uma boa intenção, mas habi- devem ser divididos em objectivos mais
tualmente é uma miragem (…).” próximos e estabelecidos tendo em
(cap. 2, p. 34) conta os recursos, pessoais e do
ambiente, existentes para a realização
da tarefa. Devem ser concretizados e
avaliados.”
(cap. 4, p. 82)
120
“(…) ouvia música num tom tão alto, “O local onde o autor se senta também
que até os chineses conheciam os seus é importante. Se não ouve ou não vê
gostos musicais. Ficava a olhar para os bem, tem de se sentar mais à frente. ”Lá
6. E STRUTURA
livros e cadernos, tipo boi a olhar para atrás“ é o passaporte para a desaten-
A MBIENTAL
um palácio, desenhava ou lia livros de ção… (…) Quantas vezes o Testas fica à
quadradinhos deitada na cama.” janela, põe-se a olhar para o recreio, a
(cap. 4, p. 77) pensar na morte da bezerra e a aula e as
informações importantes a passarem ao
lado!”
(cap. 2, p. 44)
“(…) Franklin, como sabia “Estabelecer objectivos é “Pois bem, listas CAF – Listas
que não escrevia lá muito muito importante, mas temos de Coisas a Fazer; preenchi-
bem (…), quando lia um tex- de saber se a mochila da mento de horários de estudo;
to bem escrito, retirava as nossa vida está equipada e conhecimento dos nossos re-
ideias principais e reescrevia- preparada para tal aventura.” cursos pessoais para enfren-
-o depois com as suas pró- (cap. 3 p. 169) tar a situação; estabeleci-
prias palavras. No fim, compa- mento de objectivos realistas
rava os dois textos e tentava e alcançáveis; antecipação de
descobrir onde e como pode- consequências… são alguns
ria melhorar (…)” dos elementos da minha
(cap. 3, pp. 95-96) acção planificadora (…)”.
(Livro V, p. 80)
121
“Cada um foi dizendo as coi- “Cada aluno tem de se conhe- “Coloquei uma televisão e um
sas que mais o distraíam no cer bem a si próprio e decidir vídeo na barbearia e organizei
seu estudo, tanto em casa qual a melhor estratégia a sessões de projecção de jogos
como nos sítios onde habi- seguir no seu estudo. (...) de xadrez famosos. Foi um su-
tualmente estudam. No topo Alguns alunos gostam de cesso. (…) Sobretudo, aquelas
da lista, com o maior número estudar com um ruído de eram oportunidades de pensar
de nomeações, surgiam os fundo como companhia, e aprender a linguagem do xa-
toques do telemóvel, as men- outros preferem o silêncio drez enquanto trabalhava. (…)
sagens escritas (…)” absoluto. Há quem goste de – Queria mesmo jogar xadrez
(cap. 4, pp. 115-116) estudar mal nasce o dia, (…) precisava de aproveitar to-
outros só o conseguem fazer das as oportunidades, não po-
pela calada da noite.” dia perder tempo.”
(cap. 1, pp. 25-26) (Livro III, p. 43)
“Aprendi, há já algum tempo, “(…) a meio do caminho, lá “Agir impulsivamente, sem pen-
que ajudar não é fazer pelos lhe disse que o ajudava a sar nas possíveis consequên-
outros o que eles podem fazer escrever o artigo e ele suspi- cias, mesmo que seja ‘por
por si próprios (…)” rou de alívio. Afinal, os ami- bem’, pode ser um desastre.
(cap. 3, p. 70) gos são para as ocasiões. Intervir na vida dos outros sem
[Sim, porque como diz o anão lhes pedir licença pode compli-
amigo do Frodo: ‘Desleal é car mais do que ajudar. O An-
aquele que se despede dré ensinou-me a urgência de
quando a estrada escurece.’]” planear para não ter de lamen-
(cap. 3, p. 162) tar.” (O encontro do maravi-
lhoso, p. 58)
Agora sei que este objectivo é concreto (sei exactamente e sem dúvidas o que tenho de fazer: estudar
uma hora), realista (sim, se eu quiser é possível estudar uma hora. Bem, para ser sincero…) e avaliável
(no fim de cada dia é fácil saber se estudei uma hora ou não). A regra dos objectivos é CRAva (…)
Concretos-Realistas-Avaliáveis…” Elementar, meu caro Testas, pp. 26-27
Procrastinação
CDT-EEDT-09
“(…) Em segundo lugar, na lista dos óscares da distracção, aparecia a televisão, logo seguida dos
jogos de computador, da música, das chamadas dos amigos do prédio para jogar à bola, das passeatas
na casa para ir buscar um livro, o lápis, o dicionário… Mas também falámos das interrupções para
petiscar qualquer coisa na cozinha ou no frigorífico. (…) Para além destes distractores externos – foi
assim que a profe chamou a tudo o que nos distraía do nosso estudo (…).” 007.º Ordem para estudar,
p. 117
PL
PL - planificação
A E E - execução
A - avaliação
PLANIFICAÇÃO
PL
PL A
AVALIAÇÃO E
EXECUÇÃO
A
E
“(O que é uma península? É escusado “A tarefa parecia difícil, por isso, era
perguntar ao meu pai, ele faz-me sem- melhor ter alguém a quem pedir ajuda…
DE
132
“Estava sentado na aula, mas o seu "(…), tirar apontamentos começa antes
espírito vagueava. Estar atento nas da aula. Primeiro, revendo os aponta-
DE
APONTAMENT OS
aulas, escrever apontamentos ou seguir mentos anteriores para saber o que ficou
as leituras pelo texto de apoio exigia incompleto ou se há alguma dúvida
5. T OMADA
muito esforço, e o Lorpídio gostava sobre as matérias que deva ser esclare-
pouco de fazer aquilo que lhe custava.” cida pelos professores ou amigos.”
(cap. 4, p. 74) (cap. 2, p. 42)
“(querem saber o truque que descobri “(Eu fazia as perguntas em voz alta para
E MEMORIZAÇÃO
“A preparação que tinha reali- “Temos de associar cada nova “(…) Depois de muito pensar,
zado antes do teste era boa. informação a outra ideia que cheguei à conclusão de que
Estudou as matérias pelos nos faça sentido, para que, nestes últimos anos, tenho
quando a quisermos recupe-
livros e completou os aponta- rar, possamos fazê-lo sem estado, talvez, um pouco
mentos das aulas, fez exercí- problemas. Para isto é pre- alheada da vida da nossa vila,
cios para treinar o raciocínio, ciso tempo e reflexão. Se fechada sobre mim própria.
realizou testes anteriores para estudares todos os dias um Reflectindo bastante, decidi
fazer revisões…” bocadinho tentando com- abrir a minha casa, há muito
preender as ideias e as suas
(cap. 5, p. 151) fechada, e organizar uma
ligações, a memória tem a
vida facilitada.” festa…”
(cap. 2, p. 144) (Livro V, p. 88)
realizada adequadamente, a estratégia de tomada de apontamentos
incrementa a qualidade da aprendizagem. Uma das razões principais
deste efeito relaciona-se com o facto de que tomar apontamentos
obriga os alunos a esforçarem-se mais para tentarem compreender o
que está a ser explicado na sala de aula ou escrito no texto.
“– Mas para tudo isto é fundamental estar muito atento na aula, evitar as conversinhas para o
lado, as brincadeiras com papelinhos, as mensagens nos telemóveis, (…).” Elementar, meu caro Tes-
tas, p. 51
Alguns autores (Kiewra, 1989; Kiewra & Fletcher, 1984; Ruhl &
Suristky, 1995) sugerem quatro possibilidades de os educadores con-
tribuírem, na sua prática educativa, para incrementar a qualidade dos
apontamentos dos alunos: (i) a primeira, – embora a investigação
(Kiewra & Fletcher, 1984) tenha revelado que esta não apresenta uma
relação muito estreita com a melhoria efectiva da qualidade dos apon-
tamentos –, sugere que os professores conduzam vocalmente a atenção
dos alunos para a importância dos diferentes tópicos apresentados nas
aulas. Os resultados sugeriram que, apesar de útil, esta técnica, habi-
tualmente, não mobiliza suficientemente os recursos dos alunos para
incrementarem a qualidade dos seus apontamentos. Seria necessária
uma monitorização mais próxima. Nesse sentido, (ii) Kiewra (1985b)
defendeu que a estratégia mais efectiva para promover apontamentos
mais profundos estava associada à apresentação prévia, por parte dos
professores, de guiões com o esqueleto das matérias a discutir nas
aulas. A investigação sugeriu que esta estratégia incrementa a atenção
dos alunos na aula, tentando confirmar a sequência das ideias apre-
sentadas. Estes guiões, por um lado, orientam os apontamentos que os
alunos vão tomando na aula, mas constituem, também, um elemento
securizante para posteriores revisões da matéria leccionada; (iii) a ter-
ceira proposta sugere que o professor notifique os alunos da saliência
de uma dada informação, por exemplo, escrevendo-a no quadro, apre-
sentando-a numa transparência ou projectando-a a partir de um data 137
show. Outra possibilidade de promover a qualidade dos apontamentos
sugere a realização de breves pausas durante a aula para que os alunos
possam analisar os seus apontamentos, reorganizá-los e esclarecer
alguma dúvida que entretanto surja; (iv) a disponibilidade do profes-
sor para atender os alunos em horário pós-aula, para retirar dúvidas e
supervisionar o seu trabalho numa determinada disciplina ou área
científica, é outra das estratégias que apresenta uma relação muito
estreita com a qualidade dos apontamentos e o trabalho realizado
pelos alunos. A última estratégia para incrementar a eficácia da
tomada de apontamentos que propomos, sugere a leitura atenta dos
mesmos, o mais rapidamente possível, após a aula ou a leitura dos tex-
tos. Esta revisão dos apontamentos tem como finalidade próxima aju-
dar os alunos a detectar hiatos ou frases incompreensíveis, e promover
a colmatação dessas lacunas através das explicações dos professores ou
da ajuda dos colegas.
“(…) Umas vezes começava por completar os apontamentos das aulas desse dia, que ainda estão
frescos, outras por preparar as disciplinas do dia seguinte. Uma coisa é certa: quando está mais dis-
traído nas aulas, os apontamentos ficam piores e o estudo custa-lhe o dobro.” Testas para sempre, p. 80
Elaboração de questões
Uma das estratégias que melhor equipa os alunos para a autono-
mia na aprendizagem é a elaboração de questões. À medida que os
138 argumentos são apresentados pelo(a) professor(a), ou pelo livro de
texto, os alunos deveriam ser capazes de elaborar questões que os aju-
dassem a clarificar o seu pensamento e a dilucidar as suas dúvidas.
Respeitando o ritmo da aula, as questões devem ser endereçadas ao(à)
professor(a) ou a algum(a), colega. As demais, que surjam como resul-
tado do estudo pessoal, na escola ou em casa, devem ser anotadas e,
posteriormente, respondidas por professores, colegas ou parentes.
A formulação de questões é uma estratégia de aprendizagem muito
poderosa porque, por um lado, requer reflexão para a sua concretiza-
ção, e, por outro, ajuda os alunos a testar e a fortalecer as ligações
entre os conceitos aprendidos.
Pressley e colaboradores (1992, 1995) sugerem que a inserção de
questões tipo: “porquê”, “como”… no decorrer da aula, ou num texto
de apoio, promove a aprendizagem dos alunos na medida em que os
encoraja a utilizar os conhecimentos prévios para estabelecer relações
entre o que já conhecem e os novos argumentos.
“(…) (escaler deve ser um tipo de barco, não? O que é que acham?) (…).” 007.º Ordem para
estudar, p. 103
Sublinhar
A estratégia de sublinhar não é uma actividade pictórica e a sua fina-
lidade primeira não é estética! Clarificar esta ideia é, talvez, a primeira
preocupação dos educadores relativamente a esta estratégia de aprendi-
zagem. Sublinhar é uma das estratégias de aprendizagem mais utilizadas
pelos alunos dos diferentes níveis de ensino. Marxen (1996) sugere que,
nas diferentes investigações realizadas na área, mais de 50% dos alunos
investigados referem utilizar esta estratégia de uma forma regular. Estes
dados corroboram a percepção intuitiva de que esta estratégia de apren-
dizagem é a mais disseminada entre a população estudantil, envolvendo
a selecção das ideias principais e a sua sinalização – habitualmente atra-
vés de um risco por baixo da palavra ou da frase, ou ainda recorrendo a
um marcador fluorescente – para uma revisão posterior.
Alguns investigadores referem que os alunos se sentem seguros
enquanto sublinham generosamente os cadernos e livros dado que
acreditam que estão a seleccionar as ideias importantes e a monitorar
a compreensão enquanto lêem, preparando-se para os testes (Bryant
& Lindeman, 1995). Por este motivo, para que os alunos utilizem efi-
cazmente esta estratégia de aprendizagem, e os apontamentos/texto do
142 manual não fiquem todos riscados, os alunos necessitam de ensino e
treino na detecção das ideias principais.
“(…) “Destacar”, “colocar em relevo”, “salientar” foram alguns dos sinónimos que a professora
encontrou para nos explicar que sublinhar não é fazer tracinhos de cores por baixo de algumas pala-
vras ou frases. Sublinhar era uma escolha pessoal, uma “tomada de decisão”. Tínhamos de decidir o
que era o mais importante numa história, numa conversa com um amigo, num programa de televi-
são, numa imagem, num texto de um livro ou… num problema de Matemática (…) O importante é
que sublinhar era sempre, sempre, escolher e registar as ideias principais de algo. A forma como as
destacávamos é que era diferente.” Testas para sempre, p. 59-60
Resumo
“(…) A esse conjunto de ideias principais, organizadas e arrumadinhas para facilitar a com-
preensão de um texto, tema ou mensagem, chamamos “resumo”, disse-nos a professora.” Testas para
sempre, p. 61
Mapas de Ideias
Um mapa conceptual ou de ideias é uma representação pictórica de
um conjunto de conceitos que sugere uma determinada relação entre
eles. Esta organização da informação ajuda os alunos a ligar os concei-
tos e incrementa, desta forma, a sua consciência metacognitiva sobre a
compreensão dos conteúdos apresentados. Os mapas de ideias facilitam
a aprendizagem nas mais diversas áreas porque ajudam os alunos a
organizar a informação, relacionando-a com os seus conhecimentos
prévios, e promovem o estabelecimento de relações entre os conceitos e
os exemplos pessoais (Lipson, 1995). Para utilizar esta estratégia de
aprendizagem, em primeiro lugar, é necessário que os alunos identifi-
quem as ideias principais, os conceitos-chave, as relações entre esses
conceitos e os argumentos que os suportam. O núcleo de força desta
estratégia de aprendizagem está orientado para que os alunos identifi-
quem as relações entre as ideias e reflictam sobre a sua pertinência e
força. O mapa das ideias, a exemplo dos demais, apresenta uma pro-
posta de leitura das relações entre os conceitos mapeados.
“(…) A profe ensinou-nos a fazer um mapa de ideias, seleccionando e hierarquizando as dife-
rentes ideias a partir de uma central. Com giz de cor, escreveu no quadro a palavra-chave CAVALO e
rodeou-a com uma elipse colorida. De seguida, pediu-nos que associássemos outras palavras àquela
(…) ‘um mapa de ideias representa graficamente as diferentes ligações entre conceitos e ideias’.
É como se fosse um mapa das estradas.” 007.º Ordem para estudar, pp. 77-78
CDT-EEDT-10
“(…) Vou explicar-te melhor. O processo para memorizar o velho conto celta ou outra informa-
ção qualquer segue sempre a seguinte estrutura: a informação entra, tal como numa casa, pela porta
(…) A porta de entrada da informação é (…) Sim, os cinco sentidos, é claro. A este primeiro passo
chamamos memória sensorial (…) A informação na memória sensorial tem uma esperança de vida
muito curta, só está disponível, mais ou menos, três segundos (…) A informação é muito frágil, se
não a captamos na altura em que nos chega pelos sentidos, nunca a chegaremos a compreender
(…).” O Senhor aos Papéis: A Irmandade do Granel, pp. 133-134
PL
PL - planificação
A E E - execução
A - avaliação
PLANIFICAÇÃO
PL
A
PL
E
AVALIAÇÃO EXECUÇÃO
A
E
148 FIGURA 6 – Fase de avaliação do Modelo PLEA
“Bem, vamos ao que interessa, não sei “O trabalho estava a correr bem. Mere-
7. AUTO-CONSEQUÊNCIAS
150
12-14. REVISÃO
“Recordou-lhe que tinha estu- “(…) no final dos exercícios “Percebi que essa escolha não
dado responsavelmente, sa- escritos, logo que possível, é realizada num momento,
bia a matéria toda e que tinha devíamos reler as respostas e mas já tinha começado há
resolvido bem todos os exer- corrigir os erros. (…) mas para muito. O conhecimento de si
cícios anteriores, por isso, não isto tínhamos de guardar os próprio, as estratégias de
fazia sentido ter medo das enunciados numa capa ou aprendizagem e de resolução
perguntas do teste. Agora num caderno, e isso... Se cor- de problemas que temos tra-
estava nervosa, mas isso era rigirmos o teste fazemos nova- balhado ao longo destes últi-
normal, tinha de se concen- mente revisões da matéria e mos anos, a experiência de 151
trar no que sabia. Tinha de podemos ficar a saber onde e hobbies, o voluntariado, a prá-
aprender a não ter medo do porque errámos. (…) O tica de desporto… pelos vis-
medo, a dominar o receio, a segundo momento de reflexão tos, são o equipamento
acreditar no sucesso.” (…) decorre nas aulas de cor- fundamental para podermos
(cap. 5, p. 152) recção dos testes. (…) se não enfrentar as decisões vocacio-
investigarmos os porquês dos nais que se aproximam (…)”
nossos erros, na oportunidade (Livro IV, pp. 61-62)
seguinte, voltarão a aconte-
cer.” (cap. 4, pp. 194-195)
Na Fórmula 1, mesmo depois de tantos treinos e tendo milhões de mecânicos a tratar dos carros,
os pilotos fazem sempre uma volta de aquecimento antes do início da corrida. Muitas vezes, nestas
voltas ao circuito, são feitos pequenos ajustes que, de outra forma, poderiam obrigar à desistência do
piloto ou levar a despistes e desastres.
As revisões da matéria são como a volta de aquecimento. Falta pouco para a partida, mas ainda
não é a sério, ainda há tempo para os últimos ajustes: estudar melhor algumas matérias, fazer mais
exercícios para perceber um determinado conteúdo, tirar dúvidas com colegas, pais ou professores…”
Testas para sempre, p. 84
A dimensão “Tensão”, por sua vez, diz respeito aos sintomas objec-
tivos da activação fisiológica, assim como às manifestações subjectivas
da activação emocional e tensão.
“(…) Ficava tão nervosa e tão preocupada, que parecia que esses pensamentos negativos lhe
contagiavam o corpo. Nesses dias – de teste – tinha muitas dores de barriga e uma vontade frequente
de ir à casa de banho, mas, pelos vistos, sem grande motivo.” 007.º Ordem para estudar, p. 138
Como ajudar os alunos a lidar com a ansiedade face aos testes? Uma
abordagem preventiva à ansiedade face aos mesmos implica uma inter-
venção no contexto escolar, entre outros aspectos, ao nível da formação
dos professores. A introdução desta temática na formação inicial dos
docentes, nomeadamente introduzindo módulos ou seminários nas
cadeiras mais vocacionadas para a prática pedagógica e nas diferentes
acções de formação proporcionadas pelos centros de formação de profes-
sores, promoveria algumas mudanças nas práticas pedagógicas. Mais
especificamente, os professores poderiam adequar a sua prática lectiva às
necessidades específicas dos estudantes mais ansiosos face aos testes e,
simultaneamente, prevenir o surgimento deste problema noutros alunos.
Entre outras medidas, os professores podiam ser sensibilizados a tomar
algumas medidas educacionais no sentido de maximizar o aproveita-
mento dos alunos, diminuindo os seus níveis de ansiedade face aos testes.
Hill e Wigfield (1984) sugeriram as seguintes medidas: (i) modificação,
alargamento e flexibilização das práticas e metodologias de avaliação, tor-
nando-as menos ameaçadoras e desgastantes para os estudantes, por
exemplo, reduzindo a atmosfera de competição e avaliação, flexibilizando
o limite de tempo de realização da tarefa e proporcionando outras opor-
155
tunidades para os alunos que não tenham conseguido alcançar os objecti-
vos mínimos; (ii) incremento do reforço positivo dos esforços dos alunos
relacionados com a sua realização intelectual, os comportamentos e o
desenvolvimento pessoal e social; (iii) individualização do ambiente de
aprendizagem; (iv) formação dos professores na área das competências de
estudo para que possam trabalhar com os alunos estes aspectos. A pressa
e a centração no resultado da aprendizagem, mais do que no processo,
mergulham a sociedade e, consequentemente, os alunos num caldo pro-
pício à emergência de ansiedade face aos testes. Neste particular, pensa-
mos que a escola pode desempenhar um papel crucial, equipando os
alunos para auto-regularem a sua aprendizagem, lidando adequadamente
com as situações de avaliação.
Os alunos, por sua vez, teriam de assumir a responsabilidade pes-
soal no seu processo de aprendizagem e de, compreender, que neste,
como nos demais aspectos da aprendizagem, o lidar com a ansiedade
face aos testes não se inicia com a entrada na sala onde vai decorrer a
avaliação, mas sim a montante: na realização de um estudo pessoal
exigente e de qualidade.
“(…) me disse no ano passado sobre a questão da ansiedade face aos testes: pedir ajuda é um
acto de coragem, mas a chave está dentro de nós.” Testas, o Lusitano, p. 46
P
Pistas para a intervenção
Guião de leitura
PL E A 161
Reflexões do Testas sobre a sua experiência no Estudo Acompanhado e a importân-
cia da participação de todos: pais, professores e alunos, cada um desempenhando
o seu papel. (pp. 8-9)
Propostas de actividades
Ler e discutir os conteúdos sugeridos no texto. Conhecer o Testas.
Explicar as metodologias a seguir e a organizar nas sessões do Estudo Acompanhado.
Explicar o funcionamento do suporte (Testoteca) de registo do trabalho elaborado:
caderno, folhas soltas…
Discutir as expectativas face à área curricular não disciplinar do Estudo Acompanhado.
Definir o formato e o timing de actualização do Testário.
Explorar os diferentes tópicos sugeridos no texto, nomeadamente, a reflexão sobre as
conclusões que o Testas retira da experiência vivida.
Tópicos de discussão:
a. O que significa estudar?
b. Os alunos estudam pouco? Porquê?
c. Contributos dos diferentes actores (pais, professores, alunos) no processo de
ensino-aprendizagem…
d. Ler e escrever está relacionado com estudar? Como?
e. O que é ser marrão?
CDT-EEDT-11
Pistas de trabalho para o capítulo 1
Para quem isto possa interessar…
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Explorar aspectos major e minor do comportamento e construção de alternativas
para lidar adequadamente com os mesmos.
• Promover o conhecimento de si próprio e do seu ambiente físico e social.
• Reflectir sobre o “papel de ser aluno” e sobre a necessidade de governar e de se
responsabilizar pelo processo de aprendizagem.
• Incrementar a tomada de consciência sobre a importância dos comportamentos
individuais no grupo.
Guião de leitura
1.1. Olá! Sou o Testas
PL E A
Apresentação detalhada Reflexões do Testas sobre os ensinamentos do
do Testas e da sua famí- Avô. (pp. 18-19)
lia. (pp. 12-20) Testas refere as suas dificuldades em lidar com os
Testas descreve o jogo novos desafios do 5.º ano, deixando algumas
“Mol”. (p. 15) sugestões aos professores. (pp. 19-20)
162
Propostas de actividades
Realizar o trabalho proposto ao Testas: “Para quem isto possa interessar…”.
Como alternativa, pode ser realizada uma reflexão pessoal que poderia ter como título:
Eu… O formato de apresentação não tem necessariamente de ser escrito: música,
fotografia, recortes, desenho, poema recitado podem constituir-se como opções possí-
veis.
Jogar ao “MOL”, individualmente ou em grupo.
Realizar um trabalho sobre a família do Testas. O formato de apresentação pode ser
livre. Os aspectos privilegiados devem ser explicados, justificados e, posteriormente,
discutidos.
Como alternativa, os alunos poderiam realizar um trabalho sobre a sua própria família,
por exemplo com o título:
Coscuvilhando no baú... ou A minha família, sabendo mais…
Esta tarefa pode ser uma oportunidade para conversar com os pais e avós sobre
aspectos típicos da família (expressões, modos de andar, receitas de família, episódios
curiosos, “segredos”…).
Eu, Testas…
Realizar um documentário sobre a vida do Testas que pode ter como título: Eu, Tes-
tas…, ou um outro sugerido pelos alunos. O formato pode ser em BD, recortes de
revista, jingles ou em filme de folhas animadas.
Tópicos para discussão:
a. Frase do Shakespeare sobre a casca de noz;
b. “Na vida há sempre tempo para mudar”;
c. “Conhecer-se, pensar e escolher…”;
d. “Às vezes, acho que parecemos animais amestrados…”;
e. “O papel de ser aluno”;
f. “Porque é que nem sempre aprendemos?”;
g. “Sou muito poderoso…”;
h. “Ser gozado não é lá muito bom”.
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Definir e analisar as três fases do processo auto-regulatório.
• Enunciar a natureza cíclica das três fases do processo auto-regulatório e a sua ope-
racionalização em cada uma delas.
• Promover a tomada de consciência da distribuição do tempo feita pelos alunos e
das diferentes actividades em que é gasto.
• Valorizar a necessidade de dedicar um espaço ao estudo pessoal. 163
• Relacionar a realização de trabalhos de casa e o estudo pessoal, esclarecendo as
diferenças.
• Planear a realização de um horário de estudo.
• Realizar um horário de estudo.
• Avaliar o horário de estudo realizado.
Guião de leitura
2.1. Ninguém ataca o Ciclope
PL E A
Apresentação e caracterização
dos processos de planificação
das actividades. (pp. 23-24)
História do Ulisses. (pp. 24-28)
Referência a aspectos relacio- Ulisses e os companheiros Ulisses e os guerrei-
nados com a elaboração do escondem-se, cegam o Ci- ros partem de barco,
plano de ataque ao Ciclope e clope e fogem da caverna deixando para trás o
descrição da fuga da caverna. montados nas ovelhas. Ciclope furioso.
Reflexões do Testas sobre as três fases auto-regulatórias e transferência desta
aprendizagem para outros domínios da sua vida (pp. 28-29).
2.2. À procura do rasto do tempo perdido
PL E A
Elaboração do horário de estudo. (pp. 30-35)
Testas refere Discussão do conceito de estraté- Reflexões do Testas sobre
os passos pré- gias de aprendizagem. a realização dos TPC.
vios à elabora- Elaboração de uma lista de activida- Análise da importância da
ção do horário des a incluir no horário pessoal e pro- fase de avaliação de um
de estudo. cura do “Rasto do Tempo Perdido”. horário de estudo.
PL E A
Apresentação Testas conversa com o Reflexões do Testas sobre as reco-
do esquema-re- seu colega Zé sobre a mendações dos professores para as
sumo, sugerido relação entre o conheci- “férias”. (p. 37)
pela professora mento de nós próprios e Considerações do Testas sobre o
de Inglês para as tarefas de estudo. aproveitamento do tempo e a sua
avaliar o horário (pp. 37-39) relação com o estudo. (p. 39)
de estudo. Testas apresenta e joga Reflexões do Testas sobre a sua
(pp. 40-41) aos “Tra-ci-nhos”. (p. 43) folha de registo do tempo de estudo
e respectivas conclusões. (p. 42)
PL E A
Testas conta o episódio Discussão na turma Reflexões do Testas sobre os com-
do avião de papel na sobre “O papel de ser portamentos dos alunos da sua
aula de Ciências e re- aluno”. Dramatização, turma (p. 44)
fere a necessidade de em grupos, sobre o Considerações do Testas sobre as
“antecipar consequên- dia-a-dia da turma, e consequências do seu comporta-
cias”. (pp. 47-48) também sobre a for- mento na vida dos demais (p. 46);
Apresentação dos prin- ma como os alunos sobre a necessidade das regras e
cípios PIPA. gostariam que as aulas de assumirmos as nossas respon-
(pp. 48-49) decorressem. (p. 45) sabilidades. (pp. 46-47)
PL E A
Regresso da Rita às aulas. (pp. 50-54)
Testas refere os motivos da ausên- Testas conta co- A Rita ficou muito con-
cia da Rita e a decisão de organizar mo decorreu a tente com a festa organi-
uma festa de boas-vindas. festa de boas- zada pelos seus colegas.
Aspectos de preparação da festa. -vindas da Rita. Correu tudo muito bem.
Propostas de actividades
Discutir o slogan que encima o capítulo, construir outras propostas que transmitam a
mesma ideia.
Discutir e identificar cada uma das fases do processo auto-regulatório na aventura do
Ulisses e o Ciclope.
Realizar a actividade proposta: À procura do rasto do tempo perdido. Procurar identifi-
car, por um lado, o tempo gasto na realização das tarefas de vida e, por outro, o tempo
perdido. A contabilização de tempo facilita a confrontação e retirada de consequências.
Elaborar uma lista das tarefas e actividades a incluir num horário de estudo pessoal.
Realizar um horário de estudo, construindo a grelha e distribuindo as actividades pelas
diferentes horas do dia.
A desculpite volta a atacar…
Elaborar uma lista das dez melhores desculpas pessoais para adiar o estudo.
Eu, Baldas…
Elaborar um horário de um baldas típico. Justificar as opções. Discutir em que medida o
presente horário e o estilo de vida dos alunos pode ser semelhante ao categorizado
como: “Baldas”.
Diálogo no jardim: “Lá na tua escola os stores também falam sobre como é que os alunos
se devem comportar nas aulas e na vida? Sobre isso de se conhecerem a si próprios?”
A partir deste mote continuar a conversa.
Analisar a grelha sugerida pelo Testas para avaliar o estudo pessoal, discutir a sua utili-
dade e exequibilidade. Propor a construção de uma grelha adaptada a cada aluno. 165
As dez distracções mais…
Identificar as dez distracções mais típicas dos alunos do 2.° ciclo do Ensino Básico.
Posteriormente, preparar antídotos.
Jogar ao jogo dos tracinhos
Discutir sobre os comportamentos dos alunos na sala de aula e suas consequências.
Como alternativa ou complemento, pode seguir-se a dramatização proposta no texto,
reflectindo sobre os conteúdos das peças e eventuais consequências na aprendizagem e
no rendimento dos alunos.
“Não fiz/foi de propósito”
Pensar em episódios escolares ou familiares nos quais os intervenientes deram res-
posta idêntica. Discutir o processo, intencionalizando a importância da antecipação de
consequências.
Elaborar um cartaz sobre os princípios PIPA, tal como é sugerido no texto. A discussão
poderá incidir nos exemplos escolhidos pelos alunos para ilustrar os princípios.
Projecto, precisa-se
Realizar um brainstorming sobre projectos possíveis e exequíveis para melhorar/resol-
ver algum problema importante relacionado com a escola ou a família.
Um festejo e peras
Contar, justificando as razões da escolha, um festejo e peras que tenha organizado e/ou
participado. Porque é que foi um festejo e peras?
Planear uma festa
Elaborar, por grupos, um plano de uma festa. Decidir o tema e preparar todos os porme-
nores para que a festa seja um sucesso, seguindo o esquema de auto-regulação da
aprendizagem estudado.
A festa mais…
Apresentar na aula os diferentes planos de festa desenhados pelos alunos e eleger,
entre todos, a “festa mais”.
Tópicos para discussão:
a. “Cinco minutos a planear, menos vinte minutos a procurar”;
b. O que são “estratégias de aprendizagem”;
c. “Conhecer-se, pensar e escolher”;
d. As estratégias de aprendizagem não são receitas “pronto-a-vestir”;
e. “O quê? É diferente gastar e perder tempo?”;
f. “Antes de fazermos as coisas temos de antecipar consequências”.
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
166 • Sublinhar ideias principais em diferentes contextos e adequar a forma do subli-
nhado à situação/tarefa.
• Operacionalizar as três fases do processo auto-regulatório na estratégia do subli-
nhado.
• Analisar a relação entre o sublinhado e a realização de resumos.
• Valorizar a necessidade de enquadrar as leituras da realidade num referencial de
época.
• Ensaiar a análise de um problema segundo uma grelha que inclua as três fases do
processo auto-regulatório.
Guião de leitura
3.1. A prova dos nove: um segredo secular dos Testas
PL E A
Apresentação de um excer- Discussão sobre a estratégia de Reflexão sobre
to de um manual de Histó- sublinhado: definição e passos da a importância
ria. (pp. 57-58) execução da estratégia. das figuras e
Explicitação da ligação entre (pp. 58-60) dos mapas nos
os sublinhados e os resumos. Testas apresenta e discute, na livros de texto.
Sugestões da professora so- turma, a prova dos nove do subli- (p. 58)
bre a técnica do resumo. nhado. Exemplos de aplicações
(p. 62) desta “regra”. (p. 61)
3.2. O rei, o conselheiro e... o bravo Testas voltam a atacar!
PL E A
Relato da conquista do Castelo de Lisboa. (pp. 63-70)
Breve descrição da conquista de As tropas portugue- Após umas vinte sema-
Santarém e relato das tarefas de sas com a ajuda dos nas de cerco rigoroso D.
preparação do ataque a Lisboa cruzados cercam Afonso Henriques con-
organizadas por D. Afonso Henri- Lisboa. quista Lisboa.
ques e seus guerreiros.
Propostas de actividades
Discutir os diferentes sinónimos da estratégia de sublinhar apresentados no texto.
Discutir a universalidade da utilização da estratégia de sublinhar em diferentes disciplinas.
Identificar sublinhados noutros formatos que não o texto escrito, aproveitando, por
exemplo, as sugestões apresentadas no texto: desenhos animados e séries da televi-
são, férias, jogo de computador, de futebol.
Aproveitar para realizar exercícios onde possa ser tirada a prova dos nove sugerida
pelo Testas.
Realizar o exercício inverso, ou seja, construir um texto a partir dos sublinhados reali-
zados.
Realizar um resumo a partir de uma estrutura de sublinhados.
Identificar alguns ditados populares que ilustrem algum aspecto estratégico sinalizado
neste capítulo.
Discutir o “famoso” ditado popular: “diz-me que sublinhados fazes, dir-te-ei que resu- 167
mos tens”.
Escolher um conto popular ou fábula que ilustre a importância da fase de execução das
tarefas.
Truques para memorizar
Analisar o “truque” utilizado pelo Testas para memorizar a data de 1147 e procurar
outros truques para memorizar um conteúdo concreto (incentivar a consulta e pedido
de ajuda a pais e professores).
Calçar os sapatos do outro
Discutir a transferência desta estratégia para outros acontecimentos da vida diária
(e.g., Como é que o meu pai/mãe/professor/colega/amigo…. pode ter visto o que eu
fiz/o que ocorreu?)
Conheci o Testas em…
Escrever/narrar um parágrafo em nome de uma personagem célebre contando um
encontro com o Testas, numa batalha ou acontecimento histórico relevante. Acentuar
no texto a contribuição do Testas para a resolução desse problema/tomada de decisão.
Discutir a análise da conquista de Lisboa realizada pelo Testas. Aplicar a mesma grelha
a outras situações históricas (e.g., conquistas, revoluções).
Pistas de trabalho para o capítulo 4
Os três da vida airada...
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Aplicar as três fases do processo auto-regulatório no processo de estudo pessoal.
• Projectar as consequências dos comportamentos no tempo.
• Ensaiar os diferentes passos do processo de estudo.
Guião de leitura
4.1. Escolas de exemplos, precisam-se
PL E A
“Os três da vida airada: Lorpídio, Baldas e Metódico.”
O Lorpídio... (pp. 73-75)
Breve apresentação Descrição dos comporta- Lorpídio não pensa nas conse-
do Lorpídio. mentos do Lorpídio na quências dos seus comporta-
sala de aula e em casa. mentos no futuro.
A Baldas. (pp. 76-78)
PL E A
“Os três da vida airada: Lorpídio, Baldas e Metódico.”
O Metódico... (pp. 79-85)
Propostas de actividades
Realizar a tarefa proposta pelos professores ao Testas e colegas:
a. Identificar os diferentes problemas apresentados no texto.
Sugestões:
I. comportamento de estudo do Lorpídio;
II. comportamento da Baldas;
III. análise da conversa da mãe Militante com a filha sobre o seu estudo;
IV. análise do comportamento de estudo do Metódico;
V. discussão da questão “copiar os TPC e nos testes”.
b. Elaborar um leque de sugestões para as questões levantadas.
Identificar as três fases do processo auto-regulatório no comportamento de estudo do
Metódico.
Eu, animal, seria…
Se escolhesse um animal para caracterizar o meu comportamento de estudo escolhe-
ria… Porque…
Um sumo com…
… o Lorpídio, a Baldas e o Metódico.
Elaborar o guião das perguntas a realizar na entrevista a cada um deles. Outro(s)
grupo(s) poderia(m) encarregar-se das respostas.
Identificar as estratégias de revisão da matéria sugeridas. Discutir os exemplos apre-
sentados. Construir outros.
Realizar uma dramatização focalizando uma conversa do Metódico com os amigos para
lhes comunicar a sua decisão face aos TPC e aos testes.
TP quê? Porquê realizar?
Elaborar uma lista de argumentos a apresentar numa reunião com habitantes de outros
planetas, defendendo a importância da realização dos TPC no rendimento escolar dos
alunos.
Copite
Identificar os sintomas, a curto e a longo prazo, da copite – a doença que acompanha
os alunos que copiam ao longo da sua vida escolar: nos TPC, nos testes, nos trabalhos
169
de grupo…
Identificar alguns ditados populares que ilustrem algum aspecto estratégico assinalado
neste capítulo.
Escolher um conto ou uma fábula que ilustre a importância da fase da avaliação.
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Aplicar as três fases do processo auto-regulatório na realização de um projecto.
• Reflectir sobre as características de um trabalho de grupo e sobre os ganhos
pessoais inerentes.
• Enunciar as diferentes etapas do trabalho de projecto e a sua natureza sequencial.
• Ensaiar os passos do trabalho de projecto.
Guião de leitura
5.1. Natal é sempre que alguém nos quiser
PL E A
História: “O Príncipe Feliz”. (pp. 91-96)
Peça de Teatro “O Príncipe Feliz”. (pp. 97-100)
PL E A
Testas procura, nas barracas D. Adélia coloca ao Testas e Breve referência à
da festa, informação sobre ao Resto uma adivinha e fase de avaliação
alternativas para ocupar o seu ajuda-os a chegar à res- da peça “O Príncipe
tempo nas férias. (p. 103) posta final. (pp. 102-103) Feliz”. (p. 104)
Propostas de actividades
Príncipe Feliz
Identificar as três fases do processo auto-regulatório nesta história.
Discutir os diferentes processos de tomada de decisão narrados e a assunção das res-
pectivas consequências.
Representar a peça “O Príncipe Feliz”
Identificar as três fases do processo auto-regulatório no texto narrativo sobre o pro-
170 cesso de preparação e representação da peça.
Discutir o processo de tomada de decisão e assunção das respectivas consequências.
A frase do Zé: “pensar antes ajuda no depois” tem aplicação na preparação da repre-
sentação da peça? Porquê? Dar exemplos. E aplica-se noutros contextos? Quais?
Dar exemplos.
“Natal é sempre que alguém nos quiser”
Porque é que a avó da Teresa terá dito isto? O que é que a frase quererá dizer?
Porquê?
Dossier adivinhas
Elaborar uma lista de adivinhas e respectivas pistas de solução, uma lista dos erros
mais característicos cometidos na “adivinhação” e suas razões.
Impulsivite
Este é o nome da maleita que atacou o Resto na resposta à adivinha. Caracteriza-se por
se responder sem reflectir. Pensar se alguma vez fomos atacados por um surto, quando,
porquê e o que fazer para o combater. Esta análise pode ser estendida ao grupo.
Uma barracada…
Pensar num projecto de barraca para uma festa de fim de ano na escola ou na comuni-
dade que pudesse ser um contributo para enriquecer a qualidade das férias dos outros.
Agência de viagens: “Planos & Projectos”
Organizar uma agência que ofereça planos e projectos de férias. As propostas apresen-
tadas pelos alunos, fruto de pesquisas na Internet, em associações ou clubes locais ou
em livrarias… devem ser o mais detalhadas possível.
Feiras de Projectos de Férias
Os alunos devem apresentar na turma as suas propostas e constituir um portfólio de
propostas para férias que pode ser consultado por quem o deseje.
Livro do 6.° ano:
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Explorar o seu papel protagonista na construção do seu projecto de vida.
• Antecipar consequências dos comportamentos a curto, médio e longo prazo.
• Incrementar o conhecimento de si próprio e do ambiente físico e social que o
rodeia.
• Reflectir sobre os objectivos de vida e sobre as características que devem estar
presentes na sua formulação para que aqueles se possam constituir como um
motor efectivo do comportamento. 171
Guião de leitura
Primeiro ano ET
PL E A
Breve apresentação do livro e ligação à (Des)ventura anterior (pp. 9-10)
PL E A
Regresso às aulas e apresen- Breve referência do Testas às
tação de Aramis. (pp. 13-14) suas actividades de férias. (p. 13)
PL E A
As pedras da nossa vida… Apresentação da expe- Reflexão sobre as
(p. 21) riência do mistério-da- aprendizagens realiza-
Procura de ajuda para a reso- -pedra. (pp. 18-20) das com a experiência
lução do problema. (p. 22) da pedra. (pp. 20-23)
Transferência desta aprendizagem para outras actividades: compra de presentes,
realização dos TPC. (pp. 20-21)
PL E A
Se não planificarmos o que Podemos gastar mal ou, Ficamos sem dinheiro
queremos fazer… mesmo, perder tempo. ou sem tempo.
PL E A
Definição de Objectivos: “Caminhar sem rumo...” (p. 24) Reflexão final
Apresentação de exemplos de objectivos. (p. 25) do Testas sobre
Regras dos objectivos: o acrónimo CRAva. (pp. 26 -27) o “Mistério-da-
Transferência desta aprendizagem para o treino das nadadoras.
-pedra”. (p. 30)
(pp.27-28) Frase de Edison. (p. 28)
Exemplo do treino das nadadoras olímpicas. (pp. 27-28)
PL E A
172
Plano do treino. Treino intenso Resultados desportivos em
e esforçado. consequência do treino.
PL E A
Estabelecimento Descrição dos pos- Consequências desses
de objectivos. síveis comportamen- comportamentos nas
tos escolares dos clas sificações escola-
alunos. res.
PL E A
Peripécias familiares na montagem do presépio. (pp. 31-32)
Reunião dos filhos e Estratégias utilizadas pelo Prova dos Miolos. Satisfação
preparação do pre- Testas e pelos irmãos da mãe. Reflexão sobre a apli-
sente para oferecer à para conseguirem con- cação das fases auto-regulató-
mãe. Apresentação feccionar o doce: o Resto rias também à realização de
da receita: miolos. distraiu a mãe, receita… um doce.
Propostas de actividades
As férias do Testas
A partir das sugestões apresentadas no texto, dramatizar as possíveis férias do Testas,
ou as próprias.
O meu melhor amigo também quer ser delegado de turma…
Como resolver a situação.
Definir o timing e a actualização do Testário.
“Ser adversário não é ser inimigo…”
Porque… O que implica (não) fazer…
(Con)testa o slogan: se o (De)testas, vota no Luís
Elaborar alternativas.
A experiência das “pedras”
Realizar na sala de aula a experiência das “pedras” descrita no texto. Discutir o seu sig-
nificado.
Realizar o TPC sugerido no texto. Na minha vida as… (pedras, gravilha, areia, água) são as
seguintes… Na vida da minha turma as… (pedras, gravilha, areia, água) são as seguintes…
Dos tópicos sugeridos no texto sobre as pedras, gravilha, areia ou água, discutir sobre
os considerados como mais significativos. Neste caso, explicitar sempre as razões sub-
jacentes ao esclarecimento desses aspectos.
Referir exemplos de objectivos que obedeçam à regra CRAva. Discutir porquê.
Estabelecer dois objectivos para o fim-de-semana seguinte de acordo com a regra
CRAva, e, posteriormente, avaliar o nível e a eficácia da sua concretização.
A moral é… 173
Escolher, criar e narrar uma história (episódio pessoal ou familiar), explicando a sua
moral. A história escolhida pode ser dramatizada por um grupo.
Qual o significado da frase atribuída a Edison?
Aplicar esse ensinamento à nossa vida.
Procurar ditados populares alternativos ao escolhido pela mãe do Testas para explicar a
noção de objectivo.
Miolos, mnham! mnham!
A exemplo dos Miolos, procurar outra receita e identificar as diferentes fases do
processo auto-regulatório na sua realização.
Projecto de Natal
Propor aos alunos, a exemplo do Projecto de Natal do Testas, que escolham um aspecto
concreto em que se comprometem a melhorar, referindo como o vão conseguir.
Tópicos para discussão:
a. Construirmo-nos a nós próprios? Como?
b. Se aproveitarmos o que nos ensinam na escola e aprendermos, podemos ver o
mundo de forma diferente e crescer…;
c. Se não errarmos não aprendemos;
d. O exemplo sugerido pela Carla e os comentários do Testas;
e. “Os objectivos devem abraçar as pedras grandes e a gravilha da minha vida”;
f. Qual a minha participação no meu processo de aprendizagem?
g. Quais são os meus objectivos escolares? O que aprendi sobre objectivos?
Que características devem estes respeitar?
Pistas de trabalho para o capítulo 2
Desabafos de um caderno
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Identificar ideias principais, diferenciando-as dos detalhes.
• Aplicar as três fases do processo auto-regulatório na tomada de apontamentos.
• Valorizar o caderno diário como uma importante ferramenta de trabalho e de estudo
pessoal.
Guião de leitura
2.1. Insónias com cadernos diários I
PL E A
Desabafo de um caderno diário do Testas (pp. 39-44)
PL E A
Continuação do diálogo dos cadernos diários. (pp. 47-52)
Apresentação de estratégias concretas para a tomada de Descrição da fase
apontamentos. (pp. 46 -47) da avaliação da
O caderno diário da Ana conta uma estória: Desafios. tomada de aponta-
(pp. 47-48) mentos e apre-
sentação de algu-
PL E A mas estratégias de
Descrição das Alexandre com Frase resumo de Alexan- aprendizagem des-
tentativas fa- um golpe cor- dre sobre a forma como ta fase. (p. 52)
lhadas para ta o nó. enfrentar os desafios.
cortar o nó.
Discurso, discurso…
O aluno tem de discursar durante dois minutos sobre um tema, por exemplo: Um dia
em que aprendi muito…
175
Identificar as três fases do processo auto-regulatório na tomada de apontamentos.
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Enunciar o guião do processo de tomada de decisão.
• Valorizar a necessidade de produzir um conjunto extenso de alternativas de solução
do problema antes de fazer uma escolha.
• Ensaiar o processo de tomada de decisão, intencionalizando os diferentes passos e
as suas ligações.
Guião de leitura
3.1. O incrível mistério-do-cacifo
PL E A
Apresentação da tarefa Análise do Testas sobre os dados do problema.
que o Testas e os colegas (pp. 58-60)
têm de resolver. Apresen- O Testas trabalha com o Bernardo na resolução
tação do Incrível Mistério- do problema seguindo um guião. (p. 60)
-do-cacifo. (pp. 54-58) Apresentação do 1.º passo do guião: identifica-
ção do problema. (pp. 60-61)
176
3.2. Sherlock Testas
PL E A
Testas continua a resolver o problema, seguindo o Reflexão do Testas
guião. (pp. 62-69) sobre o trabalho de
Apresentação do 2.º passo: discussão das diferentes equipa. (p. 69)
hipóteses. (pp. 62-67) Comentário do pai
Apresentação do 3.º passo: escolha de uma resposta. sobre o processo
(p. 68) seguido. (p. 69)
Apresentação 4.º passo: avaliação da decisão. (p. 68)
3.3. Zoolistem-se!
PL E A
Apresentação das regras Testas e Resto se- Testas e Resto, recebem o pré-
do jogo zoolismos. (p. 70) guem os passos do mio oferecido pelo Sr. Costa.
Apresentação do proble- método de resolução (p. 76)
ma colocado pelo Sr. de problemas para re- Reflexões do Testas sobre o
Costa. (p. 72) solverem o caso pro- episódio e sobre o comporta-
posto pelo Sr. Costa. mento do irmão. (p. 76)
(pp. 72-76)
Propostas de actividades
Discutir e analisar os diferentes passos realizados para a solução de problemas.
Aproveitar para discutir o mistério-do-cacifo e os passos seguidos para o desvendar.
Treinar o processo de tomada de decisão aplicado a outros problemas:
a. O meu melhor amigo tirou dinheiro a outro colega;
b. Resolver adivinhas diversas;
c. Um polícia viu um camionista a andar em sentido contrário por uma rua de sentido
único, mas não o impediu. Porquê?(*)
O condenado…
Um explorador foi preso numa gruta por terríveis canibais e condenado a ficar preso
até apodrecer ou conseguir fugir. A sua cela estava no centro de uma cruz e para sair
tinha de passar por uma das quatro salas que o separavam da liberdade. Se conse-
guisse passar, ficava livre. O nosso herói não desistiu e começou a pensar na fuga.
Numa das salas havia leões famintos que rugiam ameaçadores, na do lado esperavam-
-no milhares de cobras venenosas, a outra tinha no tecto uma lupa gigante que multi-
plicava os raios de sol que entravam por uma fenda, reduzindo a pó tudo o que lhe
passava por baixo; por fim, na última, esperavam-no ansiosos os canibais… O explora-
dor conseguiu escapar. Como é que o fez?(**)
Justificar a resolução do problema de acordo com os passos treinados.
Treino do jogo E se…
Este jogo visa desenvolver a produção de alternativas para os problemas. Apresenta-
mos em seguida algumas sugestões. Respeitando a lógica, podem ser construídos
outros desafios.
E se… 177
a. estragasse o cachimbo de estimação do meu pai;
b. para me armar na escola, tirasse o dinheiro para pagar o pão que a minha mãe tinha
na cozinha e oferecesse bolos/gelados aos amigos;
c. a Direcção da escola atribuísse uma mesada aos alunos de acordo com o ano de
escolaridade (para facilitar a discussão, definir montantes adequados);
d. todos os carros fossem obrigatoriamente da mesma cor (escolher uma cor
qualquer, por exemplo, roxo, verde-alface…).
Analisar a afirmação da raposa ao Principezinho: “o essencial é invisível aos olhos”.
Frases-chave
Construir estórias a partir de frases-chave apresentadas no texto ou outras. Por exem-
plo: “Nem sempre o mais importante é passar a meta em primeiro lugar”; “Senti o
coração bem quentinho”; “A verdadeira força está nos músculos da alma…”
Jogar ao zoologismos…
Sugestão de tópicos para discussão:
a. ”Truque para a concentração: entusiasmar-se”;
b. Outros exemplos que ilustrem a necessidade de confirmação do sentido das dife-
rentes afirmações ou respostas.
* O camionista ia a pé.
** O explorador saiu pela sala da lupa, mas de noite.
CDT-EEDT-12
Pistas de trabalho para o capítulo 4
Um por todos, todos num 31
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Aplicar as três fases do processo auto-regulatório na realização de um projecto.
• Reflectir sobre as características de um trabalho de grupo e os ganhos pessoais
inerentes.
• Valorizar as diferentes etapas do trabalho de projecto e a sua natureza sequencial.
• Ensaiar os passos do trabalho de projecto.
Guião de leitura
4.1. Um congresso de fábulas e contos populares
PL E A
Características do projecto a apresentar no Escolha do conto a apresentar
Congresso. (pp. 78-79) no congresso. (pp. 83-84)
Discussão sobre a metodologia de trabalho Elaboração de uma grelha de
de grupo. (p. 81) planeamento do projecto.
Análise da fase de planeamento de uma (pp. 84-85)
tarefa. (p. 82).
PL E A
Análise da fa- Leitura da história do “Gigante Egoísta”, identificação das
se de execu- ideias principais e elaboração de um primeiro esboço do
ção de uma texto. (pp. 87-88)
tarefa. (p. 87) Estratégia seguida pelo Testas para conseguir a ajuda da
irmã. (p. 89)
Realização do texto “o Gigante Egoísta” com a ajuda da irmã.
(pp. 90-95)
4.3. Cheeeese...
PL E A
Estratégias de orga- Realização de uma Reflexão sobre o resultado final do
nização do trabalho ficha biográfica do trabalho do grupo. (p. 97)
de grupo. (p. 97) escritor Óscar Wilde. Considerações sobre a participação
(p. 96) do grupo no congresso. (p. 98)
O Testas comenta a participação da
sua família no congresso. (pp. 98-99)
Reflexão do grupo sobre a ausência
de uma avaliação formalizada. (p. 99)
Reflexão do Testas sobre a natureza e
universalidade dos projectos. (p. 99)
Propostas de actividades
Analisar o discurso sobre a natureza do trabalho de grupo. Discutir sobre os exemplos
apresentados no texto ou sobre outros sugeridos pelos alunos.
Discutir sobre a natureza de um projecto. Analisar os projectos referidos pelo Testas ao
longo dos capítulos do livro. Construir e discutir exemplos da vida pessoal.
Realizar um trabalho de grupo cujo tema seja o trabalho de grupo, acentuando aspec-
tos como os recursos necessários, dificuldades e vantagens. O título poderia ser, por
exemplo: ”Trabalho de Grupo: quês e porquês”. Intencionalizar no trabalho as três fases
de auto-regulação da aprendizagem estudadas. Para agilizar o processo, os grupos
poderiam analisar apenas uma determinada fase e, no final, discutiriam com o grande
grupo as suas conclusões.
Dramatizar, na sala de aula, a realização de um trabalho de grupo.
Discutir na turma as diferentes apresentações e suas implicações.
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Reflectir sobre as aprendizagens realizadas.
Guião de leitura
PL E A
Reflexão do Testas sobre a aprendizagem e a necessidade de um guião
auto-regulatório na aprendizagem e na vida. (p. 107)
Transferência do processo de auto-regulação para um exemplo ligado ao
treino do Futebol. (p. 107)
PL E A
Listar os objectos ne- Levar os objectos ne- Reflectir sobre os ele-
cessários à prática cessários para o treino. mentos em falta a fim
desportiva. de corrigir.
Guião de leitura
My name is Tas, Tes-Tas 181
PL E A
Apresentação do Testas e da sua família. Recordação do processo PLEA.
(pp. 8-11)
Análise dos elementos e Análise dos elementos e estra- Análise dos elemen-
estratégias da fase de pla- tégias da fase de execução no tos e estratégias da
nificação neste episódio. episódio. Explicação do concei- fase de avaliação no
to de “Monitorização”. episódio.
Propostas de actividades
Ler e discutir os conteúdos sugeridos no texto. Conhecer/relembrar o Testas.
Explicar as metodologias a seguir, a organização das sessões do Estudo Acompanhado.
Explicar o suporte (Testoteca) de registo do trabalho elaborado: caderno, folhas soltas…
Definir o formato e o timing de actualização do Testário.
Explorar os diferentes tópicos sugeridos no texto, reflectir sobre as experiências do
Estudo Acompanhado vividas no 2.º ciclo.
A minha família no circo
Pensar nos diferentes papéis que os familiares poderiam realizar no circo e montar um
espectáculo que incluísse as contribuições das famílias dos outros colegas.
Eu, na escola
Pensar nos diferentes papéis – para além do de aluno – que cada um poderia/gostaria
de desempenhar na sua escola ou noutra.
O Cavalo de Tróia
Descrever com detalhe, aos outros colegas de armas, os diferentes passos e aventu-
ras dos guerreiros que acompanharam Ulisses na operação “Cavalo de Tróia”. Referen-
ciar o processo auto-regulatório PLEA. Posteriormente, aplicar o PLEA a um
acontecimento do quotidiano: comprar uma camisola, um CD, planear uma festa…
Memórias…
Recordar histórias/episódios referidos nos outros livros do Testas ou descobrir/cons-
truir outras que permitam explorar o PLEA.
Tópicos de discussão:
a. O que é que significa estudar?
b. Os alunos estudam pouco? Porquê?
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
Guião de leitura
1.1. Alea jacta est
PL E A
Breve descrição das férias do Testas. Necessidade de utilização de pro-
tector solar. (p. 18)
Comentários sobre o início do 3.º ciclo: avisos da Directora de Turma,
preenchimento do horário, apresentação de novos colegas (Sapo).
(pp. 20-22)
PL E A
Testas fala sobre a sua asma e com- Princípios PIPA Reflexão sobre a impor-
para os ensinamentos da médica revisitados. tância da prevenção, tam-
com os dos seus professores na (p. 32) bém na asma. (p. 33)
escola. (pp. 29-33)
Propostas de actividades
As minhas férias…
Imaginar que se pode começar outra vez as férias. O que faria?
Desenvolver as ideias, escrevendo uma carta a um amigo, dando uma entrevista a um
jornal ou rádio, fazendo uma banda desenhada, cantando uma canção.
Ou
“Ganhaste, com uma super-sorte, uma semana de férias, para toda a família, num local
à tua escolha em Portugal. Apresenta um plano detalhado do que farias. Rápido, de
que é que estás à espera?…”
Bem-vindos ao 3.º ciclo
Convidar um aluno do 8.º ou do 9.º ano para vir discutir com a turma do 7.º as exigên- 183
cias educativas do 3.º ciclo. Esta visita tem de ser preparada – com muito cuidado –
com ambos os participantes para que o objectivo de facilitar a transição destes alunos
para um novo ciclo seja alcançado.
Eu, Baldas II…
Elaborar, tal como já tinha sido sugerido no 5.º ano, um horário de um baldas típico.
Justificar as opções. Discutir em que medida o presente horário e o estilo de vida dos
alunos pode ser semelhante ao definido como “Baldas”.
Dramatizar uma turma “bem” e “mal” comportada. Discutir as implicações de cada um
destes cenários na aprendizagem dos alunos. No final, redigir um pequeno relatório
com 5 ou 6 sugestões concretas para que a turma melhore o seu comportamento, e
assim possa estar mais disponível para aprender. Se a discussão se centrar num
pequeno grupo “causador e único responsável pelos distúrbios”, seria importante acen-
tuar que o ambiente da turma, mais ou menos favorecedor de aprendizagens, é res-
ponsabilidade de todos.
Sapo, voltaste!
Descrever o regresso à escola em sapês. Como opção, os alunos podem realizar um
relato de Futebol ou construir um anúncio em sapês.
A mochila perdida
Ano 3050. Uns exploradores descobriram, perto da sua escola, um objecto raro e des-
conhecido, mas que as exaustivas análises acabaram por concluir ser uma antiquís-
sima mochila. O que é que estes exploradores poderiam encontrar lá dentro?
Passar o Rubicão
César passou o Rubicão e o Testas também. Discutir com os alunos sobre: “Passar o
meu Rubicão”; “Passar o Rubicão da turma”; “Passar o Rubicão da Humanidade”, anali-
sando as diferentes decisões a tomar para o conseguir.
Alea jacta est (“Os dados estão lançados”)
Contar um episódio na escola ou em casa em que esta expressão se aplique com pro-
priedade.
Eu, banco de suplentes…
Relatar, na primeira pessoa, as memórias do banco, contando os seus sentimentos
pelo facto de serem os últimos a serem escolhidos para os jogos.
Moral da história
Escolher uma frase para moral da fábula o corvo e o vaso.
Resuminhos
Resuminhos é o nome de um colega do Testas pro em resumos. Ele defende a técnica
das seis frases para resumir qualquer coisa: textos, notícias, episódios. Seis é o
número de letras da palavra resumo.
Fazer um resumo de uma história e trabalhar com outro colega, que escreve um texto
a partir desse resumo. No fim, pode-se comparar o novo texto com o original.
Auto-instruções
A Dr.ª Daniela ensinou o Testas a auto-instruir-se para controlar a asma. Esta técnica pode
aplicar-se a outras actividades ou tarefas? Como o faria?
Brigada de minas e armadilhas de distractores
Planear um pequeno curso para candidatos a membros desta brigada especializada em
184 desmontar todo o tipo de distractores da atenção dos alunos. Primeiro, identificar
cenários de distracção e seus desencadeadores, por exemplo, toques de telemóvel
durante o estudo… depois preparar planos concretos para anular esses distractores.
PA…
PACA (Plano de Ataque à Crise de Asma); PAPA (Plano de Ataque à Preguicite Aguda);
PATA (Plano de Ataque à Testite Aguda)…
Descobrir outros PA…
Tópicos de discussão:
a. A asma na escola. Como podemos ajudar?
b. “Ensinou-me que ‘as crises de asma se atacam, sobretudo, antes de acontecerem’,
como tudo na vida.”;
c. Outras aplicações dos princípios PIPA;
d. Na vida não há nada completamente errado…;
e. “Aprender está na nossa mão”;
f. ”Esconder os problemas não os apaga, só os engorda…”;
g. “(…) na vida não há nada completamente errado, mesmo um relógio parado está
certo duas vezes por dia.”
h. “O(s) valor(es) que eu quero defender na minha vida…”.
Pistas de trabalho para o capítulo 2
Carta da tia Ócio às suas sobrinhas
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Reflectir sobre a necessidade de dedicar um espaço e um tempo ao trabalho pes-
soal.
• Intencionalizar as três etapas do processo auto-regulatório aplicadas à gestão do
tempo.
• Identificar os distractores pessoais que competem com a tarefa de estudo.
• Antecipar consequências dos nossos comportamentos em diferentes domínios, a
curto, médio e longo prazo.
Guião de leitura
2.1. Queridas sobrinhas...
PL E A
Carta da Tia Ócio às suas sobrinhas. (pp. 40-49)
PL E A
Carta da Tia Ócio. (pp. 49-54)
PL E A
Carta da Tia Ócio. (pp. 55-64)
Conto da Anastácia oferecido pela tia Ócio às suas sobrinhas. (pp. 55-61)
PL E A
Apresentação da Anas- Encontro com o prín- Conclusão do príncipe
tácia e da sua mãe. cipe, casamento e a partir das histórias
peripécias no castelo. das três fadas.
Propostas de actividades
O dia…
Elaborar o projecto de uma campanha na escola para promover uma ideia ou uma acti-
vidade. Este plano, respeitando todos os passos do PLEA, deve envolver toda a comu-
nidade escolar.
As sobrinhas Ócio
Fazer um álbum de fotografias das três sobrinhas, com recortes, desenhos, fotografias
velhas…
Mudar de nome
Escolher outro nome para as sobrinhas, justificando as opções.
A receita dos Ócio
Escolher uma receita de culinária para completar a tradição dos Ócio.
186 Propósitos de emenda
A Mandriona Descansada, a Procrastinação Anunciada e a Distracção Espantada ficaram
muito arrependidas depois de todas as coisas duras que a Tia lhes disse na carta.
O único problema é que não sabem bem como voltar a aproximar-se outra vez da pre-
guiça. Escrever um texto, dando-lhes uma ajuda, que deve ser o mais concreta possí-
vel para que elas saibam bem o que fazer.
As sobrinhas contra-atacam
Se as sobrinhas quisessem responder à Tia Ócio, o que lhe diriam?
Elaborar respostas para cada uma das sobrinhas, individualmente.
Pode escolher-se um formato qualquer para a resposta desde que a opção seja justifi-
cada.
Lemas para as sobrinhas Ócio
Procurar novos lemas para as sobrinhas Ócio e justificar as opções.
Bem-vindo aos Ócio
Imaginar que era adoptado(a) como o(a) sobrinho(a) Neribi. O que é que a Tia Ócio
poderia dizer na carta?
Dramatizar o dia-a-dia de uma família contagiada pela “eficácia”. Discutir as diferentes
apresentações e suas implicações para a prática educativa.
Listar sugestões para melhorar o rendimento académico dos alunos. As sugestões
podem seguir um roteiro geográfico. O que fazer para melhorar no caminho para a
escola? Na sala de aula? Na biblioteca? No recreio? No quarto? Na sala de estar?…
Pesquisar no centro de recursos da escola, na Internet, perguntando a amigos e fami-
liares… ditados populares sobre o trabalho, a preguiça e o adiar das tarefas. Ideal-
mente, construir alguns que ajudem outros alunos a pensar sobre estes temas.
Listas CAF
Explicar a um(a) amigo(a) a importância das listas CAF para o estudo.
Torneio da Desculpa-do-ano
“Recebeste um convite para participar no supertorneio da Desculpite. Que magnífica
desculpa para não estudar vais levar ao concurso?
Pensa bem que a ideia é arrasar…”
Agencia de viagens Ociar
Esta agência de viagens está à procura de slogans que a promovam, por exemplo:
Ociar, cuidamos do seu Ócio…
Sugerir outros slogans de promoção desta agência e apresentar os pacotes variados que
poderia oferecer aos sedentos interessados.
Avesso I
Por que razão a Tia Ócio escolheu esta história como herança para as sobrinhas?
Se lesse a história do avesso que conclusões poderia retirar?
Avesso II
“Escolhe uma história ou um conto tradicional que gostarias de deixar como herança
aos vindouros. Justifica a escolha e explica que mensagens lhes queres deixar.”
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Intencionalizar as três etapas do processo auto-regulatório aplicadas à realização de
um texto escrito.
• Enunciar e aplicar as diferentes fases da resolução de um problema.
• Realizar mapas cognitivos, desenvolvendo a hierarquização dos conceitos relaciona-
dos.
• Antecipar consequências dos comportamentos a curto, médio e longo prazo.
Guião de leitura
3.1. Nunca digas nunca...
PL E A
Testas e os amigos participam Primeira avaliação da carta do Scrooge.
no concurso dos correios, es- (pp. 65-67)
crevendo uma carta ao Scrooge Conversa do Testas com a mãe sobre a
(p. 64) carta. (p. 67)
PL E A
História dos cegos indianos. (pp. 68-69)
PL E A
Exemplo de planificação da “carta Elaboração da carta, Passos da avalia-
de Baden Powell” utilizando a seguindo a sequência ção processual da
sequência PISA. (pp. 85-86) EPS. (pp. 87-93) carta. (p. 94)
PL E A
A fuga do Marechal Bazaine... (pp. 97-103)
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Intencionalizar as três etapas do processo auto-regulatório aplicadas à planificação
de um projecto.
• Reflectir e aplicar as diferentes fases da resolução de um problema.
• Caracterizar e controlar estímulos distractivos, quer internos quer externos.
• Avaliar e modificar, em função das avaliações, o seu ambiente de aprendizagem.
• Definir objectivos pessoais a curto, médio e longo prazo.
Guião de leitura
4.1. O “Mais-Que-Perfeito
PL E A
Apresentação do Jogo “Mais-Que-Perfeito”. (p. 106)
Encenação de um episódio familiar envolvendo o Testas. (pp. 107-110)
190 PL E A
Circe alerta Ulisses Ulisses amarra-se ao Ulisses foi salvo por
para o poder das se- mastro para se pro- ter seguido os sábios
reias. teger. conselhos de Circe.
PL E A
Questões rela- Discussão do episódio do Ulis- Análise sobre os processos
tivas à visita do ses. (p. 115) estratégicos relacionados com
Testas à Ilha da Elaboração e discussão da lista as cartas. (pp. 120-121)
Madeira. dos “Óscares da Distracção”. Transferência desta aprendiza-
(pp. 123-125) (pp. 116-118) gem para o controlo da asma.
Testas explica os conceitos: (pp. 121-123)
“objectivo” e “procrastinação”, Reflexão sobre a necessidade
a partir do exemplo da boneca de planificar a viagem à Madeira.
russa. (p. 119) (p. 125)
4.3. Fio de Ariadne
PL E A
História de Teseu e do Minotauro. (pp. 127-131)
Propostas de actividades
Jogar ao Mais-Que-Perfeito
Com a família, ou na escola, esta será uma oportunidade de brincar e rir com os
outros, após ter seleccionado aspectos principais do seu comportamento que sejam
mais passíveis de serem retratados.
Dramatizar o acordar
Em casa, teatralizar o acordar ou o deitar. Na escola, uma aula típica. No final, discutir
as diferentes leituras dos alunos e retirar ilações e propostas de mudança.
Às vezes, fugir pode ser um acto heróico…
Identificar as diferentes Circes da vida dos alunos… Listar as ocasiões, mas, sobretudo, 191
discutir as possíveis propostas de solução em função dos objectivos.
Eu, rói e o Tempo Perdido
Este episódio da Odisseia segue a matriz típica de um conto:
O herói parte para uma aventura;
Pede ajuda;
Depois de muitos esforços, conquista, resolve o problema, vence os “dragões”,
ultrapassa as dificuldades…
O herói volta com os troféus e para casar com a princesa ou ser coroado…
Escrever a história do grande Eu, rói na duríssima luta contra o Tempo Perdido.
Óscares da Distracção
Fazer uma lista e organizar uma cerimónia de atribuição dos óscares da distracção.
Pensar também em antídotos para todos esses candidatos.
Estrelícias, maracujás-bananas, cascalho das praias, aqui vou eu…
Enviar um e-mail ao Esbugalhado com o plano da viagem, as ideias para conseguir o
dinheiro para pagar o bilhete de avião e as últimas dúvidas.
Tchau, Minotauro
Teseu tinha um problema e resolveu-o. Recordar os passos da resolução dos proble-
mas, aprendidos no 5.º e no 6.º anos, e estabelecer os diferentes passos percorridos
até à solução final.
Moral da história…
Pensar numa frase-slogan que resuma a moral da história do Minotauro.
007.º volta a brilhar…
O agente secreto 007.º foi chamado para resolver um caso difícil de roubo na escola.
Uma mochila tinha sido arrombada, mas, felizmente, o agente Testas estava no local.
Reuniu os três suspeitos, que lhe disseram que responderiam a todas as perguntas,
mas só um lhe diria a verdade. O Testas franziu o sobrolho, mas não se preocupou, afi-
nal ele era o agente 007.º.
As declarações dos suspeitos eram as seguintes:
António: Não fui eu que assaltei a mochila.
Fátima: Foi o António que assaltou a mochila.
Rodrigo: A Fátima está a mentir*.
Testas olhou fixamente para os suspeitos e descobriu imediatamente
a tramóia.
Tópicos para discussão:
a. Porque é que nas revisões da matéria, o primeiro comentário é sempre “Nunca
demos isso, stora”?
b. “Razões fortes empurram o nosso comportamento…”;
c. “Os sentimentos são filhos dos nossos pensamentos…”;
d. “Às vezes o fundo do coração é mais longe do que o fim do mundo.”
* O António é o culpado.
Guião de leitura
5.1. Roliça, Rabiga e Superius: os (re)agentes secretos do ano
PL E A
Apresentação do problema da Isabel nos testes. (pp. 138-139)
História do Pavão Superius, da Formiga Rabiga e da Preguiça Roliça que o Testas leu
no livro do amigo do pai: Ansiedade face aos testes. (pp. 140-142)
PL E A
História do Pavão Superius, da Formiga Rabiga e da Preguiça Roliça. (continuação)
Propostas de actividades
Testite crónica
Estabelecer uma lista exaustiva dos sintomas da Testite, uma poderosa doença que
ataca antes, durante e depois das avaliações. Estabelecer um plano de prevenção.
Reflectir neste tema que “pensar antes ajuda no depois”.
A Ruça
Porque é que o mocho Mil-Ideias quis contar a história da Ruça antes de entregar o
teste?
Como é possível que, no final, a Ruça sobre no redil depois de cada um ter levado as 193
suas ovelhas?
O que é que se pode aprender com esta história?
O “Grill és tu”
Resolver o enigma, seguindo os passos da resolução de problemas já trabalhados.
A Preguiça Roliça desperdiça…
Identificar os comportamentos inadequados da Preguiça Roliça na realização do teste.
Listar os erros, mas também sugestões para melhorar.
Preguiças à nora…
“Sabias que as preguiças passam a maior parte da vida penduradas de pernas para o ar
nos ramos das árvores? São lentas, muito lentas. Uma preguiça, se está com pressa,
demora 15 minutos para andar um metro…
Numa das suas longas deslocações de 2500 metros, virou-se para norte e começou a
caminhar. Passado um tempo, e já cansadíssima, descobre que se encontra quase a
mil metros do local da partida, mas para sul. Como é que isso é possível? Descrever
os diferentes passos até chegar à solução final.”(*)
Monstros famosos…
Fazer uma pesquisa sobre monstros famosos, por exemplo Frankenstein e o monstro
de Loch Ness, para, posteriormente, se escrever um artigo/dossier para o jornal da
escola.
CDT-EEDT-13
As auto-instruções voltam a atacar…
O Vidrinhos ajudou a Preguiça a controlar os seus pensamentos, concentrando-a mais
na tarefa a resolver e menos nos pensamentos irrelevantes que a distraíam.
Discutir as diferentes instruções que o Vidrinhos poderia sussurrar à Preguiça para a
ajudar neste processo. Analisar as diferentes etapas do processo de auto-regulação
aplicadas à ansiedade face aos testes.
LIP (Lista de Ideias Parasitas)
Listar as diferentes ideias parasitas que podem tomar de assalto as “cabeças” dos alu-
nos durante o teste e as provas de avaliação, distraindo-os da tarefa.
Tópicos para discussão:
a. “A bordo da minha chalupa só quero homens que tenham medo das baleias”;
b. Também na ansiedade face aos testes, “pensar antes ajuda no depois”;
c. Os pássaros terão medo de voar?;
d. “Os sentimentos são filhos dos pensamentos”;
e. “Psicólogos na escola, porquê e para quê?”
Competências específicas
194 No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Reflectir sobre as aprendizagens realizadas.
Guião de leitura
PL E A
Testas promete apresentar os e-mails Testas reflecte sobre a importância
recebidos no livro seguinte. (p. 158) e a satisfação de alcançar os seus
objectivos (pp. 157-158)
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Definir a estrutura da intervenção e discutir os objectivos e os aspectos práticos
deste projecto.
• Reflectir sobre a necessidade de envolvimento pessoal na aprendizagem.
• Identificar áreas de fragilidade no processamento estratégico e discutir as possíveis
medidas de compensação.
• Relembrar/aprender a estrutura do processo de auto-regulação da aprendizagem (PLEA).
195
Guião de leitura
Aviso à navegação
PL E A
Breve apresentação do livro e do projecto. (p. 8)
Propostas de actividades
A minha biografia
Apresentar, no formato mais adequado ao meio e às circunstâncias dos alunos (carta,
página de diário, texto para jornal, recortes de jornal, vídeo, canção…), uma proposta
de biografia pessoal.
Se eu fosse…
… um animal escolheria… porque…
… uma planta escolheria… porque…
… um fruto escolheria… porque…
O livro da minha vida
Apresentar uma proposta de índice, o mais circunstanciado possível, para “O livro da
minha vida.”
Tópicos de discussão:
a. O que é que significa estudar?
b. Os alunos estudam pouco? Porquê?
Pistas de trabalho para o capítulo 1
Uma festa (in)esperada
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Reflectir sobre o papel activo de cada um na construção do seu processo de apren-
dizagem.
• Analisar a natureza cíclica das três fases do processo auto-regulatório e a sua ope-
racionalização em cada uma das fases.
• Desenvolver o espírito crítico e a reflexão pessoal a partir dos modelos sugeridos.
• Incrementar a tomada de consciência da necessidade de dedicar um espaço e um
tempo para o trabalho pessoal.
• Intencionalizar as três etapas do processo auto-regulatório aplicadas à gestão do
tempo.
• Identificar os distractores pessoais que competem com a tarefa de estudo.
• Antecipar consequências dos nossos comportamentos a curto, médio e longo
prazo.
• Intencionalizar as três etapas do processo auto-regulatório aplicadas à realização de
um texto escrito.
• Enunciar e praticar as técnicas do sublinhado, do esquema e do resumo.
• Aplicar as diferentes fases de resolução de um problema a tarefas concretas.
196
Guião de leitura
1.1. (Des)mailem-me
PL E A
Cumprimento da promessa de reve- Reflexão do Testas sobre a importância
lar os e-mails recebidos. (pp. 11-20) do Burrié na vida do Resto. (p. 16)
Apresentação do Burrié. (pp. 12-16)
PL E A
Apresentação do profe BD. (p. 23) Desfile dos Reflexões
Apresentação do projecto “Escritos para o futuro” Cadernos sobre o pro-
(p. 23) e discussão de aspectos relativos à organiza- Diários. (pp. jecto “Escri-
ção dos cadernos diários. (pp. 24-25) 27-29) tos para o
Aproximação ao conceito de auto-regulação da apren- futuro”.
dizagem. (p. 26) (p. 29)
Trabalho de grupo para preparar o projecto de caderno
diário a apresentar no desfile. (pp. 26-27)
1.3. Onde há fumo há... Testas!
PL E A
Aventura do Testas no combate ao incêndio. (pp. 30-48)
PL E A
Preparação para o Combate ao fogo Reflexões do
combate. Partida e Testas sobre
simulação da entre- PL E A o combate ao
vista de rádio. Limpeza Esquemas Rescaldo incêndio.
Comentários sobre das matas... de do Excerto do
a necessidade de combate… incêndio… poema de Ary
proteger a floresta. Acidente do bombeiro Arménio du- dos Santos.
rante o combate.
PL E A
Testas descreve o típico Ana telefona para os avós, mas engana-se e
sábado de manhã em conhece a D. Albertina com quem conversa.
família. (pp. 49-51) Lê-lhe o seu conto de Natal “Sabores de Natal”.
(pp. 52- 58)
Propostas de actividades
O meu e-mail
197
Enviar um e-mail para o Testas (testas@iep.uminho.pt), contando alguma peripécia de
vida engraçada e/ou uma reflexão sobre as aprendizagens suscitadas pelas (Des)ven-
turas do Testas.
Debates
Organizar debates sobre temas opináveis, por exemplo: “Animais de estimação, sim ou
não?”; “Jardins zoológicos, sim ou não?”; “Animais no circo, sim ou não?” Definir regras
para o debate e escolher uma equipa de alunos-comentadores que possa avaliar os
comportamentos e os conteúdos desenvolvidos no debate.
Os oito erros são…
Identificar os oito erros presentes no novo caso proposto no texto aos agentes secre-
tos.
Discutir as diferentes estratégias utilizadas pelos alunos.
Relembrar e discutir os diferentes passos de resolução de um problema.
Agentes secretos, ainda estão aí?
Após terem resolvido o caso anterior, aqui têm outro:
Na festa de anos da Joana, a Carla, a Mónica e a Susana, amigas do peito da aniversa-
riante, chegaram mais cedo e, prestavelmente, dispuseram-se a ajudar no que fosse
necessário. Depois de arrumarem a sala, como estavam sozinhas, uma delas espalhou
cola superforte numa cadeira. Depois do lanche, quando a avó da festejada não se con-
seguiu levantar sem arrastar a cadeira, as três amigas foram implacavelmente interroga-
das pela restante família, que não se riu com o que aconteceu, muito pelo contrário.
Uma delas? Todas? Quem seria a responsável? Interrogadas, duas disseram a verdade.
A Carla disse: Foi a Mónica que pôs a cola na cadeira.
A Mónica defendeu-se: Eu não. Foi a Susana.
Por sua vez, a Susana no meio de lágrimas, disse: Não fui eu, não fui eu.
Qual delas espalhou a cola na cadeira?*
As secas do Resto
O Resto quer escrever um livro de anedotas secas e agradece todas as ajudas.
Lista de tarefas a realizar
Realizar uma grelha de controlo das actividades a desenvolver no dia ou no período de
estudo. Na grelha deve constar a priorização das tarefas, a data e ou hora de realização
e um espaço para registar a finalização da tarefa.
Pensamentos distractores
Elaborar uma lista de pensamentos típicos que desviam a atenção da tarefa que
é necessário realizar em casa, no ATL, no estudo, na biblioteca, na aula de música…
Discutir estratégias para poder combater esses pensamentos distractores.
As dez distracções mais...
Identificar os dez principais motivos de distracção na respectiva turma ou, se for mais
prudente ou adequado, na escola.
Posteriormente, propor uma reflexão sobre os principais motivos de distracção pessoal.
Em ambos os casos, sugerir medidas correctivas da situação.
Um desfile de cadernos diários
Organizar um desfile de cadernos diários. Por exemplo, dividindo os alunos em três
grupos (planificação, execução e avaliação), cada um encarregando-se de listar e exibir
as tarefas da respectiva fase.
* Duas das três amigas dizem a verdade. A Carla acusou a Mónica, que, por sua vez, acusou a
Susana. Uma das duas está a dizer a verdade. A Susana não acusou ninguém, apenas
negou a autoria. A Susana não pode ser a culpada porque, então, só a Mónica estaria a dizer
a verdade. Assim, a Carla e a Susana dizem a verdade. A Mónica é a culpada.
Linha de maltratos à Natureza
Encenar telefonemas, denunciando situações de maltrato à natureza: deitar pilhas no
lixo indiferenciado; lixeiras a céu-aberto; gastar papel desnecessariamente… A lista
poderá ser enviada à Junta de Freguesia, ao departamento da Câmara, a associações
de protecção da Natureza…
“Prevenir é urgente” entrevista com…
Realizar uma entrevista a um agente preventivo: médico, assistente social, psicólogo,
enfermeiro, professor, bombeiro ou a um guarda-florestal sobre um tópico preventivo.
O guião deve ser trabalhado previamente (planificado, executado e avaliado) e, indepen-
dentemente do formato do registo (sonoro, visual, escrito), o produto final deve ser dis-
cutido por todos e, se possível, apresentado à comunidade educativa.
No microfone com…
Realizar um programa radiofónico sobre uma temática preventiva. Elaborar o guião e,
no final, avaliar o projecto. Com a colaboração da associação de estudantes, e nas
escolas que tenham um núcleo de rádio, seria interessante que o programa fosse
difundido.
Aforismos sem lirismos
Elaborar uma lista de aforismos populares que defendam uma atitude preventiva face à
vida. Discutir o seu significado e, se possível, propor outros.
Natal num envelope
Elaborar um conto de Natal (pode ajudar relembrar as técnicas de auto-regulação da
escrita aprendidas e discutidas no livro 007.° Ordem para estudar), colocá-lo num enve-
lope e decidir para que instituição/amigo… enviar.
Letras de Natal
Compilar, num livro, contos de Natal. Os textos podem ser originais, escritos pelos alu-
199
nos ou simplesmente adaptados de contos tradicionais. Algumas dessas estórias
podem ser lidas e registadas em cassete/CD que serão, por certo, uma boa companhia
para os infantários, escolas do 1.° ciclo ou para lares de terceira-idade da área, entre
outras opções.
Sabores de Natal
Discutir o microconto de Natal escrito pela Ana.
Mesa de Natal
Recolher e organizar um conjunto de sugestões de pratos/ementas típicas das diferen-
tes regiões do mundo.
Máximas, mesmo à distância
Comentar mais esta máxima: “Ajudar é conseguir despertar o melhor dos outros.”
Compilar um conjunto de máximas e discutir os seus significados.
Tópicos de discussão:
a. “Eu gozo, mas a verdade é que gostava de ser um bocadinho mais organizado e
responsável. Não como ele, que trocou o coração por um mecanismo de roldanas,
mas se fosse um bocadinho mais organizado, acho que não me fazia mal. A ver-
dade é que o Burrié o ajudou a crescer e eu não tenho aproveitado a oportunidade.”
b. A importância de um caderno diário.
c. Estrofe do poema de Ary dos Santos:
“É preciso, em vez de um tinteiro, ter uma cabeça que saiba pensar, pois na escola
da vida, primeiro está saber estudar.”
Pistas de trabalho para o capítulo 2
A floresta velha de Cascos-de-Rolha
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Intencionalizar as três etapas do processo auto-regulatório aplicadas à realização de
um texto escrito.
• Promover a tomada de consciência da nossa responsabilidade na preservação da
Natureza.
• Definir e praticar as técnicas de identificação das ideias principais e de realização de
um resumo.
• Aplicar as diferentes fases da resolução de um problema.
• Identificar as diferentes etapas do processo de memorização.
• Antecipar as consequências dos nossos comportamentos a curto, médio e longo
prazo.
• Realizar mapas cognitivos, desenvolvendo a hierarquização dos conceitos relacionados.
• Aplicar os conhecimentos adquiridos sobre a memória ao estudo de conteúdos da
aprendizagem.
Guião de leitura
200 2.1. Um Bafo com hálito a mofo
PL E A
Testas fala sobre o seu dia e conta o Testas limpa o embaciado do vidro
caso do roubo do telemóvel. (pp. 60- do seu quarto e “entra” em Cascos-
-62) -de-Rolha (p. 63).
Apresentação de mais um excerto do Conversa do Testas com o génio do
poema de Ary dos Santos. (p. 62) Bafo. (pp. 63-67)
PL E A
Encontro e conversa com o lince ibérico. (pp. 68-75)
PL E A
Apresenta- Estratégias de Reflexão do Lince sobre as dificuldades
ção do lince adaptação ao no seu dia a dia e decisão sobre os
e do seu ha- meio ambiente comportamentos a adoptar.
bitat. utilizadas pelos Lince conclui a conversa com um excerto
linces. de um poema de Ary dos Santos.
2.3. Um poço de histórias
PL E A
Encontro do Tes- Poço coloca uma adivinha Reflexão do Testas sobre a neces-
tas com o Poço e ao Testas e responde na sidade da assertividade. (p. 79)
apresentação das sua vez. (pp. 80-81) Testas reflecte sobre a técnica de
regras do jogo. Poço apresenta uma nova resolução de problemas apresen-
(pp. 76- 80) adivinha a si próprio e tada pelo Poço. (p. 82), e sobre
monitoriza o processo de os motivos do seu comporta-
resolução. (pp. 81-82) mento. (pp. 81-82)
PL E A
Testas assiste no Vale-dos-Caídos ao primeiro concurso “A Droga do Ano.”
(pp. 99-113)
PL E A
Testas assiste no “Vale-dos-Caídos” ao primeiro concurso “A Droga do Ano.” (conti-
nuação) (pp. 114-125)
“Olá sou a Cannabis...” (pp. 114-119) Reflexão do
“(...) dando lugar ao Álcool…” (pp. 119-123) Testas e do
“Eu sou a Cocaína...” (pp. 123-125) Lince sobre
o vencedor
PL E A
do concur-
Apresentação da O consumo... onde, Reflexão sobre os so “A Droga
droga e seus efeitos. quando, como... efeitos. do Ano”.
(p. 125)
2.6. Memória de elefante
PL E A
Encontro Mnésia coloca um problema/prova ao Testas. (p. 128) Encontro
do Testas Testas segue os passos da resolução de problemas. do Testas
com o (pp. 129-130) com o
Mnésia. Mnésia conta-lhe uma história sobre as consequências da Mnésia.
(p. 126) impulsividade na resolução de problemas. (pp. 130-132) (p. 126)
Mnésia descreve o funcionamento da memória, usando a
metáfora da casa. (pp. 132-144)
Mnésia apresenta o jogo das jóias do Kim para discutir
com o Testas a importância do esforço e da concentração
da atenção na aprendizagem. (pp. 136-139)
Testas refere ao Mnésia o jogo do mapa de ideias reali-
zado com os colegas no ano anterior. (pp. 144-145)
Mnésia e Testas jogam à “Mnemónica de lugares”.
(pp. 146-148)
Mnésia conversa com o Testas sobre o Esquecimento...
(pp. 149-153)
Resolução do caso do telemóvel. (pp. 153-154)
Propostas de actividades
Mensagem para um “Máximas”
O profe Máximas mudou de escola. Em cada ano lectivo, os alunos têm novos profes-
202 sores. Alguns permanecem na escola o que permite a continuidade do contacto, mas
outros não:
Escrever uma mensagem, carta, e-mail…, para um antigo professor. Explicitar no
texto o motivo da mensagem.
Portfólio “Extinção”
Recolher informação sobre animais em vias de extinção e, a partir desses dados, dis-
cutir a nossa responsabilidade pessoal na sua preservação e na preservação da Natu-
reza em geral.
Adivinhas à desgarrada
Jogar adivinhas à desgarrada, aproveitando para discutir as diferentes estratégias de
resolução de problemas.
Exemplos:
– Qual é o irmão de teu tio, que não é teu tio?
– Verde como o mato, e mato não é; fala como gente, e gente não é.
– Qual é coisa, qual é ela, que, mal entra em casa, vem logo à janela?
– O que é que fazem todos ao mesmo tempo: velhos, novos e crianças?*
Frei João Sem Cuidados
Ler a estória do Frei João Sem Cuidados, identificar o assunto, as ideias principais e os
detalhes. Depois deste trabalho, realizar um resumo.
O barqueiro cigano
Ler atentamente a estória, sublinhar as ideias principais e escrever uma “moral da história.”
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Incrementar a tomada de consciência da operacionalização das três fases do pro-
cesso auto-regulatório aplicadas a diferentes tarefas de aprendizagem.
• Valorizar a nossa responsabilidade na preservação da natureza.
• Produzir alternativas para a resolução de um problema.
• Realizar mapas cognitivos, desenvolvendo a hierarquização dos conceitos relaciona-
dos.
• Antecipar consequências dos nossos comportamentos a curto, médio e longo
prazo.
Guião de leitura
3.1. Namasté
PL E A
Bernardo convida A palestra começou à hora marcada...” (p. 157)
o Testas para uma Testas resume brevemente alguns aspectos da expedi-
palestra com o al- ção ao Evereste. (pp. 159-160)
pinista João Gar- Testas decide ajudar o Bernardo a escrever um artigo
cia. (p. 156) para o “Escuta Aqui”. (p. 162)
Descrição do ambi- Tópicos da palestra recolhidos pelo Testas e Bernardo:
ente da palestra. explicação do nome “Evereste” (p. 164), os primeiros
(pp. 156-157) alpinistas a pisar o cume do Evereste (pp. 165-166), a
tragédia de 1996. (pp. 167-169)
PL E A
Tópicos da palestra (continuação): sobre o Yeti (p. 170); tru- Reflexões do
ques, dicas... (pp. 171-177) Testas sobre o
naufrágio de Ro-
PL E A
binson Crusoe.
Pormenores e pla- Cuidados com a ali- Reflexões sobre a (pp. 177-178)
nos da viagem ao mentação, a impor- disciplina na mon- Pensamento fi-
Evereste. tância dos Trek de tanha e compara- nal. (p. 178)
aclimatação; gráfi- ção com o naufrá-
cos de aclimata-
ção…
gio de Robinson
Crusoe.
205
Propostas de actividades
Namasté
Ajudar o Testas e o Bernardo na realização do artigo-resumo sobre a palestra do alpi-
nista João Garcia, na sede dos escuteiros. Identificar neste texto as três fases do pro-
cesso de auto-regulação da aprendizagem (planificação, execução e avaliação).
A ideia mais importante da palestra foi…
Identificar a ideia considerada como a mais importante da palestra. Discutir os motivos
da escolha.
Tibete em foco
Realizar uma síntese de um programa de televisão, de um artigo, de um programa de
rádio ou de uma notícia sobre o Tibete. As diferentes sínteses podem ser compiladas
num dossier Tibete.
No topo do Mundo
Propor as seguintes questões (alargar o leque):
Se subisse o Evereste…
… levava para o topo do Mundo…
… a minha principal dificuldade seria…
… o meu principal receio seria…
… o meu maior gozo seria…
Eu, Yeti
A partir das informações apresentadas no texto e de outras, fruto da pesquisa pessoal,
vestir a pele do Yeti e contar algumas das suas aventuras nas montanhas brancas.
Diário de uma tarefa
Fazer um diário referente à realização de uma tarefa concreta (prova desportiva, festa,
concurso…) e, posteriormente, analisar as dúvidas, medos, receios, estratégias de
planificação, execução e avaliação dos resultados finais da tarefa. Discutir o que se
poderia ter feito de outra forma. Retirar consequências da análise dessa tarefa para
outras dimensões da vida.
Lições do Evereste…
“Preparação, controlo, avaliação e despojo.” Discutir os possíveis significados dessa
lição do Evereste.
Tópicos de discussão:
a. “Desleal é aquele que se despede quando a estrada escurece”;
b. “Aprendermos a aproveitar o que temos e somos, tirando o melhor partido de cada
oportunidade, é uma mola para alcançarmos o que desejamos”;
c. “Desde os 17 anos que subo todos os dias um bocadinho”.
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Intencionalizar as três etapas do processo auto-regulatório aplicadas à planificação
de um projecto.
206 • Treinar o processo de produção de alternativas para a resolução de um problema.
• Reflectir e aplicar as diferentes fases da resolução de um problema.
• Caracterizar e controlar estímulos distractivos internos e externos.
• Avaliar e modificar, em função das avaliações realizadas, o ambiente de aprendizagem.
• Definir objectivos pessoais a curto, médio e longo prazo.
• Antecipar consequências dos nossos comportamentos a curto, médio e longo prazo.
Guião de leitura
4.1. O imbróglio do mês
4.2. Só me saem testes
PL E A
Primeira parte do conto do Ogre e das três irmãs. (pp. 180-186) Primeira
Diálogo do Testas com os seus amigos sobre os testes. (pp. 186-188) parte do
Um grupo encarna o papel de “Teste” e inicia uma conversa/jogo conto do
sobre as razões dos maus resultados. (pp. 188-190) Ogre e
Decisão de responder aos “porquês dos Rt’s” a partir das três fases das três
da auto-regulação. “E se o Teste nos falasse na fase de…” (p. 192) irmãs.
(pp.180-
Trabalho desenvol- Trabalho desenvolvi- Trabalho desenvol-
vido pelo grupo en- do pelo grupo en- vido pelo grupo en- -186)
carregado da fase carregado da fase de carregado da fase
anterior ao Teste. realização do Teste. posterior ao Teste.
Propostas de actividades
Os porquês dos RT
Realizar, individualmente ou em grupo, uma lista de motivos justificativos dos diferen-
tes resultados nas avaliações. Discutir em que medida esses resultados dependem do
que fazemos e, nessa medida, o que temos de mudar nos nossos comportamentos
para que a situação escolar se altere.
Lições do profe Teste
Elencar as diferentes sugestões e conselhos do Teste nas diferentes fases do trabalho
auto-regulatório dos alunos (planificação, execução, avaliação).
Discutir, acentuando a sua importância, a fase de avaliação dos testes escritos e pro-
vas de avaliação.
O Top das pressões
Elaborar em pequenos grupos uma lista das “10 pressões mais para estudar”. Poste-
riormente, apresentar e discutir na turma, não só as diferentes listagens, mas, sobre-
tudo, o que fazer face a cada e as diferentes implicações para o processo educativo.
Carta aberta de um teste aos pais
O que poderia dizer um teste aos pais dos alunos que o estão a realizar? Escrever uma
carta aberta aos pais dos alunos na pessoa de um teste. O conselho de turma, depois
de discutir a ideia, poderia enviar uma das cartas para os pais da referida turma, ou
apresentá-la numa das reuniões de pais.
Etiqueta do teste
Listar regras de etiqueta a seguir na realização do teste. Depois de cada aluno ou
grupo realizar a tarefa, discutir as diferenças encontradas, chegar a um conjunto de
regras de etiqueta consensuais e analisar as suas implicações na realização dos exercí-
cios escritos. 207
Testês
Associar os verbos de arranque das perguntas dos testes aos seus significados. Discu-
tir eventuais erros cometidos pelos alunos na realização desta tarefa. Analisar algumas
questões de testes de diferentes disciplinas e discutir os diferentes significados.
Bagagem para a ilha perdida
Em pequenos grupos, e no pressuposto de um naufrágio, listar um conjunto de dez
objectos para levar para uma ilha perdida. Elaborar a lista, conseguindo um consenso
entre os elementos do grupo. Posteriormente, apresentar e discutir na turma as dife-
rentes propostas e, sobretudo, as suas respectivas justificações.
Solução procura-se!
Tal como é sugerido aos colegas da escola do Testas, propor um final para o imbróglio
apresentado no texto. Escolher, de entre as várias propostas dos alunos, a mais ade-
quada, independentemente do final proposto no texto.
O óscar do próximo imbróglio vai para…
Sugerir, entre os elementos da turma, um imbróglio para o próximo período. Eleger o
“imbróglio da turma” e trocar de imbróglio com outra turma da escola ou até com tur-
mas de outras escolas.
Uma pequena ajuda
O Testas, entusiasmado com o projecto “imbróglio”, decidiu propor um novo:
A Rita tem 9 anos, estuda no 4.° ano de escolaridade e vive no 11.° andar de um pré-
dio que tem 13 andares. Cada andar tem quatro janelas e uma varanda. De manhã,
desce sozinha de elevador desde o seu andar até ao rés-do-chão. No fim da tarde,
quando regressa das aulas, entra no elevador sozinha, sai no 6.° andar e continua a
subida pelas escadas até sua casa. Porquê? *
Projecto imbróglio
A partir das sugestões da turma, e desejavelmente em articulação com outras turmas
da escola ou de outras escolas, compilar os imbróglios numa publicação e apresentá-
-los à comunidade.
Caso do assalto à loja
Propor a leitura do episódio do assalto descrito na ficha TestaMente n.º 19 e, posterior-
mente, resolver as questões apresentadas. A correcção é apresentada na ficha em
anexo, contudo algumas das justificações das respostas são omissas, possibilitando aos
alunos a sua finalização.
O que de facto se passou foi o seguinte:
Uma firma de segurança estava contratada pelo proprietário de uma loja de roupa para
recolher e levar para o banco um saco com os valores apurados. Como sempre, o pro-
prietário, um velho homem de negócios, desligou as luzes da loja, entrou no escritório,
abriu o cofre e depositou o seu conteúdo no saco. Na porta da loja, entregou-o em
mão ao segurança. Como habitualmente, e por precaução rotineira, avisou a polícia.
Após a realização desta tarefa, é importante explorar os erros cometidos, as suas cau-
sas, e retirar ilações para o estudo pessoal, a realização de exercícios escritos ou
outras avaliações.
Guião de leitura
PL E A
Excerto final do poema sobre o estudo de Ary dos Santos. (p. 205)
Propostas de actividades
O que aprendi este ano…
Narrar a um amigo as principais aprendizagens realizadas este ano na área do Estudo
Acompanhado.
O meu ADEUS
Independentemente do maior ou menor agrado face ao final escolhido pelo Testas para
encerrar este livro, apresentar outras propostas, individualmente ou em grupo.
Tópico de discussão:
“Estudar é muito, mas pensar é tudo.”
Livro do 9.° ano:
TESTAS, O LUSITANO
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Definir a estrutura da intervenção e discutir os objectivos e aspectos práticos deste
projecto.
• Reflectir sobre a necessidade de envolvimento pessoal na aprendizagem.
• Relembrar/aprender, a estrutura do processo de auto-regulação da aprendizagem
(PLEA).
• Analisar a estrutura dos objectivos e a sua importância nos projectos de vida. 209
Guião de leitura
PL E A
Testas dirige-se à Mu- Testas conta à Musa a história do camponês Pancho.
sa pedindo-lhe ajuda (pp. 13-18)
para a realização de
mais um livro. (p. 13) PL E A
Preparativos da O percurso... A recompensa
viagem. final…
Propostas de actividades
Auto-regular percursos
Identificar, na estória do camponês Pancho, as diferentes fases do processo de auto-
-regulação da aprendizagem.
Baptismo da estória
Atendendo ao conteúdo da estória, atribuir um título e, de entre todas as propostas
apresentadas na turma, escolher uma.
A moral da história
Escolher uma moral para a estória apresentada neste livro.
CDT-EEDT-14
Consultor de Projectos de Vida
Realizar uma dramatização na qual um “consultor de projectos de vida” atende um
cliente, ajudando-o a estabelecer o seu projecto de vida. Devem ser antecipados dife-
rentes cenários e também propostas de solução para os possíveis obstáculos.
Auto-regular percursos I
Promover uma reflexão pessoal sobre os itinerários auto-regulatórios, escolares ou
não, seguidos por cada aluno/jovem até ao momento. Identificar, em cada actividade
ou episódio, as diferentes fases do processo de auto-regulação.
Invocação à musa
Escolher uma invocação alternativa à musa. Explicitar qual a missão a desempenhar e
o tipo de ajuda pretendido.
Tópicos para discussão:
(I) Analisar a expressão: “O Sonho comanda a vida” de Sebastião da Gama referida
sobre o percurso de Pancho;
(II) “Quis desistir, mas o sonho não deixou, como que confirmando a sua força”.
(III) “A vontade nasce da nossa cumplicidade com a tarefa, aumentando à medida que
conquistamos a sua confiança”.
Guião de leitura
PL E A
Descrição do ambi- Monitor dos escuteiros colo- Reflexão sobre as diferentes
ente na estância de ca o problema das cerejolas. possibilidades de encarar
esqui. (pp. 20-21) (p. 19) um problema. (p. 21)
Episódio da batalha de bolas Reflexão sobre o empenho
de neve. (p. 23) necessário para aprender a
O instrutor Juan conta a his- esquiar. (p. 27)
tória dos passarinhos na ti- Testas relaciona esta apren-
gela de natas. (pp. 30-31) dizagem com outras. (p. 29)
Propostas de actividades
Plantação de cerejolas
Propor soluções para o problema apresentado no texto.
Caras dos problemas
“Os problemas podem ser encarados como desafios ou como ameaças…” Apresentar
problemas de diferentes domínios: escolar, familiar, interpessoal… e, para cada, cons-
truir exemplos de cada uma destas opções. Por exemplo, Problema: Pedir desculpa a
um colega por um comentário brusco e inoportuno que o feriu.
Desafio: Se eu pedir desculpa, não sei se serei capaz de superar a vergonha, assu-
mindo os meus erros…
Ameaça: Se eu pedir desculpa, vou parecer um fraco. Se eu sou capaz de ver isto,
todos verão e serei gozado …
Dez desculpas para evitar uma tarefa…
Propor 10 desculpas para evitar tarefas e/ou problemas. Escolher as melhores de
entre todas as sugestões apresentadas pelos alunos. Reflectir sobre e identificar os
contra-argumentos para cada uma das razões identificadas.
Semana branca, não em branco
Propor um plano para uma semana de férias numa estância de esqui. Realizar pes-
quisas na Internet, escolher uma estância e esboçar um plano com diferentes pre-
ços que inclua alojamento, fortfait, seguro, aulas, …
Marketing branco
A partir do plano apresentado, realizar um cartaz, um folheto, uma notícia para um jor- 211
nal, um slogan para vender a proposta apresentada.
Passos das diferentes aprendizagens
Identificar os passos que são comuns às diferentes aprendizagens. Ilustrar a ideia com
exemplos.
Moral da estória
Propor uma moral para a estória contada pelo instrutor Juan.
Bater ou não bater asas, eis a questão
Identificar em diferentes situações e cenários da vida escolar o papel do passarinho
desistente ou do passarinho combatente.
Por exemplo: Na realização de exercícios de Matemática; na assunção de responsabili-
dade por um determinado comportamento; na correcção do comportamento de um
amigo; na decisão de estudar na tarde de domingo; se um amigo extorquisse a um aluno
do 5. º ano dinheiro para comprar um sumo e um bolo no bar… em cada uma das situa-
ções o papel de passarinho desistente seria… e o de passarinho combatente…
Tópicos para discussão:
(I) ”Aprender a esquiar segue os passos de qualquer outra aprendizagem.”
(II) “o importante eram os nossos progressos, não os dos outros. Aqui como na
escola.”
Pistas de trabalho para o Livro III:
Testas e os Godos
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Analisar a importância de desenhar um plano concretizado em objectivos para
alcançar o pretendido.
• Recordar/identificar a estrutura interna dos objectivos.
• Priorizar etapas face a um determinado comportamento e analisar as conse-
quências das diferentes opções.
• Produzir alternativas e consequências face a cenários escolares e de vida.
• Reflectir sobre a importância de utilizar um conjunto de estratégias de aprendi-
zagem orquestradas para alcançar um objectivo.
• Identificar, em diferentes contextos de vida, os erros cometidos e retirar conse-
quências.
• Reconhecer a importância do esforço pessoal no processo de aprendizagem.
Guião de leitura
PL E A
Regresso em au- Proposta de resolução do problema das Reflexão do Tes-
212 tocarro da estân- cerejolas. (pp. 34-35) tas sobre as três
cia de esqui. Apresentação da lenda do Xadrez. (pp. 38-41) fases da auto-
(p. 34)
Diálogo do Mestre de Xadrez russo com o -regulação apli-
Breve descrição
da sala de estar Testas e alguns amigos. (pp. 41-49) cadas à história
do hotel. (p. 36) de vida do Mes-
PL E A tre de Xadrez.
Objectivos de Estratégias Reflexão (pp. 49-51)
Piotr face ao e métodos sobre a im-
Xadrez que utilizados portância do
orientou os pelo Piotr empenho e
seus compor- para alcan- esforço pes-
tamentos. çar os seus soais para
objectivos. alcançar os
objectivos.
Propostas de actividades
Guiness de …
Escolher uma actividade onde os alunos poderiam concorrer individual ou colectiva-
mente a um prémio guiness.
Por exemplo: guiness de toques de telemóvel, guiness de leituras, guiness de horas
de voluntariado, guiness de lengalengas, guiness de recitação do número Pi… Identifi-
car as 3 fases do processo de auto-regulação da aprendizagem necessárias à obtenção
do recorde escolhido.
Biografias
Recolher uma breve biografia de personagens que se tenham evidenciado em algum
domínio. Tentar identificar, na vida do biografado, itinerários e percursos de formação,
tomadas de decisão face à sua carreira, projectos realizados, entre outros aspectos
que podem ter sido determinantes no seu percurso.
Estabelecer um guião orientador da redacção da biografia para facilitar a tarefa e forma-
tar o trabalho dos alunos.
Portfólio Biografias
Realizar um portfólio com as diferentes biografias organizadas e um índice para faci-
litar a consulta. Partilhar com os demais colegas as diferentes biografias, no sentido
de alargar as suas experiências pessoais.
A lenda do Xadrez
Discutir os diferentes significados desta lenda. Identificar as ideias principais e escrever
uma moral-resumo.
Entrevista com…
Realizar diversas entrevistas a alunos da turma/escola… que se distingam como atle-
tas de competição ou nas artes. As questões devem estar orientadas para conhecer as
estratégias de aprendizagem que esses alunos utilizam, tentando compatibilizar os
diferentes papéis de vida: estudante, amigo, filho, músico, desportista…
Priorizar etapas
Procurar soluções para o seguinte problema:
Choveu copiosamente durante todo o regresso a casa. Chegaram já a madrugada ia
avançada. A porta da garagem estava entreaberta, um vizinho tinha acabado de entrar
com o carro, e por isso não foi preciso utilizarem a respectiva chave. Rodrigo fechou
apressadamente o carro e a porta da garagem pois Elisa tiritava de frio. O relógio mar-
cava três da manhã, e isso explicava o seu sono e o silêncio sepulcral do prédio.
213
Quando subiram no elevador e Elisa procurou a chave de casa, não a encontrou na car-
teira, apesar de esta ser pequena. Sorriu despreocupadamente, porque Rodrigo teria a
sua. Nessa altura, o semblante de Rodrigo ficou carregado e o sono abandonou-os
repentinamente. Estavam em frente à porta de casa, mas do lado de fora e sem chave
para entrarem. O carro estava fechado na garagem e, lá dentro, estavam as chaves
de casa e da garagem. Não podiam entrar em casa, nem tão-pouco na garagem.
Que fazer? Por onde começar?
Fórmula do sucesso
Identificar fórmulas ou slogans sobre os ingredientes do sucesso:
“As produções extraordinárias têm 1% de inspiração e 99% de transpiração”
“Quem não arrisca não petisca”…
Discutir as possíveis aplicações e significados.
Técnicas para aprender
Listar e discutir algumas estratégias de estudo, aprendidas com “outros”. Aqui ficam
alguns exemplos:
“Aprendi muito através da leitura de muitos, muitos livros da especialidade. Nestas lei-
turas tomava apontamentos das frases, tópicos e das ideias que considerava mais
importantes: planos e posições típicas de aberturas, meio-jogo e finais… e tentava
imaginar as peças no tabuleiro nessas posições, antecipando as respostas do meu
adversário e variantes consequentes.” (Testas, o Lusitano, p. 46)
“Aprende-se muito a traduzir e a fazer cópias. Eu faço muitas cópias no intervalo dos
livros. (…) Agarro num livro e copio, para tentar perceber como é que [o autor] fez,
um capítulo ou dois. Palavra por palavra.” (António Lobo Antunes numa entrevista ao
Público, 15 de Novembro de 2003).
Alternativas & Consequências
Resolver alguns dos cenários propostos pela conhecida empresa: Alternativas & Con-
sequências.
Cenário 1: Projecte uma lista de consequências a curto (dias, semanas) e a longo
prazo (meses e anos) da seguinte opção:
Para evitar os graves problemas de indisciplina nas escolas de uma área educativa, o
Ministério da Educação decretou que todos os jovens em idade escolar, residentes
nessa área, passarão a estudar em casa. O ensino será transmitido por sítios específicos
da Internet e as dúvidas resolvidas por e-mail. Mensalmente, os alunos reunir-se-ão
durante um dia inteiro para realizarem testes de avaliação numa escola da área. Para que
esta decisão seja viável, cada aluno terá um computador com ligação à Internet.
Cenário 2: A biblioteca da sua escola quer aumentar o número de livros requisitados
por mês. Neste momento a média é de 120 requisições e o objectivo é aumentar 15%
este número. Estabeleça uma lista de alternativas para atingir este objectivo.
Cenário 3: Nas escolas do Distrito… 30% dos alunos em idade escolar abandonam a
escola antes de ter terminado o 9.º ano ou de ter completado os 15 anos. Ajuda para
resolver o problema precisa-se.
Ode ao erro
Escrever, escolher um poema, elogiando o valor educativo do erro. Em alternativa,
podem ser identificados ditados populares que explicitem a mesma ideia.
O que teria acontecido se…
Escolher um determinado acontecimento na vida pessoal ou da História que lamentamos
214 ou que gostaríamos de apagar, e reescrever esses mesmos acontecimentos, assu-
mindo que esse acontecimento ou facto era apagado (e.g. guerras, prisões, escravatura,
esquecimentos pessoais, frases e acusações injustas, gastos irreflectidos…)
Clínica de ditados populares
Realizar uma pesquisa sobre ditados populares relacionados com o erro, acentuando
as 3 fases da auto-regulação da aprendizagem. Por exemplo: Não deve julgar-se a
árvore pela sombra que dá; A formiga é pequena, mas atravessa a montanha; É pre-
ciso olhar antes de saltar…
Desculpas esfarrapadas
Realizar um concurso da desculpa mais esfarrapada para algo negativo que tenha ocor-
rido: Má nota num teste, faltas sucessivas do TPC, atrasos repetidos às aulas, maltratar
um amigo, mentir e ser apanhado…
Estratégias de aprendizagem mais típicas…
Listar as estratégias de aprendizagem mais típicas e fundamentais para a prática de um
determinado desporto ou actividade artística, por exemplo, ballet, xadrez, bilhar, ping-
-pong, tocar um instrumento numa banda, dançar num rancho popular,…
Tópicos para discussão:
(I) ”Quando desistimos porque fracassamos, quem vence é o nosso orgulho ferido.”
(II) “Os erros ensinam-nos aquilo que precisamos de aprender.”
(III) “No Xadrez (…) na vida, para atingirmos um objectivo ou conquistarmos uma posi-
ção no terreno, é preciso priorizar etapas e antecipar consequências dos nossos
actos.”
(IV) “Nas aulas, expor apenas o suficiente, praticar muito e discutir sempre.”
Pistas de trabalho para o capítulo:
O Encontro do maravilhoso
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Reflectir, metacognitivamente, nas características da fase de planificação do
processo de auto-regulação da aprendizagem, e aplicar as aprendizagens realiza-
das às diferentes tarefas escolares e de vida.
Guião de leitura
PL E A
Apresentação da tarefa de avaliação deste livro proposta aos ”Clássicos”.
(p. 52)
PL E A
Apresentação de cada D. Quixote conta o Reflexão dos “Clássi-
um dos ”Clássicos”: A seu encontro com cos” sobre os capítu-
Eneida; D. Quixote de André reflectindo so- los e os recursos
la Mancha; Os Lusía- bre as consequências estilísticos utilizadas
das e Astérix, o Gau- do seu comporta- na fase de planifica-
lês. (pp. 53-55) mento impulsivo. ção deste livro.
(pp. 57-58) (pp. 55-59)
215
Propostas de actividades
Os “Clássicos” na primeira pessoa
Realizar uma pesquisa sobre A Eneida, D. Quixote de La Mancha, Os Lusíadas e sobre
os títulos da colecção Astérix. Identificar os autores, a época, os temas principais de
cada obra…
“Clássicos”, porquê? Documentário em directo
Desenhar um documentário sobre uma das obras mencionadas, ou outra, defendendo
a necessidade e a urgência de todos conhecerem o conteúdo e a mensagem dos
“Clássicos”.
Avaliação da fase de Planificação
Analisar uma determinada actividade ou acontecimento, descrevendo com detalhe os
diferentes aspectos da fase de planeamento.
Musa, minha Musa
Idealizar uma Musa e dirigir-lhe uma invocação alternativa à realizada pelo Testas, sob a
forma de poema, desenho, carta, canção, mensagem cifrada…
In medias res
Discutir o potencial motivacional da técnica: in medias res. Procurar/construir alguns
exemplos.
Discurso, discurso…
Organizar um pequeno discurso de 3 a 5 minutos tendo tido o mesmo tempo para o
preparar, não mais. Utilizar a estratégia do mapa de ideias para preparar a intervenção.
Os temas podem ser sugeridos pelo professor, por exemplo: A importância de tomar o
pequeno-almoço; a defesa dos direitos dos deficientes; estratégias para aumentar a
segurança rodoviária… ou outro escolhido pelos alunos.
D. Quixote e André
Enumerar as ideias principais da estória contada por D. Quixote e escolher uma
frase/ideia resumo do significado da mesma.
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Reflectir sobre os diferentes papéis exercitados nos diferentes contextos de
vida.
• Analisar a importância de relacionar o conhecimento de si próprio com diferen-
tes áreas de actividade profissional e outras.
• Organizar um corpo de informação substantivo e relevante para a construção de
um projecto pessoal.
• Definir auto-regulação da aprendizagem e aplicar este conceito em diferentes
contextos de vida.
216 • Valorizar a natureza das três fases do processo de auto-regulação da aprendiza-
gem e a sua aplicação nas diferentes tarefas de aprendizagem e de vida.
• Reflectir sobre o comprometimento pessoal no processo de aprendizagem, revi-
sitando os princípios PIPA.
Guião de leitura
PL E A
Testas fala sobre Testas e os colegas recebem a visita de Reflexão do Testas
o início do ano diferentes pessoas que lhes falam dos sobre a importância
lectivo e sobre seus papéis de vida. (pp. 63-66) de se equipar com
as escolhas vo- A propósito da “entrevista”, Testas e os diferentes compe-
cacionais emi- colegas falam do seu projecto: “estudar tências para enfren-
nentes. na primeira pessoa” dirigido a alunos do tar os desafios voca-
(pp. 61-62) 5.º ano. (pp. 66-68) cionais. (p. 66)
Propostas de actividades
Episódios cómicos
Relatar um episódio cómico relacionado com a aprendizagem na sala de aula ou no
seu estudo pessoal e dramatizá-lo.
O sistema educativo
Procurar informação sobre o sistema educativo. Procurar no serviço de Psicologia da
escola ou na Internet… informação sobre a organização do sistema educativo portu-
guês, identificando os diferentes nós do processo de tomada de decisão.
Escolhas vocacionais
Identificar os tópicos fundamentais para a escolha vocacional no final do 9.º ano.
Estudante: uma profissão
Discutir os diferentes papéis que desempenhamos: como profissionais; como cida-
dãos; como membro de uma família; de uma associação, de um clube… 217
Percursos educativos
Identificar as etapas do percurso educativo já alcançadas até à data, antecipando alter-
nativas para o futuro.
Uma entrevista com o Testas
Ensaiar uma entrevista com o Testas, a partir do conhecimento das anteriores narrati-
vas, listando perguntas e possíveis respostas.
Voluntários, precisam-se
Escrever uma notícia apelativa para um jornal, pedindo voluntários para trabalhar numa
associação à escolha. A associação pode ser inventada ou, após contactos prévios, ser
real. Em qualquer dos casos, apresentar resumidamente os objectivos e as principais
áreas de intervenção da associação escolhida.
Dossier voluntariado
Coleccionar as diferentes notícias, pedindo voluntários para trabalhar em associações
reais, e divulgar esse dossier pela escola. Envolver a associação de estudantes e de
pais de modo a alargar o impacto da campanha na comunidade educativa.
Novas máximas para o Profe “Máximas”
Investigar e escolher um conjunto de frases célebres associadas a situações escolares
que ajudem o profe “Máximas” na sua nova tarefa com os alunos de 5.º ano.
Auto-regulação em palco
Imaginar uma peça com diferentes personagens intervenientes no processo de auto-
-regulação da aprendizagem. Por exemplo, a auto-regulação, e as diferentes fases, mas
também outras personagens possíveis, tais como: o esforço, os objectivos, a procrasti-
nação, as listas CAF, os distractores… Escrever o guião, escolher o formato de apresen-
tação – fantoches, sombras, marionetas, musical, teatro… – e representar a peça para
colegas do mesmo ano ou, seguindo o exemplo do texto, para alunos mais novos.
Auto-regulação na Natureza
Analisar os comportamentos de um animal, ou da sua família, tentando identificar os
diferentes passos do processo auto-regulatório. O trabalho de pesquisa pode centrar-
-se nos comportamentos alimentares, nos comportamentos de reprodução… O pro-
duto pode ser apresentado sob diferentes formatos: fotografias, recortes, texto…
Sr. Rogério, Sr. Rogério, tss, tss, tss…
Resumir a história do Sr. Rogério, atribuindo-lhe um título. O que podemos aprender com
o exemplo desta personagem? Em que situações podemos actuar da mesma forma?
Auto-regulação na boca do povo
Listar ditados populares e expressões que resumam alguns conselhos auto-regulató-
rios. Por exemplo: “Mais vale prevenir que remediar”; “Quem quer bolota, trepa”…
Projecto de investigação sobre o estudo
Organizar um pequeno grupo de investigação para realizar entrevistas ou breves ques-
tionários sobre a utilização da sala de estudo da escola. O questionário pode incluir
itens, tentando avaliar aspectos, tais como: motivos que levam os alunos à sala de
estudo, tarefas e actividades mais frequentes, anos de escolaridade mais representa-
dos entre os utilizadores da sala de estudo, tempo médio de frequência, tipo de livros
consultados e sua frequência, propostas de alteração das rotinas da biblioteca… Este
estudo, depois de analisado, deve ser apresentado à comunidade educativa, por
exemplo no jornal da escola ou através de um pequeno folheto. Se esta investigação
for repetida no final do ano, os dados serão mais ricos e poderão ser também analisa-
218 das as alterações e os seus porquês.
Afinal o que significa a auto-regulação?
Definir em poucas linhas os diferentes conceitos relacionados com a auto-regulação da
aprendizagem. Comparar as diferentes propostas surgidas na turma e escolher as que
melhor caracterizam os conceitos.
A parábola da maçã
Explicar o significado da “parábola da maçã” descrita no texto, aplicando as conclusões
a tarefas e a comportamentos concretos.
A parábola da maçã volta a atacar
Discutir as implicações concretas na sala de aula e na aprendizagem dos alunos de um
estilo educativo orientado pela “parábola da maçã”. O que mudaria? Nos comportamen-
tos dos professores, dos alunos, dos pais, na organização do espaço, das salas de aula?
PIPA revisitados
Os princípios PIPA foram introduzidos nas (Des)venturas do 5.º ano, acompanhando,
pela sua importância estruturadora, todas as narrativas do Testas. Propomos uma nova
discussão destes princípios, reflectindo sobre a sua pertinência, oportunidade, desafios
que colocam… Esta discussão deve focalizar, sobretudo, as suas implicações para a
aprendizagem de um aluno do 9.º ano. Este trabalho pode ser concretizado por exem-
plo, num breve resumo, a ser apresentado numa conferência de imprensa.
Investigar o estudar
Montar uma investigação, tentando perceber como estudam os alunos da escola. Esco-
lher o grupo alvo. Escrever as questões: Onde estuda habitualmente? Com quem?
Quanto tempo? Principais dificuldades… No final, realizar um pequeno relatório.
Moeda de auto-regulação
Conceber um desenho para as faces da moeda ou para as notas de auto-regulação,
tendo em consideração, entre outros aspectos, que este conceito é caracterizado por
dois princípios que caminham a par: Will & Skill (Motivação & Conhecimento).
Auto-regular para crescer
Comentar a afirmação do texto, listando no quadro as diferentes propostas de res-
posta: “Auto-regular a aprendizagem quer dizer que todos podemos assumir o controlo
do nosso processo de aprendizagem. Como?” Testas, o Lusitano, p. 74.
Ulisses e o Ciclope, eu e os meus objectivos
Recordar os passos auto-regulatórios seguidos por Ulisses na sua aventura na Ciclópia,
e transferir essa aprendizagem para factos ou acontecimentos da própria vida.
Tópicos para discussão:
(I) Estudar como uma preparação para o trabalho.
(II) Desleal é aquele que se despede quando a noite escurece.
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Definir planificação como um processo de auto-regulação da aprendizagem e 219
aplicar este conceito em diferentes contextos de vida.
• Analisar a importância das listas CAF como auxiliar no processo de aprendiza-
gem e exercitar a sua aplicação a situações concretas de aprendizagem.
• Reflectir sobre as consequências da planificação das tarefas e a sua relação
com os seus objectivos.
• Definir, saber como e quando aplicar as estratégias de aprendizagem relativas à
fase de planificação.
• Recordar/conhecer os diferentes distractores, internos e externos que compe-
tem com a sua centração na tarefa.
Guião de leitura
PL E A
A “Planificação” em discurso directo. (p. 80)
Recordação das listas CAF (p. 81) e da experiência do mistério-da-
-pedra. (pp. 78-87)
Carta de D. Antonieta (pp. 87-90)
PL E A
D. Antonieta apresen- Pormenores da orga- Reflexão sobre a im-
ta-se e revela a sua nização da festa. portância de cuidar to-
intenção de organizar A morte da D. Anto- dos os pormenores.
uma festa. nieta.
Propostas de actividades
Olá, sou a Planificação
Escrever um texto, uma letra para uma canção conhecida, pintar, narrar um conto…
que possa ilustrar a verdadeira natureza da fase de Planificação do processo de auto-
-regulação da aprendizagem.
Lemas da Planificação…
Organizar um conjunto de lemas que possam exemplificar a fase de planificação, por
exemplo: “Pensar antes, ajuda no depois.”
Listas CaF
Defender, perante uma plateia de alunos do 7.º ou do 8.º anos, a importância de reali-
zar Listas CaF (Coisas a Fazer). Como? Porquê? Para quê? Realizar listas CaF.
Uma pedrada no charco
Recordar o episódio das pedras num boião, primeiramente apresentado nas (Des)ven-
turas do 6.º ano, e relê-lo, pensando quais são, actualmente, as pedras, a gravilha, a
areia e a água que preenchem a vida de cada um.
Lições esculpidas em pedra
Analisar estas duas “lições”:
(I) As coisas mais importantes devem ser as primeiras.
(II) Se encontrarmos a ordem certa nas coisas que fazemos, há sempre lugar para tudo.
O mistério da pedra esconderá mais alguma lição?
Objectivos dos objectivos
Estudar a regra CRAva dos objectivos, e analisar propostas de objectivos sugeridos
pelos alunos, decidindo se estes respeitam a regra e, caso não o façam, o que seria
necessário modificar para que pudessem ser designados como tal.
220 O testamento de D. Antonieta: uma moral mortal
Responder à questão com que termina esta estória: “Porque é que vos contei esta estória?”
O testamento de D. Antonieta e a minha vida
Pensar nas implicações para a vida de cada um das aprendizagens construídas a partir
desta estória.
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Definir “execução” como um processo de auto-regulação da aprendizagem e
aplicar este conceito em diferentes contextos de vida.
• Reflectir sobre as consequências da execução das tarefas e sobre a sua relação
com os seus objectivos.
• Reconhecer, saber como e quando aplicar as estratégias de aprendizagem relati-
vas à fase de execução.
Guião de leitura
PL E A
A “Execução” em discurso directo. (p. 92)
Recordação da “estória” do Cavalo de Tróia (pp. 93-95)
PL E A
Análise da fase de Análise da fase de Análise da fase de
planificação do episó- execução do episó- avaliação do episódio.
dio. dio. Explicação de
“Monitorização”.
Propostas de actividades
O Cavalo de Tróia
Recordar o episódio descrito e discutir os diferentes significados de “Cavalo de Tróia”
na linguagem comum. Por exemplo, questionando pessoas próximas sobre o seu
entendimento. Discutir a utilização de possíveis “Cavalos de Tróia” em aspectos da
nossa vida, para podermos alcançar os nossos objectivos. Por exemplo, que “Cavalo de 221
Tróia” poderia ser instalado nos comportamentos de preguiça para estudar, para cola-
borar nas tarefas de casa, para ajudar um amigo, para arrumar o quarto?
Olá, sou a Execução
Escrever um texto, a letra de uma canção, pintar, desenhar um logotipo, narrar um
conto… que possa ilustrar a verdadeira natureza da fase de Execução do processo de
auto-regulação da aprendizagem.
Monitorizar
Definir monitorizar e, em diferentes tarefas de estudo e de aprendizagem, exemplificar
o que significaria utilizar esta estratégia de aprendizagem.
Mais, Além
Representar a peça apresentada, recorrendo a fantoches, sombras ou a outra técnica
considerada apropriada. Posteriormente à apresentação da peça, proporcionar um
espaço de reflexão, por exemplo, distribuindo uma folha com uma pergunta do tipo:
Esta peça fez-me pensar em…
Lâminas com moral?!
Escolher uma moral para esta estória e discutir o seu conteúdo.
Lâminas da minha vida
Transferir esta aprendizagem para outros contextos de vida. Como cuido das minhas
“lâminas” na escola, com os meus amigos, em casa, nas actividades desportivas…
Uma imagem vale mais do que 1000 palavras
Procurar exemplos que confirmem este velho adágio e também o novo adágio suge-
rido no texto: uma estória vale mais do que 1000 palavras.
Pistas de trabalho para o Livro VII:
Testas e o Caldeirão
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Definir avaliação como um processo de auto-regulação da aprendizagem e apli-
car este conceito em diferentes contextos de vida.
• Reflectir sobre as consequências da avaliação das tarefas e a sua relação com
os seus objectivos.
• Analisar e interpretar os verbos de partida das questões nos exercícios escritos.
• Reconhecer, saber como e quando aplicar as estratégias de aprendizagem relati-
vas à fase de avaliação.
Guião de leitura
PL E A
A “Avaliação” em discurso directo. (p. 105)
PL E A
Proposta do Rei Contribuição de ca- Apresentação do resultado
222 aos seus súbditos. da um dos habi- final e reflexão sobre os
tantes. motivos de tal resultado.
Propostas de actividades
Olá, sou a Avaliação
Escrever um texto, a letra de uma canção, pintar, narrar um conto… que possa ilustrar
a verdadeira natureza da fase de Avaliação do processo de auto-regulação da aprendi-
zagem.
Uma pipa cheia de… mensagem
Analisar as ideias principais desta estória-mensagem e discutir o seu conteúdo.
Qualidade, qualidade, qualidade!!!
Defender, com argumentos, a qualidade do trabalho escolar desenvolvido por cada aluno
em particular, pela turma, pela escola... Os alunos podem recorrer aos diferentes recursos
estilísticos utilizados nesta ferramenta:
(I) a externalização. Por exemplo, o lápis, a caneta, as cadeiras, as carteiras, ou ainda
o quadro da sala de aula poderiam expor a sua posição sobre o processo de
ensino-aprendizagem.
(II) contraditar o avesso do texto. Neste caso, poder-se-ia imaginar um cenário de
aprendizagem do avesso, e transmitir a mensagem para que esta seja analisada
em espelho.
Inquérito sobre estratégias de revisão da informação
Realizar uma investigação aos alunos da turma, do mesmo ano, ou de outros anos de
escolaridade…, sobre as estratégias de revisão da informação mais utilizadas pelos
alunos, na sua preparação para os testes ou provas de avaliação escolar.
Os resultados, tal como já foi sugerido, devem ser apresentados à comunidade educa-
tiva.
Reflexão em directo
Completar o seguinte texto…
Olá, sou a Reflexão. Eu sei que tenho andado muito arredada da vossa vida, mas a ver-
dade é que a minha tem sido difícil, muito difícil… Ninguém tem tempo para mim, nin-
guém…
Testês para todos
Estudar a linguagem Testês – a forma de, num teste, serem apresentadas as questões
– de modo a que os alunos possam interpretar correctamente os verbos de arranque
das perguntas dos exercícios escritos. Identificar os verbos de arranque mais comuns
nos testes e provas de avaliação. A partir dessa lista de verbos, sugerir exemplos de
perguntas.
Erros de principiante…
Discutir os erros mais típicos cometidos pelos alunos na realização de um exercício
escrito. Por exemplo: precipitação na resposta; não dividir o tempo pelas questões;
começar a responder ao exercício sem ler primeiro todo o teste; chegar atrasado; não
ter uma caneta de reserva; esquecer-se das folhas de teste… Posteriormente, numa
lógica preventiva, para cada erro assinalado, propor comportamentos adequados.
E se o Teste nos falasse na fase de… Planificação
Analisar as sugestões do texto sobre a fase de planificação de Teste: um “antes do
Teste” e um “imediatamente antes do Teste”, identificando etapas em cada uma das
223
duas subfases.
E se o Teste nos falasse na fase de… Execução
Dividir a turma em dois grupos: o primeiro responsabilizado por elaborar questões que
podem assaltar os alunos durante a fase de execução do Teste, por exemplo: O que
deves fazer durante o teste? Que comportamentos evitar? Que pensamentos, Que difi-
culdades?...
Simultaneamente, o outro grupo tenta construir respostas às questões que, segundo eles,
preocupam mais significativamente os alunos.
Num segundo momento, os dois grupos devem apresentar os seus trabalhos e discutir
as eventuais discrepâncias.
Tópicos para discussão:
(I) “A última etapa era a avaliação do teste, tudo o que ocorre depois da realização.
Alguns colegas sugeriram que esta fase não fazia sentido. Depois de realizarmos o
teste, já tinha terminado tudo, argumentavam.”
(II) ”A professora Lídia ajudou-nos a concluir que se não investigarmos os porquês dos
nossos erros, na oportunidade seguinte, voltarão a acontecer.”
Pistas de trabalho para o Livro VIII:
Testas e o Adivinho
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Analisar os diferentes formatos de apresentação de um problema.
• Recordar, estudar com atenção, os passos da resolução de problemas.
• Aplicar os passos de resolução de problemas a situações problemáticas concretas.
• Identificar os erros mais típicos no processo de resolução de problemas e anali-
sar estratégias para os combater.
Guião de leitura
PL E A
A auto-regulação volta a aparecer e fala na resolução de problemas. (p. 110)
Propostas de actividades
224 Os passos de resolução do problema
Recordar, estudar com atenção, os passos da resolução de problemas descritos no
texto.
Impressões digitais dos problemas
Discutir esta afirmação, procurando que os alunos identifiquem as diferentes impres-
sões digitais dos seus problemas.
Exterminador de problemas
Resolver o seguinte problema, individualmente ou em pequenos grupos.
“O André respondeu pela enésima vez que, por estranho que pudesse parecer, não
conseguia encontrar o seu TPC. Tinha-o realizado no dia anterior e estava quase certo
de o ter trazido para a escola. Defendia-se com convicção, desfolhando vigorosamente
os seus cadernos e livros, embora o tom da sua voz fosse humilde. A turma estava
agitada, mas mesmo assim, André pôde observar que a professora abanou repetida-
mente a cabeça enquanto o ouvia, não conseguindo evitar que a dúvida, transpare-
cesse na sua expressão facial. A aula seguiu o seu curso. No dia seguinte, logo às
08:30 da manhã, André procurou a professora e entregou-lhe finalmente o trabalho.
Explicou-lhe que, afinal, sempre o tinha trazido no dia anterior, “tinha-se escondido
entre a página 17 e a 18 do livro de Matemática”. A professora respondeu-lhe que…
Desempenhe o papel de exterminador de problemas, respondendo à questão lançada.*
* O André está a faltar à verdade. Entre a página 17 e a 18 não é possível colocar uma folha, uma
vez que uma página ímpar e uma par estão sempre emparelhadas. Só é possível colocar uma
folha entre uma página par e uma ímpar, uma vez que as páginas pares estão sempre no lado
esquerdo e as ímpares do lado direito.
Exterminador de problemas volta a atacar
Construir ou procurar um problema e apresentá-lo aos colegas. Do grupo de problemas
apresentado devem ser escolhidos aqueles que possam ser propostos como proble-
mas do mês na escola.
Problemas dos problemas
Identificar as principais dificuldades e erros cometidos na resolução de um problema
concreto. Por exemplo, não compreender o problema, iniciar a resolução sem um
plano, sugerir apenas uma alternativa de solução, não confirmar a resposta encon-
trada…
O guardião de problemas
Reler o problema apresentado no texto: “Há muito, muito tempo, numa terra desco-
nhecida (…).” (Testas, o Lusitano, p. 124)
Propor diferentes alternativas de resposta, sinalizando as diferentes fases do processo
de resolução do problema, mesmo sem chegar a uma resposta definitiva. **
Lista dos erros mais típicos
Realizar uma lista com os erros mais típicos na resolução de problemas. Para facilitar a
pesquisa, os erros podem ser indexados a cada uma das fases do processo auto-regu-
latório estudadas. Por fim, devem ser sugeridas estratégias para evitar esses mesmos
erros.
Tópicos para discussão:
(I) “Nessa altura, discutimos que os problemas podem ter muitas caras.”
(II) “Estudar é muito, mas pensar é tudo.”
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Reflectir, metacognitivamente, nas características da fase de execução do pro-
cesso de auto-regulação da aprendizagem, e aplicar as aprendizagens realizadas
às diferentes tarefas escolares e de vida.
Guião de leitura
PL E A
Os “Clássicos” conversam sobre os livros e sobre os recursos estilísticos
relativos à fase de execução. (pp. 126-132)
Os Lusíadas conta o episódio do Adamastor. (pp. 126-129)
A Eneida relata o episódio de Dido e Eneias. (pp. 129-130)
Avaliação final desta fase a cargo de D. Quixote de la Mancha. (pp. 131-132)
CDT-EEDT-15
Propostas de actividades
Os gigantes também choram
Discutir os motivos invocados pelo Adamastor para perturbar os navegadores portugue-
ses. É possível ficar zangado com a audácia, com a eficácia dos demais? Discutir a ques-
tão, procurando exemplos concretos.
Memórias
“Em Os Lusíadas, Vasco da Gama aproveita a pergunta do rei de Melinde para narrar a
História de Portugal, e, eu própria, exalto o destino histórico de Roma e os seus feitos
imperiais à boleia do pedido de Dido, à rainha de Cartago, durante um banquete em
honra de Eneias. O Testas, por seu turno, optou pela entrevista como uma solução
estilística para recordar a sua história e, desta forma, colar-se à estrutura dos clássi-
cos.” Testas, o Lusitano, p. 131
Relatar uma história de vida, própria, de outrem ou construída. Para a ilustrar pode ser
escolhido um quadro, uma canção, uma entrevista, uma carta, um testamento… Dis-
cutir as razões subjacentes à escolha do formato de apresentação, mas também o seu
conteúdo.
Avaliação da fase de Execução
Analisar uma determinada actividade ou acontecimento, descrevendo com detalhe os
diferentes aspectos da fase de Execução.
Tópico para discussão:
“Um cavaleiro andante sem amada é ‘uma árvore sem frutos ou folhas, e um corpo
sem alma’.”
226
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Reflectir sobre a importância da ordem na aprendizagem escolar e na vida.
• Antecipar consequências a curto, médio e longo prazo de um estilo comunica-
cional sem regras em que cada qual pode assumir-se como quiser.
• Transferir o processo PLEA para educação para a saúde, nomeadamente à dieta
alimentar.
• Projectar no tempo as consequências de uma determinada opção.
• Reflectir sobre as diferentes formas de alheamento da realidade e suas conse-
quências.
• Aplicar a novas situações, alguns dos recursos estilísticos trabalhados ao longo
das (Des)venturas.
Guião de leitura
PL E A
Testas e os colegas conversam a propósito de mais uma Testas reflecte
pergunta da entrevista. (pp. 134-135) sobre as rela-
Testas troca e-mails com Cleópatra. (pp. 135-138) ções familiares.
Testas apresenta o episódio da “surdez” da mulher do Sr. (pp. 138-139)
Alberto. (pp. 140-141) Reflexão final
Testas conta a Cleópatra a história do rei Midas. (pp. 143- do Testas so-
-145) bre a comuni-
cação escondi-
PL E A da atrás do
Midas presta Baco propõe-lhe um Arrependimento de ecrã de com-
um favor a presente à escolha e Midas e anulação putador.
Baco, aco- Midas decide, transfor- do encanto. (p. 148)
lhendo um mando tudo o que toca
seu amigo. em ouro.
Cleópatra conta a Testas os seus problemas com a alimen-
tação. (pp. 145-147)
Propostas de actividades
Máscaras atrás de um ecrã
Discutir o impacto nos adolescentes, a curto, médio e longo prazo, de uma comunica-
ção através de e-mails ou num chat, sem regras, horários, e nome definido.
E-mail aberto para a Cleópatra 227
Escrever uma mensagem para Cleópatra sobre as suas relações com os pais. O que é,
afinal, o conflito de gerações? O conflito de gerações é inevitável? Como contornar?
Ordem no quarto, ordem na cabeça
Um importante filósofo definiu a ordem como a “disposição das coisas iguais e desiguais
na qual cada uma ocupa o seu lugar”. Discutir a afirmação relacionando a desorganização
num determinado âmbito da vida com a desorganização noutros domínios. A desordem
no quarto está relacionada com desordem noutros aspectos da vida escolar? Quais?
Como?
Lenda grega
Procurar a lenda grega da caixa de Pandora e realizar um resumo do seu conteúdo.
Secas do Resto
Ajudar o Resto que necessita urgentemente de novas anedotas secas. Atenção!
As anedotas ou piadas têm de estar relacionadas com a aprendizagem.
Surdez, sur quê?
Explicar as possíveis razões da escolha deste episódio cómico, mas recheado de con-
teúdo. Discutir o seu significado, assim como, em que medida também nós, em dife-
rentes aspectos da nossa vida, nos podemos fazer de surdos.
Midas, para que te quero…
Conta um velho adágio que quando Deus quer enlouquecer alguém, concede-lhe todos
os seus desejos.
Identificar as ideias principais da estória do rei Midas, e discutir as suas implicações
para a vida.
O exercício desejante
Colocar-se no papel de Midas, e pedir outro desejo a Baco. Explicitar o desejo e tam-
bém os motivos da escolha.
www.distúrbiosalimentares.com
Procurar sítios na Internet com informação sobre distúrbios alimentares. Resumir as
características dos diferentes distúrbios: anorexia, bulimia… Trocar entre os colegas as
informações recolhidas e, se existirem, os handouts recolhidos.
Alçapão versus Fome
Alçapão é o nome do apetite devorador da Cleópatra. Escrever um possível e-mail que o
Alçapão poderia dirigir à Fome. Dramatizar este diálogo.
Dietas
Dieta é um regime alimentar. Pesquisar informação e discutir as características de uma
dieta alimentar equilibrada para jovens adolescentes. Pedir ajuda para orientação das
pesquisas ao(à) professor(a) de Ciências ou no Centro de Saúde da tua área. Elaborar
um dossier com os diferentes trabalhos apresentados.
Competências específicas
228 No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Reflectir sobre o papel de cada um na construção da Paz.
• Analisar a importância de uma boa preparação escolar para, posteriormente,
poder desempenhar um papel profissional competentemente.
• Projectar a importância de um equipamento robusto em competências, de modo
a poder enfrentar diferentes cenários de vida.
• Enunciar os objectivos pessoais estabelecidos e avaliar a sua relação com os
respectivos projectos de vida.
Guião de leitura
PL E A
Apresentação de Entrada do diário dirigida a Kitty. Reflexão sobre a valori-
um trabalho de (pp. 151-158) zação de pormenores e
projecto em torno Referência à vida de Thomas More e a necessidade de ante-
da paz. Testas e seu estilo educativo. (pp. 152-158) cipar consequências.
os amigos deci- Anne Frank refere uma fábula-mensa- (p. 153)
dem escrever no- gem sobre os tolos que Thomas More Breve reflexão de Anne
vas entradas no terá recebido para o demover das Frank sobre o respeito
diário de Anne suas intenções e também o conto- de More pela sua cons-
Frank. (p. 150) -resposta de More. (pp. 155-158) ciência. (p. 158)
Propostas de actividades
Projecto Paz
Elaborar um projecto para promover a Paz. Para a sua realização, os alunos podem
recorrer aos mais diversos materiais.
Biografias pela Paz
Pesquisar informações sobre a vida de Anne Frank ou de outra personagem que tenha
contribuído para a construção da Paz: Martin Luther King; Ghandi; São Francisco de
Assis…
Prémios Nobel da Paz
Pesquisar os diferentes prémios Nobel da Paz e realizar um breve resumo dos motivos
principais para a atribuição do prémio.
Carta aberta a Anne Frank
Escrever uma carta aberta a Anne Frank, abordando algumas das questões que vêm
relatadas nas páginas do diário ou outras que o próprio considere importantes.
Guerra, mas só às incompetências
“Devora as tuas incompetências ao almoço antes que elas o façam ao jantar.” É um
ditado popular modificado de um outro pertencente à cultura árabe: “Elimina o teu ini-
migo ao almoço antes que ele o faça ao jantar”. A partir do mote que sugerimos, procu-
rar outros ditados que declarem “guerra”, mas apenas às próprias incompetências.
Guerra, mas só às incompetências I
Identificar um grupo de 3-5 incompetências às quais declarar “guerra”. Conceber um
processo de ataque, respeitando a PLEA (Planificação, Execução e Avaliação) e explici-
tando cada um dos seus passos.
Questões sem ponto final
Comentar… 229
“Em liberdade, quando nos podemos deslocar à vontade na rua, nem pensamos na impor-
tância que um livro pode ter para quem está isolado e necessita de poder voar à boleia de
umas linhas. Eu também nunca tinha dado tanto valor aos livros e às leituras como agora.
Nunca tinha ligado à água que sai das torneiras, ao ar que respirava, à fruta que comia, aos
cadernos que preenchia desleixadamente. Será que só conseguimos apreciar devida-
mente o que já não temos? Quando já não o podemos? Será este um fado da humani-
dade?” (Testas, o Lusitano, pp. 152-153)
Equipado para o que der e vier
Discutir o alcance na vida de cada um destes desabafos:
“Se me dissessem tudo isto, e o que omito por pudor envergonhado, responderia que
não aguentaria tal situação. Será este o significado da velha expressão: “a vida dá muitas
voltas”? Se isto é mesmo verdade, talvez a solução seja equiparmo-nos para fazermos
frente ao que der e vier. Ter remos sempre a postos na embarcação, porque o vento
pode desligar-se quando menos esperarmos.” (Testas, o Lusitano, p. 153)
A parábola dos tolos
Analisar a parábola apresentada no texto e discutir o seu significado e importância para
construir vidas com vida.
Um feijão com “sumo”
Thomas More contou a estória de Diógenes e do feijão para ilustrar que tinha “um
grande respeito pela sua consciência, não estando disposto a vendê-la por nada deste
mundo”. Procurar um outro conto ou episódio da História Universal.
Tópico para discussão:
“cada rosa tem os seus espinhos”
Pistas de trabalho para o Livro XI:
Testas na Bretanha
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Reflectir sobre os diferentes ideais e objectivos e que comandam a sua vida.
• Analisar os comportamentos pessoais e as suas repercussões nos seus projec-
tos de vida.
• Analisar o tempo disponível, o tempo gasto nas diferentes actividades e tam-
bém o tempo perdido, retirando consequências.
• Projectar consequências dos nossos comportamentos pessoais na vida dos
demais.
• Realizar mapas de ideias, organizadores de informação.
Guião de leitura
PL E A
Primeira carta de Anne Frank para Thomas More. (pp. 160-170)
PL E A
Primeiros tem- Tarefas realizadas: es- Reflexão sobre a sua pri-
pos da “opera- crita do diário... são, mas também sobre a
230 ção mergulho” A estória das colheres. necessidade de existirem
regras na casa.
Propostas de actividades
O Tempo
Procurar definições, poemas ou ditados populares sobre o tempo.
À procura do Rasto do Tempo Perdido
Recordar esta actividade já proposta no 6.º ano e procurar identificar o tempo gasto na
realização das diferentes tarefas de vida, o tempo perdido. A contabilização de tempo
facilita a confrontação e a retirada de consequências.
Diálogos sem fronteiras
Imaginar trocas de correspondência entre diários de pessoas mais e menos célebres.
A exemplo do texto apresentado, ilustrar o contexto de vida de cada uma das persona-
gens intervenientes e os motivos da escolha dessa correspondência.
Diário para o futuro
Escrever uma entrada de diário que descreva as actuais condições de vida dos alunos,
focalizando o texto nas questões escolares: desafios, dificuldades… de modo a que
uns anos mais tarde, através da leitura do texto, seja possível obter uma radiografia
muito aproximada do agora vivido.
Mapa de ideias
Realizar um mapa de ideias tendo o tempo, a amizade, o esforço, a luta por ideias…
como palavra de partida.
Super colheres, superfome
Discutir o significado da estória apresentada neste livro.
Balão de ensaio para a carreira
Analisar em que medida o que fazemos hoje, na escola, nos nossos hobbies..., é
importante para o que faremos amanhã, do ponto de vista profissional.
Tópicos para discussão:
(I) “como tenho ocupado o tempo”;
(II) a frase de Erasmo: “nenhum homem pode sofrer mal algum se não vindo de si próprio.”
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Reflectir sobre os diferentes ideais, objectivos, que comandam a sua vida.
• Analisar os comportamentos pessoais e as suas repercussões nos seus projec-
tos de vida.
• Valorizar a importância de estar informado, e reflectir, antes de tomar uma decisão.
• Sublinhar alguns aspectos preponderantes no percurso pessoal.
Guião de leitura
PL E A 231
Testas apresen- Segunda carta de Anne Frank para Thomas Reflexão do Tes-
ta um outro pro- More. (pp. 173-176) tas e colegas so-
jecto sobre a bre os dados do
Paz. (pp. 176- PL E A abaixo assinado.
-177) Reflexão de Anne Frank sobre a (p. 180)
guerra, a paz e ainda sobre a
sua contribuição. (pp. 174-176)
Final da entrevista. (pp. 180-182)
Propostas de actividades
Cartas por um ideal
Realizar um cartaz, escrever uma carta ou uma mensagem defendendo um ideal.
Anotações de um diário
Partilhar pensamentos com o Diário de Anne Frank, a exemplo da proposta do texto…
“Fortuna, fama, tudo podes perder, mas a felicidade do coração, ainda que por vezes
esteja obscurecida, torna a vir enquanto viveres. Enquanto puderes erguer os olhos
para o Céu, sem medo, saberás que tens o coração puro, e isto significa felicidade.”
(Testas, o Lusitano, p. 174)
Livros com História
Procura ler ou encontrar informações sobre o livro de Harriet Stowe: A Cabana do Pai
Tomás. Discutir com os colegas o resultado dessa leitura/pesquisa.
O meu “mais” no mundo
Listar algumas das contribuições possíveis para a construção de um mundo melhor:
mais saudável, mais justo, mais solidário, mais profissional, mais cidadão, mais…
Paz sem meter água
Replicar o projecto descrito no texto, analisar os dados recolhidos e discutir as suas
implicações para a nossa vida.
Baptizar o projecto
Atribuir um nome ao projecto descrito no texto, justificando o porquê da escolha.
Entrevistas com História
Utilizar o guião de entrevista apresentado no texto e responder, assumindo o papel de
uma personagem à sua escolha.
Entrevista on line
Estabelecer um guião alternativo de questões e responder pelo Testas. Escolher na
turma a entrevista “mais Testas”.
Tópicos para discussão:
(I) “(…) não quero pendurar a alma com um alfinete nas costas de ninguém.”
(II) “À nossa volta, vejo guerra, ouço guerra, onde está a paz? Será que a procuramos
fora quando ela se esconde dentro de nós?”
(III) “Espero aproveitar, como tu o conseguiste na torre de Londres, a oportunidade de
estar aqui neste anexo para poder ler, reflectir e crescer como pessoa. Tenho de
lutar muito contra a minha impaciência para poder aproveitar esta estadia, enca-
rando-a como uma oportunidade, não como uma perda de tempo. Aprendi isto
contigo, espero conseguir vivê-lo.”
(IV) “Discutimos nessa aula quão influenciáveis podemos ser, e também algumas con-
sequências desta verdade nas nossas vidas. Falámos da moda, das músicas, dos
programas televisivos, dos telemóveis de última geração, das revistas, do “ter”
sempre mais e mais, que, tantas vezes, atropela o “ser.””
232 (V) “(…) ‘pelo sonho é que vamos’ (…).”
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de:
• Reflectir, metacognitivamente, nas características da fase de avaliação do pro-
cesso de auto-regulação da aprendizagem, e de aplicar as aprendizagens realiza-
das às diferentes tarefas escolares e de vida.
Guião de leitura
PL E A
Diálogo entre os Clássicos sobre a fase de avaliação (pp. 184-188)
PL E A
D. Quixote conta o episódio da sua luta Conclusão final a car-
contra os moinhos de vento. go do Astérix.
Os Lusíadas conta o episódio dos Doze Sorriso final da Musa.
de Inglaterra.
Propostas de actividades
O triunfo de ousar
Comentar a afirmação do D. Quixote: “Também o Testas exalta o triunfo de ousar, não
necessariamente o de vencer.” (Testas, o Lusitano, p. 185)
A viagem de Magriço
Imaginar que é o pajem de Magriço. Ajudá-lo a planificar a viagem desde a terra onde
se encontra até aos arredores de Londres, onde decorrerá o confronto com os cavalei-
ros ingleses. Não esqueçer o século em que agora “vive”…
Os “Clássicos” despedem-se
Escrever o texto de despedida que cada um dos livros “Clássicos” que participaram
nesta (Des)ventura poderia ter escrito ao Testas. Sublinhar as três fases do processo
auto-regulatório.
A escolha da musa
Escolher a estória, de entre todas as que foram lidas neste livro, que recolhe a prefe-
rência da musa. Explicar o motivo que presidiu à opção.
Competências específicas
No final, o aluno deverá ser capaz de: 233
• Reflectir sobre as aprendizagens realizadas ao longo do ano.
• Sintetizar, seguindo o processo de tomada de decisão, uma mensagem sobre o
projecto (Des)venturas.
Guião de leitura
PL E A
Despedida final da família do Testas e escolha da frase final do pro-
jecto. (pp. 189-190)
Propostas de actividades
Adeus Testas
Enviar um adeus ao Testas. Escolher a forma de envio e explicar o conteúdo e o sen-
tido das mensagens.
Frase da despedida
Escolher, a exemplo da família do Testas, uma frase final. De entre todas as sugeridas
na turma, escolher a mais representativa.
E
Exploração e avaliação dos conteúdos
do projecto (Des)venturas do Testas
Ficha de auto-avaliação
Estudo Acompanhado
Período Data - -
Aluno
os objectivos.
A partir dos resultados, se for
necessário, modifico as estra-
tégias que estou a utilizar.
Reflicto sobre tudo o que
aconteceu para tomar novas
decisões.
Comentário
Cotação
Questão 1 3
Questão 2 4
Questão 3 4
Questão 4 2
Soma 13
CDT-EEDT-16
Questões relativas à fase de Execução
RESPONDE, TENDO EM ATENÇÃO TODAS AS
DISCIPLINAS (1) (2) (3) (4) (5)
Costumo...
1. Cumprir um horário de estudo que fiz. Se não o cumpro,
penso porque é que isso aconteceu e tiro conclusões para X
depois avaliar o meu estudo.
2. Tentar compreender as matérias quando estudo, tirar
apontamentos, fazer resumos, resolver exercícios/perguntas X
que vêm nos livros, fazer perguntas sobre as matérias…
3. Guardar e analisar as correcções dos trabalhos/testes, para
ver onde errei e para saber o que tenho de mudar para melhorar. X
4. Pensar em coisas concretas do meu comportamento na
sala de aula e na forma como estudo em casa para poder
atingir os meus objectivos.
Por exemplo, se tenho apontamentos das aulas que não estão X
muito bem, se fui chamado(a) algumas vezes à atenção pelos
professores, se as notas estão a baixar, penso no que tenho de
fazer para melhorar.
5. Procurar um sítio calmo e onde esteja concentrado para
poder estudar.
242 Por exemplo, quando estou a estudar, afasto-me das coisas X
que me distraem: da TV, das revistas de quadradinhos, dos
jogos de computador...
Questão 1 3
Questão 2 4
Questão 3 4
Questão 4 5
Questão 5 3
Soma 19
P
Palavras finais