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Previsão constitucional
Estrutura
Diferença de identidade
Critérios de concretização
Caráter relativo – desonerações extrafiscais
Analogia
Extensão de desonerações anti-isonômicas
Igualdade horizontal e vertical
A discusssão que se tem hoje em dia sobre o IR é se as verbas são remuneração ou não
(tributáveis ou não). Princípio está previsto na CF. Igualdade na lei tributária. Vedação a
tratamento diferenciado.
Qual é a estrutura da igualdade? Sempre que se afirma que algo ou alguém é igual a
outro algo, se faz um juízo de três elementos. Critério de comparação. A igualdade
sempre terá essa estrutura. Alguém é igual a outra pessoa segundo um critério. Esse
critério é definido pela finalidade da tributação. Por exemplo, a renda das pessoas não
é relevante para se as pessoas vão prestar ou não serviço militar. Para essa finalidade,
não se considera o critério renda. Vai se considerar a idade e o sexo da pessoa. Em
matéria tributária, renda é relevante, então a capacidade contributiva é relevante para
o pagamento de impostos. As pessoas serão iguais ou não pelas manifestações de
capacidade contributiva. A finalidade de pagar impostos em geral vai levar a critério
fundamental de comparação de capacidade contributiva. Há outros critérios para certos
tributos. Na taxa, se dá ênfase à atuação estatal, mas pode exonerar a pessoa pela baixa
capacidade contributiva. Um critério que não consideramos adequado para uma
situação pode ser relevante para outra.
Professor: tese de doutorado. Acha que o princípio da igualdade não tem caráter
absoluto e não se restringe à proibição de arbitrariedade. O conteúdo, então, é mais
amplo, a afim de ver se as restrições são legítimas no caso concreto. Aplicação da teoria
externa, segundo o professor.
Questão da analogia é outro flanco aberto. Aplicação do direito como norma que se
direciona a um caso para outro caso diferente, pois esses casos são juridicamente iguais.
O fundamento da analogia é a igualdade. Aplicação analógica pois a norma diferente é
igual à norma consagrada pelo legislador. Basicamente, posso dizer, como no caso da
prestação de serviço, havendo a norma do ISS, que uma empresa presta serviço
diferenciado de leasing. Serviço x leasing. Leasing seria qualificado como serviço,
segundo o STF. Professor não concorda. ISS não se aplica para o leasing, pois leasing não
seria serviço (entendimento do professor). O leasing é juridicamente relevante para a
prestação de serviço, pois as empresas que trabalham com leasing possuem capacidade
contributiva relevante e juridicamente iguais às empresas prestadoras de serviços.
Juridicamente iguais, aplica-se a norma do ISS às empresas que trabalham com leasing.
Locação de bens móveis. Não seria serviço (STF). A capacidade contributiva é igual,
então aplica-se a norma do ISS. Aplicação por analogia.
É vedada, no nosso sistema, pelo art. 108, § 1º, do CTN, a aplicação analógica de
tributos. Emprego da analogia não poderá resultar a exigência de tributo não previsto
em lei. Não se pode criar obrigação tributária por analogia. Não se estende norma
impositiva a outra situação não abrangida por meio da analogia. Não teria legitimidade.
A analogia é vedada pelo art. 108, § 1º, CTN, não podendo realizar a igualdade tributária
por meio da analogia. Situações que deveriam estar sujeitas ao mesmo tratamento e
não estão, e a administração não pode aplicar o mesmo tratamento, Judiciário
tampouco. Assim, se perpetua a desigualdade.
O substituído não tem relação com o fisco. Se fiscaliza o substituto. Recolhimento maior
e combate à sonegação. Torna impossível que o substituto sonegue. A sistemática de
subsunção tributária visa a promover a igualdade geral. Igualdade na aplicação da lei.
Muitas vezes vai contra a igualdade individual. Seria fruto da igualdade na lei. A
subsunção tributária vai promover a igualdade geral, todo mundo vai pagar tributo.
Assim se promove igualdade na aplicação da lei em detrimento da igualdade individual,
que seria promovida se o conteúdo legislativo fosse diferente. Tensão entre igualdade
geral e individual. O STF decidiu em favor da igualdade geral. A sistemática é legítima.
Direito à restituição da diferença quando o valor pago é menor que a base de cálculo
presumida. O valor de venda, se for menor, o substituído está sofrendo tributação
antecipada. No STF, se decidiu primeiramente que não haveria direito à restituição do
excesso. Finalidade de combate à sonegação. Se se permitisse que o valor de venda foi
menor por meio de nota, o fisco teria que analisar a idoneidade, trabalho do qual quer
se liberar. Entendimento adotado priorizando a igualdade geral. Com o avanço da
tecnologia e a nota fiscal eletrônica, o STF mudou de entendimento, considerando o
direito dos contribuintes à restituição do excesso. Antes se priorizada a igualdade geral,
prejudicando a igualdade individual. Com o regime atual, vai se promover a igualdade
geral com respeito à igualdade individual. Todos são tributados, mas, se houver
tributação a maior, haveria direito à restituição da diferença.
RE 601.392 – Imunidade tributária recíproca da EBCT. Art. 150, IV, CF. Joaquim Barbosa
reitera três funções da imunidade recíproca: salvaguarda do pacto federativo, proteção
às atividades essencialmente públicas e não beneficiar expressão econômica de
interesses privados.
Art. 151 e 152, CF. Vedações específicas ou garantias da federação, pois são todas
relacionadas ao princípio federativo. Art. 151, União, 152, Estados, DF e municípios.
Inciso II, art. 151: no começo, parece ser uma tributação. No entanto, o que se proíbe é
uma tributação díspar, mais gravosa, sobre a dívida pública estadual, distrital e
municipal perante a federal. Imposição de tributação uniforme e vedação de
favorecimento à União, impedindo uma tributação mais onerosa aos fatos de outros
entes políticos.
Precedente do STF que diz respeito à igualdade do 151, II. Tributação dos servidores
inativos. Celetistas não são tributados pela contribuição previdenciária se pararem de
desenvolver atividade econômica. Criou-se a contribuição previdenciária sobre os
inativos, e se previu que a contribuição incide sobre o que ultrapassar o teto do RGPS.
No entanto, há algumas distinções para servidores estaduais e municipais. A EC 41 de
2003, objeto da impugnação, determinou que os servidores públicos inativos teriam que
contribuir sobre o que ultrapassasse 60% do teto para os federais e estaduais e
municipais em 40% do teto. A contribuição previdenciária também onera a renda, então
posso fundamentar no art. 151, II. Servidores estaduais e municipais acabam tendo base
de cálculo mais ampla que os federais. STF declarou inconstitucionais os 60% e 40%.
Todos passaram a pagar contribuição sobre o que ultrapassa o teto do regime geral.
A regra são isenções autônomas. Há exceções. ISS sobre exportações, que a própria CF
autoriza que lei complementar federal desonere isso. Está no art. 156, parágrafo 3, II.
Ressalva do art. 155, parágrafo 2, XII, sobre o ISS. Antes era uma exceção, mas depois a
própria CF passou a prever uma imunidade ampla. LC não pode mais fazer isso, pois são
desonerados pela CF. Redação do artigo deveria ser alterada. Terceira exceção é a mais
relevante. Diz respeito aos tratados internacionais. Art. 151, III não veda a concessão de
desonerações por meio de tratados. Interpretação literal. Tratados são celebrados pela
República, presentada por órgãos federais. A União não pode conceder isenções
heterônomas gerais, mas a República sim, por meio da política externa. Exemplo do
GAT. Súmula 71, STJ. Caso do bacalhau.
Vedação que se dirige à União, mas também se aplica a estados e outros entes políticos.
Nenhum ente pode estabelecer uma isenção heterônoma. O art. 151, III, também se
aplica a estados, municípios e DF. STF julgou inconstitucional a desoneração de ISS
prevista em dispositivo de constituição estadual.
Art. 152. Vedação de barreiras aduaneiras e alfandegárias entre os territórios dos entes
da federação. União pode fazer isso, mas estados e municípios não. Não é possível ICMS
mais oneroso de produtos vindos de outros estados, ISS mais oneroso para empresas
sediadas em outros municípios... Garantia da federação, pois esta pressupõe um livre
trânsito de bens e serviços dentro de seu território. Não confundir com o imposto de
fronteira, que costuma ser cobrado na entrada de mercadorias do estado. É regra de
repartição das receitas do ICMS e não tributação adicional pela entrada da mercadoria.
Outro dispositivo, no art. 150, V, que diz respeito a um livre trânsito de mercadorias e
serviços. Vedação dirigida a todos os entes. Ressalva final deu argumentos para dizer
que pedágios são tributos. No entanto, STF diz que não. Vedação de criação de tributos
interestaduais e intermunicipais que só incidam nessas operações e não em operações
internas. Não podemos pensar que a CF está vedando a cobrança de tributos em
operações e prestações de serviços entre estados e municípios. O que não pode é ter
um imposto que incida só sobre essas operações, pois seria melhor comprar de outro
estado em que não houvesse essa cobrança. Barreira tributária ao tráfico de pessoas e
bens.
CTN quase não foi alterada desde então. Partes desatualizadas, sobretudo nos tributos
em espécie.
O código possui dois livros (sistema tributário nacional e normas gerais de direito
tributário). O CTN tem status de lei complementar pois veicula normas gerais em
matéria tributária.
Taxas e contribuições de melhoria. Artigos 77 a 82, CTN. Art. 77 a 80 trata das taxas. São
duas espécies, as taxas pela prestação de serviços públicos específicos e divisíveis e as
taxas de polícia, ou de fiscalização. O art. 77 fala das duas espécies, uma pelo exercício
e outra pela prestação de serviços públicos. Paragrafo único proíbe a cobrança
disfarçada de impostos por meio de taxa. Há previsão constitucional disso, no art. 145.
Art. 78 define o poder de polícia do direito administrativo. O parágrafo único diz quando
o exercício é regular. Poder público não pode querer cobrar tributo pelo exercício
irregular. Há várias taxas de fiscalização. STF teve de deliberar o que é necessário para
cobrar taxa de poder de polícia. Diz que é inviável que cada contribuinte seja fiscalizado
pessoalmente, basta que haja a prestação deste serviço.
Taxa de serviço público: específicas e divisíveis. Art. 79. A taxa pode ser cobrada pela
mera disponibilização de serviço público. Não é necessário que o serviço seja prestado.
Por isso é compulsório. Ex.: taxa de serviço de lixo. Se pessoa não usa a residência por
um ano, mesmo que não produza e destine o lixo, não pode se opor a pagar isso, pois
havia a disponibilização do serviço. O serviço deve ser específico e divisível. A
especificidade diz respeito à atuação do serviço público (inciso III) e divisível quanto
suscetível de individualização. Noção que diz respeito ao poder público e a cada
contribuinte.
Por violação a estes requisitos é que o STF disse que a taxa de iluminação pública era
inconstitucional, pois é um serviço prestado a todos. Não é específica a certo
contribuinte, que não terá vantagem específica da prestação deste serviço. E a
segurança pública? Poderia haver uma taxa? Não é uma situação que pode se instituir
taxa, pois é um serviço indivisível e geral, sem beneficiar uma pessoa individualmente.
Pensa-se em uma taxa para segurança pública para jogos de futebol, por exemplo.
Contribuição de melhoria: tributo que poderia ser cobrado por todos os entes, mas que
quase não é cobrado na prática. Contribuinte não tem liquidez. É um tributo difícil de
ser cobrado, pois há vários requisitos burocráticos. Lei anterior à realização da obra
pública, sob pena de cobrança retroativa, prazo para impugnação... Muitas vezes há
contribuição de melhoria que sequer é tributo. Exemplo da contribuição pela
pavimentação de ruas.
Deve haver obra e valorização imobiliária. É o fato gerador. Limite é que não se pode
arrecadar mais do que se gastou. Limite individual é o acréscimo que a obra
proporcionou. No entanto, pode se cobrar o valor de toda a valorização imobiliária, o
que poderia ser confiscatório.