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Na introdução da obra O genocídio do negro brasileiro, Abdias Nascimento acena que não
tem como mote a construção de um compêndio acadêmico sobre a situação do negro. Mas sim, uma
negação ao construto do pensamento social brasileiro e em paralelo, a afirmação de uma nova forma
de interpretação. Neste sentido, há no autor a reverberação do que já fora sugerido por seu
interlocutor, sociólogo, também ativista do movimento negro, Alberto Guerreiro Ramos.
Em 1955, no texto A patologia social do branco brasileiro, presente na obra: Introdução
crítica à Sociologia brasileira, Guerreiro Ramos expõe os dois aspectos nevrálgicos acerca das
relações entre o negro brasileiro e a sua representação.
O primeiro aspecto relaciona-se ao conceito de negro tema. Definido pelo autor como: “uma
coisa examinada, olhada, vista; ora como ser mumificado, ora como ser curioso, ou de qualquer
modo como um risco, um traço da realidade nacional que chama a atenção”. (RAMOS, 1995,
p.215). O segundo aspecto seria o de negro vida, este “[…] é entretanto, algo que não se deixa
imobilizar, é despistador, multiforme, do qual, na verdade, não se pode dar versão definitiva, pois é
hoje o que não era ontem e será amanhã o que não é hoje”. (p.215).
Ainda na introdução de Abdias Nascimento, pode-se acessar passagens que nos fornecem a
impressão de que a obra em questão traz este duplo tema. A crítica da construção do arquétipo negro
(negro tema) e a presunção nascimentista em desconstruí-la a partir do (negro vida):
O ensaio que desenvolverei nas páginas a seguir não se molda nas fórmulas
convencionalmente prescritas para os trabalhos acadêmicos e/ou contribuições científicas.
Nem está o autor deste interessado no exercício de qualquer tipo de ginástica teórica,
imparcial e descomprometida. […] Quanto a mim, considero-me parte da matéria
investigada. Somente da minha própria experiência e situação no grupo étnico cultural a
que pertenço, interagindo no contexto global da sociedade brasileira, é que posso
surpreender a realidade que condiciona o meu ser e o define. Situação que me envolve qual
um cinturão histórico de onde não posso escapar conscientemente sem praticar a mentira, a
traição, ou a distorção da minha personalidade. (NASCIMENTO, 2016, p.47)
1 Este trabalho é dedicado ao amigo Rafael Bessa, Pan-africanista, rapper e entusiasta do legado de Abdias
Nascimento.
2 Mestre em Antropologia Social (UFPR). Professor na Faculdade Guarapuava.
autores pós-colonialistas, poderíamos pressupor que da sugestão da autorrepresentação, o autor se
insere nas discussões sobre subalternidade e representação subalterna.
O palestino Edward Said em seu texto A representação do colonizado: Os interlocutores da
Antropologia (2003) adverte que a crise de representação na antropologia, oriunda dos processos de
libertação na África e Ásia, contribuíram de forma profícua para que a noção de sujeito fosse
transmutada. Sob essa ótica, inclusive, a escrita deveria, a partir de então, considerar que os sujeitos
não são ontologicamente dados, mas sim, constituídos por contextos históricos complexos e
multiformes. Essa tese de Said, em muito nos recorda a definição de Guerreiro Ramos acerca do
negro vida, e por consequência, enaltece a peculiaridade da obra nascimentista, análoga à discussão
em foco.
Se tanto para Said, quanto para Guerreiro Ramos, a superação das formas de representação
objetivantes deveria ser parte do trabalho destes novos intérpretes, ao que parece Nascimento
corrobora para esta gestação.
Apesar de corroborar com tal transmutação, Abdias Nascimento viu-se em constante conflito
com os representantes da velha ordem científica e política. Inclusive, a obra em questão, foi fruto de
uma interdição ao texto do autor, Racial democracy” in Brazil: Myth or reality?, submetido à
Festac-1977 (Festival of arts and culture – World black and Africa) evento que ocorreria em Lagos,
Nigéria. O motivo da interdição, sob o aspecto formal, nunca fora justificado ao autor. No entanto, o
mesmo pronuncia-se mencionando que o motivo principal da interdição seria a sua proposta em
revelar o mito da democracia racial. Nos termos emprestados de Guerreiro Ramos, revelar o negro
tema produzido pelo pensamento social brasileiro.
As velhas formas de representação do negro, ou a construção do negro tema foi durante
décadas enfoque do pensamento social brasileiro. Fruto de um campo acadêmico, segundo Luciano
Martins (1986), baseado em uma crença messiânica e moralista, aquém de um diálogo histórico
com a sociedade brasileira, os intérpretes nacionais, ou a intelligentsia, reproduziram durante
décadas os seus privilégios de classe e raça, optando em configurar justificativas para o fracasso da
nação, não se prontificando em supor qualquer teoria da ação.
Grosso modo, ciente desse conservadorismo nacional, Abdias Nascimento e o seu
Genocídio do negro brasileiro de forma direta trazem ao debate estes valores de uma intelligentsia
cuja deontologia é limitada à negação e a interdição da representação subalterna.
As formas de interdição e representação do negro brasileiro nem sempre foram as mesmas,
assim como qualquer processo de objetificação do outro, a interdição também é histórica, logo,
manifesta-se e transmuta-se de acordo com o contexto. Neste trabalho de identificação e resistência,
baseia-se parte do legado nascimentista.
Um dos temas identificados por Abdias Nascimento é concernente ao racismo científico.
Como é sabido, tais teses baseavam-se em epistemologias forâneas, no entanto, com grande
repercussão na intelligentsia brasileira. Entre o período da pré-abolição, aproximadamente, na
década de 1870 aos anos de 1930, esta tendência racialista circulou com grande efetividade pelo
pensamento social brasileiro. Durante o genocídio3, Nascimento rememora o impacto destas teses e
articula mesmo que de forma sintética, determinadas críticas aos impactos deste mote teórico à
situação do negro brasileiro.
Expor em pormenores as teorias racialistas e os discursos de cada autor, em certa medida,
demandaria um esforço no qual o espaço reservado para este trabalho não seria o adequado.
Contudo, de forma breve apresentarei certos temas-chave, tomando sempre o prisma de Nascimento
enquanto oposição ao tema em questão.
No genocídio é perceptível a noção de que o tema do negro no Brasil, em específico no
contexto da primeira república e da incerteza de sua efetivação, era não apenas um problema
político, mas também, um problema epistemológico. O autor deixa claro em determinados excertos
da obra que crenças exógenas eram validadas de forma acrítica em solo brasileiro. Quando o mesmo
se refere a Raymundo Nina Rodrigues, esta situação evidencia-se. Vejamos:
Nina Rodrigues, o psiquiatra da Bahia, no fim do século XIX, iniciou o que veio a ser
conhecido como “estudos científicos” sobre o africano no Brasil, sendo considerado o
pioneiro dos estudos afro-brasileiros. Ele próprio mulato, Nina Rodrigues beatamente
assumiu os postulados de certa ciência europeia. (NASCIMENTO, 2016, p.82 - grifo
nosso)
Este processo mencionado, ao que parece, seria procedente da perpetuação de velhas formas
de discriminação, no entanto, reagrupadas de forma mais acessível aos setores ordinários à cultura
de massas, rompendo o estanque discurso da elite letrada. Um interlocutor de Nascimento, o
martinicano Frantz Fanon, em seu texto Racismo y cultura (1956) já advertira sobre este processo.
Em uma passagem, Fanon evidencia o que acredito ter simetria com o contexto em questão. Nos
termos do autor: “Estas posiciones sectarias tienden, em todo caso, a desaparecer. Este racismo que
se quiere racional, individual. Determinado, genótipo y fenótipo, se transforma em racismo
cultural”. (1956, p.39). Essa impressão fanoniana acerca das formas de adequação do racismo aos
novos contextos também é temática nascimentista. No genocídio, essa forma de adequação, ou seja,
a passagem da interdição individual à condenação de uma cultura, é analisada no transcurso da
obra. Eis o segundo momento do negro tema.
Há uma expressão de Charles Baudelaire que afirma que a maior façanha do diabo é nos
convencer de que ele não existe. Nesta mesma logicidade, a maior façanha da segunda etapa do
negro tema é nos convencer que ela não age de forma perversa.
A segunda fase do negro tema, é comumente verbalizada sob o signo da democracia racial.
Seria impossível estipular uma data exata para o surgimento desta forma de representação, porém,
segundo Bernardino (2002) ao que parece, tal concepção já circulava por países com lutas
abolicionistas desde o século XIX. Grosso modo, tal concepção partia da premissa que dada a
situação colonial sui generis, o Brasil gozaria de uma construção histórica ausente de conflitos de
raça, exclusão por ordenação pigmentocrática e racismo institucional.
4 Os termos estrutura e evento foram colocados em itálico, pois representam dois conceitos do antropólogo
estadunidense, Marshall Sahlins. Em específico, em sua obra Ilhas de História. Ver a referência completa ao final
do artigo.
No genocídio, o tema da democracia racial ou, em sentido mais amplo, o tema da obra
freyreana, é recorrente. Abdias Nascimento não percorre apenas por um conceito em específico,
mas sim, situa historicamente a obra de Freyre, bem como os seus vínculos políticos. Na
transcursão da obra, observa-se um diálogo com terminologias como lusotropicalismo,
benevolência lusa, sociedade híbrida e bicontinentalidade, estes termos, marcantes na escrita de
Gilberto Freyre. Para além de um mero conhecimento da obra, Nascimento estipula diálogos, já nos
anos 70 sobre estes impactos da obra freyreana sobre o salazarismo português e a sua incidência em
África.
O conceito de arenas transepistêmicas foi cunhado pela australiana Karin Knorr Cetina
(1982). Trazendo um diálogo com outros autores da sociologia da ciência, em específico da linha
construtivista, a autora parte da premissa que os modelos quase econômicos acerca da produção de
conhecimento, acabam por impossibilitar o diálogo entre o laboratório ou o espaço acadêmico e os
agentes instigadores da prática científica. Em paralelo, este modelo criticado por Knorr Cetina torna
as formas de representação como fatos dados, e, não construídos por uma teia de relações e
significados atribuídos socialmente. Sob essa ótica, a construção nascimentista traz como marco
este pertencimento ao tema que adjaz ao genocídio. Nos termos do antropólogo estadunidense, Roy
Wagner, em A invenção da cultura (2010), poderíamos situar o genocídio enquanto uma obra cuja
narrativa elabora-se sob uma “objetividade relativa”.
Nascimento, ao rememorar este tema caro ao construto freyreano, não se limita em analisá-
lo apenas no contexto colonial; pelo contrário, o retoma em seu tempo. Baseando-se em pesquisas
de Octávio Ianni, realizadas em 1972, apreende que o dito popular, citado em Freyre; “branca é pra
casar, negra é pra trabalhar e mulata é pra foder”, ainda é um artefato no repositório imagético
nacional. Em passagem de Nascimento (2016, p.75): “O mito da democracia racial enfatiza a
popularidade da mulata como prova de abertura e saúde das relações raciais no Brasil.”
6 O tema da interseccionalidade é aprofundada pela autora alemã Ina Kerner (2012). Consideramos a posição de
Nascimento em consonância ao que Kerner propõe em seu texto: Tudo é inteseccional. Sobre a relação entre
racismo e sexismo.
impossibilitaram quaisquer formas de agenciamento ou alteridade, percepção esta, inclusive, não
comum para as discussões em 1978.
O suposto catolicismo tolerante aos cultos africanos, mencionado por muitos intelectuais
enquanto propício ao sincretismo, é questionado por Nascimento no transcurso do genocídio.
Diferentemente do que seria endossado por intelectuais brasileiros, a plasticidade do catolicismo
europeu não se dera de forma simétrica, mas sim através de uma tolerância repressiva que continha,
dentre outras características, a justaposição entre o Estado Nacional e o catolicismo para a
formulação de práticas divisórias. O tema da religiosidade afro-brasileira, presente no pensamento
social brasileiro desde o período de Raymundo Nina Rodrigues e suas observações sobre a “religião
dos negros animistas” transitava não só pela academia, mas também pela política.
Como já exposto por Yvone Maggie em Medo do feitiço: relações entre magia e poder no
Brasil, as relações entre o Estado Nacional e o catolicismo em relação aos cultos africanos são
marcadas pela incidência de práticas restritivas. Apesar da temática supostamente abarcar
concepções cosmogônicas e teológicas, as restrições, em via de regra firmadas pelo poder judiciário
apenas expunham a máxima de que a laicidade nunca estivera consolidada no Estado Nacional.
Nascimento, durante o genocídio, reitera essa ação conjunta entre Estado e Catolicismo, advertindo
inclusive que não há como falar em sincretismo religioso em um contexto marcado pela presença de
um Estado Católico e crenças africanas de humanos em condição de escravidão, ademais trataria de
uma forma de associação desigual, nos termos de George Balandier (1993).
O posicionamento de Nascimento frente aos cultos religiosos de matriz africana deve ser
compreendido através de uma díade. Primeiramente, Nascimento posiciona-se a partir de seu local
de fala, ou seja, enquanto candomblecista, e deste modo não alicerça uma análise acadêmica sobre o
tema. Porém, por outro lado, é manifesto o diálogo com os que o fizeram. Roger Bastide,
antropólogo francês, brasilianista e um dos cânones sobre o tema dos cultos africanos e afro
brasileiros é um dos interlocutores de Nascimento. Parte das produções brasileiras sobre o tema se
não fazem menção direta à Bastide, ao menos dialoga com os seus orientandos brasileiros, e em
Abdias não é diferente. Novamente, nesta altura encontramos os dois aspectos mencionados
outrora, a objetividade relativa provinda de um pensamento rigoroso, bem como a qualidade do
negro vida e a sua busca por uma representação multiforme, transepistêmica e desvalida de
verdades inexoráveis.
Para além, o genocídio traz consigo a impressão extraída por Nascimento de um excerto de
Frantz Fanon em torno do processo colonial não apenas enquanto processo de interdição física, pois
se assim o fosse, provavelmente as suas formas de dominação seriam menos eficazes. Dito de outra
forma, Nascimento atém-se a analisar os processos de dominação simbólica, e os resultados desta
dominação na intimidade dos então colonizados e assimilados. De forma hipotética, a argumentação
de Nascimento nos conecta às suposições de alguns autores como o tunisiano Albert Memmi em seu
livro Retrato de colonizado precedido de retrato de colonizador, e o Indiano Ashis Nandy em seu
livro The intimate enemy. Loss and recovery of the self under colonialism.
Isto posto, o third enquanto forma de cerceamento, apresenta ao negro brasileiro um cenário
de exclusão pelo seu englobamento, ou seja, pelo construto de uma hierarquia que folcloriza as suas
expressões, considerando-as primitivas, exóticas e destituídas de uma validade ao universal. Enfim,
abstrai-se do negro brasileiro o seu particular e nega-se a sua integração.
Abdias Nascimento, em sua biografia carregou um diálogo com as artes cênicas e plásticas.
A menção a tal fato, aliás, é necessária para apresentarmos a temática final do genocídio. No
entanto, antes da apresentação do epílogo nascimentista, optarei por situar o leitor em alguns
aspectos já apresentados.
Situadas tais circunstâncias, neste momento a atenção será dada ao epílogo do genocídio. O
primeiro tema do epílogo é o TEN (Teatro Experimental Negro). Em síntese, o TEN foi fundado em
1944, surgindo como projeto a partir do contato de Nascimento com outros artistas latino-
americanos e a sua participação em um ambiente das artes cênicas e plásticas. Os objetivos do
projeto foram múltiplos, no entanto, vale ressaltar que tal projeto já estivera desmobilizado desde o
ano de 1968, ano da saída de Nascimento do Brasil, fruto da perseguição da ditadura civil-militar e
o AI-5.
Apesar dos dez anos entre o fim do TEN e a publicação do genocídio, Nascimento traz em
sua memória a acepção da relevância deste projeto para o agenciamento negro. De forma sintética,
durante o genocídio Nascimento afirma que o TEN teve como objetivos básicos: a) resgatar os
valores da cultura africana, marginalizados por preconceito à mera condição folclórica, pitoresca ou
insignificante; b) curar a classe dominante “branca” do mal etnocêntrico; c) erradicar a presença do
artista branco com o rosto pintado de negro (black face); d) problematizar o ator negro
estrategicamente colocado em papéis subalternos e estereotipados e e) criticar o cientificismo que
torna o negro um objeto de pesquisa.
Além do capítulo destinado ao TEN, nos anexos da obra nos deparamos com o tema da arte
enquanto fonte de libertação do negro brasileiro. Apesar do diálogo de Nascimento com a arte partir
da sua própria experiência pessoal, é compreensível também identificarmos o seu diálogo com o
movimento da negritude, em específico com Aimé Cesaire e Leopold Senghor. Desta influência,
aliás se faz possível extrairmos um possível essencialismo nascimentista, assim como Senghor em
Ce que l’homme noir apporte (1939). Ao que parece, Nascimento também crê em uma exegese
negra eclipsada pelo racionalismo branco, e a superação para tal problema estaria na arte e nas
demais formas expressivas. Nesse sentido, nos caberia a inflexão do que viria a ser a concepção de
gnosiologia em Nascimento. Algo não explicitado no genocídio, contudo infletido sobre os seus
demais escritos. De forma breviária, a crítica de Nascimento ao racionalismo academicista, em certa
medida, perpassa pelo silenciamento promovido por tais instituições aos meandros da situação do
negro, e a insistência em lidar com tal tema a partir do negro tema. Em detrimento, a arte enquanto
expressão fomentada por outras formas de consagração – ao menos no sentido bourdieusiano –
poderia proporcionar aos sujeitos formas de agenciamento alternativos.
Por último, é necessário expor que de forma alguma os temas do genocídio se esgotam com
esta análise. Tampouco se sugere que tal interpretação firmada no trabalho seja tomada como
referência para a leitura do mesmo. Ao contrário, sugere-se a discussão e a reconsideração do
legado nascimentista através do genocídio e também pelas demais obras.
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