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Brasília/DF
São Paulo/SP/EAD
2018
MARCELO GANDRA FALCONE 2018
Brasília/DF
São Paulo/SP/EAD
2018
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São Paulo/SP/EAD
2018
Orientador: Prof.
Inclui bibliografia.
1. Estou ciente que a pesquisa e a escrita do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) devem
necessariamente e obrigatoriamente ser acompanhadas pelo meu orientador e que o envio
apenas do produto final implicará em reprovação do TCC.
4. Estou ciente de que, se for comprovado, por meio de arguição ou outras formas, que o texto
do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) não foi elaborado por mim ou é igual a outro já
existente, serei automaticamente reprovado no TCC, caso não haja tempo hábil para elaborar
outro trabalho de minha total autoria.
6. Estou ciente que a versão final do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) deverá ser
postada no portal do aluno em local específico, após a aprovação do meu Orientador.
AGRADECIMENTOS
Aos parceiros de SEGUR, por ter me dado todo o apoio e respaldo para ter chegado até aqui,
e principalmente por suportarem meu mau humor todo fim de mês durante o ccurso;
A minha esposa Alessandra Aparecida Vieira, pela paciência em esperar para jantar todas as
segundas e quartas-feiras das 18:00 até 11 horas (horas dedicadas ao curso) e na ultima
semana do mês quando tinha que entregar a ultima tarefa.
Aos meus pais: Aurio Gilberto Falcone (In memoriam) e Rosa Cheganças Gandra Falcone e
filhos que já viraram estrelinhas Gabriela Viera Falcone (In memoriam) e Daniel Viera
Falcone (In memoriam), que foram as pessoas que me ensinaram que só com muito trabalho,
vontade, honestidade, estudo e preparo e superação inclusive na dor, nos alcançamos nossos
objetivos e metas;
vii
RESUMO
O trabalho tem como objetivo estudar elaborar um plano de emergência com base no
dimensionamento técnico de um grande evento, uma vez que não existe um plano pronto para
atender as necessidades, segurança, ou plano de emergência de um evento. Cada evento exige
um planejamento próprio. Como resultado esperado do presente trabalho teremos uma
propositura de um Plano de Emergência Modular para um grande evento em área fechada e
descoberta sujeita a intempéries, com elementos de risco tais como acesso difícil, entradas e
saídas controladas, venda de bebidas, presença de publico jovem entre outros.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Publico no Show do The Killers na Chácara do Jockey ................................... xiii
Figura 02: Montagens do Show do Paul McCartney – Arena Allianz Parque ................... 13
Figura 03: Montagens do Palco Central do Show U2 360º - Estádio do Morumbi ........... 21
Figura 04: Relatório do Plano de Abandono....................................................................... 18
Figura 05: Lançamento do Livro “O espetáculo mais triste da terra”................................. 19
Figura 06: “Folder/Flyer/Panfleto” da lona de Nylon que acabou pegando fogo............... 20
Figura 07: Dequinha acabou confessando ter ateado fogo na lona por vingança ao
proprietário do circo............................................................................................................ 20
Figura 08: Mutirão de atendimento medico e local da tragédia.......................................... 21
Figura 09: Mutirão de atendimento medico e local da tragédia.......................................... 21
Figura 10: Mutirão de atendimento medico e local da tragédia.......................................... 21
Figura 11: Mutirão de atendimento medico e local da tragédia.......................................... 21
Figura 12: Mutirão de atendimento medico e local da tragédia.......................................... 21
Figura 13: Dr. Ivo Pitanguy conta ao 'JB' os momentos mais marcantes da tragédia no
circo...................................................................................................................................... 22
Figura 14: Atendimento no reaberto Hospital Municipal Antonio Pedro – HMAP........... 23
Figura 15: Atendimento no reaberto Hospital Municipal Antonio Pedro – HMAP............ 23
Figura 16: Encaminhamento, saída do IML........................................................................ 23
Figura 17: Tragédia de Hillsborough Stadium.................................................................... 24
Figura 18: Tragédia de Hillsborough Stadium.................................................................... 24
Figura 19: Tragédia de Hillsborough Stadium.................................................................... 25
Figura 20: Tragédia de Hillsborough Stadium.................................................................... 26
Figura 21: Um documentário da BBC (de 2014) "Hillsborough - How They Buried The
Truth"................................................................................................................................... 26
Figura 22: Tragédia da Boate Republica de Cromagnón..................................................... 27
Figura 23: Protesto na Praça de Maio pelas vítimas da tragédia, 9 de dezembro de 2007.. 29
Figura 24: Como foi o incêndio de santa Maria.................................................................. 31
Figura 25: Inicio do fogo em Santa Maria........................................................................... 32
Figura 26: Inicio do fogo em Santa Maria........................................................................... 32
Figura 27: Relação lotação x área segundo relatos ........................................................... 34
Figura 28: O pânico ............................................................................................................ 34
Figura 29: As saídas ............................................................................................................ 35
Figura 30: As saídas ............................................................................................................ 35
Figura 31: Encaminhamento para o banheiro ..................................................................... 36
Figura 32: Pisoteamento...................................................................................................... 37
Figura 33: Mortos por asfixia ............................................................................................. 38
Figura 34: Mortos por asfixia ............................................................................................. 38
Figura 35: Casa Noturna mais segura.................................................................................. 39
Figura 36: Buraco aberto para efetuar o resgate no banheiro. ........................................... 41
x
LISTA DE TABELAS
AA – Auto de Autorização
AAE – Alvará de Autorização de Eventos Públicos e Temporários
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
AFLR – Alvará de Funcionamento do Local de Reunião
AVCB - Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros
CBPMESP – Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo
COE – Código de Obras e Edificações
CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
FEMA: Federal Emergency Management Agency (USA);
LOE: Legislação de Obras e Edificações;
LPUOS – Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo
NBR - Norma brasileira
NR - Norma Regulamentadora
NT: Norma Técnica;
NTC: Norma Técnica de Concessionária;
NTO: Norma Técnica Oficial (registrada na ABNT);
PMSP – Prefeitura do Município de São Paulo
SEGUR – Coordenadoria de Uso Especial e Segurança de Uso
SEGUR 3 – Divisão Técnica de Locais de Reunião
SMUL – Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento
SMPR – Secretaria Municipal da Coordenação das Prefeituras Regionais
xii
INDICE ANALÍTICO
1- INTRODUÇÃO................................................................................................................. 14
2 – TEMA .............................................................................................................................. 6
3 – PROBLEMA .................................................................................................................... . 6
4 – JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 6
5 – OBJETIVOS ..................................................................................................................... 6
5.1 Objetivo geral..................................................................................................................... 6
5.2.Objetivos específicos .......................................................................................................... 7
6 - METODOLOGIA ............................................................................................................. 12
7 - CAPÍTULO I...................................................................................................................... 17
7.1. ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE GRANDE PUBLICO .......17
7.2. ANÁLISE DE AMEAÇAS, RISCOS E VULNERABILIDADES ................................. 45
7.3. SCI (SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES) .................................................... 63
8 - CAPÍTULO II.................................................................................................................... 73
8.1 - PROJETO TECNICO DO EVENTO ............................................................................ 73
8.2 - PLANO DE ATENÇÃO MÉDICA - CALCULO DO GRAU DE RISCO.................. 98
8.3 - PLANO DE SAÚDE OCUPACIONAL....................................................................... 102
9 - CAPÍTULO III..................................................................................................................
9.1 PLANO DE ABANDONO
9.2 PLANO DE EMERGÊNCIA CONTRA INCÊNDIO OPERACIONALIZADO POR
MEMBROS DA BRIGADA DE INCÊNDIO, DE FORMA A ATENDER A NBR –
15.219 – 2005 DA ABNT................................................................................................ 107
9.3 PLANO DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE GRANDE PORTE........................... 113
10 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 150
11 - BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................... 156
APENDICES......................................................................................................................... 160
APENDICE 1 – DESCRIÇÃO DAS SITUAÇÕES DE RISCO (UMA ABORDAGEM O
MAIS GENÉRICA POSSÍVEL)........................................................................................... 160
ANEXOS ............................................................................................................................ 171
ANEXO 1 - Tabela de classificação de risco conforme Capítulo III da classificação de Risco,
artigo 3º, § 2º constante do Anexo IV da Portaria Nº 677/2014 – SMS / COMURGE ...... 171
ANEXO 2 – Modelo para formulário de uma solicitação identificando claramente um evento
(Adaptado do modelo padrão da SMPR /SP) .........................................................................172
xiii
Figura 01 : Publico com lotação máxima na Pista VIP, no Show do The Killers na Chácara do
Jockey – Pirajussara – São Paulo – SP em 21/11/2019
1. INTRODUÇÃO
Em nosso trabalho faremos um Estudo, com base nas normas vigentes e através de um
modelo consagrado dos cinco passos apresentado no livro “A SEGURANÇA CONTRA
INCÊNDIO NO BRASIL”, coordenação de Alexandre Itiu Seito, São Paulo: Projeto Editora,
2008. em especial o capitulo XXI Processo de Elaboração de Plano de Emergência, item 4 -
Metodologia para elaborar plano de emergência, da NBR 15.219 “Plano de emergência contra
incêndio – Requisitos”, Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Normas Técnicas e instrução
técnica IT Nº. 16/2011, “Plano de emergência contra incêndio” do CBPMESP com introdução
de Segurança patrimonial e demais requisitos de ordem publica.
Nosso trabalho será feito com base uma pesquisa (REVISÃO BIBLIOGRÁFICA) e tem
como objetivo principal a descrição das características de um grande evento o
estabelecimento de relações entre as variáveis de risco segundo as normas aplicáveis como
por exemplo:
Quantidade de Sanitários;
Quantificação de Suporte de atendimento médico;
Tamanhos e quantidade e dimensões das saídas de emergência para percurso máximo
e um tempo limite (velocidade= espaço/tempo);
Lotação em função da densidade de ocupação por m²;
Sanitários;
Tipo e setorização do publico;
Central de Comando e Controle;
Inteligência;
Segurança;
Orientadores conforme numero de pontos de acesso;
Brigada;
Auditoria;
Equipe de Reação/Reforço.
As variáveis para definição dos tópicos serão obtidas em Normas Técnicas nacionais e
estrangeiras disponibilizadas pela manual da FIFA 2006 e 2010, GREEN GUIDE, FEMA
(Defesa Civil Norte Americana) e Legislação Nacional tais como a Lei 10671/03
2
conhecida como Estatuto do Torcedor que preconiza elementos tais como o artigo 16 da
norma:
Para escolher uma faixa de corte, vamos utilizar as linhas conforme o GPAE – Grupo de
Planejamento e Ações Estratégicas para Eventos e Eventos em Massa, da Secretaria
Municipal de Saúde do Município de São Paulo (SMS). Os riscos estão definidos na
Portaria Nº 677/2014 – SMS / COMURGE, que estabelece as normas para a elaboração de
Planos de Atenção Médica em eventos temporários públicos, privados ou mistos na
Cidade de São Paulo:
“[...]
VI – Classificação do risco do Evento –é o conjunto de fatores e características
identificados previamente ao evento, que podem interferir nas urgências e
emergências. O Baixo Risco define-se como o conjunto de fatores e características
que podem influenciar os agravos a saúde, em situações eventuais, não
acrescentando riscos previsíveis comparados com a população não participante
do evento. O Risco Especial define-se como aquele onde o conjunto de fatores e
características representa o maior risco previsível.
CAPÍTULO III - DA CLASSIFICAÇÃO DO RISCO
Art.3º. São considerados fatores de risco para o público presente,
I - Tipo do Evento
II - Local do Evento
III-Horário do Evento
IV-Duração do Evento
V-Características do Público
VI- Faixa Etária
VII-Número de pessoas
VIII- Controle do acesso de Público
IX-Acomodação
X-Climatização do Ambiente
XI-Acesso a líquidos
XII-Consumo de álcool
XIII- Probabilidade de drogas ilícitas
§1 Os eventos, segundo o risco, serão classificados como Baixo, Médio, Alto,
Altíssimo e Especial
§2-Esta classificação está baseada na pontuação descrita no Anexo IV;
4
Como fica claro o evento “modelo” para o estudo de caso será escolhido neste universo um
evento com a maior pontuação de risco possível, conforme Anexo 1 (Segundo a NBR 14724
de dezembro de 2005, a diferença entre Anexo e Apêndice é que o Anexo é um texto ou
documento não elaborado pelo autor do Trabalho Científico e o Apêndice é um texto ou
documento elaborado pelo autor do Trabalho)
De posse deste perfil escolheremos um evento que totaliza por volta de 60 até 86 pontos, ou
seja, um evento de risco médico especial, e com necessidades estruturais amplas.
2. TEMA:
3. PROBLEMA:
4. JUSTIFICATIVA:
O plano de emergência e as saídas são a base das providencias a serem projetas e
implementadas, para assegurar o fluxo das pessoas e a capacidade de escoamento no caso de
ocorrências.
Não basta apenas um plano, é necessário ter um projeto onde às saídas de emergência e o
fluxo das pessoas seja dimensionado para assegurar uma saída coordenada de tal sorte evitar a
ampliação da ocorrência.
Não é possível ter certeza de que um evento ocorrerá sem incidentes, mas é o dever dos
profissionais, que atuam com eventos de se precaverem contra os riscos que são inerentes ao
confinamento, às aglomerações de pessoas, às intempéries entre outras falhas.
É fundamental seguir a risca as normas e legislações, além das boas práticas e fatores
associados ás características do evento que permitam evitar, mitigar e minimizar os riscos de
acidentes, bem como possibilitem agir de forma adequada caso ocorrências venham a ocorrer.
5. OBJETIVOS:
A propositura tem por objetivo traçar parâmetros para elaboração de um plano de emergência
e saídas de tal sorte mitigar e/ou minimizar os impactos em caso de ocorrências.
Fazer um estudo de caso de um evento de grande porte definindo formas, critérios e pontos de
vista. A análise, com base em fatos e dados, legislação será utilizada para:
Um Evento tem como objetivo reunir pessoas, alguns por motivos culturais, sociais,
assistenciais, religiosos outros simplesmente institucionais para divulgação ou
comercialização de produtos. Todos os grandes eventos precisam de instalações temporárias
de acordo com suas necessidades, e sua montagem e realização movimenta uma grande
quantidade de profissionais, num tempo mínimo.
A montagem de um evento de grande porte muitas vezes lembra uma legião pessoas
“montando desesperadamente um abrigo provisório para uma pausa na jornada sem muita
8
organização”, tal como o “exercito” do filme L'armata Brancaleone (no Brasil: O Incrível
Exército de Brancaleone ), que é um filme italiano de 1966, do gênero comédia, dirigido por
Mario Monicelli que retrata um grupo de de medievais que roubam de um cavaleiro o título
de um castelo, situado no feudo de Aurocastro. Mas para se apossarem do feudo, eles
necessitam de um cavaleiro, e acabam por encontrar Brancaleone da Nórcia. Brancaleone
simboliza um líder sem o miníno de senso critico e administrativo que acredita que a liderança
esta centrada apenas no objetivo e na motivação, é bem-intencionado porém total
desorganizado e sem planejamento. Em sua jornada para tomar posse do feudo de Aurocastro,
objetivo do qual pela falta de planejamento é desviado em diversas oportunidades
demonstrando que nem só de boa vontade uma equipe sobrevive e atinge seus objetivos com
eficiência e eficácia.
Um grande evento sem o devido planejamento se assemelha mais ou menos aos pioneiros da
construção de Brasília contratados pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
Os chamados “Candagos” que começaram a chegar em 1957 ao local da futura capital do
Brasil. Estes trabalhadores se assemelhavam a uma massa humana de diferentes origens e
características sociais, que vinham atraídos pela possibilidade de um novo começo e novas
oportunidades. Saíam da terra natal com uma mala e pouquíssimo dinheiro — às vezes nem
isso, só com a roupa do corpo — e lotavam a carroceria dos caminhões para viajar 45 dias em
estradas precárias, de terra batida, até o local demarcado para a construção de Brasília, onde
só havia mato e poeira.
No Estado de São Paulo, a verificação nos eventos realizados em bens de uso comum do povo
(vias públicas, praças, etc.), a atribuição para apuração das condições de segurança é da
Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo. Podemos citar como exemplos os
comícios, apresentações musicais gratuitas, blocos de carnaval, reuniões de grupos religiosos,
dentre outros. Para a utilização de bens de uso comum, apenas se admitem regulamentações
gerais de ordem pública, preservadoras da segurança, da higiene, da saúde, sem
particularizações de pessoas ou categorias sociais (artigo 99, inciso I, do Código Civil).
proteção da vida, saúde e segurança é direito fundamental do consumidor, nos termos do art.
6º e 8º do Código de Defesa do Consumidor. Independente do local de realização do evento,
em local publico ou privado, há necessidade de normatização pelo Município sobre as
condições de uso e ocupação do solo além da fiscalização.
Quanto a Segurança Pública sabemos que se trata de dever do Estado, porém é um direito e
responsabilidade de todos, e deve ser exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio. Cada órgão público tem sua função especifica:
I - Polícia federal;
II - Polícia Rodoviária Federal;
III - Polícia Ferroviária Federal;
IV - Polícia Civil;
V - Polícias Militares;
VI - Corpos de Bombeiros Militares e Defesa Civil;
VII- Guardas Civis;
VIII- SUS/SAMU;
IX - Empresas Publicas de prestação de Serviços Públicos tais como Companhias de
Transito, Companhia de Limpeza Urbana, Cias de Iluminação Publica, entre outras.
Isto posto, este trabalho tenta orientar responsáveis e produtores de eventos da necessidade de
um planejamento esmerado que integra todos os agentes e cenários de um grande evento
principalmente os órgãos públicos: ”Um evento pode demorar anos para ser realizado, às
vezes décadas, dias para ser montado e minutos para ser realizado e em caso de incidentes
segundos para ser desmoralizado. Como o evento é um momento único, não da para voltar ou
arrumar para a próxima seção, cada evento é um evento mesmo sendo o mesmo objeto, enfim
o evento é o momento definido dentro daquele período para um determinado local, publico e
circunstâncias”.
Claro que incidentes em eventos podem ocorrer, porém eles se não forem previstos e não
existir meio de mitigar, com certeza toda aquela preparação vai cair por terra e a ocorrência
irá manchar ou destruir a imagem do evento e das empresas organizadoras, assim como os
promotores e patrocinadores, enfim todas as empresas e marcas envolvidas, além do prejuízo
financeiro. Já vimos casos de eventos serem desmoralizados ou deixarem de ter apreço do
publico pelo simples preço da pipoca.
Não existe um plano pronto para atender as necessidades, segurança, ou plano de emergência
de um evento. Cada evento exige um planejamento próprio.
nos órgãos públicos competentes, também respondendo pela Gestão do projeto e Segurança
do Trabalho. Como foi dito as instalações são temporárias acontecem num curto prazo de
tempo, dificultando o planejamento de sua montagem. As empresas contratadas são inúmeras
e terceirizadas. Assim como o publico por mais habitual que seja nunca será integralmente o
mesmo. Não existe repetibilidade e habitualidade no planejamento de eventos, pois cada
evento é um momento único (o tempo não volta).
A política pode variar muito em função do tipo e local do evento, perfil do público, condições
de realização e, principalmente, a cultura do patrocinador e/ou promotor e/ou organizador de
evento. Seguem alguns exemplos: controle de acesso ao evento, rigor de revista na entrada e
amplitude de abrangência, rigor na prevenção de incêndios, combate a furtos, combate à ação
de cambistas (se houver), tratamento do público e patrocinadores, estacionamento, bolsões de
táxis, transporte publico, transporte por aplicativos) proteção no percurso do estacionamento
ao local do evento, controle do fluxo de entrada do público, entre outros.
Por fim, não existe formula mágica para planejar eventos. Em virtude do caráter imediato e
transitório dos eventos e a celeridade de analise e implantação de todos os recursos a serem
empregados e a multiplicidade de fornecedores, rotatividade de mão de obra e as vezes até
mesmo profissionais utilizados na organização, montagem, limpeza e orientação e um evento
que as vezes são funcionários contratados por tarefa. Sem registrado, que as vezes nem
passam por exames médicos, ou possuem o mínimo de escolaridade, a multiplicidade de
vetores envolvidos, até mesmo climáticos implicam em um poder de organização muito
grande para poder obter resultados satisfatórios..
12
6. METODOLOGIA
Foram encontrados na literatura diversos estudos que tratam de Planos de Abandono e Planos
de Emergência, porém com foco em atendimento a Legislação de Bombeiros ou de Para-
Polícia (Segurança Privada), que procura atender principalmente a segurança e a ordem
publica principalmente em lugares privados e fechados principalmente em edifícios acima de
9 metros e 750 m², conforme atribuição constitucional dos mesmos com fulcro no artigo 144
da CF. As normas de referencia mais comuns na área são a NBR 15219 – “Plano de
emergência contra incêndio – Requisitos”, Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Normas
Técnicas, instrução técnica IT Nº. 16/2011, Plano de emergência contra incêndio e o livro “
A segurança CONTRA INCÊNDIO NO BRASIL”, de Alexandre Itiu Seito, Alfonso Antonio
Gill, Fabio Domingos Pannoni, Rosaria Ono, Silvio Bento da Silva, Ualfrido Del Carlo e
Valdir Pignatta e Silva, coordenação de Alexandre Itiu Seito, São Paulo: Projeto Editora,
2008. em especial o capitulo XXI Processo de Elaboração de Plano de Emergência.
Porém verificamos que os grandes eventos e massa normalmente ocorrem em locais abertos
ou fechados, descobertos públicos ou privados tais como edificações ou suas áreas externas,
ainda que descobertas e abertas, tais como jardins, áreas de lazer e recreação, pátios de
estacionamento, áreas externas em clubes de campo, áreas para a prática de atividades físicas,
13
Para EWALD, François, um acidente possui duas características marcantes e que devem ser
analisadas:
o Previsibilidade, calculabilidade seria a sua primeira característica, onde há uma
objetividade que escapa à prudência, ao cuidado de vigilância individual;
o O segundo elemento característico é que o acidente é produto da ação coletiva,
da sociedade de massa. Assim, o acidente de trânsito pode ser responsabilidade
do condutor, por uma falha ou um erro, mas também pode ser explicado e
justificado em grande parte pelo aumento significativo e sem a devida estrutura
das cidades para a grande circulação de veículos nas ruas. Apresentando uma
visão holística, em que todos os fatos são interdependentes.
Os grandes eventos a principio deveriam ser ambiente para relaxar com seus amigos e se
divertir. Porém, quando as coisas saem do planejado, seja por falta de organização, segurança
ou pensar em todas as possibilidades para que o público fique seguro, acidentes e até mortes
podem acontecer. Para evitar isso, é necessário ter conhecimento de planejamento e
implantação onde deve ser abordada gestão de crises, segurança do público, posicionamento
de palco e setores, instalações e muito mais. Podemos citar alguns exemplos notáveis de
ocorrências em eventos de grande porte tais como:
2) Durante o The Who Tour em Ohio, EUA (1979), 7.000 pessoas aguardavam do lado de
fora do local do show, e após ouvir a passagem de som e a confundirem com o início do
show. A falta de segurança de público e planejamento e o desespero e correria dos fãs fez
com que sete pessoas acabassem falecendo após serem pisoteados e mais 26 ficassem feridos.
8) Show musical, Pukkelpop Festival na Bélgica em 2011, onde uma tempestade sem
precedentes atingiu o local durante o show da banda Skunk Anansie. A área de acampamento
ficou completamente alagada, e os fortes ventos acabaram derrubando o palco principal,
causando a morte de cinco pessoas e uma centena de feridos.
10) O mundo dos eventos registra ainda uma tragédia diferente: Feira Mundial de 1893, em
Chicago, também conhecida como a Exposição Universal, foi um marco na história tanto da
cidade quanto do mundo, levando as ideologias, invenções e projetos futuristas para o
público, que estava encantado com o evento. A feira atraiu 27 milhões de visitantes ao longo
de seis meses. Em um único dia, 716.881 pessoas compareceram para conferir as homenagens
ao aniversário de Grande Incêndio de Chicago, que havia acontecido em 1871, estabelecendo
um recorde mundial de público. No entanto, o grande evento também trouxe algo a mais para
a cidade: uma grave epidemia de varíola. Os imigrantes europeus que construíram a feira
viviam em condições deploráveis, sendo que trinta trabalhadores morreram durante a
construção e mais 5.919 casos chegaram ao departamento médico da exposição. A cidade de
Chicago não realizava um programa de vacinação contra a varíola por uma década e os
acampamentos dos trabalhadores tornaram-se um terreno fértil para a doença. Os casos
subiram em agosto e tudo se transformou em uma enorme epidemia em novembro. O surto
matou 1.213 pessoas.
De acordo com Anita Pires, Presidente da ABEOC Brasil Associação Brasileira de Empresas
de Eventos, no prefacio da Cartilha “Evento Seguro - Orientações sobre segurança em
eventos”, um Evento tem como objetivo reunir pessoas, alguns por motivos culturais, sociais,
para divulgação ou comercialização de produtos. Todos os Eventos precisam de instalações
temporárias de acordo com suas necessidades, e sua montagem e realização movimenta uma
grande quantidade de profissionais, num curto espaço de tempo. A Empresa Produtora do
Evento, contrata outras empresas (terceirizadas) para construir o projeto idealizado, para
16
A qualidade da segurança é fator crítico para o sucesso de um evento, por isso, de nada
adianta planejar impecavelmente uma recepção empresarial, se o controle de acesso não for
capaz de barrar a entrada de intrusos que tomam o lugar dos convidados. Pouco importará
que um Evento tenha sofisticados recursos de som e imagem, se um princípio de incêndio
ocorrer, provocando um tumulto que deixe dezenas de pessoas feridas ou até mortas. A
caríssima exposição de arte promovida por uma empresa não será notícia no caderno de
cultura dos jornais, e sim no de polícia, se falhas na vigilância facilitarem o roubo ou furto
de obras expostas. Não se espera que os profissionais que organizam eventos saibam fazer
sua segurança. Mas se espera que saibam avaliar corretamente os planos de segurança,
destinados a proteger a vida de pessoas, a imagem de empresas e a integridade dos bens
envolvidos nos eventos. A proposta da cartilha é simples e objetiva: O que não podemos
esquecer e o que devemos fazer no quesito Segurança, quando estivermos fazendo um evento!
7. CAPITULO 1.
Figura 4 : Colegio Estadual Prof. "Segismundo Antunes Netto" Ens. Fundamental, Médio
Estado do Paraná - Relatório do Plano de Abandono. Para maiores informações Clique aqui:
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact
=8&ved=0ahUKEwjx5cfVkM7WAhWBgpAKHcZ7A-
YQjhwIBQ&url=http%3A%2F%2Fwww.sqcsegismundo.seed.pr.gov.br%2F&psig=AOvVaw
2wnBg_sRNjCVpsts-qInAp&ust=1506902736448443
19
Conta o autor do livro supra que no dia 15 de dezembro de 1961, foi a estréia em Niterói do
Gran Circus. Era o maior e mais completo circo da América Latina com cerca de sessenta
artistas, vinte empregados e 150 animais. O proprietário do circo, Danilo Stevanovich, havia
comprado uma lona nova, que pesava seis toneladas e seria de náilon – detalhe que fazia parte
da propaganda do circo. O Norte-Americano chegou a Niterói uma semana antes da estréia e
foi instalado na Praça Expedicionário, centro da cidade. Para que a montagem do circo
acontecesse, foi necessária a contratação de trabalhadores provisórios.
20
Figura 6 – “Folder/Flyer/Panfleto” com referencia a lona de Nylon que acabou pegando fogo
Fonte Jornal do Brasil: Mais informações leia em :
http://www.jb.com.br/media/fotos/2011/12/16/627w/cartaz-do-gran-circo-anunciava-sua-
chegada-na-cidade-de-niteroi-no-rio.jpg
Durante o espetáculo, o circo foi devorado pelo fogo gerando 238 mortes, mas, minutos
depois já se computava 260 mortes, dois dias depois passava dos 300, e semanas depois
chegava próximo a 400 mortos. O número de crianças mortas chamou muita atenção, visto ser
uma das únicas diversões que acontecia na cidade. Ainda houveram muitos feridos e
sobreviventes que tiveram sequelas físicas e psíquicas da luta direta contra o fogo.
Figura 7 : Dequinha acabou confessando ter ateado fogo na lona por vingança ao proprietário
do circo. Fonte Jornal do Brasil: Mais informações leia em :
http://www.jb.com.br/media/fotos/2011/12/16/627w/cartaz-do-gran-circo-anunciava-sua-
chegada-na-cidade-de-niteroi-no-rio.jpg
O atendimento às vítimas foi rápido, pois o quartel de bombeiros situava-se bem próximo,
porém, devido ao grande número de vítimas, eles contaram com ajuda de populares,
enrolando com cobertores corpos em chamas. Alguns ilesos buscavam familiares para ajudar
e carros particulares conduziam vítimas ao atendimento médico local. Não havia
planejamento e um plano formal para atendimento de desastres, que ocorreu literalmente em
forma de “mutirão”.
21
Diversos médicos de Niterói foram acionados pelo cirurgião Ivo Pitanguy, que foi um dos que
inicialmente realizou a triagem das vítimas. Quando houve o incêndio, o cirurgião plástico Ivo
Pitanguy trabalhava como professor na PUC, e ainda não tinha inaugurado a famosa clínica na
rua Dona Mariana, em Botafogo. No dia, conta ao JB, ele seguia para a Santa Casa da
Misericórdia quando ouviu, pela rádio, o anúncio de que o circo pegava fogo. Pitanguy
seguiu para o Iate Clube do Rio e, a bordo da sua lancha particular, atravessou a Baía de
Guanabara para se juntar ao mutirão que procurava ajudar as vítimas.
“Cheguei com uma equipe em pleno momento de comoção. Havia muita gente querendo
ajudar, mas também uma enorme desorganização”, lembra o médico. “Lembro de um caso
muito heróico de um menino que tinha se salvado e voltou para debaixo da lona para buscar o
seu amigo. O que era mais dramático é que eram muitas crianças, e ao lado delas, seus
amigos, de modo que devia haver ali pelo menos 500 delas”.
Figura 13 : Dr. Ivo Pitanguy conta ao 'JB' os momentos mais marcantes da tragédia no circo
OBS: Pitanguy relembra os momentos mais marcantes do incêndio no Gran Circo:
http://www.jb.com.br/rio/noticias/2011/12/17/ivo-pitanguy-relembra-os-momentos-mais-
marcantes-do-incendio-no-gran-circo/ Ver também Vídeo com o depoimento:
https://youtu.be/Uvj6qG06BJM
A maioria dos feridos eram crianças chegando a ter 70% do corpo queimado. Em virtude da
dificuldade de leitos hospitalares, somente os gravemente feridos eram internados, os outros
recebiam atendimento de emergência com acompanhamento ambulatorial. A equipe de
atendimento organizou um centro de atendimento de emergência e triagem, reabrindo o
Hospital Municipal Antonio Pedro – HMAP, que havia sido fechado meses anteriores.
23
Havia profissionais capacitados para tratar os queimados, mas não para o tamanho da
tragédia. Voluntários doavam sangue, medicamentos e alimentos ao Hospital Universitário,
que não estava preparado para um grande número como este. A cidade estava encoberta pela
fumaça, gritos e um grande cheiro de carne queimada.
Devido ao elevado número de mortos, o Instituto Médico Legal – IML necessitou de câmaras
frigoríficas para armazenar os corpos.
Figuras 16 – Encaminhamento, saída do IML. Fonte Jornal do Brasil: Mais informações leia
em : http://www.jb.com.br/media/fotos/2011/12/16/627w/cartaz-do-gran-circo-anunciava-sua-
chegada-na-cidade-de-niteroi-no-rio.jpg
24
vândalos e não de tragédia impediu o acesso das ambulâncias e dos médicos ao gramado para
socorrer os feridos. No momento em que as grades foram derrubadas os policiais avançaram
em cima dos torcedores com cães, a fim de conter a invasão, enquanto pessoas foram
esmagadas umas sob as outras nas grades. Havia somente uma ambulância dentro do estádio e
outras 42 do lado de fora com a informação de que estava havendo uma “batalha campal”.
Enquanto isso, alguns torcedores improvisaram macas para realizar os primeiros-socorros,
visto o grande número de feridos.
Houve uma grande falha de liderança e coordenação para atendimento das vitimas, visto que o
plano de incidentes não foi corretamente acionado. A comunicação dos serviços de
emergência foi mal-executada e imprecisa, levando ao atraso e à lentidão para perceber que a
tragédia estava acontecendo. Oficiais da Ambulance Service, preparados para grandes
incidentes, eram os que estavam lentos a fim de se atentarem para o desastre. Equipe médica e
oficiais sêniores das ambulâncias demoraram a ser acionados, falhando o plano de emergência
e a organização médica.
ginásio. Eles foram auxiliados pelos esforços de muitos fãs, alguns dos quais ficaram feridos.
Médicos e enfermeiros entre os fãs fizeram uma contribuição para a reanimação. Não houve
avaliação sistemática (triagem) de prioridades para o tratamento ou a remoção para o hospital.
Figura 21 - Um documentário da BBC (de 2014) "Hillsborough - How They Buried The
Truth":Ver video You tube URL: https://youtu.be/MNS26Oj9B4o
27
A dinâmica, causas e o socorro são similares a outros incêndios e quase uma premonição do
incêndio da Boate Kiss de Santa Maria que iremos estudar de forma mais detalhada no item
7.1.4 desta Monografia. O caso da República Cromañón carrega várias semelhanças com o de
28
Santa Maria. O fogo começou após o uso de fogos de artifício, durante o show de uma banda.
O local tinha seis portas, mas quatro estavam fechadas para que as pessoas não saíssem sem
pagar. A maioria das vítimas morreu por asfixia, devido a inalação de gases tóxicos.
Muitos dos que conseguiram sair do lugar retornaram para resgatar as pessoas que ainda se
encontravam no interior do edifício. Apesar dos esforços, durante o incêndio e nos dias
subsequentes à tragédia morreram 194 pessoas e ao menos 1432 ficaram feridas, inclusive
familiares de integrantes da banda. Faleceram várias crianças e muitos meios de comunicação
declararam que havia uma espécie de berçário ou creche para crianças – onde as mães
deixavam seus filhos para assistirem ao show – no banheiro feminino, o que foi desmentido
pelas testemunhas.
A tragédia teve impacto político e cultural. O prefeito de Buenos Aires na época do incêndio,
Aníbal Ibarra, foi alvo de um processo de impeachment e destituído dois anos depois. Ele foi
acusado de não ter feito a fiscalização. A carreira política de Ibarra, que despontava como
líder progressista, implodiu. À época cotado para uma eventual sucessão presidencial, é hoje
deputado estadual.
29
Os parentes, durante meia década, realizaram frequentes marchas para exigir justiça. A vida
noturna portenha sofreu uma drástica guinada, já que várias discotecas foram fechadas pela
fiscalização municipal.
Figura 23: Protesto na Praça de Maio pelas vítimas da tragédia, em 9 de dezembro de 2007.
https://www.google.com.br/search?client=firefoxb&dcr=0&biw=1440&bih=799&tbm=isch&
sa=1&ei=rf1wWpXoJ4eowATW2pqADA&q=Rep%C3%BAblica+Cromagn%C3%B3n+%E
2%80%93+2004+%E2%80%93+Buenos+Aires&oq=Rep%C3%BAblica+Cromagn%C3%B3
n+%E2%80%93+2004+%E2%80%93+Buenos+Aires&gs_l=psyab.3...395371.396090.0.396
979.1.1.0.0.0.0.103.103.0j1.1.0....0...1c.1.64.psy-ab..0.0.0....0.PH6crAyv-RQ
A tragédia deu início a uma série de mudanças nas regras de segurança para casas noturnas no
país - das 160 que existiam na cidade, apenas 61 tinham os requisitos para reabrir as portas
sob as novas normas.
As novas regras foram determinadas após reuniões entre engenheiros, arquitetos, empresários
da noite, músicos e representantes dos pais das vítimas. As normas de segurança em bares,
clubes e salões com música ao vivo, também foram reforçados. Eventos de grande público
passaram a exigir autorizações especiais.
Neste tópico iremos nos alongar um pouco mais, pois faz parte da nossa vivencia profissional.
O incêndio na boate Kiss foi um acidente que matou 242 pessoas e feriu 116 outras em uma
discoteca da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul e é considerado o terceiro maior
incêndio em boates da historia, sendo menos trágico apenas que o incêndio da Boate Coconut
Grove em Boston, 20 de novembro de 1942 com 492 mortos e mais de 600 feridos. Na
seqüência temos a boate de Luoyang, China, na noite de Natal do ano 2000, que deixou 309
mortos.
Como mencionado no item 7.1.3, outros dois incêndios com dinâmica muito parecida com
Santa Maria foram o incêndio da discoteca República Cromagnón em Buenos Aires
(Argentina), que ocorreu na noite de 30 de dezembro de 2004, durante um show da banda de
rock Callejeros. Este incêndio causou a morte de 194 pessoas e ao menos 1432 feridos e
iniciou mais ou menos às 22 horas e 50 minutos, depois que alguém acendeu um elemento de
pirotecnia, cujos projeteis incandescentes entraram em contato com a decoração do teto, que
era feita de placas de poliuretano. Ao entrar em combustão a “meia sombra” contaminou o ar
com gases nocivos, intoxicando mais de cem jovens que se encontravam ali. O segundo de
dinâmica muito parecida foi o incêndio no clube The Station Nightclub em Rhode Island
(Estados Unidos), ocorrido em de 20 de fevereiro de 2003, na cidade americana de West
Warwick, resultou na morte de 100 pessoas. O incêndio foi causado por fogos pirotécnicos
iniciados pelo gerente da banda Great White e agravado pela obstrução nas saídas de
emergência.
a) Inicio do Fogo.
O fogo iniciou-se por uma centelha de um fogo de artifício utilizado pela Banda Gurizada
Fandangueira. O produtor da banda colocou uma luva na mão no vocalista da banda na qual
estava acoplado o objeto que acionou fogos de artifício, mediante controle remoto. O
vocalista da banda levantou a mão em direção ao teto e uma chama ou faísca tocou o forro, o
qual possuía isolamento acústico de esponja, material altamente inflamável (poliuretano).
Assim, poucos segundos depois a espuma pegou fogo, gerando uma fumaça preta e tóxica
que se alastrou por toda a boate (vídeo de um minuto e vinte segundos extraídos de um
telefone celular pertencente a um freqüentador da boate), fazendo com que muitas pessoas
desmaiassem tão logo aspiraram o ar impregnado da fumaça originada da queima. No vídeo,
33
verifica-se que quarenta segundos depois das pessoas que portavam o telefone terem
percebido que se tratava de fogo, a fumaça já havia tomado conta e o caos estava instalado no
ambiente superlotado do estabelecimento.
b) A Superpopulação:
Apesar de colocado fator preponderante para o pânico conforme acima , acreditamos, que esta
hipótese parece pouco provável como o principal motivo do alargamento da tragédia.
Claro que a concentração de pessoas com certeza é fator de agravamento, porém conforme as
ilustrações vêem que mesmo com as estimativas da policia de haverem 1000 pessoas, pelas
normas e Legislação vigente temos permissão de até 2,5 pessoas por m² em local em pé e no
caso temos 690 m² de área livre vemos que a principal causa não é esta.
Conforme ilustrações abaixo as noticiam da época faziam uma correlação de uma pessoa por
m², portanto esta hipótese parece afastada como causa, porém contribuiu para o agravamento.
Fazendo o calculo conforme norma NBR 9077 ABNT vemos que a área era compatível com
a lotação existente e concedida pelos órgãos públicos em questão, ou seja, pelas Normas
abaixo utilizadas fizemos uma comparação população x área útil em uma planilha Excel®:
c) O Pânico.
O pânico tomou conta dos indivíduos que estavam na boate, fazendo com que as pessoas se
desesperassem e tentassem deixar o local, mas a Boate Kiss possuía apenas uma saída que
dava acesso ao seu exterior. Havia gradis e balizamento obstruindo as saídas limitando as
mesmas para 1,2 metros. Alem disto os seguranças dificultaram a saída acreditando em um
primeiro momento que era manobra articulada de pessoal que queria sair sem pagar as
comandas.
c) As Saídas.
O pânico tomou conta dos indivíduos que ficaram desesperados tentando deixar o local, mas
a Boate Kiss possuía apenas uma saída que dava acesso ao seu exterior. A referida saída foi
absolutamente insuficiente para dar vazão à quantidade de pessoas que se amontoaram na
tentativa desesperada de deixar o local, sendo que muitas delas morreram buscando a saída.
Não bastasse a existência de uma única saída, contribuiu também para o resultado danoso a
existência de diversos obstáculos físicos, guarda-corpos (barras de contenção) nas rotas de
saída, degraus, deficiência da iluminação de emergência, falta de indicação ou sinalização das
rotas de fuga, além do local estar superlotado, fatores que em conjunto dificultaram a rápida
evacuação do local.
A boate não tinha janelas além de dispositivos de sombra para tornar o local escuro. Com a
queda da energia elétrica luzes de emergência conforme filme e deficiência de se ver a
sinalização indicativa da rota de emergência que era fotoluminescente. Estes fatos causaram
um efeito atípico e característico desta tragédia. Sem enxergar em função da fumaça, o
público acabou se dirigindo para os banheiros onde havia janelas, portanto luz e extração de
fumaça. Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros da boate, assim sendo, foram nos
banheiros onde a maioria das vítimas foi encontrada.
Todas as mortes causadas dentro da boate tiveram como causa a asfixia, segundo a perícia,
porém a de se ressaltar que muitos corpos apresentavam inúmeros traumas por pisoteamento e
empilhamento. A espuma de isolamento acústico que revestia o teto e algumas paredes da
Kiss foi apontada pela polícia, desde os primeiros dias, como uma das protagonistas na
tragédia. O material, feito de poliuretano, liberou gases tóxicos durante a queima, como
cianeto e monóxido de carbono, comprovou a perícia. Esses elementos químicos foram os
causadores da morte por asfixia de pelo menos 234 das 242 vítimas, conforme os laudos da
necropsia.
Vimos que para verificarmos se o local é seguro, a casa noturna deverá ter alvará de
funcionamento (que precisa estar exposto na entrada do local) o que assegura a existência de
um projeto que agracia o sistema de segurança de uso edilício, saída de emergência,
39
Bombeiros não tinham máscaras suficientes – A estrutura dos bombeiros de Santa Maria
foi criticada após o incêndio. Segundo as investigações da polícia, faltaram equipamentos
como máscaras de oxigênio. Bombeiros disseram que de seis a oito respiradores
autônomos estavam disponíveis para o resgate das vítimas de um total de 21. A polícia
concluiu que se os bombeiros estivessem equipados com os tais 21 aparelhos “teriam mais
condições de entrarem no interior da boate tomada pela fumaça e de lá retirarem mais
sobreviventes”. O inquérito foi encaminhado para a Justiça Militar para que o comandante
do 4º Comando Regional dos Bombeiros, tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs, fosse
investigado por homicídio culposo por suposta negligência, mas o caso foi arquivado.
Participação de civis no resgate das vítimas – Várias pessoas que estavam na festa
ajudaram no resgate das vítimas e tiraram de dentro da boate incontáveis sobreviventes,
conforme os relatos. A polícia conseguiu provas de que pelo menos cinco desses civis
morreram ao ingressarem novamente no prédio. O relatória da polícia concluiu que os
bombeiros “estimularam” e “forneceram equipamentos” para que civis entrassem na boate
e pediu à Justiça Militar que sete militares fossem indiciados por homicídio culposo por
suposta omissão. O MP Público arquivou a denúncia por entender que não há provas ou
indícios suficientes e que não há como individualizar a conduta de cada bombeiro diante
das circunstâncias de caos e desespero no cenário da tragédia.
O atendimento às vítimas foi realizado inicialmente pelas pessoas e colegas que estavam no
local, alguns homens chegaram a derrubar paredes da boate com o intuito de abrir lacunas e
ajudar os que estavam presos.
O resgate foi muito criticado pelo pequeno efetivo de bombeiros no local, que permitiu que
sobreviventes participassem das tentativas de salvamento dos que ainda de encontravam no
41
interior da boate. Muitos desses jovens, que haviam incialmente conseguido escapar,
morreram tentando ajudar seus amigos e até mesmo desconhecidos.
Houve tentativas de reanimação de diversas vítimas por colegas até a chegada das
ambulâncias.
Bombeiros tiveram que usar caminhões refrigerados para acomodação dos corpos.
Diversos profissionais de saúde compareceram ao local, como: enfermeiros, psicólogos,
assistentes sociais, médicos, soldados e policiais, para dar suporte, muitos deles no improviso,
de bermuda e chinelo.
Quanto ao exemplo das tragédias estudas existem algumas lições em comum que nos fazem
pensar. Imputar toda responsabilidade as licenças vencidas do Corpo de Bombeiros e a
Prefeitura ou aos proprietários, seguranças, as causas do incêndio é o suficiente, resolve o
42
problema minimiza o numero de vitimas? São ações que bastam como meios de prevenção e
minimização dos efeitos de uma tragédia? Ou são estudos que visam prevenir a ocorrência das
tragédias e não o enfrentamento das mesmas em caso de ocorrência?
Será que este tipo de discussão e arguição não é no mínimo fugir a causa raiz da
extensão e alargamento da Tragédia. Isto nos leva a uma série de novas indagações:
Será que realmente a boate não tinha saída de emergência, não possuía sistema contra
incêndio e se quer os extintores não estavam em condições de Funcionamento? Se
existiam os documentos, não podemos fugir a realidade que existia um projeto e uma
execução do mesmo.
Será que o fato de uma pessoa ter sua habilitação para dirigir ela esta realmente
preparada para dirigir e evita qualquer tipo de acidente?
Será que a licença para dirigir basta e é condição suficiente para conhecer realmente e
saber executar a legislação, normas e boas praticas?
O estado é capaz de fiscalizar 24 horas por dia todos os dias (onipresente), e para ser
qual seria o custo disto?
O poder publico constituído de ordem publica esta integrado o suficiente para atender
grandes tragédias ou incidentes de massa?
Fica claro durante os estudos realizados neste artigo que poucos lembram do que é trabalho
coordenado e integrado maximizando os esforços (para usar palavra da moda Sinérgico) e que
não existe no Brasil a cultura da prevenção em nenhum campo.
Como causa raiz do alargamento das tragédias e o agravamento com certeza se da por termos
uma cultura que não valoriza a prevenção.
Mas a realidade é que ao se esquecer deste importante requisito abre se espaço para que
possíveis acidentes possam ocorrer e no caso desta ocorrência a mesma ainda pode ser
agravada por descaso ou desconhecimento dos meios de evacuação.
A primeira lição que podemos tirar sem sermos passionais é que apenas fiscalização e
documentação em dia não evita acidentes, assim sendo, a principal lição que tiramos depois
do incêndio na boate Kiss foi relacionada à segurança em Locais de Reunião é para evitar
tragédias como a de Santa Maria, é preciso redobrar o cuidado com a prevenção, checando
saídas de emergência e possíveis obstruções, quantidade e validade de extintores, e quaisquer
outros pontos relacionados à segurança contra incêndio e pânico além de sistemas de
segurança patrimonial e de operação administrativa.
É necessário ter todos equipamentos e saber utiliza-los e trabalhar de forma treinada, prepara
de sabendo geris e destinar os recursos, enfim fazer o máximo com o mínimo. A sociedade,
portanto, deve estar ciente de como se comportar em cada situação e ter conhecimentos
44
básicos de gerenciamento de riscos, quais são e como enfrentá-los – todas aquelas que você
analisou e identificou anteriormente. Realizar treinamentos práticos periódicos conforme
Legislação Trabalhista, Estadual e Municipal, para acostumar seus colaboradores a situações,
aumenta a eficiência deles em um incidente de verdade.
Prevenir se torna a palavra chave para as pessoas que querem estar um passo à frente, pois
situações acontecem e a cada momento devemos aumentar nossas preocupações com este
tema, pois seu poder de destruição ultrapassa o que pensamos que pode ocorrer.
Figura 37: Bombeiros combatem as chamas na boate Kisss 2013 (Foto: Germano
Roratto/Agência RBS) http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/01/dois-anos-
depois-veja-24-erros-que-contribuiram-para-tragedia-na-kiss.html
45
Somente como referencia no dia da abertura da Copa de 2014 no Brasil tivemos uma cidade
do porte de São Paulo com 10 milhões de habitantes totalmente parada e congestionada, uma
rotatividade de aproximadamente 3,7 milhões de turistas, entre nacionais e estrangeiros nas 12
sedes da copa. Eventos paralelos, tais como a FIFA FUN FEST que reuniu cerca de 300 mil
pessoas em praças publicas para assistirem a cerimônia de abertura, o Jogo e Shows musicais.
Feriado decretado na maioria dos municípios do Brasil, ou seja, aproximadamente 200
milhões de pessoas focadas em um único evento. Neste contexto, o emprego de metodologias
de análise de risco mostra-se imprescindível para o assessoramento do processo decisório,
principalmente em face dos grandes eventos esportivos que aglomera multidões
multifacetadas e sem definição de fronteira (eventos internacionais).
a) Ameaça
Ameaça é um concito que está intimamente relacionado a situações que tem o poder de causar
danos ou gerar crises. O Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa define ameaça como “1.
ação, gesto ou palavra que intimida; promessa de castigo ou malefício; 2. prenúncio ou
indício de acontecimento mais ou menos perigoso ou maléfico; ameaço, sinal”. Desta forma, a
definição do termo está diretamente relacionada com a idéia de sinal, de iminente e de perigo.
Com estes conceitos trabalhamos a ameaça no gerenciamento de crises.
Uma vez que as ameaças possuem diferentes origens, podemos classificá-las
didaticamente em:
Naturais: ventos, terremotos, furacões, tornados, outros;
46
b) Vulnerabilidade
O conceito de vulnerabilidade esta relacionado à incapacidade de resistir ou suportar as
ameaças. Enfim a vulnerabilidade é qualquer debilidade/fragilidade que pode ser explorada
por uma ameaça, possibilitando o acesso a um ativo, podendo vir a causar Impacto (dano ou
perda).
c) Risco
É o evento resultante das variáveis:
Ameaça,
Vulnerabilidade,
Prioridade e
Hipótese.
d) Prioridade
Do dicionário Aurélio, tiramos:
1- Anterioridade.
2 - Preferência conferida a alguém, relativamente ao tempo de realização do seu direito, com
preterição do de outros.
47
e) Hipótese
De acordo com o dicionário Aurélio:
1- Suposição do que é possível (para do fato se tirar uma conclusão).
2 - Teoria não demonstrada, mas provável; suposição.
A Hipótese nos sistemas de planejamento é a premissa, ou seja, a ameaça ou vulnerabilidade
que deve ser estudada.
f) Dano
De acordo com o Aurélio dano é Danificar, perverter, estragar.
Nos nossos estudos podemos definir como perda, ou resultado final da materialização de uma
ameaça, ou seja, as conseqüências negativas ou efeitos negativos de uma ação ou ocorrência.
g) Pontos fortes
Variável controlável pela instituição. Os pontos fortes são aqueles que devem ser mantidos e
sempre monitorados e reavaliados para que não se tornem obsoletos ou apresentem
“rachaduras”. São as características internas vantajosas da instituição. É o “carro-chefe” das
organizações.
i) Pontos fracos
Variável controlável pela instituição. Os pontos fracos são as características desfavoráveis da
instituição, ou seja, na qual é possível e necessário, haver melhorias para que tais pontos
sejam fortalecidos. Seria como estivéssemos reforçando os alicerces de uma casa, ou trocando
a fiação defeituosa e, em um contexto institucional, otimizando o trabalho dos servidores, de
tal forma que possam produzir com mais eficácia e eficiência, sem prejuízo da qualidade de
vida no ambiente organizacional.
j) Correção (mitigação)
48
Para este tipo de analise a correção não esta associada ao sentido de exatidão,
aperfeiçoamento, aprimoramento, melhoria ou castigo e punição. O conceito basicamente está
ligado ao conceito de Retificação:
Como neste caso a correção ainda esta na etapa de planejamento, ela será a ação preventiva de
conserto, reparo, revisão, remédio, reparação, emenda, retificação, para evitar um dano. Esta
no âmbito das medidas de mitigação ou ações para evitar o “mal”.
k) Implantação da correção:
Basicamente as ações e recursos efetivos a serem adotados/utilizados para colocar em pratica
as ações propostas
m) Análise do Risco
Avaliação final comparativa entre o custo e os benefícios da adoção das medidas para
eliminar o risco e assumir o risco
Normalmente entendemos terrorismo pela prática por um ou mais indivíduos de atos extremos
cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo
pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. Atos de terrorismo portanto,
podem ser vários tais como, guardar ou portar explosivos, ameaçar pessoas, serviços de
transporte, mecanismos cibernéticos, entre tantos, por razões de xenofobia, discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia e religião.
É necessário observar que o conceito de ameaças terroristas não pode ser aplicado à conduta
individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais,
religiosos, de classe ou de categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou
reivindicatórios, visando a contestar, criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo de defender
direitos, garantias e liberdades constitucionais
49
Em seguida vamos relacionar os atentados terroristas mais recentes para podermos focar na
tendência existe, principalmente por conta do Estado Islâmico e fazer um estudo de caso.
3. Atentado de Ouagadougou. Foram uma série de ataques que aconteceram em Burkina Faso
em 15 de janeiro de 2016, quando um grupo fortemente armado invadiu o restaurante
Cappuccino no Hotel
Splendid e fez dezenas de reféns. Pelo menos 29 pessoas (de 18 nacionalidades) morreram
num período de vinte e quatro horas. Contudo, outros ataques, como ao hotel YIBI, também
foram reportados.
50
6. Atentados em Bruxelas em março de 2016. Uma ação terrorista suicida cometida na manhã
de 22 de março de 2016, no aeroporto e no metropolitano de Bruxelas, capital da Bélgica. Os
atentados causaram a morte de pelo menos 35 pessoas e deixaram outras 300 feridas.
11. Ataque de Outubro de 2016 em Sinai. O ataque no dia 16 de Outubro de 2016 em Sinai
foi um ataque terrorista num posto de controle do exército egípcio.
9. Atentados no Domingo de Ramos em igrejas do Egito em 2017. dois ataques suicidas por
explosivos que aconteceram em 9 de abril de 2017 durante o Domingo de Ramos na Igreja de
São Jorge e na catedral Ortodoxa Copta de São Marcos deixando 43 mortos e 119 feridos
10. Atentado na Manchester Arena em 2017. Em 22 de maio de 2017. Dupla explosão após
um show por um homem bomba causando pelo menos 22 mortos e 60 feridos.
11. Ataque a ônibus do Borussia Dortmund. No dia 11 de abril de 2017, o ônibus que
conduzia a equipe de futebol Borussia Dortmund para disputar as quartas de final da Liga dos
Campeões da UEFA contra Mônaco foi atacado com explosivos
13. Ataque ao Resorts World Manila em 2017. Em 2 de junho de 2017, atentado com arma de
fogo com 38 mortes e 70 feridos.
14. Atentados de junho de 2017 em Londres. Uma série de ataques terroristas em 3 de junho
de 2017. Pelo menos oito pessoas foram mortas no atentado, com outras 48 ficando feridas.
15. Ataques em Teerã em 2017. Em 7 de junho de 2017, dois ataques foram realizados
simultaneamente contra o parlamento iraniano e o Mausoléu de Ruhollah Khomeini, deixando
18 pessoas mortas e 52 feridas.
53
16. Atentado de Finsbury Park em 2017. Em 19 de junho de 2017, uma van foi jogada contra
pedestres no Finsbury Park, Londres, Reino Unido, matando 1 pessoas ferindo pelo menos
dez pessoas.
19. Ataque em Mogadíscio em outubro de 2017 foi uma enorme explosão causada por um
caminhão-bomba ocorrido em Mogadíscio, capital da Somália, que deixou ao menos 510
mortos e centenas de feridos no dia 14 de outubro
21. Ataque em Semuliki em 2017. foi um ataque realizado por elementos das Forças
Democráticas Aliadas contra a base da Missão das Nações Unidas na República Democrática
54
7. O ataque contra o distrito da polícia de San Lorenzo em 2018 foi um ato descrito como
um terrorista ligado ao tráfico de drogas no Equador em 27 de janeiro na cidade equatoriana
de San Lorenzo. O incidente ocorreu quando um carro bomba explodiu no prédio da polícia
em San Lorenzo, causando danos à maior parte da estrutura e cerca de 23 pessoas feridas.
onde morreram dois policiais, aumentando o número de mortos para 7 O primeiro ataque foi
reivindicado pelo grupo guerrilheiro, o Exército de Libertação Nacional.
De acordo com o Site Gospel Prime em matéria assinda por Jarbas Aragão em 25/10/2017 as
14:58 horas https://noticias.gospelprime.com.br/estado-islamico-ameaca-atentados-na-copa-
do-mundo-de-2018/
Estado Islâmico ameaça atentados na Copa do Mundo de 2018. Na matéria eles divulgaram
um pôster onde Lionel Messi aparece com um dos olhos sangrando, vestindo uma roupa de
presidiário com seu nome escrito. De acordo com a reportagem o Estado Islâmico (EI) esta
perdendo diariamente territórios na Síria, os terroristas do EI decidiram mostrar que ainda tem
apoiadores em todo o mundo.
Essa campanha de terror associa a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, um dos países
responsáveis pelas grandes derrotas do EI no Oriente Médio. A imagem, divulgada pela Wafa
Media Foundation, espécie de porta-voz do Estado Islâmico, vem acompanhada da frase
“Você está lutando contra um estado que não tem a palavra fracasso no seu dicionário”.
Figura 38fonte:
https://images.gospelprime.com.br/LVGeGSGaMIVe6FA6xAcnD2J5rBk=/370x0/smart/filter
s:strip_icc()/noticias.gospelprime.com.br/files/2017/10/copa-do-mundo-x-estado-islamico.jpg
em 30/01/2018
57
Inicialmente faremos um estudo levantamento genérico das ameaças mais evidentes nos
grandes (Shows Internacionais) e mega eventos, tais como o Carnaval. Para analisarmos,
então a ameaça, deve primeiro relacionar as mais conhecidas e freqüentes. Destas partiremos
para as que possuem maior poder de destruição. Cada ameaça relacionada será depois
comparada a uma situação hipotética, em que serão apresentadas soluções de resposta e
gerenciamento de crises, como também uma avaliação de risco. Ameaças em grandes eventos:
Nesse primeiro momento, em que estudamos apenas as ameaças, trabalharemos uma tabela
com apenas as variáveis abaixo, a título de exemplo, relacionaremos algumas ameaças e
hipóteses comuns em eventos esportivos (tabela6 – Ameaça – prioridade – hipótese).
Lembramos que deve primeiro relacionar as mais conhecidas e freqüentes. Destas partiremos
para as que possuem maior poder de destruição.
Risco Alto (ameaça grande e grave diante de uma vulnerabilidade também alta).
investimento.
O Custo de adoção das medidas preventivas implica em um custo
adicional para o evento porém elas são investimento e legado, uma
vez permanecerão ativas mesmo após o término da Copa do Mundo
personalização qualquer um pode ser atingido, pois o alvo é o local. Geralmente existe uma
cuidadosa escolha dos alvos a serem atingidos, buscando sempre o medo e a divulgação.
Não há como calcular, por exemplo, o valor da propaganda que a rede terrorista Al Qaeda e o
Bin Laden obtiveram com os atentados do 11 de setembro. Quanto custaria para esse grupo
pagar vinte e quatro horas de transmissão ao vivo em todas as redes de TV do mundo? De
acordo com o site da ABIN (Agencia Brasileira de Inteligência), a propaganda e o marketing
de emboscada esta dentre os objetivos específicos do terrorismo na atualidade.
Se não há consenso, cada ataque é um ataque e por mais estratégias de segurança adotadas, as
pessoas seguem sempre assustadas, os governos acuados, milhões são investidos em aparatos
de inteligência e segurança sem garantias de que novos ataques ocorram. Organizações como
Comando vermelho, PCC (Primeiro Comando da Capital) Estado Islâmico (com indícios de
embriões em Foz do Iguaçu), tem seus ataques praticados individualmente ou por no máximo
duas ou três pessoas militantes sem compromisso nenhum com a vida própria ou de terceiros.
No Estado de São Paulo, existe um SCI integrado com os diversos orgãos publicos
implementado desde 1995, trata-se do SiCOE (Sistema de Coordenação de Operações de
Emergência). Desde então, o sistema tem sido utilizado para subsidiar ações de planejamento
de operações programadas e ações de gerenciamento de emergências, tais como:.
as emergências atendidas propiciaram a realização de autoavaliações sobre a eficiência
dos atendimentos e sobre as vantagens da implantação do SiCOE,
contribuindo no processo de melhoria contínua do gerenciamento de emergências,
resultando em adequações no suporte material, na devida preparação e treinamento do
efetivo e na inclusão de outras agências nos programas de treinamentos e simulados.
Apesar de ter sido criada para solucionar ocorrências de grande vulto, pode ser utilizada para
o gerenciamento de ocorrências cotidianas, independente de sua complexidade.
O SCI deve ser implantado desde a chegada da primeira equipe de emergência no local. Com
o aumento da complexidade do evento a estrutura pode ser adaptada (expandida ou contraída)
a fim de possibilitar a melhor resposta, ou seja, Considerando as particularidades dos órgãos
envolvidos em um incidente, o SCI deve adotar princípios que permitem assegurar um
deslanche rápido, coordenado e efetivo dos recursos, minimizando a alteração das políticas e
dos procedimentos operacionais próprios das instituições envolvidas.
Cada um destes níveis possui uma detalhada caracterização que auxilia na operacionalização
de um sistema de gestão e preparação.
O SCI já foi colocado à prova inúmeras vezes e mostrou sua eficiência. Sem o uso do SCI, os
problemas mais comuns no gerenciamento de incidentes são:
Vale destacar que o SCI não é uma estrutura física pronta e sim um sistema que, diante de
uma emergência, é utilizado para definir estratégias e funções que serão realizadas no
gerenciamento. Geralmente é montado um posto de comando, coberto ou ao ar livre, do qual
partem todas as ações coordenadas por um comandante, junto com os representantes de cada
órgão e instituição presente na operação. A estrutura de recursos materiais e humanos
dependerá do tipo de ocorrência, bem como dos recursos disponíveis.
7.3.2.2) Segurança
Identificar situações perigosas associadas com o incidente;
Identificar situações potencialmente inseguras durante as operações;
Investigar os acidentes;
Fazer uso de sua autoridade para deter ou prevenir ações perigosas;
Revisar e/ou aprovar o plano médico.
7.3.2. 4) Ligação
Responsável por obter relatos breves junto ao comando;
Observar as operações do incidente com o objetivo de identificar problemas atuais ou
potencias problemas futuros.
7.3.2.5) Planejamento
Designar o pessoal de intervenção para as posições do incidente, de forma apropriada;
Supervisionar a preparação do Plano de Ação do Incidente;
Proporcionar previsões periódicas acerca do potencial do incidente;
Distribuir ao comando informações resumidas acerca do estado do incidente.
7.3.2.6) Operações
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7.3.2.7) Logística
Designar lugares de trabalho e tarefas preliminares ao pessoal;
Identificar os serviços e as necessidades de apoio para as operações planejadas e
esperadas;
Fazer uma estimativa das necessidades futuras de serviços e apoio.
Diversas técnicas são utilizadas para combater um incêndio, dentre as fases que um combate a
incêndio requer, na qual compreende o reconhecimento do local, o combate ao incêndio e/ou
salvamento, o rescaldo e a inspeção final.
No nosso caso em questão, informar à equipe que o local é uma boate, com
aproximadamente 1000 pessoas, sendo que o local possui quatro pistas de dança e 02
pavimentos. Caso já seja possível, informar a localização das saídas de emergência, dos
extintores e hidrantes e se no local há materiais inflamáveis.
69
Como dissemos os incêndios podem ter varias causas e neste caso preliminarmente a origem
tem que ser investigada, pois o incendio pode ter causas elétricas, combustíveis, por fogos de
artifícios ou efeitos especiais.
Trata-se uma ocorrência na qual há formação de fogo e este fica descontrolado. Para a criação
do fogo, é necessária a presença do chamado “Triangulo do fogo”, formado pelo combustível
(qualquer material que pegue fogo), comburente (elemento que, associado ao combustível,
pode fazê-lo entrar em combustão – como o oxigênio), o calor (necessário para iniciar a
combustão) .
Retirando qualquer um dos três primeiros componentes, não há fogo e o incêndio é apagado.
Os extintores seguem essa ideia, podendo atuar nas três pontas do triângulo, mas não na
reação em cadeia.
Outro ponto importante a frisar é o tipo do extintor que deve ser utilizado para cada classe de
incêndio. Cada tipo de extintor age de uma forma, o que o torna mais ou menos eficaz para
cada tipo de combustível.
Classe A - Extintores de H2O (água)são utilizados somente: materiais sólidos como
madeira, papel, tecidos e seus derivados;
Classe B - Extintores PQS (Pó químico) são utilizados: líquidos inflamáveis como
gasolina, álcool, tinta, óleo diesel, etc;
Classe C - Extintores de CO2 (Gás Carbônico)são utilizados: redes elétricas e fiações,
como em motores elétricos, geradores, equipamentos elétricos e eletrônicos, etc.
Extintores denominados “ABC” atuam em todos os casos
É importante atentar para o fato de termos no evento além dos equipamentos de extintores de
incêndio, os hidrantes do Local de Reunião ou publico, temos uma equipe de Bombeiros
Civis alem da Brigada e dos Seguranças, devidamente distribuídos em todas as áreas para o
atendimento imediato de qualquer princípio de incêndio (Ver no capitulo III o Plano de
Emergência e o Plano de Abandono).
70
Entendemos que esta o Local de Reunião ou publico tem Alvará de Autorização para Evento
Publico e temporário, Alvará de Funcionamento de Local de Reunião ou AVCB (Auto de
Vistoria do Corpo de Bombeiros), portanto todas as áreas do evento, estão devidamente
sinalizadas e todas as saídas de emergência encontram-se iluminadas , desobstruídas e
abertas.
Para a extinção do fogo, poderão ser utilizadas as técnicas de isolamento, que consiste
facilitar a organização do combate a incêndio iniciando-se pela delimitação da área sinistrada,
visando ao melhor aproveitamento do espaço pelas guarnições de bombeiros e impedindo que
pessoas estranhas ao socorro atrapalhem o serviço e por fim o confinamento, onde consiste
em impedir a progressão (ou propagação) horizontal ou vertical do incêndio, garantindo o seu
confinamento na área de origem e impossibilitando que os ambientes ainda não atingidos pelo
incêndio (calor, chama ou fumaça) sofram os seus efeitos.
Em primeiro lugar é necessário que TODAS as pessoas presentes no SCI estejam mantendo o
controle de suas próprias emoções, desenvolvendo também sua capacidade de liderança, para
então auxiliar no controle do pânico das pessoas presentes na cena do incêndio.
Deve-se ter em mente que, no nosso caso específico, o perfil do nosso público no local é de
serem pessoas jovens, muitas delas alcoolizadas ou drogadas de presença esporádica e sem
habitualidade no local.
Logo, terá de analisar esse aspecto no que se refere às características do público encontrado,
para só então efetivar uma escolha rápida e bem direcionada da maneira de lidar com ele. Para
convencer as vítimas envolvidas em um sinistro, o autor do resgate deverá ser persuasivo, ao
conversar com elas.
71
Para a elaboração das zonas de trabalho, alguns pontos devem ser vistos como:
Realizar o reconhecimento do local, observando a situação e os óbices para viabilizar
a ação do socorro, verificando continuamente as condições de segurança no local,
providenciando medidas que evitem agravamento do quadro e assegurando
tranqüilidade para a atuação das guarnições;
Estabelecer as viaturas no local adequado (mais próximo e seguro possível), conforme
a estratégia previamente definida ou o plano tático a ser usado;
Localizar e organizar os pontos de abastecimento das viaturas (hidrantes urbanos e de
passeio, mananciais disponíveis, etc);
Adotar todos os procedimentos administrativos relacionados ao evento, tais como:
solicitar perícia de incêndio, Instituto Médico Legal, Criminalística, Polícia Militar,
Defesa Civil e outros órgãos, caso haja necessidade;
Os responsáveis pelo salvamento devem verificar se há possibilidade de adentrar ao
ambiente, pois se deve atentar pela sua própria vida também;
Verificar se o local esta devidamente desenergizado;
Os locais de atendimento as vítimas e a central de comando devem ser montadas, no
que tange a segurança, em local com boa visibilidade, facilidade de acesso e
circulação, fora da zona quente ou área de risco (afastado da cena, do ruído e da
confusão).
O principal meio de fuga são as escadas enclausuradas, nas quais, só existem em edifícios
mais altos e/ou novos. Portanto, deve-se verificar se o local possui esse tipo de escada,
localizá-la na edificação e conduzir as vítimas até a porta do pavimento sinistrado, daí terão
acesso à rua, através da escada enclausurada. Na sua falta, utiliza-se a escada comum.
72
Dependendo da necessidade, poderão ser usadas outras técnicas de salvamento, como cabos
aéreos, escadas ou plataformas mecânicas, entre outros.
Como a segurança humana é uma das principais finalidades do escape nos incêndios, a
evacuação deve estar baseada nos princípios da objetividade, precisão, disciplina e segurança.
As vítimas devem ser conduzidas para as escadas de incêndio, deixando um bombeiro ou mais
encarregados de dar as seguintes orientações necessárias:
As vítimas não devem ir para os andares superiores;
Devem manter uma distância segura entre uma vítima e outra;
As vítimas descem apenas de um lado da escada, destinando o outro para o trânsito
das equipes de bombeiros;
Evitam-se correrias e aglomerações desnecessárias; e
Concentram-se as vítimas em um mesmo local a fim de se efetuar uma chamada
rápida e para que se verifique se há falta de alguma pessoa.
8. - CAPITULO II
Informar o título OFICIAL do evento, conforme será divulgado para a imprensa e para a
divulgação oficial do mesmo para não haver diferença entre os planos analisados e
estabelecidos com o nome de divulgação. Imaginem a confusão que poderá causar nos órgãos
de fiscalização, de segurança publica, imprensa e até mesmo no treinamento do pessoal que
ira trabalhar no evento.
Deve-se descrever o tipo e / ou natureza do evento (Ex: Religioso, esportivo, artístico, etc...),
bem como se o mesmo é para fins lucrativos ou não e se haverá ou não cobrança de ingressos.
74
É fundamental informar o tipo do evento, justamente para analisar o perfil do público, local
onde será realizada e também a classificação da mesma.
Informar a(s) data(s) de realização e/ou período do evento, bem como os horários de
realização do mesmo.
NOTA: Para a presente informação, são considerados evento apenas os períodos em que
haverá presença de público no local do evento ou nas seções com presença de publico como
cultos religiosos ou seções de projeção ou espetáculos circenses por exemplo, ou seja, período
de montagem, desmontagem e outros períodos onde não há presença de público não são
contabilizados como evento propriamente dito, porém são fundamentais para a implantação e
planos de emergência para os trabalhadores, equipes permanentes ou mitigação de entorno.
Deverá ser informado o local de realização do evento, com endereço completo do mesmo,
bem como detalhar as estruturas permanentes do local que serão utilizados para a realização
do mesmo. E sempre desejável estabelecer um croquis com a localização ou mapa de acesso.
Informar a área total a ser utilizada para a realização do evento e sua área útil (onde são
debitadas da área total as áreas de estruturas provisórias e permanentes), consideradas para
cálculo de lotação (ver 8.).
Caso exista, deverá ser informada também a lotação por cada área setorial a ser efetivamente
utilizada pelo público (sentado e “em pé”, cadeiras, arquibancadas, área de dispersão, etc...);
76
O público estimado, ou seja, a expectativa de pessoas que irão freqüentar o local, durante o
período total do evento, também poderá ser informada, porém este número esta ligado a
apenas logística de abastecimento, mão de obra e borderô e não a capacidade física (exemplo:
um circo para 400 lugares com lotação máxima durante 12 seções terá um publico de 4800
pessoas, porem as condições do projeto de segurança ficam inalterados).
Devem ser informadas as estruturas provisórias que será montadas e utilizadas para a
realização do evento, como:
Palco(s) ou pódio para premiação;
Arquibancada(s);
Praticáveis;
Áreas de convivência;
Camarotes e/ou áreas “VIP”;
Tendas e/ou Barracões;
Gradis e/ou barricadas;
Torres de iluminação/PA e/ou Torres de “Delay”;
Áreas suspensas;
Demais estruturas existentes no local (provisórias e/ou permanentes).
77
Descrever o Sistema de Segurança contra Incêndio e Pânico que será projetado para o evento,
como:
Presença de Brigada de Combate a Incêndio;
Equipamentos de Segurança contra Incêndio (extintores);
Sistema de orientação de público, em caso de evacuação do local;
Demais itens pertinentes do assunto para o evento em questão.
Descrever se, para a realização do evento, será contratado empresa que prestará os Serviços
de Segurança Patrimonial no local da realização do evento.
Deverá ser apresentada Cópia(s) das Peças Gráficas Descritivas necessárias à perfeita
compreensão do evento, contendo os itens a seguir:
Área total do Evento (Área de Concentração);
Todos os Equipamentos de Combate e Prevenção à Incêndio;
Localização dos gradis, painéis, mobiliários, palcos, barracas, stands, etc.;
Indicar em planta todas as saídas de emergência com as devidas larguras;
Estacionamento de Veículos, com a indicação das vagas reservadas para cadeirantes e
pessoas com deficiência;
Geradores de Energia Elétrica, com o devido isolamento físico;
Local de posicionamento de Ambulâncias e posto médico;
Local de Acesso de Viatura do Corpo de Bombeiros na ocupação temporária da
Edificação;
Demais itens pertinentes conforme o tipo de evento.
Quadro de legendas (Carimbo de peça gráfica);
Deverá ainda, constar na peça gráfica do projeto, as notas padrão relacionadas a seguir:
I.Este projeto atende a Lei 10.205/1986, Lei 16.642/2017, Lei 16.402/2016, Decreto
57.776/2016, Decreto Estadual 56.819/2011 e Decreto 49.969/2008.
II. Este projeto atende a Lei 11.345/1993, de acessibilidade, ou seja, a Norma NBR
9050/ABNT
III.Sistema de iluminação de emergência de aclaramento e balizamento esta de acordo
com a NBR 10.898/ABNT, com acionamento automático e fonte independente da
rede geral. O sistema de alarme de advertência geral atende NBR 17.240/ABNT.
IV.As rotas de fuga, saídas e acesso aos equipamentos de combate a incêndio serão
mantidos desobstruídos, conforme Norma NBR 9077/ABNT
V.As saídas destinadas ao escoamento abrirão no sentido da saída, de acordo com a
Norma NBR 9077/ABNT.
VI.O sistema de combate a incêndio e seus equipamentos estão conforme Decreto
Estadual 56.819/2011 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São
Paulo (Provisórias).
VII.As montagens atendem o novo COE, que dispões sobre o material empregado na
decoração dos ambientes e aquele armazenado em função da própria utilização da
edificação que não deverão obstruir os espaços de circulação nem reduzir o fluxo de
pessoas.
VIII. As montagens são permanentes, porém removíveis (containeres metálicos e
estruturas metálicas desmontáveis) que serão substituídos por edificação permanente
após aprovação de projeto de aprovação e execução na PMSP.
IX.A lotação máxima será monitorada de contador manual e disponibilizada conforme
legislação municipal em vigor.
X.Resíduos serão coletados por empresa contratada.
XI.As instalações metálicas atenderão individualmente:
A sinalização das saídas, rotas de fuga, quadros de luz e força e equipamentos
de combate a incêndio, serão executados de acordo com a norma NBR 13434-
1/ABNT e IT-20/2011, em atendimento ao Decreto Municipal 49.969/2008.
As instalações elétricas serão executadas / instaladas de acordo com as Normas
NBR 5410/ABNT e NBR 14039/ABNT.
Os sistemas de aterramento das estruturas e das instalações elétricas serão
executados / instaladas de acordo com as normas elétricas NBR 5410/ABNT.
81
Figura 48 - Modelo de Projeto gentilmente cedido pela Arquita Vera Lucia Nogueira.
82
Para o projeto de segurança para o evento, bem como visando o conforto do público presente,
alguns cálculos de dimensionamento deverão ser realizados por parte do produtor do evento
e/ou responsável técnico pelo mesmo.
No que se refere ao dimensionamento pela largura das saídas a serem disponibilizadas para o
evento, conforme o fluxo de pessoas por minuto que passam pelas saídas tem os seguintes
parâmetros, conforme a IT-12/2011:
83
Tempo (T):
T = máx. 5 minutos
Taxa de Fluxo (F):
F = 83 pessoas/min./metro (para saídas horizontais como rampas, portas, corredores)
F = 66 pessoas/min./metro (para escadas e circulações com degraus)
Capacidade de escoamento (E):
E =F x T
Em locais fechados como auditórios, locais de exposição e assemelhados, deverá ser utilizado
o parâmetro estabelecido pelo Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo
(COE) e pela NBR 9077/ABNT.
Na referida legislação, a tabela a seguir demonstra os parâmetros que deverão ser observados
para o cálculo da lotação máxima, pela área disponível para circulação de pessoas:
84
O dimensionamento da lotação máxima para o local é feito pela fórmula abaixo, onde o valor
final deve ser MAIOR que o estabelecido na tabela anterior.
I=A/P
Onde:
I – Índice de público calculado, em m²/pessoa
A – Área útil para circulação de pessoas, em m²;
P = População ou lotação desejada;
A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que por elas
deva transitar, observados os seguintes critérios:
Os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que servirem à população;
As escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior
população, o qual determina as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos
demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída.
A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e outros, é dada pela seguinte
fórmula:
N = (P / C)
Onde:
N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro;
P = População ou lotação desejada;
C = Capacidade da unidade de passagem..
85
NOTA 1: A Unidade de passagem é a largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas
(tal valor é fixado em 0,55 m). Já a Capacidade da unidade de passagem é o número de
pessoas que passam pela unidade de passagem em 1 minuto, onde os índices são fornecidos
pela tabela a seguir:
Portanto, a largura mínima da saída é calculada pela multiplicação do N pelo fator 0,55,
resultando na quantidade, em metros, da largura mínima total das saídas.
L = (N x 0,55 m)
Onde:
L = Largura mínima necessária para escoamento da população, em metros;
N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro.
0,55 = Valor de uma unidade de passagem, em metros
Utilizar a Instrução técnica do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo
conforme Decreto Estadual 56.819/11 - INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº. 12/2011 - Centros
esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio.
a) Tempo de saída:
Nas áreas de arquibancadas externas (baixo risco de incêndio, ver IT 14/11 – Carga de
incêndio), o tempo máximo de saída, será de 8 minutos;
Caso a arquibancada seja interna (local fechado), o tempo máximo será de 6 minutos
(ginásios poliesportivos, por exemplo).
Nas escadas e circulações com degraus: 66 pessoas por minuto por metro (79 pessoas por
minuto, para uma largura de 1,20m). Aceita-se, para edificações existentes, o valor de 73
pessoas/minuto/metro;
Nas saídas horizontais (rampas, portas, corredores): 83 pessoas por minuto por metro (99
pessoas por minuto, para largura de 1,20 m).
d) Exemplo de calculo:
Largura das saídas horizontais e verticais – considerando um Circo novo com capacidade
máxima de 900 espectadores, dimensionar a largura total das saídas.
A largura total das saídas horizontais necessárias: 900 / 498 = 1,8072 metros, distribuídos de
forma a atender aos requisitos desta IT (divisão por setores, larguras mínimas, caminhamento
máximo etc.).
88
A largura total das escadas: 900 / 396 = 2,272 metros de escadas, distribuídos de forma
atender aos requisitos desta IT (divisão por setores, larguras mínimas, caminhamento máximo
etc.).
Para eventos em locais permanentes (edificação permanente), deverá ser utilizado como base
de cálculo o item 9 do Decreto nº 57.776/2017 (DECRETO DO COIGO DE OBRAS E
EDIFICAÇÕES - COE ), onde, para locais de reunião, a proporção de sanitários disponíveis
deverá ser 01 (uma) bacia e 01 (um) lavatório para cada 50 (cinquenta) pessoas.
Para eventos em locais abertos e com estruturas provisórias, com base em estudo realizado
pela FEMA (“Special Events Contingency Planning” Toilets - Plano de Montagem de
Eventos Especiais – Banheiros) e em função de práticas adotadas anteriormente e que também
demonstraram eficiência, deverão ser previstos a instalação de sanitários químicos, em
complementação aos existentes no local de modo a atingir a razão de 01 (um) banheiro para
cada 150 (cento e cinquenta) pessoas, exceto para eventos em que haja consumo de bebidas
alcoólicas, onde a proporção deverá ser de 01 (um) banheiro para cada 125 (cento e vinte e
cinco) pessoas.
NOTA: Em caso de Grandes Eventos maiores ou com setores maiores que 10.000 pessoas
tolera-se uma (1) bacia a cada 250 bacias por pessoa, ou seja, os locais de reunião devem
dispor instalações sanitárias privadas tais como ilhas de conforto, distribuídas por sexo. No
caso de banheiros masculinos um mictório substitui uma bacia.
Nos casos de eventos como desfiles, paradas e procissões religiosas, manifestações politicas
será necessário estabelecer ilhas de sanitarios na área de concentração e na área de dispersão
do público. Caso o deslocamento do público tenha previsão de tempo acima de 100 minutos
deverá, neste caso, ter pontos de parada estratégica onde a organização do evento poderá
instalar a seu critério ilhas de sanitários.
OBS:
Sempre deverá haver pelo menos 1 (um) lavatório ( local para lavar mãos) por setor do
evento.
Os sanitários deverão ser distribuídos uniformemente, de modo que preferência o
deslocamento máximo para atingir um sanitário seja inferior à 50 (cinqüenta) metros.
90
Locais com lotação entre 250 (Duzentas e cinquenta) e 1.000 (Hum Mil) pessoas, o
número de brigadistas deve ser, no mínimo, 05 (Cinco);
Locais com lotação entre 1.001 (Hum Mil e Hum) e 2.500 (Duas Mil) pessoas, o
número de brigadistas deve ser, no mínimo, 10 (Dez);
Locais com lotação entre 2.501 (Duas Mil, Quinhentas e Hum) e 5.000 (Cinco Mil)
pessoas, o número de brigadistas deve ser, no mínimo, 15 (Quinze);
Locais com lotação entre 5.001 (Cinco mil e Hum) e 10.000 (Dez mil) pessoas, o
número de brigadistas deve ser, no mínimo, 20 (Vinte);
Locais com lotação acima de 10.000 (Dez mil) pessoas, o número de brigadistas
deve ser de 20 (Vinte) + 01 (um) brigadista para cada grupo de 500 (quinhentas)
pessoas.
NOTA: Como podemos observar a curva é discreta. Por exemplo um lugar com lotação de
1000 pessoas -> 05 brigadistas e com 1001 pessoas -> 10 brigadistas. Como a norma fala em
mínimo desenvolvemos uma formula para tornar este quesito mais proporcional e menos
polemico:
PESSOAS ATUAL 5
250 5 5
500 5 5
1000 10 10
1001 10 10
2500 10 12
2501 15 12
5000 15 15
5001 20 15
10000 20 20
10500 21 21
11000 22 22
12000 23 23
Figura 51 – Distancias percorridas e rotas de acesso.
Com esta proposta o calculo entre 1000 e 10500 pessoas passa ser:
BRIGADISTAS = INT (0,0011 X LOTAÇÃO + 9,8755) .
91
NOTA: Eventos devem privilegiar o transporte publico ou transporte locado coletivo ou táxis
e transportes por aplicativos para facilitar o escoamento na hora da saída.
NOTA: Conforme as características e/ou tipo de evento, outras declarações poderão ser
solicitadas a critério do técnico;
Todo local de realização do evento deverá ser adequado à utilização por parte de deficientes
físicos e/ou portadoras de necessidades especiais, de acordo com a LBI - Lei LEI Nº
13.146/15 que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência), Decreto 5.296/04 que regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de
novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de
19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras
providências.e a norma NBR 9050/15 ABNT que trata da Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
Em espaços como auditórios e similares devem possuir, na área destinada ao público, espaços
reservados para PCD, nas condições estabelecidas pela NBR 9050/ABNT, como:
No caso de existência de palco e bastidores, uma rota acessível deve interligar os espaços para
PCR ao palco e aos bastidores. Quando houver desnível entre o palco e a platéia, este pode
ser vencido através de rampa de acesso conforme estabelecido pela NBR 9050/ABNT.
NOTA:
Em edifícios existentes, os espaços para PCD e os assentos para PMR e PO podem ser
agrupados, quando for impraticável a sua distribuição por todo o recinto. Sempre que possível
os espaços devem ser projetados de forma a permitir a acomodação de PNE com no mínimo
um acompanhante;
A rampa pode ficar guardada em lugar discreto, porém sempre terá que estar
disponível e operacional em caso e necessidade de utilização. Em casos excepcionais poderá
ser aceita outro meio de acessibilidade assistida em caso de comprovada situação de
inviabilidade técnica de instalação de rampa ou equipamento eletromecânico. Porém a
solução deve ser amparada em normas ou atestados de responsabilidade técnica emitido por
profissional habilitado.
Para a comprovação das condições de segurança o promotor do evento deve ter profissionais e
fornecedores qualificados e deverão apresentar s atestados técnicos / termos de
compromissos conforme a ser apresentada em caso de solicitação.
95
O Ministério Publico de São Paulo exige como documentação básica para a realização de
eventos:
Alvará de Funcionamento da Prefeitura
Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB]
Se houver entrada de menores de 18 anos desacompanhados – Alvará do Juiz da
Infância e Juventude
Documentos complementares, exigíveis sob análise do tamanho e local do evento
(ginásios, locais temporários, festivais):
Laudo técnico, acompanhado de Atestado de Responsabilidade Técnica, acerca da
capacidade máxima da edificação e condições de segurança estruturais
Atestado da Vigilância Sanitária Municipal sobre higiene e salubridade;
Contratação de ambulância / serviço médico de emergência para o evento;
Comunicação prévia ao Comando da Polícia Militar e Departamento de Trânsito local;
Contratação de equipe particular de segurança, compatível com o evento.
Documentos para realização de eventos desportivos em estádios (conforme Estatuto
do Torcedor, Decreto 6795/2009):
Laudos técnicos de segurança, de vistoria de engenharia, prevenção e combate de
incêndio e de condições sanitárias e de higiene;
Nos estádios com competições de grande vulto – laudo de estabilidade estrutural
Referente às condições estruturais das edificações provisórias como Palco, tendas entre
outros, emitido por Engenheiro Civil ou Arquiteto, acompanhado da respectiva carteira de
identificação profissional (CREA ou CAU) e da ART ou RRT, com o devido comprovante de
pagamento.
Referente aos Geradores de energia utilizados no evento, emitido por Engenheiro Eletricista,
acompanhado da respectiva carteira de identificação profissional (CREA) e da ART, com o
devido comprovante de pagamento.
Referente às condições de segurança nas Instalações de Gás Natural e/ou GLP, emitido por
Engenheiro Civil, Arquiteto ou profissional com Especialização em Segurança do Trabalho,
acompanhado da respectiva carteira de identificação profissional (CREA ou CAU) e da ART
ou RRT, com o devido comprovante de pagamento. Caso contrário, o profissional técnico do
evento deve emitir termo de compromisso quanto a não utilização de gás no local do evento.
Referente ao uso de materiais de alta combustão empregados para fins de cenografia e/ou
acabamento do evento, especificando que todos os materiais empregados terão tratamento
específico, anexando os laudos dos materiais, realizados por instituições idôneas, referentes
aos tratamentos utilizados e o laudo de aplicação do produto, emitido por Engenheiro Civil,
Arquiteto ou profissional com Especialização em Segurança do Trabalho, acompanhado da
respectiva carteira de identificação profissional (CREA ou CAU) e da ART ou RRT, com o
devido comprovante de pagamento. Caso contrário, o profissional técnico do evento deve
emitir termo de compromisso quanto ao não uso de materiais nas condições descritas
anteriormente.
NOTA: Todos os Atestados, Laudos e/ou Termos de Compromissos Técnicos devem ser
feitos por profissional habilitado e estarem em condição para perfeita análise técnica, bem
como terem a devida responsabilidade técnica comprovada por ART’s / RRT’s ou copia da
identificação profissional no caso de bombeiros.
98
O Plano de atenção médica deve ser elaborado conforme Portaria MS. GM 2048 de 05 de
novembro de 2002 que trata do Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência
Emergência. O Regulamento estabelece os princípios e diretrizes dos Sistemas Estaduais de
Urgência e Emergência, as normas e critérios de funcionamento, classificação e
cadastramento de serviços e envolve temas como a elaboração dos Planos Estaduais de
Atendimento às Urgências e Emergências, Regulação Médica das Urgências e Emergências,
atendimento pré-hospitalar, atendimento pré-hospitalar móvel, atendimento hospitalar,
transporte inter-hospitalar e ainda a criação de Núcleos de Educação em Urgências e
proposição de grades curriculares para capacitação de recursos humanos da área;
XII-Consumo de álcool
XIII- Probabilidade de drogas ilícitas
NOTA: Os valores para cada fator e a tabela da classificação estão definidos no Anexo 1
deste trabalho.
NOTA 1: Ambulâncias de suporte básico (Tipo B), Ambulâncias do tipo C (Resgate) e tipo E
(aeronave), poderão ser acrescentadas ao Plano de Atenção Medica, como recurso
complementar, sendo a sua utilização sujeita ao que prescreve a legislação, devendo os
organizadores, providenciar no caso da utilização de aeronaves a devida autorização junto aos
órgãos competentes da aviação civil.
NOTA 2: Dos eventos de alto risco, Altíssimo risco, risco especifico e os de risco especial
(pontuação na escala acima de 60 pontos), pela especificidade e pelo risco apresentado deverá
obrigatoriamente ser agendada reunião entre os organizadores do evento e a autoridade
competente para estabelecer o atendimento medico de urgência e/ou emergência.
O promotor de evento deve seguir integralmente a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
e as Normas Técnicas do Ministério do trabalho:
Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977 – Altera o Capítulo V do Título II da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho.
Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978 – Aprova as Normas Regulamentadoras – NR –
do Capítulo V do Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e
Medicina do Trabalho, e suas subseqüentes modificações (tendo como base: portaria nº
24, de 29 de dezembro de 1994, do Ministério do Trabalho e Emprego – Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional e Portaria n° 8, da SSST/MT, de 08 de maio de
1996, republicada em 13 de maio do mesmo ano, estabelece a obrigatoriedade por parte
das empresas, da elaboração e implementação de um Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA) – NR 7).
Resolução Nº 171 da OIT – Programa de Vigilância do Ambiente de Trabalho e à Saúde
dos Trabalhadores.
O item 9.1.5.1 da NR 9 considera agentes físicos as diversas formas de energia a que possam
e estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações,
pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não
ionizantes, bem como o infra som e ultra som.
103
Existem ainda os riscos acidentais, que são todas as formas possíveis de gerar acidentes no
trabalho.
9. CAPITULO III
O modelo baixo aplica-se para a montagem padrão de plano de abandono para ser executado
por membros da Brigada de incêndio, para Prevenção e Combate a incêndio e pânico, de
forma a atender a NBR – 14276/06 da ABNT e a legislação vigente, em especial a Licença de
Prefeitura (Alvará ) e o AVCB.
Carpete
Tecido
CHEFE DA BRIGADA
LÍDER
9.2.3 CONSTRUÇÃO:
Instalações provisórias:
Ativações
Camarote Lolla Lounge.
Praça de Alimentação com Tenda do Chef.
Área de Sanitários.
04 Palcos para apresentações musicais.
07 (Sete) Postos Médicos montados mais um (01) posto fixo já existente no
autódromo, com 10 ambulâncias (UTI e remoção).
Lotação por área:
Palco Axé : 20.000 (vinte mil) pessoas.
Palco SKOL : 30.000 (trinta mil ) pessoas.
Palco Perry: 10.000 (dez mil) pessoas.
Palco CHEVROLET ONIX : 30.000(trinta mil) pessoas.
109
Caso seja identificado fogo, a casa deve ser evacuada imediatamente, os ocupantes já
estarão cientes da emergência, devem ser os primeiros a sair, sem tumulto e orientados
pelos membros da brigada ( membros) isso deverá ocorrer em menos de 2,5 minutos.
Cada pessoa portadora de deficiência física deve ser acompanhada por brigadistas ou
voluntários, previamente designados pelo Chefe da Brigada.
9.2.8 PRIMEIROS-SOCORROS:
Caso necessário, deve ser providenciado o corte da energia elétrica. O corte geral
deverá ser executado pelo pessoal da Manutenção, que estará em comunicação direta,
através de rádios comunicadores com o Chefe da Brigada.
9.2.13.1 Alerta:
O objetivo deste Memorial Descritivo tem como escopo principal, descrever as adequações de
segurança necessárias e realizadas, para utilização como local de reunião a área existente,
denominado “Autódromo Municipal José Carlos Pace” – Autódromo de Interlagos, Av.
Senador Teotônio Vilella, nº 261 – Socorro– São Paulo/Capital, bem como as edificações
temporárias, construídas neste espaço, com as seguintes características descritas a seguir, para
realização do evento denominado “Lollapalooza Brasil”.
O promotor do evento:
T4F Entretenimento S.A.
o CNPJ: 02.860.694/0001-62
o Rua Bento Branco de Andrade Filho nº 400 – Térreo; 1º ao 3º andar –Jardim
Dom Bosco - São Paulo/SP. CEP: 04757-000
o Fone: (011) 3576-1371 e 3576-1388
Responsável: Daniel Calderani da Silva
o RG: 29.060.610 SSP/SP
o CPF: 294.438.488-05
Responsável: Flávio Fulaneto Ferreira
o RG: 19.607.163 SSP/SP
o CPF: 175.153.938-58
O responsável Técnico :
Antonio Cruvinel
o Arquiteto e Urbanista
114
9.3.1.2 CARACTERÍSTICAS
O evento se dará nos espaços internos de áreas das pistas do Autódromo, , áreas internas
existentes da Pista de corrida para montagem de atividades de entretenimento e shows de
música para o público em geral.
A realização deste evento se dará nos dias 25 e 26 de março de 2017. Sendo no sábado
(dia 25/03/2017) das12hs00 as 23hs00 e no Domingo (dia 26/03/2017) das 12hs00 as
22hs00; tendo a abertura dos portões às 11hs00.
Público solicitado pelo Promotor é de 90.000 (Noventa mil) Pessoas por dia ao longo de
todo evento.
Característica do público
Trata-se de público adulto jovem, sendo permitido o ingresso de:
o Menores de idade de 05 à 14 anos 11 meses e 29 dias , somente acompanhados
dos Pais ou Responsáveis.
o Crianças abaixo de 10 anos não pagam , a não ser nas áreas exclusivas e no
Lollalounge.
o A partir de 15 anos, desacompanhados, porém portando documentos.
o Tendo sido previamente liberado pela Vara da Infância e Juventude , sendo
confirmado a presença dos oficiais desta vara e de representantes do Conselho
Tutelar de São Paulo. Os menores tem acesso a área de Shows.
Brazil
sábado, 25 de março de 2017
MAIN STAGE MAIN STAGE
TIME ALTERNATIVE PERRY'S
1 2
11:00
11:15
11:30
11:45
12:00
12:15 Dr Pheabes
12:30
12:45
01:00 12:05-1:05 BaianaSystem RICCI
01:15 12:45-1:30 12:45-1:30
01:30 The Outs
01:45
02:00 1:10-2:10 Haikaiss
02:15
02:30 Suricato Jaloo 1:45-2:45
02:45
03:00 2:15-3:15 2:15-3:15
03:15 Victor Ruiz
03:30 Glass Animals
03:45 3:00-4:00
04:00 3:20-4:20 Bob Moses
04:15
04:30 Cage the 3:45-4:45 Don Diablo
04:45 Elephant
05:00 4:15-5:15
05:15 4:25-5:25
05:30 Tegan and Sara
05:45 The 1975 Tchami
06:00 5:15-6:15
06:15 5:30-6:30 5:30-6:30
06:30
06:45
07:00 Rancid Criolo Vintage Culture
07:15
07:30 6:35-7:35 6:45-7:45 6:45-7:45
117
07:45
08:00 The xx
08:15 Marshmello
08:30 Tove Lo
08:45 7:40-8:55 8:00-9:00
09:00 8:15-9:15
09:15
09:30 Metallica
09:45 G-Eazy
10:00 The
10:15 Chainsmokers 9:30-10:30
10:30
10:45 9:00-11:00 9:45-11:00
11:00
Brazil
domingo, 26 de março de 2017
MAIN MAIN
TIME ALTERNATIVE PERRY'S
STAGE 1 STAGE 2
11:00
11:15
11:30
11:45
12:00
12:15
12:30
FUTURE
12:45 Bratislava CLASS
01:00 12:25-1:10 12:30-1:15
01:15 Daniel Groove
01:30 Céu
01:45 1:00-2:00 ILLUZIONIZE
02:00 1:15-2:15 1:30-2:15
02:15
02:30 Catfish and
118
the
02:45 Bottlemen Vance Joy Chemical Surf
03:00
03:15 2:20-3:20 2:30-3:30 2:30-3:15
03:30
Jimmy Eat
03:45 World
04:00 Borgore
04:15 3:25-4:25 Silversun
04:30 Pickups 3:45-4:45
Duran
04:45 Duran 4:00-5:00
05:00
05:15 4:30-5:30 Griz
05:30
05:45 Mø 5:00-6:00
06:00 TDCC
06:15 5:30-6:30
06:30 Oliver Heldens
06:45 5:35-6:50
07:00 6:15-7:15
07:15 Melanie
07:30 The Weeknd Martinez
07:45 7:00-8:00 Nervo
08:00
08:15 6:55-8:25 7:30-8:30
08:30
08:45
09:00 The Strokes Flume Martin Garrix
09:15
09:30
09:45 8:30-10:00 8:45-10:00 8:45-10:00
119
A entrada do público em geral se dará pela entrada localizada na Av. Senador Teotonio
Villela e na Av. Interlagos , nos seguintes portões 08, 07 e K-09, passando pelas áreas de
monitoramento/controle feita por seguranças patrimoniais e acompanhadas pela Polícia
Militar o público se encontrará dentro do evento , sendo direcionados para a área respectiva
de seu ingresso, segundo planta em anexo.
c) Acesso ao público
O acesso de público geral ao espaço do evento se dará pela Av. Teotônio Vilella, pelos
portões 08, 07 e K-09, conforme explicitado no projeto de implantação.
O acesso as áreas do evento são FÁCIL E RÁPIDA , de modo a não haver estrangulamentos e
aglomerações de público na sua entradas, efetuando-se somente o controle prévio pela Polícia
Militar e da Segurança Patrimonial na área de catracas existentes no local.
7.2.2 Quantificação
Os sanitários e vestiários de uso comum ou uso público devem ter no mínimo 5% do total de cada peça
instalada acessível, respeitada no mínimo uma de cada. Quando houver divisão por sexo, as peças devem
ser consideradas separadamente para efeito de cálculo. Recomenda-se a instalação de uma bacia infantil
para uso de crianças e de pessoas com baixa estatura.
banheiros deficientes
masculino 19
feminino 19
O evento conta ainda, além da equipe de membros da equipe de Bombeiros Civis, com equipe
membros da segurança patrimonial, distribuídos no evento, estando familiarizada e treinada
na orientação e balizamento de público em eventos deste tipo, conforme documentação em
anexo ao processo.
c) Primeiros socorros
d) Instalações elétricas
Todas as instalações elétricas devem ser de acordo com o estipulado pela NBR-5410 da
ABNT, e ter seus devidos Atestados Técnicos juntados ao processo.
Numero de geradores
Instalação de dispositivo ou piso que funcione como Bacia de Contenção para que
sempre que ocorram derramamentos de combustível, óleo, eletrólito de bateria ou
liquido de refrigeração, os mesmos possam ser imediatamente limpos e não
contaminem o ambiente ou causem riscos ao entorno;
Para a verificação visual das instalações elétricas em baixa tensão foram considerados
basicamente o check list disponível no Anexo A da IT41/2011 do Corpo de Bombeiros da
Policia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP)
Figura 56 – Lista de verificação visual das instalações elétricas em baixa tensão Anexo A da
IT41/2011 do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP).
126
Todos os equipamentos elétricos (geradores, lâmpadas, etc...), bem como partes metálicas
(estruturas metálicas) com a possibilidade de energização acidental, encontram-se
devidamente aterrados. Um sistema de SPDA está instalado em todas as áreas de público do
evento. A região de Interlagos é altamente descampada e também possui alta incidência de
raios
f) Sanitários
Utilizados sanitários químicos devidamente sinalizados pôr sexo sendo distribuídos nos
espaços das arquibancadas e área do show do evento, sendo também previstos sanitários
especiais para pessoas portadoras de necessidades especiais, conforme projeto de implantação
juntada ao processo. De acordo com o perfil do evento foi adotado 125 sanitarios por pessoa o
que resulta em 720 sanitários total sendo a distribuição ideal em torno de 290 masculinos e
430 femininos. Porém devido a grande distancia entre os palcos e a distancia a ser percorrida
o ideal passa ser existência de ilhas com distancia inferior as áreas de concentração assim
distribuídas:
Banheiros banheiros deficientes
Masculino 360 masculino 19
Feminino 360 feminino 19
Total 720
Grandes palcos: 260 sanitários total sendo a distribuição ideal em torno de 114
masculinos e 156 femininos.
Área Livre para ACOMODAÇÃO Público Axé : 23.160,00 m²/0,40 (em pé) =
57.900 (cinquenta e sete mil e novecentos) pessoas.
ACOMODAÇÃO Público para Skol : 26.000,00 m²/0,40 (em pé) = 65.000 (sessenta
e cinco mil) pessoas.
Área Livre para ACOMODAÇÃO Público Palco Perry. 5.600,00 m²/0,40 (em pé) =
14.000 (quatorze mil) pessoas.
De acordo com o item 17.F.1 e Tabela 17.F.1 do Anexo 17, constante do
Decreto n°32.329 de 23.09.92
Area Livre para ACOMODAÇÃO Público Palco CHEVROLET/ONIX 26.490,00
m²/0,40 (em pé) = 66.225 (sessenta e seis mil duzentos e vinte e cinco ) pessoas.
Sendo solicitado pelo Promotor do Evento para cada uma das áreas de Palco um total de
público , a saber:
Palco Axé : 20.000 (vinte mil) pessoas.
Palco SKOL : 30.000 (trinta mil ) pessoas.
Palco Perry: 10.000 (dez mil) pessoas.
Palco CHEVROLET ONIX : 30.000(trinta mil) pessoas.
b) Lotação para cada área de Ativação (todas já inclusa no montante geral do evento):
Ativação GM (Tenda 10x15m) : Temos um total de 90,00 m² 90,00 m²/0,40 (em pé) =
225 (duzentos vinte e cinco) pessoas. Sendo solicitado pelo promotor um total de 44
pessoas em um mesmo momento.
130
Ativação Tenda do Chef : Área livre público : 1.000,00 m² , 1.000,00 m²/0,40 (em pé)
= 2.500 (duas mil e quinhentas) pessoas.Sendo solicitado para esta área um total de
2.000 (duas mil) pessoas.
Ativação Skol : Área livre público: 290,00 m², 290,00 m²/0,40 (em pé) = 725
(setecentos e vinte e cinco) pessoas. Sendo solicitado para esta área um total de 580
(quinhentos e oitenta) pessoas.
Ativação Ray Ban : Área de Público: 7,70 m². 7,70 m²/0,40 (em pé) = 19(dezenove)
pessoas. Sendo solicitado pelo promotor um total de 15 (quinze) pessoas.
Area da Ativação Fusion : Área total: 23,00 m² , 23,00 m²/0,40 (em pé) = 57
(cinquenta e sete ) pessoas. Sendo solicitado para esta área um total de 46 (quarenta e
seis) pessoas.
Área da Ativação GM: Área de Público: 90,00 m² 90,00 m²/0,40 (em pé) = 225
(duzentas e vinte e cinco) pessoas.. Sendo solicitado pelo promotor um total de 44
(quarenta e quatro) pessoas.
Tenda Sombreamento – ao lado Lolla Market : Área cada Tenda, temos total: 70,00
m² , 70,00 m²/0,40 (em pé) = 175 (cento e setenta e cinco) pessoas. Sendo solicitado
para esta área um total de 140 (cento e quarenta) pessoas.
131
Tendas área Friendy & Family: Área total Tenda Maior : 300,00 m², 300,00 m²/0,40
(em pé) = 750 (setecentos e cinquenta) pessoas. Sendo solicitado para esta área um
total de 400 (quatrocentas) pessoas.
Área total Tenda Menor: 50,00 m², 50,00 m²/0,40 (em pé) = 125 (cento vinte e cinco)
pessoas. Sendo solicitado para esta área um total de 80 (oitenta) pessoas.
L= 90.000/872
Como temos um total de 103,39 (Cento e três metros e trinta e nome) metros lineares e
estaremos também disponibilizando 03 áreas de acomodação do público do referido evento ,
para poder acomodar o público pelo tempo necessário para a saída de todos para a vía pública.
Devemos observar também, que pelas distâncias a serem percorridas a pé pelo público
presente ao evento, o tempo necessário de escoamento é superior a 5 minutos, foi calculado a
necessidade de saídas levando-se em consideração o tempo para 08 minutos .
Áreas de Acomodação:
Área Acomodação (01) ao lado esquerdo do Palco CHEVROLET ONIX – com uma
área total de 23.000,00 m² que comporta 46.000 (quarenta e seis mil) pessoas.
Área Acomodação (02) acima do Palco Skol com uma área total de 14.000,00 m² que
comporta 28.000 (vinte e oito mil) pessoas.
Área Acomodação (03) ao lado do Palco AXE –com uma área total de 44.000,00 m²
que comporta 88.000 (oitenta e oito mil) pessoas.
OBS: Informamos que teremos o controle populacional entre as áreas de palco , visando
manter a população em cada área dentro do calculado e declarado, porem o monotoramento
estará limitando o uso destas áreas a no Maximo 65.000 pessoas nos momentos de pico. Será
a seguinte a Lotação total do espaço do evento por área:
· Palco Axé : 20.000 (vinte mil) pessoas.
· Palco SKOL : 30.000 (trinta mil) pessoas.
· Palco Perry: 10.000 (dez mil) pessoas.
· Palco CHEVROLET ONIX :30.000: (trinta mil) pessoas.
Sendo o total Geral solicitado para o respectivo Show é de 90.000 (noventa mil) pessoas.
133
Área Tenda Lounge Lolla Intermediário – 1.350 (mil trezentos e cinquenta) pessoas.
Área Lounge Lolla Infe0rior- 675 (seiscentos setenta e cinco ) pessoas.
Área Tenda do Chef: 2.000 (duas mil) pessoas.
Ativação Skol- 580 (quinhentas e oitenta) pessoas.
Ativação Ray Ban -15 (quinze) pessoas .
Ativação Fusion- 46 (quarenta e seis ) pessoas.
Ativação GM - 44 (quarenta e quatro ) pessoas.
Tenda Sombreamento – 140 (cento e quarenta) pessoas.
Friendy Family - Tenda Grande – 400 (quatrocentas) pessoas.
Friendy Family – Tenda pequena – 80 (oitenta) pessoas.
Como podemos verificar, todas as populações das áreas de Ativações e Tendas já encontram-
se inclusas no total geral do evento.
9.646,00 x 4 = 38.584,00
L= 38.584/545 , logo
L= 70,80 metros .
Como está disponibilizado para esta área um total de 71 metros.
Estamos de acordo com instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 7.1.6
D= 3pessoas/m².
F= 109 pessoas.
T= 5 minutos
Logo: E= 109 x 5 = 545
Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 10,12
metros de saída , o que equivale à:
18,40/0.55 = 18 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12
Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 5,49
metros de saída , o que equivale à: 5,49/0.55 = 9 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12
137
Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 20,00
metros de saída , o que equivale à: 20,00/0.55 = 37 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12
Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 5,70
metros de saída , o que equivale à: 5,70/0.55 = 10 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12
Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 5,00
metros de saída , o que equivale à: 4,00/0.55 = 7 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12
Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 2,10
metros de saída , o que equivale à: 2,10/0.55 = 3 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12
Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 10,00
metros de saída , o que equivale à: 10,00/0.55 = 18 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12
Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 6,00
metros de saída , o que equivale à: 6,00/0.55 = 10 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12
Onde:
N= número de unidades de passagem.
L= metragem
P= População : 140 pessoas.
C= Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo “A”) : 75
Logo: N= 140/75
N= 2 unidades de passagem necessárias para esta população.
Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 6,00
metros de saída , o que equivale à: 6,00/0.55 = 10 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12
OBS 01: Todo o público das Ativações , Lolla Lounge e Tenda Chefe estão computados no
total do evento.
OBS 02: A ativação : Axé. É uma ação totalmente ao ar livre , estando com o público
somente circulando externamente.
Conforme demonstrado nos itens 9.3.1.4.1 e 9.3.1.4.2, o local oferece área e saídas para o
publico soliciado, ou seja, sendo o total Geral solicitado para o respectivo Show é de 90.000
(noventa mil) pessoas as lotações máximas serão definidas por setor/ativação:
Área Tenda Lounge Lolla Intermediário – 1.350 (mil trezentos e cinquenta ) pessoas.
Área Tenda Lounge Lolla Inferior- 675 (seiscentos setenta e cinco ) pessoas.
Área Tenda do Chef: 2.000 (duas mil) pessoas.
Ativação Skol- 580 (quinhentas e oitenta) pessoas.
Ativação Ray Ban - 15 (quinze ) pessoas .
Ativação Fusion- 46 (quarenta e seis ) pessoas.
Ativação GM- 44 (quarenta e quatro) pessoas.
Tenda Grande (Friendy & Family) 400 (quatrocentas) pessoas.
Tenda Pequena (Friendy & Family) 80 (oitenta)pessoas.
Tenda de Sombreamento – 140 (cento e quarenta) pessoas.
OBS: O calculo comparativo entre diversas normas realizado via software apresntou um
resultado curioso: Se o evento fosse realizado em local coberto (com risco aumentado) as
saídas disponibilizadas pelo autódromo não comportam um publico de 90.000 pessoas. O
Publico para as saídas existentes por norma hoje esta em 41.818 pessoas. Capacidade superior
as das arquibancadas existentes (16.000 pessoas) ou de eventos tais como a Formula Truck ou
a Formula 1: 35.000 pessoas.
Devido ao aumento dos fatores climáticos na cidade de São Paulo, como chuvas intensas,
tempestades de raios, ventanias fortes e enchentes. Tendo também situações como brigas, uso
de substâncias ilegais, roubos, acidentes pessoais.
Situações que terminam gerando pânico no público do evento faz com que seja necessário ser
elaborado e implantado um treinamento de todas as equipes de Seguranças Patrimoniais,
Bombeiros Civis, equipes de Atendimento Médico, equipes de atendimento às Pessoas com
Necessidades especiais, equipes de produção do evento e equipes de atendimento externo,
tendo também a necessidade de ser informado os órgãos municipais, estaduais, departamento
de transportes, sobre a realização deste treinamento e suas orientações.
Visto que as reuniões operacionais realizadas pelos órgãos públicos, visam somente às
operações externas de início e término do evento.
É importante destacar que crises e situações de riscos podem ser causadas por fatores
externos ou internos, sendo extremamente devastadoras se não houver uma atuação efetiva
por parte da organização.
A finalidade deste Manual não é criar um modelo fechado, já que esse tipo de material deve
ser elaborado de acordo com as condições climáticas de cada momento e necessidades de
específicas de cada evento.
Na área dos Direitos do Consumidor, o principal, em relação aos riscos, é a integridade física
do público do evento e dos colaboradores. Existindo a responsabilização civil/criminal da
entidade organizadora do evento, nos termos do Código de Defesa do Consumidor, já que a
proteção da vida, saúde e segurança é direito fundamental do consumidor, nos termos do art.
6º e 8º do CDC (Código Direito Consumidor).
Tendo como ponto principal da gestão de crise, a prevenção e o sincronismo nas ações
implementadas, por meio da identificação de sinais internos ou externos que anunciam a sua
chegada e da preparação de estrutura para enfrentá-la.
144
Neste Manual estão as principais ações, informações gerais e iniciativas a serem tomadas,
com o objetivo de salvaguardar vidas de todos os participantes e também auxiliar na
preservação da imagem da organização e do evento junto a seu público.
vai para o Portão 7 , são operações críticas, que devem ser monitoradas o tempo todo
para não haver pânico por parte do público. O fator tranquilidade é preponderante para
a realização da operação sem que ocorram acidentes. O controle de público ou
controle de fluxo através das equipes de Segurança e Bombeiros Civis é fundamental.
Esta operação deverá ser realizada com a máxima tranquilidade possível, visando
evitar correria e acidentes nas escadas.
É fundamental que seja disponibilizado, equipamentos de iluminação autônomas
(torres de luz) em todo o percurso de circulação nas áreas de público até os
respectivos portões de saída do Autódromo de Interlagos, durante toda a realização do
evento, visto que um período do evento sera realizado a noite.
Informação sobre as Saídas de Emergência, rotas de fuga, áreas de acomodação,
através das faixas de sinalizações estrategicamente posicionadas, indicação da
localização de cada Portão de Saída do Autódromo, nome das Ruas e Avenidas e
serviços disponíveis em cada uma destas áreas, deverão estar indicadas através de
faixas.
A realização do evento no Autódromo de Interlagos, possui características própria do
local que impede , em grande parte, uma decisão de Evacuação total do
Autódromo. Em razão de não existir, próximo ao Autódromo, centros comerciais,
áreas de estacionamentos cobertos ou outro tipo de atividade com estruturas
suficientes para acomodar um público tão grande como o do Lollapalooza, a
orientação técnica de Engenharia de Segurança, é de que: a melhor opção é
trabalhar com o público dentro da própria área do Autódromo , sem a remoção
deste público para áreas externas ao autódromo, durante a crise.
As equipes de trabalho na área geral do evento, tem a necessidade de utilização dos EPIs.
Este treinamento será realizado no período que antecede a realização do Evento, tendo a
participação dos Coordenadores de equipes de todas as empresas participantes do evento.
Terá uma duração de 4 horas e será realizado nas dependências do Autódromo de Interlagos.
E padrão haver vistoria dos bombeiros para liberação do alvará do evento, e todos os espaços
devem estar 100% prontos e equipados com extintores de incêndio, placas de sinalização
(proibido fumar, saída de emergência, capacidade Populacional do espaço), bem como toda a
documentação necessária (plantas e detalhamento, estrutural, elétrica e aterramento, gerador,
extintores, cenografia, Ignifugação dos tecidos e demais), para que seja apresentada caso
solicitada, enfim todo mundo deve estar ciente e preparado.
149
Não basta apenas um plano, é necessário ter um projeto onde às saídas de emergência e o
fluxo das pessoas seja dimensionado para assegurar uma saída coordenada de tal sorte evitar a
ampliação da ocorrência e todas as ferramentas e técnicas ajustadas e operacionais.
Continuando na elaboração das ferramentas, o objetivo final esta em aplicar estas ferramentas.
A idéia é formular o Plano de Emergência de tal sorte estar com todos os órgãos públicos e
meios de apoia operacionais para a gestão de crise o de emergência/urgência. Todo o plano de
contingenciamento tem que ter um meio para ser colocado em pratica. Basicamente tem que
ter um grupo gestor (cérebro operacional) e todos os envolvidos comprometidos e treinados
para colocar em pratica todas as técnicas estudadas neste traabalho.
Para treinar o pessoal conceitos básicos tem que serem administrados e divulgados na equipe
operacional, sem os quais os gestores/coordenadores de crise não terão nem como iniciar seus
trabalhos. O profundo conhecimento do evento e dos recursos internos e externos, são
fundamentais para o sucesso em caso de sinistro.
151
Geralmente a equipe ao é um time. Não podemos esquecer que grande parte deste pessoal é
terceirizado e fornecido no critério do melhor preço e tem pouca formação e concientização.
A postura geralmente adotada por esta equipes é de intransigência com o único objetivo de
garantir a ordem e o andamento protocolar do envelopamento do evento e das diretrizes dos
patrocinadores. Basta vermos no Capitulo I deste trabalho as reações típicas em atendimento e
resposta em emergência nas grandes tragédias.
Se verificarmos o caso de Santa Maria veremos que o alargamento da tragédia reside muito
mais na falta de preparo para a resposta em caso de incidentes do que nas causas apontadas
pela imprensa, que sempre busca culpados e nunca a causa raiz. O projeto era razoável e
seguia as normas dos bombeiros, porém a operação dos seguranças e o comportamento da
banda foi o oposto do desejável.
NOTA: O Risco é uma variável permanente em todas as atividades do ser humano, que afeta
os seus resultados de maneira positiva desde que seja conhecido e mantido em um nível
aceitável, como oportunidade de desenvolvimento. Fora de controle, o risco afeta os seus
resultados de maneira negativa e pode pôr em perigo sua estabilidade (exemplo do Segurança
ensandecido quando chega no inicio do local onde tirava expediente ou do ex-marido
inconformado).
6. Segurança: estado, qualidade, condição daquilo que está seguro isento de perigo,
acautelado, protegido.
Sinistros podem ocorrer. Não existe probabilidade zero de ocorrer um sinistro, porém o foco é
prevenção para evitar o sinistro. Caso ocorra um principio de incêndio deve haver um sistema
para abandonar o condomínio e dar o primeiro combate ao incêndio. A segurança é função e
a minimização do impacto esta na prevenção. Ninguém faz seguro para usar, mas em caso de
necessidade é fundamental ter-lo.
A falta de tempo para treinamento e de realização dos projetos muitas vezes induzem a
utilização de materiais e técnicas construtivas sem o crivo de analise de projetos pelo poder
publico e de empresas especializadas que são os detentores do “expertise” dentro do perímetro
de realização do evento. Ninguém melhor do que o dono do chiqueiro para cuidar do porco.
Costuma-se delegar e deixar a cargo dos Bombeiros e do AVCB toda a analise dos projetos
construtivos no que se refere aos sistemas de segurança, portanto hoje podemos dizer que
segurança de uso virou sinônimo de segurança contra incêndio. Cadê a estabilidade
estrutural? Os cálculos de estrutura e materiais de execução? Planos de contigenciamento?
Planos de treinamento? Conceitos de salubridade? De infra estrutura de comunicação e
integração? Segurança de uso passa por todos estes conceitos, principalmente no conceito de
adequação e utilização dentro das características de entorno, senão em caso de emergência
teremos combate a incêndio e não saberemos nem qual é o hospital de apoio disponível..
Infelizmente ante a pressão dos organizadores de eventos os códigos de obras e posuras estão
omissos em relação a materiais e técnicas construtivas. O maior exemplo foi o abrandamento
do Código de Obras de Nova York em 1968 para atender o sindicato da Construção Civil e o
Sindicato das Imobiliárias, para rapidamente reocupar o centro de Nova York e criar um
boom imobiliário. Resultado: foram construídos prédios com projetos em verdadeiras “caixas
pretas”, tais como os prédios do World Trade Center, além de dezenas de galpões reformados
154
Abrandamento dos códigos de obras. As reformas são aprovadas eletronicamente apenas com
informações genéricas sobre a incomodidade que a obra causara no entorno, se haverá
aumento de área e se haverá impacto ambiental ou urbanístico na reforma proposta. Não
passam mais pelo crivo do poder publico a técnica, tecnologia e materiais empregados ficando
a cargo das vistorias dos bombeiros, expertise das construtoras conforme suas tecnologias e
métodos de acordo com seu “Know How”. De outro lado os usuários sempre buscam preço.
Junta o trinômio preço x rapidez x atende os bombeiros na vistoria e o resultado e o visto. E
claro que depois da obra executada ela não será refeita e os equipamentos de combate a
incêndio e acabamento pode m estar perfeitamente adequados, porém será que o método
construtivo e os materiais utilizados foram corretos? Neste caso claramente o material
utilizado no revestimento e a falta de compartimentação vertical aceleraram em muito a
propagação das chamas e a produção de fumaça.
Falta de conhecimento dos sistemas e recursos, a falta de treinamento para enfrentar situações
reais de sinistro ou pânico e principalmente baixa conscientização e comprometimento.
Observa-se numa montagem de Evento um grande descaso com o ser humano. E ao mesmo
tempo quando há uma fiscalização os profissionais não aceitam cumprir todas as exigências
preconizadas nos planos disponibilizados, são refratários até mesmo ao uso de EPI’s alegando
que atrapalha o desenvolvimento e rendimento do trabalho e diminui a qualidade percebida
pelos usuários podendo criar uma sensação de insegurança no publico.
Temos acompanhado os mais diversos tipos de Eventos ao longo dos anos e o que mais
incomoda é a falta de treinamento e de consciência da importância da prevenção. No convívio
com diversos profissionais da área eventos, observa-se que muitos desses profissionais
155
Este trabalho tem como objetivo geral colaborar com estes profissionais na orientação, da
necessidade dos cuidados com os riscos, atentando, principalmente, na elevação da qualidade
dos serviços prestados, a fim de contemplar a segurança de todos os envolvidos nos ambientes
onde são realizados os eventos.
Diante deste panorama, o presente trabalho traça um estudo das dificuldades relacionadas às
condições de segurança na montagem de um evento e conclui que se houvesse uma exigência
de pessoas treinadas para atuarem nessa área haveria um incentivo a criações de centros de
treinamentos e ou cooperativas para fornecimento de profissionais capacitados para
trabalharem em Eventos.
11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT – Norma Técnica: NBR 5410:08 “Instalações elétricas de baixa tensão”. Associação
Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.
ABNT – Norma Técnica: NBR 10.151 - Acústica – “Avaliação do ruído em áreas habitadas,
visando o conforto da comunidade – Procedimento”; Associação Brasileira de Normas
Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.
ABNT – Norma Técnica: NBR 12.693 – “Sistemas de proteção por extintores de incêndio”;
Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.
ABNT – Norma Técnica: NBR 13.434 – “Sinalização de segurança contra incêndio e pânico:
Princípios de projeto”; Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.
157
ABNT – Norma Técnica: NBR 13.523 – “Central predial de gás liquefeito de petróleo”;
Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.
ABNT – Norma Técnica: NBR 13.860 – “Glossário de termos relacionados com a segurança
contra incêndio”; Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.
ABNT – Norma Técnica: NBR 14.100 – “Proteção contra incêndio: Símbolos gráficos para
projeto”; Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.
ABNT – Norma Técnica: NBR 14276 e NBR 14277- “Formação de Brigada de Combate a
Incêndio”. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.
ABNT – Norma Técnica: NBR 15.219 “Plano de emergência contra incêndio – Requisitos”,
Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.
ABNT – Norma Técnica: NBR 15526 – “Redes de distribuição interna para gases
combustíveis em instalações residenciais e comerciais - Projeto e execução”; Associação
Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, Lei 16.642/17 que substitui a Lei 11.228
de 26 de Junho de 1992. - Dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem obedecidas no
projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização de obras e edificações, dentro dos
limites dos imóveis.
Tempestades de Raios.
Para minimizar o número de pessoas afetadas por um raio, não se junte em grupo. A
corrente elétrica pode passar de uma pessoa para outra sem que elas se toquem.
Afaste-se de objetos metálicos, especialmente armações de tendas e barracas ou cercas
de arame, uma vez que se trata de bons condutores. Caso estejam em grupo
mantenham-se afastados uns dos outros. Isso evita que mais de uma pessoa seja
atingida se um raio cair sobre alguém.
Não use aparelhos eletrônicos de comunicação, tais como celulares e rádios HT de
comunicação.
O pronto atendimento das equipes médicas para reanimação cardiopulmonar em
pessoas atingidas por raios é fundamental. Cerca de 20% das vítimas morrem, mas
muitas vezes podem ser salvas se tratadas de imediato.
Direta – o raio cai sobre uma pessoa em pé em um lugar aberto, entrando pela cabeça
(entra no crânio pelos orifícios), atravessa externamente e internamente a pessoa e sai
pelo solo. Esse tipo de acidente é o que faz o maior número de vítimas.
Por contato – o raio atinge um objeto próximo a pessoa, transferindo-se para ela. Os
objetos de contato podem ser celulares, guarda-chuvas ou um molho de chaves.
Por espalhamento (splash) – ocorre quando a tempestade está em cima de uma área
cheia de árvores e o raio cai sobre uma delas, e se espalha pelas pessoas em volta.
Pode ocorrer também dentro de casa, se a vítima estiver utilizando telefone com fio. É
o tipo mais comum de acidente.
Viajando em ondas – a última forma é quando o raio atinge o solo e viaja em círculos
(igual a quando lançamos uma pedra em um lago) e quem estiver no raio da onda é
atingido.
Um fato curioso no caso das mortes por raio é que a causa é realmente uma parada
cardiorrespiratória. Porém, o dano ocasionado pelo raio pode ser decorrente da própria
voltagem do relâmpago, do trauma provocado pelo raio ou pelo excesso de contrações
musculares. A maioria das vítimas fica sem respirar e sem batimentos cardíacos, e necessita
de pronto atendimento médico.
163
Por esse motivo, recomenda-se sempre iniciar manobras de ressuscitação em quem foi
atingido por raio, mesmo que aparente estar morto. Em outros termos, é como se um
hipotético disjuntor desligasse e, alguém o ligasse novamente, restabelecendo a energia no
organismo, ou seja, os batimentos cardíacos e os movimentos respiratórios.
Quando ocorrer uma parada respiratória e parada cardíaca. A recomendação mais importante
e decisiva, NUNCA CARREGUE a vítima, que deve ficar no local, num piso firme para
poder fazer a massagem cardíaca, peça ajuda de outros para chamar a equipe médica.
Levante o queixo da vítima, inclinando a cabeça para trás e inicie a massagem cardíaca
vigorosa, com as duas mãos superpostas sobre o osso esterno (no meio do tórax), que para ser
eficiente, deve-se manter os braços fixos, sem dobrar os cotovelos, a força deve ser apenas o
peso do corpo para deprimir o esterno 3 a 5 cm em cada compressão. A quantidade de
compressões no adulto é de 100 vezes/minuto e não é necessária respiração boca a boca, se
não souber fazê-la. Reveze com outras pessoas as manobras de massagem até a chegada da
ajuda médica ou paramédica.
Carregar pelos braços e pernas uma vítima de parada cardíaca é lhe tirar as poucas chances de
ressuscitação. Aliás, isso serve para qualquer vitima de parada cardiorrespiratória. A
sobrevida depende de se manter oxigenação cerebral mínima pela compressão do tórax, até
que a pessoa volte a respirar espontaneamente.
Cerca de 20 a 30% das vítimas de raios morrem, a maioria delas por parada cardíaca e
respiratória, e cerca de 70% dos sobreviventes sofrem devido às sérias sequelas psicológicas e
orgânicas, por um longo tempo. As sequelas mais comuns são diminuição ou perda de
memória, diminuição da capacidade de concentração e distúrbio do sono.
O raio nunca avisa aonde vai “cair”. A melhor proteção é se prevenir com antecedência.
A possibilidade de você ser atingido por um raio em um temporal inicia-se meia hora antes e
continua até cerca de meia hora após sua atividade máxima. Mantenha-se protegido nesse
tempo.
164
Evite ficar descalço e procure manter os pés juntos de modo a impedir que o
potencial elétrico no solo faça circular uma corrente através de suas pernas. Sapatos
com sola de borracha podem ser muito importantes nessas horas;
Nunca seja o ponto mais alto da redondeza. O raio atinge sempre os pontos que se
sobressaem da superfície como atrativo à descarga;
Se você estiver no alto de um morro, desça para o ponto mais baixo do terreno.
Se estiver dentro de rio, mar ou piscina, saia da água, porque, por ser boa condutora,
ela faz com que a corrente do raio atinja distâncias maiores;
Recomenda-se que as pessoas esperem até trinta minutos após ouvirem o último
trovão para poderem sair com segurança e ir a lugares abertos; pesquisas têm mostrado
que a maioria das mortes provocadas por raios tende a ocorrer no período final de
existência das nuvens de tempestade, após o término da chuva, quando as pessoas
acreditam que não irão ocorrer mais raios e deixam de se proteger.
esfera dos órgãos públicos, realizar uma avaliação de todas as condições de risco
determinando, então, a necessidade de interrupção do evento seja por tempo determinado ou
definitiva , ocasionando a imediata paralisação das atividades do evento e a decisão sobre a
necessidade ou não de evacuação de todo o público da área do Autódromo de Interlagos.
Com a gestão , em aberto a discussão, a ser decupada e planejada para sua realização. O que
se tem semelhante é : a um processo de final do evento, somente com o maior risco pela
correria do público.
Chuvas Fortes podem vir acompanhadas de Tempestades de Raios, veja no item anterior os
procedimentos a serem adotados.
A utilização dos telões e dos sistemas de sons, para divulgação e informação ao público é
fundamental. Solicitar que as pessoas tenham calma e sigam as orientações da Equipe de
bombeiros Civis, para evitar-se pânico e acidentes.
A ação de evacuação de encostas de morros pelo público é uma das ações que deverão ser
implementadas pelas equipes de Segurança Patrimonial / Bombeiros Civis e pela produção do
evento, com isolamento da área. Sendo terminantemente proibido, a permanência de público
nestas áreas durante e após o acontecimento climático.
Inundações repentinas, bruscas ou enxurradas, que ocorrem em regiões de relevo acentuado,
montanhoso.. Acontecem pela presença de grande quantidade de água num curto espaço de
tempo.
Chuvas fortes ou moderadas, mas duradouras (intensas), também podem originar inundações
repentinas, quando o solo esgota sua capacidade de infiltração.
166
Os vendavais são provocados pelo deslocamento violento de uma massa de ar. Normalmente
são acompanhados, de precipitações hídricas intensas e concentradas, que caracterizam as
tempestades. O superaquecimento local, ao provocar a formação de grandes cumulunimbus
isolados, gera correntes de deslocamentos horizontal e vertical de grande violência e de
elevado poder destruidor.
Granizo
O tornado supera a violência do furacão, mas sua duração é menor e a área afetada é de menor
extensão.
168
Incêndio
Os incêndios podem ser por causas elétricas, combustíveis, por fogos de artifícios ou efeitos
especiais.
Trata-se uma ocorrência na qual há formação de fogo e este fica descontrolado. Para a criação
do fogo, é necessária a presença do chamado “Triangulo do fogo”, formado pelo combustível
(qualquer material que pegue fogo), comburente (elemento que, associado ao combustível,
pode fazê-lo entrar em combustão – como o oxigênio), o calor (necessário para iniciar a
combustão) .
Retirando qualquer um dos três primeiros componentes, não há fogo e o incêndio é apagado.
Os extintores seguem essa idéia, podendo atuar nas três pontas do triângulo, mas não na
reação em cadeia.
Outro ponto importante a frisar é o tipo do extintor que deve ser utilizado para cada classe de
incêndio. Cada tipo de extintor age de uma forma, o que o torna mais ou menos eficaz para
cada tipo de combustível.
O apoio da Equipe de Bombeiros Civis e da produção do evento são o reforço das ações de
contenção.
Situações de Roubo.
170
Figura 61: Queda do Palco da Banda GUNS N´ ROSES no sábado, 13 de março de 2010 em
função do forte temporal acompanhado de ventos de alta velocidade no final da tarde na
cidade do Rio de Janeiro. O Show a ser realizado no dia 14/03/2010 foi adiado para o dia
25/03/2010. Duas pessoas tiveram ferimentos leves após a queda de parte do palco. Elas
foram antendidas no local e encaminhadas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro.
171
Atesto, para fins de comprovação das condições de segurança e sob as penas da Lei,
que as estruturas provisórias montadas para o evento
____________________________________, a ser realizado no ______________________,
nos dias ________________________ com horário de ____________________, encontram-
se em perfeitas condições de acordo com as Normas Técnicas da ABNT, COE - Código de
Obras e Edificações do Município de São Paulo (Lei nº 16.642/2017 e Decreto nº
57.776/2017), e legislações complementares, no que se diz a respeito as estrutura
complementar, tais como estruturas das instalações, palcos, equipamentos, painéis, tendas,
stands, mobiliários, gradis, guarda-corpos, corrimãos, escadas, pórticos e elementos
decorativos.
_________________________________
Responsável Técnico
CREA / CAU: _________________
ART / RRT: __________________
174
Atesto para os devidos fins, que as Instalações Elétricas Provisórias bem como o
Aterramento das Estruturas para o evento ____________________________________, a ser
realizado no ______________________, nos dias ________________________ com horário
de ____________________, estão em conformidade com os termos e especificações da
Norma NBR 5410/ABNT.
_________________________________________
Responsável Técnico
CREA: ___________________
ART: ____________________
175
_________________________________________
Responsável Técnico
CREA: __________________
ART: ____________________
176
Atesto para os devidos fins, que os Grupos Geradores de Emergência utilizados para
iluminação, som e sistemas de segurança contra incêndio para o evento
____________________________________, a ser realizado no ______________________,
nos dias ________________________ com horário de ____________________, encontra-se
em perfeitas condições de uso e instalação, conforme a NBR 5410/ABNT e NBR
10898/ABNT e demais normas pertinentes, Decreto nº 52.209/2011 (Combustível do Grupo
Geradores) e demais legislações pertinentes.
_________________________________________
Responsável Técnico
CREA: ___________________
ART: ____________________
177
_________________________________________
Responsável Técnico
CREA / CAU: ___________________
ART / RRT: ____________________.
178
_________________________________________
Responsável Técnico
CREA: ___________________
ART: ____________________.
179
Local:
Endereço:
_________________________________________
Responsável Técnico
CREA / CAU: ___________________
ART / RRT: ____________________
180
Atesto para os devidos fins, que as adaptações e instalação realizadas para o evento
____________________________________, a ser realizado no ______________________,
nos dias ________________________ com horário de ____________________, inclusive
nos acessos as entradas, saídas, saídas de emergência, sanitários, estacionamentos, atendem a
Lei nº 11.345/1993 e a NBR 9050/ABNT.
___________________________________
Responsável Técnico
CREA / CAU: _________________
ART / RRT: __________________
181
Atesto para os devidos fins, que as Instalações de Gás (GLP) a serem montadas para o
evento ____________________________________, a ser realizado no
______________________, nos dias ________________________ com horário de
____________________, encontram-se instaladas em perfeitas condições de uso, em acordo
com o COE - Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo (Lei nº 16.642/2017
e Decreto nº 57.776/2017), Decreto Estadual nº 56.819/2011 e normas técnicas da ABNT.
___________________________________________
Responsável Técnico
CREA / CAU: _________________
ART / RRT: __________________
182
____________________________________________
Responsável Técnico
CREA / CAU: _________________
ART / RRT: __________________
183
E por ser a expressão da verdade, assinamos o presente, para que surta seus legais e
jurídicos efeitos.
Responsável Técnico:
Assinatura:____________________________________
Eng./ Arqto. _________________________________
CREA no ______________________
184
Para o evento
____________________________________________________________, a ser realizado no
_________________________________________, sito a
_______________________________________________________, bairro
______________________, nesta cidade, do dia _____ até o dia ______ e com horário de
funcionamento das _____ às _____ horas, com lotação máxima de __________ pessoas,
COMPROMETEMOS que estaremos atendendo as legislações citadas a seguir:
II. Lei nº 14.223/2006, regulamentada pelo Decreto nº 47.950/2006, que dispõe sobre a
ordenação dos elementos que compõem a paisagem urbana do Município de São
Paulo;
E por ser a expressão da verdade, assinamos o presente, para que surta seus legais e
jurídicos efeitos.
Responsável Técnico:
Assinatura:____________________________________
Eng./ Arqto. ___________________________
CREA/CAU no ______________________
186
Prezados,
Local: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
Endereço: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX (COMPLETO).
Período do evento: XX/XX a XX/XX/2017.
Horário: das XXhs às XXhs.
Público previsto: XX (XXXXXXXXXXXX) pessoas por dia. INFORMAR SE
HAVERÁ VENDA DE INGRESSOS.
187
Sendo assim, vimos por meio desta informá-los que o projeto em referência será realizado em
ambiente fechado, bem como não será necessário o policiamento preventivo especializado e
judiciário.
Atenciosamente,
________________________________________________
NOME DA EMPRESA
RESPONSÁVEL
188