Sei sulla pagina 1di 204

1

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM


SEGURANÇA, PLANEJAMENTO E RESPOSTA DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS
DE GRANDE PORTE

MARCELO GANDRA FALCONE

PLANO DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE GRANDE


PORTE

Brasília/DF
São Paulo/SP/EAD
2018
MARCELO GANDRA FALCONE 2018

PLANO DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE GRANDE PORTE


2
i

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM


SEGURANÇA, PLANEJAMENTO E RESPOSTA DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS
DE GRANDE PORTE

MARCELO GANDRA FALCONE

PLANO DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE GRANDE


PORTE
ii

Brasília/DF
São Paulo/SP/EAD
2018

MARCELO GANDRA FALCONE

PLANO DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE GRANDE


PORTE

Monografia apresentada à Faculdade


UnYLeYa como exigência parcial à obtenção
do título de Especialista em Segurança,
Planejamento e Resposta de Emergência em
Eventos de Grande Porte.

Orientador: Marco Aurélio Nunes da Rocha


iii

Brasília/DF
São Paulo/SP/EAD
2018

L a Falcone, Marcelo Gandra, PLANO DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE


GRANDE PORTE, Faculdade UnYLeYa – São Paulo, SP. Brasília EAD
89f. ; A4.

Trabalho de Especialização em. Faculdade UnYLeYa

Orientador: Prof.

Inclui bibliografia.

1. Plano de Emergência em Eventos de Grande Porte - modelo. 2.


Planejamento de Eventos. 3. Eventos de Grande Porte – Plano de
Emergência. 4. Planos de Emergência -Alvará de Autorização de Eventos
Públicos e Temporários. 5. Plano de Emergência – Eventos.

Classificação Decimal de Dewey CDD


iv

TERMO DE CIÊNCIA E RESPONSABILIDADE

Eu, Marcelo Gandra falcone, aluno matriculado no curso de Pós-Graduação em PLANEJAMENTO


E RESPOSTA DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE GRANDE PORTE oferecido pela
FACULDADE UNYLEYA, orientado pelo professor Marco Aurelio Nunes da Rocha, CONCORDO
com este Termo de Ciência e Responsabilidade, declarando conhecimento sobre meus
compromissos abaixo listados.

1. Estou ciente que a pesquisa e a escrita do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) devem
necessariamente e obrigatoriamente ser acompanhadas pelo meu orientador e que o envio
apenas do produto final implicará em reprovação do TCC.

2. Estou ciente de que o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) deverá versar


necessariamente sobre a área de especialização cursada.

3. Estou ciente de que a existência, em meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), de


trechos iguais ou parafraseados de livros, artigos ou sites da internet sem a referência da
fonte é considerada plágio, podendo me levar a responder a processo criminal por violação de
direitos autorais e a estar automaticamente reprovado no curso, caso não haja tempo hábil para
elaborar outro trabalho de minha total autoria.

4. Estou ciente de que, se for comprovado, por meio de arguição ou outras formas, que o texto
do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) não foi elaborado por mim ou é igual a outro já
existente, serei automaticamente reprovado no TCC, caso não haja tempo hábil para elaborar
outro trabalho de minha total autoria.

5. Estou ciente de que a correção gramatical, formatação e adequação do Trabalho de


Conclusão de Curso (TCC) às normas utilizadas pela FACULDADE UNYLEYA, são de minha
inteira responsabilidade, cabendo ao orientador apenas a identificação e orientação de problemas
no texto relativos a estes aspectos, mas não sua correção ou alteração.

6. Estou ciente que a versão final do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) deverá ser
postada no portal do aluno em local específico, após a aprovação do meu Orientador.

Brasília-DF, 20 de janeiro de 2018.

Professor Orientador: _______________________________________________________


v

Dedico a minha Família que está sempre


presente na minha vida e por acreditarem e
incentivarem meus estudos.
vi

AGRADECIMENTOS

Aos parceiros de SEGUR, por ter me dado todo o apoio e respaldo para ter chegado até aqui,
e principalmente por suportarem meu mau humor todo fim de mês durante o ccurso;

A minha esposa Alessandra Aparecida Vieira, pela paciência em esperar para jantar todas as
segundas e quartas-feiras das 18:00 até 11 horas (horas dedicadas ao curso) e na ultima
semana do mês quando tinha que entregar a ultima tarefa.

Aos meus pais: Aurio Gilberto Falcone (In memoriam) e Rosa Cheganças Gandra Falcone e
filhos que já viraram estrelinhas Gabriela Viera Falcone (In memoriam) e Daniel Viera
Falcone (In memoriam), que foram as pessoas que me ensinaram que só com muito trabalho,
vontade, honestidade, estudo e preparo e superação inclusive na dor, nos alcançamos nossos
objetivos e metas;
vii

Amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito e, mesmo


assim, ainda gosta de você.

Kim Hubbad – In "O melhor do mau humor", coletadas


por Ruy Castro, Companhia das Letras - São Paulo, 1990.
viii

RESUMO

O trabalho tem como objetivo estudar elaborar um plano de emergência com base no
dimensionamento técnico de um grande evento, uma vez que não existe um plano pronto para
atender as necessidades, segurança, ou plano de emergência de um evento. Cada evento exige
um planejamento próprio. Como resultado esperado do presente trabalho teremos uma
propositura de um Plano de Emergência Modular para um grande evento em área fechada e
descoberta sujeita a intempéries, com elementos de risco tais como acesso difícil, entradas e
saídas controladas, venda de bebidas, presença de publico jovem entre outros.

Palavras-Chave: Eventos – Eventos de Grande Porte, Shows, Plano de Emergência,


Planejamento de eventos.
ix

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Publico no Show do The Killers na Chácara do Jockey ................................... xiii
Figura 02: Montagens do Show do Paul McCartney – Arena Allianz Parque ................... 13
Figura 03: Montagens do Palco Central do Show U2 360º - Estádio do Morumbi ........... 21
Figura 04: Relatório do Plano de Abandono....................................................................... 18
Figura 05: Lançamento do Livro “O espetáculo mais triste da terra”................................. 19
Figura 06: “Folder/Flyer/Panfleto” da lona de Nylon que acabou pegando fogo............... 20
Figura 07: Dequinha acabou confessando ter ateado fogo na lona por vingança ao
proprietário do circo............................................................................................................ 20
Figura 08: Mutirão de atendimento medico e local da tragédia.......................................... 21
Figura 09: Mutirão de atendimento medico e local da tragédia.......................................... 21
Figura 10: Mutirão de atendimento medico e local da tragédia.......................................... 21
Figura 11: Mutirão de atendimento medico e local da tragédia.......................................... 21
Figura 12: Mutirão de atendimento medico e local da tragédia.......................................... 21
Figura 13: Dr. Ivo Pitanguy conta ao 'JB' os momentos mais marcantes da tragédia no
circo...................................................................................................................................... 22
Figura 14: Atendimento no reaberto Hospital Municipal Antonio Pedro – HMAP........... 23
Figura 15: Atendimento no reaberto Hospital Municipal Antonio Pedro – HMAP............ 23
Figura 16: Encaminhamento, saída do IML........................................................................ 23
Figura 17: Tragédia de Hillsborough Stadium.................................................................... 24
Figura 18: Tragédia de Hillsborough Stadium.................................................................... 24
Figura 19: Tragédia de Hillsborough Stadium.................................................................... 25
Figura 20: Tragédia de Hillsborough Stadium.................................................................... 26
Figura 21: Um documentário da BBC (de 2014) "Hillsborough - How They Buried The
Truth"................................................................................................................................... 26
Figura 22: Tragédia da Boate Republica de Cromagnón..................................................... 27
Figura 23: Protesto na Praça de Maio pelas vítimas da tragédia, 9 de dezembro de 2007.. 29
Figura 24: Como foi o incêndio de santa Maria.................................................................. 31
Figura 25: Inicio do fogo em Santa Maria........................................................................... 32
Figura 26: Inicio do fogo em Santa Maria........................................................................... 32
Figura 27: Relação lotação x área segundo relatos ........................................................... 34
Figura 28: O pânico ............................................................................................................ 34
Figura 29: As saídas ............................................................................................................ 35
Figura 30: As saídas ............................................................................................................ 35
Figura 31: Encaminhamento para o banheiro ..................................................................... 36
Figura 32: Pisoteamento...................................................................................................... 37
Figura 33: Mortos por asfixia ............................................................................................. 38
Figura 34: Mortos por asfixia ............................................................................................. 38
Figura 35: Casa Noturna mais segura.................................................................................. 39
Figura 36: Buraco aberto para efetuar o resgate no banheiro. ........................................... 41
x

Figura 37: Bombeiros combatem as chamas na boate Kisss 2013...................................... 44


Figura 38: Campanha de Terror Rússia 2018 ..................................................................... 56
Figura 39: Metodologia ARENA da ABIN ........................................................................ 62
Figura 40: SCI – Fonte Revista Emergência nº 103 do CBPMESP.................................... 60
Figura 41: Modelo de estrutura da Seção de Operações ..................................................... 66
Figura 42: Telefones úteis.................................................................................................... 72
Figura 43: Identificação Básica conforme Anexo 2............................................................ 73
Figura 44: Exemplo de localização feita pelo Google Maps. ............................................. 74
Figura 45: Torre de Delay .................................................................................................. 77
Figura 46: Palco Orbital e Torre de PA............................................................................... 77
Figura 47: Torre iluminação ou de PA............................................................................... 78
Figura 48: Modelo de Projeto gentilmente cedido pela Arquita Vera Lucia Nogueira....... 81
Figura 49: Distancias percorridas e rotas de acesso............................................................. 86
Figura 50: Regressão linear para quantificação de sanitários por lotação........................... 88
Figura 51: Distancias percorridas e rotas de acesso............................................................. 90
Figura 52: Profissionais praticando ato inseguro................................................................. 103
Figura 53: Croquis do Evento Lolapalooza......................................................................... 104
Figura 54: Centro de Controle Operacional do Allianz Parque em Eventos....................... 112
Figura 55: Projeto para o SMUL SEGUR e Corpo de Bombeiros...................................... 122
Figura 56: Lista de verificação visual das instalações elétricas em baixa tensão................ 125
Figura 57: Curva Isocerâunicas – Anexo B da Norma NBR 5419/2005/ABNT................. 126
Figura 58: Curva Isoceurânicas por endereço...................................................................... 126
Figura 59: Lounge de Banheiros Químicos na Formula 1................................................... 128
Figura 60: Modelo para elaboração de uma lista simples de verificação de ações e
providencias ........................................................................................................................ 149
Figura 61: Queda do Palco da Banda GUNS N´ ROSES.................................................... 170

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Estratificação dos Eventos Públicos e Temporários por quantidade de pessoas .. 02


Tabela 2: Estratificação dos Eventos Públicos e Temporários pela duração......................... 02
Tabela 3: Estratificação dos Eventos Públicos e Temporários pela duração......................... 02
Tabela 4: Parte do Anexo IV da Portaria SMS G – Comurge 677/2014 .............................. 04
Tabela 5: Fonte planilha de Cálculos para dimensionamento de eventos ............................. 33
Tabela 6: Exemplo de analise de ameaças em grandes e mega eventos................................ 58
Tabela 7: Exemplo de analise de ameaça de terrorismo, vulnerabilidade e risco, no país
sede, durante o Grande Evento............................................................................................... 59
Tabela 8: Níveis hierárquicos de um SCI 65
Tabela 9: Densidade de ocupação em locais de reunião 84
Tabela 10: Dimensionamento de Unidade de passsagem 85
Tabela 11: Dimensionamento de quantidade de sanitários por sexo 88
xi

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

 AA – Auto de Autorização
 AAE – Alvará de Autorização de Eventos Públicos e Temporários
 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
 AFLR – Alvará de Funcionamento do Local de Reunião
 AVCB - Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros
 CBPMESP – Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo
 COE – Código de Obras e Edificações
 CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
 FEMA: Federal Emergency Management Agency (USA);
 LOE: Legislação de Obras e Edificações;
 LPUOS – Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo
 NBR - Norma brasileira
 NR - Norma Regulamentadora
 NT: Norma Técnica;
 NTC: Norma Técnica de Concessionária;
 NTO: Norma Técnica Oficial (registrada na ABNT);
 PMSP – Prefeitura do Município de São Paulo
 SEGUR – Coordenadoria de Uso Especial e Segurança de Uso
 SEGUR 3 – Divisão Técnica de Locais de Reunião
 SMUL – Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento
 SMPR – Secretaria Municipal da Coordenação das Prefeituras Regionais
xii

INDICE ANALÍTICO

1- INTRODUÇÃO................................................................................................................. 14
2 – TEMA .............................................................................................................................. 6
3 – PROBLEMA .................................................................................................................... . 6
4 – JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 6
5 – OBJETIVOS ..................................................................................................................... 6
5.1 Objetivo geral..................................................................................................................... 6
5.2.Objetivos específicos .......................................................................................................... 7
6 - METODOLOGIA ............................................................................................................. 12
7 - CAPÍTULO I...................................................................................................................... 17
7.1. ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE GRANDE PUBLICO .......17
7.2. ANÁLISE DE AMEAÇAS, RISCOS E VULNERABILIDADES ................................. 45
7.3. SCI (SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES) .................................................... 63
8 - CAPÍTULO II.................................................................................................................... 73
8.1 - PROJETO TECNICO DO EVENTO ............................................................................ 73
8.2 - PLANO DE ATENÇÃO MÉDICA - CALCULO DO GRAU DE RISCO.................. 98
8.3 - PLANO DE SAÚDE OCUPACIONAL....................................................................... 102
9 - CAPÍTULO III..................................................................................................................
9.1 PLANO DE ABANDONO
9.2 PLANO DE EMERGÊNCIA CONTRA INCÊNDIO OPERACIONALIZADO POR
MEMBROS DA BRIGADA DE INCÊNDIO, DE FORMA A ATENDER A NBR –
15.219 – 2005 DA ABNT................................................................................................ 107
9.3 PLANO DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE GRANDE PORTE........................... 113
10 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 150
11 - BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................... 156
APENDICES......................................................................................................................... 160
APENDICE 1 – DESCRIÇÃO DAS SITUAÇÕES DE RISCO (UMA ABORDAGEM O
MAIS GENÉRICA POSSÍVEL)........................................................................................... 160
ANEXOS ............................................................................................................................ 171
ANEXO 1 - Tabela de classificação de risco conforme Capítulo III da classificação de Risco,
artigo 3º, § 2º constante do Anexo IV da Portaria Nº 677/2014 – SMS / COMURGE ...... 171
ANEXO 2 – Modelo para formulário de uma solicitação identificando claramente um evento
(Adaptado do modelo padrão da SMPR /SP) .........................................................................172
xiii

ANEXO 3 - Atestado de estabilidade das estruturas e instalações provisórias .................... 173


ANEXO 4 - Atestado de instalações elétricas e aterramento ................................................ 174
ANEXO 5 - Atestado de sistema de proteção contra descargas atmosféricas........................175
ANEXO 6 - Atestado de geradores de energia.......................................................................176
ANEXO 7 - Atestado de equipamentos de segurança contra incêndio...................................177
ANEXO 8 - Atestado de Formação de Brigada de Incêndio .................................................178
ANEXO 9 - Relação dos brigadistas. .................................................................................... 179
ANEXO 10 - Atestado de acessibilidade das instalações e equipamentos.............................180
ANEXO 11 - Atestado de instalações de gás..........................................................................181
ANEXO 12 - Atestado de atoxidade e ignifugação de materiais de acabamento...................182
ANEXO 13 - Termo de compromisso quanto ao controle dos níveis de ruídos emitidos......183
ANEXO 14 - Termo de compromisso quanto ao atendimento de legislações diversas.........184
ANEXO 15 – Modelo para Ofícios Diversos.........................................................................185
ANEXO 16 – Alvará de Autorização do Lollapalooza..........................................................186

Figura 01 : Publico com lotação máxima na Pista VIP, no Show do The Killers na Chácara do
Jockey – Pirajussara – São Paulo – SP em 21/11/2019

Fonte: Arquivos de Segur 3- Fotografado pelo Engenheiro Marcelo Gandra Falcone em


21/11/2009 em vistoria das Condições de Segurança de Uso.
1

1. INTRODUÇÃO

Em nosso trabalho faremos um Estudo, com base nas normas vigentes e através de um
modelo consagrado dos cinco passos apresentado no livro “A SEGURANÇA CONTRA
INCÊNDIO NO BRASIL”, coordenação de Alexandre Itiu Seito, São Paulo: Projeto Editora,
2008. em especial o capitulo XXI Processo de Elaboração de Plano de Emergência, item 4 -
Metodologia para elaborar plano de emergência, da NBR 15.219 “Plano de emergência contra
incêndio – Requisitos”, Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Normas Técnicas e instrução
técnica IT Nº. 16/2011, “Plano de emergência contra incêndio” do CBPMESP com introdução
de Segurança patrimonial e demais requisitos de ordem publica.

Nosso trabalho será feito com base uma pesquisa (REVISÃO BIBLIOGRÁFICA) e tem
como objetivo principal a descrição das características de um grande evento o
estabelecimento de relações entre as variáveis de risco segundo as normas aplicáveis como
por exemplo:
 Quantidade de Sanitários;
 Quantificação de Suporte de atendimento médico;
 Tamanhos e quantidade e dimensões das saídas de emergência para percurso máximo
e um tempo limite (velocidade= espaço/tempo);
 Lotação em função da densidade de ocupação por m²;
 Sanitários;
 Tipo e setorização do publico;
 Central de Comando e Controle;
 Inteligência;
 Segurança;
 Orientadores conforme numero de pontos de acesso;
 Brigada;
 Auditoria;
 Equipe de Reação/Reforço.

As variáveis para definição dos tópicos serão obtidas em Normas Técnicas nacionais e
estrangeiras disponibilizadas pela manual da FIFA 2006 e 2010, GREEN GUIDE, FEMA
(Defesa Civil Norte Americana) e Legislação Nacional tais como a Lei 10671/03
2

conhecida como Estatuto do Torcedor que preconiza elementos tais como o artigo 16 da
norma:

“Art. 16. É dever da entidade responsável pela organização da competição:


I - confirmar, com até quarenta e oito horas de antecedência, o horário e o local da
realização das partidas em que a definição das equipes dependa de resultado anterior;
II - contratar seguro de acidentes pessoais, tendo como beneficiário o torcedor portador
de ingresso, válido a partir do momento em que ingressar no estádio;
III – disponibilizar um médico e dois enfermeiros-padrão para cada dez mil torcedores
presentes à partida;
IV – disponibilizar uma ambulância para cada dez mil torcedores presentes à partida;
V – comunicar previamente à autoridade de saúde a realização do evento.”

A referencia a utilizada para elaborar o PLANO DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE


GRANDE PORTE foi obtida pela estratificação da disponibilidade em nossos arquivos
na Prefeitura Municipal de São Paulo nos últimos 3 anos acima de 500 pessoas:

Tabela 1: Estratificação dos Eventos Públicos e Temporários por quantidade de pessoas.

Tabela 2: Estratificação dos Eventos Públicos e Temporários por tipo de publico.

Tabela 3: Estratificação dos Eventos Públicos e Temporários pela duração


3

Para escolher uma faixa de corte, vamos utilizar as linhas conforme o GPAE – Grupo de
Planejamento e Ações Estratégicas para Eventos e Eventos em Massa, da Secretaria
Municipal de Saúde do Município de São Paulo (SMS). Os riscos estão definidos na
Portaria Nº 677/2014 – SMS / COMURGE, que estabelece as normas para a elaboração de
Planos de Atenção Médica em eventos temporários públicos, privados ou mistos na
Cidade de São Paulo:
“[...]
VI – Classificação do risco do Evento –é o conjunto de fatores e características
identificados previamente ao evento, que podem interferir nas urgências e
emergências. O Baixo Risco define-se como o conjunto de fatores e características
que podem influenciar os agravos a saúde, em situações eventuais, não
acrescentando riscos previsíveis comparados com a população não participante
do evento. O Risco Especial define-se como aquele onde o conjunto de fatores e
características representa o maior risco previsível.
CAPÍTULO III - DA CLASSIFICAÇÃO DO RISCO
Art.3º. São considerados fatores de risco para o público presente,
I - Tipo do Evento
II - Local do Evento
III-Horário do Evento
IV-Duração do Evento
V-Características do Público
VI- Faixa Etária
VII-Número de pessoas
VIII- Controle do acesso de Público
IX-Acomodação
X-Climatização do Ambiente
XI-Acesso a líquidos
XII-Consumo de álcool
XIII- Probabilidade de drogas ilícitas
§1 Os eventos, segundo o risco, serão classificados como Baixo, Médio, Alto,
Altíssimo e Especial
§2-Esta classificação está baseada na pontuação descrita no Anexo IV;
4

Tabela 4: Parte do Anexo IV da Portaria SMS G – Comurge 677/2014

§3-A Classificação do Risco indicado pela pontuação, poderá sofrer alteração,


atendendo a características específicas do evento, desde que justificada
tecnicamente pelo organizador e anuída pelo GPAE-EVENTOS/COMURGE[...]”

Como fica claro o evento “modelo” para o estudo de caso será escolhido neste universo um
evento com a maior pontuação de risco possível, conforme Anexo 1 (Segundo a NBR 14724
de dezembro de 2005, a diferença entre Anexo e Apêndice é que o Anexo é um texto ou
documento não elaborado pelo autor do Trabalho Científico e o Apêndice é um texto ou
documento elaborado pelo autor do Trabalho)

Em analise com amparo no anexo 1 procuramos escolhes dentro do universo de eventos no


período:
I - Tipo do Evento : Grandes Shows Musicais = 8 pontos;
II - Local do Evento : Fechado com alta densidade de Publico= 4;
III- Horário do Evento: noite/madrugada = 3;
IV- Duração do Evento= maior que 6 horas menor que 12 horas por dia = 4
podendo ser mais de um dia;
V- Características do Público= estrelas internacionais=4:
VI - Faixa Etária= jovem = 4;
VII - Número de pessoas=16;
VIII - Controle do acesso de Público= existente controlado=1;
IX-Acomodação= em pé=4;
X-Climatização do Ambiente=inexistente=4;
XI - Acesso a líquidos=controlado= 1;
XII - Consumo de álcool=sem controle=8;
XIII - Probabilidade de drogas ilícitas=provável=4,
5

De posse deste perfil escolheremos um evento que totaliza por volta de 60 até 86 pontos, ou
seja, um evento de risco médico especial, e com necessidades estruturais amplas.

Enfim para estabelecer os parâmetros do Plano de emergência vamos definir um grande


evento Show de Musica internacional, em local fechado e descoberto, sujeito a intempéries de
publico superior a 40 mil pessoas e que já tenha ocorrido no âmbito do estado de São Paulo
(Lolapalooza – Autodromo Municipal José Carlos Pace - Interlagos – São Paulo Capital de
25 e 26 de março).

Reiterando, utilizaremos na analise todos os aspectos conforme a legislação vigente e iremos


propor a adoção dos parâmetros de calculo para melhor atendimento as condições mínimas
para a elaboração de um plano de emergência, visando proteger a vida, o meio ambiente
e o patrimônio.
6

2. TEMA:

Plano de Emergência em Eventos de grande porte.

3. PROBLEMA:

Como estabelecer parâmetros e quantidades mínimas de recursos para obter as condições


mínimas de segurança na elaboração de um plano de emergência, visando proteger a vida, o
meio ambiente e o patrimônio?

4. JUSTIFICATIVA:
O plano de emergência e as saídas são a base das providencias a serem projetas e
implementadas, para assegurar o fluxo das pessoas e a capacidade de escoamento no caso de
ocorrências.

Não basta apenas um plano, é necessário ter um projeto onde às saídas de emergência e o
fluxo das pessoas seja dimensionado para assegurar uma saída coordenada de tal sorte evitar a
ampliação da ocorrência.

Não é possível ter certeza de que um evento ocorrerá sem incidentes, mas é o dever dos
profissionais, que atuam com eventos de se precaverem contra os riscos que são inerentes ao
confinamento, às aglomerações de pessoas, às intempéries entre outras falhas.

É fundamental seguir a risca as normas e legislações, além das boas práticas e fatores
associados ás características do evento que permitam evitar, mitigar e minimizar os riscos de
acidentes, bem como possibilitem agir de forma adequada caso ocorrências venham a ocorrer.

5. OBJETIVOS:

5.1. OBJETIVO GERAL:


7

A propositura tem por objetivo traçar parâmetros para elaboração de um plano de emergência
e saídas de tal sorte mitigar e/ou minimizar os impactos em caso de ocorrências.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Fazer um estudo de caso de um evento de grande porte definindo formas, critérios e pontos de
vista. A análise, com base em fatos e dados, legislação será utilizada para:

o Definir e quantificar os recursos sanitários, recursos de segurança contra


incêndio e pânico, de atendimento de primeiros socorros e remoção, equipes de
segurança, orientadores, socorristas e bombeiros (brigadistas).

o Evitar que os riscos identificados e classificados, caso ocorram, venham a se


configurar em perdas de vida e danos ao meio ambiente e ao patrimônio das
empresas e entidades envolvidas no evento.

o Definir o procedimento padrão para as situações de contingências a ser


desempenhado pelos membros das equipes de segurança, orientadores,
socorristas e brigadistas tais como:
Isolar e sinalizar o local;
Comunicar o gestor e/ou a Central de Comando e Controle;
Orientar e conduzir a evasão das pessoas;
Preservar o local do fato;
Acionar os Órgãos Públicos
Orientar e conduzir as viaturas de remoção.

Um Evento tem como objetivo reunir pessoas, alguns por motivos culturais, sociais,
assistenciais, religiosos outros simplesmente institucionais para divulgação ou
comercialização de produtos. Todos os grandes eventos precisam de instalações temporárias
de acordo com suas necessidades, e sua montagem e realização movimenta uma grande
quantidade de profissionais, num tempo mínimo.

A montagem de um evento de grande porte muitas vezes lembra uma legião pessoas
“montando desesperadamente um abrigo provisório para uma pausa na jornada sem muita
8

organização”, tal como o “exercito” do filme L'armata Brancaleone (no Brasil: O Incrível
Exército de Brancaleone ), que é um filme italiano de 1966, do gênero comédia, dirigido por
Mario Monicelli que retrata um grupo de de medievais que roubam de um cavaleiro o título
de um castelo, situado no feudo de Aurocastro. Mas para se apossarem do feudo, eles
necessitam de um cavaleiro, e acabam por encontrar Brancaleone da Nórcia. Brancaleone
simboliza um líder sem o miníno de senso critico e administrativo que acredita que a liderança
esta centrada apenas no objetivo e na motivação, é bem-intencionado porém total
desorganizado e sem planejamento. Em sua jornada para tomar posse do feudo de Aurocastro,
objetivo do qual pela falta de planejamento é desviado em diversas oportunidades
demonstrando que nem só de boa vontade uma equipe sobrevive e atinge seus objetivos com
eficiência e eficácia.

Um grande evento sem o devido planejamento se assemelha mais ou menos aos pioneiros da
construção de Brasília contratados pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
Os chamados “Candagos” que começaram a chegar em 1957 ao local da futura capital do
Brasil. Estes trabalhadores se assemelhavam a uma massa humana de diferentes origens e
características sociais, que vinham atraídos pela possibilidade de um novo começo e novas
oportunidades. Saíam da terra natal com uma mala e pouquíssimo dinheiro — às vezes nem
isso, só com a roupa do corpo — e lotavam a carroceria dos caminhões para viajar 45 dias em
estradas precárias, de terra batida, até o local demarcado para a construção de Brasília, onde
só havia mato e poeira.

No Estado de São Paulo, a verificação nos eventos realizados em bens de uso comum do povo
(vias públicas, praças, etc.), a atribuição para apuração das condições de segurança é da
Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo. Podemos citar como exemplos os
comícios, apresentações musicais gratuitas, blocos de carnaval, reuniões de grupos religiosos,
dentre outros. Para a utilização de bens de uso comum, apenas se admitem regulamentações
gerais de ordem pública, preservadoras da segurança, da higiene, da saúde, sem
particularizações de pessoas ou categorias sociais (artigo 99, inciso I, do Código Civil).

Para eventos em que ocorre a cobrança de ingressos, formando-se a relação de consumo, há


evidente interesse na área dos Direitos do Consumidor, principalmente em relação aos riscos à
integridade física dos frequentadores. Existe a possibilidade de responsabilização civil da
entidade organizadora do evento, nos termos do Código de Defesa do Consumidor, já que a
9

proteção da vida, saúde e segurança é direito fundamental do consumidor, nos termos do art.
6º e 8º do Código de Defesa do Consumidor. Independente do local de realização do evento,
em local publico ou privado, há necessidade de normatização pelo Município sobre as
condições de uso e ocupação do solo além da fiscalização.

Quanto a Segurança Pública sabemos que se trata de dever do Estado, porém é um direito e
responsabilidade de todos, e deve ser exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio. Cada órgão público tem sua função especifica:
I - Polícia federal;
II - Polícia Rodoviária Federal;
III - Polícia Ferroviária Federal;
IV - Polícia Civil;
V - Polícias Militares;
VI - Corpos de Bombeiros Militares e Defesa Civil;
VII- Guardas Civis;
VIII- SUS/SAMU;
IX - Empresas Publicas de prestação de Serviços Públicos tais como Companhias de
Transito, Companhia de Limpeza Urbana, Cias de Iluminação Publica, entre outras.

Como a prioridade do planejamento de eventos deve ser a Prevenção, Combate a Incêndios,


Controle de Pânico e Salvamento e dever do realizador do evento avisar e trabalhar em
conjunto conjunta com estes órgãos públicos e autarquias, pois em caso de atendimento de
emergência, pois em face de eventualidade, temporalidade desta forma de uso e ocupação do
solo os parâmetros de incomodidade e a resposta do atendimento em Emergências e Desastres
não fazem parte da infra-estrutura padrão e planejamento da localidade e dos órgãos públicos
supra citados.

A falta de comunicação e trabalho em conjunto leva na prática a percalços e fatos não


desejáveis:

 É comum que às vésperas da realização de um evento na sua Comarca, o Promotor


de Justiça receba um representante da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, ou
popular, informando as irregularidades no evento, principalmente a falta de Alvará
da Prefeitura ou Vistoria do Corpo de Bombeiros. Ou ainda, há a informação de
10

que o Corpo de Bombeiros ou a Policia Militar fez uma vistoria e constatou


irregularidades. Quando o evento não possui os requisitos básicos indispensáveis
para sua realização com segurança e o tempo é exíguo, a medida adequada é a
propositura urgente de ação civil pública com pedido de liminar pleiteando a
suspensão de sua realização, ao menos até o cumprimento das obrigações de fazer
relativas aos itens de segurança (obtenção de auto de vistoria do Corpo de
Bombeiros, alvará de funcionamento, atendimento a irregularidades já constatadas,
p. ex.).
 Agravamento de incidentes que poderiam ter sido evitados ou ter seus efeitos
minimizados
 Reclamações/Ocorrência de incomodidade ou de outras natureza de ordem publica
que poderiam ter sido eliminadas ou mitigadas.

Isto posto, este trabalho tenta orientar responsáveis e produtores de eventos da necessidade de
um planejamento esmerado que integra todos os agentes e cenários de um grande evento
principalmente os órgãos públicos: ”Um evento pode demorar anos para ser realizado, às
vezes décadas, dias para ser montado e minutos para ser realizado e em caso de incidentes
segundos para ser desmoralizado. Como o evento é um momento único, não da para voltar ou
arrumar para a próxima seção, cada evento é um evento mesmo sendo o mesmo objeto, enfim
o evento é o momento definido dentro daquele período para um determinado local, publico e
circunstâncias”.

Claro que incidentes em eventos podem ocorrer, porém eles se não forem previstos e não
existir meio de mitigar, com certeza toda aquela preparação vai cair por terra e a ocorrência
irá manchar ou destruir a imagem do evento e das empresas organizadoras, assim como os
promotores e patrocinadores, enfim todas as empresas e marcas envolvidas, além do prejuízo
financeiro. Já vimos casos de eventos serem desmoralizados ou deixarem de ter apreço do
publico pelo simples preço da pipoca.

Não existe um plano pronto para atender as necessidades, segurança, ou plano de emergência
de um evento. Cada evento exige um planejamento próprio.

A empresa produtora do evento, contrata outras empresas (terceirizadas) para construir o


projeto idealizado, para gerenciar e se responsabilizar tecnicamente, a qual aprova o evento
11

nos órgãos públicos competentes, também respondendo pela Gestão do projeto e Segurança
do Trabalho. Como foi dito as instalações são temporárias acontecem num curto prazo de
tempo, dificultando o planejamento de sua montagem. As empresas contratadas são inúmeras
e terceirizadas. Assim como o publico por mais habitual que seja nunca será integralmente o
mesmo. Não existe repetibilidade e habitualidade no planejamento de eventos, pois cada
evento é um momento único (o tempo não volta).

O planejamento além de projeto engloba um conjunto de diretrizes que influenciam


diretamente o modo como os recursos humanos, técnicos e organizacionais serão utilizados.
As providências e recursos que serão adotados para garantir que o evento transcorra com um
mínimo de incidentes. Definir as diretrizes e o plano de segurança tarefa do organizador do
evento, pois é a ele que cabe formalizar como o evento deverá funcionar e quais serão as
prioridades e linhas gerais do produto final a ser entregue para o publico.

A política pode variar muito em função do tipo e local do evento, perfil do público, condições
de realização e, principalmente, a cultura do patrocinador e/ou promotor e/ou organizador de
evento. Seguem alguns exemplos: controle de acesso ao evento, rigor de revista na entrada e
amplitude de abrangência, rigor na prevenção de incêndios, combate a furtos, combate à ação
de cambistas (se houver), tratamento do público e patrocinadores, estacionamento, bolsões de
táxis, transporte publico, transporte por aplicativos) proteção no percurso do estacionamento
ao local do evento, controle do fluxo de entrada do público, entre outros.

Por fim, não existe formula mágica para planejar eventos. Em virtude do caráter imediato e
transitório dos eventos e a celeridade de analise e implantação de todos os recursos a serem
empregados e a multiplicidade de fornecedores, rotatividade de mão de obra e as vezes até
mesmo profissionais utilizados na organização, montagem, limpeza e orientação e um evento
que as vezes são funcionários contratados por tarefa. Sem registrado, que as vezes nem
passam por exames médicos, ou possuem o mínimo de escolaridade, a multiplicidade de
vetores envolvidos, até mesmo climáticos implicam em um poder de organização muito
grande para poder obter resultados satisfatórios..
12

6. METODOLOGIA

Foram encontrados na literatura diversos estudos que tratam de Planos de Abandono e Planos
de Emergência, porém com foco em atendimento a Legislação de Bombeiros ou de Para-
Polícia (Segurança Privada), que procura atender principalmente a segurança e a ordem
publica principalmente em lugares privados e fechados principalmente em edifícios acima de
9 metros e 750 m², conforme atribuição constitucional dos mesmos com fulcro no artigo 144
da CF. As normas de referencia mais comuns na área são a NBR 15219 – “Plano de
emergência contra incêndio – Requisitos”, Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Normas
Técnicas, instrução técnica IT Nº. 16/2011, Plano de emergência contra incêndio e o livro “
A segurança CONTRA INCÊNDIO NO BRASIL”, de Alexandre Itiu Seito, Alfonso Antonio
Gill, Fabio Domingos Pannoni, Rosaria Ono, Silvio Bento da Silva, Ualfrido Del Carlo e
Valdir Pignatta e Silva, coordenação de Alexandre Itiu Seito, São Paulo: Projeto Editora,
2008. em especial o capitulo XXI Processo de Elaboração de Plano de Emergência.

De acordo com a instrução técnica IT Nº. 03/2011 do CBPMESP –“Terminologia de


segurança contra incêndio” item 4.494: “Plano de emergência: documento estabelecido em
função dos riscos da edificação que encerra um conjunto de ações e procedimentos a serem
adotados, visando à proteção da vida, do meio ambiente e do patrimônio, bem como a redução
das conseqüências de sinistros” . Segundo o Cel. Res. PM Alfonso Antonio Gill e o Major
PM Omar Lima Leal em “A SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO NO BRASIL”, [coordenação
de Alexandre Itiu Seito, São Paulo: Projeto Editora, 2008 pagina 311], No Brasil ainda há
poucos bancos de dados sobre acidentes que forneçam conteúdos suficientes para permitir
diagnósticos mais aprofundados sobre emergências em geral e incêndios em particular. Os
levantamentos estatísticos sobre acidentes normalmente são feitos pelo corpo de bombeiros
dos Estados e do Distrito Federal. Face a limitação dos dados disponíveis os autores optaram
em propor processo de elaboração de um plano de emergência, na forma de um manual
pratico mais voltados para as emergências limitadas à edificação de origem e seu espaço
contíguo e os acidentes industriais ampliados.

Porém verificamos que os grandes eventos e massa normalmente ocorrem em locais abertos
ou fechados, descobertos públicos ou privados tais como edificações ou suas áreas externas,
ainda que descobertas e abertas, tais como jardins, áreas de lazer e recreação, pátios de
estacionamento, áreas externas em clubes de campo, áreas para a prática de atividades físicas,
13

esportivas e similares; terrenos vagos, terrenos não-edificados e edificações inacabadas;


logradouros públicos, tais como ruas, praças, viadutos e parques. Neste trabalho entende-se
por evento público e temporário aquele dirigido ao público, com ou sem a venda de ingressos,
realizado em período restrito de tempo ou com prazo determinado de duração conforme
definições do Decreto 49.969/08 do Município de São Paulo em seu artigo 5º.

Conforme afirmam ANSELL e WHARTON, o risco é uma característica inevitável da


existência humana. Nem o homem, nem as organizações e sociedade aos quais pertences
podem sobreviver por um longo período sem a existência de tarefas perigosas.

Para EWALD, François, um acidente possui duas características marcantes e que devem ser
analisadas:
o Previsibilidade, calculabilidade seria a sua primeira característica, onde há uma
objetividade que escapa à prudência, ao cuidado de vigilância individual;
o O segundo elemento característico é que o acidente é produto da ação coletiva,
da sociedade de massa. Assim, o acidente de trânsito pode ser responsabilidade
do condutor, por uma falha ou um erro, mas também pode ser explicado e
justificado em grande parte pelo aumento significativo e sem a devida estrutura
das cidades para a grande circulação de veículos nas ruas. Apresentando uma
visão holística, em que todos os fatos são interdependentes.

Os grandes eventos a principio deveriam ser ambiente para relaxar com seus amigos e se
divertir. Porém, quando as coisas saem do planejado, seja por falta de organização, segurança
ou pensar em todas as possibilidades para que o público fique seguro, acidentes e até mortes
podem acontecer. Para evitar isso, é necessário ter conhecimento de planejamento e
implantação onde deve ser abordada gestão de crises, segurança do público, posicionamento
de palco e setores, instalações e muito mais. Podemos citar alguns exemplos notáveis de
ocorrências em eventos de grande porte tais como:

1) Trágico acidente no show dos Raimundos, no dia 8 de novembro de 1997, em um clube de


Santos, quando mais de 60 pessoas ficaram feridas e oito delas perderam a vida por causa do
desabamento dos corrimões da escada de acesso ao palco.
14

2) Durante o The Who Tour em Ohio, EUA (1979), 7.000 pessoas aguardavam do lado de
fora do local do show, e após ouvir a passagem de som e a confundirem com o início do
show. A falta de segurança de público e planejamento e o desespero e correria dos fãs fez
com que sete pessoas acabassem falecendo após serem pisoteados e mais 26 ficassem feridos.

3) Tragédia na apresentação dos “Rebeldes” (grupo mexicano RDB), ocorrida no dia 4 de


fevereiro de 2006, no estacionamento de um shopping center, em São Paulo, quando
morreram três jovens e mais de 40 sofreram ferimentos graves, em razão da queda de um
alambrado, quando a banda entrou no palco.

4) Rodeio de Jaguariúna 2009 – ou Festa de peão de Jaguariúna – um acidente que ocorreu na


entrada, no momento que foi aberto o portão de entrada. Assim que abriu o portão para o
show de João Bosco e Vinícius, muita gente começou a correr – provavelmente pra tentar
pegar um melhor lugar. Quatro pessoas morreram e 50 ficaram feridas por causa disso.

5) Madrugada de domingo, 22 de novembro de 2009 , quando o eletrizante Chiclete com


Banana animava a “Micareta do Vale”, em São José dos Campos, o camarote onde os foliões
estavam dançou literalmente. Motivo: “desajuste do solo molhado”, dizem as primeiras
investigações. E cerca de 60 pessoas feridas foi o saldo da insegurança produzida pelos
organizadores do evento.

6) Durante a apresentação do Pearl Jam, no Roskilde Festival na Dinamarca em 2000,


milhares de fãs se amontoaram para chegar o mais perto possível do palco. A banda percebeu
a confusão um pouco tarde, e mesmo com pedidos para que os fãs dessem alguns passos para
trás, os pisoteamentos e pessoas presas contra a grade causaram a morte de 9 pessoas, além de
muitos feridos.

7) No festival de música eletrônica Love Parade, na Alemanha em 2010 aconteceu um


acidente de controle de massas que fez com que o festival se encerrasse após o episódio. Com
capacidade para apenas 250 mil pessoas, a popularidade do evento fez com que um milhão de
espectadores aparecesse para o festival. A falta de planejamento de acessos e segurança fez
com que os fãs invadissem o local, causando a morte de 21 pessoas e mais de 500 feridos
15

8) Show musical, Pukkelpop Festival na Bélgica em 2011, onde uma tempestade sem
precedentes atingiu o local durante o show da banda Skunk Anansie. A área de acampamento
ficou completamente alagada, e os fortes ventos acabaram derrubando o palco principal,
causando a morte de cinco pessoas e uma centena de feridos.

9) Em 2017, um show de rock terminou em tragédia na Argentina. Duas pessoas morreram


pisoteadas e 12 ficaram feridas durante uma apresentação do cantor Indio Solari, ex-vocalista
da banda "Patricio Rey y sus Redonditos de Ricota". Entre 350 mil e 550 mil pessoas
compareceram ao show, em uma área privada ao ar livre na cidade que fica a 300 quilômetros
de Buenos Aires. De acordo com as autoridades, havia superlotação, já que o espaço
comportava apenas 200 mil pessoas

10) O mundo dos eventos registra ainda uma tragédia diferente: Feira Mundial de 1893, em
Chicago, também conhecida como a Exposição Universal, foi um marco na história tanto da
cidade quanto do mundo, levando as ideologias, invenções e projetos futuristas para o
público, que estava encantado com o evento. A feira atraiu 27 milhões de visitantes ao longo
de seis meses. Em um único dia, 716.881 pessoas compareceram para conferir as homenagens
ao aniversário de Grande Incêndio de Chicago, que havia acontecido em 1871, estabelecendo
um recorde mundial de público. No entanto, o grande evento também trouxe algo a mais para
a cidade: uma grave epidemia de varíola. Os imigrantes europeus que construíram a feira
viviam em condições deploráveis, sendo que trinta trabalhadores morreram durante a
construção e mais 5.919 casos chegaram ao departamento médico da exposição. A cidade de
Chicago não realizava um programa de vacinação contra a varíola por uma década e os
acampamentos dos trabalhadores tornaram-se um terreno fértil para a doença. Os casos
subiram em agosto e tudo se transformou em uma enorme epidemia em novembro. O surto
matou 1.213 pessoas.

De acordo com Anita Pires, Presidente da ABEOC Brasil Associação Brasileira de Empresas
de Eventos, no prefacio da Cartilha “Evento Seguro - Orientações sobre segurança em
eventos”, um Evento tem como objetivo reunir pessoas, alguns por motivos culturais, sociais,
para divulgação ou comercialização de produtos. Todos os Eventos precisam de instalações
temporárias de acordo com suas necessidades, e sua montagem e realização movimenta uma
grande quantidade de profissionais, num curto espaço de tempo. A Empresa Produtora do
Evento, contrata outras empresas (terceirizadas) para construir o projeto idealizado, para
16

gerenciar e se responsabilizar tecnicamente, a qual aprova o evento nos órgãos públicos


competentes, também respondendo pela Gestão do projeto e Segurança do Trabalho, enfim
[Cartilha ABEOC folhas 7 e 8]:

A qualidade da segurança é fator crítico para o sucesso de um evento, por isso, de nada
adianta planejar impecavelmente uma recepção empresarial, se o controle de acesso não for
capaz de barrar a entrada de intrusos que tomam o lugar dos convidados. Pouco importará
que um Evento tenha sofisticados recursos de som e imagem, se um princípio de incêndio
ocorrer, provocando um tumulto que deixe dezenas de pessoas feridas ou até mortas. A
caríssima exposição de arte promovida por uma empresa não será notícia no caderno de
cultura dos jornais, e sim no de polícia, se falhas na vigilância facilitarem o roubo ou furto
de obras expostas. Não se espera que os profissionais que organizam eventos saibam fazer
sua segurança. Mas se espera que saibam avaliar corretamente os planos de segurança,
destinados a proteger a vida de pessoas, a imagem de empresas e a integridade dos bens
envolvidos nos eventos. A proposta da cartilha é simples e objetiva: O que não podemos
esquecer e o que devemos fazer no quesito Segurança, quando estivermos fazendo um evento!

Figura 3 - Montagens do Palco Central do Show U2 360º - Estádio do Morumbi

Fonte: Arquivos de SMUL/Segur 3 PMSP- Engenheiro Marcelo Gandra Falcone em


07/02/2011 em vistoria prévia das Condições de Segurança de Uso em Evento de Grande
Publico.
17

7. CAPITULO 1.

7.1. ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE GRANDE PUBLICO

Durante o estudo acerca do atendimento de emergência em eventos de grande publico, ou em


locais de reunião, onde normalmente a densidade de ocupação do espaço físico é muito
grande (geralmente algo em torno de 2,5 pessoas por m²), dificultando a mobilidade e
realçando as reações grupais (comportamento de massa), atender às necessidades de saúde e
segurança relacionadas risco visa minimizar os riscos de agravos durante durante possíveis
incidentes neste tipo de uso. Visando minimizar as conseqüências acreditamos que os estudos,
novos regramentos visam ampliar e melhorar os serviços de urgência e emergência e de
assistência hospitalar. Temos algumas atitudes que minimizar que ajudam implantar serviço
de resposta rápida a agravos relacionados ao evento:

 Isolar e sinalizar o local;


 Comunicar o gestor e/ou a Central de Comando e Controle;
 Orientar e conduzir a evasão das pessoas;
 Preservar o local do fato;
 Acionar os Órgãos Públicos
 Orientar e conduzir as viaturas de remoção.
 Acionar os sistemas integrados de Comando de Sistema de Incidentes (ICS)
para eventos que o exijam, bem como da interação com os serviços
hospitalares.
 Gerir o recursos de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência em conjunto
com o os pronto socorros dos hospitais habilitados.

Porém para as atitudes acima darem certo é necessário a existência do treinamento,


conhecimento, infra-estrutura implantada e implementada, necessidade de protocolos
organizados, ampliar e melhorar serviços de vigilância sanitária, de laboratório, de Saúde
Pública, de gestão em segurança pública e privada da informação em saúde e de vigilância à
saúde, implantar a gestão integrada da saúde para os grandes eventos alem dos sistemas de
18

policia existente e principalmente investir em educação e cultura de preventiva de massa, ou


seja, treinar a população para este tipo de ação integrada e como se comportar em casos de
tragédias. Crianças em paises com cultura de prevenção começam a treinar abandono e
comportamento em situação de risco no jardim de infância, na mais tenra idade.

Concluindo as ações para eliminação os riscos de pânico e a vida na realização de grandes


eventos ou nos locais de reunião, devem ser contemplado por educação, treinamento e nas
etapas de planejamento e gestão das ações especificas, especialmente no que diz respeito à
gestão de emergências, evitando que incidentes sejam amplificados de tal sorte se
transformem em grandes tragédias como as que veremos nos itens abaixo. São alguns
exemplos de tragédias e como foi feito o atendimento a emergência e como foi dada a
resposta a sociedade.

Figura 4 : Colegio Estadual Prof. "Segismundo Antunes Netto" Ens. Fundamental, Médio
Estado do Paraná - Relatório do Plano de Abandono. Para maiores informações Clique aqui:
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact
=8&ved=0ahUKEwjx5cfVkM7WAhWBgpAKHcZ7A-
YQjhwIBQ&url=http%3A%2F%2Fwww.sqcsegismundo.seed.pr.gov.br%2F&psig=AOvVaw
2wnBg_sRNjCVpsts-qInAp&ust=1506902736448443
19

7.1.1 O GRAN CIRCUS NORTE-AMERICANO – 1962 – NITERÓI/RJ

De acordo com “O Jornal do Brasil” em 17/12/2011 apresentou em sua versão eletrônica


sobre o Incêndio no Gran Circo em Niterói que completava a época 50 anos. A matéria de
Luisa Bustamante procura relembrar a tragédia de 17 de dezembro de 1961, onde mais de 500
pessoas morreram na maior tragédia circense da história. De acordo com a matéria a história
detalhada do incêndio do Gran Circo é narrada nas páginas do livro “O espetáculo mais triste
da história”, do jornalista Mauro Ventura, pela editora Companhia das Letras, 2011.

Figura 5 : Lançamento do Livro “O espetáculo mais triste da terra”.


https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact
=8&ved=0ahUKEwjB9aXNqM7WAhUDC5AKHdJcA10QjhwIBQ&url=http%3A%2F%2Fb
logues.publico.pt%2Fciberescritas%2F2011%2F12%2F06%2Flancamento-do-livro-de-
mauro-ventura-hoje-no-rio-de
janeiro%2F&psig=AOvVaw34Of2sPtJFXYq7Q8R459wP&ust=1506909253646976

Conta o autor do livro supra que no dia 15 de dezembro de 1961, foi a estréia em Niterói do
Gran Circus. Era o maior e mais completo circo da América Latina com cerca de sessenta
artistas, vinte empregados e 150 animais. O proprietário do circo, Danilo Stevanovich, havia
comprado uma lona nova, que pesava seis toneladas e seria de náilon – detalhe que fazia parte
da propaganda do circo. O Norte-Americano chegou a Niterói uma semana antes da estréia e
foi instalado na Praça Expedicionário, centro da cidade. Para que a montagem do circo
acontecesse, foi necessária a contratação de trabalhadores provisórios.
20

Figura 6 – “Folder/Flyer/Panfleto” com referencia a lona de Nylon que acabou pegando fogo
Fonte Jornal do Brasil: Mais informações leia em :
http://www.jb.com.br/media/fotos/2011/12/16/627w/cartaz-do-gran-circo-anunciava-sua-
chegada-na-cidade-de-niteroi-no-rio.jpg

Diversas pessoas foram contratadas, um deles chamado Adilson Marcelino Alves, o


“Dequinha”, possuía problemas mentais e tinha antecedentes de furto. Ficou trabalhando dois
dias e foi demitido pelo proprietário Danilo Stevanovich no terceiro dia. No dia 17, Dequinha
se reuniu com amigos para montar um plano e colocar fogo no circo.

Durante o espetáculo, o circo foi devorado pelo fogo gerando 238 mortes, mas, minutos
depois já se computava 260 mortes, dois dias depois passava dos 300, e semanas depois
chegava próximo a 400 mortos. O número de crianças mortas chamou muita atenção, visto ser
uma das únicas diversões que acontecia na cidade. Ainda houveram muitos feridos e
sobreviventes que tiveram sequelas físicas e psíquicas da luta direta contra o fogo.

Figura 7 : Dequinha acabou confessando ter ateado fogo na lona por vingança ao proprietário
do circo. Fonte Jornal do Brasil: Mais informações leia em :
http://www.jb.com.br/media/fotos/2011/12/16/627w/cartaz-do-gran-circo-anunciava-sua-
chegada-na-cidade-de-niteroi-no-rio.jpg

O atendimento às vítimas foi rápido, pois o quartel de bombeiros situava-se bem próximo,
porém, devido ao grande número de vítimas, eles contaram com ajuda de populares,
enrolando com cobertores corpos em chamas. Alguns ilesos buscavam familiares para ajudar
e carros particulares conduziam vítimas ao atendimento médico local. Não havia
planejamento e um plano formal para atendimento de desastres, que ocorreu literalmente em
forma de “mutirão”.
21

Figuras 8, 9, 10, 11 e 12 – Mutirão de atendimento medico e local da tragédia. Fonte Jornal do


Brasil: Mais informações leia em :
http://www.jb.com.br/media/fotos/2011/12/16/627w/cartaz-do-gran-circo-anunciava-sua-
chegada-na-cidade-de-niteroi-no-rio.jpg
22

Diversos médicos de Niterói foram acionados pelo cirurgião Ivo Pitanguy, que foi um dos que
inicialmente realizou a triagem das vítimas. Quando houve o incêndio, o cirurgião plástico Ivo
Pitanguy trabalhava como professor na PUC, e ainda não tinha inaugurado a famosa clínica na
rua Dona Mariana, em Botafogo. No dia, conta ao JB, ele seguia para a Santa Casa da
Misericórdia quando ouviu, pela rádio, o anúncio de que o circo pegava fogo. Pitanguy
seguiu para o Iate Clube do Rio e, a bordo da sua lancha particular, atravessou a Baía de
Guanabara para se juntar ao mutirão que procurava ajudar as vítimas.

“Cheguei com uma equipe em pleno momento de comoção. Havia muita gente querendo
ajudar, mas também uma enorme desorganização”, lembra o médico. “Lembro de um caso
muito heróico de um menino que tinha se salvado e voltou para debaixo da lona para buscar o
seu amigo. O que era mais dramático é que eram muitas crianças, e ao lado delas, seus
amigos, de modo que devia haver ali pelo menos 500 delas”.

Figura 13 : Dr. Ivo Pitanguy conta ao 'JB' os momentos mais marcantes da tragédia no circo
OBS: Pitanguy relembra os momentos mais marcantes do incêndio no Gran Circo:
http://www.jb.com.br/rio/noticias/2011/12/17/ivo-pitanguy-relembra-os-momentos-mais-
marcantes-do-incendio-no-gran-circo/ Ver também Vídeo com o depoimento:
https://youtu.be/Uvj6qG06BJM

A maioria dos feridos eram crianças chegando a ter 70% do corpo queimado. Em virtude da
dificuldade de leitos hospitalares, somente os gravemente feridos eram internados, os outros
recebiam atendimento de emergência com acompanhamento ambulatorial. A equipe de
atendimento organizou um centro de atendimento de emergência e triagem, reabrindo o
Hospital Municipal Antonio Pedro – HMAP, que havia sido fechado meses anteriores.
23

Figuras 14 / 15 – Atendimento no reaberto Hospital Municipal Antonio Pedro – HMAP.


Fonte Jornal do Brasil: Mais informações leia em :
http://www.jb.com.br/media/fotos/2011/12/16/627w/cartaz-do-gran-circo-anunciava-sua-
chegada-na-cidade-de-niteroi-no-rio.jpg

Havia profissionais capacitados para tratar os queimados, mas não para o tamanho da
tragédia. Voluntários doavam sangue, medicamentos e alimentos ao Hospital Universitário,
que não estava preparado para um grande número como este. A cidade estava encoberta pela
fumaça, gritos e um grande cheiro de carne queimada.

Devido ao elevado número de mortos, o Instituto Médico Legal – IML necessitou de câmaras
frigoríficas para armazenar os corpos.

Figuras 16 – Encaminhamento, saída do IML. Fonte Jornal do Brasil: Mais informações leia
em : http://www.jb.com.br/media/fotos/2011/12/16/627w/cartaz-do-gran-circo-anunciava-sua-
chegada-na-cidade-de-niteroi-no-rio.jpg
24

7.1.2. HILLSBOROUGH STADIUM – 1989 – INGLATERRA

Incidente que ocorreu no dia 15 de abril de 1989 no Estádio de Hillsborough, em Sheffield


(Inglaterra) entre o jogo do Liverpool e do Nottingham Forest, em disputa das semifinais da
Taça da Inglaterra. No decorrer da partida, houve uma avalanche de pessoas provocada pela
superlotação, fazendo com que 96 fossem pisoteados e mortos e 766 ficassem feridos.

Figuras 17 e 18: Tragédia de Hillsborough Stadium. Fonte:


https://www.google.com.br/search?q=hillsborough+tragedia&client=firefox-
b&dcr=0&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwjIi4XL6YDZAhXMEJAK
HTDGBPYQiR4IhwE&biw=1440&bih=799 em internet em 30/01/18.

As principais causas da tragédia apontadas após a investigação ocorreu por superlotação do


estádio, seu estado de conservação e pelo não cumprimento das normas de segurança. Os
policiais tomados por um pensamento duvidoso e acreditando em um comportamento de
25

vândalos e não de tragédia impediu o acesso das ambulâncias e dos médicos ao gramado para
socorrer os feridos. No momento em que as grades foram derrubadas os policiais avançaram
em cima dos torcedores com cães, a fim de conter a invasão, enquanto pessoas foram
esmagadas umas sob as outras nas grades. Havia somente uma ambulância dentro do estádio e
outras 42 do lado de fora com a informação de que estava havendo uma “batalha campal”.
Enquanto isso, alguns torcedores improvisaram macas para realizar os primeiros-socorros,
visto o grande número de feridos.

Figuras 19: Tragédia de Hillsborough Stadium. Fonte:


https://www.google.com.br/search?q=hillsborough+tragedia&client=firefox-
b&dcr=0&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwjIi4XL6YDZAhXMEJAK
HTDGBPYQiR4IhwE&biw=1440&bih=799

Houve uma grande falha de liderança e coordenação para atendimento das vitimas, visto que o
plano de incidentes não foi corretamente acionado. A comunicação dos serviços de
emergência foi mal-executada e imprecisa, levando ao atraso e à lentidão para perceber que a
tragédia estava acontecendo. Oficiais da Ambulance Service, preparados para grandes
incidentes, eram os que estavam lentos a fim de se atentarem para o desastre. Equipe médica e
oficiais sêniores das ambulâncias demoraram a ser acionados, falhando o plano de emergência
e a organização médica.

Apesar da falta de direção, muitos oficiais da equipe júnior da ambulância e da polícia


tentaram reanimar vítimas e transferi-las para o ponto de recepção de vítimas designadas no
26

ginásio. Eles foram auxiliados pelos esforços de muitos fãs, alguns dos quais ficaram feridos.
Médicos e enfermeiros entre os fãs fizeram uma contribuição para a reanimação. Não houve
avaliação sistemática (triagem) de prioridades para o tratamento ou a remoção para o hospital.

Figuras 20: Tragédia de Hillsborough Stadium. Fonte:


https://www.google.com.br/search?q=hillsborough+tragedia&client=firefox-
b&dcr=0&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwjIi4XL6YDZAhXMEJAK
HTDGBPYQiR4IhwE&biw=1440&bih=799

Equipamentos básicos e indispensáveis não estavam disponíveis, como vias respiratórias,


material de sucção entre outros. Embora estes materiais estivessem em ambulâncias de linha
de frentes, estas se encontravam fora do estádio, sem saber o que estava acontecendo
no seu interior.

Figura 21 - Um documentário da BBC (de 2014) "Hillsborough - How They Buried The
Truth":Ver video You tube URL: https://youtu.be/MNS26Oj9B4o
27

7.1.3. REPÚBLICA CROMAGNÓN – 2004 – BUENOS AIRES

Na noite de 30 de dezembro de 2004, a discoteca República Cromagnón, de Buenos Aires, foi


o cenário da maior tragédia não-natural da história da Argentina. Um incêndio com
características similares à tragédia de Santa Maria - provocado por um sinalizador disparado
por um frequentador dentro da casa de shows - provocou a morte de 194 pessoas, a maior
parte delas asfixiada e iniciou mais ou menos às 22 horas e 50 minutos, depois que alguém
acendeu um elemento de pirotecnia, cujos projeteis incandescentes entraram em contato com
a decoração do teto, que era feita de placas de poliuretano. Ao entrar em combustão a “meia
sombra” contaminou o ar com gases nocivos, intoxicando mais de cem jovens que se
encontravam ali.

Figura 22 – Tragédia da Boate Republica de Cromagnón – Fonte:


https://www.google.com.br/search?client=firefoxb&dcr=0&biw=1440&bih=799&tbm=isch&
sa=1&ei=rf1wWpXoJ4eowATW2pqADA&q=Rep%C3%BAblica+Cromagn%C3%B3n+%E
2%80%93+2004+%E2%80%93+Buenos+Aires&oq=Rep%C3%BAblica+Cromagn%C3%B3
n+%E2%80%93+2004+%E2%80%93+Buenos+Aires&gs_l=psyab.3...395371.396090.0.396
979.1.1.0.0.0.0.103.103.0j1.1.0....0...1c.1.64.psy-ab..0.0.0....0.PH6crAyv-RQ

A dinâmica, causas e o socorro são similares a outros incêndios e quase uma premonição do
incêndio da Boate Kiss de Santa Maria que iremos estudar de forma mais detalhada no item
7.1.4 desta Monografia. O caso da República Cromañón carrega várias semelhanças com o de
28

Santa Maria. O fogo começou após o uso de fogos de artifício, durante o show de uma banda.
O local tinha seis portas, mas quatro estavam fechadas para que as pessoas não saíssem sem
pagar. A maioria das vítimas morreu por asfixia, devido a inalação de gases tóxicos.

Ao perceber o incêndio os presentes no local começaram a evacuar o lugar. Entretanto, esta


evacuação não se realizou de forma adequada por diversos motivos: a quantidade de pessoas
que estavam dentro da discoteca era maior que a capacidade estipulada; uma das saídas se
encontrava fechada com um cadeado e fios; os gases tóxicos produzidos pelos materiais
inflamáveis asfixiaram rapidamente as pessoas; e a queda de energia elétrica produzida pelo
incêndio.

Muitos dos que conseguiram sair do lugar retornaram para resgatar as pessoas que ainda se
encontravam no interior do edifício. Apesar dos esforços, durante o incêndio e nos dias
subsequentes à tragédia morreram 194 pessoas e ao menos 1432 ficaram feridas, inclusive
familiares de integrantes da banda. Faleceram várias crianças e muitos meios de comunicação
declararam que havia uma espécie de berçário ou creche para crianças – onde as mães
deixavam seus filhos para assistirem ao show – no banheiro feminino, o que foi desmentido
pelas testemunhas.

Quase todas as mortes foram resultantes da inalação de diferentes gases (principalmente


monóxido de carbono e ácido cianídrico). Durante a operação de socorro participaram 46
ambulâncias, encarregadas de transportar as vítimas até algum dos 24 hospitais públicos ou 11
clínicas privadas. As pessoas contratadas pelos organizadores para efetuar os primeiros
auxílios não contavam com o treinamento requerido já que foram contratados outros
profissionais para diminuir os custos.

A tragédia teve impacto político e cultural. O prefeito de Buenos Aires na época do incêndio,
Aníbal Ibarra, foi alvo de um processo de impeachment e destituído dois anos depois. Ele foi
acusado de não ter feito a fiscalização. A carreira política de Ibarra, que despontava como
líder progressista, implodiu. À época cotado para uma eventual sucessão presidencial, é hoje
deputado estadual.
29

Os parentes, durante meia década, realizaram frequentes marchas para exigir justiça. A vida
noturna portenha sofreu uma drástica guinada, já que várias discotecas foram fechadas pela
fiscalização municipal.

Figura 23: Protesto na Praça de Maio pelas vítimas da tragédia, em 9 de dezembro de 2007.
https://www.google.com.br/search?client=firefoxb&dcr=0&biw=1440&bih=799&tbm=isch&
sa=1&ei=rf1wWpXoJ4eowATW2pqADA&q=Rep%C3%BAblica+Cromagn%C3%B3n+%E
2%80%93+2004+%E2%80%93+Buenos+Aires&oq=Rep%C3%BAblica+Cromagn%C3%B3
n+%E2%80%93+2004+%E2%80%93+Buenos+Aires&gs_l=psyab.3...395371.396090.0.396
979.1.1.0.0.0.0.103.103.0j1.1.0....0...1c.1.64.psy-ab..0.0.0....0.PH6crAyv-RQ

A tragédia deu início a uma série de mudanças nas regras de segurança para casas noturnas no
país - das 160 que existiam na cidade, apenas 61 tinham os requisitos para reabrir as portas
sob as novas normas.

Entre as medidas, conhecidas como "Efeito Cromañón", houve o aumento na sinalização


interna das discotecas e limite mais rígido de público. Locais com mais de um andar agora
precisam atualizar informações sobre a resistência do prédio. A fiscalização ficou sob a
responsabilidade da Agência Governamental de Controle, órgão da prefeitura de Buenos
Aires.

As novas regras foram determinadas após reuniões entre engenheiros, arquitetos, empresários
da noite, músicos e representantes dos pais das vítimas. As normas de segurança em bares,
clubes e salões com música ao vivo, também foram reforçados. Eventos de grande público
passaram a exigir autorizações especiais.

Leia mais: https://oglobo.globo.com/brasil/na-argentina-tragedia-causou-fechamento-de-


boates-mudancas-na-lei-7410825#ixzz4uDn5FZCustest
30

7.1.4. BOATE KISS – 2013 – SANTA MARIA/RS

Neste tópico iremos nos alongar um pouco mais, pois faz parte da nossa vivencia profissional.
O incêndio na boate Kiss foi um acidente que matou 242 pessoas e feriu 116 outras em uma
discoteca da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul e é considerado o terceiro maior
incêndio em boates da historia, sendo menos trágico apenas que o incêndio da Boate Coconut
Grove em Boston, 20 de novembro de 1942 com 492 mortos e mais de 600 feridos. Na
seqüência temos a boate de Luoyang, China, na noite de Natal do ano 2000, que deixou 309
mortos.

Mais detalhes veja em:


https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2013/01/27/tragedia-em-boate-de-santa-
maria-e-terceira-mais-fatal-da-historia.htm

Como mencionado no item 7.1.3, outros dois incêndios com dinâmica muito parecida com
Santa Maria foram o incêndio da discoteca República Cromagnón em Buenos Aires
(Argentina), que ocorreu na noite de 30 de dezembro de 2004, durante um show da banda de
rock Callejeros. Este incêndio causou a morte de 194 pessoas e ao menos 1432 feridos e
iniciou mais ou menos às 22 horas e 50 minutos, depois que alguém acendeu um elemento de
pirotecnia, cujos projeteis incandescentes entraram em contato com a decoração do teto, que
era feita de placas de poliuretano. Ao entrar em combustão a “meia sombra” contaminou o ar
com gases nocivos, intoxicando mais de cem jovens que se encontravam ali. O segundo de
dinâmica muito parecida foi o incêndio no clube The Station Nightclub em Rhode Island
(Estados Unidos), ocorrido em de 20 de fevereiro de 2003, na cidade americana de West
Warwick, resultou na morte de 100 pessoas. O incêndio foi causado por fogos pirotécnicos
iniciados pelo gerente da banda Great White e agravado pela obstrução nas saídas de
emergência.

Ao perceber o incêndio os presentes no local começaram a evacuar o lugar. Entretanto, esta


evacuação não se realizou de forma adequada por diversos motivos: a quantidade de pessoas
que estavam dentro da discoteca era maior que a capacidade estipulada; uma das saídas se
encontrava fechada com um cadeado e fios; os gases tóxicos produzidos pelos materiais
inflamáveis asfixiaram rapidamente as pessoas; e a queda de energia elétrica produzida pelo
incêndio.
31

Retomando, o incêndio de Santa Maria ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e


foi causado pelo acendimento de um sinalizador por um integrante da banda Gurizada
Fandangueiro, que se apresentava na casa noturna. A imprudência, negligência, imperícia,
falta de cultura de enfrentamento as situações de insegurança e pânico e as más condições de
segurança ocasionaram a morte de mais de duas centenas de pessoas.

O acidente foi considerado a segunda maior tragédia no Brasil em número de vítimas em um


incêndio, sendo superado apenas pela tragédia do Gran Circus Norte-Americano, ocorrida em
1961, em Niterói, que vitimou 503 pessoas estudado no item 7.1.1 desta Monografia.

Figura 24: Como foi o incêndio de santa Maria: Fonte


https://noticias.uol.com.br/infograficos/2013/01/29/confira-os-itens-de-seguranca-que-podem-
evitar-incendios-em-casas-noturnas.htm
32

a) Inicio do Fogo.

Figuras 25/26: Inicio do fogo em Santa Maria: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-


noticias/2013/02/18/cianeto-pode-nao-ter-provocado-as-mortes-na-boate-kiss-diz-
jornal.amp.htm

O fogo iniciou-se por uma centelha de um fogo de artifício utilizado pela Banda Gurizada
Fandangueira. O produtor da banda colocou uma luva na mão no vocalista da banda na qual
estava acoplado o objeto que acionou fogos de artifício, mediante controle remoto. O
vocalista da banda levantou a mão em direção ao teto e uma chama ou faísca tocou o forro, o
qual possuía isolamento acústico de esponja, material altamente inflamável (poliuretano).
Assim, poucos segundos depois a espuma pegou fogo, gerando uma fumaça preta e tóxica
que se alastrou por toda a boate (vídeo de um minuto e vinte segundos extraídos de um
telefone celular pertencente a um freqüentador da boate), fazendo com que muitas pessoas
desmaiassem tão logo aspiraram o ar impregnado da fumaça originada da queima. No vídeo,
33

verifica-se que quarenta segundos depois das pessoas que portavam o telefone terem
percebido que se tratava de fogo, a fumaça já havia tomado conta e o caos estava instalado no
ambiente superlotado do estabelecimento.

b) A Superpopulação:
Apesar de colocado fator preponderante para o pânico conforme acima , acreditamos, que esta
hipótese parece pouco provável como o principal motivo do alargamento da tragédia.

Claro que a concentração de pessoas com certeza é fator de agravamento, porém conforme as
ilustrações vêem que mesmo com as estimativas da policia de haverem 1000 pessoas, pelas
normas e Legislação vigente temos permissão de até 2,5 pessoas por m² em local em pé e no
caso temos 690 m² de área livre vemos que a principal causa não é esta.

Conforme ilustrações abaixo as noticiam da época faziam uma correlação de uma pessoa por
m², portanto esta hipótese parece afastada como causa, porém contribuiu para o agravamento.
Fazendo o calculo conforme norma NBR 9077 ABNT vemos que a área era compatível com
a lotação existente e concedida pelos órgãos públicos em questão, ou seja, pelas Normas
abaixo utilizadas fizemos uma comparação população x área útil em uma planilha Excel®:

Tabela 5: Fonte planilha de Cálculos para dimensionamento de eventos, desenvolvida pelo


Eng. Marcelo Gandra Falcone.
34

Figura 27: Relação lotação x área segundo relatos: Fonte


https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/02/18/cianeto-pode-nao-ter-
provocado-as-mortes-na-boate-kiss-diz-jornal.amp.htm

c) O Pânico.

O pânico tomou conta dos indivíduos que estavam na boate, fazendo com que as pessoas se
desesperassem e tentassem deixar o local, mas a Boate Kiss possuía apenas uma saída que
dava acesso ao seu exterior. Havia gradis e balizamento obstruindo as saídas limitando as
mesmas para 1,2 metros. Alem disto os seguranças dificultaram a saída acreditando em um
primeiro momento que era manobra articulada de pessoal que queria sair sem pagar as
comandas.

Figura 28 – O panico: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-


noticias/2013/02/18/cianeto-pode-nao-ter-provocado-as-mortes-na-boate-kiss-diz-
jornal.amp.htm
35

c) As Saídas.

Figura 29 – As Saídas : Fonte https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-


noticias/2013/02/18/cianeto-pode-nao-ter-provocado-as-mortes-na-boate-kiss-diz-
jornal.amp.htm

Figura 30: As Saídas - Fonte


http://www.correio24horas.com.br/fileadmin/user_upload/tt_news/AFotos1/santamrrra.jpg
36

O pânico tomou conta dos indivíduos que ficaram desesperados tentando deixar o local, mas
a Boate Kiss possuía apenas uma saída que dava acesso ao seu exterior. A referida saída foi
absolutamente insuficiente para dar vazão à quantidade de pessoas que se amontoaram na
tentativa desesperada de deixar o local, sendo que muitas delas morreram buscando a saída.

Não bastasse a existência de uma única saída, contribuiu também para o resultado danoso a
existência de diversos obstáculos físicos, guarda-corpos (barras de contenção) nas rotas de
saída, degraus, deficiência da iluminação de emergência, falta de indicação ou sinalização das
rotas de fuga, além do local estar superlotado, fatores que em conjunto dificultaram a rápida
evacuação do local.

A boate não tinha janelas além de dispositivos de sombra para tornar o local escuro. Com a
queda da energia elétrica luzes de emergência conforme filme e deficiência de se ver a
sinalização indicativa da rota de emergência que era fotoluminescente. Estes fatos causaram
um efeito atípico e característico desta tragédia. Sem enxergar em função da fumaça, o
público acabou se dirigindo para os banheiros onde havia janelas, portanto luz e extração de
fumaça. Mais de 180 corpos foram retirados dos banheiros da boate, assim sendo, foram nos
banheiros onde a maioria das vítimas foi encontrada.

Figura 31: Encaminhamento para o banheiro: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-


noticias/2013/02/18/cianeto-pode-nao-ter-provocado-as-mortes-na-boate-kiss-diz-
jornal.amp.htm
37

c) Das Vítimas Fatais e do Socorro.

Todas as mortes causadas dentro da boate tiveram como causa a asfixia, segundo a perícia,
porém a de se ressaltar que muitos corpos apresentavam inúmeros traumas por pisoteamento e
empilhamento. A espuma de isolamento acústico que revestia o teto e algumas paredes da
Kiss foi apontada pela polícia, desde os primeiros dias, como uma das protagonistas na
tragédia. O material, feito de poliuretano, liberou gases tóxicos durante a queima, como
cianeto e monóxido de carbono, comprovou a perícia. Esses elementos químicos foram os
causadores da morte por asfixia de pelo menos 234 das 242 vítimas, conforme os laudos da
necropsia.

De acordo com relatos sistemas de ar condicionado e de exaustão também contribuíram para o


grande número de mortes, ao propagarem rapidamente a fumaça tóxica em vez de dissipá-la.
De acordo com a perícia, os dutos de ar da casa noturna operavam de forma ineficiente e
ainda estavam parcialmente obstruídos por janelas basculantes, impedindo que parte da
fumaça saísse para o ambiente externo do prédio.

Figura 32 - Pisoteamento: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-


noticias/2013/02/18/cianeto-pode-nao-ter-provocado-as-mortes-na-boate-kiss-diz-
jornal.amp.htm
38

Figura 33- Mortos por asfixia : https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-


noticias/2013/02/18/cianeto-pode-nao-ter-provocado-as-mortes-na-boate-kiss-diz-
jornal.amp.htm

Figura 34 – Morte por asfixia: https://noticias.uol.com.br/infograficos/2013/01/29/confira-os-


itens-de-seguranca-que-podem-evitar-incendios-em-casas-noturnas.htm

Vimos que para verificarmos se o local é seguro, a casa noturna deverá ter alvará de
funcionamento (que precisa estar exposto na entrada do local) o que assegura a existência de
um projeto que agracia o sistema de segurança de uso edilício, saída de emergência,
39

extintores, iluminação de emergência e sinalização de saída de emergência entre outros itens


de segurança que podem auxiliar na garantia de segurança para os frequentadores de casas
noturnas e outros estabelecimentos comerciais.

Abaixo as recomendações para verificação padrão:

Figura 35: https://noticias.uol.com.br/infograficos/2013/01/29/confira-os-itens-de-seguranca-


que-podem-evitar-incendios-em-casas-noturnas.htm

Porém de acordo com o site G1 RS em matéria veiculada , link http://g1.globo.com/rs/rio-


grande-do-sul/noticia/2015/01/dois-anos-depois-veja-24-erros-que-contribuiram-para-
tragedia-na-kiss.html, dentre procedimentos de resgato que amplificaram a tragédia (estamos
citando apenas os de resgate, não incluindo neste tópico atendimento fatores técnicos de
legislação, normas e projetos) :
40

 Bombeiros não tinham máscaras suficientes – A estrutura dos bombeiros de Santa Maria
foi criticada após o incêndio. Segundo as investigações da polícia, faltaram equipamentos
como máscaras de oxigênio. Bombeiros disseram que de seis a oito respiradores
autônomos estavam disponíveis para o resgate das vítimas de um total de 21. A polícia
concluiu que se os bombeiros estivessem equipados com os tais 21 aparelhos “teriam mais
condições de entrarem no interior da boate tomada pela fumaça e de lá retirarem mais
sobreviventes”. O inquérito foi encaminhado para a Justiça Militar para que o comandante
do 4º Comando Regional dos Bombeiros, tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs, fosse
investigado por homicídio culposo por suposta negligência, mas o caso foi arquivado.

 Frequentadores saíram e entraram na boate.

 Participação de civis no resgate das vítimas – Várias pessoas que estavam na festa
ajudaram no resgate das vítimas e tiraram de dentro da boate incontáveis sobreviventes,
conforme os relatos. A polícia conseguiu provas de que pelo menos cinco desses civis
morreram ao ingressarem novamente no prédio. O relatória da polícia concluiu que os
bombeiros “estimularam” e “forneceram equipamentos” para que civis entrassem na boate
e pediu à Justiça Militar que sete militares fossem indiciados por homicídio culposo por
suposta omissão. O MP Público arquivou a denúncia por entender que não há provas ou
indícios suficientes e que não há como individualizar a conduta de cada bombeiro diante
das circunstâncias de caos e desespero no cenário da tragédia.

A apostila “Atendimento de Emergência em Eventos de Grande Público”, elaborada pelo


professor Carlos Alcântara, para o curso Curso de Pós graduação Latu Senso EAD Segurança
em Eventos de Grande Porte, da Faculdade Unyleya de Brasília, em 2017, corrobora e
complementa:

O atendimento às vítimas foi realizado inicialmente pelas pessoas e colegas que estavam no
local, alguns homens chegaram a derrubar paredes da boate com o intuito de abrir lacunas e
ajudar os que estavam presos.

O resgate foi muito criticado pelo pequeno efetivo de bombeiros no local, que permitiu que
sobreviventes participassem das tentativas de salvamento dos que ainda de encontravam no
41

interior da boate. Muitos desses jovens, que haviam incialmente conseguido escapar,
morreram tentando ajudar seus amigos e até mesmo desconhecidos.
Houve tentativas de reanimação de diversas vítimas por colegas até a chegada das
ambulâncias.

Bombeiros tiveram que usar caminhões refrigerados para acomodação dos corpos.
Diversos profissionais de saúde compareceram ao local, como: enfermeiros, psicólogos,
assistentes sociais, médicos, soldados e policiais, para dar suporte, muitos deles no improviso,
de bermuda e chinelo.

E o principal para minimizar os efeitos: Não houve implementação de Sistema de


Comando de Incidentes e triagem de vítimas impossiblitando os diversos setores de
atendimento de conseguir fazer um trabalho concatenado sabendo gerir a crise,
verificação de necessidade de recursos externos, sabendo alocar recursos internos e
externos, comunicar a imprensa e setores de apoio com informações fidedignas e
verídicas, enfim fazer os planos táticos e estratégicos.

Figura 36: Buraco aberto para efetuar o resgate no banheiro. blogdopavulo.blogspot.com

7.1.5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ACERCA DO ITEM 7.1 – ATENDIMENTO DE


EMERGÊNCIA

Quanto ao exemplo das tragédias estudas existem algumas lições em comum que nos fazem
pensar. Imputar toda responsabilidade as licenças vencidas do Corpo de Bombeiros e a
Prefeitura ou aos proprietários, seguranças, as causas do incêndio é o suficiente, resolve o
42

problema minimiza o numero de vitimas? São ações que bastam como meios de prevenção e
minimização dos efeitos de uma tragédia? Ou são estudos que visam prevenir a ocorrência das
tragédias e não o enfrentamento das mesmas em caso de ocorrência?

Será que este tipo de discussão e arguição não é no mínimo fugir a causa raiz da
extensão e alargamento da Tragédia. Isto nos leva a uma série de novas indagações:

 É fato que prefeitura liberou alvará e os bombeiros são licenças de funcionamento


para uma boate e comprovação da existência de equipamentos de segurança.
Conforme legislação existente para o local, mas significa que a documentação basta?

 Será que realmente a boate não tinha saída de emergência, não possuía sistema contra
incêndio e se quer os extintores não estavam em condições de Funcionamento? Se
existiam os documentos, não podemos fugir a realidade que existia um projeto e uma
execução do mesmo.

 Será que o fato de uma pessoa ter sua habilitação para dirigir ela esta realmente
preparada para dirigir e evita qualquer tipo de acidente?

 Será que a licença para dirigir basta e é condição suficiente para conhecer realmente e
saber executar a legislação, normas e boas praticas?

 Será que a fiscalização basta e impede as pessoas de cometerem erros ou


irregularidades?

 O estado é capaz de fiscalizar 24 horas por dia todos os dias (onipresente), e para ser
qual seria o custo disto?

 O poder publico constituído de ordem publica esta integrado o suficiente para atender
grandes tragédias ou incidentes de massa?

 Existe Prevenção e treinamento junto aos órgãos publicos


43

 O sistema de prepara a grandes incidentes existe, é eficiente e eficaz?

Fica claro durante os estudos realizados neste artigo que poucos lembram do que é trabalho
coordenado e integrado maximizando os esforços (para usar palavra da moda Sinérgico) e que
não existe no Brasil a cultura da prevenção em nenhum campo.

Como causa raiz do alargamento das tragédias e o agravamento com certeza se da por termos
uma cultura que não valoriza a prevenção.

Mas a realidade é que ao se esquecer deste importante requisito abre se espaço para que
possíveis acidentes possam ocorrer e no caso desta ocorrência a mesma ainda pode ser
agravada por descaso ou desconhecimento dos meios de evacuação.

A primeira lição que podemos tirar sem sermos passionais é que apenas fiscalização e
documentação em dia não evita acidentes, assim sendo, a principal lição que tiramos depois
do incêndio na boate Kiss foi relacionada à segurança em Locais de Reunião é para evitar
tragédias como a de Santa Maria, é preciso redobrar o cuidado com a prevenção, checando
saídas de emergência e possíveis obstruções, quantidade e validade de extintores, e quaisquer
outros pontos relacionados à segurança contra incêndio e pânico além de sistemas de
segurança patrimonial e de operação administrativa.

Um projeto bem executado permite minimizar efeitos e conseqüências do incêndio, permite


um combate ao incêndio de maneira mais eficaz, porém não cria o risco zero, mas se
seguirmos todas as recomendações acima e todas as normas de segurança estabelecidas por
lei, boa parte do caminho está andada e poderemos com certeza obter resultados significativos
em prevenção.

Concluindo não basta ter um EVENTO COM QUALIDADE APARENTE DE


SEGURANÇA (conceito de qualidade percebida), não basta ter diversos setores públicos bem
equipados, se não estiverem integrados e preparados.

É necessário ter todos equipamentos e saber utiliza-los e trabalhar de forma treinada, prepara
de sabendo geris e destinar os recursos, enfim fazer o máximo com o mínimo. A sociedade,
portanto, deve estar ciente de como se comportar em cada situação e ter conhecimentos
44

básicos de gerenciamento de riscos, quais são e como enfrentá-los – todas aquelas que você
analisou e identificou anteriormente. Realizar treinamentos práticos periódicos conforme
Legislação Trabalhista, Estadual e Municipal, para acostumar seus colaboradores a situações,
aumenta a eficiência deles em um incidente de verdade.

Prevenir se torna a palavra chave para as pessoas que querem estar um passo à frente, pois
situações acontecem e a cada momento devemos aumentar nossas preocupações com este
tema, pois seu poder de destruição ultrapassa o que pensamos que pode ocorrer.

Recorrendo ao vídeo disponível em https://youtu.be/KeI6l7vwnmU acerca da experiência e


simulações realizadas pelo Hospital Israelita Albert Einstein para atendimento em situações
de crises e catástrofes o vamos fazer a mesma pergunta e vamos dar a mesma resposta:
Pergunta: Quantas pessoas podem ser salvas por uma equipe bem preparada.?
Resposta: O máximo possível!

Figura 37: Bombeiros combatem as chamas na boate Kisss 2013 (Foto: Germano
Roratto/Agência RBS) http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/01/dois-anos-
depois-veja-24-erros-que-contribuiram-para-tragedia-na-kiss.html
45

7.2. ANÁLISE DE AMEAÇAS, RISCOS E VULNERABILIDADES

Devido as recentes crises econômicas no mundo inteiro, a transferência do centro produtivo


para a China, o reequilíbrio das forças políticas, ataques cibernéticos, surgimento e migrações
de povos de paises devastados para a Europa, novos centros de terrorismo como Estado
Islâmico, novo movimento nacionalista mundial com eleições de políticos conservadores em
diversos eixos centrais, deixam claro a formação de uma nova ordem mundial com novos
paradigmas e conseqüentemente novos tipos de ameaças, vulnerabilidades e riscos. Enfim
novos contornos que o mundo vem assumindo recentemente, o terrorismo, enquanto ameaça
transnacional, continua a ser um fator de preocupação crescente.

Somente como referencia no dia da abertura da Copa de 2014 no Brasil tivemos uma cidade
do porte de São Paulo com 10 milhões de habitantes totalmente parada e congestionada, uma
rotatividade de aproximadamente 3,7 milhões de turistas, entre nacionais e estrangeiros nas 12
sedes da copa. Eventos paralelos, tais como a FIFA FUN FEST que reuniu cerca de 300 mil
pessoas em praças publicas para assistirem a cerimônia de abertura, o Jogo e Shows musicais.
Feriado decretado na maioria dos municípios do Brasil, ou seja, aproximadamente 200
milhões de pessoas focadas em um único evento. Neste contexto, o emprego de metodologias
de análise de risco mostra-se imprescindível para o assessoramento do processo decisório,
principalmente em face dos grandes eventos esportivos que aglomera multidões
multifacetadas e sem definição de fronteira (eventos internacionais).

7.2.1. DEFINIÇÕES UTILIZADAS

a) Ameaça
Ameaça é um concito que está intimamente relacionado a situações que tem o poder de causar
danos ou gerar crises. O Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa define ameaça como “1.
ação, gesto ou palavra que intimida; promessa de castigo ou malefício; 2. prenúncio ou
indício de acontecimento mais ou menos perigoso ou maléfico; ameaço, sinal”. Desta forma, a
definição do termo está diretamente relacionada com a idéia de sinal, de iminente e de perigo.
Com estes conceitos trabalhamos a ameaça no gerenciamento de crises.
Uma vez que as ameaças possuem diferentes origens, podemos classificá-las
didaticamente em:
 Naturais: ventos, terremotos, furacões, tornados, outros;
46

 Humanas: terrorismo, crime organizado, violência urbana, sabotagem;


 Mistas: em que há componentes humanos e naturais agindo de forma conjunta.
Exemplo: Uma pessoa joga um cigarro aceso no mato. Dada às condições de baixa
umidade do ar, no entanto, a vegetação pega fogo e transforma-se em um grande
incêndio. A ação do homem só se transformou em um incêndio porque as condições
naturais permitiram.
 Siderais: felizmente pouco freqüentes, mas dizem respeito à queda de lixo espacial,
bem como de asteróides.

b) Vulnerabilidade
O conceito de vulnerabilidade esta relacionado à incapacidade de resistir ou suportar as
ameaças. Enfim a vulnerabilidade é qualquer debilidade/fragilidade que pode ser explorada
por uma ameaça, possibilitando o acesso a um ativo, podendo vir a causar Impacto (dano ou
perda).

c) Risco
É o evento resultante das variáveis:
 Ameaça,
 Vulnerabilidade,
 Prioridade e
 Hipótese.

Observação: O Risco é uma resultante de variáveis permanente em todas as atividades do ser


humano, que afetam todos os seus resultados de maneira positiva desde que seja conhecido e
mantido em um nível aceitável, como oportunidade de desenvolvimento. Fora de controle, o
risco afeta os seus resultados de maneira negativa e pode pôr em perigo sua estabilidade.

d) Prioridade
Do dicionário Aurélio, tiramos:
1- Anterioridade.
2 - Preferência conferida a alguém, relativamente ao tempo de realização do seu direito, com
preterição do de outros.
47

Aplicando o conceito a gestão e analise de riscos temos que a prioridade é a relevância


levando em consideração o numero de ocorrências ou a probabilidade de falhas, enfim e uma
definição que a principio parte da prioridade que é elencada segundo percepção ou histórico.
É uma variável que pode ser modificada segundo a própria a avaliação de ameaças e
vulnerabilidade. E composição básica da formulação do risco.

e) Hipótese
De acordo com o dicionário Aurélio:
1- Suposição do que é possível (para do fato se tirar uma conclusão).
2 - Teoria não demonstrada, mas provável; suposição.
A Hipótese nos sistemas de planejamento é a premissa, ou seja, a ameaça ou vulnerabilidade
que deve ser estudada.

f) Dano
De acordo com o Aurélio dano é Danificar, perverter, estragar.
Nos nossos estudos podemos definir como perda, ou resultado final da materialização de uma
ameaça, ou seja, as conseqüências negativas ou efeitos negativos de uma ação ou ocorrência.

g) Pontos fortes
Variável controlável pela instituição. Os pontos fortes são aqueles que devem ser mantidos e
sempre monitorados e reavaliados para que não se tornem obsoletos ou apresentem
“rachaduras”. São as características internas vantajosas da instituição. É o “carro-chefe” das
organizações.

i) Pontos fracos
Variável controlável pela instituição. Os pontos fracos são as características desfavoráveis da
instituição, ou seja, na qual é possível e necessário, haver melhorias para que tais pontos
sejam fortalecidos. Seria como estivéssemos reforçando os alicerces de uma casa, ou trocando
a fiação defeituosa e, em um contexto institucional, otimizando o trabalho dos servidores, de
tal forma que possam produzir com mais eficácia e eficiência, sem prejuízo da qualidade de
vida no ambiente organizacional.

j) Correção (mitigação)
48

Para este tipo de analise a correção não esta associada ao sentido de exatidão,
aperfeiçoamento, aprimoramento, melhoria ou castigo e punição. O conceito basicamente está
ligado ao conceito de Retificação:
Como neste caso a correção ainda esta na etapa de planejamento, ela será a ação preventiva de
conserto, reparo, revisão, remédio, reparação, emenda, retificação, para evitar um dano. Esta
no âmbito das medidas de mitigação ou ações para evitar o “mal”.

k) Implantação da correção:
Basicamente as ações e recursos efetivos a serem adotados/utilizados para colocar em pratica
as ações propostas

l) Avaliação das correções:


Verificação do custo x benefício e os óbices à implantação das correções

m) Análise do Risco
Avaliação final comparativa entre o custo e os benefícios da adoção das medidas para
eliminar o risco e assumir o risco

n)Terrorismo Internacional e Crime Organizado

Normalmente entendemos terrorismo pela prática por um ou mais indivíduos de atos extremos
cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo
pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. Atos de terrorismo portanto,
podem ser vários tais como, guardar ou portar explosivos, ameaçar pessoas, serviços de
transporte, mecanismos cibernéticos, entre tantos, por razões de xenofobia, discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia e religião.

É necessário observar que o conceito de ameaças terroristas não pode ser aplicado à conduta
individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais,
religiosos, de classe ou de categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou
reivindicatórios, visando a contestar, criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo de defender
direitos, garantias e liberdades constitucionais
49

De acordo com a apostila “Resposta em emergências e desastres”, capitulo 3, pagina 34, um


ato para ser qualificado como ato é terrorista existe a necessidade de pelo menos um nexo de
causa: motivação (o ato não é o objetivo final), medo generalizado na população (mais até que
o medo, a percepção de insegurança frente a um estado inoperante), que entre as situações que
objetivam principalmente estabelecer os danos psicológicos graves, relacionados ao pavor,
medo, terror, insegurança e culpa. Por exemplo: nos atentados de 11 de setembro de 2001, no
World Trade Center, mais de 400 policiais e bombeiros foram mortos. No total houve mais de
3.000 mortos. Um dos problemas encontrados entre os sobreviventes foi o chamado The
Survivor Victim, que poderia ser resumido em uma frase: “Por que eu sobrevivi?”. Também
podemos citar aqui a Síndrome de Estocolmo [Síndrome de Estocolmo ou síndroma de
Estocolomo -Stockholmssyndromet em sueco- é o nome normalmente dado a um estado
psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação,
passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor].

Em seguida vamos relacionar os atentados terroristas mais recentes para podermos focar na
tendência existe, principalmente por conta do Estado Islâmico e fazer um estudo de caso.

a) 2016 – Atentados de Janeiro até Dezembro

1. Atentado em Istambul em janeiro de 2016. Em 12 de janeiro de 2016 . O atentado suicida,


com bomba, provocou 11 mortes (todos estrangeiros) e 15 feridos.

2. Atentados em Jacarta em 2016. Em 14 de janeiro de 2016 houveram sete explosões e


tiroteios com 17 mortos.

3. Atentado de Ouagadougou. Foram uma série de ataques que aconteceram em Burkina Faso
em 15 de janeiro de 2016, quando um grupo fortemente armado invadiu o restaurante
Cappuccino no Hotel
Splendid e fez dezenas de reféns. Pelo menos 29 pessoas (de 18 nacionalidades) morreram
num período de vinte e quatro horas. Contudo, outros ataques, como ao hotel YIBI, também
foram reportados.
50

4. Atentado em Charsadda de 2016. Um ataque que ocorreu em 20 de janeiro de 2016, quando


vários homens abriram fogo na Universidade Bacha Khan . Mais de 20 pessoas foram
assassinadas e outras 20 ficaram feridas

5. Atentado em Ancara em 2016. O atentado em Ancara em 2016 ocorreu em 17 de fevereiro


de 2016 na cidade de Ancara, capital da Turquia. Foram confirmados 28 mortos e 61 feridos.

6. Atentados em Bruxelas em março de 2016. Uma ação terrorista suicida cometida na manhã
de 22 de março de 2016, no aeroporto e no metropolitano de Bruxelas, capital da Bélgica. Os
atentados causaram a morte de pelo menos 35 pessoas e deixaram outras 300 feridas.

7. Massacre de Orlando foi um atentado terrorista doméstico que ocorreu em 12 de junho de


2016, na boate LGBT chamada "Pulse", em Orlando, Flórida, Estados Unidos. Ao menos 50
pessoas foram mortas e 53 ficaram gravemente feridas

8. Atentado de julho de 2016 em Nice. Em de 14 de julho de 2016, um caminhão com


semirreboque invadiu a celebração do Dia da Bastilha na avenida marginal de Nice. Foram
confirmados 84 mortos e 18 feridos em estado muito grave

9. Atentado na igreja de Saint-Étienne-du-Rouvray em 2016. Em 26 de julho de 2016, em


Saint-Étienne-du-Rouvray, na Normandia, norte da França, dois terroristas do Estado Islâmico
do Iraque e do Levante mataram o padre Jacques Hamel, de 86 anos

10. Atentado de Gaziantep. Em 20 de agosto de 2016, um homem-bomba atacou uma festa de


casamento em Gaziantep, na Turquia. Um total de 57 pessoas foram mortas, enquanto 66
pessoas ficaram feridas no ataque

11. Ataque de Outubro de 2016 em Sinai. O ataque no dia 16 de Outubro de 2016 em Sinai
foi um ataque terrorista num posto de controle do exército egípcio.

12. Atentado no Cairo em 2016. Em 11 de dezembro de 2016, uma


explosão dentro da Igreja de São Pedro e São Paulo, deixou 25 mortos
51

13. Atentado em Istambul em dezembro de 2016. Em 10 de dezembro de 2016, duas


explosões causadas por um carro-bomba e ataques suicidas mataram 38 pessoas, ferindo
outras 166.

14. Atentado de Berlim em 2016. Em 19 de dezembro de 2016, um caminhão invadiu o


mercado de Natal ao lado da Igreja Memorial Imperador Guilherme na Breitscheidplatz, em
Berlim, Alemanha. Doze pessoas foram mortas e outras 49 feridas.

b) 2017 – Atentados de Janeiro até Dezembro

1. Atentado em Istambul em janeiro de 2017. Um tiroteio em massa ocorreu numa festa de


passagem de ano realizada numa discoteca na madrugada de 1º de janeiro de 2017. O atentado
provocou a morte de pelo menos 39 pessoas e deixou 69 feridas

2. Atentado em Gao em janeiro de 2017. Em 18 de Janeiro de 2017, um homem-bomba


conduziu um veículo cheio de explosivos contra um acampamento militar perto de Gao, Mali,
que deixou pelo menos 77 mortos e dezenas de feridos.

3. Atentado de Quebec. em 29 de janeiro de 2017, no Centro Cultural Islâmico de Quebec,


uma mesquita em Sainte-Foy, na cidade de Quebec, no Canadá. Seis pessoas foram mortas e
outras dezenove ficaram feridas.

4. Atentado em Lahore em fevereiro de 2017. Em 13 de fevereiro de 2017, ocorreu um


atentado suicida no Paquistão. 15 pessoas foram mortas e pelo menos 87 foram feridas.

5. Atentado em Westminster de 2017. Em 22 de março de 2017 na ponte de Westminster, um


veículo foi conduzido entre uma multidão de pessoas perto dos portões do palácio, e um
atacante apunhalou as pessoas. 6 foram mortas e mais de 50 feridas.

6. Atentados em Maiduguri em 2017. Em 22 de março de 2017, uma série de bombardeios


que ocorreram em três locais na área do campo de refugiados internos de na Nigéria. Os
ataques, desencadeados por cinco pessoas em locais diferentes, resultaram na morte de pelo
menos 8 pessoas e em 20 pessoas feridas.
52

7. Ataque no metrô de São Petersburgo em 2017. Em 3 de abril de 2017, um ataque com um


objeto explosivo ocorreu no metrô de São Petersburgo, 11 pessoas morreram e pelo menos 50
outras ficaram feridas no incidente

8. Atentado em Estocolmo em 2017. Em 7 de abril de 2017. Provocou cinco mortos e quinze


feridos, atropelados intencionalmente por um veículo pesado numa área cheia de pessoas.

9. Atentados no Domingo de Ramos em igrejas do Egito em 2017. dois ataques suicidas por
explosivos que aconteceram em 9 de abril de 2017 durante o Domingo de Ramos na Igreja de
São Jorge e na catedral Ortodoxa Copta de São Marcos deixando 43 mortos e 119 feridos

10. Atentado na Manchester Arena em 2017. Em 22 de maio de 2017. Dupla explosão após
um show por um homem bomba causando pelo menos 22 mortos e 60 feridos.

11. Ataque a ônibus do Borussia Dortmund. No dia 11 de abril de 2017, o ônibus que
conduzia a equipe de futebol Borussia Dortmund para disputar as quartas de final da Liga dos
Campeões da UEFA contra Mônaco foi atacado com explosivos

12. Ataque em Cabul em maio de 2017. No dia 31 de maio, quando um caminhão-bomba


explodiu em uma área de alta segurança, perto do Palácio Presidencial, de várias embaixadas
e edifícios do governo, deixando ao menos 90 mortos e 460 feridos.

13. Ataque ao Resorts World Manila em 2017. Em 2 de junho de 2017, atentado com arma de
fogo com 38 mortes e 70 feridos.

14. Atentados de junho de 2017 em Londres. Uma série de ataques terroristas em 3 de junho
de 2017. Pelo menos oito pessoas foram mortas no atentado, com outras 48 ficando feridas.

15. Ataques em Teerã em 2017. Em 7 de junho de 2017, dois ataques foram realizados
simultaneamente contra o parlamento iraniano e o Mausoléu de Ruhollah Khomeini, deixando
18 pessoas mortas e 52 feridas.
53

16. Atentado de Finsbury Park em 2017. Em 19 de junho de 2017, uma van foi jogada contra
pedestres no Finsbury Park, Londres, Reino Unido, matando 1 pessoas ferindo pelo menos
dez pessoas.

17. Atentados da Catalunha (Praça central de Barcelona), aconteceram em 17 de agosto de


2017. O primeiro ataque ocorreu em Barcelona, quando um homem dirigindo uma van
atropelou propositalmente vários pedestres em La Rambla, matando 13 pessoas e ferindo pelo
menos outras 100. Dois suspeitos fugiram a pé logo em seguida. Pelo menos quatro pessoas
com ligações com o atentado foram presas; um outro homem teria sido morto pela polícia. O
motorista autor do atentado teria sido Driss Oubakir, de origem marroquina. O grupo
terrorista autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante assumiu a autoria do
atentado. Na noite anterior também houve uma explosão na cidade catalã de Alcanar que
destruiu uma casa e matou uma mulher. O chefe da Mossos d'Esquadra, Josep Lluís Trapero,
disse que o incidente estava relacionado ao atropelamento. Nove horas após o ataque, a
polícia matou cinco pessoas em um tiroteio em Cambrils, que eram suspeitas de estarem
planejando um ataque terrorista coordenado.

18. Atentado de Nova York em 2017. Em 31 de outubro de 2017, Sayfullo Habibullaevich


Saipov, um uzbeque de 29 anos, jogou uma caminhonete alugada contra ciclistas e corredores
por cerca de 1,6 km da ciclovia do Parque do Rio Hudson, em Lower Manhattan, Nova York,
Estados Unidos. O ataque com veículo matou oito pessoas (cinco argentinos, dois
estadunidenses e uma belga) e feriu outras 12 pessoas.

19. Ataque em Mogadíscio em outubro de 2017 foi uma enorme explosão causada por um
caminhão-bomba ocorrido em Mogadíscio, capital da Somália, que deixou ao menos 510
mortos e centenas de feridos no dia 14 de outubro

20. Ataque à mesquita Al Rawdah em 2017 foi um atentado terrorista perpetrado em 24 de


novembro de 2017 na localidade de Bir al-Abed, perto de al-Arish, Sinai do Norte, no Egito, a
uma mesquita no dia de Jumu'ah. O ataque, à bomba e com armas de fogo, terá feito pelo
menos 235 mortes e 109 feridos.[3][4][5]

21. Ataque em Semuliki em 2017. foi um ataque realizado por elementos das Forças
Democráticas Aliadas contra a base da Missão das Nações Unidas na República Democrática
54

do Congo na região de Kivu do Norte, República Democrática do Congo, em 7 de dezembro


2017. O ataque foi altamente coordenado e resultou na morte de quinze funcionários da
missão de manutenção de paz da ONU e provocou outros 53 feridos tornando-o o incidente
mais mortal para a ONU desde a morte de 24 soldados de paz paquistaneses em uma
emboscada na Somália em 1993.

c) 2017 – Atentados de Janeiro de 2018 até o dia 28/01/2018

1. Na noite de 5 de janeiro e durante o início da manhã do dia 6, um grupo de 13 drones


com explosivos foram interceptados por soldados russos em duas bases aéreas russas
diferentes, localizadas na Síria. O Ministério da Defesa russo afirmou que foram lançados por
jihadistas de uma cidade perto da cidade de Idlib. Ninguém foi ferido no incidente. Este é o
primeiro incidente terrorista em que os drones são usados para perpetrá-lo, pois tem memória
histórica.

2. O assassinato de Oliver Ivanovic foi perpetrado em Kosovska Mitrovica (Kosovo) em


16 de janeiro de 2018, depois de ter sido atirado fora dos escritórios de seu partido. Ivanovic
era um político sérvio no Kosovo, que era ex-vice-chanceler naquele país. O governo sérvio
descreveu o ato como um ataque terrorista, com o objetivo de desestabilizar o país.

3. Em 11 de janeiro de 2018, um preso identificado por Christian Ganczarski apunhalou


4 guardas da prisão em uma prisão em Vendin-le-Vieil, no distrito francês de Pas-de-Calais.
O atacante foi enviado à prisão acusado do ataque à sinagoga da Ghriba em 2002 na Tunísia,
na qual morreram 21 pessoas. O Ministério Público antiterrorista francês investiga o incidente
como uma "tentativa de assassinato em relação ao terrorismo".

4. O ataque contra o Hotel InterContinental Kabul em 2018 foi um ataque terrorista


realizado desde a noite de 20 de janeiro até as primeiras horas do dia 21 de janeiro de 2018
contra a sede do InterContinental Hotels Group na cidade de Cabul, a capital do Afeganistão,
perpetrada pela rede insurretiva global do Talibã, o ataque deixou como equilíbrio 22 pessoas
mortas e entre 22 a 43 pessoas feridas entre os locais e estrangeiros.

5. Os ataques em Benghazi em janeiro de 2018 foram dois ataques terroristas realizados


55

em 24 de janeiro contra uma mesquita na cidade de Benghazi, no nordeste da Líbia, o ataque


consistiu na explosão de dois carros-bomba em diferentes momentos, o primeiro destinado a
muçulmanos fiéis saindo do santuário religioso e o segundo contra as forças de segurança e
paramédicos que vieram ajudar as vítimas da primeira explosão, o duplo ataque causou a
morte de 41 pessoas e deixou outros 80 feridos.

6. O ataque aos escritórios de Save the Children em Jalalabad (Afeganistão) foi um


ataque terrorista realizado em 24 de janeiro de 2018. O ataque foi revindicado, através da
agência de notícias Amaq, pelo grupo terrorista do Estado islâmico. O ataque consistiu na
explosão de um carro-bomba na entrada do alvo e uma posterior entrada forçada de estranhos
em roupas policiais afegãs, que dispararam tiros contra os presentes no local.

7. O ataque contra o distrito da polícia de San Lorenzo em 2018 foi um ato descrito como
um terrorista ligado ao tráfico de drogas no Equador em 27 de janeiro na cidade equatoriana
de San Lorenzo. O incidente ocorreu quando um carro bomba explodiu no prédio da polícia
em San Lorenzo, causando danos à maior parte da estrutura e cerca de 23 pessoas feridas.

8. O ataque com uma ambulância bomba em 2018 ocorreu em 27 de janeiro de 2018,


perto da Praça Sidarat, em Cabul, no Afeganistão. Pelo menos 103 pessoas morreram e outros
235 ficaram feridos no ataque. Os talibãs reivindicaram a responsabilidade pelo ataque. Os
atacantes explodiram uma ambulância cheia de explosivos perto de um edifício do Ministério
do Interior em uma rua ocupada e fortemente protegida em Cabul durante a hora do rush. O
hospital Jamhuriat, escritórios governamentais, empresas e uma escola estavam perto do local
da explosão. É o terceiro grande ataque nos últimos sete dias após o ataque de Save the
Children em 2018 e o ataque contra o Hotel InterContinental Kabul em 2018.

9. Os ataques às estações de polícia de Bolívar e Atlántico em 2018 ocorreram em


Barranquilla, Soledad e Santa Rosa del Sur, Colômbia, nos dias 27 e 28 de janeiro de 2018.
No primeiro caso, um homem jogou duas granadas de mão na estação Polícia do bairro de San
José. O ataque na outra estação ocorreu de um táxi em Soledad 2000, em Soledad, deixando
cerca de 5 mortos e 48 feridos. Entre estes últimos, havia dois civis. As vítimas eram
membros ativos da Polícia Nacional da Colômbia na seção metropolitana de Barranquilla. O
terceiro ataque ocorreu no mesmo domingo 28, contra uma delegacia colombiana no
corregimiento de Buenavista, município de Santa Rosa del Sur, no departamento de Bolívar,
56

onde morreram dois policiais, aumentando o número de mortos para 7 O primeiro ataque foi
reivindicado pelo grupo guerrilheiro, o Exército de Libertação Nacional.

De acordo com o Site Gospel Prime em matéria assinda por Jarbas Aragão em 25/10/2017 as
14:58 horas https://noticias.gospelprime.com.br/estado-islamico-ameaca-atentados-na-copa-
do-mundo-de-2018/

Estado Islâmico ameaça atentados na Copa do Mundo de 2018. Na matéria eles divulgaram
um pôster onde Lionel Messi aparece com um dos olhos sangrando, vestindo uma roupa de
presidiário com seu nome escrito. De acordo com a reportagem o Estado Islâmico (EI) esta
perdendo diariamente territórios na Síria, os terroristas do EI decidiram mostrar que ainda tem
apoiadores em todo o mundo.

Essa campanha de terror associa a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, um dos países
responsáveis pelas grandes derrotas do EI no Oriente Médio. A imagem, divulgada pela Wafa
Media Foundation, espécie de porta-voz do Estado Islâmico, vem acompanhada da frase
“Você está lutando contra um estado que não tem a palavra fracasso no seu dicionário”.

Figura 38fonte:
https://images.gospelprime.com.br/LVGeGSGaMIVe6FA6xAcnD2J5rBk=/370x0/smart/filter
s:strip_icc()/noticias.gospelprime.com.br/files/2017/10/copa-do-mundo-x-estado-islamico.jpg
em 30/01/2018
57

Inicialmente faremos um estudo levantamento genérico das ameaças mais evidentes nos
grandes (Shows Internacionais) e mega eventos, tais como o Carnaval. Para analisarmos,
então a ameaça, deve primeiro relacionar as mais conhecidas e freqüentes. Destas partiremos
para as que possuem maior poder de destruição. Cada ameaça relacionada será depois
comparada a uma situação hipotética, em que serão apresentadas soluções de resposta e
gerenciamento de crises, como também uma avaliação de risco. Ameaças em grandes eventos:

 Naturais: ventos, terremotos, furacões, tornados, outros;


 Humanas: terrorismo, violência urbana, Brigas por rivalidade (histórica, política, de
momento), Hooliganismo (para a língua portuguesa do inglês hooligan, "vândalo",
refere-se a um comportamento destrutivo e desregrado), Sabotagem, Manifestações
reivindicatórias ou políticas, Greves oportunistas, Ações não previstas de marketing de
emboscada (ações comerciais não oficiais que causam bloqueios ou desconforto
aproveitando os grandes eventos), entre outras.
 Mistas: em que há componentes humanos e naturais agindo de forma conjunta.
Exemplo: Uma pessoa joga um cigarro aceso no mato. Dada às condições de baixa
umidade do ar, no entanto, a vegetação pega fogo e transforma-se em um grande
incêndio. A ação do homem só se transformou em um incêndio porque as condições
naturais permitiram.
 Siderais: felizmente pouco freqüentes, mas dizem respeito à queda de lixo espacial,
bem como de asteróides.

Nesse primeiro momento, em que estudamos apenas as ameaças, trabalharemos uma tabela
com apenas as variáveis abaixo, a título de exemplo, relacionaremos algumas ameaças e
hipóteses comuns em eventos esportivos (tabela6 – Ameaça – prioridade – hipótese).
Lembramos que deve primeiro relacionar as mais conhecidas e freqüentes. Destas partiremos
para as que possuem maior poder de destruição.

No segundo momento, levando em consideração os recentes ataques a eventos com grande


concentração de publico e até mesmo a equipes esportivas, faremos agora um estudo de caso
como exemplo da possibilidade de um ataque terrorista (maior poder de dstruição), a partir de
uma tabela de analise de ameaças, vulnerabilidades e riscos em uma Copa do Mundo genérica
com o modelo FIFA. A planilha é básica sem particularidades de local, publico e fatores
58

políticos e econômicos de um país sede específico. A tabela proposta foca na analise da


prioridade, hipótese, danos, pontos fortes, pontos fracos, correção, implantação da correção e
avaliação das correções, direcionadas a um evento de grande porte.

Tabela 6 – Exemplo de analise de ameaças em grandes e mega eventos (ex Shows e


Carnaval).

Ameaça Prioridade Hipótese

Terrorismo/Crime Organizado 1 Ocorrência de um atentado terrorista


contra equipe ou evento vinculado a
grandes eventos.

Furto/Arrastões 1 Ocorrência de furtos em eventos ou


turistas (locais ou estrangeiros) em
função de grandes eventos.

Desinteligência entre torcedores. 1 Ocorrência de conflitos entre culturas


ou desafetos políticos ou intolerância
entre raças e, credo.

Manifestações / Greves 1 Ocorrência de manifestações e greves


oportunistas de emboscada
aproveitando o evento e seus
patrocinadores

Incêndio 2 Ocorrência de um Incêndio em um


evento ou Local de Reunião vinculado
ao evento.

Raios 2 Ocorrência de raio em um


equipamento/local de evento.

Tempestade / Vendaval / 4 Ocorrência de vendaval atingindo o


Furacões, Tornados, outros local do evento

Tabela 7 - Exemplo de analise de ameaça de terrorismo, vulnerabilidade e risco, no país


sede, durante o Grande Evento.

Prioridade 1 (Alta Prioridade)


Ameaça Terrorismo e/ou Crime Organizado

Hipótese Ocorrência de um atentado terrorista contra equipe, local ou publico


vinculado ao evento.
59

Danos  Ferimento nas pessoas, podendo até causar morte


 Pânico
 Destruição de patrimônio
 Desmoralização do evento (ex Carnaval)
 Destruição da credibilidade do Promotor do Evento
 Destruição de patrimônio
 Perdas do valor agregado para sediar o megaevento (Benefícios
associados a realização do evento)

Pontos fortes  Pais com tradição em grandes festas populares e existência de


regramento para a realização de grandes eventos.
 O país tem experiência recente na realização de mega eventos
esportivos internacionais (copa e olimpíada).
 Investimentos associados e grandes patrocinadores com grande
experiencia na realização e gerenciamento de grandes eventos.
 Vasta mão de obra especializada na gestão e produção de grandes
eventos inclusive dos e órgãos públicos.
 Boas agencias de propaganda e Marketing que produzem boa
percepção associada a qualidade aparente do evento (envelopamento
dos eventos)

Pontos fracos  Exploração de um grande evento pode dar publicidade a um grupo de


facções criminosas que costumam usar técnicas de intimidação
similares as de causa terrorista.
 Turismo eclético (linguagem, cultura e econômico).
 Baixa percepção do risco por parte de autoridades governamentais.
 Os grandes eventos tornam as fronteiras permeáveis facilitando
movimentos migratórios indesejáveis
 Comercio internacional de passaportes falsificados
 Circulação e facilidade de distribuição de dinheiro falso em grandes
eventos que financiam o crime
 Facilidade para a obtenção ilegal de armas e artefatos explosivos e
inflamáveis
 Vulnerabilidade global frente a Internet, tais com “Cyber” ataques,
facilidade de financiamento de terrorismo através de transferência ou
compras com moedas virtuais (“bitcoin”) e “Receitas” prontas com
instruções e manuais para ataques terroristas ou mega ações
criminosas.
60

Vulnerabilidade  Eventos com alta vulnerabilidade contra ataques terroristas e


criminosos devido a alta concentração de pessoas

Risco Alto (ameaça grande e grave diante de uma vulnerabilidade também alta).

Correção  Instituir ou incrementar unidades especiais de combate ao


(Mitigação) crime/terrorismo e analisar e incrementar leis crime de
terrorismo/crime organizado.
 Intensificar medidas que dificultem a entrada pessoas e produtos
ilegais no País
 Estabelecer sistemas de gestão de comandos de operações interligadas
de inteligência e monitoramento (comitês de gestão de crise) dentro
dos padrões internacionais de combate ao terrorismo/crime organizado
 Monitorar pessoas suspeitas de ligação com grupos terroristas/crime
organizado.
 Monitorar quadrilhas que comercializem armas e explosivos e
inflamáveis e outros ilícitos.
 Modernizar ou criar marco regulatório de Internet

Implicações de  Implementação de Lei geral do Carnaval de Rua com base na Lei


correção Geral da Copa
 Treinamento de profissionais de segurança específicos para o evento
que devem dificultar ao máximo a realização dos crimes/atentados.
 Criação de barreiras alfandegárias e de fronteira aumentando os seus
custos das importações ou contrabando de materiais utilizados para
artefatos de terror.
 Ações pontuais no intuito de desestimular a ocorrência de atividades
de subversão a ordem publica.
 Investimento ou para anular ou minimizar o risco reduzir as
vulnerabilidades existentes.
 Internacionalização dos sistemas de inteligência
 Implantação de centros de gestão de crises e operacionais integrados
específicos para os grandes eventos (planos de contingenciamento).
 Investimento em infra estrutura voltado a segurança
Avaliação das  O custo total de organizar a Copa do Mundo no Brasil ultrapassou o
correções
R$ 28 bilhões (cerca de US$ 7 bilhões), dos quais cerca de R$ 1,9
bilhão (cerca de US$475milhões, +/- 6,75% do investimento)
correspondem aos gastos em segurança que abrange todos os tipos de
riscos associados a segurança.
 Daí concluímos que o custo do investimento em segurança é baixo
frente ao custo total do evento e das conseqüências no não
61

investimento.
 O Custo de adoção das medidas preventivas implica em um custo
adicional para o evento porém elas são investimento e legado, uma
vez permanecerão ativas mesmo após o término da Copa do Mundo

Análise do risco a) Assumir o risco


 Neste caso, deve-se considerar que a ocorrência de um atentado
durante o evento poderia implicar em:
 Danos financeiros elevados decorrentes de inúmeras indenizações.
 Implantação do sentimento de terror na população e nos organismos
ligados a Copa do Mundo
 Danos financeiros materiais
 Impacto na estabilidade econômico-financeira do pais sede e quiçá
política também.
 Associação do País com o fenômeno do terrorismo internacional e
pais de alta Criminalidade.
 Justificação para uma intervenção das forças de segurança nacional
nas sedes de grandes eventos.
 Repercussões negativas para a imagem do país.
 Questionamento sobre a realização de Eventos futuros
 Desmoralização do Governo e dos órgãos públicos
 Perda de valor agregado e de patrocinadores

b) Não assumir o risco

 Em caso de ocorrência de atentados implica em arcar com todos os


custos de implementação das medidas corretivas para sanar os efeitos
tangíveis decorrentes do item a, além de outros efeitos intangíveis e de
longo prazo.

Como podemos observar atualmente existe um crescente no numero de atentados e crimes


praticados por facções criminosas, apesar de todos esforços dos órgãos voltados a segurança
pública eda comunidade internacional no combate ao crime organizado e ao terrorismo. A
tendência dos novos ataques terroristas é repercussão, ou seja, antigamente o alvo era alguém
famoso ou algo de grande valor financeiro ou psicológico. Hoje, os atentados,
predominantemente atingem qualquer pessoa de forma aleatória, ou seja, não existe mais a
62

personalização qualquer um pode ser atingido, pois o alvo é o local. Geralmente existe uma
cuidadosa escolha dos alvos a serem atingidos, buscando sempre o medo e a divulgação.

Não há como calcular, por exemplo, o valor da propaganda que a rede terrorista Al Qaeda e o
Bin Laden obtiveram com os atentados do 11 de setembro. Quanto custaria para esse grupo
pagar vinte e quatro horas de transmissão ao vivo em todas as redes de TV do mundo? De
acordo com o site da ABIN (Agencia Brasileira de Inteligência), a propaganda e o marketing
de emboscada esta dentre os objetivos específicos do terrorismo na atualidade.

Se não há consenso, cada ataque é um ataque e por mais estratégias de segurança adotadas, as
pessoas seguem sempre assustadas, os governos acuados, milhões são investidos em aparatos
de inteligência e segurança sem garantias de que novos ataques ocorram. Organizações como
Comando vermelho, PCC (Primeiro Comando da Capital) Estado Islâmico (com indícios de
embriões em Foz do Iguaçu), tem seus ataques praticados individualmente ou por no máximo
duas ou três pessoas militantes sem compromisso nenhum com a vida própria ou de terceiros.

Figura 39 – Metodologia ARENA da ABIN. Fonte:


http://www.abin.gov.br/atuacao/produtos/avaliacoes-de-riscos/ em 26/06/2017
63

7.3. SCI (SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES)

7.3.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

No Estado de São Paulo, existe um SCI integrado com os diversos orgãos publicos
implementado desde 1995, trata-se do SiCOE (Sistema de Coordenação de Operações de
Emergência). Desde então, o sistema tem sido utilizado para subsidiar ações de planejamento
de operações programadas e ações de gerenciamento de emergências, tais como:.
 as emergências atendidas propiciaram a realização de autoavaliações sobre a eficiência
dos atendimentos e sobre as vantagens da implantação do SiCOE,
 contribuindo no processo de melhoria contínua do gerenciamento de emergências,
resultando em adequações no suporte material, na devida preparação e treinamento do
efetivo e na inclusão de outras agências nos programas de treinamentos e simulados.

O Sistema de Comando de Incidentes (SCI) é uma ferramenta largamente utilizada para


organização das atividades de resposta de diversas instituições e, inclusive, nas ocorrências
onde há mais de uma instituição envolvida.

Apesar de ter sido criada para solucionar ocorrências de grande vulto, pode ser utilizada para
o gerenciamento de ocorrências cotidianas, independente de sua complexidade.

O SCI deve ser implantado desde a chegada da primeira equipe de emergência no local. Com
o aumento da complexidade do evento a estrutura pode ser adaptada (expandida ou contraída)
a fim de possibilitar a melhor resposta, ou seja, Considerando as particularidades dos órgãos
envolvidos em um incidente, o SCI deve adotar princípios que permitem assegurar um
deslanche rápido, coordenado e efetivo dos recursos, minimizando a alteração das políticas e
dos procedimentos operacionais próprios das instituições envolvidas.

No Estado de São Paulo, com a promulgação da Lei Complementar nº 1.257/2015, que


institui o Código Estadual de Proteção contra Incêndios e Emergências, o CBPMESP – Corpo
de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo recebeu, oficialmente, a incumbência
de estabelecer, difundir e fomentar o emprego da doutrina e dos princípios do SiCOE. No
mesmo ano, foi organizado um Estágio de Atualização Profissional para todo o efetivo da
64

corporação, reforçando o conteúdo difundido nos cursos de formação e especialização com a


organização de simulados. Os simulados, realizados anualmente, seguem premissas como a
utilização de formulários padronizados e estabelecimento de toda estrutura do SiCOE,
reunindo várias agências de resposta como Planos de Auxílio Mútuo, Redes Integradas de
Emergências, brigadas de incêndio e demais profissionais de segurança das empresas
envolvidas, de modo que todos os participantes recebem instrução básica sobre o Sistema de
Comando de Incidentes (SCI).

Segundo o artigo da Revista Emergência nº 103 do CBPMESP “Especial/Sistema de


Comando de Incidentes”, em entrevista concedida pelo orientador desta disciplina Ms Marco
Aurélio Nunes da Rocha, mestre em Prevenção de Riscos, pós-graduado em Gestão de
Emergências e Desastres e em Segurança Contra Incêndio e Pânico e o Engº Rubens César
Perez, Engenheiro Químico, especialista em Incêndios Industriais, mestre em Processos
Tecnológicos e Ambientais e com amparo na Norma Operacional n. 14/2014 - Sistema de
Comando de Incidentes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, o SCI, como dito
anteriormente, foi desenvolvido para atender qualquer tipo de emergência. A estrutura do
sistema desenvolve-se de cima para baixo, com a delegação de funções e responsabilidades
baseada na complexidade do evento.

No comando do SCI , são analisamos os conceitos básicos e as atividades relacionadas com o


planejamento, administração ou finanças, logística e operações e enquanto não são delegadas,
são de responsabilidade integral do comando daquela ocorrência.
Desta forma, mesmo em uma emergência simples o sistema é necessário para um adequado
ordenamento e sistematização das ações. Dentre os parâmetros organizacionais do SCI, as
emergências/ocorrências podem ser classificadas em cinco tipos, ou níveis de complexidade,
tais como:
 Tipo 1 (altamente complexa), de interesse nacional;
 Tipo 2 (muito complexa), de interesse regional/nacional;
 Tipo 3 (não rotineira), de interesse local;
 Tipo 4 (rotina) e
 Tipo 5 (inicial).
65

Tabela 8 - Níveis hierárquicos de um SCI

Cada um destes níveis possui uma detalhada caracterização que auxilia na operacionalização
de um sistema de gestão e preparação.

Os principais pontos a serem analisados no Sistema de Comando de Incidentes – SCI, são:


 Utilizar recursos de gerenciamento comum, incluindo terminologia comum e estrutura
organizacional modular.
 Enfatizar o planejamento ativo através do uso de gerenciamento por objetivos e plano
de ação de incidentes.
 Apoiar os socorristas através do gerenciamento efetivo de informações.
 Utilizar os princípios de cadeia de comando, unidade de comando e transferência de
comando.
 Assegurar a utilização plena dos recursos mantendo um alcance de controle
gerenciável, estabelecendo instalações pré-designadas, implementando práticas de
gerenciamento de recursos e comunicações integradas.

O SCI já foi colocado à prova inúmeras vezes e mostrou sua eficiência. Sem o uso do SCI, os
problemas mais comuns no gerenciamento de incidentes são:

 Legislação edilícia de Sistemas de Combate a incêndio ineficientes.


 Falta de responsabilização (accountability).
 Comunicação deficiente.
 Planejamento não sistemático.
 Integração deficiente entre os socorristas.
66

Vale destacar que o SCI não é uma estrutura física pronta e sim um sistema que, diante de
uma emergência, é utilizado para definir estratégias e funções que serão realizadas no
gerenciamento. Geralmente é montado um posto de comando, coberto ou ao ar livre, do qual
partem todas as ações coordenadas por um comandante, junto com os representantes de cada
órgão e instituição presente na operação. A estrutura de recursos materiais e humanos
dependerá do tipo de ocorrência, bem como dos recursos disponíveis.

Figura 40 - SCI – Fonte Revista Emergência nº 103 do CBPMESP

7.3.2) ESTRUTURA DO SCI

Figura 41 – Modelo de estrutura da Seção de Operações – Fonte: Apostila do Curso EAD


Unyleya – Caderno de SCI – Sistema de Comando de Incidentes – Autor Rodrigo Caselli Belém
67

7.3.2. 1) Comando (Chefia das Operações)


 Assumir o comando do SCI;
 Zelar pela segurança das pessoas e da segurança pública;
 Desenvolver e executar o Plano de Ação do Incidente (PAI);
 Administrar os recursos disponíveis;
 Manter a coordenação geral das atividades.

7.3.2.2) Segurança
 Identificar situações perigosas associadas com o incidente;
 Identificar situações potencialmente inseguras durante as operações;
 Investigar os acidentes;
 Fazer uso de sua autoridade para deter ou prevenir ações perigosas;
 Revisar e/ou aprovar o plano médico.

7.3.2.3) Informação Pública


 Ser “porta voz oficial” centralizando as informações e dando credibilidade as mesmas;
 Emitir notícias aos meios de imprensa;
 Participar de reuniões junto ao comando;
 Responder as solicitações especiais de informação.

7.3.2. 4) Ligação
 Responsável por obter relatos breves junto ao comando;
 Observar as operações do incidente com o objetivo de identificar problemas atuais ou
potencias problemas futuros.

7.3.2.5) Planejamento
 Designar o pessoal de intervenção para as posições do incidente, de forma apropriada;
 Supervisionar a preparação do Plano de Ação do Incidente;
 Proporcionar previsões periódicas acerca do potencial do incidente;
 Distribuir ao comando informações resumidas acerca do estado do incidente.

7.3.2.6) Operações
68

 Desenvolver a parte operacional do Plano de Ação do Incidente (PAI) em conjunto


com a seção de planejamento;
 Supervisionar as operações;
 Determinar as necessidades e solicitar recursos adicionais.

7.3.2.7) Logística
 Designar lugares de trabalho e tarefas preliminares ao pessoal;
 Identificar os serviços e as necessidades de apoio para as operações planejadas e
esperadas;
 Fazer uma estimativa das necessidades futuras de serviços e apoio.

7.3.2.8) Administração e Finanças


 Desenvolver um plano operacional para o funcionamento das finanças no incidente
 Participar das reuniões de planejamento para obter informação;
 Manter contato com as instituições no que diz respeito a assuntos financeiros e
disponibilização de recursos;

7.3.3) COMBATE AO INCENDIO

Diversas técnicas são utilizadas para combater um incêndio, dentre as fases que um combate a
incêndio requer, na qual compreende o reconhecimento do local, o combate ao incêndio e/ou
salvamento, o rescaldo e a inspeção final.

As ações de combate a incêndio propriamente ditas devem surgir após as atividades de


reconhecimento, quando o comandante de socorro já tomou conhecimento da área
conflagrada, das condições do local, dos detalhes do sinistro e das circunstâncias que o
envolve, das facilidades de propagação, da localização do foco, das espécies de materiais em
combustão, dos perigos existentes e dos locais de penetração.

No nosso caso em questão, informar à equipe que o local é uma boate, com
aproximadamente 1000 pessoas, sendo que o local possui quatro pistas de dança e 02
pavimentos. Caso já seja possível, informar a localização das saídas de emergência, dos
extintores e hidrantes e se no local há materiais inflamáveis.
69

Como dissemos os incêndios podem ter varias causas e neste caso preliminarmente a origem
tem que ser investigada, pois o incendio pode ter causas elétricas, combustíveis, por fogos de
artifícios ou efeitos especiais.

Trata-se uma ocorrência na qual há formação de fogo e este fica descontrolado. Para a criação
do fogo, é necessária a presença do chamado “Triangulo do fogo”, formado pelo combustível
(qualquer material que pegue fogo), comburente (elemento que, associado ao combustível,
pode fazê-lo entrar em combustão – como o oxigênio), o calor (necessário para iniciar a
combustão) .

Retirando qualquer um dos três primeiros componentes, não há fogo e o incêndio é apagado.
Os extintores seguem essa ideia, podendo atuar nas três pontas do triângulo, mas não na
reação em cadeia.

Outro ponto importante a frisar é o tipo do extintor que deve ser utilizado para cada classe de
incêndio. Cada tipo de extintor age de uma forma, o que o torna mais ou menos eficaz para
cada tipo de combustível.
 Classe A - Extintores de H2O (água)são utilizados somente: materiais sólidos como
madeira, papel, tecidos e seus derivados;
 Classe B - Extintores PQS (Pó químico) são utilizados: líquidos inflamáveis como
gasolina, álcool, tinta, óleo diesel, etc;
 Classe C - Extintores de CO2 (Gás Carbônico)são utilizados: redes elétricas e fiações,
como em motores elétricos, geradores, equipamentos elétricos e eletrônicos, etc.
 Extintores denominados “ABC” atuam em todos os casos

É importante atentar para o fato de termos no evento além dos equipamentos de extintores de
incêndio, os hidrantes do Local de Reunião ou publico, temos uma equipe de Bombeiros
Civis alem da Brigada e dos Seguranças, devidamente distribuídos em todas as áreas para o
atendimento imediato de qualquer princípio de incêndio (Ver no capitulo III o Plano de
Emergência e o Plano de Abandono).
70

Entendemos que esta o Local de Reunião ou publico tem Alvará de Autorização para Evento
Publico e temporário, Alvará de Funcionamento de Local de Reunião ou AVCB (Auto de
Vistoria do Corpo de Bombeiros), portanto todas as áreas do evento, estão devidamente
sinalizadas e todas as saídas de emergência encontram-se iluminadas , desobstruídas e
abertas.

As buscas e salvamento de pessoas são considerados como ações de maior prioridade,


levando o comandante de socorro a iniciar os trabalhos de controle do fogo o mais rápido
possível, a fim de permitir ou garantir as ações de busca e resgate, ou ainda, para garantir que
o incêndio se mantenha distante de suas possíveis vítimas.

Para a extinção do fogo, poderão ser utilizadas as técnicas de isolamento, que consiste
facilitar a organização do combate a incêndio iniciando-se pela delimitação da área sinistrada,
visando ao melhor aproveitamento do espaço pelas guarnições de bombeiros e impedindo que
pessoas estranhas ao socorro atrapalhem o serviço e por fim o confinamento, onde consiste
em impedir a progressão (ou propagação) horizontal ou vertical do incêndio, garantindo o seu
confinamento na área de origem e impossibilitando que os ambientes ainda não atingidos pelo
incêndio (calor, chama ou fumaça) sofram os seus efeitos.

7.3.4) GERENCIAMENTO E CONTROLE DO PÂNICO

Em primeiro lugar é necessário que TODAS as pessoas presentes no SCI estejam mantendo o
controle de suas próprias emoções, desenvolvendo também sua capacidade de liderança, para
então auxiliar no controle do pânico das pessoas presentes na cena do incêndio.
Deve-se ter em mente que, no nosso caso específico, o perfil do nosso público no local é de
serem pessoas jovens, muitas delas alcoolizadas ou drogadas de presença esporádica e sem
habitualidade no local.

Logo, terá de analisar esse aspecto no que se refere às características do público encontrado,
para só então efetivar uma escolha rápida e bem direcionada da maneira de lidar com ele. Para
convencer as vítimas envolvidas em um sinistro, o autor do resgate deverá ser persuasivo, ao
conversar com elas.
71

7.3.5) DEFINIÇÃO DE ZONAS DE TRABALHO E SEGURANÇA DO LOCAL

Para a elaboração das zonas de trabalho, alguns pontos devem ser vistos como:
 Realizar o reconhecimento do local, observando a situação e os óbices para viabilizar
a ação do socorro, verificando continuamente as condições de segurança no local,
providenciando medidas que evitem agravamento do quadro e assegurando
tranqüilidade para a atuação das guarnições;
 Estabelecer as viaturas no local adequado (mais próximo e seguro possível), conforme
a estratégia previamente definida ou o plano tático a ser usado;
 Localizar e organizar os pontos de abastecimento das viaturas (hidrantes urbanos e de
passeio, mananciais disponíveis, etc);
 Adotar todos os procedimentos administrativos relacionados ao evento, tais como:
solicitar perícia de incêndio, Instituto Médico Legal, Criminalística, Polícia Militar,
Defesa Civil e outros órgãos, caso haja necessidade;
 Os responsáveis pelo salvamento devem verificar se há possibilidade de adentrar ao
ambiente, pois se deve atentar pela sua própria vida também;
 Verificar se o local esta devidamente desenergizado;
 Os locais de atendimento as vítimas e a central de comando devem ser montadas, no
que tange a segurança, em local com boa visibilidade, facilidade de acesso e
circulação, fora da zona quente ou área de risco (afastado da cena, do ruído e da
confusão).

7.3.6) REALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE SALVAMENTO, EVACUAÇÃO E


RETIRADA DAS PESSOAS DO LOCALDO EVENTO.

O salvamento, principalmente o de pessoas, consiste na promoção da fuga do local sinistrado,


colocando-as em local seguro e isento de riscos.

O principal meio de fuga são as escadas enclausuradas, nas quais, só existem em edifícios
mais altos e/ou novos. Portanto, deve-se verificar se o local possui esse tipo de escada,
localizá-la na edificação e conduzir as vítimas até a porta do pavimento sinistrado, daí terão
acesso à rua, através da escada enclausurada. Na sua falta, utiliza-se a escada comum.
72

Dependendo da necessidade, poderão ser usadas outras técnicas de salvamento, como cabos
aéreos, escadas ou plataformas mecânicas, entre outros.

Deve-se verificar em todos os locais se não há pessoas desmaiadas ou escondendo-se do fogo


ou em pânico, bem como pessoas com mobilidade reduzida.

Como a segurança humana é uma das principais finalidades do escape nos incêndios, a
evacuação deve estar baseada nos princípios da objetividade, precisão, disciplina e segurança.
As vítimas devem ser conduzidas para as escadas de incêndio, deixando um bombeiro ou mais
encarregados de dar as seguintes orientações necessárias:
 As vítimas não devem ir para os andares superiores;
 Devem manter uma distância segura entre uma vítima e outra;
 As vítimas descem apenas de um lado da escada, destinando o outro para o trânsito
das equipes de bombeiros;
 Evitam-se correrias e aglomerações desnecessárias; e
 Concentram-se as vítimas em um mesmo local a fim de se efetuar uma chamada
rápida e para que se verifique se há falta de alguma pessoa.

Figura 42 – telefones úteis – Fonte http://www.ssp.sp.gov.br/servicos/190.aspx


73

8. - CAPITULO II

8.1 - PROJETO TECNICO DO EVENTO

8.1.1 MEMORIAL DESCRITIVO DO EVENTO

O Memorial Descritivo do evento deverá conter as seguintes informações básicas sobre o


evento. Os tópicos a seguir devem ser informados em documento a ser anexado ao processo
no momento da autuação.

Figura 43 – Identificação Básica conforme Anexo 2

8.1.1.1 . Denominação / Título do evento

Informar o título OFICIAL do evento, conforme será divulgado para a imprensa e para a
divulgação oficial do mesmo para não haver diferença entre os planos analisados e
estabelecidos com o nome de divulgação. Imaginem a confusão que poderá causar nos órgãos
de fiscalização, de segurança publica, imprensa e até mesmo no treinamento do pessoal que
ira trabalhar no evento.

8.1.1.2 Identificação do Objetivo

Deve-se descrever o tipo e / ou natureza do evento (Ex: Religioso, esportivo, artístico, etc...),
bem como se o mesmo é para fins lucrativos ou não e se haverá ou não cobrança de ingressos.
74

É fundamental informar o tipo do evento, justamente para analisar o perfil do público, local
onde será realizada e também a classificação da mesma.

8.1.1.3 Datas da realização e horários

Informar a(s) data(s) de realização e/ou período do evento, bem como os horários de
realização do mesmo.

NOTA: Para a presente informação, são considerados evento apenas os períodos em que
haverá presença de público no local do evento ou nas seções com presença de publico como
cultos religiosos ou seções de projeção ou espetáculos circenses por exemplo, ou seja, período
de montagem, desmontagem e outros períodos onde não há presença de público não são
contabilizados como evento propriamente dito, porém são fundamentais para a implantação e
planos de emergência para os trabalhadores, equipes permanentes ou mitigação de entorno.

8.1.1.4 - Identificação do imóvel e logradouro

Deverá ser informado o local de realização do evento, com endereço completo do mesmo,
bem como detalhar as estruturas permanentes do local que serão utilizados para a realização
do mesmo. E sempre desejável estabelecer um croquis com a localização ou mapa de acesso.

Figura 44 – Exemplo de localização feita pelo Google Maps.


75

8.1.1.5 - Identificação do interessado

Descrever informações pertinentes ao organizador / promotor do evento como:


 Razão social;
 CPF / CNPJ;
 Endereço;
 Telefone e/ou fax;
 E-mail;
 Representante(s) da promotora perante o evento;
 RG/CPF do representante;
 Telefone e/ou fax do representante;
 E-mail do representante;

8.1.1.6 - Identificação do coordenador do evento ou responsável técnico do evento

Informar do coordenador ou do profissional responsável técnico pelo evento, por seus


próprios Atestados, bem como pelo “Gerenciamento Técnico” dos demais profissionais
técnicos envolvidos. O profissional designado deve estar “ativo” em suas respectivas
entidades, sendo:
 Engenheiro Civil, perante o CREA;
 Arquiteto, perante o CAU;
 Profissional com Especialização em Segurança do Trabalho, perante o seu órgão de
classe (CREA e/ou CAU).

8.1.1.7 - Identificação da Área total do event e sua Área útil

Informar a área total a ser utilizada para a realização do evento e sua área útil (onde são
debitadas da área total as áreas de estruturas provisórias e permanentes), consideradas para
cálculo de lotação (ver 8.).
Caso exista, deverá ser informada também a lotação por cada área setorial a ser efetivamente
utilizada pelo público (sentado e “em pé”, cadeiras, arquibancadas, área de dispersão, etc...);
76

8.1.1.8 – Quantificação do Publico e Lotação estimados

Para análise da segurança para o evento, é considerada é a LOTAÇÃO MÁXIMA DO


LOCAL DO EVENTO ou seja o número de pessoas que o local comporta fisicamente o
espaço a ser utilizado, Esta informação é necessária para verificar o adensamento e os
recursos de saída de emergência e suas rotas dede acesso. Este numero faz parte do calculo da
velocidade de evacuação da área . É uma informação importante que deve ser fornecida pela
promotora.

O público estimado, ou seja, a expectativa de pessoas que irão freqüentar o local, durante o
período total do evento, também poderá ser informada, porém este número esta ligado a
apenas logística de abastecimento, mão de obra e borderô e não a capacidade física (exemplo:
um circo para 400 lugares com lotação máxima durante 12 seções terá um publico de 4800
pessoas, porem as condições do projeto de segurança ficam inalterados).

8.1.1.9 - Infraestrutura e Estruturas provisórias

Devem ser informadas as estruturas provisórias que será montadas e utilizadas para a
realização do evento, como:
 Palco(s) ou pódio para premiação;
 Arquibancada(s);
 Praticáveis;
 Áreas de convivência;
 Camarotes e/ou áreas “VIP”;
 Tendas e/ou Barracões;
 Gradis e/ou barricadas;
 Torres de iluminação/PA e/ou Torres de “Delay”;
 Áreas suspensas;
 Demais estruturas existentes no local (provisórias e/ou permanentes).
77

Figura 45 – Torre de Delay - Fonte http://www.eurotendas.pt/index.php/features-3/torres-pa-


falow-spot-e-delay em internet 01/02/2018

Figura 46- Palco Orbital e Torre de PA – Fonte http://www.eurotendas.pt/index.php/features-


3/torres-pa-falow-spot-e-delay em internet 01/02/2018
78

Figura 47- Torre iluminação ou de PA – Fonte http://www.eurotendas.pt/index.php/features-


3/torres-pa-falow-spot-e-delay em internet 01/02/2018

8.1.1.10 - Sistema de segurança contra incêndio e pânico

Descrever o Sistema de Segurança contra Incêndio e Pânico que será projetado para o evento,
como:
 Presença de Brigada de Combate a Incêndio;
 Equipamentos de Segurança contra Incêndio (extintores);
 Sistema de orientação de público, em caso de evacuação do local;
 Demais itens pertinentes do assunto para o evento em questão.

8.1.1.11 - Identificação Segurança patrimonial

Descrever se, para a realização do evento, será contratado empresa que prestará os Serviços
de Segurança Patrimonial no local da realização do evento.

NOTA: A empresa contratada deverá constar registros e Alvarás de Funcionamento


atualizados perante a Polícia Federal e/ou Polícia Civil.

8.1.1.12 - Isolamento acústico e/ou emissão de ruídos

Descrever se haverá montagem de estruturas para isolamento acústico no local do evento,


bem como dos métodos a serem realizadas para que o evento não emita ruído acima dos
níveis estipulados pela LPUOS de São Paulo ou para os demais locais NBR 10151/2001.
79

8.1.2 PEÇAS GRÁFICAS DO PROJETO DE SEGURANÇA

Deverá ser apresentada Cópia(s) das Peças Gráficas Descritivas necessárias à perfeita
compreensão do evento, contendo os itens a seguir:
 Área total do Evento (Área de Concentração);
 Todos os Equipamentos de Combate e Prevenção à Incêndio;
 Localização dos gradis, painéis, mobiliários, palcos, barracas, stands, etc.;
 Indicar em planta todas as saídas de emergência com as devidas larguras;
 Estacionamento de Veículos, com a indicação das vagas reservadas para cadeirantes e
pessoas com deficiência;
 Geradores de Energia Elétrica, com o devido isolamento físico;
 Local de posicionamento de Ambulâncias e posto médico;
 Local de Acesso de Viatura do Corpo de Bombeiros na ocupação temporária da
Edificação;
 Demais itens pertinentes conforme o tipo de evento.
 Quadro de legendas (Carimbo de peça gráfica);

Figura 48: Exemplo de quadro de Legenda


80

Deverá ainda, constar na peça gráfica do projeto, as notas padrão relacionadas a seguir:
I.Este projeto atende a Lei 10.205/1986, Lei 16.642/2017, Lei 16.402/2016, Decreto
57.776/2016, Decreto Estadual 56.819/2011 e Decreto 49.969/2008.
II. Este projeto atende a Lei 11.345/1993, de acessibilidade, ou seja, a Norma NBR
9050/ABNT
III.Sistema de iluminação de emergência de aclaramento e balizamento esta de acordo
com a NBR 10.898/ABNT, com acionamento automático e fonte independente da
rede geral. O sistema de alarme de advertência geral atende NBR 17.240/ABNT.
IV.As rotas de fuga, saídas e acesso aos equipamentos de combate a incêndio serão
mantidos desobstruídos, conforme Norma NBR 9077/ABNT
V.As saídas destinadas ao escoamento abrirão no sentido da saída, de acordo com a
Norma NBR 9077/ABNT.
VI.O sistema de combate a incêndio e seus equipamentos estão conforme Decreto
Estadual 56.819/2011 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São
Paulo (Provisórias).
VII.As montagens atendem o novo COE, que dispões sobre o material empregado na
decoração dos ambientes e aquele armazenado em função da própria utilização da
edificação que não deverão obstruir os espaços de circulação nem reduzir o fluxo de
pessoas.
VIII. As montagens são permanentes, porém removíveis (containeres metálicos e
estruturas metálicas desmontáveis) que serão substituídos por edificação permanente
após aprovação de projeto de aprovação e execução na PMSP.
IX.A lotação máxima será monitorada de contador manual e disponibilizada conforme
legislação municipal em vigor.
X.Resíduos serão coletados por empresa contratada.
XI.As instalações metálicas atenderão individualmente:
 A sinalização das saídas, rotas de fuga, quadros de luz e força e equipamentos
de combate a incêndio, serão executados de acordo com a norma NBR 13434-
1/ABNT e IT-20/2011, em atendimento ao Decreto Municipal 49.969/2008.
 As instalações elétricas serão executadas / instaladas de acordo com as Normas
NBR 5410/ABNT e NBR 14039/ABNT.
 Os sistemas de aterramento das estruturas e das instalações elétricas serão
executados / instaladas de acordo com as normas elétricas NBR 5410/ABNT.
81

 O sistema de proteção contra descargas atmosféricas, abrangendo toda edificação


será executado e instalado de acordo com a norma NBR 5419/ABNT.
 Os guarda-corpos, corrimãos e degraus atendem a NBR 9050/ABNT.

Figura 48 - Modelo de Projeto gentilmente cedido pela Arquita Vera Lucia Nogueira.
82

8.1.3 CÁLCULOS PARA DIMENSIONAMENTO

Para o projeto de segurança para o evento, bem como visando o conforto do público presente,
alguns cálculos de dimensionamento deverão ser realizados por parte do produtor do evento
e/ou responsável técnico pelo mesmo.

8.1.3.1 Capacidade de Lotação e Escoamento conforme IT-12/2011

A estimativa de público e das condições de escoamento de publico deverá ser dimensionada


com base na Instrução Técnica nº 12 do Corpo de Bombeiros de São Paulo (Decreto Estadual
nº 56.817/11), em locais abertos e descobertos como praças e vias públicas, bem como locais
fechados e descobertos como estacionamentos, parques, etc. Em locais fechados e cobertos
como auditórios locais de exposição e congêneres, deverá ser utilizado o parâmetro
estabelecido pelo COE - Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo e NBR
9077/ABNT.

a) Dimensionamento por área (capacidade limitante pelo espaço físico disponível)

O dimensionamento da lotação em face de área disponível para circulação do público é


calculado pela equação a seguir, onde a densidade de público por metro quadrado (m²/pessoa)
calculado deve ser menor que 2,5 pessoas/ m².
D=P/A
Onde:
D = Densidade de público calculada, em m²/pessoa
A = Área útil para circulação de pessoas, em m²;
P = população ou lotação desejada;

b) Dimensionamento por saídas (fator limitante pela capacidade de evacuação)

No que se refere ao dimensionamento pela largura das saídas a serem disponibilizadas para o
evento, conforme o fluxo de pessoas por minuto que passam pelas saídas tem os seguintes
parâmetros, conforme a IT-12/2011:
83

Tempo (T):
T = máx. 5 minutos
Taxa de Fluxo (F):
F = 83 pessoas/min./metro (para saídas horizontais como rampas, portas, corredores)
F = 66 pessoas/min./metro (para escadas e circulações com degraus)
Capacidade de escoamento (E):
E =F x T

A largura mínima necessária para o escoamento da população estimada é dimensionada como:


L=P/E
Onde:
L = Largura mínima necessária para escoamento da população, em metros;
P = População ou lotação desejada;
E = Capacidade de Escoamento, em pessoas por metro.

NOTA: Distancias a serem percorridas: As distâncias máximas de percurso para o espectador,


partindo de seu assento ou posição, tendo em vista o tempo máximo de saída da área de
acomodação e o risco à vida humana, são:

 60 m para se alcançar um local de segurança ou de relativa segurança;


 Nos casos de eventos temporários em locais descobertos, a distância máxima a ser
percorrida não poderá ser superior a 120 m.

8.1.3.2 Capacidade de Lotação e Escoamento conforme COE e NBR 9077/ABNT

Em locais fechados como auditórios, locais de exposição e assemelhados, deverá ser utilizado
o parâmetro estabelecido pelo Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo
(COE) e pela NBR 9077/ABNT.

a) Dimensionamento por área (capacidade limitante pelo espaço físico disponível)

Na referida legislação, a tabela a seguir demonstra os parâmetros que deverão ser observados
para o cálculo da lotação máxima, pela área disponível para circulação de pessoas:
84

OCUPAÇÃO – LOCAL DE REUNIÃO M² / PESSOA


Setor para público em pé 0,4
Setor para público sentado 1,00
Atividades não específicas ou administrativas 7,00
Tabela 9 - densidade de ocupação em locais de reunião

O dimensionamento da lotação máxima para o local é feito pela fórmula abaixo, onde o valor
final deve ser MAIOR que o estabelecido na tabela anterior.

I=A/P

Onde:
I – Índice de público calculado, em m²/pessoa
A – Área útil para circulação de pessoas, em m²;
P = População ou lotação desejada;

b) Dimensionamento por saídas (fator limitante pela capacidade de evacuação)

A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que por elas
deva transitar, observados os seguintes critérios:
 Os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que servirem à população;
 As escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior
população, o qual determina as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos
demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída.

A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e outros, é dada pela seguinte
fórmula:
N = (P / C)
Onde:
N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro;
P = População ou lotação desejada;
C = Capacidade da unidade de passagem..
85

NOTA 1: A Unidade de passagem é a largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas
(tal valor é fixado em 0,55 m). Já a Capacidade da unidade de passagem é o número de
pessoas que passam pela unidade de passagem em 1 minuto, onde os índices são fornecidos
pela tabela a seguir:

Tabela 10 - Dimensionamento de Unidade de passsagem

Portanto, a largura mínima da saída é calculada pela multiplicação do N pelo fator 0,55,
resultando na quantidade, em metros, da largura mínima total das saídas.

L = (N x 0,55 m)

Onde:
L = Largura mínima necessária para escoamento da população, em metros;
N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro.
0,55 = Valor de uma unidade de passagem, em metros

NOTA 2: Distancias a serem percorridas: As distâncias máximas de percurso para o


espectador, partindo de seu assento ou posição, tendo em vista o tempo máximo de saída da
área de acomodação e o risco à vida humana, são:
 60 m para se alcançar um local de segurança ou de relativa segurança;
 Nos casos de eventos temporários em locais descobertos, a distância máxima a ser
percorrida não poderá ser superior a 120 m.
86

8.1.3.3 Dimensionamento da lotação em eventos com arquibancadas fixas, tais como


Circos e eventos não esportivos em Ginásios esportivos:

Utilizar a Instrução técnica do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo
conforme Decreto Estadual 56.819/11 - INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº. 12/2011 - Centros
esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio.

a) Tempo de saída:
 Nas áreas de arquibancadas externas (baixo risco de incêndio, ver IT 14/11 – Carga de
incêndio), o tempo máximo de saída, será de 8 minutos;
 Caso a arquibancada seja interna (local fechado), o tempo máximo será de 6 minutos
(ginásios poliesportivos, por exemplo).

b) Distancias a serem percorridas:


 As distâncias máximas de percurso para o espectador, partindo de seu assento ou
posição, tendo em vista o tempo máximo de saída da área de acomodação e o risco à
vida humana, são:
 60 m para se alcançar um local de segurança ou de relativa segurança;
 30 m até o patamar de entrada do “vomitório” mais próximo. Para edificações
existentes, aceita-se até 40 m;
 9 m para se alcançar um acesso radial, para estádios e similares, e 7 m para
arquibancadas provisórias, ginásios cobertos e similares;
 Nos casos de eventos temporários em locais descobertos, a distância máxima a ser
percorrida não poderá ser superior a 120 metros

Figura 49 – Distancias percorridas e rotas de acesso.


87

c) Dimensionamento das saídas de emergência – parâmetros relativos ao escoamento de


pessoas:

O dimensionamento será em função do fluxo de pessoas por minuto (pessoas/minuto) que


passam por uma circulação de saída. O fluxo a ser considerado nesta IT deve ser conforme as
taxas abaixo:

Nas escadas e circulações com degraus: 66 pessoas por minuto por metro (79 pessoas por
minuto, para uma largura de 1,20m). Aceita-se, para edificações existentes, o valor de 73
pessoas/minuto/metro;

Nas saídas horizontais (rampas, portas, corredores): 83 pessoas por minuto por metro (99
pessoas por minuto, para largura de 1,20 m).

Aceita-se, para edificações existentes, o valor de 109 pessoas/minuto/metro. Caso o cálculo


resultar em valor fracionado de pessoas, adota-se o número inteiro imediatamente inferior.
Por exemplo: 97,5 pessoas (valor de cálculo) adota-se como resultado final o valor de 97
pessoas.

d) Exemplo de calculo:

Largura das saídas horizontais e verticais – considerando um Circo novo com capacidade
máxima de 900 espectadores, dimensionar a largura total das saídas.

Para saídas horizontais (corredores e portas):


 fluxo (F) nas saídas horizontais = 83 pessoas por minuto por metro;
 tempo (T) de saída dos setores = máximo de 6 minutos (interno);
 capacidade de escoamento (E) para saída por metro: E = F x T = 83 x 6 = 498 pessoas;

A largura total das saídas horizontais necessárias: 900 / 498 = 1,8072 metros, distribuídos de
forma a atender aos requisitos desta IT (divisão por setores, larguras mínimas, caminhamento
máximo etc.).
88

Para saídas verticais (escadas):


 fluxo (F) nas saídas horizontais = 66 pessoas por minuto para cada metro;
 tempo (T) de saída dos setores = máximo de 6 minutos;
 capacidade de escoamento (E) por metro: E = F x T = 66 x 6 = 396 pessoas;

A largura total das escadas: 900 / 396 = 2,272 metros de escadas, distribuídos de forma
atender aos requisitos desta IT (divisão por setores, larguras mínimas, caminhamento máximo
etc.).

8.1.3.4 Quantificação para Sanitários.

Para eventos em locais permanentes (edificação permanente), deverá ser utilizado como base
de cálculo o item 9 do Decreto nº 57.776/2017 (DECRETO DO COIGO DE OBRAS E
EDIFICAÇÕES - COE ), onde, para locais de reunião, a proporção de sanitários disponíveis
deverá ser 01 (uma) bacia e 01 (um) lavatório para cada 50 (cinquenta) pessoas.

Para eventos em locais abertos e com estruturas provisórias, com base em estudo realizado
pela FEMA (“Special Events Contingency Planning” Toilets - Plano de Montagem de
Eventos Especiais – Banheiros) e em função de práticas adotadas anteriormente e que também
demonstraram eficiência, deverão ser previstos a instalação de sanitários químicos, em
complementação aos existentes no local de modo a atingir a razão de 01 (um) banheiro para
cada 150 (cento e cinquenta) pessoas, exceto para eventos em que haja consumo de bebidas
alcoólicas, onde a proporção deverá ser de 01 (um) banheiro para cada 125 (cento e vinte e
cinco) pessoas.

Preferencialmente a proporção entre sanitários masculinos e femininos deverá atender a tabela


abaixo:

Tabela 11 - Dimensionamento de quantidade de sanitários por sexo


89

Os sanitários deverão ser distribuídos uniformemente, de modo que o deslocamento máximo


para atingir um sanitário seja inferior a 50 (cinqüenta) metros, conforme o COE (item 9.A.3
do Decreto nº 57.776/2017). Deverá ser respeitada também a porcentagem de 5% (cinco por
cento) do total de sanitários para as pessoas com deficiência, conforme NBR 9050/ABNT.

Figura 50 – Regressão linear para quantificação de sanitários por lotação.

NOTA: Em caso de Grandes Eventos maiores ou com setores maiores que 10.000 pessoas
tolera-se uma (1) bacia a cada 250 bacias por pessoa, ou seja, os locais de reunião devem
dispor instalações sanitárias privadas tais como ilhas de conforto, distribuídas por sexo. No
caso de banheiros masculinos um mictório substitui uma bacia.

Nos casos de eventos como desfiles, paradas e procissões religiosas, manifestações politicas
será necessário estabelecer ilhas de sanitarios na área de concentração e na área de dispersão
do público. Caso o deslocamento do público tenha previsão de tempo acima de 100 minutos
deverá, neste caso, ter pontos de parada estratégica onde a organização do evento poderá
instalar a seu critério ilhas de sanitários.

OBS:
 Sempre deverá haver pelo menos 1 (um) lavatório ( local para lavar mãos) por setor do
evento.
 Os sanitários deverão ser distribuídos uniformemente, de modo que preferência o
deslocamento máximo para atingir um sanitário seja inferior à 50 (cinqüenta) metros.
90

8.1.3.5 Brigada de combate a incêndio e pânico

O dimensionamento da quantidade de brigadistas para o evento deverá ser realizado


atendendo aos parâmetros estabelecidos pela Instrução Técnica nº 17/2011 do CBPMESP,
conforme segue:

 Locais com lotação entre 250 (Duzentas e cinquenta) e 1.000 (Hum Mil) pessoas, o
número de brigadistas deve ser, no mínimo, 05 (Cinco);
 Locais com lotação entre 1.001 (Hum Mil e Hum) e 2.500 (Duas Mil) pessoas, o
número de brigadistas deve ser, no mínimo, 10 (Dez);
 Locais com lotação entre 2.501 (Duas Mil, Quinhentas e Hum) e 5.000 (Cinco Mil)
pessoas, o número de brigadistas deve ser, no mínimo, 15 (Quinze);
 Locais com lotação entre 5.001 (Cinco mil e Hum) e 10.000 (Dez mil) pessoas, o
número de brigadistas deve ser, no mínimo, 20 (Vinte);
 Locais com lotação acima de 10.000 (Dez mil) pessoas, o número de brigadistas
deve ser de 20 (Vinte) + 01 (um) brigadista para cada grupo de 500 (quinhentas)
pessoas.

NOTA: Como podemos observar a curva é discreta. Por exemplo um lugar com lotação de
1000 pessoas -> 05 brigadistas e com 1001 pessoas -> 10 brigadistas. Como a norma fala em
mínimo desenvolvemos uma formula para tornar este quesito mais proporcional e menos
polemico:

PESSOAS ATUAL 5
250 5 5
500 5 5
1000 10 10
1001 10 10
2500 10 12
2501 15 12
5000 15 15
5001 20 15
10000 20 20
10500 21 21
11000 22 22
12000 23 23
Figura 51 – Distancias percorridas e rotas de acesso.
Com esta proposta o calculo entre 1000 e 10500 pessoas passa ser:
BRIGADISTAS = INT (0,0011 X LOTAÇÃO + 9,8755) .
91

8.1.3.6 Vagas de estacionamento

Para o dimensionamento da quantidade de vagas de estacionamento a ser providenciado para


o evento, poderão ser observados os parâmetros estabelecidos pela LPUOS (Lei 16.402/16) e
COE (Lei 16.642/17) de São Paulo. Face ao número total de vagas, deverá atendida a
proporção de vaga(s) para pessoas portadoras com deficiência, conforme NBR 9050/ABNT, e
vaga de estacionamento para veículos de emergência, conforme quantidade de veículos de
emergência solicitados pelo SUS ou SAMU ou GPAE ou autoridade local para os serviços de
emergência e urgência em plano de atendimento médico do evento.

NOTA: Eventos devem privilegiar o transporte publico ou transporte locado coletivo ou táxis
e transportes por aplicativos para facilitar o escoamento na hora da saída.

8.1.3.7 Quantificação de áreas reservadas para pessoas com dificuldade ambulatorial

 Nos eventos em instalações provisórias, onde houver a delimitação de assentos, deverá


ser respeitada a NBR 9050/ABNT, no que diz a respeito á quantidade de espaços
reservados para as pessoas em cadeiras de rodas (PCD), de mobilidade reduzida
(PMR) e obesa (PO).
 No caso de eventos com locais sem assentos, devera ser prevista área reservada em
cada um dos setores de venda de ingressos (ex: área na Pista VIP, na Pista, no
camarote, assim por diante) respeitando os valores pagos.
 As área reservadas não poderão ter visão prejudicada e deverão ser suficientes para a
pessoa com deficiência e um acompanhante.
 No caso de inviabilidade técnica em algum setor, vagas adicionais devem ser previstas
em outros setores sempre respeitando o maior valor.
 No caso de eventos é admitido uma reserva mínima de 2%. No caso de não haver
venda dos locais reservados para as pessoas com dificuldades ambulatoriais (PCD,
PMR, PO), as mesmas poderão ser vendidas para pessoas sem deficiência.
92

8.1.4 COMPROMISSO DE ATENDIMENTO A LEGISLAÇÃO

Comunicação aos órgão públicos


Policia Militar
Corpo de Bombeiros
Anuência do Órgão competente pelo Transito;
Anuência do Órgão de competência do plano de atendimento de emergência medica;
Em havendo comercialização de alimentos manipulados no local, apresentar Protocolo de
Ofício informando a Secretaria da Saúde / Vigilância Sanitária da realização do evento;
Em casos especiais, conforme a natureza do evento o promotor do evento deve protocolar
uma comunicação oficial junto à outros órgãos de ordem publica conforme artigo 144 da
Constituição Federal, para providencias dos mesmos, tais como:
o Distrito Policial,
o Denarc,
o Vara de Infância e Juventude,
o Guarda Civil Metropolitana,
o Prefeitura Regional,
o Metro;
o Trens,
o Comunicação ao DEATUR,
o Comunicação a empresas de Ônibus,
o Comunicação ao órgão de transito e reguladores de transportes públicos,
o Comunicação ao Exercito
o Comunicação ao Aeronáutica
o Comunicação hospitais na área do Evento para devidas providencias de ruído e escoamento
das ambulâncias.

NOTA: Conforme as características e/ou tipo de evento, outras declarações poderão ser
solicitadas a critério do técnico;

NOTA: Em eventos esportivos de acordo com o Estatuto do Torcedor o promotor do Evento


deve:
Art. 16. É dever da entidade responsável pela organização da competição:
93

I - confirmar, com até quarenta e oito horas de antecedência, o horário e o local da


realização das partidas em que a definição das equipes dependa de resultado
anterior;
II - contratar seguro de acidentes pessoais, tendo como beneficiário o torcedor
portador de ingresso, válido a partir do momento em que ingressar no estádio;
III – disponibilizar um médico e dois enfermeiros-padrão para cada dez mil
torcedores presentes à partida;
IV – disponibilizar uma ambulância para cada dez mil torcedores presentes à partida;
e
V – comunicar previamente à autoridade de saúde a realização do evento.

8.1.5 CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE

Todo local de realização do evento deverá ser adequado à utilização por parte de deficientes
físicos e/ou portadoras de necessidades especiais, de acordo com a LBI - Lei LEI Nº
13.146/15 que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência), Decreto 5.296/04 que regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de
novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de
19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras
providências.e a norma NBR 9050/15 ABNT que trata da Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

Em espaços como auditórios e similares devem possuir, na área destinada ao público, espaços
reservados para PCD, nas condições estabelecidas pela NBR 9050/ABNT, como:

 Estar localizados em uma rota acessível vinculada a uma rota de fuga;


 Estar distribuídos pelo recinto, recomendando-se que seja nos diferentes setores e com
as mesmas condições de serviços;
 Estar localizados junto de assento para acompanhante, sendo no mínimo um assento e
recomendável dois assentos de acompanhante;
 Garantir conforto, segurança, boa visibilidade e acústica;
 Estar instalados em local de piso plano horizontal;
94

 Ser identificados por sinalização no local e na bilheteria, conforme 5.4.1 da NBR


9050;
 Estar preferencialmente instalados ao lado de cadeiras removíveis e articulados para
permitir ampliação da área de uso por acompanhantes ou outros usuários (PCD. e/ou PMR).

No caso de existência de palco e bastidores, uma rota acessível deve interligar os espaços para
PCR ao palco e aos bastidores. Quando houver desnível entre o palco e a platéia, este pode
ser vencido através de rampa de acesso conforme estabelecido pela NBR 9050/ABNT.

NOTA:
 Em edifícios existentes, os espaços para PCD e os assentos para PMR e PO podem ser
agrupados, quando for impraticável a sua distribuição por todo o recinto. Sempre que possível
os espaços devem ser projetados de forma a permitir a acomodação de PNE com no mínimo
um acompanhante;
 A rampa pode ficar guardada em lugar discreto, porém sempre terá que estar
disponível e operacional em caso e necessidade de utilização. Em casos excepcionais poderá
ser aceita outro meio de acessibilidade assistida em caso de comprovada situação de
inviabilidade técnica de instalação de rampa ou equipamento eletromecânico. Porém a
solução deve ser amparada em normas ou atestados de responsabilidade técnica emitido por
profissional habilitado.

OBSERVAÇÃO: Nas peças gráficas e Lay-outs de montagens é sempre interessante colocar


notas com observações adicionais principalmente quanto acessibilidade e dos meios de
tecnologia assistida para pessoas e meios de atendimento de emergência (acessos de serviço
especifica para as pessoas de apoio, principalmente referentes aos atendimentos de urgência e
emergência).

8.1.6 ATESTADOS E TERMOS DE COMPROMISSOS TÉCNICOS

Para a comprovação das condições de segurança o promotor do evento deve ter profissionais e
fornecedores qualificados e deverão apresentar s atestados técnicos / termos de
compromissos conforme a ser apresentada em caso de solicitação.
95

O Ministério Publico de São Paulo exige como documentação básica para a realização de
eventos:
 Alvará de Funcionamento da Prefeitura
 Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB]
 Se houver entrada de menores de 18 anos desacompanhados – Alvará do Juiz da
Infância e Juventude
 Documentos complementares, exigíveis sob análise do tamanho e local do evento
(ginásios, locais temporários, festivais):
 Laudo técnico, acompanhado de Atestado de Responsabilidade Técnica, acerca da
capacidade máxima da edificação e condições de segurança estruturais
 Atestado da Vigilância Sanitária Municipal sobre higiene e salubridade;
 Contratação de ambulância / serviço médico de emergência para o evento;
 Comunicação prévia ao Comando da Polícia Militar e Departamento de Trânsito local;
 Contratação de equipe particular de segurança, compatível com o evento.
 Documentos para realização de eventos desportivos em estádios (conforme Estatuto
do Torcedor, Decreto 6795/2009):
 Laudos técnicos de segurança, de vistoria de engenharia, prevenção e combate de
incêndio e de condições sanitárias e de higiene;
 Nos estádios com competições de grande vulto – laudo de estabilidade estrutural

8.1.6.1 Estabilidade das estruturas / edificações temporárias

Referente às condições estruturais das edificações provisórias como Palco, tendas entre
outros, emitido por Engenheiro Civil ou Arquiteto, acompanhado da respectiva carteira de
identificação profissional (CREA ou CAU) e da ART ou RRT, com o devido comprovante de
pagamento.

8.1.6.2 Regularidade das Instalações Elétricas e Aterramento das Estruturas

Referente às Instalações elétricas provisórias (Iluminação, Sistema de Som, Distribuição,


etc...), bem como do aterramento de estruturas provisórias, emitido por Engenheiro Eletricista,
acompanhado da respectiva carteira de identificação profissional (CREA) e da ART, com o
devido comprovante de pagamento.
96

8.1.6.3 Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas - SPDA

Referente ao Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA – pára raios),


emitido por Engenheiro Eletricista, acompanhado da respectiva carteira de identificação
profissional (CREA) e da ART, com o devido comprovante de pagamento.
8.1.6.4 Geradores de energia

Referente aos Geradores de energia utilizados no evento, emitido por Engenheiro Eletricista,
acompanhado da respectiva carteira de identificação profissional (CREA) e da ART, com o
devido comprovante de pagamento.

8.1.6.5 Sistema de Segurança contra Incêndio

Referente aos equipamentos de segurança contra incêndio (extintores, hidrante, etc...),


especificando que o Sistema de Segurança está em condições de operação, emitido por
profissional com Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, acompanhado da
respectiva carteira de identificação profissional (CREA ou CAU) e da ART ou RRT, com o
devido comprovante de pagamento.

8.1.6.6. Formação de Brigada de Combate a Incêndio e Pânico

Referente à Formação de Brigada de Combate a Incêndio e Pânico, emitido profissional com


Especialização em Segurança do Trabalho, acompanhado da respectiva carteira de
identificação profissional (CREA ou CAU) e da ART ou RRT, com o devido comprovante de
pagamento. O presente atestado poderá ser emitido também por profissional integrante do
Quadro de Oficiais do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar.

8.1.6.7 Condições de Acessibilidade

Referente às condições de acesso e uso da edificação pelas pessoas com necessidades


especiais, emitido por Engenheiro Civil, Arquiteto ou profissional com Especialização em
Segurança do Trabalho, acompanhado da respectiva carteira de identificação profissional
(CREA ou CAU) e da ART ou RRT, com o devido comprovante de pagamento.
97

8.1.6.8 Instalações de Gás

Referente às condições de segurança nas Instalações de Gás Natural e/ou GLP, emitido por
Engenheiro Civil, Arquiteto ou profissional com Especialização em Segurança do Trabalho,
acompanhado da respectiva carteira de identificação profissional (CREA ou CAU) e da ART
ou RRT, com o devido comprovante de pagamento. Caso contrário, o profissional técnico do
evento deve emitir termo de compromisso quanto a não utilização de gás no local do evento.

8.1.6.9 Atoxidade e Inflamabilidade

Referente ao uso de materiais de alta combustão empregados para fins de cenografia e/ou
acabamento do evento, especificando que todos os materiais empregados terão tratamento
específico, anexando os laudos dos materiais, realizados por instituições idôneas, referentes
aos tratamentos utilizados e o laudo de aplicação do produto, emitido por Engenheiro Civil,
Arquiteto ou profissional com Especialização em Segurança do Trabalho, acompanhado da
respectiva carteira de identificação profissional (CREA ou CAU) e da ART ou RRT, com o
devido comprovante de pagamento. Caso contrário, o profissional técnico do evento deve
emitir termo de compromisso quanto ao não uso de materiais nas condições descritas
anteriormente.

8.1.6.10 Controle de ruídos

Referente ao Controle da Emissão de Ruídos durante a realização do evento, atendendo aos


parâmetros estabelecidos pela LPUOS (Lei nº. 16.402/2016 - Quadro 4B), e/ou NBR
10.151/ABNT (quando a referida legislação não propor níveis para o local e/ou o zoneamento
for classificado como ZOE – Zona de Ocupação Especial), emitido pelo responsável técnico
do evento, acompanhado da respectiva carteira de identificação profissional (CREA ou CAU)
e da ART ou RRT, com o devido comprovante de pagamento.

NOTA: Todos os Atestados, Laudos e/ou Termos de Compromissos Técnicos devem ser
feitos por profissional habilitado e estarem em condição para perfeita análise técnica, bem
como terem a devida responsabilidade técnica comprovada por ART’s / RRT’s ou copia da
identificação profissional no caso de bombeiros.
98

8.2 - PLANO DE ATENÇÃO MÉDICA - CALCULO DO GRAU DE RISCO.

O Plano de atenção médica deve ser elaborado conforme Portaria MS. GM 2048 de 05 de
novembro de 2002 que trata do Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência
Emergência. O Regulamento estabelece os princípios e diretrizes dos Sistemas Estaduais de
Urgência e Emergência, as normas e critérios de funcionamento, classificação e
cadastramento de serviços e envolve temas como a elaboração dos Planos Estaduais de
Atendimento às Urgências e Emergências, Regulação Médica das Urgências e Emergências,
atendimento pré-hospitalar, atendimento pré-hospitalar móvel, atendimento hospitalar,
transporte inter-hospitalar e ainda a criação de Núcleos de Educação em Urgências e
proposição de grades curriculares para capacitação de recursos humanos da área;

a) Da definição do Grau de Risco:

Os riscos estão definidos na Portaria Nº 677/2014 – SMS / COMURGE, que estabelece as


normas para a elaboração de Planos de Atenção Médica em eventos temporários públicos,
privados ou mistos na Cidade de São Paulo. A Classificação do risco do Evento é o conjunto
de fatores e características identificados previamente ao evento, que podem interferir nas
urgências e emergências. O Baixo Risco define-se como o conjunto de fatores e
características que podem influenciar os agravos a saúde, em situações eventuais, não
acrescentando riscos previsíveis comparados com a população não participante do evento. O
Risco Especial define-se como aquele onde o conjunto de fatores e características representa o
maior risco previsível. São considerados fatores de risco para o público presente:
I - Tipo do Evento
II - Local do Evento
III-Horário do Evento
IV-Duração do Evento
V-Características do Público
VI- Faixa Etária
VII-Número de pessoas
VIII- Controle do acesso de Público
IX-Acomodação
X-Climatização do Ambiente
XI-Acesso a líquidos
99

XII-Consumo de álcool
XIII- Probabilidade de drogas ilícitas

NOTA: Os valores para cada fator e a tabela da classificação estão definidos no Anexo 1
deste trabalho.

b) Da definição dos tipos de equipamento de resgate e tripulação:

 Ambulância do Tipo A: 2 profissionais, sendo um o motorista e o outro um Técnico


ou Auxiliar de enfermagem.
 Ambulância do Tipo B: 2 profissionais, sendo um o motorista e um técnico ou auxiliar
de enfermagem.
 Ambulância do Tipo C: 3 profissionais militares, policiais rodoviários, bombeiros
militares, e/ou outros profissionais reconhecidos pelo gestor público, sendo um
motorista e os outros dois profissionais com capacitação e certificação em salvamento
e suporte básico de vida.
 Ambulância do tipo D: 3 profissionais, sendo um motorista, um enfermeiro e um
médico.
 Aeronaves tipo E: o atendimento feito por aeronaves deve ser sempre considerado
como de suporte avançado de vida e:
o Para os casos de atendimento pré-hospitalar móvel primário não traumático e
secundário, deve contar com o piloto, um médico, e um enfermeiro;
o Para o atendimento a urgências traumáticas em que sejam necessários
procedimentos de salvamento, é indispensável a presença de profissional
capacitado para tal.
 Embarcações tipo F: a equipe deve ser composta 2 ou 3 profissionais, de acordo com o
tipo de atendimento a ser realizado, contando com o condutor da embarcação e um
auxiliar/técnico de enfermagem em casos de suporte básico de vida, e um médico e um
enfermeiro, em casos de suporte avançado de vida.

c) Da definição dos recursos mínimos exigidos para eventos:


100

 Eventos de Baixo Risco:


I- uma ambulância tipo B;
II- garantia contratual, prevendo acionamento de ambulância tipo D, quando
necessário.
 Eventos de Médio Risco:
I – quatro macas distribuídas em um ou dois postos médicos;
II – um médico em cada posto;
III- dois profissionais de enfermagem por posto medico (cada posto médico deverá ter
um enfermeiro, os demais profissionais de enfermagem poderão ser de nível técnico);
IV - uma ambulâncias tipo D, guarnecida e equipada de forma independente do posto
médico e uma ambulância do tipo B.
 Eventos de Alto Risco:
I - doze macas distribuídas em um, dois ou três postos médicos;
II – um médico em cada posto;
III - seis profissionais de enfermagem por posto medico, (cada posto médico deverá ter
um enfermeiro, os demais profissionais de enfermagem poderão ser de nível técnico);
IV - uma ambulâncias tipo D, guarnecida e equipadas de forma independente do posto
médico e uma ambulância do tipo B.
 Evento de Altíssimo Risco:
I - dezesseis macas distribuídas entre um a quatro postos médicos;
II – dois médicos por posto;
III - oito profissionais de enfermagem por posto medico (cada posto médico deverá ter um
enfermeiro, os demais profissionais de enfermagem poderão ser de nível técnico);
IV - duas ambulâncias tipo D, guarnecidas e equipadas de forma independente do posto
médico e duas ambulâncias do tipo B.
 Caso a área de realização do evento seja extensa, ou o evento seja classificado como de
alto ou altíssimo risco, a critério da autoridade competente da Área de Saúde /
Atendimento de urgência e emergência, poderá ser necessário a montagem de mais de um
posto médico visando facilitar a distribuição dos pacientes.
o Neste caso, o número total de macas, profissionais de saúde e equipamentos
indicados, poderá ser dividido igualmente ou não, entre os postos médicos, sendo
que nenhum destes poderá possuir recursos humanos e materiais inferiores ao
mínimo estabelecido nestas normas.
101

o O número de macas em um único posto médico não poderá ultrapassar 16


(dezesseis).
o Nenhum local da área de concentração de público deverá estar a mais de 300 m de
distância do(s) posto (s) médicos (s).
 Em eventos como desfiles, paradas e procissões religiosas será necessário estabelecer um
posto médico na área de concentração e outro na área de dispersão do público. O
deslocamento do público deverá, neste caso, ser acompanhado por uma ou mais
ambulâncias. A organização do evento poderá instalar a seu critério Posto ou Postos
Médicos de uso restrito.
o O(s) posto(s) médico(s) com atendimento restrito não serão contabilizados para
cumprimento das exigências destas normas.
o Apenas os postos médicos com atendimento irrestrito ao público e participantes
poderão ser contabilizados para cumprimento das exigências destas normas.
 Em eventos aquáticos realizados em lagos, rios ou represas, poderá ser necessária a
presença de embarcação de transporte médico (Tipo F), além dos recursos previstos neste
capítulo. Neste caso caberá aos organizadores providenciar junto aos órgãos competentes
a devida autorização.

NOTA 1: Ambulâncias de suporte básico (Tipo B), Ambulâncias do tipo C (Resgate) e tipo E
(aeronave), poderão ser acrescentadas ao Plano de Atenção Medica, como recurso
complementar, sendo a sua utilização sujeita ao que prescreve a legislação, devendo os
organizadores, providenciar no caso da utilização de aeronaves a devida autorização junto aos
órgãos competentes da aviação civil.

NOTA 2: Dos eventos de alto risco, Altíssimo risco, risco especifico e os de risco especial
(pontuação na escala acima de 60 pontos), pela especificidade e pelo risco apresentado deverá
obrigatoriamente ser agendada reunião entre os organizadores do evento e a autoridade
competente para estabelecer o atendimento medico de urgência e/ou emergência.

ATENÇÃO: A solicitação da agendamento da reunião pelo código do consumidor artigos 6º


e 8º é atribuição do organizador do evento
102

8.3 - PLANO DE SAÚDE OCUPACIONAL.

O promotor de evento deve seguir integralmente a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
e as Normas Técnicas do Ministério do trabalho:
 Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977 – Altera o Capítulo V do Título II da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho.
 Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978 – Aprova as Normas Regulamentadoras – NR –
do Capítulo V do Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e
Medicina do Trabalho, e suas subseqüentes modificações (tendo como base: portaria nº
24, de 29 de dezembro de 1994, do Ministério do Trabalho e Emprego – Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional e Portaria n° 8, da SSST/MT, de 08 de maio de
1996, republicada em 13 de maio do mesmo ano, estabelece a obrigatoriedade por parte
das empresas, da elaboração e implementação de um Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA) – NR 7).
 Resolução Nº 171 da OIT – Programa de Vigilância do Ambiente de Trabalho e à Saúde
dos Trabalhadores.

Enfim, organizador do evento deverá disponibilizar para todos os profissionais Equipamentos


de Proteção Individual (EPI) adequados e em número suficiente para a prevenção de acidentes
e doenças conforme NR 7 e NR 32, do Ministério do Trabalho

8.3.1 RISCOS AMBIENTAIS

Conforme o item 9.1.5 da a NR 9, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos,


químicos , biológicos existindo também os riscos ergonômicos e os 20 riscos de acidentes
existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou
intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.

O item 9.1.5.1 da NR 9 considera agentes físicos as diversas formas de energia a que possam
e estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, vibrações,
pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não
ionizantes, bem como o infra som e ultra som.
103

Os agentes químicos são as substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no


organismo pela vida respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblina, gases ou
vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser
absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão (NR.9.1.5.2).

Define os agentes biológicos, o subitem 9.1.5.3 da NR 9, como sendo as bactérias, fungos,


bacilos, parasitas, protozoários,vírus, entre outros Consideram-se agentes ergonômicos todo e
qualquer desconforto , insegurança e improdutividade (NR 17 ). Ainda segundo DUL (2004),
o termo ergonomia é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (regras). Nos
Estados Unidos, usa-se também, como sinônimo, humam factors (fatores humanos). Assim,
pode-se dizer que os agentes ergonômicos estão associados aos projetos das máquinas,
sistemas e tarefas, que podem gerar qualquer tipo de desconforto, doença e deficiência no
trabalho.

Existem ainda os riscos acidentais, que são todas as formas possíveis de gerar acidentes no
trabalho.

Figura 52 – Profissionais praticando ato inseguro.


104

9. CAPITULO III

9.3 PLANO DE ABANDONO

O modelo baixo aplica-se para a montagem padrão de plano de abandono para ser executado
por membros da Brigada de incêndio, para Prevenção e Combate a incêndio e pânico, de
forma a atender a NBR – 14276/06 da ABNT e a legislação vigente, em especial a Licença de
Prefeitura (Alvará ) e o AVCB.

Qualquer tipo de ocorrência (incidente) sempre deve ser motivo de preocupação,


principalmente em eventos. Quando ocorre um princípio de incidente seja ele de qual tipo
de ameaça for desde intempéries até furto em um evento, pode gerar um inicio de crise ou
pânico, pois devido à concentração de pessoas qualquer manifestação em geral é
compartilhada gerando a chamada reação em cadeia. O plano de abandono da área é
complexo e exige cuidado especial.

O desconhecimento, a concentração (densidade alta), grau de excitação das pessoas e a falta


de habitualidade existente , dentre outros, necessitam de atenção especial e diferenciada
no abandono da área.

Equipamentos sofisticados de prevenção contra incêndio e pânico e projetos sofisticados não


serão eficazes, se não houverem pessoas, treinadas e capacitadas, para agirem de maneira
rápida e segura em caso de incidente.

9.1.1. SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO E ABANDONO


 Local é provido de Sistema de Segurança, Extintores de Incêndio e está adaptado ao
uso por pessoas portadoras de necessidades especiais.

9.1.2. RISCO EM POTENCIAL


 Sistemas elétricos existentes no local
 Carga combustível predominante
 Madeira
105

 Carpete
 Tecido

9.1.3. POPULAÇÃO. Trata-se de população predominantemente adulta, explicitada a


lotação em cálculo de lotação:
 Fixa – Produção do evento
 Flutuante – Visitantes

9.1.4. MEIOS DE ESCAPE:


 Saídas desobstruídas no pavimento térreo para área livre externa

9.1.5. COMPOSIÇÃO DA BRIGADA DE INCÊNDIO


 A Brigada de Incêndio será constituída por 106 bombeiros civis (incluindo o Chefe da
brigada) distribuídos da seguinte forma:

9.1.6. DISTRIBUIÇÃO DOS BRIGADISTAS POR SETOR/ OU LOCAL


 12 (Doze) Brigadistas – Volantes (6 no primeiro pavimento e 6 no Segundo
pavimento)
 03 (Três) Bombeiros Civis – Volantes e Fazendo Vistorias do gerador e dos
equipamentos de combate a incêndio.

9.1.7. PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIA


 ALERTA: Identificada uma situação de emergência por um Brigadistas, este avisa ao
Chefe da Brigada que coloca a equipe em situação de alerta através do meio de
comunicação disponível.
 ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE ABANDONO: O Líder da Brigada tem 01 (um)
minuto para checar a extensão da situação e retornar ao chefe da brigada a
continuidade ou não do sinistro.
o No caso de não continuidade do sinistro, após 01 (um) minuto da
comunicação, o Chefe da Brigada comunica a eliminação do sinistro para a
Produção do Evento.
106

o Em caso de continuidade do sinistro, o Chefe da Brigada adota os


procedimentos de abandono.
 COMUNICAÇÃO INTERNA/EXTERNA: Todos os membros da Brigada de
Incêndio tem comunicação entre si, através de equipamentos de rádio freqüência
(freqüência restrita).
o Há comunicação permanente com a empresa de Segurança Patrimonial que
auxilia no abandono do local.
o Há comunicação com o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar através de
aparelho telefônico móvel (celular) pela sua flexibilidade de localização.

9.1.8. DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADE


O Chefe da Brigada de incêndio tem a atribuição máxima da realização de ordem de
abandono dentro da hierarquia de ações, após o 1° minuto de ciência de eventual sinistro.

ORGANOGRAMA DA BRIGADA POR ÁREA

CHEFE DA BRIGADA

LÍDER

BOMBEIRO BOMBEIRO BOMBEIRO BOMBEIRO

Figura 53 – Organograma de Brigada de Incêndio em Eventos.


107

9.4 PLANO DE EMERGÊNCIA CONTRA INCÊNDIO OPERACIONALIZADO


POR MEMBROS DA BRIGADA DE INCÊNDIO, DE FORMA A ATENDER A
NBR –15.219 – 2005 DA ABNT.

9.2.1. CARACTERISTICAS DO EVENTO

Figura 53 – Croquis do Evento Lolapalooza

 Evento: LOLLAPALOOZA BRASIL


 Local: Autódromo de Interlagos – Autódromo Municipal José Carlos Pace, São Paulo
(SP), Avenida Teotonio Vilela, 261.
 PUBLICO/LOTAÇÃO: 90.000 (noventa mil pessoas).PESSOAS POR DIA
 Area total Utilizada: 134.196,00 m² - área construída 9.200m²
 Data de realização do Lollapalooza Brasil:
o 25 de março de 2017 (sábado)
o 26 de março de 2017 (domingo)
108

o Montagem de 06 a 24/03 e desmontagem de 27 a 31/03.


 Horários realização do evento :
o Sábado: 12:00 hs às 23:00 hs.
o Domingo: 12:00 hs às 22:00 hs
 Classificação etária:
o A partir de 15 anos , desacompanhada e com documentos.
o De 5 à 14 anos , 11 meses e 29 dias , acompanhadas do responsável ou dos
pais.

9.2.2. LOCALIZAÇÃO/ CARACTERÍSTICA DA VIZINHANÇA:


 Bairro de Uso Misto
 Edificios Residenciais e Edifícios Comerciais
 Condomínios Populares
 Bairro ZER
 Distância do Corpo de Bombeiros: 0,4 Km.
 Meios de ajuda externa: Posto do Corpo de Bombeiros, Avenida Interlagos e bases de
Policia Militar e da Guarda Civil Metropolitana.

9.2.3 CONSTRUÇÃO:

Instalações provisórias:
 Ativações
 Camarote Lolla Lounge.
 Praça de Alimentação com Tenda do Chef.
 Área de Sanitários.
 04 Palcos para apresentações musicais.
 07 (Sete) Postos Médicos montados mais um (01) posto fixo já existente no
autódromo, com 10 ambulâncias (UTI e remoção).
Lotação por área:
 Palco Axé : 20.000 (vinte mil) pessoas.
 Palco SKOL : 30.000 (trinta mil ) pessoas.
 Palco Perry: 10.000 (dez mil) pessoas.
 Palco CHEVROLET ONIX : 30.000(trinta mil) pessoas.
109

Dimensões das instalações:

 Área Livre para ACOMODAÇÃO Público Axé: 23.160,00 m²


 Área Livre para ACOMODAÇÃO Público Skol: 26.000,00 m²/
 Área Livre para ACOMODAÇÃO Público Palco Perry: 600,00 m²
 Área Livre para ACOMODAÇÃO Público Palco CHEVROLET/ONIX: 26.490,00 m²
 Ativação GM (Tenda 10x15m) : Temos um total de 90,00 m²
 Ativação Lolla Lounge: Nível Intermediário: Temos 1.813,00 m²
Nível Inferior : Temos 1.000,00 m²
 Ativação Tenda do Chef : Área livre público : 1.000,00 m² ,
 Ativação Skol : Área livre público: 290,00 m² ,
 Ativação Ray Ban : Área de Público: 7,70 m².
 Ativação Fusion : Área total: 23,00 m² ,
 Ativação GM : Área de Público: 90,00 m²
 Tenda Sombreamento – ao lado Lolla Market : temos total: 70,00 m² ,
 Tendas área Friendy & Family: Área total Tenda Maior : 300,00 m² ,
Área total Tenda Menor: 50,00 m² ,

9.2.4 RECURSOS HUMANOS:


 Brigada de Incêndio: Bombeiro Profissional Civil: 180 por turno
 07 (Sete) Postos Médicos montados mais um (01) posto fixo já existente no
autódromo, com 10 ambulâncias (UTI e remoção): 45 por turno
 Seguranças: 320 por turno
 Policiais Militares: 120 por turno
 Policias/Autoridades da Policia Civil: 12
 Pessoal de Limpeza/suporte: 540 por turno
 Pessoal de Abastecimento: 320 por turno
 Pessoal de monitoramento: 280 por turno
 Técnicos diversos: 62
 Representantes de órgãos públicos: 140
 Equipe de coordenação e produção: 26
110

9.2.5. RECURSOS MATERIAIS:


 extintores de incêndio portáteis
 sistema de hidrantes
 iluminação de emergência
 sistema de sonorização para indicação das medidas de emergência.
 sistema moto-gerador existente que alimenta os seguintes sistemas em caso de falta de
energia da concessionária: iluminação de emergência e sistema de sonorização
 07 (Sete) Postos Médicos montados mais um (01) posto fixo já existente no
autódromo, com 10 ambulâncias (UTI e remoção):
 16 veiculos leves de transporte interno
 2 caminhões
 1 helicóptero
 SCI modular
 Sistema de comunicção em fibra ótica e HT

9.2.6 ABANDONO DE ÁREA (CONFORME ITEM 9.1 - PLANO DE ABANDONO):

Caso seja identificado fogo, a casa deve ser evacuada imediatamente, os ocupantes já
estarão cientes da emergência, devem ser os primeiros a sair, sem tumulto e orientados
pelos membros da brigada ( membros) isso deverá ocorrer em menos de 2,5 minutos.
Cada pessoa portadora de deficiência física deve ser acompanhada por brigadistas ou
voluntários, previamente designados pelo Chefe da Brigada.

9.2.7 APOIO EXTERNO (CONFORME ITEM 9.1 - PLANO DE ABANDONO):

Um Brigadista deve acionar o Corpo de Bombeiros dando as seguintes informações:


 nome e número do telefone utilizado;
 endereço do Evento (completo);
 pontos de referência
 características do incêndio;
 quantidade e estado das eventuais vítimas;
111

 quando da existência de vítima grave e o incêndio estiver controlado, deve ser


informada a existência do heliponto para eventual resgate por helicóptero (na verdade
existem dois helipontos, um no Kartodromo e outro no hospital. O da torre Shell esta
desativado).

9.2.8 PRIMEIROS-SOCORROS:

 Os primeiros-socorros devem ser prestados às eventuais vítimas, conforme


treinamento específico dado aos brigadistas.

9.2.9 ELIMINAR RISCOS:

 Caso necessário, deve ser providenciado o corte da energia elétrica. O corte geral
deverá ser executado pelo pessoal da Manutenção, que estará em comunicação direta,
através de rádios comunicadores com o Chefe da Brigada.

9.2.10 ISOLAMENTO DE ÁREA:

 A área sinistrada deve ser isolada fisicamente, de modo a garantir os trabalhos de


emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.

9.2.11 CONFINAMENTO DO INCÊNDIO:

 incêndio deve ser confinado de modo a evitar a sua propagação e consequências.

9.2.12 COMBATE AO INCÊNDIO:

 Os demais Brigadistas devem iniciar, se necessário e/ou possível, o combate ao fogo


sob comando do Bombeiro Profissional Civil, podendo ser auxiliados por outros
voluntários, desde que devidamente treinados, capacitados e protegidos. O combate ao
incêndio deve ser efetuado conforme treinamento específico dado aos Brigadistas.
112

9.2.13 PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA CONTRA INCÊNDIO.

9.2.13.1 Alerta:

 Ao ser detectado um princípio de incêndio ou emergência, por um dos membros da


brigada, o mesmo deverá informar os outros através de rádios comunicadores,
alertando assim todos os membros da equipe disponíveis no evento bem como toda a
equipe de produção e segurança.

9.2.13.2 Análise da situação:

 Após identificação do sinistro/incidente, um coordenador da equipe de gestão de crises


deverá informar, através do sistema de som do local os procedimentos a serem
seguidos para a evacuação do area afetada no evento, os outros membros da equipe de
brigada deverão orientar o público a seguirem as indicações de saídas existem no local
segregado

Figura 54 – Centro de Controle Operacional do Allianz Parque em Eventos - Fonte


https://twitter.com/allianzparque/status/520651318399348736 em 02/02/2018
113

9.3 PLANO DE EMERGÊNCIA EM EVENTOS DE GRANDE PORTE

9.3.1. MEMORIAL DESCRITIVO

O objetivo deste Memorial Descritivo tem como escopo principal, descrever as adequações de
segurança necessárias e realizadas, para utilização como local de reunião a área existente,
denominado “Autódromo Municipal José Carlos Pace” – Autódromo de Interlagos, Av.
Senador Teotônio Vilella, nº 261 – Socorro– São Paulo/Capital, bem como as edificações
temporárias, construídas neste espaço, com as seguintes características descritas a seguir, para
realização do evento denominado “Lollapalooza Brasil”.

As medidas de segurança são também explicitadas no projeto apresentado e embasadas de


acordo com a Lei nº 16.640/17 e o Decreto nº 57.776/17, Lei 16.402/16, Decreto 49.969
/2008 e demais Normas aplicáveis, cabíveis em eventos de grande porte.

9.3.1.1 PROMOTOR DO EVENTO E RESPONSÁVEL TÉCNICO.

O promotor do evento:
 T4F Entretenimento S.A.
o CNPJ: 02.860.694/0001-62
o Rua Bento Branco de Andrade Filho nº 400 – Térreo; 1º ao 3º andar –Jardim
Dom Bosco - São Paulo/SP. CEP: 04757-000
o Fone: (011) 3576-1371 e 3576-1388
 Responsável: Daniel Calderani da Silva
o RG: 29.060.610 SSP/SP
o CPF: 294.438.488-05
 Responsável: Flávio Fulaneto Ferreira
o RG: 19.607.163 SSP/SP
o CPF: 175.153.938-58

O responsável Técnico :
 Antonio Cruvinel
o Arquiteto e Urbanista
114

o Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho


o CAUBR nº: A35014-1.

9.3.1.2 CARACTERÍSTICAS

 O evento se dará nos espaços internos de áreas das pistas do Autódromo, , áreas internas
existentes da Pista de corrida para montagem de atividades de entretenimento e shows de
música para o público em geral.

 A realização deste evento se dará nos dias 25 e 26 de março de 2017. Sendo no sábado
(dia 25/03/2017) das12hs00 as 23hs00 e no Domingo (dia 26/03/2017) das 12hs00 as
22hs00; tendo a abertura dos portões às 11hs00.

 Público solicitado pelo Promotor é de 90.000 (Noventa mil) Pessoas por dia ao longo de
todo evento.

 Característica do público
 Trata-se de público adulto jovem, sendo permitido o ingresso de:
o Menores de idade de 05 à 14 anos 11 meses e 29 dias , somente acompanhados
dos Pais ou Responsáveis.
o Crianças abaixo de 10 anos não pagam , a não ser nas áreas exclusivas e no
Lollalounge.
o A partir de 15 anos, desacompanhados, porém portando documentos.
o Tendo sido previamente liberado pela Vara da Infância e Juventude , sendo
confirmado a presença dos oficiais desta vara e de representantes do Conselho
Tutelar de São Paulo. Os menores tem acesso a área de Shows.

 A venda de bebida alcoólica será feita através de pulseiras, identificando as


pessoas maiores de 18 anos. Sendo disponibilizado ao lado dos caixas do evento ,
tenda “18 +” para o empulseramento, sendo conferido na boca dos caixas e dos
balcões de entrega de bebida.
115

a) O que publico não poderá levar

• Garrafas, latas, bebidas


• Utensílios de armazenagem
• Embalagens rígidas com tampa
• Capacetes
• Cadeiras ou bancos
• Armas de fogo e armas brancas
• Objetos pontiagudos, cortantes e/ou perfurantes
• Fogos de artifício
• Objetos de vidro
• Câmeras fotográficas ou filmadoras profissionais ou com lente destacável.
• Cartazes feitos com papelão grosso e/ou fixados a madeiras, canudos rígidos, etc.
• Animais - exceto cães guias identificados e acompanhados de portadores de deficiência
visual.
• Bastão para tirar foto.
• Substâncias inflamáveis, corrosivas.
O portador do ingresso será submetido a inspeções e revistas corporais. Os objetos não
autorizados serão descartados.

b) O que pode o publico pode ou deve levar

• AXE Lolla Cashless do festival ou voucher impresso para retirada da pulseira


• Documentos pessoais
• Chapéu ou boné*
• Óculos Escuros
• Barra de cereal
• Canga*
• Capa de chuva
• Protetor solar
• Protetor labial
• Câmera portátil
• Mochila ou bolsa
116

Brazil
sábado, 25 de março de 2017
MAIN STAGE MAIN STAGE
TIME ALTERNATIVE PERRY'S
1 2
11:00
11:15
11:30
11:45
12:00
12:15 Dr Pheabes
12:30
12:45
01:00 12:05-1:05 BaianaSystem RICCI
01:15 12:45-1:30 12:45-1:30
01:30 The Outs
01:45
02:00 1:10-2:10 Haikaiss
02:15
02:30 Suricato Jaloo 1:45-2:45
02:45
03:00 2:15-3:15 2:15-3:15
03:15 Victor Ruiz
03:30 Glass Animals
03:45 3:00-4:00
04:00 3:20-4:20 Bob Moses
04:15
04:30 Cage the 3:45-4:45 Don Diablo
04:45 Elephant
05:00 4:15-5:15
05:15 4:25-5:25
05:30 Tegan and Sara
05:45 The 1975 Tchami
06:00 5:15-6:15
06:15 5:30-6:30 5:30-6:30
06:30
06:45
07:00 Rancid Criolo Vintage Culture
07:15
07:30 6:35-7:35 6:45-7:45 6:45-7:45
117

07:45
08:00 The xx
08:15 Marshmello
08:30 Tove Lo
08:45 7:40-8:55 8:00-9:00
09:00 8:15-9:15
09:15
09:30 Metallica
09:45 G-Eazy
10:00 The
10:15 Chainsmokers 9:30-10:30
10:30
10:45 9:00-11:00 9:45-11:00
11:00

Brazil
domingo, 26 de março de 2017
MAIN MAIN
TIME ALTERNATIVE PERRY'S
STAGE 1 STAGE 2
11:00
11:15
11:30
11:45
12:00
12:15
12:30
FUTURE
12:45 Bratislava CLASS
01:00 12:25-1:10 12:30-1:15
01:15 Daniel Groove
01:30 Céu
01:45 1:00-2:00 ILLUZIONIZE
02:00 1:15-2:15 1:30-2:15
02:15
02:30 Catfish and
118

the
02:45 Bottlemen Vance Joy Chemical Surf
03:00
03:15 2:20-3:20 2:30-3:30 2:30-3:15
03:30
Jimmy Eat
03:45 World
04:00 Borgore
04:15 3:25-4:25 Silversun
04:30 Pickups 3:45-4:45
Duran
04:45 Duran 4:00-5:00
05:00
05:15 4:30-5:30 Griz
05:30
05:45 Mø 5:00-6:00
06:00 TDCC
06:15 5:30-6:30
06:30 Oliver Heldens
06:45 5:35-6:50
07:00 6:15-7:15
07:15 Melanie
07:30 The Weeknd Martinez
07:45 7:00-8:00 Nervo
08:00
08:15 6:55-8:25 7:30-8:30
08:30
08:45
09:00 The Strokes Flume Martin Garrix
09:15
09:30
09:45 8:30-10:00 8:45-10:00 8:45-10:00
119

9.3.1.2 SISTEMA OPERACIONAL DE CONTROLE DE ENTRADA NO EVENTO

a) Entrada geral de público:

A entrada do público em geral se dará pela entrada localizada na Av. Senador Teotonio
Villela e na Av. Interlagos , nos seguintes portões 08, 07 e K-09, passando pelas áreas de
monitoramento/controle feita por seguranças patrimoniais e acompanhadas pela Polícia
Militar o público se encontrará dentro do evento , sendo direcionados para a área respectiva
de seu ingresso, segundo planta em anexo.

Descrição dos Portões do Autódromo , funções e identificação das Vias:

 Portão “ TL “ e “ A “ (saída de artistas) – Av. Interlagos.


 Portão “ 8 “ (entrada evento) - Av. Senador Teotônio Villela.
 Portão “ 7 “,“ M “,“ D “ (Acesso PNEs, Saída evento) – Av. Senador Teotônio
Villela.
 Portão “ K9 “ (Entrada do evento e Saída Evento) – Rua Jacinto Júlio.
 Portão “ G “ ( Entrada Estacionamento e Saída Evento ) – Rua Jacinto Júlio.
 Portão “ Z “ (Saída do Estacionamento) – Rua Manoel Teffe.
 Portão “ “ (Ponto de Encontro). Av.
 Localização dos serviços públicos e particulares apoio do evento
 Taxi / UBER – Portões “ 7 “ , “ M “ , K9 “.
 Delegacia Polícia – Portão “ 7 “.
 Estação CPTM – Portões “ K9 “ e “ G “.
 Bilheteria – Portão “ 8 “ .
 Ponto de Encontro - Area do Miolo próximo a ZONA PERRY.

b) Acesso de veículos de Vips , Imprensa e Autoridades.

O acesso de veículos das autoridades ao evento, se dá predominantemente pela Av. Jacinto


Julio, Portão Z, sendo previamente comunicado junto aos órgãos de trânsito referencias às
condições de acesso e de estacionamento.
120

c) Acesso ao público

O acesso de público geral ao espaço do evento se dará pela Av. Teotônio Vilella, pelos
portões 08, 07 e K-09, conforme explicitado no projeto de implantação.

O acesso as áreas do evento são FÁCIL E RÁPIDA , de modo a não haver estrangulamentos e
aglomerações de público na sua entradas, efetuando-se somente o controle prévio pela Polícia
Militar e da Segurança Patrimonial na área de catracas existentes no local.

O público já dentro do espaço do evento estará sujeito a um controle de circulação e


restrição, tendo acesso somente para as áreas dos shows.

Reintera-se que será afixados faixas informativas quanto a:


 A existência de equipamentos extintores carregados, sinalizados e desobstruídos;
 A existência de saídas de emergência sinalizadas e desobstruídas;
 A existência de Brigada de Incêndio e que em caso de emergência, deverão ser
seguidas as instruções para o abandono do local.
 A disponibilização de Sanitários Químicos, Posto de Primeiros Socorros, Apóio de
Polícia Militar, Segurança e Brigadistas.

d) acesso a pessoas portadores de deficiência ou mobilidade reduzida.

 O local do evento e todas as dependências deste possuem condições de acesso que


permitem a acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

 Áreas reservadas em praticável em cada um dos palcos grandes:


Tabela 9 - Dimensão total do praticavel para pista em pé e nr de sanitários para o mesmo
Capacidade total de assentos acompanhantes Assentos para P.M.R area total
65000 79 74 140
em pé cadeiras plasticas disponiveis metros ²

 Áreas reservadas em praticável na tenda Perry:


Tabela 9 - Dimensão total do praticavel para pista em pé e nr de sanitários para o mesmo
Capacidade total de assentos acompanhantes Assentos para P.M.R area total
14000 28 23 48
em pé cadeiras plasticas disponiveis metros ²
121

 Área reservada total:

Tabela 9 - Dimensão total do praticavel para pista em pé e nr de sanitários para o mesmo


Capacidade total de assentos acompanhantes Assentos para P.M.R area total
90000 104 99 185
em pé cadeiras plasticas disponiveis metros ²

 Vagas de estacionamento reservada junto as áreas de desembarque:


Número total de Vagas
377 113
264 79
Total 80 vagas distribuídas próximas as áreas de desembarque

7.2.2 Quantificação
Os sanitários e vestiários de uso comum ou uso público devem ter no mínimo 5% do total de cada peça
instalada acessível, respeitada no mínimo uma de cada. Quando houver divisão por sexo, as peças devem
ser consideradas separadamente para efeito de cálculo. Recomenda-se a instalação de uma bacia infantil
para uso de crianças e de pessoas com baixa estatura.

banheiros deficientes
masculino 19
feminino 19

9.3.1.3 SISTEMA DE SEGURANÇA

As saídas estão convenientemente sinalizadas por meio de faixas indicativas do evento –


indicando permanentemente as saídas.

As demais sinalizações de balizamento de serviços disponibilizados, estão de tal modo


localizadas e distribuídas que de qualquer local se possa saber sua localização.
Brigada de Incêndio devidamente treinada, sendo distribuídos em toda as áreas do evento,
conforme explicitado nas peças gráficas juntadas ao processo.

Equipamentos portáteis de combate a incêndio (extintores) em número necessário à respectiva


classe de risco, devidamente carregados, inspecionados, desobstruídos e sinalizados, sendo
também alocadas extintores de pó químico seco ao lado dos grupos de geradores distribuídos
conforme projeto:
122

Figura 55 – Projeto para o SMUL SEGUR e Corpo de Bombeiros – Arquiteto Antonio


Cruvinel – AESTE Engenharia, SP/SP 2017.
123

a) Sistema de segurança complementares

O evento conta ainda, além da equipe de membros da equipe de Bombeiros Civis, com equipe
membros da segurança patrimonial, distribuídos no evento, estando familiarizada e treinada
na orientação e balizamento de público em eventos deste tipo, conforme documentação em
anexo ao processo.

Será realizado durante a montagem do evento, o acompanhamento por Técnico de


Engenharia de Segurança do Trabalho, de forma a evitar-se condições e atos inseguros,
propiciando melhores condições de segurança aos trabalhadores envolvidos, bem como
acompanhamento durante a realização do evento, a fim de garantir a desobstrução de
equipamentos extintores e de saídas de emergência.

c) Primeiros socorros

Durante a montagem e no decorrer da realização do evento, permanecem equipes de plantão


para a prestação de primeiros socorros, providas de ambulâncias e equipes para - médica de
apoio, possuindo todos os equipamentos e acessórios necessários à prestação de Primeiros
Socorros. Sendo distribuído em 07 (Sete) Postos Médicos montados mais um (01) posto fixo
já existente no autódromo, com 10 ambulâncias (UTI e remoção).

d) Instalações elétricas

Todas as instalações elétricas devem ser de acordo com o estipulado pela NBR-5410 da
ABNT, e ter seus devidos Atestados Técnicos juntados ao processo.

Eventos de Grande Porte devido a grande necessidade de fornecimento de energia elétrica e


demandando enorme capacidade das instalações elétricas sempre é necessário o uso de
sistemas elétricos utilizando Grupo Geradores de Emergência para fornecimento de energia
para sistema de segurança ou complementação da capacidade da rede ou estabelecendo a rede
independente do sistema externo. O dimensionamento do sistema deve feito por profissional
habilitado, acompanhado da respectiva ART, comprovante de pagamento da mesma e CREA
onde deve constar:
124

 Numero de geradores

 Dados de cada gerador contendo potência;

 Declaração de Manutenção d Sistema do Grupo Gerador. Normalmente os gruos


geradores tem sua potencia nominal dada em KVA para regime intermitente de
emergência. Os grupos geradores quando usados em sistema de iluminação com
cargas muito próximas as resistivas o sistema tende a ter a potencia aparente próxima
a potencia ativa. Os geradores utilizados nestes sistemas costumam ter corrente de
curto circuito muito alta (reatância síncrona próxima de 4 p.u) com isto a capacidade
em regime continuo com cargas de alto fator de potencia representa uma condição de
sobrecarga. Assim sendo o gerador em uso continuo deve trabalhar com a potencia
controlada e reduzida, facilmente ajustável no sistema de excitação da maquina e no
regulador de velocidade, porem isto deve ser feito senão teremos ou motor diesel
fundido ou o gerador queimado deixando o evento com perda de carga
sobrecarregando mais ainda as unidades restantes que irão deteriorar na sequencia;

 Instalação de dispositivo ou piso que funcione como Bacia de Contenção para que
sempre que ocorram derramamentos de combustível, óleo, eletrólito de bateria ou
liquido de refrigeração, os mesmos possam ser imediatamente limpos e não
contaminem o ambiente ou causem riscos ao entorno;

 Aterrar o sistema de tanques de combustível para evitar faíscas de eletricidade estática


ou por fuga no sistema.

 Existência extintores de incêndio para líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos


específicos para o Gerador;

 Obrigatoriamente manter o gerador isolado fisicamente do público, pois o mesmo


oferece risco elétrico, mecânico, químico e de acidente (e uma maquina rotativa que
faz a conversão de energia química em energia elétrica, ou seja o motor/gerado fazem
a conversão eletromecânica de energia -> energia mecânica em elétrica, e o
combustível/motor fazem a conversão da energia química do combustível fóssil e,
energia mecãnica;
125

Para a verificação visual das instalações elétricas em baixa tensão foram considerados
basicamente o check list disponível no Anexo A da IT41/2011 do Corpo de Bombeiros da
Policia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP)

Figura 56 – Lista de verificação visual das instalações elétricas em baixa tensão Anexo A da
IT41/2011 do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP).
126

e) Aterramento elétrico e para ráios

Todos os equipamentos elétricos (geradores, lâmpadas, etc...), bem como partes metálicas
(estruturas metálicas) com a possibilidade de energização acidental, encontram-se
devidamente aterrados. Um sistema de SPDA está instalado em todas as áreas de público do
evento. A região de Interlagos é altamente descampada e também possui alta incidência de
raios

Figura 57 – Curva Isoceraunicas – Anexo B da Norma NBR 5419/2005/ABNT

Figura 58 Curva Isoceurânicas por endereço –Fonte


http://www.inpe.br/webelat/ABNT_NBR5419_Ng/
127
128

f) Sanitários

Utilizados sanitários químicos devidamente sinalizados pôr sexo sendo distribuídos nos
espaços das arquibancadas e área do show do evento, sendo também previstos sanitários
especiais para pessoas portadoras de necessidades especiais, conforme projeto de implantação
juntada ao processo. De acordo com o perfil do evento foi adotado 125 sanitarios por pessoa o
que resulta em 720 sanitários total sendo a distribuição ideal em torno de 290 masculinos e
430 femininos. Porém devido a grande distancia entre os palcos e a distancia a ser percorrida
o ideal passa ser existência de ilhas com distancia inferior as áreas de concentração assim
distribuídas:
Banheiros banheiros deficientes
Masculino 360 masculino 19
Feminino 360 feminino 19
Total 720

 Grandes palcos: 260 sanitários total sendo a distribuição ideal em torno de 114
masculinos e 156 femininos.

 Palco Pequeno: 64 sanitários total sendo a distribuição ideal em torno de 28


masculinos e 36 femininos.

 Área de ativação: 4 sanitários total sendo a distribuição ideal em torno de 2


masculinos e 2 femininos.

Figura 59 : Lounge de Banheiros Químicos na Formula 1.


Fonte http://www.toptoalete.com.br/locacao-banheiro-quimico
129

9.3.1.4 MEMORIAL DE CALCULO

9.3.1.4.1 CALCULO PELA ÁREA CONFORME DECRETO 57.776/17

a) Lotação por Área de Palco:

 Área Livre para ACOMODAÇÃO Público Axé : 23.160,00 m²/0,40 (em pé) =
57.900 (cinquenta e sete mil e novecentos) pessoas.

 ACOMODAÇÃO Público para Skol : 26.000,00 m²/0,40 (em pé) = 65.000 (sessenta
e cinco mil) pessoas.
 Área Livre para ACOMODAÇÃO Público Palco Perry. 5.600,00 m²/0,40 (em pé) =
14.000 (quatorze mil) pessoas.
 De acordo com o item 17.F.1 e Tabela 17.F.1 do Anexo 17, constante do
Decreto n°32.329 de 23.09.92
 Area Livre para ACOMODAÇÃO Público Palco CHEVROLET/ONIX 26.490,00
m²/0,40 (em pé) = 66.225 (sessenta e seis mil duzentos e vinte e cinco ) pessoas.

Sendo solicitado pelo Promotor do Evento para cada uma das áreas de Palco um total de
público , a saber:
 Palco Axé : 20.000 (vinte mil) pessoas.
 Palco SKOL : 30.000 (trinta mil ) pessoas.
 Palco Perry: 10.000 (dez mil) pessoas.
 Palco CHEVROLET ONIX : 30.000(trinta mil) pessoas.

b) Lotação para cada área de Ativação (todas já inclusa no montante geral do evento):

 Ativação GM (Tenda 10x15m) : Temos um total de 90,00 m² 90,00 m²/0,40 (em pé) =
225 (duzentos vinte e cinco) pessoas. Sendo solicitado pelo promotor um total de 44
pessoas em um mesmo momento.
130

 Ativação Lolla Lounge:


o Nível Intermediário: Temos 1.813,00 m²: 1.813,00 m²/0,40 (em pé) = 4.532
(quatro mil quinhentos e trinta e dois) pessoas.. Sendo solicitado pelo promotor
um total de 1.350 (hum mil trezentos e cinquenta) pessoas.
o Nível Inferior : Temos 1.000,00 m²: 1.000,00 m²/0,40 (em pé) = 2.500 (duas
mil e quinhentas) pessoas. Sendo solicitado pelo promotor um total de 675
(seiscentos e setenta e cinco) pessoas.

 Ativação Tenda do Chef : Área livre público : 1.000,00 m² , 1.000,00 m²/0,40 (em pé)
= 2.500 (duas mil e quinhentas) pessoas.Sendo solicitado para esta área um total de
2.000 (duas mil) pessoas.

 Ativação Skol : Área livre público: 290,00 m², 290,00 m²/0,40 (em pé) = 725
(setecentos e vinte e cinco) pessoas. Sendo solicitado para esta área um total de 580
(quinhentos e oitenta) pessoas.

 Ativação Ray Ban : Área de Público: 7,70 m². 7,70 m²/0,40 (em pé) = 19(dezenove)
pessoas. Sendo solicitado pelo promotor um total de 15 (quinze) pessoas.

 Area da Ativação Fusion : Área total: 23,00 m² , 23,00 m²/0,40 (em pé) = 57
(cinquenta e sete ) pessoas. Sendo solicitado para esta área um total de 46 (quarenta e
seis) pessoas.

 Área da Ativação GM: Área de Público: 90,00 m² 90,00 m²/0,40 (em pé) = 225
(duzentas e vinte e cinco) pessoas.. Sendo solicitado pelo promotor um total de 44
(quarenta e quatro) pessoas.

 Tenda Sombreamento – ao lado Lolla Market : Área cada Tenda, temos total: 70,00
m² , 70,00 m²/0,40 (em pé) = 175 (cento e setenta e cinco) pessoas. Sendo solicitado
para esta área um total de 140 (cento e quarenta) pessoas.
131

 Tendas área Friendy & Family: Área total Tenda Maior : 300,00 m², 300,00 m²/0,40
(em pé) = 750 (setecentos e cinquenta) pessoas. Sendo solicitado para esta área um
total de 400 (quatrocentas) pessoas.

 Área total Tenda Menor: 50,00 m², 50,00 m²/0,40 (em pé) = 125 (cento vinte e cinco)
pessoas. Sendo solicitado para esta área um total de 80 (oitenta) pessoas.

9.3.1.4.1 CALCULO PELAS SAIDAS – ESCOAMENTO DA POPULAÇÃO

a) saídas lineares do autódromo:

Para o evento em questão temos disponibilizados os seguintes portões (existentes no


autódromo) para a saída do público do evento em questão, a saber:

Portão K-9.........metragem existente:21,60 m


Portão G.........metragem existente:06,00 m
Portão Z.........metragem existente:11,50 m
Portão TL.........metragem existente:18,49 m
Portão A.........metragem existente:9,20 m
Portão 7.........metragem existente:23,30 m
Portão 8.........metragem existente:4,50 m
Portão M.........metragem existente: 4,30 m
Portão D.........metragem existente:4,50 m
Total de Saídas disponíveis ................................... 103,39 m .

Para o escoamento da população de um recinto aberto , o Decreto 56.819/2011 na sua


instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 7.1.6 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por período de tempo como exposto abaixo:
E = F x T , onde
P= 90.000 pessoas
D= 2 pessoas/m².
F= 109 pessoas.
T= 8 minutos
Logo: E= 109 x 5 = 872
132

Para Escoamento: 872 teremos:

L= 90.000/872

> L= 103,22 metros lineares. Pela IT 12.

Como temos um total de 103,39 (Cento e três metros e trinta e nome) metros lineares e
estaremos também disponibilizando 03 áreas de acomodação do público do referido evento ,
para poder acomodar o público pelo tempo necessário para a saída de todos para a vía pública.
Devemos observar também, que pelas distâncias a serem percorridas a pé pelo público
presente ao evento, o tempo necessário de escoamento é superior a 5 minutos, foi calculado a
necessidade de saídas levando-se em consideração o tempo para 08 minutos .

Áreas de Acomodação:

 Área Acomodação (01) ao lado esquerdo do Palco CHEVROLET ONIX – com uma
área total de 23.000,00 m² que comporta 46.000 (quarenta e seis mil) pessoas.
 Área Acomodação (02) acima do Palco Skol com uma área total de 14.000,00 m² que
comporta 28.000 (vinte e oito mil) pessoas.
 Área Acomodação (03) ao lado do Palco AXE –com uma área total de 44.000,00 m²
que comporta 88.000 (oitenta e oito mil) pessoas.

OBS: Informamos que teremos o controle populacional entre as áreas de palco , visando
manter a população em cada área dentro do calculado e declarado, porem o monotoramento
estará limitando o uso destas áreas a no Maximo 65.000 pessoas nos momentos de pico. Será
a seguinte a Lotação total do espaço do evento por área:
· Palco Axé : 20.000 (vinte mil) pessoas.
· Palco SKOL : 30.000 (trinta mil) pessoas.
· Palco Perry: 10.000 (dez mil) pessoas.
· Palco CHEVROLET ONIX :30.000: (trinta mil) pessoas.

Sendo o total Geral solicitado para o respectivo Show é de 90.000 (noventa mil) pessoas.
133

Será a seguinte a Lotação total de cada espaço de Ativação a saber:

 Área Tenda Lounge Lolla Intermediário – 1.350 (mil trezentos e cinquenta) pessoas.
 Área Lounge Lolla Infe0rior- 675 (seiscentos setenta e cinco ) pessoas.
 Área Tenda do Chef: 2.000 (duas mil) pessoas.
 Ativação Skol- 580 (quinhentas e oitenta) pessoas.
 Ativação Ray Ban -15 (quinze) pessoas .
 Ativação Fusion- 46 (quarenta e seis ) pessoas.
 Ativação GM - 44 (quarenta e quatro ) pessoas.
 Tenda Sombreamento – 140 (cento e quarenta) pessoas.
 Friendy Family - Tenda Grande – 400 (quatrocentas) pessoas.
 Friendy Family – Tenda pequena – 80 (oitenta) pessoas.

Como podemos verificar, todas as populações das áreas de Ativações e Tendas já encontram-
se inclusas no total geral do evento.

SAÍDAS LINEARES DE CADA ÁREA:

Para o evento em questão estamos denominando as seguintes áreas:

SAÍDAS LINEARES ÁREA DO PALCO AXÉ –


População : 20.000 (vinte mil) pessoas.
Total de Saídas desta área ................................... 71m.
Para o escoamento da população de um recinto aberto , o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 7.1.6 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por período de tempo como exposto abaixo:
E = F x T , onde
P= 20.000 pessoas
D= 3pessoas/m².
F= 109 pessoas.
T= 5 minutos
Logo: E= 109 x 5 = 545
Para uma área de livre de visualização de : 9.646,00 m²
134

9.646,00 x 4 = 38.584,00
L= 38.584/545 , logo
L= 70,80 metros .
Como está disponibilizado para esta área um total de 71 metros.
Estamos de acordo com instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 7.1.6

SAÍDAS LINEARES ÁREA DO PALCO Skol –


População : 30.000 (trinta mil) pessoas.
Total de Saídas desta área ................................... 140,45 m .
Para o escoamento da população de um recinto aberto , o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 7.1.6 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por período de tempo como exposto abaixo:
E = F x T , onde
P= 20.000 pessoas
D= 3pessoas/m².
F= 109 pessoas.
T= 5 minutos
Logo: E= 109 x 5 = 545

Para uma área de livre de visualização de : 19.136,00 m²


19.136,00 x 4 = 57.408,00
L= 57.408/545 , logo
L= 140,44 metros .
Como está disponibilizado para esta área um total de 140,45 metros.
Estamos de acordo com instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 7.1.6

SAÍDAS LINEARES ÁREA DO PALCO PERRY–


População : 10.000 (Dez mil) pessoas.
Total de Saídas desta área ................................... 35,00 m .
Para o escoamento da população de um recinto aberto , o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 7.1.6 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por período de tempo como exposto abaixo:
E = F x T , onde
P= 20.000 pessoas
135

D= 3pessoas/m².
F= 109 pessoas.
T= 5 minutos
Logo: E= 109 x 5 = 545

Para uma área de livre de visualização de : 4.769,00 m²


4.769,00 x 4 = 14.307,00
L= 14.307/545 , logo
L= 35,00 metros .
Como está disponibilizado para esta área um total de 35,00 metros.
Estamos de acordo com instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 7.1.6

SAÍDAS LINEARES ÁREA DO PALCO Chevrolet/Ônix


População : 30.000 (trinta mil ) pessoas.
Total de Saídas desta área ................................... 128,00 m .
Para o escoamento da população de um recinto aberto , o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 7.1.6 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por período de tempo como exposto abaixo:
E = F x T , onde
P= 20.000 pessoas
D= 3pessoas/m².
F= 109 pessoas.
T= 5 minutos
Logo: E= 109 x 5 = 545

Para uma área de livre de visualização de : 17.440,00 m²


17.440,00 x 4 = 69.760,00
L= 69.760/545 , logo
L= 128,00 metros .
Como está disponibilizado para esta área um total de 128,00 metros.
Estamos de acordo com instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 7.1.6

SAÍDAS LINEARES ÁREA DO LOLLA LOUNGE = Área Intermediária.


Total de Saídas desta área ................................... 10,12 m .
136

Para o escoamento da população de um recinto fechado, o Decreto 56.819/2011 na sua


instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 5.4.1.2 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por unidades de passagem como exposto abaixo:
N= P/C
Onde:
N= número de unidades de passagem.
L= metragem
P= População : 1.350 pessoas.
C= Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo “A”) : 75
Logo: N= 1.350/75
N= 18 unidades de passagem necessárias para esta população.

Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 10,12
metros de saída , o que equivale à:
18,40/0.55 = 18 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12

SAÍDAS LINEARES ÁREA DO LOLLA LOUNGE- Área Inferior.


Total de Saídas desta área ................................... 5,49 m .
Para o escoamento da população de um recinto fechado , o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 5.4.1.2 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por unidades de passagem como exposto abaixo:
N= P/C
Onde:
N= número de unidades de passagem.
L= metragem
P= População : 675 pessoas.
C= Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo “A”) : 75
Logo: N= 675/75
N= 9 unidades de passagem necessárias para esta população.

Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 5,49
metros de saída , o que equivale à: 5,49/0.55 = 9 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12
137

SAÍDAS LINEARES ÁREA DA TENDA do CHEFE


Total de Saídas desta área ................................... 20,00 m .
Para o escoamento da população de um recinto fechado, o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 5.4.1.2 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por unidades de passagem como exposto abaixo:
N= P/C
Onde:
N= número de unidades de passagem.
L= metragem
P= População : 2000 pessoas.
C= Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo “A”) : 75
Logo: N= 2.000/75
N= 27 unidades de passagem necessárias para esta população.

Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 20,00
metros de saída , o que equivale à: 20,00/0.55 = 37 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12

SAÍDAS LINEARES ÁREA DA ATIVAÇÂO SKOL


Total de Saídas desta área ................................... 5,70 m.
Para o escoamento da população de um recinto fechado , o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 5.4.1.2 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por unidades de passagem como exposto abaixo:
N= P/C
Onde:
N= número de unidades de passagem.
L= metragem
P= População : 580 pessoas.
C= Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo “A”) : 75
Logo: N= 580/75
N= 8 unidades de passagem necessárias para esta população.
138

Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 5,70
metros de saída , o que equivale à: 5,70/0.55 = 10 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12

SAÍDAS LINEARES ÁREA DA ATIVAÇÃO GM


Total de Saídas desta área ................................... 4,00 m .
Para o escoamento da população de um recinto fechado , o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 5.4.1.2 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por unidades de passagem como exposto abaixo:
N= P/C
Onde:
N= número de unidades de passagem.
L= metragem
P= População : 44 pessoas.
C= Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo “A”) : 75
Logo: N= 44/75
N= 1 unidades de passagem necessárias para esta população.

Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 5,00
metros de saída , o que equivale à: 4,00/0.55 = 7 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12

SAÍDAS LINEARES ÁREA DA ATIVAÇÃO FUSION


Total de Saídas desta área ................................... 2,10 m .
Para o escoamento da população de um recinto fechado , o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 5.4.1.2 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por unidades de passagem como exposto abaixo:
N= P/C
Onde:
N= número de unidades de passagem.
L= metragem
P= População : 46 pessoas.
C= Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo “A”) : 75
Logo: N= 46/75
139

N= 1 unidades de passagem necessárias para esta população.

Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 2,10
metros de saída , o que equivale à: 2,10/0.55 = 3 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12

SAÍDAS LINEARES ÁREA DE ATIVAÇÃO RAYBAN.


Total de Saídas desta área ................................... 1,20 m .
Para o escoamento da população de um recinto fechado, o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 5.4.1.2 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por unidades de passagem como exposto abaixo:
N= P/C
Onde:
N= número de unidades de passagem.
L= metragem
P= População : 15 pessoas.
C= Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo “A”) : 75
Logo: N= 15/75
N= 1 unidades de passagem necessárias para esta população.

Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de


1,20metros de saída , o que equivale à: 1,20/0.55 = 2 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12

SAÍDAS LINEARES ÁREA DE ATIVAÇÃO FRIENDY & FAMILY – TENDA


GRANDE
Total de Saídas desta área ................................... 10,00 m .
Para o escoamento da população de um recinto fechado , o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 5.4.1.2 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por unidades de passagem como exposto abaixo:
N= P/C
Onde:
N= número de unidades de passagem.
L= metragem
140

P= População : 400 pessoas.


C= Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo “A”) : 75
Logo: N= 400/75
N= 6 unidades de passagem necessárias para esta população.

Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 10,00
metros de saída , o que equivale à: 10,00/0.55 = 18 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12

SAÍDAS LINEARES ÁREA DE ATIVAÇÃO FRIENDY & FAMILY – TENDA


PEQUENA
Total de Saídas desta área ................................... 6,00 m .
Para o escoamento da população de um recinto fechado , o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 5.4.1.2 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por unidades de passagem como exposto abaixo:
N= P/C
Onde:
N= número de unidades de passagem.
L= metragem
P= População : 80 pessoas.
C= Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo “A”) : 75
Logo: N= 80/75
N= 2 unidades de passagem necessárias para esta população.

Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 6,00
metros de saída , o que equivale à: 6,00/0.55 = 10 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12

SAÍDAS LINEARES TENDA DE SOMBREAMENTO


Total de Saídas desta área ................................... 6,00 m .
Para o escoamento da população de um recinto fechado , o Decreto 56.819/2011 na sua
instrução Técnica IT-12 / 2011 em seu parâmetro 5.4.1.2 , possibilita realizar os cálculos de
escoamento por unidades de passagem como exposto abaixo:
N= P/C
141

Onde:
N= número de unidades de passagem.
L= metragem
P= População : 140 pessoas.
C= Capacidade da unidade de passagem conforme tabela 1 (anexo “A”) : 75
Logo: N= 140/75
N= 2 unidades de passagem necessárias para esta população.

Cada unidade de passagem equivale à 0,55 metros, e tendo disponibilizado um total de 6,00
metros de saída , o que equivale à: 6,00/0.55 = 10 unidades de passagens
Estaremos de acordo com NBR 9077 / Decreto 57.776/17 e IT12

OBS 01: Todo o público das Ativações , Lolla Lounge e Tenda Chefe estão computados no
total do evento.

OBS 02: A ativação : Axé. É uma ação totalmente ao ar livre , estando com o público
somente circulando externamente.

9.3.1.4.3 CONCLUSÃO FINAL COMPARANDO CAPACIDADE POR AREA X


SAIDAS LINEARES:

Conforme demonstrado nos itens 9.3.1.4.1 e 9.3.1.4.2, o local oferece área e saídas para o
publico soliciado, ou seja, sendo o total Geral solicitado para o respectivo Show é de 90.000
(noventa mil) pessoas as lotações máximas serão definidas por setor/ativação:

Será a seguinte a Lotação total do espaço do evento por área:


 Palco Axé : 20.000 (vinte mil) pessoas.
 Palco SKOL : 30.000 (trinta mil) pessoas.
 Palco Perry: 10.000 (dez mil) pessoas.
 Palco CHEVROLET ONIX :30.000: (trinta mil) pessoas.

Será a seguinte a Lotação total de cada espaço de Ativação a saber:


142

 Área Tenda Lounge Lolla Intermediário – 1.350 (mil trezentos e cinquenta ) pessoas.
 Área Tenda Lounge Lolla Inferior- 675 (seiscentos setenta e cinco ) pessoas.
 Área Tenda do Chef: 2.000 (duas mil) pessoas.
 Ativação Skol- 580 (quinhentas e oitenta) pessoas.
 Ativação Ray Ban - 15 (quinze ) pessoas .
 Ativação Fusion- 46 (quarenta e seis ) pessoas.
 Ativação GM- 44 (quarenta e quatro) pessoas.
 Tenda Grande (Friendy & Family) 400 (quatrocentas) pessoas.
 Tenda Pequena (Friendy & Family) 80 (oitenta)pessoas.
 Tenda de Sombreamento – 140 (cento e quarenta) pessoas.

OBS: O calculo comparativo entre diversas normas realizado via software apresntou um
resultado curioso: Se o evento fosse realizado em local coberto (com risco aumentado) as
saídas disponibilizadas pelo autódromo não comportam um publico de 90.000 pessoas. O
Publico para as saídas existentes por norma hoje esta em 41.818 pessoas. Capacidade superior
as das arquibancadas existentes (16.000 pessoas) ou de eventos tais como a Formula Truck ou
a Formula 1: 35.000 pessoas.

MINIMO Area Util m² Saidas m (MINIMO) Analise Area util Saidas


COE STD 90000 540 COBERTO COE STD PODE NÃO PODE
COE PÉ 36000 540 COBERTO COE PÉ PODE NÃO PODE
COE STD 90000 830 ESCADA COE STD PODE NÃO PODE
COE PÉ 36000 830 ESCADA COE PÉ PODE NÃO PODE
SEHAB 36000 300 FECHADO SEHAB PODE NÃO PODE
IT 12 22500 227 ESCADA IT 12 PODE PODE
NBR9077 40500 495 COBERTO NBR9077 PODE NÃO PODE
IT 12 rampa 30000 135 FECHADO IT 12 PODE PODE
IT12 escada 22500 170 COBERTO IT 12 PODE PODE
BRIGADISTAS MINIMO Area Util m² Saidas m popação maxpop por saida
185 PESSOAS COE STD 132000 230 132000 38300
Seguranças / Apoio COE PÉ 132000 230 330000 38300
605 PESSOAS SEHAB 132000 230 330000 69000
EXTINTORES IT 12 (83) 132000 230 264000 152720
488,8889 un extit A NBR9077 132000 230 293333 41818
143

9.3.2 MANUAL DE GERENCIAMENTO DE CRISE

Devido ao aumento dos fatores climáticos na cidade de São Paulo, como chuvas intensas,
tempestades de raios, ventanias fortes e enchentes. Tendo também situações como brigas, uso
de substâncias ilegais, roubos, acidentes pessoais.

Situações que terminam gerando pânico no público do evento faz com que seja necessário ser
elaborado e implantado um treinamento de todas as equipes de Seguranças Patrimoniais,
Bombeiros Civis, equipes de Atendimento Médico, equipes de atendimento às Pessoas com
Necessidades especiais, equipes de produção do evento e equipes de atendimento externo,
tendo também a necessidade de ser informado os órgãos municipais, estaduais, departamento
de transportes, sobre a realização deste treinamento e suas orientações.

Visto que as reuniões operacionais realizadas pelos órgãos públicos, visam somente às
operações externas de início e término do evento.

É importante destacar que crises e situações de riscos podem ser causadas por fatores
externos ou internos, sendo extremamente devastadoras se não houver uma atuação efetiva
por parte da organização.

A finalidade deste Manual não é criar um modelo fechado, já que esse tipo de material deve
ser elaborado de acordo com as condições climáticas de cada momento e necessidades de
específicas de cada evento.

Na área dos Direitos do Consumidor, o principal, em relação aos riscos, é a integridade física
do público do evento e dos colaboradores. Existindo a responsabilização civil/criminal da
entidade organizadora do evento, nos termos do Código de Defesa do Consumidor, já que a
proteção da vida, saúde e segurança é direito fundamental do consumidor, nos termos do art.
6º e 8º do CDC (Código Direito Consumidor).

Tendo como ponto principal da gestão de crise, a prevenção e o sincronismo nas ações
implementadas, por meio da identificação de sinais internos ou externos que anunciam a sua
chegada e da preparação de estrutura para enfrentá-la.
144

Neste Manual estão as principais ações, informações gerais e iniciativas a serem tomadas,
com o objetivo de salvaguardar vidas de todos os participantes e também auxiliar na
preservação da imagem da organização e do evento junto a seu público.

São as seguintes , as situações de riscos e suas ações de prevenção e condução , abaixo


descritas:

9.3.2.1. SITUAÇÕES DE RISCOS (VER APÊNDICE 1)


 Tempestade de raios
 Chuvas
 Tornados / Granizos
 Incêndio.
 Brigas no meio do Público.
 Uso de substâncias proibidas.
 Furtos.
 Estrutura comprometida ou Manutenção durante evento.

9.3.2.2. AÇÕES DE COORDENAÇÃO E PREVENÇÃO A SEREM IMPLANTADAS:

 Criação de uma Sala Gerenciamento de Crise, para as tomadas de decisões, com


infraestrutura para reuniões envolvendo as diretorias do evento, nacional e
internacional, chefe da equipe de Produção, responsável pela comunicação direta com
o público do evento, Engenheiro de Segurança responsável pelo evento, todos os
coordenadores de todas as equipes participantes do evento, privadas ou públicas.

 Os responsáveis, no âmbito do Promotor, pelo Evento, por decisão exclusiva deverão


ser indicados pela Diretoria da T4F previamente. Todas as decisões tomadas serão
repassadas as equipes pelos respectivos coordenadores.

 Os encarregados de comunicação direta com o público, em caso de emergência,


deverão ser, também, indicados pela Diretoria da T4F para que atuem em cada um
dos 04 palcos existentes no evento e para a área do Lolla Lounge.
145

 Os momentos exatos do início de qualquer operação de prevenção devem partir do


responsável principal da T4F em concordância com os demais responsáveis das áreas.
As comunicações via Radio HT deverão ter um canal exclusivo para estas operações
de Emergência.

 Fundamental que na Sala Gerenciamento de Crise, estejam presentes além dos


responsáveis de cada uma das equipes operacionais, também um representante de cada
um dos órgãos públicos envolvidos nas operações do Evento. É importante que a sua
localização e infraestrutura disponível seja de conhecimento de todas as pessoas com
função decisória.

 Na reunião preparatória é importante a explanação e divulgação do funcionamento do


evento e suas atrações através das plantas e divulgação das atrações musicais, seus
horários e locais de realização.

 A utilização de serviços de Meteorologia, auxiliam muito, não só no


monitoramento das tempestades e ventos , como também possibilitam a antecipação
destas situações , possibilitando se ter tempo para decisões e ações mais consistentes
e acertadas. Possibilitando, também, ter-se tempo para informar ao público presente
as ações necessárias para evitar pânico e acidentes.
 Este tipo de serviço deverá ser locado na Sala de gestão de Crise, conjuntamente com
o Monitoramento em tempo real , do evento.
 A Sala Gerenciamento de Crise é também utilizada para ações pontuais e
procedimentos padrões na condução da realização do evento. A própria operação de
termino do evento com a abertura, sincronizada, de todos os portões para a Saída do
Público, em conformidade com todos os órgãos públicos participantes do evento é um
exemplo de bom uso deste sistema de operação.
 Ajustes que se façam necessários durante a realização do evento, como a inversão do
sentido de circulação de público em área crítica, como a área do Palco Alternativo, são
possíveis serem feitos através de operações de controle nesta sala.
 As operações de fluxo do público do Main Stage 1 (Palco Skol) para o Main Stage 2
(Palco Onix) através da área de circulação (em frente à Tenda do Chef) , como a
operação de Saída do Público , utilizando a escada que permite acesso ao Túnel que
146

vai para o Portão 7 , são operações críticas, que devem ser monitoradas o tempo todo
para não haver pânico por parte do público. O fator tranquilidade é preponderante para
a realização da operação sem que ocorram acidentes. O controle de público ou
controle de fluxo através das equipes de Segurança e Bombeiros Civis é fundamental.
 Esta operação deverá ser realizada com a máxima tranquilidade possível, visando
evitar correria e acidentes nas escadas.
 É fundamental que seja disponibilizado, equipamentos de iluminação autônomas
(torres de luz) em todo o percurso de circulação nas áreas de público até os
respectivos portões de saída do Autódromo de Interlagos, durante toda a realização do
evento, visto que um período do evento sera realizado a noite.
 Informação sobre as Saídas de Emergência, rotas de fuga, áreas de acomodação,
através das faixas de sinalizações estrategicamente posicionadas, indicação da
localização de cada Portão de Saída do Autódromo, nome das Ruas e Avenidas e
serviços disponíveis em cada uma destas áreas, deverão estar indicadas através de
faixas.
 A realização do evento no Autódromo de Interlagos, possui características própria do
local que impede , em grande parte, uma decisão de Evacuação total do
Autódromo. Em razão de não existir, próximo ao Autódromo, centros comerciais,
áreas de estacionamentos cobertos ou outro tipo de atividade com estruturas
suficientes para acomodar um público tão grande como o do Lollapalooza, a
orientação técnica de Engenharia de Segurança, é de que: a melhor opção é
trabalhar com o público dentro da própria área do Autódromo , sem a remoção
deste público para áreas externas ao autódromo, durante a crise.

9.3.2.3. AS ORIENTAÇÕES A SEREM SEGUIDAS ESTÃO ABAIXO DESCRITAS:

 É fundamental a divulgação das informações de segurança e conduta para todo o


público presente ao evento. De forma intensiva. Deverá ser divulgada pelo sistema de
som do evento, pelos telões instalados ao lado de todos os palcos, Painéis de Led
espalhados nas diversas área do evento.

 A atuação coordenada e sincronizada entre os membros da Sala de Gestão de Crise, as


equipes de Segurança, Bombeiros Civis , Equipes Médicas, Equipes de Produção , são
147

fundamentais para que os procedimentos se realizem com fator tranquilidade , que é


preponderante para a prevenção de acidentes graves.

 A comunicação via Rádio HT , em canal exclusivo para emergências, para que as


operações tenham êxito.

 Em situação de extrema gravidade, a evacuação do público do evento, deve ser


conduzida de forma a não gerar pânico. Tendo sempre a ciência e o conhecimento dos
órgãos públicos para que se tenham procedimentos de segurança e orientação de todo o
público nas vias públicas, estação da CPTM e demais estruturas de transporte.

 As operações de evacuação pelas Saídas de Emergência, utilização das rotas de fuga,


que devem estar sinalizadas e iluminadas , devem contar com o apoio das equipes de
produção, das equipes de Segurança , equipe dos Bombeiros Civis , equipes de Primeiros
Socorros e equipe de apoio externo. Reforço que o fator tranquilidade e sincronismo são
fundamentais para o sucesso das ações. É importante ter-se o procedimento de uma
varredura em toda a área do evento no Autódromo para que se certifique de não se ter
nenhum retardatário ou pessoa perdidas ainda no espaço.

 A disponibilização de uma equipe especializada em apoio a Pessoas Portadoras de


Necessidades Especiais, também com o apoio do Corpo de Bombeiros Civis, atuando na
remoção ou realocação destas pessoas para áreas seguras.

 A divulgação de um “Vídeo de Segurança” que deverá ser veiculado para o público


presente, em pelo menos 50% das trocas de bandas do evento, nos telões instalados ao
lado de cada Palco, torna-se um instrumento de prevenção de pânico e orientação .Este
vídeo deverá conter as seguintes informações:
 Planta ilustrativa do evento.
 Indicação da disponibilização ou a existência dos seguintes serviços:
o Equipes de Segurança Patrimonial.
o Equipes de Bombeiros Civis.
o Equipes médicas.
o Localização dos Portões de entrada e rotas acesso ao evento.
148

o Indicação dos nomes dos Palcos e seu posicionamento.


o Localização de todas as Saídas de Emergência e Rotas de Fuga.
o Indicativo de disponibilização de Sinalizações devidamente iluminadas e com
balizamento para as rotas de fuga.
o Localização dos Postos Médicos.
o Indicação de disponibilidade de Extintores de incêndio e Hidrantes.
o Disponibilização de Sanitários Químicos , inclusive para PCD.
o Disponibilização de área para Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais ,
com o apoio dos Bombeiros Civis e equipe especializada em PCD.
o Orientação de como proceder em situações de Emergência.
o Localização da Delegacia de Polícia no evento.
o Informações de situações climáticas que possam afetar a realização do evento.
o Informações úteis sobre disponibilização de linhas de ônibus, CPTM, horário
de funcionamento, localização de achados e perdidos, Delegacia de Polícia,
Ponto de Encontro, Informação ponto de táxi ou UBER, áreas de
estacionamento e demais informações de utilidade pública.

9.3.2.4. CONSIDERAÇÕES GERAIS

As equipes de trabalho na área geral do evento, tem a necessidade de utilização dos EPIs.

Este treinamento será realizado no período que antecede a realização do Evento, tendo a
participação dos Coordenadores de equipes de todas as empresas participantes do evento.

Terá uma duração de 4 horas e será realizado nas dependências do Autódromo de Interlagos.

E padrão haver vistoria dos bombeiros para liberação do alvará do evento, e todos os espaços
devem estar 100% prontos e equipados com extintores de incêndio, placas de sinalização
(proibido fumar, saída de emergência, capacidade Populacional do espaço), bem como toda a
documentação necessária (plantas e detalhamento, estrutural, elétrica e aterramento, gerador,
extintores, cenografia, Ignifugação dos tecidos e demais), para que seja apresentada caso
solicitada, enfim todo mundo deve estar ciente e preparado.
149

Figura 60 - Modelo para elaboração de uma lista simples de verificação de ações e


providencias
150

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Preliminarmente nossa maior preocupação esta em estabelecer os estabelecer parâmetros e


quantidades mínimas de recursos para obter as condições mínimas de segurança na elaboração
de um plano de emergência, visando proteger a vida, o meio ambiente e o patrimônio.

Estabelecendo estes parâmetros, podemos elaborar de forma técnica e criteriosa um projeto


para o evento de grande porte. De posse do projeto O plano de emergência e as saídas são a
base das providencias a serem projetas e implementadas, para assegurar o fluxo das pessoas e
a capacidade de escoamento no caso de ocorrências.

Não basta apenas um plano, é necessário ter um projeto onde às saídas de emergência e o
fluxo das pessoas seja dimensionado para assegurar uma saída coordenada de tal sorte evitar a
ampliação da ocorrência e todas as ferramentas e técnicas ajustadas e operacionais.

Continuando na elaboração das ferramentas, o objetivo final esta em aplicar estas ferramentas.
A idéia é formular o Plano de Emergência de tal sorte estar com todos os órgãos públicos e
meios de apoia operacionais para a gestão de crise o de emergência/urgência. Todo o plano de
contingenciamento tem que ter um meio para ser colocado em pratica. Basicamente tem que
ter um grupo gestor (cérebro operacional) e todos os envolvidos comprometidos e treinados
para colocar em pratica todas as técnicas estudadas neste traabalho.

Enfim tudo se resume a coordenação e treinamento. Hipoteticamente imagine uma situação de


pânico. O que devemos fazer inicialmente? A resposta é simples e reside sempre em isolar e
evacuar as pessoas e alguns casos administrar primeiros socorros, ou seja, os primeiros
interventores até a chegada de pessoas qualificadas.

Para treinar o pessoal conceitos básicos tem que serem administrados e divulgados na equipe
operacional, sem os quais os gestores/coordenadores de crise não terão nem como iniciar seus
trabalhos. O profundo conhecimento do evento e dos recursos internos e externos, são
fundamentais para o sucesso em caso de sinistro.
151

Geralmente a equipe ao é um time. Não podemos esquecer que grande parte deste pessoal é
terceirizado e fornecido no critério do melhor preço e tem pouca formação e concientização.

A postura geralmente adotada por esta equipes é de intransigência com o único objetivo de
garantir a ordem e o andamento protocolar do envelopamento do evento e das diretrizes dos
patrocinadores. Basta vermos no Capitulo I deste trabalho as reações típicas em atendimento e
resposta em emergência nas grandes tragédias.

Se verificarmos o caso de Santa Maria veremos que o alargamento da tragédia reside muito
mais na falta de preparo para a resposta em caso de incidentes do que nas causas apontadas
pela imprensa, que sempre busca culpados e nunca a causa raiz. O projeto era razoável e
seguia as normas dos bombeiros, porém a operação dos seguranças e o comportamento da
banda foi o oposto do desejável.

Os principais conceitos de Gestão de Crises a serem dissiminados para toda a equipe


operacional e de apoio normalmente são::

1. Plano de Emergência: estabelece ações e responsáveis pela condução de uma


crise. Deve ser previamente desenvolvida e revisada periodicamente como forma
preventiva de conter conseqüências danosas advindas da crise que pode ter origem
em uma emergência, contingência ou fatores de riscos intrínsecos às atividades da
organização.

2. Probabilidade: é a chance do risco vir a acontecer.

3. Proteger: resguardar, abrigar, amparar ou preservar do risco, pessoas, bens,


informações e imagem.
4. Redução do Impacto: controle da extensão das conseqüências de um determinado
risco.
5. Risco: é o evento resultante das variáveis:
a. Ameaça,
b. Vulnerabilidade,
c. Probabilidade e
d. Impacto.
152

NOTA: O Risco é uma variável permanente em todas as atividades do ser humano, que afeta
os seus resultados de maneira positiva desde que seja conhecido e mantido em um nível
aceitável, como oportunidade de desenvolvimento. Fora de controle, o risco afeta os seus
resultados de maneira negativa e pode pôr em perigo sua estabilidade (exemplo do Segurança
ensandecido quando chega no inicio do local onde tirava expediente ou do ex-marido
inconformado).

6. Segurança: estado, qualidade, condição daquilo que está seguro isento de perigo,
acautelado, protegido.

7. Segurança Institucional: também conhecida como Segurança Corporativa,


visa tratar os riscos e suas variáveis – Ameaça, Vulnerabilidade, Probabilidade e
Impacto – utilizando-se de Recursos Humanos, Técnicos e Organizacionais com o
objetivo de garantir a continuidade das atividades da organização. Protege pessoas,
bens, informações e imagem relacionadas direto ou indiretamente à instituição (no
caso esta é a síntese da Segurança Privada conforme exposto pelo instrutor Ulisses).
Utiliza técnicas apropriadas, buscando equilíbrio entre investimento e benefício.

8. Sinistro: ocorrência de prejuízo ou dano pela concretização de um ou mais riscos


(exemplo: incêndio, acidente, roubo, furto, etc.) em algum ativo ou bem.

Sinistros podem ocorrer. Não existe probabilidade zero de ocorrer um sinistro, porém o foco é
prevenção para evitar o sinistro. Caso ocorra um principio de incêndio deve haver um sistema
para abandonar o condomínio e dar o primeiro combate ao incêndio. A segurança é função e
a minimização do impacto esta na prevenção. Ninguém faz seguro para usar, mas em caso de
necessidade é fundamental ter-lo.

Saindo um pouco do mote em torno do treinamento vamos explorar um pouco o fato do


evento ter que maximizar resultados com um mínimo de recursos financeiros, humanos e
principalmente que todos nos costumamos relevar e é fundamental neste caso pela exigüidade
que é o recurso de tempo.
153

A falta de tempo para treinamento e de realização dos projetos muitas vezes induzem a
utilização de materiais e técnicas construtivas sem o crivo de analise de projetos pelo poder
publico e de empresas especializadas que são os detentores do “expertise” dentro do perímetro
de realização do evento. Ninguém melhor do que o dono do chiqueiro para cuidar do porco.

Porém ante os fatos descritos da falta de tempo e padronização,muitos produtores de eventos


tem pacotes genéricos que não atendem plenamente as necessidades locais. Cada município
tem uma cultura e uma infra estrutura, não adianta um estrangeiro de Dublin quere utilizar as
tecnicas e os profissionais de la aqui. São realidades distintas. Dublin e comparável a uma
pequena cidade do interior de São Paulo, ou de um bairro periférico. São Paulo é uma
realidade anos luz a frente deles e as tecncicas utilizados por eles são antigadas, precaarias e
pouco aplicáveis muna metrópole do nosso porte.

Esta tendência é infelizmente pratica comum. Tanto é verdade que de competência


(municípios) é cada vez mais usual e os municípios, apesar de ter o dever constitucional de
fazer este tipo de analise (CF/1988 Art. 30. Compete aos Municípios: VIII - promover, no
que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano;).

Costuma-se delegar e deixar a cargo dos Bombeiros e do AVCB toda a analise dos projetos
construtivos no que se refere aos sistemas de segurança, portanto hoje podemos dizer que
segurança de uso virou sinônimo de segurança contra incêndio. Cadê a estabilidade
estrutural? Os cálculos de estrutura e materiais de execução? Planos de contigenciamento?
Planos de treinamento? Conceitos de salubridade? De infra estrutura de comunicação e
integração? Segurança de uso passa por todos estes conceitos, principalmente no conceito de
adequação e utilização dentro das características de entorno, senão em caso de emergência
teremos combate a incêndio e não saberemos nem qual é o hospital de apoio disponível..

Infelizmente ante a pressão dos organizadores de eventos os códigos de obras e posuras estão
omissos em relação a materiais e técnicas construtivas. O maior exemplo foi o abrandamento
do Código de Obras de Nova York em 1968 para atender o sindicato da Construção Civil e o
Sindicato das Imobiliárias, para rapidamente reocupar o centro de Nova York e criar um
boom imobiliário. Resultado: foram construídos prédios com projetos em verdadeiras “caixas
pretas”, tais como os prédios do World Trade Center, além de dezenas de galpões reformados
154

todos em plantas simplificadas só de massa. O resultado foi à construção de torres enormes


com mais de uma centena de andares, montada encima de uma estrutura metálica com seção
que ia diminuindo conforme diminuía a carga. Os aviões ao cortarem alguns pilares fizeram
com que a estrutura fosse aumentando a carga e, portanto acontecendo o colapso das
estruturas por sobrecarga, além de criar dezenas de pequenas edificações internas a outras
edificações susceptíveis a vendavais, furacões e tremores de terra.

Abrandamento dos códigos de obras. As reformas são aprovadas eletronicamente apenas com
informações genéricas sobre a incomodidade que a obra causara no entorno, se haverá
aumento de área e se haverá impacto ambiental ou urbanístico na reforma proposta. Não
passam mais pelo crivo do poder publico a técnica, tecnologia e materiais empregados ficando
a cargo das vistorias dos bombeiros, expertise das construtoras conforme suas tecnologias e
métodos de acordo com seu “Know How”. De outro lado os usuários sempre buscam preço.
Junta o trinômio preço x rapidez x atende os bombeiros na vistoria e o resultado e o visto. E
claro que depois da obra executada ela não será refeita e os equipamentos de combate a
incêndio e acabamento pode m estar perfeitamente adequados, porém será que o método
construtivo e os materiais utilizados foram corretos? Neste caso claramente o material
utilizado no revestimento e a falta de compartimentação vertical aceleraram em muito a
propagação das chamas e a produção de fumaça.

Falta de conhecimento dos sistemas e recursos, a falta de treinamento para enfrentar situações
reais de sinistro ou pânico e principalmente baixa conscientização e comprometimento.

Observa-se numa montagem de Evento um grande descaso com o ser humano. E ao mesmo
tempo quando há uma fiscalização os profissionais não aceitam cumprir todas as exigências
preconizadas nos planos disponibilizados, são refratários até mesmo ao uso de EPI’s alegando
que atrapalha o desenvolvimento e rendimento do trabalho e diminui a qualidade percebida
pelos usuários podendo criar uma sensação de insegurança no publico.

Temos acompanhado os mais diversos tipos de Eventos ao longo dos anos e o que mais
incomoda é a falta de treinamento e de consciência da importância da prevenção. No convívio
com diversos profissionais da área eventos, observa-se que muitos desses profissionais
155

desconhecem as recomendações mínimas de segurança do trabalho, quanto mais de


urbanismo e atendimento a condições de gerenciamento em crises ou incidentes.

Este trabalho tem como objetivo geral colaborar com estes profissionais na orientação, da
necessidade dos cuidados com os riscos, atentando, principalmente, na elevação da qualidade
dos serviços prestados, a fim de contemplar a segurança de todos os envolvidos nos ambientes
onde são realizados os eventos.

Diante deste panorama, o presente trabalho traça um estudo das dificuldades relacionadas às
condições de segurança na montagem de um evento e conclui que se houvesse uma exigência
de pessoas treinadas para atuarem nessa área haveria um incentivo a criações de centros de
treinamentos e ou cooperativas para fornecimento de profissionais capacitados para
trabalharem em Eventos.

Com o código do consumidor conceitos como uso responsável e adequada ocupação do


espaço público, assegurar a integridade do publico, além de minimizar ao máximo o impacto
causado ao entorno e inserir corretamente uma atividade eventual dentro da habitualidade de
um determinado espaço faz com que os promotores de eventos comecem a perceber
necessidade de concretização de medidas preventivas e mitigadoras tais como a apresentação
do plano de segurança e Mobilidade urbana.

Não bastam os recursos e as ferramentas disponíveis.


Nós temos que saber utilizá-los !
.
156

11 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT – Norma Técnica: NBR 6023 “Informação e Documentação”, Referências,


Elaboração. Rio de Janeiro, 2000.

ABNT – Norma Técnica: NBR 5410:08 “Instalações elétricas de baixa tensão”. Associação
Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

Norma Técnica: NBR 5419 – “Sistema de Aterramentos e Proteção de Descarga


Atmosférica”. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 9050:16 “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e


equipamentos urbanos”. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 9050:16 “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e


equipamentos urbanos”. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 9077 – “Saídas de emergência em edifícios”; Associação


Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 10.151 - Acústica – “Avaliação do ruído em áreas habitadas,
visando o conforto da comunidade – Procedimento”; Associação Brasileira de Normas
Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 10.898 – “Sistema de Iluminação de emergência”; Associação


Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 12.693 – “Sistemas de proteção por extintores de incêndio”;
Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 13.434 – “Sinalização de segurança contra incêndio e pânico:
Princípios de projeto”; Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.
157

ABNT – Norma Técnica: NBR 13.523 – “Central predial de gás liquefeito de petróleo”;
Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 13.860 – “Glossário de termos relacionados com a segurança
contra incêndio”; Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 14.100 – “Proteção contra incêndio: Símbolos gráficos para
projeto”; Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 14276 e NBR 14277- “Formação de Brigada de Combate a
Incêndio”. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 15.219 “Plano de emergência contra incêndio – Requisitos”,
Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 15526 – “Redes de distribuição interna para gases
combustíveis em instalações residenciais e comerciais - Projeto e execução”; Associação
Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ABNT – Norma Técnica: NBR 15.808 – “Extintores de incêndio portáteis”; Associação


Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, RJ.

ANSELL, Jake, WHARTON, Frank. “RISK: ANALYSIS, ASSESSMENT AND


MANAGEMENT”. England: John Wiley & Sons, Ltd., 1992. 220 p. ISBN 0-471-93464-X.

ARGENTI, Paul A. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL: A CONSTRUÇÃO DE


IDENTIDADE, IMAGEM E REPUTAÇÃO; trad. Adriana Rieche. 4ed. Rio de Janeiro:
Elisevier,2006.
\
BOLDORI, André, “GLOBALIZAÇÃO, EMPOWERMENT, ORQUESTRAÇÃO E
PARADIGMAS” Faculdade Maringá, 01/04/2013.

CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO,


instrução técnica IT Nº. 16/11, “PLANO DE EMERGÊNCIA CONTRA INCÊNDIO”.
158

CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO,


instrução técnica IT N° 17/11 – BRIGADA DE INCENDIO;

CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO,


instrução técnica IT Nº.20/11 – SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA.

CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO,


instrução técnica IT Nº21/11 – SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE
INCÊNDIO.

CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO,


instrução técnica IT Nº28/11 – MANIPULAÇÃO, ARMAZENAMENTO,
COMERCIALIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP).
EWALD, François. “L’ETAT PROVIDENCE”, Paris: Bernard Grasset, 1986.

FALCONE, Marcelo Gandra. “PROPOSITURA DE PORTARIA PARA DAR AGILIDADE


NOS PROCESSOS DE LICENCIAMENTO DE EVENTOS NO MUNICIPIO DE SÃO
PAULO”. Trabalho de conclusão do Curso de Especialização em Gestão Pública, INPG,
Orientador: Prof. MsC Solange Kanaane. São Paulo, 2014. 89f.

FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE. Critérios de Compromisso com a Excelência


e Rumo a Excelência 2009/2010 Rede Nacional da Gestão 2009-2010.
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/rede_nacional_gestao_1259245539.
pdf

ISO – Norma Técnica : ISO 20121 – “Gestão da Sustentabilidade em Eventos”. International


Organization for Standardization, (Organização Internacional para Padronização), Genebra,
Suíça.

ISO – Norma Técnica : ISO 31000 – “Gestão de Riscos - Princípios e Diretrizes”.


International Organization for Standardization, (Organização Internacional para
Padronização), Genebra, Suíça.
159

NASCIMENTO, Vera Lucia Nogueira do. “ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE


SEGURANÇA DO TRABALHO NAS ATIVIDADES DE MONTAGEM DE EVENTOS”,
Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança da
Universidade Nove de Julho UNINOVE, Orientador: Profº. Nilton Francisco Rejowski. São
Paulo, SP 2010;

GOVERNO DO ESTADO DE GOÍAS, Norma Norma Operacional n. 14/2014 - Sistema de


Comando de Incidentes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO1, Decreto Estadual (Corpo de Bombeiros)


N°56.819/11, Regulamento de Segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco.

PÍPOLO, Igor de Mesquita, DSE, ASE. “CARTILHA EVENTO SEGURO -


ORIENTAÇÕES SOBRE SEGURANÇA EM EVENTOS”. ABEOC Brasil - Associação
Brasileira de Empresas de Eventos, Florianópolis, SC. Novembro 2013. Versão 1.0.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, Lei 16.642/17 que substitui a Lei 11.228
de 26 de Junho de 1992. - Dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem obedecidas no
projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização de obras e edificações, dentro dos
limites dos imóveis.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, Decreto 57.776/17 que substitui o


Decreto Nº 32.329/92. - Regulamenta a Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992 - Código de
Obras e Edificações, e dá outras providências.

ROSA, Mário. “A ERA DO ESCÂNDALO: LIÇÕES, RELATOS E BASTIDORES DE


QUEM VIVEU GRANDES CRISES DE IMAGENS”. trad. Adriana Rieche. 3ªed. São Paulo:
Geração Editorial, 2004.

______. Artigo Revista Emergência do CBPMESP “Especial/Sistema de Comando de


Incidentes”.

_____ . Reforma Administrativa: discutindo os instrumentos. Revista de Administração


Pública. Rio de Janeiro: vol. 31, n. 5, set./out. 1997, p. 195-204.
160

APENDICE 1 – DESCRIÇÃO DAS SITUAÇÕES DE RISCO (UMA ABORDAGEM O


MAIS GENÉRICA POSSÍVEL)

1) DESCRIÇÃO DAS DIVERSAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS.

Tempestades de Raios.

 A falta de para-raios em épocas de temporais pode representar sérios prejuízos, pois a


descarga elétrica de um raio sobre uma antena (televisão, rádio) ou sobre um poste de
energia elétrica causa a queima de equipamentos elétricos eletrônicos.
 O raio representa também graves riscos para as pessoas, principalmente aquelas
surpreendidas debaixo de árvores ou em áreas descampadas, ou ainda, que estejam
trabalhando próximo a estruturas metálicas. A maioria sobrevive, porque são atingidas
indiretamente, por uma faísca lateral ou porque estão próximas ou encostadas no ponto
que sofreu o choque direto.
 O raio é uma descarga elétrica que ocorre entre a nuvem carregada de eletricidade e a
terra, mais precisamente entre a nuvem e o ponto mais próximo que esteja na terra
(normalmente pára-raios existentes nos edifícios). Na ausência do para-raios a
descarga poderá ocorrer sobre árvores isoladas, postes, mourões de cerca.
 Uma descarga elétrica dessa natureza possui uma potência média de 15.000 ampères.
Para se ter uma ideia, um chuveiro apresenta potência de 30 ampères e quem já tomou
um choque sabe o quanto perigoso pode ser.

Como se prevenir de raios.

 Durante as tempestades permaneça dentro dos edifícios. Se estiver fora, busque


refúgio no interior de edifícios.
 Saia somente se for absolutamente necessário.
 Mantenha-se afastado e não trabalhe em estruturas metálicas cercas, alambrados, linha
telefônica ou elétrica.
 Não manipule materiais inflamáveis em recipientes abertos.
161

 Não operar tratores ou máquinas, especialmente, para rebocar equipamentos


metálicos.
 Se você estiver se deslocando, permaneça dentro do automóvel; a carroceria metálica
do carro dá uma boa proteção a quem está em seu interior; sem tocar em partes
metálicas. Mesmo que um raio atinja o carro é sempre mais seguro dentro do que fora
dele.
 As vítimas de raios não “dão choque” e precisam de urgente socorro médico,
especialmente reanimação cardiorrespiratória.
 Mantenha-se longe de árvores isoladas.
 Não permaneça dentro d'água durante as tempestades.
 Nos edifícios, permaneça longe de portas e janelas.
 Evite áreas altas, busque refúgio em lugares baixos.
 Nas estruturas metálicas o aterramento sempre deverá ser feito utilizando-se hastes
próprias para o mesmo.
 Durante uma tempestade, não utilize aparelhos eletrodomésticos, mantenha-os
desligados das tomadas e, também, desconecte da antena seu aparelho, assim você
estará reduzindo danos.
 Indica-se que todas as operações de A&B e bares sejam suspensas.
 Use o telefone ou celulares somente em uma emergência, os raios podem alcançar a
linha telefônica aérea.
 Preste atenção à previsão do tempo para o princípio e fim da tarde, quando ocorre a
maioria das trovoadas. Tenha um plano de fuga para qualquer atividade ao ar livre e
afaste-se dos cumes das áreas altas.
 Com mau tempo, evite árvores altas, picos desprotegidos, campos abertos e ou mesmo
praias e piscinas.
 Se for apanhado em céu aberto, evite árvores isoladas.
 Em uma área descampada evite permanecer de pé, mas também não deite no
chão, nessas posições as suas chances de ser atingido aumentam.
 A posição correta é ficar abaixado e colocar a cabeça entre os joelhos, formando
uma posição mais esférica e menos alta, o que o tornaria menos vulnerável. Faça
do corpo uma "bola com pés", acocorando-se com eles o mais junto possível. Não
toque com as mãos no chão.
162

 Para minimizar o número de pessoas afetadas por um raio, não se junte em grupo. A
corrente elétrica pode passar de uma pessoa para outra sem que elas se toquem.
Afaste-se de objetos metálicos, especialmente armações de tendas e barracas ou cercas
de arame, uma vez que se trata de bons condutores. Caso estejam em grupo
mantenham-se afastados uns dos outros. Isso evita que mais de uma pessoa seja
atingida se um raio cair sobre alguém.
 Não use aparelhos eletrônicos de comunicação, tais como celulares e rádios HT de
comunicação.
 O pronto atendimento das equipes médicas para reanimação cardiopulmonar em
pessoas atingidas por raios é fundamental. Cerca de 20% das vítimas morrem, mas
muitas vezes podem ser salvas se tratadas de imediato.

As formas de acidente por raio são de quatro tipos:

 Direta – o raio cai sobre uma pessoa em pé em um lugar aberto, entrando pela cabeça
(entra no crânio pelos orifícios), atravessa externamente e internamente a pessoa e sai
pelo solo. Esse tipo de acidente é o que faz o maior número de vítimas.
 Por contato – o raio atinge um objeto próximo a pessoa, transferindo-se para ela. Os
objetos de contato podem ser celulares, guarda-chuvas ou um molho de chaves.
 Por espalhamento (splash) – ocorre quando a tempestade está em cima de uma área
cheia de árvores e o raio cai sobre uma delas, e se espalha pelas pessoas em volta.
Pode ocorrer também dentro de casa, se a vítima estiver utilizando telefone com fio. É
o tipo mais comum de acidente.
 Viajando em ondas – a última forma é quando o raio atinge o solo e viaja em círculos
(igual a quando lançamos uma pedra em um lago) e quem estiver no raio da onda é
atingido.

Um fato curioso no caso das mortes por raio é que a causa é realmente uma parada
cardiorrespiratória. Porém, o dano ocasionado pelo raio pode ser decorrente da própria
voltagem do relâmpago, do trauma provocado pelo raio ou pelo excesso de contrações
musculares. A maioria das vítimas fica sem respirar e sem batimentos cardíacos, e necessita
de pronto atendimento médico.
163

Por esse motivo, recomenda-se sempre iniciar manobras de ressuscitação em quem foi
atingido por raio, mesmo que aparente estar morto. Em outros termos, é como se um
hipotético disjuntor desligasse e, alguém o ligasse novamente, restabelecendo a energia no
organismo, ou seja, os batimentos cardíacos e os movimentos respiratórios.

Quando ocorrer uma parada respiratória e parada cardíaca. A recomendação mais importante
e decisiva, NUNCA CARREGUE a vítima, que deve ficar no local, num piso firme para
poder fazer a massagem cardíaca, peça ajuda de outros para chamar a equipe médica.
Levante o queixo da vítima, inclinando a cabeça para trás e inicie a massagem cardíaca
vigorosa, com as duas mãos superpostas sobre o osso esterno (no meio do tórax), que para ser
eficiente, deve-se manter os braços fixos, sem dobrar os cotovelos, a força deve ser apenas o
peso do corpo para deprimir o esterno 3 a 5 cm em cada compressão. A quantidade de
compressões no adulto é de 100 vezes/minuto e não é necessária respiração boca a boca, se
não souber fazê-la. Reveze com outras pessoas as manobras de massagem até a chegada da
ajuda médica ou paramédica.

Carregar pelos braços e pernas uma vítima de parada cardíaca é lhe tirar as poucas chances de
ressuscitação. Aliás, isso serve para qualquer vitima de parada cardiorrespiratória. A
sobrevida depende de se manter oxigenação cerebral mínima pela compressão do tórax, até
que a pessoa volte a respirar espontaneamente.

No que se refere a tempestade ,certifique-se de que passou completamente antes de prosseguir


seu caminho. Muita gente morre antes do clímax de uma tempestade por se aventurar cedo
demais.

Cerca de 20 a 30% das vítimas de raios morrem, a maioria delas por parada cardíaca e
respiratória, e cerca de 70% dos sobreviventes sofrem devido às sérias sequelas psicológicas e
orgânicas, por um longo tempo. As sequelas mais comuns são diminuição ou perda de
memória, diminuição da capacidade de concentração e distúrbio do sono.

O raio nunca avisa aonde vai “cair”. A melhor proteção é se prevenir com antecedência.
A possibilidade de você ser atingido por um raio em um temporal inicia-se meia hora antes e
continua até cerca de meia hora após sua atividade máxima. Mantenha-se protegido nesse
tempo.
164

 Evite ficar descalço e procure manter os pés juntos de modo a impedir que o
potencial elétrico no solo faça circular uma corrente através de suas pernas. Sapatos
com sola de borracha podem ser muito importantes nessas horas;

 Nunca seja o ponto mais alto da redondeza. O raio atinge sempre os pontos que se
sobressaem da superfície como atrativo à descarga;

 Se você estiver no alto de um morro, desça para o ponto mais baixo do terreno.

 Se estiver dentro de rio, mar ou piscina, saia da água, porque, por ser boa condutora,
ela faz com que a corrente do raio atinja distâncias maiores;

 Se você estiver em uma estrada ou na rua, a melhor proteção existente é dentro do


veículo com os vidros fechados. Não são os pneus que promovem a proteção, mas sim
um fenômeno da física chamado Gaiola de Faraday. Os carros fechados podem ser
considerados seguros, porém, procure não tocar em nenhuma parte metálica, nem no
rádio, e mantenha as janelas fechadas;

 Recomenda-se que as pessoas esperem até trinta minutos após ouvirem o último
trovão para poderem sair com segurança e ir a lugares abertos; pesquisas têm mostrado
que a maioria das mortes provocadas por raios tende a ocorrer no período final de
existência das nuvens de tempestade, após o término da chuva, quando as pessoas
acreditam que não irão ocorrer mais raios e deixam de se proteger.

Chuvas fortes / Deslizamentos e Inundações.

A utilização de serviços de meteorologia, em tempo real, possibilitam a antecipação de ações


preventivas e informativas sobre chuvas fortes e torrenciais.

A necessidade de reuniões de Gestão de Crises, para que a Diretoria da Empresa, juntamente


com o Diretor Geral do Evento tanto nacional como internacional, juntamente com a
avaliação do Engenheiro de Segurança responsável pelo Evento e demais coordenadores na
165

esfera dos órgãos públicos, realizar uma avaliação de todas as condições de risco
determinando, então, a necessidade de interrupção do evento seja por tempo determinado ou
definitiva , ocasionando a imediata paralisação das atividades do evento e a decisão sobre a
necessidade ou não de evacuação de todo o público da área do Autódromo de Interlagos.

Com a gestão , em aberto a discussão, a ser decupada e planejada para sua realização. O que
se tem semelhante é : a um processo de final do evento, somente com o maior risco pela
correria do público.

Chuvas Fortes podem vir acompanhadas de Tempestades de Raios, veja no item anterior os
procedimentos a serem adotados.

É de fundamental importância que o maior número de informações seja passada para o


Público presente para não ocasionar situações de pânico ou correria.

A utilização dos telões e dos sistemas de sons, para divulgação e informação ao público é
fundamental. Solicitar que as pessoas tenham calma e sigam as orientações da Equipe de
bombeiros Civis, para evitar-se pânico e acidentes.

É fundamental que em cada área de Palco , tenha-se um “ Mestre de Cerimônia “,


definido, para passar as informações de segurança para o público presente em cada
área. Podendo-se ajustar as informações, dependendo das condições de show em cada
área/momento.

A ação de evacuação de encostas de morros pelo público é uma das ações que deverão ser
implementadas pelas equipes de Segurança Patrimonial / Bombeiros Civis e pela produção do
evento, com isolamento da área. Sendo terminantemente proibido, a permanência de público
nestas áreas durante e após o acontecimento climático.
Inundações repentinas, bruscas ou enxurradas, que ocorrem em regiões de relevo acentuado,
montanhoso.. Acontecem pela presença de grande quantidade de água num curto espaço de
tempo.

Chuvas fortes ou moderadas, mas duradouras (intensas), também podem originar inundações
repentinas, quando o solo esgota sua capacidade de infiltração.
166

Vendavais. O que são?

São perturbações marcantes no estado normal da atmosfera. Deslocamento violento de uma


massa de ar, de uma área de alta pressão para outra de baixa pressão.

Os vendavais, também chamados de ventos muito duros, correspondem ao número 10 na


escala de Beaufort, compreendendo ventos cujas velocidades variam entre 88,0 a 102,0 km/h.

Os ventos com velocidades maiores recebem denominações específicas:


103,0 a 119,0 km/h ciclone extratropical .Acima de 120,0 km/h ciclone tropical ou furacão ou
tufão.

Os vendavais são provocados pelo deslocamento violento de uma massa de ar. Normalmente
são acompanhados, de precipitações hídricas intensas e concentradas, que caracterizam as
tempestades. O superaquecimento local, ao provocar a formação de grandes cumulunimbus
isolados, gera correntes de deslocamentos horizontal e vertical de grande violência e de
elevado poder destruidor.

As tempestades relacionadas com a formação de cumulunimbus são normalmente


acompanhadas de grande quantidade de raios e trovões.

Os vendavais ou tempestades geralmente ocasionam:


 Derrubam árvores e causam danos às plantações;
 Derrubam a fiação e provocam interrupções no fornecimento de energia elétrica e nas
comunicações telefônicas;
 Provocam enxurradas e alagamentos;
 Produzem danos em estruturas construídas e/ou mal situadas;
 Provocam rupturas das coberturas.
 Causam traumatismos provocados pelo impacto de objetos transportados pelo vento,
por afogamento e por deslizamentos ou desmoronamentos.
 Evite o contato com cabos ou redes elétricas caídas.
167

NOTA: Avisar, alertar sobre as condições climáticas, a possibilidade de vendaval e


orientar sobre os cuidados a serem tomados pelo público.

Granizo

Precipitação sólida de grânulos de gelo, transparentes ou translúcidos, de forma esférica ou


irregular, raramente cônica, de diâmetro igual ou superior a 5mm.

O granizo é formado nas nuvens do tipo “cumulonimbus”, as quais se desenvolvem


verticalmente, podendo atingir alturas de até 1.600m. Em seu interior ocorrem intensas
correntes ascendentes e descendentes. As gotas de chuva provenientes do vapor condensado
no interior dessas nuvens, ao ascenderem sob o efeito das correntes verticais, congelam-se ao
atingirem as regiões mais elevadas.

O granizo, também conhecido por “saraivada”, é a precipitação de pedras de gelo,


normalmente de forma esferóide, com diâmetro igual ou superior a 5mm, transparentes ou
translúcidas, que se formam no interior de nuvens do tipo cumulonimbus. Podem subdividir-
se em dois tipos principais:
 gotas de chuvas congeladas, ou
 flocos de neve quase inteiramente fundidos e recongelados;

Tornados. O que são?

São redemoinhos de vento formados na baixa atmosfera, apresentando-se com características


de nuvens escuras, de formatos afunilados, semelhantes a uma tuba, que descem até tocar a
superfície da terra, com grande velocidade de rotação e forte sucção, destruindo em sua
trajetória grande quantidade de edificações, árvores e outros equipamentos do território.

O tornado supera a violência do furacão, mas sua duração é menor e a área afetada é de menor
extensão.
168

Incêndio

Os incêndios podem ser por causas elétricas, combustíveis, por fogos de artifícios ou efeitos
especiais.

Trata-se uma ocorrência na qual há formação de fogo e este fica descontrolado. Para a criação
do fogo, é necessária a presença do chamado “Triangulo do fogo”, formado pelo combustível
(qualquer material que pegue fogo), comburente (elemento que, associado ao combustível,
pode fazê-lo entrar em combustão – como o oxigênio), o calor (necessário para iniciar a
combustão) .

Retirando qualquer um dos três primeiros componentes, não há fogo e o incêndio é apagado.
Os extintores seguem essa idéia, podendo atuar nas três pontas do triângulo, mas não na
reação em cadeia.

Outro ponto importante a frisar é o tipo do extintor que deve ser utilizado para cada classe de
incêndio. Cada tipo de extintor age de uma forma, o que o torna mais ou menos eficaz para
cada tipo de combustível.

 Classe A - Extintores de H2O (água)são utilizados somente: materiais sólidos


como madeira, papel, tecidos e seus derivados;
 Classe B - Extintores PQS (Pó químico) são utilizados: líquidos inflamáveis como
gasolina, álcool, tinta, óleo diesel, etc;
 Classe C - Extintores de CO2 (Gás Carbônico)são utilizados: redes elétricas e
fiações, como em motores elétricos, geradores, equipamentos elétricos e
eletrônicos, etc.

Extintores denominados “ABC” atuam em todos os casos


É importante atentar para o fato de termos no evento além dos equipamentos de extintores de
incêndio, os hidrantes do Autódromo, temos uma equipe de Bombeiros Civis , devidamente
distribuídos em todas as áreas para o atendimento imediato de qualquer princípio de incêndio.
Todas as áreas do evento, estão devidamente sinalizadas e todas as saídas de emergência
encontram-se iluminadas , desobstruídas e abertas.
169

Brigas no meio do Público

Tendo-se uma concentração de público muito grande e com a comercialização de bebida


alcoólica, pode-se ter situações de conflitos entre pessoas, ocorrendo no meio do público em
geral.

Nesta situação, a equipe de segurança do evento, devidamente distribuída, em todas as áreas


do evento, em especial de acordo com a atividade do espaço, agem no sentido de conter a
situação sem deixa-la contaminar o restante do público e visando também a proteção das
pessoas.

O fundamental, além da contenção da situação, é não permitir que se alastre no meio do


público.

O apoio da Equipe de Bombeiros Civis e da produção do evento são o reforço das ações de
contenção.

Uso de substâncias proibidas.

Dentro desta situação específica temos as medidas preventivas já implantadas, a saber:


 A revista, na entrada do evento, pela Polícia Militar, operando conjuntamente com os
Seguranças do evento .
 Serviço Médico do evento em atendimento , com os postos médicos estrategicamente
posicionados na área do evento, tendo a rota de fuga das Ambulâncias , previamente
ajustada para o pronto atendimento.
 Há o procedimento padrão em questão de identificação da pessoa durante o
procedimento de atendimento médico.

Situações de Roubo.
170

 Identificação do Setor da DEATUR – Delegacia de Polícia , para a elaboração de


boletins de ocorrência de eventuais situações ocorridas dentro da área do evento.
 Divulgação da DP está inclusa no Vídeo de Segurança, veiculado no evento.

Estrutura comprometida ou Manutenção durante evento.

 Em situações de estruturas comprometidas, estas áreas deverão ser isoladas ,


afastando-se o público da área com cordão de isolamento (grades ou seguranças).
 Em situação de Manutenção durante a realização do evento, o mesmo procedimento de
se isolar a área , afastando o público da área com cordão de isolamento (grades ou
seguranças).
 Toda a operação de Roda Gigante ou ações ao ar livre , durante situações climáticas de
risco terão suas atividades suspensas até 20 minutos após o termino da situação de
emergência.

Figura 61: Queda do Palco da Banda GUNS N´ ROSES no sábado, 13 de março de 2010 em
função do forte temporal acompanhado de ventos de alta velocidade no final da tarde na
cidade do Rio de Janeiro. O Show a ser realizado no dia 14/03/2010 foi adiado para o dia
25/03/2010. Duas pessoas tiveram ferimentos leves após a queda de parte do palco. Elas
foram antendidas no local e encaminhadas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro.
171

ANEXO 1 - Tabela de classificação de risco conforme Capítulo III da classificação de


Risco, artigo 3º, § 2º constante do Anexo IV da Portaria Nº 677/2014 – SMS /
COMURGE
172

ANEXO 2 – Modelo para formulário de uma solicitação identificando claramente um


evento – (Adaptado do modelo padrão da SMPR /SP)
173

ANEXO 3 - Atestado de estabilidade das estruturas e instalações provisórias

ATESTADO DE ESTABILIDADE DAS ESTRUTURAS E INSTALAÇÕES


PROVISÓRIAS

Atesto, para fins de comprovação das condições de segurança e sob as penas da Lei,
que as estruturas provisórias montadas para o evento
____________________________________, a ser realizado no ______________________,
nos dias ________________________ com horário de ____________________, encontram-
se em perfeitas condições de acordo com as Normas Técnicas da ABNT, COE - Código de
Obras e Edificações do Município de São Paulo (Lei nº 16.642/2017 e Decreto nº
57.776/2017), e legislações complementares, no que se diz a respeito as estrutura
complementar, tais como estruturas das instalações, palcos, equipamentos, painéis, tendas,
stands, mobiliários, gradis, guarda-corpos, corrimãos, escadas, pórticos e elementos
decorativos.

São Paulo, ___ de ___________ de _______

_________________________________
Responsável Técnico
CREA / CAU: _________________
ART / RRT: __________________
174

ANEXO 4 - Atestado de instalações elétricas e aterramento

ATESTADO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ATERRAMENTO

Atesto para os devidos fins, que as Instalações Elétricas Provisórias bem como o
Aterramento das Estruturas para o evento ____________________________________, a ser
realizado no ______________________, nos dias ________________________ com horário
de ____________________, estão em conformidade com os termos e especificações da
Norma NBR 5410/ABNT.

São Paulo, _____ de _________________de ______

_________________________________________
Responsável Técnico
CREA: ___________________
ART: ____________________
175

ANEXO 5 - Atestado de sistema de proteção contra descargas atmosféricas.

ATESTADO DE SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS


ATMOSFÉRICAS

Atesto para os devidos fins, que as instalações do Sistema de Proteção contra


Descargas Atmosféricas (SPDA / pára-raios) para o evento
____________________________________, a ser realizado no ______________________,
nos dias ________________________ com horário de ____________________, estão em
conformidade com os termos e especificações da Norma NBR 5419/ABNT.

São Paulo, _____ de _________________de ______

_________________________________________
Responsável Técnico
CREA: __________________
ART: ____________________
176

ANEXO 6 - Atestado de geradores de energia

ATESTADO DE GERADORES DE ENERGIA

Atesto para os devidos fins, que os Grupos Geradores de Emergência utilizados para
iluminação, som e sistemas de segurança contra incêndio para o evento
____________________________________, a ser realizado no ______________________,
nos dias ________________________ com horário de ____________________, encontra-se
em perfeitas condições de uso e instalação, conforme a NBR 5410/ABNT e NBR
10898/ABNT e demais normas pertinentes, Decreto nº 52.209/2011 (Combustível do Grupo
Geradores) e demais legislações pertinentes.

São Paulo, _____ de _________________de ______

_________________________________________
Responsável Técnico
CREA: ___________________
ART: ____________________
177

ANEXO 7 - Atestado de equipamentos de segurança contra incêndio

ATESTADO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

Atesto para os devidos fins, que os equipamentos que compõem o sistema de


segurança para o evento ____________________________________, a ser realizado no
______________________, nos dias ________________________ com horário de
____________________, encontram-se instalados em perfeitas condições de uso, em acordo
com o COE - Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo (Lei nº 16.642/2017
e Decreto nº 57.776/2017), Decreto Estadual nº 56.819/2011 e normas técnicas da ABNT.

São Paulo, _____ de _________________de ______

_________________________________________
Responsável Técnico
CREA / CAU: ___________________
ART / RRT: ____________________.
178

ANEXO 8 - Atestado de equipamentos de segurança contra incêndio

ATESTADO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

Atesto para os devidos fins que os componentes da Brigada de Combate a Incêndio e


pânico, conforme relação anexa, receberam treinamento sobre a operacionalidade do sistema
de segurança contra incêndio e pânico para o evento
____________________________________, a ser realizado no ______________________,
nos dias ________________________ com horário de ____________________, nesta
Capital, de acordo com as normas técnicas NBR 14.276/ABNT, em atendimento ao COE -
Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo (Lei nº 16.642/2017 e Decreto nº
57.776/2017) e Decreto Estadual nº 56.819/2011.

São Paulo, ______ de ________________ de _______.

_________________________________________
Responsável Técnico
CREA: ___________________
ART: ____________________.
179

ANEXO 9 - Relação dos brigadistas

RELAÇÃO DOS BRIGADISTAS


(De acordo com as normas técnicas NBR 14.276/ABNT)

Local:
Endereço:

NOME DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO


NONONONONONONO 99999999999
NONONONONONONO 99999999999
NONONONONONONO 99999999999
NONONONONONONO 99999999999
NONONONONONONO 99999999999
NONONONONONONO 99999999999

São Paulo, ______ de ________________ de _______.

_________________________________________
Responsável Técnico
CREA / CAU: ___________________
ART / RRT: ____________________
180

ANEXO 10 - Atestado de acessibilidade das instalações e equipamentos

ATESTADO DE ACESSIBILIDADE DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

Atesto para os devidos fins, que as adaptações e instalação realizadas para o evento
____________________________________, a ser realizado no ______________________,
nos dias ________________________ com horário de ____________________, inclusive
nos acessos as entradas, saídas, saídas de emergência, sanitários, estacionamentos, atendem a
Lei nº 11.345/1993 e a NBR 9050/ABNT.

São Paulo, ___ de ___________ de _____

___________________________________
Responsável Técnico
CREA / CAU: _________________
ART / RRT: __________________
181

ANEXO 11 - Atestado de instalações de gás

ATESTADO DE INSTALAÇÕES DE GÁS

Atesto para os devidos fins, que as Instalações de Gás (GLP) a serem montadas para o
evento ____________________________________, a ser realizado no
______________________, nos dias ________________________ com horário de
____________________, encontram-se instaladas em perfeitas condições de uso, em acordo
com o COE - Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo (Lei nº 16.642/2017
e Decreto nº 57.776/2017), Decreto Estadual nº 56.819/2011 e normas técnicas da ABNT.

São Paulo, ___ de ___________ de _____

___________________________________________
Responsável Técnico
CREA / CAU: _________________
ART / RRT: __________________
182

ANEXO 12 - Atestado de atoxidade e ignifugação de materiais de acabamento

ATESTADO DE ATOXIDADE E IGNIFUGAÇÃO DE MATERIAIS DE


ACABAMENTO

Atesto para os devidos fins, que os materiais de acabamento utilizados no evento


____________________________________, a ser realizado no ______________________,
nos dias ________________________ com horário de ______________________, não
apresentam, segundo fabricante, padrões de emissão de gases e carga incêndio que necessitem
tratamento especial para diminuição da velocidade de propagação de chamas.

São Paulo, ___ de ___________ de _____

____________________________________________
Responsável Técnico
CREA / CAU: _________________
ART / RRT: __________________
183

ANEXO 13 - Termo de compromisso quanto ao controle dos níveis de ruídos emitidos

TERMO DE COMPROMISSO QUANTO AO CONTROLE DOS NÍVEIS


DE RUÍDOS EMITIDOS (PARAMETRO DE INCOMODIDADE)

Para o evento ___________________________________________________, a ser


realizado no ________________________, sito a
__________________________________________________, bairro
______________________, nesta cidade, do dia _____ até o dia ______ e com horário de
funcionamento das _____ às _____ horas, COMPROMETEMOS que os ruídos gerados
durante o referido evento estarão atendendo os limites de nível máximo de ruído estabelecido
pela LPUOS (Lei nº. 16.402/2016 – Quadro 4B) e/ou NBR 10.151/ABNT.

E por ser a expressão da verdade, assinamos o presente, para que surta seus legais e
jurídicos efeitos.

São Paulo, _____ de _________________de ______

Responsável pelo Uso:


Assinatura:___________________________________
Nome: ______________________________________
Razão Social: ________________________
CNPJ no ______________________
Telefone para contato: _____________________ Cel: ________________

Responsável Técnico:
Assinatura:____________________________________
Eng./ Arqto. _________________________________
CREA no ______________________
184

ANEXO 14 - Termo de compromisso quanto ao atendimento de legislações diversas

TERMO DE COMPROMISSO QUANTO AO ATENDIMENTO DE LEGISLAÇÕES


DIVERSAS

Para o evento
____________________________________________________________, a ser realizado no
_________________________________________, sito a
_______________________________________________________, bairro
______________________, nesta cidade, do dia _____ até o dia ______ e com horário de
funcionamento das _____ às _____ horas, com lotação máxima de __________ pessoas,
COMPROMETEMOS que estaremos atendendo as legislações citadas a seguir:

I. Decreto nº 49.969/2008, em seu Art. 9º, quanto à divulgação do sistema de segurança


disponível para o evento, salientando a presença da brigada de combate á incêndio e
pânico, de grupo gerador, de equipamentos de combate á incêndio (extintores,
hidrantes, alarmes, etc.) e orientação para as rotas de fuga e saídas de emergência
disponíveis;

II. Lei nº 14.223/2006, regulamentada pelo Decreto nº 47.950/2006, que dispõe sobre a
ordenação dos elementos que compõem a paisagem urbana do Município de São
Paulo;

III. Ao COE - Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo (Lei nº


16.642/2017 e Decreto nº 57.776/2017), e ao Decreto Estadual nº 56.819/11, quanto à
desobstrução e sinalização das rotas de fuga e dos equipamentos que compõem o
sistema de segurança contra incêndios, durante e após a realização do evento;
185

IV. ( ) Lei nº 14.450/2008, regulamentada pelo Decreto nº 49.962/2008, que institui o


Programa de Combate à Venda Ilegal de bebida alcoólica e de desestímulo ao seu
consumo por crianças e adolescentes, no âmbito do município de São Paulo;

V. ( ) Lei Estadual nº 13.541/2009, regulamentada pelo Decreto nº 54.311/2009, institui a


Política Estadual para o Controle do Fumo, regulamenta a Lei nº 13.541/ 2009, que
proíbe o consumo de produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, em ambientes de
uso coletivo, total ou parcialmente fechados;

VI. ( ) Lei nº 15.326/2010 que determina o monitoramento por câmeras em eventos


geradores de público ACIMA DE 10.000 PESSOAS;

VII. ( ) presença de Profissional em Engenharia de Segurança do Trabalho, para eventos


com lotação acima de 10.000 PESSOAS.

E por ser a expressão da verdade, assinamos o presente, para que surta seus legais e
jurídicos efeitos.

São Paulo, ____ de _______ de ______

Responsável pelo Uso:


Assinatura:___________________________________
Nome: ______________________________________
Razão Social: ________________________
CNPJ no ______________________
Telefone para contato: _____________________ Cel: ________________

Responsável Técnico:
Assinatura:____________________________________
Eng./ Arqto. ___________________________
CREA/CAU no ______________________
186

ANEXO 15 – MODELO PARA OFICIOS DIVERSOS.

São Paulo, XX de XXXXXX de XXXX.

À XX COMPANHIA DO XX BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE


SÃO PAULO
Rua XXXXXXXXXXXXXX
São Paulo/SP

Att. Sr. Comandante XXXXXXXXXXXXXX

Ref.: Evento “XXXXXXXXXXXXXXXXXXX”.


Assunto: informativo de evento

Prezados,

A empresa XXXXXXXXXXX, sociedade com sede na Rua


XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, nº XXXXXXXXXXX, Bairro XXXXXXXXXXX, São
Paulo, SP, inscrita no CNPJ sob o nº: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, vem
respeitosamente à presença de V.Sa., expor o quanto segue:

A Requerente será responsável pela realização de evento


“XXXXXXXXXXXXXXXXXXX”, que trata-se de XXXXXXXXXXXXXXXX (descritivo
do evento).

Abaixo as informações do evento:

 Local: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
 Endereço: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX (COMPLETO).
 Período do evento: XX/XX a XX/XX/2017.
 Horário: das XXhs às XXhs.
 Público previsto: XX (XXXXXXXXXXXX) pessoas por dia. INFORMAR SE
HAVERÁ VENDA DE INGRESSOS.
187

Sendo assim, vimos por meio desta informá-los que o projeto em referência será realizado em
ambiente fechado, bem como não será necessário o policiamento preventivo especializado e
judiciário.

Permanecendo à disposição para esclarecimento de eventuais dúvidas, através dos


seguintes dos telefones:

 Nome XXXXXXXXXXX, e-mail xxxxxxxxxxxx@xxxxxxxxxxxxxxxx


 Rua XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
 Tel: XXXX-XXXX.

Antecipadamente agradecemos vossas gentis providências e manifestação de apoio.

Atenciosamente,

________________________________________________
NOME DA EMPRESA
RESPONSÁVEL
188

ANEXO 16 – Alvará de Autorização do Lollapalooza


189

Potrebbero piacerti anche