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2018
DIREITO DE FAMÍLIA
INTRODUÇÃO
Direitos Reais = massa estabilizada; estático; institutos são pouco modificados. Ex.:
Propriedade, usucapião, etc.
Ex.: Numa relação contratual, o locador sente raiva quando seu inquilino atrasa por 4
meses o pagamento do aluguel. Mas não se compara, por exemplo, à raiva que o
mesmo individuo sente quando descobre que a esposa está transferindo o patrimônio
do casal para o amante dela...Neste caso a raiva é descomunal.
A legislação brasileira já permitiu que o marido matasse a sua esposa caso esta
cometesse o adultério. Daí tem-se uma noção da força do "dever de fidelidade" ainda
presente no Código Civil.
Até 1988 (Código Civil/16) a única maneira de se formar família era através do
casamento.
A CF/88 prevê que a família pode ser constituída pelo casamento, união estável ou
somente um dos pais (pai ou mãe) com os filhos (denominada família monoparental).
Portanto, adotou-se a partir da Carta Magna o chamado Pluralismo Familiar.
AULA 08.02.2018
Adendo:
Este, portanto, foi um dos absurdos que o Estatuto eliminou, uma vez que a partir da
sua entrada em vigor, a mulher maior de idade que se casasse continuava a ser
plenamente capaz para todos os atos da vida civil.
DIVÓRCIO (1977)
O antigo Desquite é hoje chamado de Separação. Com o advento da Lei de 2007 não
há que se falar em Separação Judicial, uma vez que existe a possibilidade também de
Separação Extrajudicial.
Adendo:
Em grande parte por influencia da Igreja, até 1977 não existia a possibilidade do
divórcio.
Então, p.e., um casal que decidisse de se separar amigavelmente por volta dos anos
de 1950 tinha como única possibilidade legal o desquite, ou seja, o qual promovia
somente a extinção da sociedade conjugal, mas não do casamento, isto é, do
vinculo matrimonial.
Assim, os desquitados embora solteiros, não podiam casar-se novamente, pois ainda
estavam juridicamente casados com seus companheiros originários.
AULA 08.02.2018
Era o chamado concubinato. (União livre e estável de um homem e uma mulher que não são
casados um com o outro).
Ocorre que esta mulher solteira muitas vezes construía um patrimônio juntamente com
este homem "separado" e depois de alguns anos de união, as vezes com filhos, era
abandonada sem qualquer direito nos bens do casal (P.e., pensão alimentícia).
Até que numa dessas situações, uma dessas mulheres bateu às portas do Judiciário,
e o TJSP condenou que o homem pagasse indenização à mulher com o fundamente
de "serviços domésticos prestados", ou seja, a Justiça considerou aquela mulher
não como esposa, mas como uma empregada de seu próprio marido.
Chocante não?
A união estável como se conhece nos dias de hoje só surgiu com a Constituição
Federal de 1988. Antes qualquer relação amorosa que não se desse através do
casamento não era considerada família. Ou dito de outra forma: somente era possível
constituir família antes de 1988 através do casamento.
Não revogou de forma expressa a Lei de 77, nem o CC/02 que regulamenta a
separação e o divórcio.
Obs.: Para o TJSP não existe mais a separação. Diferentemente do que ocorre no
TJRS e TJMG que ainda o reconhece. E na doutrina há divergência também.
A certeza é que os prazos não mais existem.
Assim, a EC/66 criou uma grande polemica: até hj não se sabe se no Brasil vigora
somente o divórcio ou se continua a existir o instituto da separação.
Um casal que decidisse se separar em 1980, p.e., (ou antes da EC/66) teria que
completar 1 ano de casado para mover a ação de separação judicial e, após
transitada em julgada a sentença, aguardar mais 1 ano para converter a separação
em divórcio. Ou seja, sendo amigável, aguardar transcorrer, no mínimo, 2 anos de
casamento para conseguir extinguir o vínculo matrimonial.