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Fichamento – Daniele Bertollo 03/11/2017

Obra: A pesquisa sociolingüística

Autor: Fernando Tarallo

“Tudo aquilo que não pode ser prontamente processado, analisado e


sistematizado pela mente humana provoca desconforto”p.5

Seres humanos sentem a necessidade de que tudo seja


sistematizado. Obter padrões, estipular limites, seguir regras e organizar o
caos aparente fazem com que a pessoa tenha uma sensação de segurança.
Quando a organização não é tão simples, quando exige uma compreensão
maior, talvez estudos e pesquisa, o desconforto aparece. É incômoda a
sensação de desordem.

 Relação entre língua e sociedade.


A construção de uma língua está atrelada ao desenvolvimento da
sociedade que a cerca. O uso da nomenclatura “sociolinguística” pressupõe
que haja uma linguística que possa ser pautada separadamente do uso
social da língua.

“A língua falada é, a um só tempo, heterogênea e diversificada.” P.6.


A língua falada é bastante distinta e diversificada. Toda essa
diversidade, vista por alguns como “caos” linguístico; por outros é vista
como uma riqueza imensurável que pode e deve ser sistematizada.

 Teoria da variação linguística: assume o “caos” linguístico como


objeto de estudo.
A Teoria da Variação Linguística surge com a intenção de tomar como
objeto de estudo todo esse “caos” aparente, organizá-lo e estudá-lo para
que se possa compreender melhor o seu funcionamento. William Labov,
linguísta estadunidense, considerado o fundador da sociolinguística
variacionista, diz que a variação é inerente à linguística e que ela não é só
natural, mas também necessária para o funcionamento de uma língua.
Labov trabalhou com a sociolinguística quantitativa, nome dado por operar
com números e pelo tratamento estatístico dos dados coletados.

“A língua pode ser um fator extremamente importante na


identificação de grupos, em sua configuração, como também uma possível
maneira de demarcar diferenças sociais no seio de uma comunidade.” P. 14
A língua representa os aspectos sociais de uma comunidade. Por meio
da língua é possível a identificação de grupos, porém também é possível
demarcar diferenças sociais. A problemática surge quando a língua é
utilizada como meio de estigmatização de uma parcela da sociedade.

“Toda ciência – a linguística, em nosso caso particular – tem uma


teoria própria, um objeto específico de estudo e um método que lhe é
característico.” P.17
O nosso objeto de estudo, a língua falada (vernáculo), nada mais é
que a fala do cotidiano, natural.

 Não há “caos” linguístico sem variantes. P. 33


As variantes são responsáveis pela diversidade da língua. À descrição
detalhada das variantes daremos o nome de “envelope de variação”. De
acordo com Labov, os estudos sociolingüísticos devem ser sincrônicos e
diacrônicos. Sincrônicos quando a variação linguística é estudada em um
determinado momento. Diacrônico quando estudada em vários momentos,
longitudinalmente.

“A sistematização do caos linguístico demonstra, em seus resultados,


que a cada variante correspondem certos contextos que a favorecem.” P. 36
Os contextos que favorecem as variantes são chamados de “fatores
condicionadores”: formalidade e informalidade do discurso, nível
socioeconômico, escolaridade, faixa etária e sexo.

 A língua falada é heterogênea e variável, porém, ainda assim,


passível de sistematização. A língua falada é, portanto, um
sistema variável de regras. P. 57.

“A implantação da norma-padrão traz como consequência imediata a


unidade da língua nacional.” P. 58
Há fontes de dados que objetivam a unificação da língua nacional,
como os meios de comunicação, mas mesmo assim ainda encontrará traços
de variantes no discurso.

“Cada comunidade de fala é única, cada falante é um caso


individual.” P. 62
Somente por meio da correlação dos fatores lingüísticos e não-
linguísticos que pode-se chegar a um melhor conhecimento de como a
língua realmente é usada e constituída, portanto não há heterogeneidade,
pois as comunidades e indivíduos são únicos, carregam suas próprias
características.

“Nem tudo que varia sofre mudança; toda mudança linguística, no


entanto, pressupõe variação. Variação, portanto, não implica mudança;
mudança, sim, implica sempre variação. Mudança é variação!” P. 63
“A estrutura de uma língua somente será totalmente entendida à
medida que se compreendam efetivamente os processos históricos de sua
configuração.” P. 65

“Uma teoria da mudança linguística deve guiar-se por uma


articulação teórica e metodológica entre presente-passado e presente.” P.
65

P. 81 (Mônica): o caráter heterogêneo da língua falada é


simplesmente uma questão de aparência: à heterogeneidade subjaz um
sistema, devidamente estruturado.

“Mudança é variação!” P. 83

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