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AR

CONDICIONADO
VEICULAR
SUMÁRIO

Apresentação
I - INTRODUÇÃO A AR CONDICIONADO AUTOMOTIVO

Retirar o calor que está dentro de um carro, tornando a temperatura e umidade


interna confortáveis, não é lá tarefa tão fácil.
Um veículo consegue reunir diversos fatores que, conjugados, tornam o processo de
refrigerar o seu interior um dos mais complexos:
• O automóvel possui uma carga térmica elevada, pois a troca de calor entre o
interior e o exterior é grande e constante;
• Os vidros e revestimentos internos, em conjunto, tornam a sua carroceria uma
verdadeira estufa. Os raios solares aquecem o interior por radiação e a
vedação dos vidros impede que o calor saia por convecção, ou seja, o sol
aquece os revestimentos, mas não há fluxo de ar para que o calor se dissipe
no exterior.
• A capacidade de remoção de calor necessária varia de forma significativa,
pode ser mínima com somente o motorista à noite, como pode ser máxima
com carro cheio e sol a pino;
• O espaço disponível para instalação dos componentes é, bastante reduzido
nos carros pequenos. Isso dificulta a instalação e às vezes traz prejuízos,
como perda de parte do espaço no porta luvas etc;
• O calor proveniente dos componentes mecânicos, em especial do motor, além
de aumentar a carga térmica, requer proteção dos componentes;
• O compressor, peça vital do sistema, trabalha conectado ao motor, o que faz
com que seu funcionamento seja em rotações diversas, o que o transforma
em componente complexo e caro;
• A presença de conexões rosqueadas e elevada vibração requerem
dispositivos de vedação bastante eficientes para evitar perda de gás
refrigerante;
• O sistema requer uma corrente elétrica para funcionamento, o que exige um
novo dimensionamento da Bateria e do Alternador;
• O funcionamento do compressor determina perda de potência do motor e
conseqüente aumento no consumo de combustível.
Como se vê, o sistema de ar condicionado de um automóvel deve driblar todos esses
inconvenientes para que funcione perfeitamente. A tecnologia dos sistemas de
refrigeração tornou possível resolver praticamente todos eles, tornando o sistema
bastante confiável e eficiente.

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Funcionamento

O ar condicionado automotivo, assim como a geladeira e o ar condicionado


doméstico, funciona devido a propriedade física dos líquidos de, ao evaporarem,
absorverem certa quantidade de calor.
O sistema possui 7 partes principais :
• Gás refrigerante – circula dentro de um circuito fechado e é responsável por,
ao evaporar no evaporador, retirar o calor da parte interna do veículo para em
seguida liberá-lo, ao se condensar no condensador, na parte externa do
veículo;
• Compressor – faz o gás circular pelo sistema, a pressões adequadas para que
o mesmo efetue a troca de calor com o interior do veículo e com a parte
externa. O seu acionamento é feito mediante uma correia que o acopla ao
motor do carro. Uma embreagem elétrica desliga ou liga o mesmo, de acordo
com o funcionamento, pressões do gás refrigerante e temperatura interna;
• Evaporador – situado na parte interna do carro, geralmente atrás do porta-
luvas, é o local onde o gás refrigerante circula evaporando. Essa evaporação
diminui a temperatura da serpentina e aletas que o compõe. O ar, pressionado
pelo ventilador interno, passa pelo evaporador, sendo resfriado e conduzido
para o compartimento dos passageiros;
• Condensador – como o próprio nome diz, procede a condensação do gás para
que ele seja novamente conduzido para evaporação. Fica situado à frente do
veículo, mais precisamente à frente do radiador. Consta de serpentina e aletas
para facilitar a troca de calor. Um ventilador, geralmente elétrico, força o ar
externo para facilitar a troca de calor com o ambiente;
• Válvula de expansão – procede a adequação da pressão do líquido
refrigerante, antes de sua entrada ao evaporador;
• Tubulações e conexões – possibilita a ligação entre todos os componentes;
• Sistema elétrico – controla todo o sistema, incluindo ventiladores, sensores de
pressão do gás, a embreagem elétrica do compressor e os comandos de
acionamento e controle.

Existem basicamente três tipos de instalações de ar condicionado: a original de


fábrica, a realizada fora da fábrica com componentes originais, e a realizada fora da
fábrica com componentes genéricos, que podem ser de um fabricante de renome.
Com relação a instalação de um ar condicionado, seja ele na fábrica ou não, alguns
fatores devem ser observados :
• Sistema elétrico – para suportar a carga extra dos componentes adicionais
que serão instalados é necessário avaliar a capacidade da Bateria e,
principalmente, do Alternador. O alternador é responsável por suprir todo o
sistema elétrico do carro enquanto o motor estiver funcionando, além de
possuir uma reserva para proceder a carga da bateria. No caso de uma
sobrecarga, ou seja, um consumo de eletricidade maior do que o alternador

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consegue fornecer, a Bateria entre em ação como armazenador, suprindo
essa deficiência. Um alternador subdimensionado determina sobrecarga da
bateria, com cargas e descargas consecutivas e drástica redução na vida útil
da mesma. Por isso que se deve avaliar o sistema elétrico antes da instalação
de qualquer acessório;
• Vidros - devem ser preferencialmente verdes, para diminuir a troca de calor
com o ambiente;
• Motor - deve existir uma interação entre o ar condicionado e o sistema
eletrônico de controle do motor (injeção eletrônica). Quando o compressor
entra em funcionamento, uma carga adicional é demandada do motor, o que
torna necessário que este tenha sua rotação elevada como forma de
compensar essa carga. A existência dessa interação torna o funcionamento
do motor mais uniforme, mesmo com as entradas do compressor, que
acontecem normalmente enquanto o ar estiver funcionando.

O ar condicionado original tem a sua instalação efetuada levando em consideração


todos esses fatores, o que garante alta confiabilidade e eficiência do sistema, sem
prejudicar o funcionamento dos demais componentes do automóvel.
Com relação à instalação fora da fábrica, inicialmente era um processo praticamente
artesanal, que poderia ocasionar problemas futuros. A exigência de qualidade e uma
qualificação maior da mão de obra tornou a instalação de ar condicionado algo
relativamente simples e com qualidade garantida. Os fabricantes passaram a
fornecer kits originais, que inclusive mantêm o aspecto original do painel e
revestimentos, sem necessidade de realizar furos na carroceria e revestimentos do
carro.
A instalação em lojas de qualidade produz um serviço eficiente e limpo, que muitas
vezes pouco fica a dever em relação a um equipamento originalmente instalado na
fábrica. Basta que a instalação seja criteriosa, com especial atenção aos parâmetros
descritos anteriormente.
A instalação utilizando componentes originais, ou o chamado kit original tem a
vantagem de manter o aspecto original do veículo, o que pode reverter em vantagem
na hora de revendê-lo.
Já com relação à capacidade de refrigeração, desde que bem instalados, não se
nota grande diferença entre os três tipos, sendo assim todos geralmente “gelam”
bem, atendendo o compromisso de manter o conforto térmico adequado.

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II – AR CONDICIONADO VEÍCULAR

O que é um sistema de Ar Condicionado?


Um sistema de ar condicionado assegura um maior conforto durante a condução das
seguintes formas:

• Arrefecendo o ar a elevadas temperaturas do ar ambiente ou sob o efeito de


um sol muito quente;
• Secando o ar;
• Limpando o ar.

Apenas é possível "produzir frio", ou seja, arrefecer uma substância, retirando-lhe o


calor que ela contém. Num veículo, o condicionamento do ar baseia-se numa lei
natural de que os líquidos se evaporam quando expostos a um aumento de
temperatura ou uma redução da pressão, absorvendo o calor durante este processo.
Se este vapor aquecido voltar a ser arrefecido, liberta o calor que tinha absorvido e
volta a liquefazer-se. Este processo pode repetir-se tantas vezes quanto se pretenda,
de forma a "produzir frio" continuamente.
Para uma melhor compreensão do processo que ocorre num sistema de ar
condicionado, torna-se necessário, em primeiro lugar, explicar alguns conceitos
fundamentais sobre refrigeração:

• Umidade relativa do ar;


• Transferência de calor;
• Calor latente de evaporação e condensação;
• Evaporação e condensação a pressões elevadas.

2.1 Fundamentos

2.1.1Umidade relativa do ar

É bem conhecido pelas observações meteorológicas que o ar mais quente pode


absorver mais umidade (vapor de água) que o ar mais frio. Além disso, o ar mais
quente que absorveu uma quantidade máxima de vapor de água condensa-se
quando arrefecido a uma certa temperatura, formando gotículas de água. Esta
temperatura é conhecida por ponto de condensação, altura em que a umidade
relativa do ar é de 100 %.
A umidade relativa do ar é de grande importância para o nosso conforto. Achamos
que um nível de umidade do ar inferior a 60 % é agradável visto que a umidade
libertada pelo corpo humano pode ser facilmente absorvida pelo ar. Se a umidade
sobe acima dos 75% achamos que o ar é desagradável em tempo quente, pois o ar
não é capaz de absorver mais umidade.

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Conseqüentemente, os sistemas de ar condicionado controlam tanto a temperatura
como a umidade do ar.

2.1.2 Transferência de calor

A transferência de calor é outro processo físico que se verifica no sistema de ar


condicionado. Uma transferência de calor
ocorre sempre que duas substâncias de
diferentes temperaturas entram em contato
uma com a outra e o calor transfere-se da
substância mais quente para a mais fria.
Esta troca verifica-se até que seja
estabelecido um equilíbrio da temperatura.
A quantidade do calor transferido mede-se
em Joules (J) ou kilojoules (kJ). A definição
é a seguinte: a quantidade de calor
necessária para elevar a temperatura de 1 1. Água a 0 ºC
kg de água para 1°C, é 4,2 kJ. 2. Calor aplicado
Por exemplo, 420 kJ aplicados a 1 litro de 3. Água a 100ºC
água a O°C, esta passará para o ponto de
ebulição de 100°C. Inversamente, terá que se retirar a mesma quantidade de calor a
essa água a ferver para arrefecer até ao ponto de congelamento. No sistema de ar
condicionado, o calor é transferido de um espaço isolado (o compartimento dos
passageiros) para o exterior.

2.1.3 Calor latente de evaporação e de condensação

Durante a evaporação e a condensação o


calor aplicado é utilizado para converter uma
substância líquida numa substância gasosa e
não para aumentar a sua temperatura. Esta
lei pode ser demonstrada citando um
exemplo:
Aquece-se água numa panela, e quando ela
começar a ferver, a temperatura atinge 100°C
formando o vapor de água. Nesta altura,
mesmo que se aplique mais calor, a
temperatura da água mantém-se constante
nos 100°C. A água aquecida é convertida 1 Condensação da água
completamente em vapor, se for aplicado 2 Evaporação da água
mais calor.
O calor necessário para isto é denominado
"calor latente de evaporação". Se retirarmos a tampa, podemos ver a condensação
do vapor de água na tampa em forma de pequenas gotas de água. A energia térmica
contida no vapor é transmitida para a tampa e para o ambiente circundante.

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Todo o aquecimento perdido durante a condensação é denominado "calor latente de
condensação".

TEMPERATURA COMO FUNÇÃO DO CALOR APLICADO

1 Gelo
2 Água
3 Vapor

2.1.4 Evaporação e condensação à altas pressões

Pressão do vapor

A uma pressão atmosférica normal, a água evapora-se e condensa-se a 100°C. No


entanto, esta temperatura depende da pressão exercida sobre o líquido, a
denominada pressão do vapor (por exemplo, a pressão de 5 bar a água apenas ferve
a 152°C).

Vapor saturado e vapor superaquecido

Se a água for levada a fervura num recipiente fechado, forma-se uma nuvem de
vapor que aumenta continuamente sobre o líquido até que a pressão do vapor é igual
a pressão da água.
Já não se pode formar mais vapor, pois parte do mesmo voltaria a condensar-se a
medida que a pressão aumentasse. Estabelece-se assim um equilíbrio entre o
líquido produtor do vapor e o vapor formado, o chamado "vapor saturado".
Se a temperatura continuar a subir, depois de todo o líquido se ter evaporado, o
vapor é denominado vapor superaquecido.

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Todos os gases como o ar, o oxigênio ou o dióxido de carbono são efetivamente
vapores superaquecidos, ou seja, já não tem qualquer ligação com o líquido que os
produz. O refrigerante utilizado nos sistemas de ar condicionado é um vapor
saturado – tem uma ligação direta com o líquido que o produziu.

Pressão como função da alteração do volume

Se o pistão for empurrado até o meio,a pressão não aumenta mais o gás condensa-
se formando um líquido. A. B.
Valor
Vapor
superaquecido,
saturado, exemplo
ar, por exemplo.
refrigerante R12.
Cilindro A:
B: Cheio
cheio de
de ar.
gás
Se o pistão voltar para trás, o liquido evapora-se. A pressão apenas depende da refrigerante
temperatura. Se o pistão for empurrado até o meio a
pressão duplica.

2.1.5 Evaporação e condensação do refrigerante

A água não serve como refrigerante nos sistemas de ar condicionado visto que o seu
ponto de ebulição é muito elevado, mesmo a baixas pressões não se obteria
qualquer efeito refrigerante quando se evaporasse.

2.1.6 Condensação

No circuito refrigerante do sistema de ar condicionado, o refrigerante gasoso


previamente comprimido e aquecido, passa através de um condensador constituído
por numerosas aletas de arrefecimento. O ar exterior mais frio ao passar pelo

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condensador arrefece o refrigerante de uma forma tão brusca que este se condensa.
O calor libertado é absorvido e levado para o ar exterior.

1. Refrigerante gasoso quente


2. Refrigerante liquido frio.
3. Ar quente
4. Ar frio

2.1.7 Evaporação

O líquido refrigerante é bombeado a alta pressão para a válvula de expansão e daí,


em baixa pressão, flui para o evaporador, constituído por um sistema de tubos. A
súbita queda de pressão obriga o refrigerante a evaporar e arrefecer, reduzindo a
temperatura do evaporador. O calor é retirado do ar que passa sobre o exterior do
alojamento do evaporador. Assim, o ar arrefecido entra no interior do veículo.

1. Refrigerante líquido frio


2. Refrigerante gasoso quente
3. Ar quente
4. Ar frio

2.2 Os refrigerantes nos sistemas


de ar condicionado

2.2.1 Refrigerante R12

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O R12 é um CFC gasoso (Fluorcarbono clorado), que tem um ponto de ebulição de
-29,8°C, à pressão atmosférica ao nível do mar.
O ponto de ebulição depende da pressão, ou seja, o ponto de ebulição aumenta
quando a pressão aumenta. A chamada "curva da pressão do vapor", mostra as
pressões e as temperaturas as quais o refrigerante está líquido ou gasoso.

Curva d e pressão do vapor do R12

A. Líquido

B. Em vapor

O R12 tem as seguintes propriedades:

• É inodoro (em concentrações inferiores a 20%);


• Não é tóxico (exceto em contato com uma chama ou com superfícies
quentes);
• Não inflamável;
• Não-explosivo;
• Absorve a umidade rapidamente;
• É miscível com óleos minerais;
• Quando gasoso é mais pesado que o ar, logo existe o risco de asfixia junto ao
solo;
• Não ataca os metais ou a borracha;
• É um gás CFC que afeta o ambiente (contém cloro que afeta a camada de
ozônio da atmosfera).

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Obs. As operações e reparos de serviço nos sistemas de ar condicionado com
R12, apenas devem ser feitas utilizando s ferramentas, o equipamento e os
lubrificantes aprovados para tais sistemas.

Na década de 90, progressivamente foi sendo introduzido o refrigerante R134a.


Trata-se de um fluorcarboneto gasoso. Ao contrário do R12, é isento do cloro e
portanto não afeta a camada do ozônio. No entanto a liberação do R134a é
prejudicial ao meio ambiente, pois contribui para o efeito estufa.
O R134a e o R12 têm reações similares à temperatura e à pressão, isto é, o R134a é
gasoso a pressão normal e apenas se condensa quando arrefecido à temperatura de
-26°C. A curva da pressão do vapor mostra as pressões e temperaturas às quais o
R134a é líquido ou gasoso.

A. Liquido

B. Gasoso

2.2.2 O R134a tem as seguintes características:

• É inodoro;
• Não tóxico em baixas concentrações;
• Não inflamável;

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• Só é miscível com lubrificantes sintéticos PAG (poli-alquil-glicol) e não com os
óleos minerais;
• Quando gasoso, é mais pesado do que o ar, daí o perigo da asfixia próximo
do solo;
• Não é explosivo;
• Absorve a umidade rapidamente;
• Não ataca os metais;
• Ataca os tubos e os anéis vedantes utilizado com o refrigerante R12, por isto
só devem se utilizados tubos e vedantes apropriados para utilização com o
R134a. Da mesma forma os lubrificantes utilizados devem ser adequados ao
tipo de refrigerante usando.

2.2.3 Precauções de segurança no manuseio dos refrigerantes.

Se o refrigerante líquido entrar em contato com a pele ou com os olhos, lavar


imediatamente as áreas afetadas com água limpa. Consultar um médico com
urgência;
Se o refrigerante entrar em contato com chama direta ou superfícies quentes
produzem-se gases tóxicos (fluoretos, fosgênio). Concentrações destes gases são
facilmente identificáveis pelo seu cheiro acre;
Se o refrigerante líquido entrar em contato com a pele, produzirá graves
queimaduras. Ao manusear o refrigerante, é indispensável utilizar óculos e luvas de
segurança, fabricados com fluorelastómeros. As luvas de couro, não são
apropriadas.
O refrigerante gasoso é mais pesado que o ar. Conseqüentemente existe o perigo de
asfixia ao nível do solo ou dentro das valas de serviço. Ao manusear estes
refrigerantes, assegurar sempre uma ventilação adequada.
Os pontos a seguir indicados devem ser sempre tidos em conta no manuseio das
garrafas de enchimento:

• Não expor à luz do sol ou ao calor;


• Proteger do congelamento;
• Transportar na posição vertical;
• Não deixar cair;
• Fechar sempre as válvulas firmemente.

III CIRCUITOS REFRIGERANTES

Na maioria dos automóveis, têm-se dois métodos segundo os quais a evaporação do


refrigerante pode ser controlada:

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• Por uma válvula de expansão de seção variável;
• Por uma válvula de expansão de seção fixa.

3.1 Circuito refrigerante com válvula de expansão de seção variável.

Principio

O circuito refrigerante divide-se em lado de alta pressão e lado de baixa pressão. A


evaporação do refrigerante é controlada no lado de baixa pressão, enquanto que a
condensação é controlada no lado de alta pressão.

Funcionamento

O refrigerante gasoso é bombeado e comprimido pelo compressor. Durante esse


processo é aquecido a uma temperatura entre 70°C e 110°C.

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O gás quente é então bombeado para o condensador. No condensador existem
numerosas aletas de arrefecimento através dos quais passa o gás. O gás
refrigerante é arrefecido pela corrente de ar, sendo auxiliado em alguns modelos por
um eletroventilador. Ao perder calor, o gás muda para o estado líquido, se
condensando.
O líquido refrigerante condensado é, em seguida, conduzido ao evaporador
passando antes pela válvula de expansão, que é controlada pela pressão e
temperatura. A válvula provoca uma brusca queda de pressão e, à medida que
percorre o evaporador, ocorre a evaporação do mesmo.
Durante este processo o calor é extraído do ar. O ar do compartimento dos
passageiros é arrefecido e lançado para o interior através de um sistema distribuidor
de ar pelo eletroventilador de aquecimento / ar condicionado.
O filtro-secador é outro componente importante. Serve como reservatório de
refrigerante líquido e ao mesmo tempo, filtra a umidade absorvida pelo refrigerante.

3.2 Circuito refrigerante com válvula de expansão de seção fixa.

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Princípio

No circuito com válvula de expansão de seção fixa, a evaporação também é


controlada no lado da baixa pressão e a condensação é controlada no lado da alta
pressão.

Funcionamento

O refrigerante gasoso é induzido e comprimido pelo compressor, como se mostra na


figura anterior. No processo, o gás é aquecido a uma temperatura entre os 70°C e os
110°C.
O gás é continuamente bombeado para o condensador. Este é constituído por
numerosas aletas de arrefecimento através das quais passa o gás. O gás
refrigerante é arrefecido pelo fluxo do ar, com a ajuda de uma ventoinha auxiliar ou a
ventoinha do arrefecimento, dependendo do modelo, e assim condensa-se.

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O líquido refrigerante condensado passa seguidamente pela válvula de expansão de
seção fixa. Depois de passar pela válvula de expansão de seção fixa, a pressão e
assim a temperatura descem rapidamente e o refrigerante é parcialmente evaporado.
A válvula de expansão de seção fixa está instalada na entrada do evaporador no
qual se verifica a evaporação completa. Arrefece-se assim o evaporador e o ar que
passa através dele.
O ar frio é então lançado para o interior do veículo, através do sistema de distribuição
de ar pela ventoinha do aquecimento/ar-condicionado.
O gás refrigerante passa depois através do tanque filtro-secador antes de ser
novamente aspirado pelo compressor.

3.3 Componentes

Circuito refrigerante com válvula de expansão de seção variável.

3.3.1 Compressor

Responsável pelo aumento da pressão e temperatura do gás refrigerante e pelo


bombeamento do gás refrigerante, o compressor é acionado pelo motor através de
um polia e correia. A depender do tipo de válvula de expansão, o compressor pode
assim estar situado no circuito de refrigeração:

• Circuito com válvula de expansão de seção


fixa: no tubo do tanque filtro-condensador;
• Circuito com válvula de expansão de seção
variável: no tubo da válvula do condensador.

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Objetivo

• Aumentar a pressão e a temperatura do gás refrigerante

• Bombear o gás refrigerante

Funcionamento

O compressor aspira o líquido refrigerante do tanque filtro-secador (no circuito com


válvula de expansão de seção fixa) ou do evaporador (no circuito com válvula de
expansão de seção variável) através da ligação de baixa pressão. Em condições
ideais, o compressor comprime o gás refrigerante, aproximadamente de 2 para 12-18
bar no processo aquecendo-o de 0° C até aproximadamente 70°C e 110°C.
Estes valores de pressão e temperatura referem-se a um "sistema ideal". Em um
veículo a baixa pressão encontram-se entre 1, 2 e 3 bar e a alta pressão situa-se
entre 14 e 20 bar, em condições extremas. A temperatura do gás refrigerante pode
subir até aos 125 °C. O gás quente é bombeado para o condensador sob alta
pressão, através da ligação de alta pressão.
O compressor só pode comprimir gases, e, qualquer líquido aspirado poderá
danificar seriamente o compressor.

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Concepção

Basicamente existem dois tipos de compressores para ar condicionado: os rotativos


e os alternativos.
Alternativos – vejamos como exemplo um compressor de pratos com 10 cilindros. O
eixo do compressor é acionado a partir do virabrequim, por meio de uma polia para
uma correia múltipla em V. Cinco pistões duplos estão instalados axialmente em
volta do eixo nos dez cilindros. Os pistões são movidos por um prato em espiral,
fixado ao eixo do acionamento. A rotação deste prato desloca os pistões para frente
e para trás, nos cilindros. Isto aspira ou expulsa o gás refrigerante que entra ou sai
através das válvulas de disco.

Lubrificação

O compressor é lubrificado com óleo refrigerante especial. Este óleo mistura-se com
o refrigerante enquanto o sistema de ar condicionado funciona. O óleo lubrificante
para o refrigerante R12 é um óleo mineral e o óleo para o refrigerante R134a é um
óleo sintético PAG (PoliAlquilenoGlicol).
Obs. Não misturar aos óleos lubrificantes para os refrigerantes R12 e R134a.
Normalmente o compressor não é reparado, as únicas peças a serem trocadas
são o selo de vedação e a embreagem eletromagnética.

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Controle

As válvulas de disco estão apoiadas no eixo em ambas as extremidades do


alojamento do compressor. Estas válvulas têm aberturas as quais quando em
rotação abrem e fecham as aberturas das portas de entrada e de saída. Estes
pórticos estão cada um deles ligados por uma passagem comum, vedada a
passagem dos gases e conduzindo respectivamente, às ligações de baixa e de alta
pressão no alojamento do compressor.

3.3.2 Embreagem eletromagnética

O compressor é acionado pelo virabrequim por intermédio de uma embreagem


eletromagnética. A polia múltipla roda livremente no eixo do compressor, enquanto o
motor estiver funcionando.
Quando o sistema de ar condicionado é acionado e o compressor é demandado, a
corrente passa pela bobina indutora magnetizando-a. Isto atrai o prato de
acionamento fixado ao eixo do compressor para a polia múltipla em V.
A embreagem nesse momento está acionada e o compressor gira de acordo com a
velocidade do motor. Quando a corrente deixa de passar pela bobina indutora, o

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prato afasta-se da polia da correia. Este processo é completado pelas molas de
retorno.

3.3.3 Condensador

O condensador está montado à frente do radiador e tem como funções arrefecer e


assim liquefazer o refrigerante gasoso. Com relação ao circuito refrigerante, a
posição do condensador varia em função do tipo de válvula de expansão utilizado.

• Circuito com válvula de expansão de seção fixa - no lado de alta pressão entre
o compressor e a válvula de expansão de seção fixa;
• Circuito com válvula de expansão de seção variável - no lado de alta pressão
entre o compressor e o tanque filtro-secador.

Condensador com ventoinha auxiliar

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Concepção e funcionamento

O condensador é constituído por uma serpentina ligada a numerosas aletas de


arrefecimento.
O compressor bombeia o gás refrigerante quente a uma temperatura entre os 80°C e
125°C e a alta pressão, para o tubo de entrada do condensador. Quando o gás
quente circula através da serpentina, arrefece e condensa-se. O calor retirado do gás
neste processo é transferido para o ar ambiente.

3.3.4 Ventilador de arrefecimento

Para arrefecer o refrigerante mais rapidamente, o calor irradiado pelo condensador é


controlado por 1,2 ou 3 ventiladores elétricos ou acionados diretamente por uma
polia, a depender do modelo.

O tipo de ventilador também difere, dependendo do modelo. Em alguns modelos o


eletroventilador é controlado pelo interruptor de alta pressão, no tubo do refrigerante,

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e, pelo interruptor de arrefecimento com controle térmico no circuito de arrefecimento
do motor ou então através da central de controle eletrônico do motor.

Disposição das ventoinhas

3.3.5 Filtro secador

A posição e funcionamento do filtro secador depende de sua localização no circuito


refrigerante. Essa posição difere em função do tipo de válvula de expansão utilizado.

Circuito com válvula de expansão de seção variável

Nesse caso o filtro secador, instalado no lado de alta pressão entre o condensador e
a válvula de expansão, atua como reservatório de refrigerante líquido e, como o
próprio nome sugere, filtra e seca o refrigerante.

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Funcionamento

O refrigerante líquido a alta pressão, passa do condensador através do tubo de


admissão no tanque filtro-secador. No processo um elemento secador extrai a
umidade absorvida do filtro e filtra as impurezas. O refrigerante passa por um tubo de
elevação para o tubo de saída e depois para a válvula de expansão.
Existe um visor para verificar o fluxo do líquido refrigerante no tubo de saída do
tanque filtro secador.
Se o sistema de ar condicionado esteve aberto ou teve vazamentos por um período
prolongado (algumas semanas ou meses), permitindo a entrada da umidade no
tanque filtro secador, este deverá ser substituído. O tanque filtro secador apenas
pode suportar uma quantidade limitada de umidade: a umidade adicional pode dar
origem a congelamento, acabando por bloquear o fluxo.
O tanque filtro secador não pode ser reparado em serviço, deverá, portanto ser
substituído como um todo.

Circuito com válvula de expansão de seção fixa

Nesse tipo de circuito, o filtro secador situado no lado de baixa pressão entre o
evaporador e o compressor, atua como reservatório de refrigerante gasoso, filtro e
secador, além de proteger o compressor contra a admissão de refrigerante líquido.

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Funcionamento

O gás refrigerante passa do evaporador através do tubo de entrada para o


acumulador de aspiração secador. Circula ao redor da tampa plástica criando um
turbilhão. O elemento secador fixa a umidade absorvida pelo refrigerante. O gás
refrigerante junta-se sob a tampa de plástico, sendo daí extraído através da abertura
do tubo de saída.
O óleo refrigerante que se encontra no fundo do tanque filtro secador é extraído
através de um filtro, fixado ao tubo em U e misturado com o gás refrigerante
(porcentagem de mistura óleo e gás: 3%). Isto garante uma lubrificação adequada
das peças móveis do compressor.

3.3.4 Evaporador

Ao evaporador cabe arrefecer e secar o ar. Em alguns modelos são instalados filtros,
de forma que estes atuam também na filtragem do ar no interior da cabine dos
passageiros.

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O dispositivo é um dos componentes da caixa de distribuição de ar, que geralmente
fica situada no interior do veículo, internamente ao console do painel.
A posição do evaporador no circuito de refrigeração, por sua vez, também dependerá
do tipo de válvula de expansão utilizado, sendo que em qualquer caso o evaporador
sempre estará no lado de baixa pressão do circuito.
Nos circuitos com válvula de expansão de seção fixa, o evaporador fica entre a
válvula de expansão e o filtro secador. Já nos circuitos com válvula de expansão de
seção variável, ele se situa entre esta e o compressor.

Concepção e funcionamento

O evaporador está localizado no respectivo alojamento, atrás do ventilador do


aquecimento / ar condicionado e funciona como um permutador de calor. É
constituído por numerosas serpentinas ligadas por aletas.
O refrigerante dosado pela válvula de expansão é conduzido ao evaporador sob a
forma de um líquido a baixa pressão. Logo que o refrigerante entra em contato com
as paredes internas da serpentina, evapora-se, retirando assim o calor das mesmas.
As serpentinas e o conjunto evaporador arrefecem rapidamente. O gás refrigerante é
depois aspirado pelo compressor.
O ar que passa através do evaporador é arrefecido, seco e lançado para o interior do
veículo pelo ventilador do aquecimento / ar condicionado. No processo, a umidade
retirada do ar é lançada contra as palhetas do evaporado e condensa-se. A
condensação formada é drenada através de um tubo é lançada para o exterior do
veículo. As partículas de poeira, pólen, etc que se agarram ao evaporador são
lavadas em simultâneo. Desta forma o ar é limpo e seco.

Circuito

refrigerante com válvula de expansão de seção fixa

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Obs. O desenho e o funcionamento do compressor, condensador e evaporador são

idênticos em ambos os circuitos refrigerantes, estes componentes não são escritos a


seguir.

3.3.5 Válvula de expansão

A principal função da válvula de expansão é regular o fluxo de refrigerante para o


evaporador. A depender do modo de operação, existem dois tipos de válvulas de
expansão: de seção fixa e variável.

28
Válvula de expansão de seção fixa

Nesse modelo, a expansão é fixa e ocorre através da mudança na seção do tubo que
conduz o refrigerante. A localização da mesma no circuito refrigerante é entre o
condensador e o evaporador.
O refrigerante líquido circula do condensador a alta pressão para o lado de entrada
da válvula de seção fixa. Dois vedantes em “O” evitam que o refrigerante ultrapasse
a válvula de expansão de seção fixa.
Dois filtros de rede na entrada e saída da válvula limpam o refrigerante de partículas
estranhas. O filtro de rede no lado da saída tem também a função de atomisar o
refrigerante numa quantidade de refrigerante que pode circular através do diâmetro
interno da válvula de expansão de seção fixa é sempre determinado pela pressão.
Desse modo, é restringido a quantidade de líquido que passa. O diâmetro interno na
válvula de expansão varia de acordo ao modelo do veículo bem como o
arrefecimento requerido pelo sistema de ar condicionado. O diâmetro interno pode
ser determinado em função da cor do alojamento da válvula de expansão de seção
fixa.

Válvula de expansão de seção variável

Montada no compartimento do motor próxima ao evaporador, entre o filtro secador e


o mesmo, esse tipo de dispositivo permite a variação da quantidade de refrigerante
fornecido ao evaporador em função da temperatura e pressão do refrigerante.

29
O refrigerante líquido, que vem do filtro secador, circula pelo furo inferior e é injetado
no evaporador em quantidades rigorosamente medidas. Esta medição é efetuada
pelo refrigerante líquido contido na cabeça do diafragma.
O gás refrigerante proveniente do evaporador circula livremente através do furo
superior da válvula de expansão para o compressor.

Funcionamento

O refrigerante líquido vem do tanque filtro secador e circula pela entrada da válvula.
O refrigerante passa pela sede da válvula com mola para a saída da válvula e depois
para o evaporador. A abertura da sede da válvula é regulada pela temperatura e
pressão do gás circulante do evaporador.
A mola garante apenas o retorno do refrigerante gasoso. Se, por exemplo, a
temperatura do gás vindaVÁLVULA
do evaporador, subir no EM
DE EXPANÇÃO furoCORTE
superior da válvula, o
refrigerante líquido contido na cabeça do diafragma é também aquecido pelo senso r
de temperatura. O refrigerante expande-se e força para baixo a esfera na sede da
válvula por meio de um diafragma e a guia da válvula de forma a abrir a sede da
válvula. Isto aumenta a circulação do refrigerante para o evaporado, que se arrefece
e a temperatura do gás circulante desce ainda mais.

30
IV – CONTROLE E ACIONAMENTO DO AR CONDICIONADO

4.1 Generalidades

31
O sistema de ar condicionado não fica ligado apenas por pressionar o interruptor,
deixando-o depois em funcionamento contínuo. A embreagem magnética do
compressor do ar condicionado liga-se e desliga-se em intervalos específicos, várias
vezes por minuto.
Estes intervalos, conhecidos por "ciclos da embreagem", dependem de vários
fatores:

• Temperatura ambiente: ciclos curtos a elevadas temperaturas do ambiente,


maiores ciclos a baixas temperaturas ambiente, o interruptor do ar-
condicionado desliga-se a Temperaturas inferiores a 4°C;

• Pressão na válvula de alta pressão do sistema de ar-condicionado: desliga-se


quando a pressão excede um valor máximo especificado;

• Pressão na válvula de baixa pressão do sistema de ar-condicionado: desliga-


se quando a pressão cai abaixo de um valor mínimo especificado;

• Carga do motor: o sistema de ar-condicionado é desligado durante um breve


momento quando o motor está a funcionar a plena carga.

Rotação de marcha-Ienta deve ser ajustada pelo módulo de controle eletrônico do


motor para corresponder a carga extra do motor, quando se liga o ar-condicionado.
Os sinais de entrada que se seguem são utilizados para isso:

• Sensor de posição do acelerador;

• Sensor de velocidade do veículo;

• Sensor do sistema de arrefecimento do motor;

• Sensor da posição da árvore de manivelas;

• Sensor de fluxo da massa do ar.

4.1.1 Componentes eletrônicos

Controle eletrônico: Sistema com válvula de expansão de seção variável

32
Controle eletrônico: Sistema com válvula de expansão de seção fixa.

33
4.1.2 Comandos no painel

34
Comando manual

Comando eletrônico

4.2 Operação do sistema de ar condicionado

Ao se acionar o interruptor do sistema de ar condicionado, não existe uma ligação


direta e imediata do compressor. Para o acionamento deste uma série e pré-
requisitos e procedimentos deve ser efetuada como vimos anteriormente.

4.2.1 Interruptor do ar condicionado

35
Localizado no painel de instrumentos tem a função de ligar e desligar o ar
condicionado.

Lig/Desl

Funcionamento

O interruptor ou está integrado no interruptor da ventoinha do sistema de


aquecimento ou em conjunto com o interruptor da distribuição ou do aquecimento, ou
localizado no painel de instrumentos como um interruptor separado.
Quando se pressiona o interruptor, o módulo de controle eletrônico do motor recebe
uma determinada tensão (normalmente 12 volts), verifica as condições de
funcionamento de todo o sistema (motor e ar condicionado) e só depois libera ou não
o funcionamento do compressor do ar condicionado.
Quando o condicionador de ar é colocado em funcionamento, o motor perde
potência, diminuindo o número de rotações, principalmente em marcha lenta, devido
à entrada do compressor no sistema.
A central de controle eletrônico do motor (Central de injeção/ Ignição), recebe um
sinal informando que o condicionador de ar foi ativado(como visto anteriormente) e
faz aumentar o número de rotações em marcha lenta,antes que o compressor seja
inserido. No aumento da demanda de potência do motor, ou queda de rotações de
marcha lenta abaixo de um limite, a central atua interrompendo o funcionamento do
compressor.

Diagrama elétrico

36
4.2.2 Controle da temperatura

37
Localizado no painel de instrumentos.
Antes de falarmos sobre o controle do ar quente/frio , vamos identificar alguns
componentes na caixa de ar.

Caixa de ar

Botão de controle de temperatura como o próprio nome diz controla a quantidade de


ar quente e ar frio que é lançado no habitáculo.
O controle pode ser mecânico ou eletrônico
No controle mecânico as portinholas da caixa de ar são acionadas através de cabos.
Verifique a figura abaixo.
No controle eletrônico as portinholas são acionadas através de motores elétricos.

Cabos do acionamento mecânico

38
Funcionamento:

No interior das caixas de ar de alguns automóveis normalmente os vindos com ar


condicionado instalados de fabrica, existe um radiador (aquecedor) no qual no seu
interior passa água quente vindo do motor de combustão interna (sistema de
arrefecimento).O eletroventilidaor da caixa de ar sopra o ar no radiador havendo a
troca de calor(o ar fica quente). As portinholas é que vão controlar a quantidade de ar
quente permitindo ou não maior ou menor quantidade de ar enviado para o
habitáculo.
A portinhola de mistura de temperatura, localizada na ante-câmara de ar do
aquecedor, direciona o ar externo através do núcleo do aquecedor para que ele seja
aquecido, ou para desviá-lo do núcleo do aquecedor para ventilação sem
aquecimento. Ela é controlada pelo botão do controle de temperatura do aquecedor,
localizado no centro do painel de instrumentos.
O cabo do controle de temperatura do aquecedor conecta o botão de controle a um
came que opera a portinhola de mistura de ar. Quando o botão estiver na posição (ar
frio,a portinhola de mistura desviará o ar externo do núcleo do aquecedor, fazendo
com que ele permaneça frio. Quando ele estiver posicionado em ar quente, a
portinhola direcionará o ar externo através do núcleo do aquecedor, fazendo com
que ele seja aquecido.
O posicionamento do botão do controle de temperatura em qualquer posição entre
ar frio e ar quente fará com que a portinhola direcione mais ou menos ar para o

39
núcleo do aquecedor afim de que se obtenha a temperatura desejada.
O ar será misturado ao sair do núcleo do aquecedor e entrar na ante-câmara para
que seja distribuído.

4.2.3 Acionamento do ventilador

Localizado no painel de instrumentos possui nada mais é do um interruptor com vária


s posições, normalmente 4 posições:

• 1 Baixa velocidade
• 2 Média Baixa velocidade
• 3 Média alta velocidade
• 4 Alta velocidade

Funcionamento

Estas quatro velocidades de operação são obtidas através do resistor do interruptor


do motor do ventilador conectado em série com o interruptor. Este resistor opera no
lado massa do motor do ventilador. Quando o interruptor estiver na posição “1”(baixa
velocidade), o fluxo de corrente no circuito massa passará através de três bobinas
resistivas para que as obtenha a menor velocidade de operação.
Quando ele estiver posicionado em “2” (média-baixa velocidade), o fluxo de corrente
passará através de duas bobinas para que as obtenha esta velocidade de operação.
Quando ele estiver posicionado em “3” (média-alta velocidade), o fluxo de corrente
passará através de uma só bobina para que obtenha esta velocidade de operação.
Quando o interruptor estiver posicionado em “4” (alta velocidade), o fluxo de corrente
no circuito massa será desviado do resistor para que se obtenha a velocidade
máxima de operação. O resistor do interruptor, além de controlar a velocidade,
também pode sentir a formação de calor no conjunto através de um limitador térmico
que está localizado a uma distância pré-determinada das bobinas. Se a temperatura
do limitador atingir aproximadamente 121°C, seus contatos serão abertos e
interromperão o circuito para todas as velocidades, exceto para a velocidade
máxima. O resistor deverá ser substituído caso o resistor abra, já que este não pode
ser reajustado.
O motor do ventilador está localizado na carcaça da ante-câmara do aquecedor. Ele
circula ar fresco ou ar recirculado através do compartimento de passageiros.

Resistores controladores da velocidade do ventilador

40
4.2.4 Controle do fluxo

O botão do controle do fluxo fica localizado no painel de instrumentos. Ele pode ser
colocado nas seguintes posições: PAINEL, Desligado, (Painel/região dos Pésregião
dos pés, Região dos pés Desembaçador) e Desembaçador. Na posição Desligado.,a
portinhola de recirculação fica fechada a fim de evitar a passagem de ar externo
através do sistema de controle de temperatura e para manter a circulação interna de
ar. Para desligar o motor do ventilador, o botão do seletor de função deverá ser
colocado na posição (Desligado).

V - PRESSOSTATO (INTERRUPTORES DE CONTROLE DE PRESSÃO)

41
Com o objetivo de controlar o acionamento do eletroventilador auxiliar e de proteger
o compressor contra pressões excessivamente altas ou baixas, existe no circuito de
refrigeração um pressostato.

5.1 Pressostato de Três níveis

O pressostato tem a função de proteger o compressor e manter as pressões dentro


da faixa de trabalho.Normalmente fica instalado no lado de alta pressão, em alguns
modelos é conectado na parte superior do filtro secador. Em alguns modelos é
instalado um pressostato no lado de baixa pressão. Esse tem por função desativar o
compressor quando a pressão estiver muito baixa. À medida que a temperatura do
evaporador cai, a pressão na entrada tende a cair, de forma quando estiver próximo
de ocorrer congelamento das serpentinas o pressostato age, desligando o
compressor, até que a pressão retorne a níveis normais.

5.1.1 Atuação dos contatos

1° nível: se a pressão do fluido, no lado de alta pressão, cair a um valor abaixo de


2,5 bar (35,6 psi) aproximadamente, o contato desliga a bobina eletromagnética do
compressor. Isso pode acontecer em caso de vazamentos ou se a temperatura
externa estiver abaixo de 10°C. Nesse caso não haveria a evaporação do fluido.

2º nível: fecha O contato ligando o eletroventilador para resfriar o condensador


quando a pressão atinge 15 bar (213,5 psi) aproximadamente. Ocorre quando o fluxo
de ar é insuficiente, com o veículo parado ou em congestionamento, tornando
necessária a ventilação forçada para o fluido se condensar.

3° nível: Se a pressão do fluido, no lado de alta pressão, subir a um valor acima de


25 bar (356 psi) aproximadamente, mesmo com o eletroventilador ligado ou em caso
de defeito deste, a embreagem eletromagnética do compressor é desligada.

Pressostato de três níveis


Contato A: corresponde ao 2° nível
Contato B: corresponde ao 1° e 3° níveis

5.1.2 Funcionamento

42
Chamaremos os interruptores do pressostato de P1, P2 e P3.
Há três interruptores sensíveis a pressão integrados no interruptor de controle da
pressão: dois interruptores de pressão P1 e P2 cortam a alimentação da corrente à
embreagem do compressor se a pressão no tanque filtro-secador exceder o valor
máximo de cerca de 30 bar ou cair abaixo de um mínimo de cerca de 1 ,4 bar. Isto
para o sistema de ar-condicionado se houver uma queda de pressão, por exemplo,
devido a vazamento num tubo do refrigerante, ou um aumento de pressão devido,
por exemplo, a uma avaria na ventoinha de arrefecimento ou ainda a um bloqueio no
tubo de alta pressão.
O terceiro interruptor P3 liga a ventoinha do condensador ou a ventoinha de
arrefecimento a uma pressão de cerca de 18 bar para ajudar o arrefecimento do
líquido refrigerante no condensador.
O interruptor de controle de pressão apenas desliga a ventoinha novamente quando
a pressão cai para 14 bar.

Pressostato

Filtro secador com pressostato


A alimentação de 12 volts para o circuito de trabalho da embreagem do compressor
só é ligada enquanto os dois interruptores de pressão P1 e P2 estiverem fechados.
Se um destes dois interruptores estiver aberto quando a pressão atinge um valor
máximo ou mínimo especificado, a alimentação para o interruptor é cortada e a
embreagem desacopla.
Quando fechado, o terceiro interruptor de pressão liga quando o circuito de controle
do relé da ventoinha de arrefecimento é ligado à massa. O interruptor do relé está
fechado e assim o circuito de trabalho do relé da ventoinha de arrefecimento fecha e
a voltagem da bateria é ligada através da ventoinha de arrefecimento.

5.1.3Diagrama do circuito

43
5.2 Termostato e pressostato (interruptor de controle de alta e baixa pressão)
anticongelamento

44
5.2.1 Termostato anticongelamento

Em alguns veículos, o sistema de condicionador de ar utiliza um termostato


anticongelamento.
Nesse caso o termostato é fixado na saída do evaporador, na caixa de ar.

O termostato tem a função de desligar a embreagem eletromagnética do


compressor, através da abertura de seu contato quando a temperatura no
evaporador estiver muito baixa, a fim de evitar que a umidade condensada nas aletas
do evaporador se congele, obstruindo a passagem do ar para o habitáculo. Um
capilar ou um sensor eletrônico é ligado ao termostato e inserido no evaporador para
sentir as variações de temperatura.

O congelamento do evaporador provoca a obstrução das serpentinas e queda da


pressão, com conseqüente redução na eficiência de refrigeração.
Alguns modelos, por não disporem de pressostato no circuito de baixa pressão,
possuem um contato térmico que, através de uma sonda no evaporador, identifica
quando a temperatura estiver abaixo de 3°C, realizando o desacoplamento do
compressor.
Para alguns veículos, a temperatura para a qual o contato abre é de
aproximadamente 3,5°C, o que corresponde a uma pressão próxima de 1,72 bar.
Com o compressor desligado, o fluxo do fluido pára e o evaporador cessa o resfria
mento. Então, a temperatura sobe e o contato volta a fechar quando os valores
atingirem 5°C (3,17 bar ou 45,2 psi) aproximadamente.

5.2.2 Pressostato de alta ou de baixa pressão(interruptor de alta ou baixa pressão)

45
Há veículos, que utilizam pressostato anticongelamento no sistema.
A função é principal é proteger o sistema de ar condicionado contra pressões
excessivamente altas e baixas.

Pressostato

5.2.3 Pressostato de alta pressão (Interruptor de alta pressão)

Normalmente localizado no tubo do compressor ao condensador, na parte dianteira


esquerda do compartimento do motor.
Protege o sistema de ar condicionado contra pressões excessivamente altas
desligando o compressor. E em alguns sistemas liga as ventoinhas na sua máxima
velocidade.

Posição do interruptor de alta pressão

46
Funcionamento

O interruptor de alta pressão no circuito da válvula de expansão de seção fixa


funciona da mesma forma que o interruptor de controle de pressão no circuito com a
válvula de expansão: serve para proteger a parte de alta pressão do circuito do
refrigerante. Se a pressão exceder um máximo valor P2 devido ao fluxo de ar através
do condensador estar bloqueado ou a presença de uma obstrução no tubo de alta
pressão ou interruptor de controle dos ciclos desliga o compressor.
O compressor não voltará a ser ligado enquanto a pressão não cair novamente para
P1.
A pressão P3 a velocidade da ventoinha ou das ventoinhas duplas aumenta. O
módulo eletrônico de controle do motor só liga a ventoinha para uma velocidade mais
baixa quando a pressão voltar a cair para P4.

47
Quando o sistema de ar-condicionado é ativado, pressionando o interruptor da
ventoinha, o interruptor de alta pressão e o interruptor do funcionamento da
embreagem devem estar fechados. Se a pressão no lado de alta pressão do sistema
de ar condicionado excede o valor especificado, o circuito de trabalho do sistema de
ar condicionado é desligado pelo interruptor de controle de pressão do ar-
condicionado. Quando a pressão alcança um valor máximo, o segundo interruptor de
pressão P2 no interruptor de alta pressão fecha o circuito de controle do relé do
comando eletrônico da alta velocidade da ventoinha de forma a alimentar o motor da
ventoinha de ar-condicionado pelo relé do comando eletrônico de alta velocidade da
ventoinha. Isto aumenta a velocidade da ventoinha de arrefecimento.

Diagrama elétrico

48
5.2.4 Pressostato de baixa pressão (Interruptor de baixa pressão)

Este interruptor também é chamado por algumas montadoras de interruptor de


acionamento da embreagem.Normalmente nos carros que há possue localizá-se no
filtro secador ou na linha de baixa pressão entre o filtro secado e o evaporador e as
vezes na saída do evaporador.
Sua função é proteger o evaporador contra congelamento e proteger o sistema de ar
condicionado contra pressões excessivamente baixa ou sistema vazio.

Pressostato de baixa pressão (interruptor de baixa pressão)

Funcionamento

O pressostato de baixa pressão funciona como um interruptor de descongelamento,


e liga e desliga a embreagem.
A pressão e a temperatura no tanque filtro secador e no evaporador são as mesmas.
Se a pressão, e, portanto a temperatura no tanque filtro secador baixar, a
temperatura no evaporador aproxima-se do ponto de congelamento. O evaporador
tende a congelar e perde o seu efeito de arrefecedor. O interruptor da embreagem
(pressostato de baixa) desliga a embreagem do compressor se a pressão baixar para
um valor especificado.

Controle

49
Quando se aciona interruptor o da ventoinha do aquecimento, a corrente de 12 volts
só alcança o interruptor do compressor se o interruptor da embreagem (pressostato
de baixa) estiver fechado. Se a pressão cair abaixo de um valor mínimo, o interruptor
abre-se e corta a corrente para a embreagem do compressor.

Filtro secador com pressostato de baixa (interruptor da embreagem).

VI - SERVIÇOS E REPAROS

6.1 Detector de vazamentos

Os vazamentos nos componentes e tubos do sistema de ar-condicionado podem ser


detectados com um detector de vazamentos. Dependendo do tipo de detector,
podem-se detectar vazamentos nos sistemas de ar-condicionado carregados com o
R12 ou o R134a.
A maioria dos detectores de vazamentos podem ser utilizados tanto com o R12 como
com o R134a.

Obs.: Observar sempre as instruções dos fabricantes quanto ao processo correto de


utilização do detector.

6.1.1 Detector eletrônico de vazamentos

50
Ligar o detector e ajustar a sensibilidade de resposta. Isto produz um sinal regular de
bips.
Passar o sensor flexível ao longo dos tubos. Se for detectado um vazamento, este
será indicado por um aumento de frequência dos bips e do seu tom. A ponta do
sensor deve ser substituída de tempos a tempos para assegurar sempre uma
medição rigorosa.

6.2 Estações de serviço de carga/descarga/reciclagem

6.2.1Objetivo e funcionamento

O sistema de ar-condicionado deve ser drenado antes dos reparos dos respectivos
componentes. O refrigerante nos componentes e nos tubos do sistema de ar-
condicionado, nunca devem ser soltos na atmosfera, mas sim extraído e reciclado
com o auxílio de estações especiais de serviço. Uma estação de serviço pode ser
utilizada para efetuar as seguintes operações:

• Drenar um sistema de ar-condicionado;


• Reciclar o refrigerante;
• Evacuar um sistema de ar-condicionado drenado;
• Recarregar com refrigerante novo ou reciclado.

51
As estações de serviço atualmente disponíveis no mercado, ou são unidades
combinadas que podem efetuar todas as operações descritas, ou unidades
separadas para a recuperação ou evacuação e unidades de enchimento.
Os refrigerantes R12 e R134a necessitam de unidades de serviço diferentes, visto os
encaixes e os tubos serem de diferentes diâmetros. Além disso, os diversos
refrigerantes nunca devem ser misturados.

Notas importantes sobre serviço

O mais importante requisito quando se trabalha com ar-condicionado é a limpeza.


Qualquer matéria estranha como o ar, umidade ou sujeira que penetrem no circuito
afetarão o funcionamento do ar-condicionado.
Antes de desligar os tubos e conexões do refrigerante, estes devem ser sempre
cuidadosamente limpos de poeira, água, óleo, etc, para evitar a contaminação do
sistema.
A seguir, fechar imediatamente todas as conexões abertas, com tampas ou bujões.
Verificar se todas as ferramentas, equipamentos de medição e peças estão
perfeitamente limpos e secos.
O óleo refrigerante tem um conteúdo de umidade extremamente baixo e,
consequentemente absorve rapidamente a umidade atmosférica. Manter sempre
fechado o respectivo recipiente. Substituir sempre os anéis em "O" depois de
desligar os encaixes e lubrificar as peças sobressalentes, antes da montagem, com
óleo refrigerante.

Obs.: Limpar cuidadosamente os anéis o'ring.


Verificar todas as uniões com um detector de vazamentos, após qualquer operação
de reparo.

52
Norma geral

Como existem diferenças consideráveis em desenho e funcionamento entre as


diversas unidades de serviço recomendadas pelas montadoras, apenas limitasse
aqui a indicar algumas instruções gerais de funcionamento.

Obs.: Observar sempre as instruções do fabricante quanto ao processo correto da


utilização da estação de serviço.

Funcionamento da estação de serviço

53
6.2.2 Drenar um sistema de ar-condicionado (descarga)

Obs.: Seguir sempre as instruções dos fabricantes quando drenar um sistema de ar


condicionado.

1. Conectar o tubo de baixa pressão do conjunto de manômetros à válvula de baixa


pressão e o tubo de alta pressão à válvula de alta pressão do ar-condicionado.

Válvulas com conexão rosada:

Utilizar a válvula de conexão. Isto evita a perda de líquido e vazamentos de gás


refrigerante.

Válvulas com união rápida:

Ligar o tubo de baixa pressão à conexão da baixa pressão.

2. Abrir a válvula de corte de baixa pressão no conjunto dos manômetros.

3. Conectar a unidade de serviço à "Orain". Em certos modelos a operação de


drenagem é completamente automática e a unidade de serviço desliga-se
automaticamente, quando o sistema de ar-condicionado foi completamente drenado.
Em outros modelos, torna-se necessário para a unidade manualmente.

4. O sistema de ar-condicionado pode então ser aberto para serviço. Durante este
período,o refrigerante na unidade de serviço é reciclado automaticamente, ou seja, a
sujeira e a umidade são filtradas e o óleo refrigerante é recolhido num separador de
óleo.

6.2.3 Evacuação de um sistema de ar-condicionado

Obs.: Observar sempre as indicações dos fabricantes quando se evacua um sistema


de ar condicionado.

A evacuação de um sistema de ar condicionado significa a extração completa de


todo o refrigerante e óleo residual, depois do sistema ter sido drenado.

54
Quando o sistema for aberto para o serviço, terá sempre que ser evacuado antes de
ser recarregado. O ar e a umidade nele contidos e as partículas de poeira tem um
efeito adverso na performance do arrefecimento, pois podem bloquear a válvula de
expansão.

Norma geral

1. Conectar o conjunto dos manômetros como se descreve em "Drenar um sistema


de arcondicionado".

2. Selecionar a unidade de serviço para "Evacuar".

3. O tempo de vácuo mínimo é de, aproximadamente 30 a 40 minutos. As unidades


automáticas, desligam automaticamente quando atingem uma pressão mínima pré-
determinada.

Obs.: Se a unidade conseguir penetrar num sistema de ar condicionado, não-selado


por um período prolongado, o tempo de vácuo nas unidades manuais deve ser
aumentado para 2 a 3 horas.

4. Fazer o teste de vazamentos: (manutenção de vácuo).

• -Desligar a bomba de vácuo da unidade de serviço.


• -Observar a leitura no manômetro de baixa pressão: se a leitura mantiver
estabilizada ou não subir mais que 2 graduações, isto significa que o sistema
de arcondicionado não tem vazamentos. Em caso contrário o sistema tem
vazamentos. Deve-se encher então com uma pequena quantidade (200
gramas) de refrigerante e verificar com um detector de vazamentos.

5. Se for detectada um vazamento, repetir os pontos 2, 3 e 4.

55
6.2.4 Recarga do sistema de ar condicionado

Obs.: Observar sempre as instruções dos fabricantes quando se carrega um sistema


de arcondicionado.

Norma geral

O sistema de ar-condicionado é carregado com refrigerante gasoso, através da


conexão de baixa pressão ou com refrigerante líquido através da conexão de alta
pressão, dependendo do tipo da unidade e do seu equipamento.

Enchimento através da conexão de alta pressão:

1 .Evacuar o sistema e efetuar o teste de vazamentos como descrito em "Evacuação


de um sistema de ar-condicionado".

2. Abrir a válvula de corte de alta pressão no conjunto dos manômetros.

3. Ligar a unidade de serviço para "Encher" e deixar entrar o líquido refrigerante


especificado.

4. Desligar a unidade de serviço, fechar a válvula e desconectar os tubos do sistema


de arcondicionado.

Enchimento através da conexão de baixa pressão:

1. Evacuar o sistema e fazer o teste de vazamentos.

2. Abrir a válvula de corte de baixa pressão no conjunto dos manômetros.

3. Selecionar a unidade de serviço para "Encher" e deixar entrar o refrigerante


gasoso.

4. Por o motor a trabalhar a 1200/1500 r pm, ligar o ar-condicionado e ligar a


ventoinha na posição 3, para certificar que o compressor aspira os resíduos do
refrigerante gasoso da unidade de serviço.

5. Desligar a unidade de serviço, fechar a válvula e desconectar os tubos do sistema


de arcondicionado.

56
Conjunto de manômetros

6.2.5 Precauções de segurança ao trabalhar com uma estação de serviço

Quando se drena um sistema de ar-condicionado, o refrigerante deve ser sempre


recuperado com uma estação de serviço. O refrigerante nunca deve ser libertado
para a atmosfera.
Quando se trabalha com uma estação de serviço, deve-se observar as instruções
dos fabricantes.
Mesmo quando um sistema de ar-condicionado foi previamente drenado, pode-se
voltar a criar pressão devido ao refrigerante residual presente no óleo do
compressor.
Quando se proceder a qualquer soldagem é necessário um maior cuidado próximo
de um sistema de arcondicionado. Certificar que não existe qualquer peça do
sistema de arcondicionado exposta ao calor. No caso contrário, os tubos podem
romper, com o perigo de uma explosão.
Se qualquer operação de reparo requerer que o veículo seja seco numa estufa de
pintura (com temperaturas superiores a 100°C), o sistema de ar-condicionado deve
ser previamente drenado.

57
VII - DICAS &CUIDADOS

Para evitar danos ao sistema e prolongar sua vida útil, siga as seguintes dicas:

• Evite ligar e desligar o motor com o ar condicionado acionado – isso pode


acarretar danos ao compressor, com conseqüente redução na vida útil;
• Quando ligar o ar condicionado pela primeira vez no dia, faça-o com o motor
em baixa rotação, evitando trancos ao compressor que está com o óleo não
completamente distribuído;
• Evite dirigir jatos fortes de água ao condensador para evitar danos em suas
aletas;
• Ligue o ar condicionado alguns minutos mensalmente mesmo se não for
utilizá-lo – isso garante a lubrificação e funcionamento adequado do sistema;
• Em caso de perda de rendimento, verifique o quanto antes a causa do defeito.
Presença de umidade interiormente ao sistema poderá danificar os seus
componentes;
• Em caso de perda de gás refrigerante, não basta repô-lo – é necessário se
determinar a causa do vazamento e corrigi-la. Não se pode esquecer de repor
a quantidade de óleo perdida no vazamento.

Manutenção

O sistema de ar condicionado não requer muitos cuidados com a manutenção,


bastando atentar para as seguintes verificações, além dos cuidados anteriores:

• Caso o sistema deixe de funcionar, verifique primeiro quanto a presença de


fusíveis queimados – no manual do seu carro você encontra a localização,
capacidade e procedimento para troca;
• Fique atento quanto a presença de objetos estranhos (folhas, papéis etc) na
grade frontal ou condensador do ar condicionado (localizado à frente do
veículo junto ao radiador ). Eles diminuem a eficiência do sistema;
• Substitua regularmente o filtro antipólen, caso o seu veículo o possua. O
mesmo na maioria das vezes não admite limpeza, e seu saturamento de
sujeira determina uma redução significativa no rendimento da refrigeração;
• Verifique a cada 10.000 Kms a situação e o aperto da correia do motor que
aciona o compressor. Em caso de rachaduras ou correia brilhosa, substitua. O
mesmo vale caso ocorra ruído de cantar pneu ao acelerar o motor – pode ser
a correia desgastada, faça a verificação;
• Em caso de perda da capacidade de refrigeração, faça uma revisão no
sistema e peça para verificar o funcionamento do compressor e possíveis
vazamentos;
• Não é necessário se substituir regularmente o gás refrigerante, a não ser em
caso de vazamento, que deve ser corrigido antes de completar a carga de
gás;

58
• Caso o sistema perca gás, corrija o vazamento e proceda a recarga do gás e
do óleo do sistema que costuma vazar, arrastado pelo gás;
• Proteja o meio ambiente - caso necessite de manutenção, prefira as oficinas
que possuem equipamento para reciclagem do gás refrigerante.

59
VIII Esquema elétrico para análise (Ar condicionado manual)

VIII - ESQUEMA ELÉTRICO PARA ANÁLISE (Ar condicionado manual)

60
Continuação
Continuação

61
IX ABREVIATURAS

62

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