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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DESNES AUGUSTO NUNES DO ROSÁRIO


FRANCISCO ASSIS DE SOUSA JUNIOR
MANOEL SALVADOR GURGEL FILHO
PAULO GUSTAVO DA SILVEIRA SILVA
TADEU RICARDO FERREIRA PONTES
VICTOR DOUGLAS GOMES DE SOUSA

AUTOMAÇÃO EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA


ELÉTRICA

NATAL – RN
2013
DESNES AUGUSTO NUNES DO ROSÁRIO
FRANCISCO ASSIS DE SOUSA JUNIOR
MANOEL SALVADOR GURGEL FILHO
PAULO GUSTAVO DA SILVEIRA SILVA
TADEU RICARDO FERREIRA PONTES
VICTOR DOUGLAS GOMES DE SOUSA

AUTOMAÇÃO EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA


ELÉTRICA

Trabalho apresentado à disciplina


Automação de Processos Industriais em
caráter avaliativo, para obtenção de nota
referente ao primeiro módulo da referida
disciplina.

Professor: André Laurindo Maitelli

NATAL – RN
2013
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Sistemas computacionais das concessionárias...........................10


Figura 2. Partes do sistema de informatização da distribuição...................11
Figura 3. Base de Dados distribuída...........................................................12
Figura 4. Subsistema de engenharia...........................................................14
Figura 5. Exemplo de Programa de Informação Geográfica.......................16
Figura 6. Composição do sistema de supervisão da distribuição...............17
Figura 7. Supervisão da rede......................................................................19
Figura 8. Elementos de um sistema de automação....................................22
Figura 9. Exemplos de Religadores Automáticos........................................24
Figura 10. Exemplo de Chave Telecomandada.............................................25
Figura 11. Regulador de Tensão Monofásico................................................26
Figura 12. Reguladores de Tensão instalados em postes de rede
de distribuição elétrica.......................................................................................26
Figura 13. Identificador de Falta e cubículo de comunicação........................27
Figura 14. Identificador de Falta sendo instalado em poste..........................28
Figura 15. Arquitetura de rede de distribuição utilizando solução
GPRS.................................................................................................................33
Figura 16. Arquitetura de rede de distribuição utilizando solução
com Rádios Analógicos.....................................................................................35
Figura 17. Arquitetura de rede de distribuição utilizando solução
com Rádios Digitais...........................................................................................36
Figura 18. Processo de montagem de uma mensagem para
transmissão digital.............................................................................................41
INDICE

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6
2. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ......................................... 11
2.1 Subsistema de Dados Geral ou Comum ................................................ 12
2.2 Subsistema Comercial ............................................................................ 12
2.3 Subsistema de Engenharia..................................................................... 13
2.4 Subsistema de Digitalização de Mapas .................................................. 15
2.5 Subsistema de Supervisão em Tempo Real .......................................... 17
2.6 Subsistema de Leitura Automática de Medidores .................................. 19
2.7 Subsistema de Atendimento à Reclamações ......................................... 20
2.8 Subsistema de Manutenção ................................................................... 20
3. VISÃO GERAL DE AUTOMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO .................................. 21
4. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA................................................................................................. 24
4.1 Religadores Automáticos ........................................................................ 24
4.2 Chaves Telecomandadas ....................................................................... 25
4.3 Reguladores de Tensão ......................................................................... 25
4.4 Identificador de Falta .............................................................................. 27
5. SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO NA AUTOMAÇÃO DE REDES DE
DISTRIBUIÇÃO .......................................................................................................... 29
6. ARQUITETURAS DE COMUNICAÇÃO NA AUTOMAÇÃO DE REDES DE
DISTRIBUIÇÃO .......................................................................................................... 32
6.1 Arquitetura de comunicação utilizando solução celular GPRS ............... 33
6.2 Arquitetura de comunicação utilizando solução de rádio ........................ 34
7. SMART GRID E PRINCIPAIS TECNOLOGIAS ASSOCIADAS ....................... 37
7.1 Integração de Tecnologias ..................................................................... 38
7.2 Self-healing............................................................................................. 39
7.3 Optimal Feeder Reconfiguration ............................................................. 39
8. PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO.............................................................. 41
8.1 DNP3.0 ................................................................................................... 42
8.2 IEC 60870-5-101/104 ............................................................................. 42
8.3 MODBUS ................................................................................................ 43
8.4 IEC 61850 .............................................................................................. 44
9. CONCLUSÕES ................................................................................................ 46
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 47
1. INTRODUÇÃO

O núcleo de um sistema de automação é denominado de sistema


SCADA ("Supervisory Control and Data Acquisition") em virtude de suas
funções de coleta de dados e atuação sobre os equipamentos no campo. Um
sistema digital voltado à automação de sistemas elétricos deve apresentar as
seguintes funções básicas:

Função monitoração:
Permite apresentar ao operador, graficamente ou através de desenhos
esquemáticos, os valores provenientes das medições realizadas, além das
indicações de estado dos disjuntores, chaves seccionadoras, bancos de
capacitores e demais equipamentos de interesse.

Comando remoto:
A manobra dos equipamentos deverá ser conduzida pelo operador a
partir da sala de comando, através de interface gráfica amigável onde é
apresentado o diagrama unifilar da subestação.

Alarme:
Notifica o operador da ocorrência de alteração espontânea da
configuração da rede elétrica, irregularidade funcional de algum equipamento
ou do sistema digital ou ainda ocorrência de transgressão de limites operativos
de medições.

Armazenamento de dados históricos:


Todas as medições, indicações de estado, alarmes e ações do
operador devem ser armazenadas em arquivos, a fim de permitir a análise pós-
operativa no caso de irregularidades.

Gráfico de tendência:
Possibilitam ao operador observar a evolução das grandezas
analógicas ao longo do tempo.
7

Intertravamento:
Efetua o bloqueio de ações de comando em chaves, disjuntores ou
seccionadoras em função da topologia.

Bloqueio ou Sinalização:
O operador pode inibir ações de comando em equipamentos
específicos, em função de manutenções, mau funcionamento, etc.

Manobras automáticas:
Procedimentos complexos que exigem várias manobras encadeadas,
sendo cada uma delas dependente da concretização com sucesso da anterior,
podem ser automatizadas criando-se procedimentos responsáveis pela sua
execução.

Proteção:
Responsável pela detecção de anomalias na rede, bem como seu
isolamento de modo a evitar sua propagação com possível dano aos
equipamentos. Em virtude do seu tempo de atuação ser extremamente estreito
(da ordem de milissegundos), essa função é desempenhada por equipamentos
autônomos de tecnologia digital ou convencional.

Parametrização remota:
Possibilita a substituição de valores de referência (“set points”) e de
outros parâmetros funcionais, através de canais de comunicação de dados.
Dessa forma, equipamentos tais como relés digitais de proteção, medidores,
reguladores de tensão e outros equipamentos micro-processados, podem ser
re-parametrizados remotamente de modo a refletir necessidades operacionais
daquele instante.

Comunicação de dados:
Oferece recursos para integração dos diferentes equipamentos micro-
processados espalhados geograficamente ao longo da rede elétrica,
proporcionando taxa de transferência de dados compatível com a função e
volume de dados. Suporta diferentes meios de comunicação tais como fibras
8

ópticas, satélites, celular, etc., de forma adequar--se aos requisitos e


disponibilidade do local. É desejável que proporcione independência entre
hardware e software tanto para os equipamentos de campo, quanto para os do
sistema SCADA, pela aderência a padrões internacionais reconhecidos, tais
como DNP, IEC 60870-5, UCA (“Utilities Communication Architecture”), etc.

Segurança e controle de acesso:


Sistemas desassistidos, podem também assinalar a presença de
pessoas não autorizadas através de sensores instalados nas portas e janelas
do ambiente, bem como se interfacear com sistemas de detecção de incêndio,
reportando ao centro de controle remoto qualquer anomalia.

Autodiagnóstico:
Intervalos de tempo em que o sistema SCADA esta ocioso pode ser
aproveitado para verificações de seu bom funcionamento tanto em termos de
"hardware" quanto de "software". Anomalias encontradas são sinalizadas ao
operador e incluídas no quadro de alarmes.
Além dos requisitos funcionais, o sistema digital de automação deverá
ainda oferecer as seguintes facilidades:
 Interface Homem-Máquina (IHM) amigável;
 Possibilitar a operação remota, a partir de centro de controle;
 Recursos para integração de equipamentos de campo de diferentes
fornecedores;
 Facilidades para expansão através da inclusão de novas máquinas na
rede.
Um sistema de automação da distribuição segundo definição do IEEE
("Institute of Electrical and Electronics Engineers") é uma combinação de
subsistemas de automação que habilitam uma empresa concessionária a
monitorar, coordenar e operar alguns ou todos os componentes do sistema
elétrico em tempo real.
Essa definição é bastante genérica e inclui vários subsistemas que
comumente são considerados separadamente, tais como supervisão e controle
de subestações, supervisão de controle da rede elétrica, gerenciamento de
9

carga, medição remota, atendimento à reclamações dos consumidores,


engenharia, etc.
Dentre esses vários subsistemas que compõem a automação da
distribuição destaca-se a supervisão da rede elétrica, em virtude dos seus
equipamentos estarem geograficamente distribuídos e muitas vezes em locais
de difícil acesso, tal como ocorre em redes localizadas fora do perímetro
urbano.
Essa capacidade de manobra remota de equipamentos da rede deve
estar sintonizada com a operação da subestação alimentadora, o que conduz a
uma sintonia entre a operação da rede elétrica, com a operação da
subestação.
Embora este trabalho faça uma explanação de vários subsistemas,
daremos um enfoque maior no que supervisiona e controla as redes elétricas
primárias (redes de distribuição de média tensão) e secundárias ( redes de
distribuição de baixa tensão).
A Distribuição de energia elétrica envolve atividades multidisciplinares
integradas incluindo engenharia, gerenciamento, comercialização e
administração. Por outro lado, enquanto que a geração e transmissão cuidam
de poucas grandes obras, a Distribuição cuida de muitas pequenas obras, e
portanto a sua engenharia tem enfoque diferente.
As diretorias de Distribuição das concessionárias contêm
departamentos para cuidar de: construção, projeto, operação, comercialização
e manutenção. Para executar suas atividades, estes departamentos dispõem
de sistemas computacionais.
A Automação da Distribuição, ou Informatização da Distribuição
constitui-se então, na integração destes sistemas digitais de forma que utilizem
dados comuns, mas que mantenham sua independência e privacidade.
Este sistema de Automação da Distribuição se interage na empresa
com outros sistemas digitais destacando-se o Sistema de Supervisão e
Controle da Geração/Transmissão (SSC) e o Sistema da Corporação (Figura
1).
10

Figura 1 - Sistemas computacionais das concessionárias

Fonte: (JARDINI, 1997)


2. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO

Na Figura 2 está apresentado como é constituído este sistema. Ele é


composto dos seguintes subsistemas:
- Base de dados geral ou comum (BDG)
- Comercial (Conta)
- De engenharia (Engenharia)
- De digitalização de mapas (Mapas)
- Supervisão em tempo real (Supervisão)
- Leitura automática de medidores (Medidores)
- Atendimento a reclamações (Reclamação)
- Apoio à manutenção (Manutenção)

Figura 2 - Partes do sistema de informatização da distribuição

Fonte: Adaptado de (JARDINI, 1997)


12

2.1 Subsistema de Dados Geral ou Comum

Este subsistema é a base da automação da Distribuição, e consiste


num gerenciador profissional de banco de dados, que manuseia grande volume
de informações. Apresenta-se como requisitos deste banco de dados: ser
relacional, permitindo a combinação de conjuntos de dados; dispor de
linguagem para consulta fácil ao usuário (do tipo SQL - Structured Query
Language). Existem produtos no mercado adequados a esta função como:
ADABAS, INFORMIX, INGRES, ORACLE, SYBASE, POSTGRES (mais
comum), etc.
Estes bancos de dados são instalados em computadores de grande
porte (main frame) e mais atualmente em servidores tipo workstations. Vista a
importância deste banco de dados, o subsistema preferencialmente deve
contar com uma configuração dual (redundância) de computadores.
Considerando que muitas empresas são organizadas em regionais, é
necessário que esta base de dados (BD) possa ser distribuída (Figura 3)

Figura 3 - Base de Dados Distribuída

Fonte: (JARDINI, 1997)

2.2 Subsistema Comercial

Na área comercial o subsistema de informação é dirigido basicamente


para a emissão de contas dos consumidores. Para tal utiliza as seguintes
informações:
- Códigos do medidor/consumidor
13

- Tipo de consumidor
- Nome, endereço, telefone do consumidor
- Consumo (em alguns meses - p/ ex. 12)
O consumo mensal é lido pelo leiturista e os dados são introduzidos no
subsistema. Em algumas concessionárias o leiturista leva um micro portátil
(PDA) onde digita o consumo, faz teste de consistência e armazena a
informação em meio magnético para transferência direta ao banco de dados.
Em sistemas mais sofisticados, com medidor eletrônico e telecomunicação, o
valor da medida é transferido automática e periodicamente, do medidor ao
banco de dados, diminuindo bastante o período de confecção da conta de luz.
Este subsistema interage com outros subsistemas da Automação de
Distribuição como será visto. A área comercial utiliza de informações úteis
(curva de carga) na definição de política de tarifação, conservação de energia e
substituição de insumos energéticos. Estas informações podem ser coletadas
por meio de informática por outros subsistemas da Distribuição.
Certos aparelhos do tipo eletrônico dispõem de uma capacidade de
memória para guardar informações que poderão sistematicamente ser lidas e
transferidas à base de dados comum.

2.3 Subsistema de Engenharia

Na área de Engenharia o subsistema de informação (Figura 4) é


composto basicamente de:
- Sistema de Gerenciamento de Rede (tipo PRODADIS, GRADE,
etc.)
- Auxílio ao Projetista
14

Figura 4 - Subsistema de engenharia

Fonte: (JARDINI, 1997)

O Sistema de Gerenciamento de Rede é constituído de um banco de


dados local contendo pelo menos as seguintes informações:
- Localização georeferenciada dos postes, circuitos,
transformadores, capacitores, chaves, religadores, e consumidores. Cada
elemento é registrado em coordenadas X,Y em um referencial definido.
- Localização e ligação elétrica dos consumidores,
transformadores, circuitos, subestações.
- Últimos consumos mensais dos consumidores.
- Curva de carga típica (residencial, comercial, industrial - por
extrato de consumo) e fatores de potência.
- Características elétricas dos circuitos, transformadores,
proteções, etc.
- Fatores típicos de planejamento e projeto (fator de carga, de
diversidade, carregamento típico de transformadores, etc.).
Periodicamente o programa é processado, quando computa a energia
nos vários equipamentos pela soma dos consumidores a eles ligados, calcula
as suas curvas de carga com base em dados típicos e determina se os
carregamentos estão adequados ou não. Emite um relatório indicando como a
rede está sendo utilizada, permitindo assim a substituição de equipamentos
carregados acima de sua capacidade, a relocação de cargas para carregar
melhor outros equipamentos, etc.
O Subsistema de Auxílio aos Projetistas utiliza as informações do
banco de dados comum para desempenhar os seguintes cálculos:
15

- Fluxo de potência: cálculo de quedas de tensão, e de correntes


nos circuitos e nos transformadores;
- Curto circuito (monofásico, trifásico);
- Coordenação da proteção: mostra os tempos de atuação de
várias proteções (reles, fusíveis, religadores) para curtos ao longo da rede,
indicando se elas estão adequadamente coordenadas;
- Alocação de reativos e minimização de perdas: indica os pontos
de melhor eficiência para a instalação dos bancos de capacitores e os
melhores taps dos transformadores da subestação para vários pontos da curva
de carga;
- Custeio: permite emissão de planilha de custo de novas
instalações e cálculos econômicos comparativos;
- Projeção de carga e demanda: permite estimar cargas futuras de
circuitos e subestações, projetando a carga em seus vários segmentos
(residencial, comercial, industrial);
- Projetos de alimentadores e subestações: permite a locação dos
postes no terreno ou ruas, e a emissão de desenhos construtivos de circuitos e
subestações.
- Locação de chaves: permite definir pontos do alimentador
primário onde instalando um certo tipo de chave obtém-se uma redução de
energia cortada cujo valor compensa o custo da chave.
- etc.
Estes sub-sistemas podem interagir com outros sub-sistemas da
Distribuição.

2.4 Subsistema de Digitalização de Mapas

As informações de circuitos, equipamentos, subestações, etc. podem


ser registradas usando técnicas de cartografia. Assim a distribuição dispõe de
desenhos contendo os mapas (ruas, logradouros, imóveis, etc.) dos locais,
onde sobre eles são alocados os circuitos, postes e equipamentos.
Os Programas de Informações Geográficas (GIS - Geographic
Information System) constituem ferramentas adequadas para reprodução de
16

mapas em computadores. Aos objetos digitalmente mapeados associam-se


suas propriedades em diferentes camadas num banco de dados. Numa destas
camadas pode-se, por exemplo, ter as ruas; noutras os postes, os
transformadores, os capacitores, as chaves e religadores, etc.
Com isso pode-se de uma forma gráfica gerenciar as redes de
distribuição interagindo com a base de dados que contem os atributos e
trazendo estas informações para o GIS. Estas atividades estão inseridas na
denominação AM/FM/GIS (Automated Mapping, Facilities Management,
Geographic Information System). Na Figura 5 está apresentada a tela de um
desses programas.

Figura 5 - Exemplo de Programa de Informação Geográfica

Fonte: (CRISPINO, )

Estes programas possuem, dentre outros, os recursos de:


- movimentação horizontal ou vertical do mapa na tela fazendo com
que para o operador o mapa total seja único;
- ampliar/diminuir o tamanho de partes do mapa que está na tela
("zoom").
17

2.5 Subsistema de Supervisão em Tempo Real

Este subsistema é utilizado pela Operação, e reúne as atividades de


aquisição de dados, comando e controle em tempo real da rede de distribuição.
Este subsistema realiza também a troca de dados com os níveis hierárquicos
superiores (COS/COI).
Ele pode ser dividido em três partes:
- Supervisão e controle de subestações
- Supervisão e controle de usinas
- Supervisão e controle da rede primária e secundária

Na Figura 6 são mostrados este módulos.

Figura 6 - Composição do sistema de supervisão da distribuição

Fonte: (JARDINI, 1997)

a) Supervisão de Subestações

Consiste em sistemas digitais de automação de subestações. As


subestações de distribuição são integradas ao COD - Centro de Operação da
Distribuição, trocando assim informações entre si.
Dentre as informações comunicadas ao COD podem-se destacar,
valores de tensão, corrente e fator de potência no cubículo de cada
alimentador, bem como indicação e a abertura de disjuntores dos
alimentadores e proteção associada, que produz um alarme no COD,
agilizando a equipe de reparos, reduzindo o período de tempo em que os
18

consumidores ficam sem energia. Ações de controle que resultem em


desligamentos devem ser automaticamente registradas pelo sistema SCADA
na base de dados de ocorrências.

b) Supervisão e Controle de Usinas

Pequenos geradores (cogeradores e autogeradores) são


dispersamente distribuídos pela rede de distribuição, cabendo à engenharia
desta rede construí-los e eventualmente mantê-los. Se estas usinas são
providas de sistemas digitais de comando e controle, informações importantes
podem ser transferidas destes para o COD, como por exemplo, a energia
gerada, ocorrência de defeitos, etc. A existência de comunicação de dados
entre o COD e estas usinas permite intervenções automáticas protetivas nos
geradores, quando em condições anormais como, por exemplo, durante
desligamentos forçados de subestações de distribuição.

c) Supervisão e Controle da Rede Primária e Secundária

Este subsistema é composto de um Sistema Computacional Central,


Unidades de Aquisição de Dados e Controle (UAC), sistema próprio de
comunicação, e faz a Supervisão e Controle em tempo real da rede de
distribuição. As UAC são alocadas nos pontos importantes do sistema, como
saída de alimentadores, chaves automáticas, banco de capacitores, cargas
importantes (Figura 7), fazem a aquisição de dados (tensões, correntes, estado
das chaves, curvas de carga, etc.), a atuação telecomandada de chaves, e a
transferência de informações ao Sistema Central.
19

Figura 7 - Supervisão da rede

Fonte: (JARDINI, 1997)


Chaves
NF - normalmente fechada
NA - normalmente aberta

O gerenciamento e operação da rede elétrica são conduzidos em


instalações específicas denominadas de Centro de Operação da Distribuição
(COD), que concentram a operação das subestações, bem como da rede de
distribuição de energia, de uma região, de modo a garantir o suprimento de
energia ao consumidor.
Para tanto, o COD deve oferecer recursos que permitam no caso de
ocorrência de falha, promover sua localização, isolamento do defeito e
restabelecimento do fornecimento, no menor tempo possível. E ainda, no caso
de manutenções programadas ou para isolar defeitos, promover a transferência
da carga entre circuitos objetivando afetar o menor número possível de
consumidores.

2.6 Subsistema de Leitura Automática de Medidores

Consiste principalmente dos medidores instalados nos consumidores,


medidores estes com sistema de comunicação para transferir, quando
solicitado pelo Sistema Central, o valor do kWh naquele instante. Este sistema
permite agilizar a preparação da conta de luz do consumidor com redução de
mão-de-obra (leiturista, digitadores, cobradores). Visto a integração de vários
20

segmentos da economia através de rede de comunicação de dados WAN Wide


Area Network pode-se pensar em transferir pelo seu sistema de leitura remota
de medidores, o valor de conta diretamente às entidades bancárias
aumentando a eficiência do processo de cobrança. A maioria das empresas
usa automação parcial neste setor, como já descrito: leituristas com micro
portáteis (PDAs).

2.7 Subsistema de Atendimento à Reclamações

Registra na base de dados de ocorrências todas as reclamações


pertinentes a interrupção de energia.

2.8 Subsistema de Manutenção

Este subsistema permite listar periodicamente os equipamentos aos


quais deverão ser feitas as manutenções preventivas, indicando recursos,
ferramentas, equipamentos de testes, bem como as manobras necessárias. As
manobras para manutenção podem ser simuladas no caso que este sistema
esteja integrado com os demais subsistemas. Esta integração pode também
tornar viável um procedimento de manutenção preditiva uma vez que várias
informações de equipamentos estão sendo coletadas e registradas (número de
operações de chaves, carregamentos, etc.).
Permite também avaliar os índices da rede e dos serviços como DEC,
FEC, taxas de falhas, tempos de reparos etc.
3. VISÃO GERAL DE AUTOMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO

Os Sistemas de Automação são constituídos dos seguintes elementos:

 Sensores e transdutores, que são unidades analógicas ou digitais


geradoras de sinais que expressam valores de grandezas ou estados de partes
da rede de distribuição, incluindo dentre outros:
- Transformadores de corrente;
- Transformadores de potencial;
- Voltímetros;
- Amperímetros;
- Termômetros;
- Manômetros;
- Indicador de status (aberto/fechado) do equipamento;
- Indicador de falta;
- Medidores digitais.

 Centro de monitoramento e decisão, que recebe e analisa as


informações dos sensores/transdutores e a partir delas, toma decisões que
resultam em comandos automáticos ou realizados pelo operador (sinalizações)
a equipamentos de chaveamento, podendo ser:
- O próprio operador locado em um centro de operações;
- Operador que opera localmente os equipamentos;
- Processadores autônomos programados (Unidades de Aquisição
e Controle);
- Acessório acoplado ao próprio equipamento de chaveamento (por
ex.: acionador de seccionalizadoras que opera a partir da contagem de
operações seguidas de abertura e fechamento da chave).

 Centro de sinalização que consiste em dispositivo que informa


valor ou condição de alguma variável de estado associada a equipamento da
rede, acionando alarmes, registrando valores, armazenando variáveis ou
promovendo ações dessa natureza, podendo ser:
- Displays;
22

- Unidade de sinalização ou alarme;


- Unidade de armazenamento.

 Estrutura de comunicação, que é constituída de transdutores e de


rede de comunicação que trazem as informações dos sensores de estado ao
centro de decisão, deste para o centro de sinalização e ainda, enviam os sinais
de comando aos equipamentos de chaveamento.

 Equipamentos de manobra são dispositivos de potência capazes


de energizar ou interromper a corrente em condição normal de operação ou em
situação de falta, conforme suas características específicas. Dentre outros são:
- Disjuntores;
- Secionadores automatizados;
- Religadores;
- Seccionalizadores associados a religadores.

A Figura 8 apresenta esses elementos de forma esquemática:

Figura 8 - Elementos de um sistema de automação.

Fonte: (DUARTE, 2008)

O sistema de automação pode ser, por exemplo, um simples religador,


onde o sensor de estado é um TP que fornece sinal indicando a ausência de
tensão ao centro de decisão, o qual pode estar situado no próprio religador
(relé digital ou cubículo de controle) ou integrado à um centro de operações. O
23

suporte de telecomunicação é o conjunto de cabeamentos locais que conecta


os sensores ao contador/temporizador e este ao disjuntor (do religador) e, por
sua vez, o equipamento de manobra é o próprio disjuntor do religador. O centro
de sinalização é o display do religador, que informa localmente a operação do
religador, o número de operações de religamentos etc.
Por outro lado, um sistema de automação poderia ser constituído por
um conjunto de religadores (equipamentos de manobra) instalados na rede de
alimentadores, que são acionados por comandos que transitam por uma
estrutura de comunicação, partindo de um centro remoto, que por sua vez
analisa os sinais da rede (sensores) e toma decisões (centro de decisão). O
centro remoto pode estar sediado no centro de operações da empresa,
emitindo informações para displays convenientes (centro de sinalização).
4. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA

Dos elementos citados no capítulo anterior, podemos destacar os mais


importantes que compõem sistemas de automação de redes de distribuição
primária e outros não listados, porém não menos importantes:

4.1 Religadores Automáticos

Os religadores são equipamentos automatizados de manobra que


operam nas redes de distribuição de energia elétrica, normalmente em circuitos
secundários de 12 a 27 KV. Seu princípio de funcionamento se baseia na
detecção automática de uma falta na rede elétrica, interrompendo o circuito de
distribuição. Após o período pré-configurado, o religador restabelecerá
automaticamente a energia na linha, verificando se a falta no circuito ainda
permanece. Sendo detectada uma falta momentânea, a energia será religada
automaticamente. Caso a falta se mantenha, a linha será interrompida, até o
restabelecimento das condições normais de operação do sistema, garantindo a
integridade da rede elétrica e a segurança humana.

Figura 9 - Exemplos de Religadores Automáticos.

Fonte: Internet
25

4.2 Chaves Telecomandadas

São atuadores cujo único objetivo é o seccionamento de circuitos


elétricos de distribuição de modo a aperfeiçoar manobras do Centro de
Operação da Distribuição das concessionárias. É comum a aplicação de
chaves de manobra com meio de extinção por óleo ou gás SF6, entretanto o
campo de utilização do princípio de chaveamento a vácuo está se expandindo,
por exemplo, quando aplicado no lugar das tradicionais chaves seccionadoras
de manobra sob carga.
Chaves telecomandadas utilizam cubículos que concentram os
equipamentos de comunicação que fazem a integração com o SCADA do
COD. Religadores automáticos podem ser usados apenas como chaves
telecomandadas, desativando as funções de proteção e religamento.

Figura 10 - Exemplo de Chave Telecomandada.

Fonte: Internet

4.3 Reguladores de Tensão

O regulador de tensão de média tensão é um equipamento instalado


em redes de distribuição e subestações que tem por finalidade a manutenção
da tensão de saída de um circuito elétrico, mantendo-a constante independente
da tensão de entrada.
26

Figura 11 - Regulador de Tensão Monofásico.

Fonte: Internet

Figura 12 - Reguladores de Tensão instalados em postes de rede de distribuição elétrica.

Fonte: Internet
27

4.4 Identificador de Falta

Um Identificador de Falta permite a identificação da falta no local da


ocorrência e a transmissão imediata da informação, através de vários meios de
comunicação, ao centro de gerência da concessionária. Este recurso permite o
restabelecimento de energia com grande agilidade, e baixo custo operacional.
Através da instalação de um módulo sensor sem contato com a rede de
distribuição, é possível detectar faltas nas redes de distribuição, indicando-as
através de LEDs de alta intensidade, ou, em conjunto com o módulo de
comunicação, ser integrado a um centro de operação.
O módulo sensor possui algoritmos especiais que, através da medição
dos campos elétricos e magnéticos emitidos pelas redes de distribuição,
identificam sobre-correntes e faltas de tensão em linhas de diversas topologias
e níveis de tensão nominais. Não tem nenhum contato com a linha energizada,
o que facilita sua instalação.
O módulo de comunicação possui um canal de comunicação isolado
com o módulo sensor, usado para coleta de dados e configuração, além de um
canal de comunicação com o centro de operação (COD). O enlace com o COD
pode ser realizado através de diversos dispositivos de comunicação como
rádios digitais e analógicos e modem celular.

Figura 13 - Identificador de Falta e cubículo de comunicação.

Fonte: Internet
28

Figura 14 - Identificador de Falta sendo instalado em poste.

Fonte: Internet
5. SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO NA AUTOMAÇÃO DE REDES DE
DISTRIBUIÇÃO

Um dos principais desafios no processo de automação de redes de


distribuição é o sistema de comunicação. Este sistema é essencial para o bom
funcionamento de um sistema de automação da distribuição, uma vez que os
equipamentos automatizados estão distribuídos ao longo da rede havendo a
necessidade de transferência de dados entre esses e um centro de controle.
Existem duas classes de sistemas de comunicação, uma que não
necessita de rede física para transferência de informações (rádio, celular, etc.)
e outra onde essa transferência é realizada através de rede física (telefonia,
fibra ótica etc.).
Apresentamos as seguintes tecnologias como sendo as passíveis de
serem utilizadas em um sistema de automação de rede:

a) Rádio

Esta tecnologia é a mais utilizada atualmente na automação de redes


de distribuição. Esse sistema é composto por transmissores, receptores,
repetidores, antenas e fontes supridoras de energia, de forma a permitir a
comunicação entre diferentes pontos do sistema e entre esses e um centro de
controle a distâncias de até 50km.

As vantagens dessa tecnologia são:


- Banda de dados relativamente larga;
- Transferência de informações sem fio;
- Funcionamento independente da condição da rede;
- Custos geralmente mais baixos do que tecnologias que utilizam
meio físico para transmissão de dados.

Enquanto as desvantagens são:


- Sensível a obstáculos físicos (relevo, prédios etc.) que dificultam
aplicações em locais com relevo irregular e em centros urbanos;
- Sensível ao clima;
30

- Sensível a interferências eletromagnéticas.

b) Telefonia

Esse sistema pode ser de três tipos:

Telefonia fixa: comunicação através de par telefônico, raramente


utilizada nos dias de hoje devido a baixa confiabilidade, bem como banda de
dados e taxa de transmissão pequenas.

Telefonia celular: que consiste na comunicação feita através de rede de


telefonia sem fio, utilizada em sistemas de automação de redes de distribuição.
As vantagens deste tipo em relação à telefonia fixa são:
- Custo de instalação reduzido;
- Rapidez de implantação;
- Transferência de informações sem fio;
- Funcionamento independente da condição da rede.

Enquanto a desvantagens são:


- Tempo de resposta mais elevado;
- Alto custo de operação (taxa de serviço).

Satélite: é apontado como opção onde não há disponibilidade dos


demais sistemas. Sua viabilidade depende da utilização de protocolo compacto
e pouca necessidade de comunicação com a central de controle. São
implantados onde a necessidade de implantação imediata de supervisão e
telecontrole de religadores automáticos ou qualquer outro dispositivo instalados
na rede primária de distribuição faz com que a empresa desenvolva um
sistema envolvendo uma micro-remota, que utiliza comunicação via satélite,
uma vez que a empresa ainda não disponha dos equipamentos necessários
para a implementação de um sistema de rádio nem se tenha cobertura celular.
31

c) Fibra Ótica

Esta é uma tecnologia muito utilizada em sistemas de automação, que


consiste em um meio físico muito confiável, porém com alto custo de
instalação. Suas vantagens são:
- Banda de dados larga;
- Alta confiabilidade;
- Imunidade a interferências eletromagnéticas;
- Custo de operação praticamente nulo.

As desvantagens desse tipo de comunicação são:


- Alto custo de instalação;
- Sujeito à interrupção pela queda de poste.
6. ARQUITETURAS DE COMUNICAÇÃO NA AUTOMAÇÃO DE REDES DE
DISTRIBUIÇÃO

Os sistemas de automação da distribuição de energia elétrica


requerem o uso de um sistema eficiente de comunicação para transmissão de
sinais de dados e controle, entre os centros de controle e um grande número
de UAC e medidores. Existem muitas tecnologias de comunicação capazes de
atender essa necessidade e a seleção da arquitetura de comunicação
apropriada requer um completo entendimento de cada tecnologia de
comunicação.
As exigências de comunicação para automação da distribuição
dependem da dimensão, complexidade e grau de automação desejável para o
sistema de distribuição. Em geral são importantes as seguintes características:
- Confiabilidade da comunicação;
- Custo benefício;
- Atender necessidades presentes e futuras de taxa de dados;
- Comunicação em duplo sentido (não necessária para algumas
funções);
- Operar em áreas interrompidas / falhas;
- Fácil operação e manutenção;
- Conformidade com a arquitetura do fluxo de dados.
Para o desenvolvimento de uma arquitetura em sistemas de
automação de redes de distribuição, existem vários conceitos que podem ser
aplicados de forma a melhorar o processamento dos dados em termos de
velocidade e otimização do projeto.
Com esse objetivo, se destacam duas que se diferem principalmente
pelas tecnologias dos elementos empregados. São elas:
- Arquitetura de comunicação utilizando solução celular GPRS;
- Arquitetura de comunicação utilizando solução de rádio.
Essas arquiteturas de comunicação, por sua vez, foram escolhidas
baseadas em estudos prévios de viabilidade geográfica, tecnológica e
econômica, realizados pela empresa concessionária.
33

6.1 Arquitetura de comunicação utilizando solução celular GPRS

Figura 15 - Arquitetura de rede de distribuição utilizando solução GPRS

Fonte: Autoria Própria

A arquitetura acima representa um sistema de comunicação para uma


rede de distribuição elétrica utilizando religadores automáticos.
Cada religador automático possui uma UAC (cubículo de controle) que
concentra as informações vindas dos sensores, transdutores e atuadores, faz o
processamento das lógicas de intertravamento e proteção e recebe as ordens
de operação remota. O cubículo possui portas de comunicação de diferentes
padrões (serial, ethernet, V23 FSK, etc) que, para este caso, se interligam à
um Modem GPRS responsável pela conexão a uma APN pública ou particular
da concessionária, fornecida por uma operadora de telefonia celular.
GPRS (General Packet Radio Service) O GPRS é uma tecnologia de
comutação de pacotes capaz de transmitir ou receber dados. Os canais físicos
podem ser compartilhados entre diferentes usuários móveis. A solução GPRS
atualmente é amplamente utilizada para troca de dados em vários tipos de
aplicação, tais como: Máquinas de cartões de créditos/débito, acesso a
internet, rastreadores de veículos, telemetria, automação de sistemas elétricos,
etc.
34

Do lado da concessionária, um software de gerenciamento de


conexões GPRS, o Servidor GPRS, é o responsável pelo cadastro, conexão e
desconexão dos modens instalados nos religadores.
Cada modem é configurado com um endereço de protocolo, uma porta
de comunicação e com o IP do servidor GPRS. O Servidor GPRS faz com que
os dados de todos os modems conectados àquela determinada porta sejam
encaminhadas ao SCADA do COD/COI.
Esta arquitetura comtempla um canal exclusivo, obtido através de
virtualização de portas seriais para parametrização remota dos equipamentos
telecomandados.
Esse tipo de arquitetura é mais utilizado dentro de centros urbanos com
uma boa cobertura GPRS e é caracterizada pelo baixo custo de instalação e
rapidez da instalação. A desvantagem por se escolher usar esse método é ter
que ficar atrelado ao pagamento pelos serviços do uso de canal transferência
de dados por parte da empresa de telefonia.

6.2 Arquitetura de comunicação utilizando solução de rádio

Analogamente à arquitetura utilizando solução GPRS, cada religador


automático possui uma UAC que concentra informações, gerencia as lógicas
de intertravamento e proteção e recebe as ordens de operação remota. As
portas de comunicação são conectadas à rádios UHF/VHF em diferentes
padrões (serial, ethernet, V23 FSK, etc), dependendo do tipo de tecnologia
empregada nos rádios.

Rádios Analógicos

A arquitetura abaixo representa um sistema de comunicação para uma


rede de distribuição elétrica utilizando rádios analógicos.
35

Figura 16 - Arquitetura de rede de distribuição utilizando solução com Rádios Analógicos

Fonte: Autoria Própria

Os rádios analógicos mais utilizados no mercado utilizam um tipo de


modulação chamada FSK (Frequency Shift Keying), ou chaveamento por
mudança de frequência, podendo também ser encontrados modelos que
modulam o sinal de áudio diretamente em AM.

Rádios Digitais

O chamado rádio digital, assim como o rádio analógico, é um sistema


de radiodifusão que utiliza o espectro eletromagnético para transmitir sons. A
principal diferença entre os rádios digitais e os rádios analógicos está na
maneira como as informações são processadas pelo sistema.
Os rádios analógicos enviam as informações no mesmo formato em
que as palavras foram faladas sendo mais suscetíveis a interferências, ruídos e
invasões clandestinas. No digital, o áudio é primeiramente digitalizado e sua
sequência binária é modulada por algum padrão de codificação digital,
preservando a qualidade das transmissões e tornando o sistema mais eficiente
e dinâmico, para então ser transmitido pelo ar de forma muito semelhante a
uma rádio analógica, envolvendo tradicionais elementos como torre e antenas.
36

Entre as principais vantagens do rádio digital sobre o analógico


podemos citar: melhoria na qualidade do áudio, multiprogramação, transmissão
de dados (textos, fotos, informações de trânsito, alertas de emergência, etc.),
cobertura de uma mesma área com menor potência e a otimização do espectro
eletromagnético.
A arquitetura abaixo representa um sistema de comunicação para uma
rede de distribuição elétrica utilizando rádios digitais.

Figura 17 - Arquitetura de rede de distribuição utilizando solução com Rádios Digitais

Fonte: Autoria Própria

Sistemas via rádio (analógicos ou digitais) são frequentemente


utilizados em locais afastados e remotos e em zonas rurais onde a cobertura
GPRS é precária e é caracterizada pela confiabilidade da comunicação e alta
robustez dos equipamentos envolvidos. As desvantagens em se escolher usar
esse método são as interferências de obstáculos físicos, clima e interferências
eletromagnéticas, assim como um custo de manutenção um pouco mais alto se
comparado com as soluções por telefonia móvel, devido à peças de reposição
mais.
37

7. SMART GRID E PRINCIPAIS TECNOLOGIAS ASSOCIADAS

A expressão Smart Grid deve ser entendida mais como um conceito do


que uma tecnologia ou equipamento específico. Baseia-se na utilização
intensiva de tecnologia de automação, computação e comunicações para
monitoração e controle da rede elétrica, as quais permitirão a implantação de
estratégias de controle e otimização da rede de forma muito mais eficiente que
as atualmente em uso.
A introdução do conceito de Smart Grid produzirá uma convergência
acentuada entre a infra-estrutura de geração, transmissão e distribuição de
energia e a infra-estrutura de comunicações digitais e processamento de
dados. Esta última funcionará como uma Internet de Equipamentos,
interligando os chamados IEDs (Intelligent Electronic Devices) e trocando
informações e ações de controle entre os diversos segmentos da rede elétrica.
Essa convergência de tecnologias exigirá o desenvolvimento de novos
métodos de controle, automação e otimização da operação do sistema elétrico,
com forte tendência para utilização de técnicas de resolução distribuída de
problemas baseadas na utilização de multi-agentes. Algumas das
características geralmente atribuídas à Smart Grid são:
 Auto-recuperação: capacidade de automaticamente detectar,
analisar, responder e restaurar falhas na rede;
 Empoderamento dos Consumidores: habilidade de incluir os
equipamentos e comportamento dos consumidores nos processos de
planejamento e operação da rede;
 Tolerância a Ataques Externos: capacidade de mitigar e resistir a
ataques físicos e cyber-ataques;
 Qualidade de Energia: prover energia com a qualidade exigida
pela sociedade digital;
 Acomodar uma grande variedade de fontes e demandas:
capacidade de integrar de forma transparente (plug and play) uma variedade
de fontes de energia de várias dimensões e tecnologia;
 Reduzir o impacto ambiental do sistema produtor de eletricidade,
reduzindo perdas e utilizando fontes de baixo impacto ambiental;
38

 Resposta da demanda mediante a atuação remota em


dispositivos dos consumidores;
 Viabilizar e beneficiar-se de mercados competitivos de energia,
favorecendo o mercado varejista e a micro-geração.
A transformação da rede de energia elétrica atual para a Smart Grid
deverá acontecer de forma incremental: novas tecnologias de automação,
computação e comunicações serão introduzidos em partes da rede, formando
bolsões de sub-redes com as características da Smart Grid, as quais
conviverão de forma harmoniosa com rede legada. Na medida em que esses
bolsões aumentem em número e capacidade, a rede elétrica como um todo
tenderá para uma rede dentro da nova visão.
A evolução do processo de implantação da Smart Grid deverá seguir
os seguintes passos:
 Instalação da infra-estrutura de dispositivos inteligentes;
 Instalação da infra-estrutura de comunicações;
 Integração e interoperabilidade;
 Disponibilização de ferramentas analíticas;
 Otimização operativa.

7.1 Integração de Tecnologias

O Sistema Elétrico é um sistema físico e organizacional de grande


porte, envolvendo milhões de componentes e milhares de organizações
públicas e privadas. Do ponto de vista físico, um aspecto muito importante no
funcionamento desse sistema é o seu comportamento dinâmico, o qual implica
na propagação mais ou menos rápida dos fenômenos, podendo levar a falhas
em cascata normalmente evoluindo para blecautes totais ou parciais. Do ponto
de vista das organizações envolvidas, ações coordenadas, baseadas em
regras claras e estáveis, são aspectos fundamentais para alcançar uma
operação segura e eficiente.
As tecnologias que compõem a Smart Grid permeiam todos os
segmentos do setor elétrico (geração, transmissão e distribuição), embora
esteja evoluindo com diferentes velocidades em cada um deles.
39

Os sistemas de distribuição são aqueles que estão sendo mais


beneficiados pela tecnologia Smart Grid. A principal área de aplicação é a
utilização de medição eletrônica. Os medidores eletrônicos acrescentam uma
série de novas funcionalidades ao antigo medidor eletromecânico de kWh,
constituindo-se em um Smart Meter, o qual abre a possibilidade de inovações
importantes, tais como:
 AMI (Advanced Metering Infrastructure): permitirão a leitura
automática da demanda de consumidores individuais, conexão e desconexão
de consumidores, disponibilização de informações do preço da energia, etc;
 Detecção e isolamento automático de faltas, reconfiguração e
restauração de serviço;
 Controle coordenado de tensão e fluxo de reativos.

7.2 Self-healing

Define-se um sistema “self-healing” (auto-regenerável ou auto-


recuperável) como aquele capaz de detectar, analisar, responder e restaurar
falhas na rede de Energia Elétrica de forma automática (e em alguns casos de
forma instantânea). Tais sistemas utilizam informação em tempo real gerada
por sensores dispostos na rede de distribuição para responder de modo reativo
(quando já ocorreu degradação do serviço) ou pró-ativo (ainda sem restrição ao
serviço contratado) a problemas da rede, evitando ou mitigando
automaticamente quedas de energia, problemas com a qualidade de energia e
a descontinuidade de serviços.
Em suma, sistemas “self-healing” promovem o aumento no nível de
confiabilidade do suprimento de Energia Elétrica.

7.3 Optimal Feeder Reconfiguration

Optimal Feeder Reconfiguration ou simplesmente OFR, refere-se a um


sistema que busca soluções otimizadas de reconfiguração de circuitos
alimentadores, evitando perdas e sobrecargas nas linhas através do
40

balanceamento de carga. Classificada como um sistema de eventos discreto, a


reconfiguração da rede é tipicamente um problema de otimização combinatória
complexo, ou seja, considerando o número de chaves de circuitos
alimentadores que atendem determinada área (e as possíveis combinações
existentes de estados dessas chaves), os procedimentos de reconfiguração
podem exigir grande esforço computacional.
OFR é, por vezes, um problema de múltiplos objetivos (p. ex. deve-se
considerar também a minimização de manobras de chaves para estender seus
tempos de vida útil), podendo ser tratado via métodos exatos, aplicados a
modelos simplificados de rede, ou via métodos de aproximação utilizando
heurísticas, com resultados confiáveis e eficientes, embora a grande maioria
das utilities ainda não esteja convencida do uso de heurísticas como
ferramenta de decisão.
8. PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO

O protocolo de comunicação é a linguagem utilizada na transmissão de


dados na forma digital, é também uma compilação de regras e definições que
permite aos equipamentos trocarem dados e executarem comandos através de
uma rede de comunicação. Os dados são codificados em bits (zeros e uns) e
agrupados em uma sequência determinada em um bloco (frame), que pode
variar o tamanho em bytes. Anexados ao bloco de dados vão uma série de
outros bits contendo informações adicionais como estampa de tempo, detecção
de erro e bits de início e fim (Figura 17). Estas informações adicionais, a ordem
do bloco de dados e o tipo de transmissão, serial ou paralela, definem um
protocolo de comunicação.

Figura 18 - Processo de montagem de uma mensagem para transmissão digital.

Fonte: Internet

Existem muitos protocolos de comunicação que podem ser usados em


um sistema de automação da distribuição. Geralmente os fabricantes de
equipamentos como UTRs detêm um protocolo próprio, isto é, desenvolvido
para funcionar especificamente com outros equipamentos daquele fabricante.
Isso torna o sistema de automação dependente, dificultando a inserção de
equipamentos que não sejam do fabricante em questão. Pode-se evitar este
tipo de restrição com a adoção de protocolos abertos, que geralmente são
42

implementados por vários fabricantes diferentes e permitem uma certa


integração. Dentre os protocolos mais importantes, podem ser citados o DNP3,
IEC 60870-5-101/104, MODBUS e IEC 61850.

8.1 DNP3.0

O DNP3 (Distributed Network Protocol version 3) é um padrão de


comunicação “de fato” em suporte à automação do setor elétrico, com
utilização tanto na Distribuição quanto na Transmissão. Surgiu em 1990 e
passou ao domínio público em 1993, tornando-se um padrão aberto, com o
desmembramento do padrão IEC 60870-5-1. O DNP3 define um conjunto de
procedimentos para a implementação de enlaces de comunicação SCADA
entre estações mestres e Remote Terminal Units (RTUs) ou Intelligent
Electronic Devices (IEDs). O padrão é administrado por uma organização
independente, o DNP3 User Group (www.dnp.org).
O DNP3 é utilizado na automação de dispositivos em subestações ou
em circuitos alimentadores, assim como na comunicação entre Centros de
Controle e subestações. É o protocolo de comunicação mais popular nas
utilities dos EUA e da América do Sul, além de ser padrão nacional para utilities
de água na Austrália e no Reino Unido.

8.2 IEC 60870-5-101/104

O IEC 60870-5 é o padrão internacional desenvolvido pelo IEC para


telecontrole e teleproteção, provendo funcionalidades similares ao DNP3 (pode
ser considerado o DNP3 “Europeu”). Assim como o DNP3, o IEC 60870-5-101
permite sincronização de tempo, definição de dados com diferentes níveis de
prioridades (alta ou classe 1 e baixa ou classe 2) e reportagem espontânea de
dados sem solicitação da estação mestre (“unsolicited reporting” – no IEC
60870-5-101 esta função é restrita à configuração ponto-a-ponto).
43

O IEC 60870-5-101 é um padrão aberto amplamente utilizado na


Europa, sendo raramente encontrado nas Américas devido a difusão do DNP3
nessas regiões.
O padrão IEC 60870-5-104 é uma extensão do IEC 60870-5-101 com
extensões para permitir acesso a uma “true network” (conexão a LANs e a
roteadores, permitindo acesso a WANs).

8.3 MODBUS

O Modbus é um protocolo de comunicação aberto, proposto pela


Modicon em 1979 para uso em Controladores Lógicos Programáveis (CLPs)
(Programmable Logic Controllers: PLCs) implementado comunicação serial
(nos formatos ASCII ou RTU, este último com codificação binária). Robusto,
caracteriza-se como padrão de comunicação na indústria, interligando grande
número de pequenos dispositivos. Suas versões incluem interface serial,
grande parte utilizando RS-485, e ethernet, assim como interface para outras
redes que suportam o protocolo IP.
Como fator restritivo, o Modbus não dispõe de um método para
representar “time stamps” (etiquetas de tempo) e tão pouco sincronizar tempos
em resoluções de milissegundos, o que dificulta a construção de registros com
sequências de eventos (históricos) que poderiam ser utilizados para seguir
falhas e proceder a restauração da rede. O MODBUS não possui a flexibilidade
necessária para funcionar através de sistemas sem fio, como rádio e telefonia
celular. No entanto, algumas aplicações de Automação da Distribuição, não
serão afetadas por estas restrições, como p. ex. o controle de bancos de
capacitores. O Modbus continua a ser utilizado tanto em subestações quanto
na rede de distribuição (circuitos alimentadores) em várias regiões do mundo,
principalmente em casos onde as demandas por taxas de transmissão sejam
baixas.
O Modbus apresenta uma extensão para acesso a um “true network”, o
Modbus TCP/IP (conhecido como Modbus-TCP). Já o Protocolo Modbus Plus
(ou Modbus+, MB+, MBP) possui vários recursos adicionais de roteamento,
diagnóstico, endereçamento e consistência de dados. A Tabela 1 apresenta
44

uma comparação entre atributos do DNP3 e do Modbus “aberto”, onde notam-


se grandes vantagens do DNP3.

Tabela 1 - Comparação entre os Padrões DNP3 e Modbus.

Fonte: (ARAÚJO, 2011)

8.4 IEC 61850

O protocolo IEC61850, desenvolvido para ser o padrão internacional de


comunicação aplicada a sistemas de potência em todos os seus níveis. Este
protocolo visa permitir a interoperabilidade entre equipamentos de diferentes
fabricantes, funciona com diferentes filosofias de controle e topologias de rede,
como centralizado ou distribuído, e foi planejado para seguir o progresso das
tecnologias de comunicação. Sendo assim, é o protocolo mais adequado para
a implantação em um sistema de automação da distribuição em
desenvolvimento.
O IEC 61850 foi criado a partir da Utility Communications Architecture
version 2.0 (UCA 2.0), defendendo o conceito de automação a partir de um
conjunto de funções distribuídas, em alternativa aos sistemas SCADA
centralizados. Uma de suas principais características é a capacidade de
representação de dados orientada a objeto, possibilitando:
a) Facilitar à aplicações de terceiros o acesso a informações de
IEDS de múltiplos fornecedores, garantindo a interoperabilidade entre
dispositivos de diferentes fabricantes;
45

b) Minimizar o esforço do desenvolvedor de aplicação, que não terá


mais que se preocupar com representações individuais de fabricantes;
c) Permitir a auto-reconfiguração de partes de interfaces e
aplicações.
O IEC 61850 é um padrão que está em contínuo desenvolvimento. Em
sua primeira edição, publicada no início dos anos 2000 e que contou com mais
de 1000 páginas, ele foi definido exclusivamente para a automação de
subestações (SAS), incluindo aplicações de proteção. Sua segunda edição
está incluindo, desde 2010-2011, novas capacitações, como mecanismos de
redundância na comunicação com IEDs e o suporte a sistemas “fora” de
subestações, tais como a automação de “wind farms”, hidroelétricas e recursos
de energia distribuídos (ex.: energia fotovoltaica), o que confirma a importância
deste padrão para a Smart Grid.
Enquanto o padrão IEC 61850 tem sido difundido principalmente na
Europa, apresenta-se como alternativa relativamente menor para o mercado
dos EUA. Ainda, o IEC 61850 tem tido pouca imersão em aplicações fora do
setor de Energia Elétrica, onde o DNP3 tem boa aceitação.
9. CONCLUSÕES

A implantação de aplicações de automação da distribuição pelas


concessionárias, ainda apresenta grandes desafios, principalmente aqueles
relacionados à integração de tecnologias, processos e aplicações e, sobretudo,
às justificativas e retornos financeiros.
A automação de sistemas de distribuição de energia elétrica pode ser
implementada em diversos níveis, o sistema de telecomunicações sendo o
fator determinante na seleção do nível desejado. Ressalta-se que os sistemas
de telecom que têm sido utilizados pelas concessionárias na implementação de
aplicações de automação da distribuição são baseados em uma extensão dos
tradicionais sistemas SCADA que são normalmente empregados no
monitoramento e controle de subestações.
Neste trabalho foram apresentadas teorias relacionadas à automação
de sistemas de distribuição de energia elétrica, nos quais fornecem toda a base
para a compreensão deste conceito: Formação do setor de Automação da
Distribuição, dividindo-o em vários outros subsistemas, assim como a maneira
como eles se relacionam; As funções da automação de sistemas de
distribuição dentro do contexto de Sistemas de Energia Elétrica; Principais
Equipamentos utilizados em Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica;
Arquiteturas de comunicação e uma explanação sobre o conceito Smart Grid.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JARDINI, J. A. Sistemas digitais para automação da geração, transmissão e


Distribuição de energia elétrica. São Paulo: [s.n.], 1996.

SPERANDIO, M. Planejamento da automação de sistemas de manobra em


redes de distribuição. 2008. 149f. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica) –
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

SOUZA, F. A. Detecção de Falhas em Sistema de Distribuição de Energia


Elétrica Usando Dispositivos Programáveis. 2008. 120f. Dissertação (Mestrado
em Engenharia Elétrica) – Universidade Federal Paulista, Ilha Solteira.

DUARTE, D. P. Automação como Recurso de Planejamento de Redes de


Distribuição de Energia Elétrica. 2008. 127f. Dissertação (Mestrado em
Engenharia de Energia) - Departamento de Engenharia de Energia e
Automação Elétricas, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São
Paulo.

FALCÃO, D. M. Integração de Tecnologias para Viabilização da Smart Grid.


2009. 5f. Artigo.

CRISPINO, F. et al. Automação de Redes de Distribuição de Energia Elétrica.


15f. Artigo.

ARAÚJO, S. G.; VIEIRA, J. G.//Automação da Distribuição e a Smart Grid./14


de Setembro de 2011. Disponível em: http://smartgridnews.com.br/automacao-
da-distribuicao-e-a-smart-grid-parte-1/>.

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