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I. Leonardo da Vinci , Tratado da Pintura Frag. 6.

“ (A pintura) é ciência e legítima filha da natureza, porque a pintura é parida pela


natureza; mas para ser mais correcto, diremos neta da natureza, porque todas as
coisas visíveis foram paridas pela natureza, da qual nasceu a pintura. Pelo que
correctamente lhe chamaremos neta da natureza e parente de Deus.”
Tratado da Pintura Frag. 18
“A pintura não se copia, como se faz com as cartas, que tanto vale a cópia como
original; não se funde como acontece com a escultura, em que tanto é a fundição
como é o original, quanto à virtude da obra; ela não faz infinitos filhos, como nos livros
impressos; ela apenas segue sendo preciosa e única, e nunca dá à luz filhos iguais a
si mesma, e tal singularidade torna-a excelente”.
Tratado da Pintura Frag. 21
“A pintura é poesia que se vê e não se ouve, e a poesia é pintura que se ouve mas
não se vê. Estas duas artes podem-se chamar ambas poesia, ou pintura, e
comerciaram aqui os sentidos com que penetram no intelecto. O que está pintado
deve passar pelo olho, que é o sentido mais nobre, e o que é poesia deve passar por
um sentido menos nobre, isto é do ouvido ao entendimento.”

II. G. Bellori , Ideia do Pintor, do Escultor e do Arquitecto


(...) É por isso que os nobres Pintores e Escultores, imitando o Primeiro Artesão,
formam no seu espírito um modelo de beleza superior, e sem o deixar, os olhos
emendam a natureza corrigindo as cores e as linhas. (...)
Seguindo o exemplo dos antigos, os melhores dos nossos modernos, tal como Alberti,
ensinam-nos que é preciso amar em todas as coisas a parecença, mas sobretudo a
beleza, que por sua vez deve ser extraída das mais belas partes dos corpos mais
belos. Leonardo Da Vinci também aconselha o pintor a formar-se nesta ideia, de olhar
bem o que ele vê e de se debater interiormente, por forma a escolher as partes mais
excelentes de todas as coisas. (...)
(...) Porque os construtores bárbaros, desprezando os modelos e as ideias dos gregos
e romanos e os mais belos monumentos da Antiguidade, desenvolveram
freneticamente durante muitos séculos numerosos e diversos edifícios de ordens
fantásticas, cujo o caos monstruoso desfigurou a arte e a arquitectura.
(...) Mas os bons Arquitectos conservam as formas das mais excelentes ordens: os
Pintores e os Escultores, escolhendo as mais elegantes belezas naturais, aperfeiçoam
a Ideia, e as suas obras acabam por ultrapassar a natureza, que é o maior título de
glória destas artes (...).
(tradução livre de Cristina A.Tavares, in Apêndices de Idea, E.Panofsky, Idées, Galimard, 1983)

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