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O LIVRO DA MORTE
Morte e vida são fenômenos naturais do cosmo infinito
Samael Aun Weor
O LIVRO DA MORTE
Morte e vida são fenômenos naturais do cosmo infinito
1ª. Edição
Curitiba – PR
EDISAW
2011
O LIVRO DA MORTE
Morte e vida são fenômenos naturais do cosmo infinito
TÍTULO ORIGINAL:
El libro de los muertos
Muerte y vida son la manifestación del cosmos infinito
Primera edición 1965 [local e editor não conhecidos]
Tercera edición – Costa Rica – 1968 [Usamos esta edição como fonte original]
Tradução: Karl Bunn – Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil - 2011 Ano 50 da Era de Aquário
Revisão tipográfica: Equipe da II Câmara da IGB-Edisaw
Design da Capa: Ricardo Bianca de Mello e Helen Sarto de Mello
Diagramação: Pedro Luis Vieira
Fotolitos e Impressão: Gráfica Editora Pallotti
© Direitos autorais desta edição: Igreja Gnóstica do Brasil
www.gnose.org.br
Textos entre [ ] são do tradutor; não constam no original. Usamos esse recurso para oferecer um
melhor entendimento e orientação para o leitor, evitando assim as nem sempre práticas notas de
rodapé. Textos entre ( ) constam do original.
Em sinal de respeito ao autor e aos irmãos que nos antecederam na história do Movimento Gnóstico,
nossas edições mantêm a totalidade e a integridade das obras originais. Nossos comentários e explicações
estão sinalizados de forma expressa e direta, de modo que nossos leitores possam diferenciar claramente
o que é um e o que é outro.
11-03306 CDD-299.932
Este Livro da Morte é formado por três pequenas obras que o Mestre
Samael Aun Weor escreveu ao longo de sua vida a respeito do tema. São elas:
1. Os Mistérios da Vida e da Morte, publicado em 1962.
2. O Livro dos Mortos, publicado em 1965.
3. Além da Morte, publicado em 1970.
Com este livro queremos oferecer ao público brasileiro uma obra simples,
básica e de fácil entendimento, versando sobre os nem sempre compreendidos
mistérios ou fenômenos que ocorrem antes, durante e depois da morte de
qualquer mortal humano.
Este livro é lançado logo após a edição do Sim! Há Inferno, Diabo e Karma
para que assim nossos leitores possam ter uma idéia mais ampla de todos esses
temas que estão interligados.
Uma pessoa nasce, cresce, torna-se adulta, vive algumas dezenas de anos e
depois morre. Onde estava esta pessoa antes de nascer?
O que veio fazer neste mundo?
Por que sofre ou tem sorte na vida?
Por que tem boa saúde ou, quem sabe, passa a sofrer de determinado mal
incurável?
O que acontece na hora da morte?
O que espera o falecido após sua passagem desta para a outra vida?
Como vivem os mortos? Onde moram? O que fazem?
Quem governa a vida? Quem rege a morte?
Quem determina que as almas voltem a ter novo corpo e sob que condições?
Todas estas e muitas outras perguntas são respondidas e comentadas pelo
autor neste volume. Nem todos gostam de falar sobre o tema da morte. Mas
este é o acontecimento mais importante depois do nascimento. Ainda assim
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não o encaramos com a atitude mais apropriada, pois é um tema que todo
mundo evita comentar, mesmo que seja o fato do qual não se tem escapatória.
O seu caráter inevitável deveria ser motivo mais que suficiente para nos
prepararmos para tal ocorrência que, cedo ou tarde, alcança tudo e todos. Os
egípcios, bem como os tibetanos, tiveram e ainda têm o seu livro da morte ou
O Livro para sair à Luz e o Bardo Thödol.
Nós, ocidentais, preferimos a atitude da avestruz frente à ameaça. Assim,
quando a hora derradeira se apresenta, entramos em pânico e deixamos todo
mundo em desespero. Muito mais sábio seria, desde agora mesmo, estudarmos
o livro da vida e da morte enquanto o oficiante não chega.
Optamos por não alongar esta apresentação visto não ser necessário entrar
em detalhes, os quais estão amplamente explicados ao longo destas páginas.
Porém, aqui todos têm o necessário para em vida se preparar para a morte.
PAZ INVERENCIAL!
Karl Bunn
Presidente da IGB-Edisaw
Abril de 2011 - Ano 50 da Era de Aquário
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LIVRO 1
Muito foi falado sobre a morte. A maioria das pessoas acredita e assegura
que ninguém sabe nada a respeito. Mas nós, do Movimento Gnóstico, afir-
mamos com conhecimento objetivo que a morte é a passagem de um estado
de vida para outro. A morte comum e corrente, da qual todos falam, significa
deixar este corpo e seguir adiante em outro corpo, mais sutil, o qual somente as
pessoas dotadas de sentidos espirituais podem ver. Esses sentidos extra-senso-
riais se desenvolvem nas pessoas que se dão ao trabalho, paciente e inteligente,
de praticar algumas normas da ciência metafísica. Também existem pessoas
dotadas de sentidos subjetivos. Se praticarem certas técnicas poderão testemu-
nhar com perfeito conhecimento de causa.
Ao lerem este livro, muitas pessoas duvidarão ou não acreditarão que seja
real o que aqui é dito. Mas nós sabemos que apenas crer ou não crer, ser cético,
nada será encontrado; para achar alguma coisa é preciso buscar.
Crendo ou duvidando, o que existe na natureza não mudará em nada. Portanto,
convidamos todas as pessoas de boa vontade a estudar profundamente a ciência da
vida para transcender a morte. Ninguém que não tenha conhecimento objetivo da
morte poderá se atrever a discuti-la com conhecimento de causa.
Muitas pessoas de limitada imaginação tratarão também de limitar outras
compreensões, mas os valentes e abertos ao novo, que tenham um pouco de
consciência, poderão se lançar à busca da sabedoria. Para isso, não devem li-
mitar o espaço infinito mediante a imaginação.
Nós, os afortunados discípulos do Mestre Samael, damos testemunho da-
quilo que vemos e ouvimos. Portanto, falamos com conhecimento de causa e
não como simples crentes. Podemos falar de vivências pessoais sem comentar
coisas sagradas que estão vetadas ao mundo dos profanos porque se as désse-
mos a conhecer seríamos indignos.
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Ao nos comportarmos como autênticos seres humanos e ao manejarmos
nossa vida em todos os estados de consciência de forma científica podemos
transcender a ‘segunda morte’ da qual nos falam as religiões dogmáticas. Se
não manejarmos a vida inteligentemente em todas as suas manifestações cor-
remos o risco inevitável de sermos desintegrados pelos processos conhecidos
como ‘segunda morte’, a qual perdura por milhares de anos.
Devemos criar os corpos existenciais superiores para nos imunizarmos
da ‘segunda morte’. Necessitamos estudar a metafísica mais profundamente e
nos despojarmos das crenças dogmáticas, lançando-nos na busca da sabedo-
ria. Foquemos as coisas que prejudicam nossa vida em todos os aspectos e
deixemos de fazê-lo. Qualquer erro que alguém cometa fora do seu corpo não
é tão prejudicial como os erros que alguém comete contra seu próprio cor-
po. Quando erramos contra nosso corpo não apenas encurtamos a vida como
também podemos perdê-la. Mas o pior de tudo é prejudicá-la em seus aspectos
mais sutis, conforme abusemos no físico, no mental, no emocional, etc.
Decidimos editar este livro com a finalidade de dar conhecimento dos pu-
ros ensinamentos que nos são passados pelo Mestre Samael Aun Weor, já que
formam um manancial de ciência e de vida para aqueles que os praticam.
Fazemos aqui um chamado a todos os irmãos espiritualistas das diferentes
Lojas, Ordens, Escolas, etc. para que cooperem com o bem e com o manejo da
vida em todos os Planos da Consciência Cósmica.
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INTRODUÇÃO DA EDIÇÃO ORIGINAL
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nossos pensamentos, sentimentos, movimentos, instintos e impulsos sexuais.
Devemos saber que a vida mecânica é própria do estado animal. Nós não per-
tencemos a esse estado; portanto, devemos aprender a viver dentro de normas
superiores de vida.
Cada existência no mundo físico é sempre o resultado da vida anterior
mais suas conseqüências, boas ou más. Cada novo corpo que recebemos é sem-
pre o instrumento do karma. Já sabemos que karma é a Lei da Compensação.
Há quem nasça em berço de ouro e há quem nasça na miséria. Tal causa tal
efeito. Os malvados encarnam entre malvados; os virtuosos encarnam entre os
virtuosos e os santos; etc.
Quando modificamos as causas alteramos os efeitos. Aqueles que pensam
que a morte do corpo é a morte da pessoa e que, pelo fato de pensarem assim
cometem todo tipo de delito, tocará pagar tudo isso em futuro retorno, mesmo
que não acredite nessas coisas agora. Lei é lei! Ninguém escapa impunemente
da Lei Divina.
Especialmente chamamos a atenção dos materialistas dogmáticos que so-
mente aceitam as realidades grosseiras e os movimentos mecânicos da nature-
za. Advertimos que acima e abaixo das percepções dos sentidos físicos existem
funções ultra-sensíveis que não devemos negar de forma intransigente, mas
sim pesquisar e investigar com paciência e de forma diligente.
Mais além do corpo está a pessoa, e mais além do núcleo estão a energia e
a inteligência. É nesse ‘mais além’ que se encontra a causa causorum de todas
as manifestações físicas do passado, do presente e do futuro. Esse ‘mais além’
são as dimensões superiores do espaço, que existem e existirão independente
de crer ou duvidar.
Convidamos ao estudo! Convidamos à investigação! Convidamos a aban-
donar o dogmatismo e a tradição porque tudo isso pertence ao passado.
Já estamos na Era de Aquário. Aquário é a Era do conhecimento direto,
a Era do conhecimento prático. Chegou o momento da revolução interior. A
vida externa já deu os frutos que tinha a dar: o conhecimento parcial. Agora
chegou o estudo completo do interior e do exterior em perfeito equilíbrio.
Paz Inverencial.
Luis A. Romero
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capítulo 1
A MORTE
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Só forjando a alma estabeleceremos um princípio permanente de consci-
ência dentro de nós mesmos. Aquele que tem alma vive consciente depois da
morte.
A alma pode ser criada com a acumulação das energias mais sutis que o or-
ganismo humano produz. Sua cristalização se dá através de supremos esforços
para se fazer autoconsciente em forma total e definitiva.
Desgraçadamente o animal intelectual chamado homem gasta torpemente
estas energias em comilanças, temores, ira, ódio, inveja, paixões, ciúmes etc..
É urgente criar a vontade consciente; é indispensável submeter todos os
nossos pensamentos e atos ao Julgamento Interno. Só assim podemos criar
isso que se chama alma. Precisamos nos autoconhecer profundamente para
criar alma.
1. 1 - O RAIO DA MORTE
O Raio da Morte reduz o chamado homem a uma simples quintessência
molecular, assim como uma tonelada de flores pode ser reduzida a uma sim-
ples gota de perfume essencial.
A energia da morte, por ser muito poderosa, destrói totalmente o orga-
nismo humano. É uma corrente de altíssima voltagem que, inevitavelmente,
destrói o organismo humano quando circula por ele. Assim como um raio
pode despedaçar uma árvore, assim também o Raio da Morte reduz a cinzas
o corpo humano; é o único tipo de energia que o organismo humano não
pode resistir.
Este raio conecta a morte com a concepção; os dois extremos se tocam.
Quando a Essência [uma fração da alma] se desprende do velho corpo sob
o impacto terrível do Raio da Morte, produz-se uma tensão elétrica ex-
traordinária, semelhante a uma nota chave, cujo resultado axiomático é
o movimento e a combinação dos genes determinantes do futuro corpo
físico. Assim é como os sutis constituintes do ovo fecundado se acomodam
em disposição correspondente, tendo como base a tensão elétrica e a nota
chave da morte.
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1.2 - O QUE CONTINUA APÓS A MORTE
Duas coisas vão ao sepulcro:
1. O corpo físico.
2. A personalidade humana.
A personalidade, como já dissemos, forma-se durante os primeiros sete
anos da infância e se robustece com as experiências. Às vezes, a personalidade
perambula pelo cemitério; outras vezes, sai de seu sepulcro quando seus paren-
tes a visitam e levam flores. Mas, pouco a pouco, vai se desintegrando.
A personalidade é energética e atômica. A personalidade é perecível. Não
existe nenhum amanhã para a personalidade do falecido; ela é mortal.
A personalidade não reencarna. A personalidade é filha de seu tempo e mor-
re em seu tempo. O que continua é a Essência, quer dizer, o fantasma do morto.
Dentro desse fantasma se desenvolve o ego que retorna, o ‘eu’, o ‘mim mesmo’.
O ego é legião de diabos que continua. É falso nos dividir entre dois ‘eus’,
um de tipo inferior e outro de tipo superior. O ‘eu’ é legião de diabos que se
desenvolve dentro de nós mesmos; isso é tudo.
Na literatura ocultista muito é comentado sobre o ‘eu superior’ e sobre o
‘eu divino’. Ocorre que esse ‘eu superior’ não é o tal ‘eu divino’. A Seidade Di-
vina transcende qualquer ‘eguismo’. Isso que não tem nome profano é o Ser, o
Íntimo [Atman].
A Essência é molecular; a Essência, o fantasma do morto, vive normalmen-
te no mundo molecular. Assim, ao morrer saímos do mundo celular e entra-
mos no mundo molecular e passamos a usar um corpo molecular.
O Livro Tibetano dos Mortos [Bardo Thödol] diz textualmente o seguinte:
“Oh, nobre por nascimento, seu corpo presente, sendo um corpo de
desejos, não é um corpo de matéria grosseira. Assim, agora você tem o
poder de atravessar qualquer massa de rochas, colinas, penhascos, ter-
ras, casas e até mesmo o Monte Meru, sem encontrar obstáculo. Agora,
você está provido do poder das ações milagrosas, sem que seja fruto de
nenhum samadhi, mas sim, do poder que vem a ti naturalmente. Você
pode instantaneamente chegar a qualquer lugar que desejar; tem o po-
der de chegar ali no tempo em que um homem demoraria em abrir ou
fechar a mão. Estes vários poderes de ilusão e de mudança de forma,
não os deseje, não os deseje”.
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1.3 - O CORPO VITAL
No organismo humano existe um corpo termo-elétrico-magnético. Este é
o corpo vital. Esse corpo é o assento da vida orgânica. Nenhum organismo
poderia viver sem o corpo vital.
Cada átomo do corpo vital penetra dentro de cada átomo do corpo físico
para fazê-lo vibrar intensamente. Todos os fenômenos químicos, fisiológicos e
biológicos, todo fenômeno de percepção, todo processo metabólico, toda ação
das calorias, etc., têm sua base no corpo vital. Realmente, este corpo é a seção
superior do corpo físico, o corpo tetradimensional.
No último instante da vida esse corpo escapa do organismo físico. O corpo
vital não entra no sepulcro. O corpo vital flutua perto do sepulcro e se desin-
tegra lentamente, conforme o cadáver vai se desintegrando. Ao sepulcro só
entram o cadáver e a personalidade do falecido.
O corpo vital tem muito mais realidade que o corpo físico. Sabemos muito
bem que a cada sete anos o corpo físico muda totalmente, se renova totalmen-
te; não fica nem um só átomo antigo nesse corpo. Porém, o corpo vital não
muda; nele estão contidos todos os átomos da infância, adolescência, juventu-
de, maturidade, velhice e decrepitude.
O corpo físico pertence ao mundo de três dimensões; o corpo vital é o cor-
po da quarta dimensão.
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O Ser é o Íntimo, o Espírito. É necessário trabalhar primeiro com a matéria
molecular para forjar a alma; em seguida, refinar a energia da alma a um grau
mais elevado, para elaborar o Espírito.
É preciso transmutar a matéria molecular em matéria eletrônica e fundir o
átomo para liberar o fogo sagrado que nos converte em espíritos divinos.
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capítulo 2
OS ANJOS DA MORTE
NT – O texto original diz: “es ridículo, espantosamente ridículo, definir lo desconocido por lo
desconocido”. Cremos ter havido um erro tipográfico no segundo ‘desconocido’ porque a frase
usualmente empregada é a que utilizamos no texto traduzido: que o desconhecido não pode ser
estudado a partir do conhecido.
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De fato, a chamada ‘matéria’ é um conceito tão abstrato quanto a beleza, a
bondade, o valor ou o trabalho. Ninguém é capaz de ver a substância das coisas
em si mesma; ninguém conhece a ‘coisa em si’.
Vemos a imagem física de um homem, mas não vemos a ‘coisa em si’ do
homem; só desenvolvendo o sentido espacial podemos ver o corpo em si mes-
mo, a ‘coisa em si’.
O espaço é o veículo da mente; só com o sentido espacial poderemos apre-
ender a ‘coisa em si’; este é o corpo vital do homem.
Qual é ‘a coisa em si’ de uma planta? Seu corpo vital.
Qual é ‘a coisa em si’ de um animal? Seu corpo vital.
Qual é ‘a coisa em si’ da Terra? A Terra Vital [Etérica].
O Mundo Vital representa a Terra em si mesma. Desta Terra Vital depende
a vida de todos os organismos. A Terra Vital está na quarta dimensão.
O ponto em movimento deixa um rastro: a linha.
A linha em movimento deixa um rastro: a superfície.
A superfície em movimento se converte em sólido.
O sólido em movimento se converte em hipersólido.
Realmente, o hipersólido é a coisa em si; o hipersólido pertence à quarta
dimensão. Só podemos ver os hipersólidos com o sentido espacial; este é su-
perior ao sentido temporal. Realmente, o sentido temporal é só a superfície do
sentido espacial.
O ponto, ao sair de si mesmo, converte-se em linha.
A linha, ao sair de si mesma, converte-se na superfície.
A superfície, ao sair de si mesma, converte-se em sólido.
O sólido, saindo de si mesmo, com um movimento no espaço, converte-se
em hipersólido.
Os hipersólidos estão contidos dentro dos corpos sólidos. Quando o corpo
vital sai de dentro de um organismo, este se desintegra inevitavelmente. O cor-
po vital pertence à quarta dimensão; a Essência humana, à quinta dimensão.
Os anjos que regem os processos da concepção vivem, normalmente, na
quarta dimensão; os que governam a morte vivem na quinta dimensão. Os
primeiros conectam o ego com o espermatozóide; os segundos rompem a co-
nexão que existe entre o ego e o corpo físico.
Os Anjos da Morte em si mesmos são homens perfeitos.
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A perda de um ente querido é bem sofrida e até pode parecer que os Anjos
da Morte são cruéis. Mas eles realmente não são cruéis, ainda que isso possa
parecer incrível.
Os Anjos da Morte trabalham de acordo com a Lei, com suprema sabedo-
ria e muitíssimo amor e caridade. Isto só pode ser entendido claramente quan-
do nos identificamos com eles no mundo molecular e no mundo eletrônico.
Os Anjos da Vida dão ao ser humano o corpo vital para que possa viver. Os
Anjos da Morte tiram a vida dos seres humanos.
Isso é feito cortando o Cordão de Prata. Esse cordão está ligado ao cordão
umbilical; é sétuplo em sua constituição íntima e interna.
Os Anjos da Vida conectam o corpo molecular dos desencarnados com o
espermatozóide. Assim, estes voltam a ter um novo corpo.
Realmente, o Cordão de Prata é o fio da vida que os Anjos da Morte rom-
pem em seu dia e hora, de acordo com a Lei do Destino. Este fio maravilhoso
pertence às dimensões superiores do espaço e só pode ser visto com o sentido
espacial.
Os moribundos vêem o Anjo da Morte como uma figura esquelética, es-
pectral, bastante horrível. Realmente, o que acontece é que este se reveste com
o traje que corresponde ao seu ofício.
Na vida prática, o policial veste seu uniforme; o médico, sua bata branca; o
juiz, sua toga; o sacerdote, seu hábito religioso, etc.
As vestimentas funerais e a esquelética figura dos Anjos da Morte horro-
rizam aqueles que ainda não despertaram a consciência. Os símbolos funerais
dos Anjos da Morte são a foice que ceifa vidas, a caveira da morte, o mocho, a
coruja, etc.
Fora de seu trabalho, a aparência dos Anjos da Morte é a de belas crianças,
sublimes donzelas, Veneráveis Mestres, etc.
Os Anjos da Morte estão escalonados em forma hierárquica. Entre eles há
graus e graus, escalas e escalas, etc.
Os Anjos da Morte têm seus templos no mundo molecular; ali também
têm suas escolas, palácios e bibliotecas. Ali, na imensidão do Grande Oceano
da Vida, existe um palácio funeral onde mora um dos principais Gênios da
Morte. Seu rosto é como o de uma donzela inefável, e seu corpo como o de um
varão terrível.
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Este maravilhoso Ser é um corpo eletrônico totalmente andrógino. Este
Ser é um Andrógino Divino. Sob sua direção, trabalham milhões de An-
jos da Morte; em sua biblioteca, existem milhares de volumes moleculares
onde estão escritos os nomes e os dados kármicos de todos aqueles que
devem morrer, cada qual em seu dia e em sua hora, de acordo com a Lei
do Destino.
A ciência da morte é terrivelmente divina.
O animal intelectual, falsamente chamado homem, morre e nasce incons-
cientemente e, assim, cego, caminha do berço ao túmulo, sem saber de onde
veio nem para onde vai.
Quando forjamos a alma, despertamos a consciência; só então nos faze-
mos conscientes dos mistérios da vida e da morte.
Todo homem com alma pode negociar com os Anjos da Morte e desencar-
nar à vontade, de acordo com suas necessidades. Isto significa poder prolongar
a vida se assim considerar necessário para realizar ou terminar algum trabalho
no mundo físico.
Quem já se transfigurou no mundo eletrônico, quem já possui um corpo
eletrônico por haver forjado o Espírito, pode mandar nos Anjos da Morte e
conservar o corpo físico durante milhões de anos.
Estes são os grandes salvadores da humanidade, os grandes reitores do
mundo. Recordemos o Rei do Mundo, citado por Ossendowski [Ferdinand
Ossendowski, 27.05.1876 – 03.01.1945] em seu livro Bestas, Homens e Deu-
ses.
Este grande Ser [o Rei do Mundo] vive em Agartha [ou Agharta]; possui
um corpo de idade indecifrável. Antiqüíssimas escrituras religiosas fazem re-
ferências a este Grande Ser.
Recordemos também Sanat Kumara, o Ancião dos Dias, o Grande Imola-
do, o fundador do Colégio de Iniciados da Grande Loja Branca [aqui no plane-
ta Terra]. Esse Adepto vive no deserto de Gob* em um oásis solitário.
O corpo deste grande Ser tem uma idade de mais de 18 milhões de anos.
Em sua companhia residem, no mesmo oásis, um grupo de Adeptos com cor-
pos lemurianos imortais.
Todos estes Adeptos viajam com seu corpo físico pelas dimensões supe-
riores do espaço; eles têm o poder de se teletransportar com seu corpo físico
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pela quarta ou quinta dimensão. Todos eles exercem poder sobre os Anjos da
Morte. Eles são Adeptos dos mistérios da vida e da morte. Todos eles tiveram
que trabalhar com o Grande Arcano.
* NT – Naturalmente, Sanat Kumara não vive na terceira dimensão. Esse oásis está nas dimensões
superiores do Deserto de Gob. Esse grupo de Adeptos veio de Vênus, logo após a queda do homem
no Jardim do Éden ou Lemúria.
21
capítulo 3
OS TRIBUNAIS DO KARMA
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No mundo molecular, voltamos a reviver nossa vida em forma muito mais
lenta, porque o tempo no mundo molecular é mais lento que no mundo eletrônico.
Sob a influência lunar revivemos nossa vida da velhice à infância e ao nas-
cimento. Então, os desencarnados visitam aqueles lugares com os quais se re-
lacionaram; revivem cada cena de sua vida; dizem e fazem tudo o que fizeram,
sentindo alegria pelas boas obras e profunda dor pelas más.
Terminado o trabalho retrospectivo, é claro que teremos plena consciência
do resultado final da vida que terminou. É então e só então quando todo aquele
que não estiver definitivamente perdido toma a decisão de corrigir seus erros
e pagar o débito. Só os completamente perdidos não respondem aos impactos
terríveis dos mundos moleculares e eletrônicos.
Realmente, esses seres já estão tão materializados que, de fato, retornam ao
mundo mineral; este é o inferno cristão, Ammit, o monstro egípcio devorador
dos mortos com suas gigantescas fauces de crocodilo, o devorador dos cora-
ções, o abutre cósmico que consome os refugos ou despojos da humanidade, o
Averno romano, o Avitchi hindu, etc.
Todos os planos de existência mencionados pela teosofia podem ser perfei-
tamente sintetizados em quatro regiões:
1. Inferno - Mundo mineral
2. Terra - Mundo celular
3. Paraíso - Mundo molecular
4. Céu - Mundo eletrônico
O Julgamento Final é o que decide a sorte dos desencarnados. Terminado
o trabalho retrospectivo, temos que nos apresentar nos Tribunais do Karma.
Nesses Tribunais temos que responder por nossos atos em vida; a sentença dos
juízes é definitiva.
De fato, não é exato afirmar que todos os seres passam às regiões do Paraíso
ou aos estados de felicidade de tipo celestial depois do julgamento. Efetivamente,
só passa às regiões inefáveis, mencionadas pela teosofia, uma pequena minoria
de seres.
O Julgamento Final divide os desencarnados em três grupos:
1. Os que se reencarnam imediatamente.
2. Os que sobem aos estados paradisíacos e celestes e que se reencarnam
muito tempo depois.
3. Os que entram em Reino Mineral (Inferno).
23
capítulo 4
OS QUATRO CÍRCULOS
4.1 - O AVITCHI
A região infernal ou Avitchi está dentro das camadas minerais da Terra.
O Avitchi está abaixo dos limites da percepção sensorial externa. O Avitchi
jamais pode ser visto com os sentidos físicos porque pertence às regiões do
ultra.
24
O Avitchi tem nove regiões terrivelmente densas. O Avitchi é simbolizado
pelos infernos das grandes religiões. Inferno vem do latim infernus; significa
região inferior. Os ‘infernos atômicos da natureza’ são os mundos submersos,
situados no interior da Terra.
Quando um ser humano se torna muito materialista, muito preguiçoso,
entra no Avitchi depois do julgamento. O Livro Tibetano dos Mortos diz: “Ao
cair aí, terá que sofrer padecimentos insuportáveis e de onde não há tempo
certo para sair”.
Aqueles que em cada retorno se tornam mais e mais densos e malvados
acabam por entrar no reino que lhes é afim. Este é o reino das rochas, onde
vivem os restos fósseis e petrificados dos que foram criaturas vivas.
Estas são as pessoas de coração empedernido, insensíveis, etc. Estas
pessoas já não reagem a nenhum tipo de castigo; cada vez que retornam,
o único que fazem é trabalhar no mal e para o mal; amam o mal por amor
ao mal.
Pela persistência no crime, por seu exagerado materialismo, se transfor-
maram em alguma forma de mineral; entraram no reino mineral dispostos a
correr a mesma sorte do mineral.
Este é o crisol de fundição [da natureza], cujo propósito é liberar a fração
do Princípio Causal [a Essência], a matéria prima, o produto psíquico, espécie
de embrião de alma, encerrado no fantasma diabólico mineralizado.
No Avitchi, os perdidos involuem no tempo; passam do estado humano
para o estado animal; depois, ingressam no reino vegetal; por último, ao mine-
ral. Depois, se desintegram; são reduzidos a poeira cósmica.
Quando estes tenebrosos se desintegram, algo escapa para dentro e para
cima; isso que escapa é o embrião de alma [a Essência], a matéria prima que
retorna ao mundo do Espírito. Recordemos a visão de Er*, que diz assim:
“E disse que todas, conforme chegavam, se voltavam com alegria
para a pradaria e acampavam aí como em uma congregação; e as-
sim discutiam entre elas: algumas gemendo e chorando, enquanto
recordavam todas as coisas terríveis que tinham sofrido e visto em
sua viagem debaixo da terra - diziam que sua viagem tinha sido de
mil anos... (pois, de acordo com o número de erros que cada homem
tinha cometido e o número daqueles a quem tinha feito mal, sofria
um castigo por tudo, sucessivamente, dez vezes para cada um). Ago-
25
ra bem, cada cem anos pagavam, pois cem anos se contam como a
vida de um homem, e assim acontecia que o preço do obrar mal se
pagava dez vezes”.
*NT – Er é uma história de Platão narrada no seu livro A República; trata-se de um relato de
alguém que foi e voltou do Inferno. A narrativa diz que cada um paga pelo que deve a fim de
purificar sua alma. Sugerimos estudar o livro Sim! Há inferno, Diabo e Karma, do mesmo autor,
já editado pela IGB-Edisaw.
26
4. O da força vital do elemento ar, um som como o de mil trovões rever-
berando simultaneamente.
O lugar onde alguém se refugia, fugindo destes ruídos, é a matriz”. [fu-
turo ventre materno]
Quando o espermatozóide se une com o óvulo começa a gestação. A célula,
com a qual começa a vida humana, contém 48 cromossomos*. Isto nos fala
claramente das 48 leis que regem o organismo humano. Existem 48 controles
que regulam o organismo humano. Os cromossomos se dividem em genes;
uma centena, ou algo mais, constituem um cromossomo. A total constituição
do organismo humano está determinada pelos genes.
Os genes são muito difíceis de estudar porque estão constituídos por pou-
cas moléculas; vibram rapidamente e devem constituir uma zona intermedi-
ária entre o mundo molecular e o mundo celular. Estes genes se movem e se
combinam sob as ondas radiativas que emite o moribundo nos últimos instan-
tes. Assim, o novo corpo físico é o resultado exato de nosso passado retorno, o
fiel instrumento de nosso karma.
No mundo tridimensional, a vida de cada ser humano é uma repetição
da passada existência acrescida de suas conseqüências, boas e más. O tempo é
redondo e os acontecimentos se repetem cada qual em seu dia e em sua hora.
Esta é a Lei da Recorrência. Tudo volta a ocorrer tal qual aconteceu antes,
mais as conseqüências, tanto boas quanto más. Esta é a Lei do Karma, a lei de
ação e conseqüência.
NT – Lei do Karma, Lei do Destino, Lei do Retorno, Lei de Causa e Efeito, Lei da Recorrência, todas,
no fundo, são a mesma e única Lei que rege a vida no universo, mantendo-o em eterno equilíbrio.
27
Para mudar as circunstâncias externas, primeiro temos que mudar inter-
namente. Só podemos mudar internamente forjando alma e espírito, quer di-
zer, encarnando o Ser.
Só o Ser pode fazer algo; só o Ser pode mudar todas as coisas. Quem quiser
possuir o Ser tem que transmutar suas energias sexuais, volitivas, emocionais,
mentais, passionais, motrizes, sentimentais, etc.
Temos que transmutar os metais vis, quer dizer, nossos defeitos, no mais
puro ouro do espírito. Só assim, possuiremos alma e espírito. É necessário que
morra o ‘eu pluralizado’ e nasça dentro de nós o Ser.
A vida no mundo celular é uma tremenda repetição de eventos; só dissol-
vendo-se o ‘eu’ à base de suprema compreensão e santidade e forjando-se alma
e espírito poderemos nos libertar desta trágica Roda da Fatalidade. Este é o
terrível círculo vicioso, esta é a Roda do Samsara.
28
O Paraíso, por ser molecular, penetra e compenetra toda a atmosfera ter-
restre, estando relacionado muito especificamente com a ionosfera que se en-
contra a cerca de 100 km acima da superfície terrestre. Essa região é especial-
mente muito pura.
Os astronautas, mesmo viajando por esta zona, jamais poderiam descobrir
o Paraíso com os sentidos físicos; só com o sentido espacial é possível ver o
Paraíso. O Movimento Gnóstico ensina diversas técnicas científicas para abrir
o sentido espacial.
A região molecular tem distintos países inefáveis. Estes são os planos e
subplanos de que falam teósofos e rosacruzes. Nessas regiões de felicidade ili-
mitada vivem ditosos os desencarnados até que seu tempo se esgote.
O amanhecer, o dia, a tarde e a noite; a infância, a adolescência, a matu-
ridade e a senilidade governam todo o cosmo, e até aqueles que desencarnam
estão submetidos a esta lei. Em seu devido tempo, todos esses seres ditosos
necessitam retornar.
Tudo o que vêem os desencarnados está dentro de sua própria mente. Os
estados devakânicos, de que falam os livros teosóficos e rosacruzes, assim o as-
seguram. O estado de inconsciência em que caem os desencarnados sob o cho-
que eletrônico é algo muito lamentável porque, ainda quando estes desfrutam
da felicidade das regiões moleculares, não estão suficientemente conscientes
como os Adeptos da Loja Branca. Só quem forjou alma vive consciente nas
regiões superiores do universo.
Os desencarnados comuns e correntes projetam na atmosfera molecular
seus próprios desejos e aspirações, e sonham com eles vivendo em perfeita fe-
licidade. Os Adeptos não sonham porque despertaram a Consciência e vivem
dedicados nesta região a trabalhar de acordo com as grandes Leis Cósmicas no
laboratório da natureza. Isto não significa que os desencarnados não se sintam
felizes com a paisagem ou as paisagens no Paraíso. Naturalmente, são imensa-
mente felizes com seu ambiente de felicidade.
O Livro Egípcio dos Mortos e o livro A Arte de Morrer da Idade Média
nos ensinam a preparação para a morte. Os homens dedicados unicamente
às coisas materiais não terão a dita de experimentar a felicidade do Mundo
Eletrônico, devido ao estado de inconsciência em que caem. Quando essas pes-
soas vivem no Mundo Molecular, passam ali suas férias sonhando; bebem da
fonte do esquecimento e sonham alegremente.
29
O corpo molecular é microscópico e telescópico ao mesmo tempo. Com
esse corpo podemos ver o imensamente pequeno e o imensamente grande.
No Paraíso, os desencarnados participam da natureza íntima de todo o criado,
penetrando no coração de todo o existente. É melhor conhecer as coisas por
penetração do que por percepção externa. A vida no Paraíso seria melhor se
o desencarnado não projetasse no mundo molecular seu próprio cenário. Ali,
cada qual projeta na atmosfera imagens de sua própria mente.
30
O Movimento Gnóstico está intimamente unido à autêntica e legítima Es-
cola Rosacruz que só existe nos mundos superiores. Nosso Movimento Gnós-
tico Cristão Universal ensina o real caminho da regeneração. Nossa Escola en-
sina a criar alma e espírito. Nosso Movimento está iniciando a Era de Aquário
em meio ao augusto trovejar do pensamento.
O Mundo Eletrônico é maravilhoso. No Mundo Molecular a luz e o som se
difundem cem vezes mais rápido que na região celular. Porém na região eletrô-
nica, viaja instantaneamente por toda parte, não em linha reta como na região
celular, nem por uma determinada área como o perfume, mas sim, integral-
mente, através do espaço volumétrico; sendo independente de toda atmosfera,
pode viajar até o sol em apenas 7 minutos.
No Mundo Eletrônico, somos Luz e vivemos em todas as coisas. Ali, vi-
venciamos a realidade da unidade da vida. Os corpos eletrônicos se movem
livremente com a Grande Luz no espaço divino. A consciência humana, vestida
com seu corpo eletrônico, inclui, dentro de si mesmo, a vida e a consciência de
todos os seres do Universo. Isto é o Yoga, a união com Deus.
Todo aquele que adquire Espírito tem que viver o Drama do Cristo Interno
em sua vida prática, em seu lar, em sua cidade, em meio ao seu círculo social.
Este é um drama cósmico que existe mesmo antes da vinda de Jesus. A essência
do drama, seu evento principal, é a morte do Iniciado e sua entrega suprema
ao Pai. Este acontecimento ocorre entre raios, trovões e grandes terremotos.
A transfiguração do personagem principal no mundo eletrônico, a aqui-
sição de espírito é algo grandioso e terrivelmente divino. Nesses instantes, a
força eletrônica se desloca e a abertura vertical, através de todos os planos da
consciência cósmica, se abrem por um momento os mundos internos à percep-
ção ordinária do homem da rua, comum. Então se produzem todas as coisas
maravilhosas que narram os evangelhos quando Jesus expirou na cruz. Treme
a terra, abrem-se os sepulcros, ressuscitam os santos e todos exclamam: Verda-
deiramente, este é o Filho de Deus!
FIM
31
LIVRO 2
OS MISTÉRIOS DA VIDA
E DA MORTE
(Los Misterios de la vida y de la murte)
Neste livreto o Mestre Samael fala da morte física e de tudo o que acontece
depois do desencarne.
A humanidade tem medo da morte porque é totalmente carente dos valo-
res da consciência para poder se apresentar diante de Deus.
Uma vez que os grandes mistérios contidos nesta pequena obra sejam
postos em prática em todos os níveis do Ser, abrir-se-á um novo panorama
em nossa existência porque levamos ao Criador um presente de grande valor:
nossas boas obras. Desta forma, evitamos o Karma, que é a causa de tantos
sofrimentos e amarguras em nossa vida.
Através da auto-análise poderemos reconhecer nossas maldades e nos ar-
rependermos de coração, preparando-nos para que nosso Real Ser possa se
expressar através de nossa laringe criadora.
Se pusermos nossa mente a serviço do coração haverá melhor compreen-
são para poder nos orientar e prestar um melhor serviço à humanidade.
Portanto, aconselhamos todos os leitores desta obra a pôr em prática o que
o Patriarca aqui nos aconselha com tanto sacrifício e amor para nosso próprio
benefício.
34
capítulo 1
A MORTE
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Em uma sala ou quarto coloca-se o retrato do falecido. Depois, todas
as noites, à meia-noite, o discípulo entra nesse lugar, põe junto ao re-
trato os alimentos que o desencarnado mais gostava quando em vida e
usando os mesmos pratos que ele usava; acende uma vela; chama três
vezes por seu nome.
O estudante senta-se numa poltrona ou cadeira junto ao retrato e, em
seguida, põe-se a meditar sobre a vida do falecido, sua história, imagi-
nando-o como era antes, etc., até adormecer.
Repetirá todas as noites este procedimento, sempre na mesma hora
e no mesmo quarto, sentando-se depois numa cadeira ou poltrona,
próximo ao retrato do falecido. Haverá uma ocasião em que o discí-
pulo verá e ouvirá o desencarnado e poderá falar com ele diretamente
[como se vivo estivesse].
O importante é que o discípulo consiga adormecer nos momentos que
estiver meditando sobre a vida do falecido. É nesses momentos, quan-
do está adormecido, que o desencarnado aparece; então o discípulo
poderá conversar com ele pessoalmente.
Isto não é espiritismo. Isto é Magia Prática. O importante é que o dis-
cípulo tenha muita fé e paciência; muita perseverança. Se o discípulo
não se cansar, uma noite qualquer a alma do morto aparecerá; então,
o discípulo terá o prazer de conversar com o ente querido que partiu
para o outro lado da vida. O mais importante é vê-lo, ouvi-lo e tocá-lo.
No Oriente existe uma caverna onde os que querem ver o Buddha entram
para invocá-lo. Em certa ocasião, um chinês que queria vê-lo, entrou na cova e
o invocou; mas ele não apareceu. Então o chinês jurou não sair da caverna até
que Buddha aparecesse. E ali permaneceu o homem vários dias desesperada-
mente clamando pelo Buddha; um dia, ele apareceu no meio da cova, cheio de
luz e de beleza. Então, ele abençoou o chinês e este saiu feliz da caverna.
Com este sistema de invocação, podemos ver os mortos e conversar com
eles diretamente.
36
capítulo 2
37
atividade religiosa, as almas materialistas, ali se sentem fora de seu ambiente
como aves em quintal alheio; sofrem o indescritível. Já aquelas que foram deli-
rantes e fanáticas em assuntos religiosos, sentem ali imenso remorso por suas
más ações porque compreendem o mal que fizeram aos outros. Essas almas
também sofrem o indizível. Algum tempo depois, a alma entra na esfera solar.
SOL: Nessa esfera, compreendemos a unidade da vida; compreendemos
que a vida que palpita em nosso coração é a mesma vida que palpita no co-
ração de cada mundo do espaço. Na esfera do Sol compreendemos o que é a
Fraternidade Universal e sentimos ser parte de uma única grande família hu-
mana. Aquelas almas que foram egoístas, sentem ali na esfera do Sol um pro-
fundo remorso e um grande sofrimento moral. Essas almas sofrem o remorso
de suas más ações. Na esfera solar vemos em cada rosto, um irmão.
MARTE: Mais tarde, a alma entra na esfera marciana. Nessa esfera senti-
mos o desejo de nos afastar para sempre das coisas do mundo material. Nessa
esfera vivemos uma vida de encantamento místico e sentimos a forte influência
de Francisco de Assis ou de Buddha. Ali sentimos que a vida de cada flor é nos-
sa própria vida. Desejamos, então, nos afastar do mundo material para sempre.
JÚPITER: Mais tarde, a alma entra na esfera de Júpiter. Nessa esfera com-
preendemos que a religião que tivemos na terra foi unicamente uma escola
pela qual tivemos que passar. Então renunciamos à religião da Terra e penetra-
mos na Consciência Cósmica.
SATURNO: Bem mais tarde a alma se submerge na esfera de Saturno; en-
tão flutua deliciosamente entre todas as estrelas do espaço; visita os distintos
mundos e se submerge no infinito, pleno de músicas inefáveis e de orquestras
deliciosas, que ressoam entre o coral imenso da eternidade, onde reina a ver-
dadeira felicidade do espaço sem limites.
38
capítulo 3
Reencarnação e Karma
39
tros, sem ter feito o mal, e os fizessem nascer na miséria, onde estaria a Justiça
de Deus?
Um gênio chega a ser gênio porque durante milhões* de vidas veio lutan-
do para se aperfeiçoar. Nós somos o resultado de nossas passadas encarna-
ções. Com a vara com que medimos, seremos medidos. Existem 42 Mestres do
Karma. O Karma é a Lei da Compensação.
*NT – ‘Milhões de vidas’ aqui tem sentido figurado; não tomar ao pé da letra; quer dizer tão
somente ‘as vidas passadas’, que se limitam a 108 em cada ciclo existencial. Ver o livro Sim!
Há Inferno, Diabo e Karma, do mesmo autor, já publicado pela IGB-Edisaw.
40
Se o discípulo conseguir dormir tranqüilamente, fazendo esta prática, en-
tão, no próximo dia, poderá recordar em seus sonhos de toda sua passada exis-
tência.
Com este segredo, todo discípulo poderá não só se lembrar de sua vida
passada, como também, além disso, poderá recordar todas as suas passadas
encarnações.
Tudo o que precisa fazer é praticar todas as noites, até obter o triunfo, e ter
muita fé.
41
capítulo 4
o karma
42
que estiver adormecendo, o discípulo se levantará de seu leito e sairá de seu
quarto de forma natural.
Se o discípulo der um pequeno salto com a intenção de flutuar, então verá,
com assombro, que estará flutuando deliciosamente no ar e poderá se transla-
dar em corpo astral a qualquer lugar da Terra.
O discípulo pode ir em corpo astral ao Palácio dos Senhores do Karma.
Neste Templo, poderá acertar suas pendências com os Senhores do Karma.
Quando dizemos ‘pendências’ estamos nos referindo às dívidas em aberto que
temos com a Justiça Cósmica.
Os Senhores da Lei também concedem crédito, mas todo crédito deve ser
pago fazendo boas obras em benefício da humanidade.
Devemos aprender a sair em corpo astral para resolver pessoalmente nos-
sos negócios [e pendências] com os Senhores do Karma.
Quando o homem aprende a manejar sua contabilidade cósmica poderá
gerenciar sua vida mais eficientemente.
43
capítulo 5
O Íntimo
São Paulo disse: “Recordem que seus corpos são o templo do Deus Vivo e que
o Altíssimo mora em vós”. O Altíssimo é nosso Íntimo, nosso Espírito [Atman].
NT – “Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles
andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (2 Coríntios 6:16).
44
Todo o Infinito está animado pelo Fogo Divino. Deus é o Fogo Ardente.
Em toda parte está o Fogo Ardente. O Fogo é Deus. O Fogo é Pentecostes. O
Fogo é Deus.
O Fogo que Moisés viu na Sarça de Horeb é Deus. O Íntimo que temos
dentro é uma Chama de Fogo Divino; é Deus dentro de nós. O Íntimo é o
Homem Divino; é o Homem Celeste que está dentro de nós mesmos.
Quando a alma se mescla com o Íntimo, se converte em espírito. Então,
nos tornamos anjos. Os anjos estão na natureza, nos rios, no mar, nas nuvens,
nos vulcões, em todas as partes.
45
capítulo 6
Magia Sexual
46
Refreando o impulso sexual o sêmen se transmuta em energias sutilíssi-
mas, as quais sobem até o cérebro por dois finos cordões nervosos.
Estes cordões são as ‘duas testemunhas’ de que nos fala o Apocalipse; são as
‘duas olivas’ do templo, ‘os dois castiçais’ que estão diante do trono de Deus da
Terra.
O Yogue forma seu lar sem necessidade de violar o Sexto Mandamento da
Lei de Deus, que ordena “Não fornicar”.
Durante o ato de Magia Sexual pode escapar um espermatozóide, que as
Hierarquias Lunares [regidas pelo Anjo Gabriel] empregam para fecundar a
matriz, sem necessidade de derramar o sêmen.
Deus é o Íntimo, e seu Trono, é a Coluna Espinhal.
As Forças Sexuais são Solares e Lunares. Quando os átomos Solares e
Lunares se unem no cóccix, então desperta a Serpente de Fogo de nossos mági-
cos poderes. Com essa Serpente de Fogo podemos despertar todos os poderes
mágicos.
Essa Serpente penetra pelo orifício inferior da medula espinhal. A medula
é oca por dentro. Ao longo da medula espinhal há um canal, pelo qual, aos
poucos, sobe o Fogo Sagrado do Espírito Santo, até alcançar o cérebro. Quando
a Serpente Ígnea chega ao cérebro, então a alma se une com o Íntimo, e assim
ela entra no Éden.
NT – Obviamente o autor não se refere aqui à medula espinhal do corpo físico, mas sim, do corpo
energético ou dos corpos sutis.
A alma que se une com o Íntimo tem poder sobre a terra, as águas e o fogo;
também exerce poder sobre os ventos e furacões. Pode ouvir e ver as coisas do
Céu, da Terra e do Abismo, e pode saber todas as coisas divinas.
O Cristo Jesus disse: “Os milagres que eu tenho feito, poderão fazê-los vós,
e ainda mais”.
NT – Não localizamos exatamente esta frase nos evangelhos, mas em João 14:12 temos: “Na ver-
dade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará
maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai”.
Assim, a única forma de entrar no Paraíso é pela porta por onde saímos.
Essa porta é o sexo. Ninguém pode entrar no Paraíso por falsas portas.
47
Os solteiros devem transmutar o licor seminal com a respiração profunda
e mantendo os pulmões cheios durante 30 segundos ou mais. Este exercício de
Swara deve ser feito diariamente.
48
capítulo 7
As Sete Igrejas
As Sete Igrejas de que nos fala o Apocalipse de São João não estão no con-
tinente asiático como supõem os ignorantes. Estas Sete Igrejas estão em nossa
Coluna Espinhal.
O Apocalipse de São João é um livro selado com Sete Selos. Esse livro é o
próprio Homem. Ninguém, exceto o Cordeiro, quer dizer, nosso Íntimo, que
mora dentro de nós mesmos, pode abrir este Livro e desatar seus Sete Selos.
As Sete Igrejas são Sete Centros Nervosos que temos em nossa Coluna
Espinhal. São elas:
1. ÉFESO: A Primeira Igreja é a de Éfeso. Essa Igreja reside no osso coc-
cígeo. Dentro desta Igreja está a Serpente Sagrada, a Cobra de Metal,
a Serpente de Bronze que sanava os israelitas no deserto. Quando esta
Igreja se abre, adquirimos poder sobre os vulcões, sobre os terremotos
e sobre as criaturas que vivem debaixo da terra.
2. ESMIRNA: Quando a Serpente chega à altura da próstata, Ela abre a
segunda Igreja, a de Esmirna; então, adquirimos poder sobre as águas
e as tempestades.
3. PÉRGAMO: Quando a Serpente Sagrada, subindo pelo Canal Central
da medula espinhal, chega à altura do umbigo, então desperta a terceira
Igreja, a de Pérgamo. Então adquirimos poder sobre os raios, o fogo e
os vulcões em erupção. Podemos exercer poder sobre os vulcões e os
vulcões nos obedecerão; podemos mandar no fogo e o fogo universal
nos obedecerá.
4. TIATIRA: Quando a Serpente chega à altura do coração, então desper-
ta a Igreja de Tiatira. Esta Igreja nos dá poder sobre os ciclones, a brisa
e os furacões.
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5. SARDES: Quando a Cobra Sagrada chega à altura da garganta, então
podemos ouvir as coisas que falam os Anjos, as palavras das almas dos
mortos, etc.. Esta é a Igreja de Sardes.
6. FILADÉLFIA: Quando a Serpente Sagrada sobe por dentro do Canal
Medular e chega à altura do entrecenho, então podemos ver as coisas
do outro mundo: a Luz Astral, as almas dos mortos, Arcanjos, Serafins,
Potestades, Virtudes, Tronos, etc. Esta é a Igreja da Filadélfia.
7. LAODICÉIA: Quando a Serpente chega à parte superior do crânio,
abre-se a Igreja de Laodicéia. Esse é o Olho de Diamante. Quem abrir
esse olho saberá todas as coisas do Céu e da Terra. Torna-se poderoso.
Vê em todas as partes; nada ignora. Depois disto, a alma se une com
o Íntimo e se converte em Mestre, Profeta, Sábio, Iluminado. Vê tudo,
ouve tudo, nada ignora. Quando a alma se uniu total e absolutamente
com o Íntimo, então se torna um Anjo. Os Anjos são homens perfeitos.
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capítulo 8
Viagens Astrais
A alma está envolvida por corpo fluídico chamado corpo astral. O corpo
astral é semelhante ao corpo físico. Dentro do corpo astral estão a alma com a
mente, a vontade, a consciência e os sentimentos.
O corpo astral é algo maravilhoso; esse é o corpo da alma. Quando o corpo
de carne e osso está adormecido, a alma se desprende do corpo de carne e osso
e se desloca por toda parte. A alma viaja em seu corpo astral.
Quando o Rei Nabucodonosor estava em sua cama, pensou no que devia
ser seu futuro; depois, dormiu. A alma do Rei saiu do corpo de carne e osso,
viajou pelo mundo astral e viu uma estátua, cuja cabeça era de ouro; seu peito
e seus braços, de prata; suas pernas, de ferro, e seus pés, em parte de ferro e em
parte de barro cozido.
O Rei mandou chamar todos os magos, astrólogos e adivinhos caldeus
para que lhe revelassem o sonho da estátua e lhe dessem uma explicação.
Não houve ninguém capaz de saber o que o rei havia sonhado, pois a nin-
guém quis contar. Os sábios, por esse motivo, foram à morte. Daniel, o Profeta,
foi à sua casa e orou ao Senhor Jeová com seus companheiros e se deitou a
dormir tranqüilamente.
Então a alma de Daniel saiu do corpo e viu no Mundo Astral a famosa es-
tátua do Rei Nabucodonosor. No dia seguinte, Daniel se apresentou diante do
Rei e lhe narrou o sonho da estátua e lhe deu sua explicação, sua interpretação.
O Rei ficou assombrado e Daniel foi coberto de honras.
Os sonhos são as experiências astrais. Nossos discípulos devem falar ‘ex-
periências astrais’ e não ‘sonhos’. Nossos discípulos devem dizer “ontem à noite
estive em tal ponto”; “ontem à noite estive em corpo astral em tal lugar”; “tive
uma experiência com fulano de tal no Templo tal”; etc.
51
Em corpo astral os Mestres submetem os discípulos a muitas provas. No
Mundo Astral e em corpo astral nossos discípulos recebem suas Iniciações.
O Plano Astral é conhecido na Bíblia com o nome de ‘Monte’. No ‘Monte’
Jesus se transfigurou diante de seus discípulos. O ‘Monte’ é o Mundo Astral.
Durante o sonho, nossos discípulos estão no ‘Monte’.
É aconselhável que nossos discípulos estudem o Livro de Daniel, na Bíblia.
Todas as visões de Daniel foram no ‘Monte’, no Mundo Astral, e não no mundo
físico.
Ao despertar, nossos discípulos não devem se mexer na cama, porque, com
o movimento do corpo, o corpo astral se agita e se perdem as lembranças.
Ao despertar, os discípulos devem se esforçar para recordar todos os luga-
res onde estiveram enquanto seu corpo dormia; devem se esforçar em recordar
todas as suas experiências passadas no Mundo Astral.
Nossos discípulos não devem contar suas experiências a ninguém.
FIM
52
LIVRO 3
ALÉM DA MORTE
(Más allá de la muerte)
ALÉM DA MORTE
Introdução à Gnose
Cartilha Elemental de Segundo Grau
DO ORIGINAL
MÁS ALLÁ DE LA MUERTE
Introducción a la Gnosis
Cartilla Elemental de Segundo Grado
De modo bem simples o Mestre Samael nos fala aqui sobre a vida além da
morte. Como sempre, as pessoas simples entenderão o que aqui é explicado,
mas os de mente complicada não entenderão porque sempre se complicam
com as coisas simples.
Quando estes livros forem traduzidos pelos eruditos que compreendem
a sabedoria gnóstica, então poderão conhecer tudo o que aqui está escrito. A
sabedoria oculta diz: “Deus é simples e o resto é complexo; devemos nos tornar
simples”.
Se esta é a primeira vez que chega às suas mãos um livro do Mestre Samael,
vamos ajudar para que compreenda. Você é uma alma que tem um corpo; esse
corpo é o veículo em que você anda e é usado por seus sentidos.
Este veículo vale muito mais que o melhor deles inventado pelo homem,
mas você cuida muito mais do seu automóvel ou de sua moto que do seu corpo
porque custou muito dinheiro, e você sabe que o dinheiro dá poder e mando.
Porém você não cuida do seu veículo vivo porque desconhece o que é a vida.
Além do mais, tudo o que você aprende por aí é mero conhecimento materia-
lista.
Seu veículo vivo conta com cinco sentidos para informar sobre tudo que
acontece fora de você. Existem outros sete sentidos em estado potencial para
que conheça tudo o que existe no mundo supra-sensível, aquilo que não pode
ser visto nem sentido com os cinco sentidos conhecidos. Ao todo, 12 são os
sentidos para o homem superior poder liberar sua alma.
55
Quando você comprovar as coisas relatadas aqui não cometa a estupidez
de comentá-las com ninguém, nem com os familiares, porque as pessoas irão
ofendê-lo e criticá-lo. Com as pessoas comuns só se pode falar de feijão, arroz
e carne e daquilo que pode ser comprado e vendido.
Jesus chamou essas pessoas de ‘mortos vivos’ porque vivem adormecidos,
mesmo quando os vemos de olhos abertos; são todos adoradores do ‘Bezerro
de Ouro’; são escravos dos prazeres do mundo. Portanto, se quiser sair do meio
dos ‘mortos vivos’ não peça conselho a eles; o mundo não quer saber daqueles
que se afastam dele.
1. Caro leitor, vamos dar alguns conselhos, caso esteja interessado em ser
ajudado: Se você é casado, não permita que sua esposa (e filhas) tomem
banho no período menstrual; se você é mulher, atente para o que dize-
mos aqui. Assim evitará muitas enfermidades femininas não localizáveis
em seu corpo. No período menstrual deve fazer apenas higiene local.
2. Não permita que em seu lar usem elementos para se comunicar com
os mortos. Tornou-se comum o uso de uma tabelinha ou algo parecido
que transformam em possessos ou médiuns aqueles que brincam com
essas coisas. Mais tarde, quem brincar com isso acabará num hospício,
onde médicos e psiquiatras desconhecem esse mal.
3. Se quiser conhecer a sabedoria gnóstica deves abandonar imediata-
mente a fornicação e o adultério. Com a tua semente formarás o Cristo
em teu coração; sem o adultério poderás seguir o caminho angélico ou
dévico.
Os fornicários e adúlteros jamais conhecerão os profundos Mistérios do
Sexo porque eles não se juntam para melhorar a si mesmos, mas para dar rédea
solta aos seus apetites demoníacos; sequer dão aos seus filhos a oportunida-
de de serem gestados na matriz materna porque na gravidez se tornam mais
bestiais que os irracionais que respeitam as fêmeas que estão gestando suas
criaturas.
As aves do campo abandonam seus ninhos com ovos quando o homem os
toca com suas mãos. Os ovos das galinhas não chocam quando os tiramos de
uma e os levamos para outra chocar.
Os gnósticos sabem que precisamos somente de uma única matriz para
gestar os corpos internos; essa matriz é a esposa-sacerdotisa. Jamais alguém
poderá nascer como Mestre valendo-se de diversos úteros.
56
Para que percebas o quão adormecidas são as pessoas veja uma medalha
do Cristo com a cruz nas costas; às vezes Ele é mostrado cambaleante pelo peso
de sua cruz, e ferido, ensangüentado ou caído ao solo, lavado em sangue; mas
as multidões continuam incessantemente acendendo velas e pedindo favores;
não pode o Cristo com sua cruz e ainda assim as pessoas levam as suas para Ele
as carregar também. Quanta insensatez!
Quando aparece algum médico gnóstico, pessoa pura, que consegue fazer
curas milagrosas, sobre ele passa a transbordar um caudal humano de enfer-
midades desconhecidas, descartado pela medicina oficial. Em pouco tempo o
arrasam... Se você estuda a medicina das plantas e consegue curar, aprenda a
se proteger do mundo...
Agora, escuta estas reflexões...
Certa ocasião um camponês gnóstico de Serra Nevada de Santa Marta
me perguntava: - Quanto pesa uma moeda de prata de 50 centavos?
Respondi: - 12 gramas e meia.
Ele prosseguiu: - Por que será que o governo, que deve ser o mais rico
de todos nós, vende essa moeda tão grande por meros 50 centavos,
quando, por outro lado, os comerciantes vendem um pequeno botão,
que não pesa nada, por um ou dois pesos?
Respondi: - Por que me perguntas isso?
Então ele me mostrou seis botões, muito bonitos devido à sua colora-
ção, que não chegavam a pesar dois gramas, os quais havia comprado
ou trocado por 12 moedas de prata que pesavam quase 150 gramas.
Respondi: - Não somos economistas, apenas cristãos.
E o camponês prosseguiu, dizendo: - Nós precisamos esperar oito me-
ses ou mais para colher a mandioca com enormes sacrifícios, e quando
vamos vendê-la, não nos pagam nem um peso por quilo, que é o valor
de um único desses botões.
Respondi: - Meu amigo, os tempos coloniais ainda não terminaram;
continuamos trocando ouro por espelhinhos e quinquilharias.
E o camponês perguntou: - Quando poderemos nos defender de tanta
tirania?
Respondi: - Amigo, não há mal que dure 100 anos nem corpo que
resista a tanto.
57
O corpo de doutrina cristã contido nos Quatro Evangelhos forma todo
um sistema social para a convivência pacífica. Já estamos preparando os líde-
res para o Partido Operário Socialista Cristão Latino-Americano [POSCLA]*,
para defender com a autoridade celeste, as massas trabalhadoras de nossos
continentes e libertá-los da escravidão, para que vivam num mundo melhor
em meio às qualidades enaltecedoras e às condições que mereçam.
Leia agora, caro leitor, esta pequena obra que revelará as coisas do além e
também abrirá seus olhos para compreender as coisas aqui deste nosso mundo.
Que a paz mais profunda reine em teu coração!
* NT – Durante certo período lutou-se no meio gnóstico pela formação de um partido político,
porém fracassou o intento pelos mesmos problemas de sempre: seus dirigentes não trabalhavam
sobre si; por conseguinte, tornou-se apenas uma teoria a mais. Dessa tentativa, restaram somente
os livros escritos pelo Mestre Samael Aun Weor, cujas idéias frutificarão em Aquário, quando a
humanidade renascer após a grande catástrofe, como O Cristo Social, Plataforma do POSCLA e
Transformação Social da Humanidade.
58
capítulo 1
A MORTE
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É verdade que depois de uma vida de maldades e de libertinagem se nos
arrependermos na hora da morte, a alma pode se salvar?
Para o indigno todas as portas estão fechadas, menos uma: a do arrepen-
dimento. É claro que se nos arrependermos, ainda que seja no último instante,
podemos ser ajudados a fim de emendar nossos erros.
Para onde vai a alma de um ser humano que tira a vida de si mesmo?
Os suicidas sofrem muito depois de desencarnarem. Eles vivem aqui e ago-
ra na região dos mortos, mas um dia terão que voltar para uma nova matriz
e renascer neste vale de lágrimas; deverão morrer contra sua vontade ao che-
garem novamente naquela idade em que se suicidaram, quem sabe naqueles
instantes em que estejam mais iludidos pela vida.
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ações. Nesse julgamento é decidido se regressamos a uma nova matriz, para
renascer de imediato neste mundo, ou se temos direito a passar um período de
férias nos mundos de luz e de felicidade. Mas também pode ser decidido a ser-
mos obrigados a entrar no interior da Terra, onde estão os mundos infernais,
com todas as suas penas e dissabores.
Para onde vai a alma de uma criança que morre logo após nascer?
Está escrito que as almas das crianças vão para o Limbo, a região dos mor-
tos, porém logo voltarão a entrar em uma nova matriz para renascer neste
mundo.
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capítulo 2
ALÉM DA SEPULTURA
Por que na hora de morrer uns choram, outros cantam e outros riem?
1. Sua pergunta se divide em três etapas:Está escrito que se nasce choran-
do e se morre chorando.
2. Há casos em que o moribundo canta por se lembrar dos momentos
felizes do seu passado.
3. Costumam sorrir, ainda que isso não seja muito comum, aqueles que
possivelmente se recordem das cenas agradáveis de sua vida.
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Não há dúvida que os falecidos realmente comem; não a parte física dos
alimentos, mas sim, a parte etérica, sutil e desconhecida para a visão física,
mas perceptível para a clarividência. Não devemos esquecer que em todo
alimento físico há as contrapartes etéricas, facilmente assimiláveis pelos de-
sencarnados.
Os desencarnados podem visitar um restaurante do mundo físico; cum-
primentarão os vivos e o subconsciente responderá. Pedirão comida e é óbvio
que o ego dos donos do restaurante trará à mesa formas mentais dos pratos e
alimentos que são servidos no estabelecimento. O falecido, sentado à mesa,
comerá desses pratos sutis, feitos com essência mental; depois, pagará com
moeda mental, e sairá do restaurante.
Em tais condições, é óbvio que os mortos seguem acreditando que estão
vivos. Isso pode ser evidenciado por qualquer pessoa que haja desenvolvido a
clarividência e as outras faculdades da alma.
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Os mortos tomam banho? Que tipo de água utilizam?
Eles se banham com as mesmas águas utilizadas pelos vivos, com a diferen-
ça de eles usarem as águas da quarta dimensão.
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Por que o desencarnado não se dá conta que morreu?
O morto acredita que ainda está vivo porque tem a consciência adormeci-
da; custa muito fazê-lo perceber que já não pertence mais ao mundo dos vivos.
Como vêem todas as coisas da mesma forma como viam em vida, é claro que
nem desconfiam que já morreram.
Se uma pessoa se dá conta que morreu, pode voltar ao corpo físico antes
do seu sepultamento?
Depois de cortado o fio da vida, já não mais é possível retornar ao corpo.
Neste caso, se a pessoa se der conta de estar morta, ou se assusta ou se alegra;
tudo depende das condições morais do falecido.
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Que consolo recebe a alma quando seu corpo morre?
O consolo dos desencarnados é a oração dos parentes e amigos; é preciso
orar pelos mortos.
66
capítulo 3
A lei do retorno
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nifica que somente lembrando nossas vidas anteriores poderemos evidenciar
a crua realidade da reincorporação ou do regresso a este vale de lágrimas.
Repetimos: só é possível nos lembrarmos das vidas anteriores despertando a
consciência.
Existe a predestinação?
Cada alma é a criadora de seu próprio destino. Se alguém pratica o bem,
terá boa sorte. Se pratica o mal, renasce neste mundo para sofrer e para pagar o
que deve. Assim fica explicado porque uns nascem em berço de ouro e outros
na miséria.
O que devo fazer para despertar minha consciência, já que estou inte-
ressado em lembrar minhas vidas passadas?
Basta seguir o caminho da santidade. Essa é a forma para despertar cons-
ciência. Acaba com teus erros, arrependa-se das más ações, torne-se puro em
pensamentos, palavras e obras e te garanto que ao chegar à verdadeira santida-
de, tua consciência estará desperta.
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Por que muitos não crêem que tiveram outras vidas antes desta?
Alguns não crêem simplesmente porque não recordam suas vidas passa-
das; de fato, não se lembram porque têm a consciência adormecida.
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Quantas oportunidades temos para retornar como ser humano, quan-
tas como animal, quantas como vegetal e quantas como mineral?
O retorno dos seres humanos já está devidamente calculado em 108 vezes,
porém o retorno em organismos animais, vegetais ou simplesmente minerais,
não tem um número exato.
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Nós, gnósticos, consideramos injusto que não haja pregadores suficien-
tes, melhor diríamos, missionários em quantidade suficiente para levar estes
ensinamentos a todas as partes, mas não temos culpa disso. Acontece que a
humanidade só se interessa em se divertir, ganhar dinheiro e se entregar aos
prazeres. Se as pessoas fossem mais compreensivas, se preocupariam por estes
ensinamentos e os divulgariam.
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Se ao morrermos a alma vai para o céu, como afirmam muitas religiões,
por que ela não permanece por lá mesmo?
O céu é um prêmio, uma recompensa pelas nossas boas ações, mas quando
termina a recompensa, temos que voltar a este mundo.
Se algumas almas vão para o inferno, que podemos fazer para nos li-
vrarmos dessas chamas?
Ensinar a doutrina para tais almas é nosso dever e seria injusto, como já
disse numa pergunta anterior, não levar o ensinamento gnóstico a todas as
regiões do mundo.
Quem viu essas chamas e se deu conta que ali estavam as almas?
Qualquer pessoa inteligente sabe que no interior da Terra existe fogo líqui-
do. Os vulcões assim o indicam. Não se necessita ser sábio para ver as chamas.
Qualquer um pode vê-las nas crateras misturadas com lavas e gases inflamá-
veis.
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As religiões falam do purgatório e da região purgatorial. Na realidade, exis-
tem zonas moleculares inferiores, submersas, situadas além da quarta dimen-
são. Em tais zonas, muitas almas que aspiram a luz se purificam, eliminando
seus pecados.
É obrigatório retornar?
Enquanto não atingirmos a perfeição, os Anjos do Destino sempre nos
mandarão de volta a este mundo.
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Qual é a diferença entre retorno e reencarnação?
Os egos retornam incessantemente para repetir dramas, cenas, eventos,
etc., aqui e agora. O ego retorna para pagar o karma devido e para satisfazer
os desejos.
A palavra ‘reencarnação’ é muito exigente. Ninguém pode ‘reencarnar’ sem
previamente haver eliminado o ‘eu’.
É um absurdo confundir ‘reencarnação’ com ‘retorno’.
O humanóide de consciência adormecida ‘retorna’. Os Mestres, como
Jesus, Buddha, Krishna, etc., ‘reencarnam’.
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capítulo 4
A LEI DO KARMA
Que podemos dizer aos profanos sobre a Lei do Retorno quando nos
dizem não acreditar porque jamais souberam de alguém que tivesse ido ao
mundo dos mortos e de lá regressado para contar a história?
Os dias vão e vêm. Os sóis regressam ao seu ponto de partida depois de
milhares de anos. Os anos se repetem; as quatro estações - primavera, verão,
outono e inverno - sempre voltam. Portanto, não há necessidade de acredi-
tar no retorno já que é tão evidente que todo mundo pode vê-lo diariamente.
Assim também as almas retornam ou regressam a este mundo. Esta é uma lei
que existe em toda a Criação.
Por que há algumas pessoas que estando bem preparadas, que mesmo
trabalhando e lutando muito para obter uma posição melhor nunca conse-
guem, mas em troca, outras, com menos preparo e até sem esforço conse-
guem o êxito desejado?
Tudo depende da Lei do Karma. Esta palavra (Karma) quer dizer ação e
conseqüência. Se em vidas passadas agimos bem, triunfamos e somos felizes
na presente vida. Porém, se em vidas anteriores praticamos o mal, então fracas-
samos na atual existência.
75
Por que há famílias que por mais que se esforcem nunca conseguem
ter amigos, enquanto que para outros isso ocorre facilmente onde quer que
estejam?
Em vidas anteriores tivemos muitos amigos e inimigos; ao voltarmos ou
regressarmos a este mundo, tornamos a reencontrar essas amizades ou esses
adversários; então tudo se repete como já ocorreu. Mas também há pessoas
difíceis, que não gostam de amizades; são os misantropos, gente que se oculta,
que se afasta, que se distancia da sociedade; são solitários por natureza e por
instinto. Quando tais pessoas voltam a este mundo, geralmente são solitárias;
ninguém simpatiza com elas. Em troca, há outras pessoas que em vidas ante-
riores souberam cumprir com seus deveres para com a sociedade, para com o
mundo e até trabalharam por seus semelhantes. Logicamente, ao retornarem
a este mundo vêem-se rodeadas por aquelas almas que formaram seu círculo
social e agora naturalmente desfrutam de muita simpatia.
A que se deve que algumas donas de casa nunca encontrem quem lhes
ajude fielmente, ainda que tratem bem suas empregadas, enquanto que ou-
tras, em troca, não encontram esta dificuldade?
Aquelas donas de casa que não contam com empregados fiéis e sinceros,
em vidas anteriores foram déspotas e cruéis com seus criados; portanto, agora
não encontram quem lhes sirva, porque nunca souberam servir no passado;
esta é a conseqüência.
Por que há pessoas que desde o nascimento trabalham sem parar, como
se tivessem sido condenados a trabalhar até a morte, porém, em troca, há
outros que vivem bem sem tanto esforço?
Isso se deve à Lei do Karma. As pessoas que trabalham muito e não pro-
gridem, em vidas passadas fizeram seus semelhantes trabalharem demais.
Exploraram seus súditos impiedosamente e agora sofrem a conseqüência, tra-
balhando inutilmente, pois não progridem.
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voltou a se casar; então, aquele homem a quem só faltou pedir esmola, ago-
ra está indo muito bem, cada dia melhor. A que se deve tudo isso?
Existem três vínculos matrimoniais: Kármico, dhármico e cósmico. O pri-
meiro é de dor, miséria, fome, desgraça, mendicância. O segundo é de êxito,
felicidade, amor, progresso econômico, etc. O terceiro é destinado unicamen-
te para as almas selecionadas, puras e santas; naturalmente, trazem felicidade
inesgotável. A respeito do caso que você relata, devo dizer que pertence à pri-
meira ordem de vínculos matrimoniais (kármico). Não há dúvida que seu filho
e sua esposa sofreram muito, pagando as más ações de suas vidas passadas.
É claro que eles, em passadas existências, haviam sido marido e mulher, mas
agiram muito mal; não souberam viver; o resultado foi a dor. O segundo casa-
mento de seu filho foi muito favorável do ponto de vista econômico; podemos
catalogá-lo como de boa sorte, dhármico; diríamos que resultou das boas obras
de vidas anteriores. A segunda esposa também conviveu com ele em vidas an-
teriores, mas como com ela teve melhor conduta, o resultado foi que agora
mudou sua sorte, melhorou sua vida; isso é tudo.
Meu filho está doente há cinco anos. Já gastamos muito com médicos
que não encontram a causa exata de sua enfermidade. Uns dizem que talvez
seja um choque nervoso, já que sempre foi muito inteligente nos estudos.
Outros supõem que foi vítima de trabalhos de bruxaria. Qual é a sua opi-
nião?
Ressalta-se aqui com total clareza um castigo, um karma mental pelo
mau uso da mente em vidas anteriores. Se você quer que seu filho se cure,
lute por curar outros enfermos mentais, a fim de modificar a causa geradora
dessa doença. Lembre-se que somente modificando-se a causa altera-se o efei-
to. Infelizmente, os enfermos têm uma acentuada tendência de se encerrarem
em seu próprio círculo; raras vezes na vida se vê um doente preocupado em
curar outros doentes. Se alguém o fizer, com isso aliviará suas próprias dores.
Eu a aconselho, já que neste caso preciso seu filho não poderia se dedicar a
cuidar de ninguém, fazê-lo você mesma em nome dele. Não se esqueça das
obras de caridade. Preocupe-se com a saúde de todos os doentes mentais que
encontrar pelo caminho. Faça o bem às toneladas. Tampouco esqueça que no
mundo invisível há Mestres muito sábios que podem ajudá-lo nesse caso es-
pecífico. Quero me referir agora especificamente ao glorioso Anjo Adonai, o
Anjo da Luz e da Alegria. Esse Mestre é muito sábio. Se você se concentrar
77
intensamente, rogando a ele em nome do Cristo para que cure seu filho, estou
seguro que de forma alguma se negará a fazer esta obra de caridade, porém não
se esqueça que a Deus rogando e com o malho dando. Faça o bem às toneladas
e suplique; este é o caminho.
Tenho um filho muito bom que me entregava tudo o que ganhava com
seu trabalho. Porém se enamorou de uma mulher mais velha, amiga minha,
que tinha três filhos com um senhor casado. Os dois não se casaram, mas
passaram a viver juntos. Apesar de continuar trabalhando, o dinheiro já
não lhe rendia de maneira suficiente, a ponto de recorrer a mim, pedindo
certa quantidade de dinheiro e dizendo que ia iniciar um negócio, coisa que
nunca fez. Quando terminou a quantia que lhe dei, a mulher o abandonou.
Agora vive sozinho, trabalha, mas está completamente arruinado. A que se
deve isso?
Uma simples análise ressalta o adultério, com todas as suas dolorosas con-
seqüências: perdas financeiras, má situação, sofrimentos morais intensos, etc.
Eis o resultado do erro.
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inclinar a balança a nosso favor e assim melhorarmos nossa sorte. Se esse seu
filho se dedicar a fazer o bem, a sua sorte melhorará.
Tenho um filho de 20 anos que desde os 18 não quis mais viver em casa
e foi morar na casa de minhas amigas. Não quer mais estudar nem traba-
lhar; visita-nos uma vez por mês, quando então se sente feliz por uns dias e
depois começa a se aborrecer com todos, e sai de casa novamente. Gostaria
que me dissesse o porquê de tudo isso?
Esse filho só lhe criou problemas. É claro que o resultado da desordem será
a dor. Não há dúvida que ele não sabe nem quer aprender a viver, porém tem
de ser tratado da melhor maneira possível com amor e paciência. Não há dú-
vida que no futuro terá fortes tropeços, com amargas conseqüências. Só então
começará a compreender a necessidade de organizar sua vida.
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capítulo 5
FANTASMAS
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Novos lamentos e novas recriminações. Depois o fantasma me disse: “Está
bem! Vou embora!” – E se afastou devagar, bem devagar... Mas quando vi que a
aparição estava indo embora, um pensamento novo, uma idéia especial surgiu
em minha mente. Disse para mim mesmo: “Este é o momento de saber o que é
um fantasma, de que é feito e o que tem de real”.
Obviamente, ao pensar deste jeito, desapareceu de mim todo o temor, a
língua se destravou e pude falar. Então ordenei ao fantasma: “Não, não se vá!
Volta! Preciso conversar contigo!” O fantasma respondeu: “Está bem! Volto!” E
a palavra foi acompanhada da ação e o fantasma veio em minha direção.
A primeira coisa que fiz foi examinar minhas próprias faculdades para ver
se estavam funcionando corretamente. “Não estou bêbado”, pensei; “não estou
hipnotizado nem sou vítima de nenhuma alucinação. Meus cinco sentidos es-
tão funcionando perfeitamente; não tenho porque duvidar de nada”.
Uma vez que pude verificar o perfeito funcionamento de meus cinco sen-
tidos, então passei a examinar o fantasma. “Dá-me sua mão”, disse à aparição.
Ela não me recusou e me estendeu a sua mão direita. Tomei o braço da singu-
lar figura que tinha à minha frente e pude notar uma batida rítmica normal
como se tivesse coração. Auscultei-lhe o fígado, o baço e tudo funcionava
bem, porém a qualidade daquela matéria mais parecia ser de protoplasma,
substância gelatinosa que às vezes se assemelha no tato ao plástico ou ao
nylon.
Fiz todos esses exames com a luz acesa, tendo durado aproximadamente
meia hora. Depois, despedi o fantasma dizendo-lhe: “Já pode se retirar; estou
satisfeito com o exame”. E o fantasma, repetindo suas múltiplas recriminações,
se retirou chorando amargamente.
Momentos depois a dona da casa bateu na porta. Ela estava pensando que
eu não havia respeitado sua casa. Veio me dizendo que havia me dado hospe-
dagem somente a mim e que estava achando estranho eu haver levado mulhe-
res ao meu quarto.
“Perdão, minha senhora! Não trouxe nenhuma mulher ao quarto!
Simplesmente recebi a visita de um fantasma e isso é tudo”. Em seguida, contei
o que acontecera. A senhora, dona da casa, acabou se convencendo da história
e estremeceu ao perceber o espantoso frio que fazia no quarto, apesar de es-
tarmos em pleno clima quente. Esse fato acabou confirmando a veracidade do
meu relato.
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Anotei dia e hora da ocorrência; mais tarde, quando me reencontrei com a
namorada, contei a ela tudo que acontecera. Ela se limitou a dizer que naquela
noite e àquela hora dormia e sonhava que estava em algum lugar da costa atlân-
tica e que conversava comigo em um quarto parecido com uma sala. Então
pensei comigo mesmo: ela se deitara pensando em mim e seu fantasma [corpo
astral] me visitara.
O mais curioso foi que vários meses depois aquela dama morreu. Certa
noite, descansando em meu leito, o fenômeno se repetiu. Porém, desta vez, o
fantasma resolveu deitar-se junto de mim, cheio de ternuras e carinhos. Como
percebi que a coisa toda estava ficando preta, não me restou outro remédio que
não a de ordenar de forma severa que se retirasse para sempre de minha vida e
que nunca mais me incomodasse. O fantasma assim o fez e nunca mais voltou.
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suas andanças. As pessoas, naturalmente, não deixavam de se alarmar com
tudo isso.
Alguns jovens se apaixonaram por ela, mas quando tentavam se aproximar
dela, chovia pedras sobre eles, e, apavorados, fugiam.
Mais tarde, aquela mocinha se afastou dos arredores da cidade e jamais
voltou a ser vista. - Que aconteceu? Não sabemos! O único que pudemos
comprovar foi que seu amigo Luzbel simplesmente era um Elemental do
oceano. Não há dúvida que ela também tinha muito de natureza elemental.
Era o que nos transmitiam seus olhos, seu olhar, seu corpo, sua forma de
ser, etc.
83
capítulo 6
ACONTECIMENTOS HUMANOS
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operaram, com o propósito de descobrir a causa causorum da enfermidade,
com assombro descobriram que estava totalmente curada; o suposto câncer
não existia. Isso sempre foi um enigma para mim. Poderia me dizer o que
aconteceu? Qual foi a razão dessa enfermidade?
Com o maior prazer responderei sua pergunta. Permita-me que lhe diga,
senhorita, que em sua passada existência, vivida precisamente aqui na cidade
do México, você cometeu um ato de magia negra contra uma pessoa, causan-
do-lhe a morte. O resultado foi a sua misteriosa doença. Se você se curou, se
não morreu, foi devido às boas ações que você praticou e que permitiram a di-
minuição do seu karma; você certamente foi assistida por um médico invisível
a quem deve ser imensamente agradecida.
Meu pai teve três filhos em seu primeiro casamento, incluindo a mim.
Quando meu irmão maior contava um ano de idade, foi tirado de minha mãe.
Depois, quando eu tinha cinco anos, minha mãe me entregou a meu pai, que
vivia com a mãe dele e meu irmão mais velho. Durante toda a infância nunca
tive o carinho deles, pois, como minha avó me odiava muito, eles, para não
contrariá-la, não se importavam comigo. Sobre minha mãe nunca soube se
vivia até fazer quinze anos. Ela sim me deu carinho, até que morreu, há uns
dez anos. Gostaria que você me dissesse por que não consegui obter a felicida-
de e o amor de um homem e a que se devia o ódio tão grande de minha avó?
Gire a medalha de seu relato e terá a resposta. É óbvio que todos esses
acontecimentos de sua vida são uma repetição da existência anterior, quan-
do você foi algoz em vez de ser vítima. Aqueles que hoje lhe proporcionaram
tantas dores foram suas vítimas no passado; isso é tudo. Recorde que a Lei do
Karma é o fiel balanço de todas as nossas ações. Não pode haver efeito sem
causa nem causa sem efeito. Você recolheu as conseqüências de seus próprios
atos. Se você se lembrasse de suas existências passadas, verificaria a realidade
de minhas palavras.
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Poderia nos contar algum caso concreto de enfermidade causada por
más ações em vidas anteriores?
Com o maior prazer. Em minha encarnação passada conheci o caso de um
bandido que foi fuzilado. Isso se deu em uma estrada. O bandoleiro era conhe-
cido pelo apelido de Golondrino. Um dia caiu nas mãos da justiça, foi amarrado
a uma árvore e aplicaram a pena máxima.
Muito tempo depois aquele homem renasceu em corpo feminino. Certo
dia, seus parentes me solicitaram ajuda. [Encontrei] Uma mocinha muito dis-
tinta, em cujo corpo estava encarnada a alma de Golondrino; lançava espuma
pela boca, retorcia-se horrivelmente e gritava, cheia de espanto, frases como:
“A polícia está vindo. Dizem que sou um ladrão, um assaltante das estradas. Me
amarraram nesta árvore e vão me fuzilar”.
As últimas palavras sempre eram acompanhadas de gestos e de esforços de
como quisesse se livrar de invisíveis amarras, estranhas cordas.
Nossas investigações permitiram conhecer este caso concretamente.
Tratava-se de uma repetição mental do episódio final da vida anterior dessa
alma, agora encarnada em corpo feminino.
Os psiquiatras fracassaram redondamente sem conseguir curá-la. Nós ape-
lamos para certas conjurações mágicas e o resultado foi assombroso; a enferma
se curou totalmente.
Sem dúvida, fomos assistidos pelo poder divino do Espírito Santo.
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Não se espantem quanto ao fatídico treze. Este número é morte, fatalidade,
dor; porém traz também situações novas, já que a morte e a vida estão intima-
mente relacionadas. Quanto a vocês, é claro que estavam pagando um grande
karma. Isso é tudo.
87
capítulo 7
88
Em 1958, ao voltar de uma sessão de cinema, me deparei com uma no-
vidade à minha espera: Em casa, toda a família estava preocupadíssima com
o desaparecimento de uma tia, que havia saído pela manhã, deixando seus
filhos sozinhos. Eram quatro filhos, de três a seis anos, os quais estavam
chorando de medo e de fome. Os familiares já tinham ido a vários lugares a
fim de encontrá-la e tudo fora inútil. Então combinaram de sair e procurar
por ela; a mim coube ficar em casa. Perto das três da manhã despertei so-
bressaltado. O quarto estava completamente escuro, mas, de repente, uma
figura ovalada começou a brilhar no meio do ambiente, e se dirigiu à minha
cama, chegando até a beirada e levantou a tela do mosquiteiro. Senti um
corpo se sentar na beira da cama e apareceu totalmente a figura de minha
tia, que estavam procurando. Em voz alta ela me disse o seguinte: “Filhinho,
não te assusta! Sou eu, tua tia. Venho te avisar que estou morta. Quero que
lhes diga onde podem achar meu cadáver. Localiza o teu tio e diz para ele
me procurar na Delegacia X. Pede ainda para que cuidem e rezem por meus
filhos”. Então, ela se levantou, baixou a tela do mosquiteiro e sumiu. No
dia seguinte, fiz o que me fora solicitado, porém, ninguém acreditava no
que estava dizendo. Somente se convenceram quando a encontraram na
Delegacia indicada, porque seu corpo estava deformado pelo fato de haver
morrido em uma sauna de vapor. Como é possível que uma pessoa, depois
de ter morrido, nos dê os dados para a localização de seu cadáver e peça por
seus filhos?
Depois da morte do corpo físico, a alma passa a viver nas dimensões su-
periores da natureza e do cosmo. Já falei disso num capítulo anterior, porém
tornamos a repetir. É claro que essa alma precisava te informar a respeito de
sua morte; era preciso que ela te passasse essa informação, pois ela tinha filhos
e devia cumprir com seu dever. Neste caso, não há dúvida que essa alma foi
ajudada por leis superiores, tendo recebido permissão para entrar novamente
neste mundo de três dimensões e dar um recado direto, que levasse a família
até seu cadáver, fato esse devidamente comprovado, já que seu corpo foi en-
contrado exatamente no lugar onde dissera estar: em uma Delegacia de Polícia.
Fatos são fatos e temos que nos render diante deles.
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quem eu encontrava reclinada em seu leito, e que, ao me ver, se sentou na
cama e sorriu alegremente. Pondo minha mão direita na sua testa e a es-
querda em meu coração, me concentrei fortemente no Mestre Jesus, pedin-
do que me ajudasse. Vi como ela se restabelecia e, sorrindo, me acompanha-
va até a porta da casa. Na reunião seguinte, a pessoa que me havia solicitado
ajuda, quase com lágrimas nos olhos, veio me agradecer, dizendo que sua
mãe se restabelecera e que me mandava lembranças porque tinha me visto.
Como é possível que duas pessoas, unicamente pela fé, tenham conseguido
uma cura quase milagrosa?
Meu amigo, a fé realiza milagres. O divino Mestre Jesus disse: “Tende fé do
tamanho de um grão de mostarda e movereis montanhas”.
NT - Mateus 17:20 diz literalmente: “(...) se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este
monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível”.
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alizado outro milagre semelhante. Os gnósticos invocam os seres divinos que
vivem no mundo invisível para que realizem este tipo de cura. Isto foi o que
realmente aconteceu e a paciente curou-se radicalmente.
91
capítulo 8
O DESDOBRAMENTO
Que é o desdobramento?
Você realmente não sabe o que é o desdobramento? Percebo que sua per-
gunta é sincera! O desdobramento é sumamente simples. Trata-se de um fe-
nômeno natural, como comer, beber, etc. Quando o corpo físico adormece, é
claro que a alma se desprende dele e viaja por todas as partes. Ao regressar, ao
entrar novamente no seu corpo, muitas vezes a alma se lembra dos lugares por
onde andou, das pessoas com quem falou, etc. As pessoas costumam chamar
isso de ‘sonho’, mas na realidade é o ‘desdobramento’.
O desdobramento é perigoso?
Parece-me que se tornar consciente dos próprios fenômenos naturais nun-
ca poderia ser perigoso. Devemos fazer consciência dos alimentos que come-
mos, do que bebemos, do nosso estado de saúde e também do processo de
desdobramento, o qual ocorre em toda criatura viva.
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Nos momentos que antecipam o sono, a alma sai do corpo, mas, infelizmente,
de forma inconsciente. Continue se desdobrando, porém de maneira voluntá-
ria e consciente.
Quando sentir esse estado de lassidão própria do sono, quando começar
a adormecer, imagine-se como um fantasma sutil e vaporoso. Pense que irá
sair do corpo; compreenda que você não é o corpo; entenda que você é a alma;
sinta-se como alma, e se levante da cama com suavidade, delicadamente, tal
qual se levantam as almas.
O que estou dizendo deve ser traduzido em atos concretos. Não se trata
de pensar e sim de agir. Ao se levantar, dê um pequeno salto em seu próprio
quarto com a firme intenção de flutuar no espaço.
Se você flutuar é porque já está fora do corpo físico e poderá sair do seu
quarto e levitar no espaço. Poderá ir a Paris ou a Londres, ou ao lugar que qui-
ser. Mas se não levitar, é porque se levantou da cama em corpo físico. Então
volte ao leito e repita o experimento.
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Poderia nos contar o caso concreto de um desdobramento voluntário?
Com o maior prazer! Vou contar um caso pessoal, de como ocorreu meu
primeiro desdobramento. Eu era ainda muito jovem quando resolvi me desdo-
brar à vontade. Lembro claramente que pus bastante atenção no processo do
sono. Quando senti que estava quase dormindo, nesse estado de transição que
existe entre a vigília e o sono, agi inteligentemente.
Não me pus a pensar que ia me desdobrar porque, obviamente, se houvesse
ficado pensando, não teria realizado o experimento almejado. Repito: agi e me le-
vantei da cama com grande suavidade; ao fazê-lo, produziu-se a separação bem na-
tural entre a alma e o corpo. A alma saiu do corpo e este ficou na cama dormindo.
Saí da minha casa e fui para a rua de maneira espontânea e clara, pondo-
me a caminhar por uma via deserta. Detive-me na esquina seguinte e refleti
por uns instantes sobre a que deveria me dirigir. Resolvi ir à Europa.
Obviamente tive que viajar por cima das águas do Atlântico, levitando ma-
ravilhosamente no espaço luminoso. Senti-me cheio de uma alegria não conce-
bível para os seres humanos. Por fim cheguei à cidade de Paris.
Caminhando, ou melhor dizendo, flutuando na atmosfera luminosa, senti
instintivamente a necessidade de entrar em uma casa. Não me arrependo de ter
entrado em certa mansão. O curioso do caso foi o encontro com um Iniciado
que tinha conhecido em passadas encarnações.
Ele também estava fora do corpo. Nitidamente pude evidenciar que seu
corpo estava dormindo no leito. Junto a ele vislumbrei uma mulher e duas
crianças. Percebi que se tratava de sua esposa e de seus dois filhos.
Saudei carinhosamente o meu amigo e a alma de sua esposa, a qual tam-
bém estava fora do corpo. Não será demais acrescentar que como aquelas
crianças dormiam, suas almas também estavam fora do corpo.
Aquelas almas infantis assustaram-se com a minha inusitada presença.
Compreendi a necessidade de me retirar para evitar que tais almas regressas-
sem aos seus respectivos corpos. Se isso tivesse acontecido, teriam chorado e
o pranto haveria de despertar meu amigo e sua esposa, e então o diálogo seria
interrompido, já que tanto a alma do meu amigo como a de sua esposa seriam
obrigadas a voltar para seus respectivos corpos de carne e osso.
Compreendi tudo isto em milésimos de segundo e para evitar precisamente
este problema, propus ao meu amigo que saísse de sua casa e viesse comigo para
dar uma volta pelas ruas de Paris. Grande foi a minha alegria quando aceitou.
94
Juntos, seguimos pelas avenidas daquela grande cidade e até o aconselhei
a voltar ao Caminho, retornando à Senda da Luz. Por último, propus a ele uma
visita a um templo maravilhoso que existe na Alemanha. Ele recusou o convite
alegando não poder ir porque devia concentrar sua atenção nos problemas da
vida prática, visto que tinha mulher e filhos. Despedi-me daquele Iniciado e,
suspendendo-me na atmosfera, passei por cima de uns muros altos e segui por
uma estrada cheia de curvas, até chegar a um templo maravilhoso.
Diante do Santuário vi muitas almas das mais diversas nacionalidades,
pessoas que durante as horas de sono escapavam de seus corpos densos para
irem até esse lugar.
Todas essas pessoas, reunidas em vários grupos, conversavam entre si, fa-
lando do cosmo, das leis, da reencarnação, do karma, dos mistérios da vida e
da morte, etc.
Procurei entre esses grupos certo amigo muito hábil no desdobramento,
mas não o encontrei. Então, me aproximei do umbral do templo e vi um belo
jardim com lindas flores que exalavam um perfume embriagador. Ao fundo,
destacava-se a silhueta de um magnífico templo iluminado pelo esplendor das
estrelas. Quis entrar, mas o guardião interveio e disse: “Este é o Templo da
Sabedoria! Retira-te! Ainda não é hora!”
Obedecendo às ordens, retirei-me a certa distância, sem me afastar muito
do umbral. Então olhei a mim mesmo, observando meus pés e minhas mãos
espirituais e até me dei ao luxo de compará-los aos membros do meu corpo
físico que havia deixado dormindo lá na América Latina, na terra sagrada dos
astecas.
Evidentemente, todas essas comparações deram como resultado o regres-
so instantâneo ao meu corpo físico, que havia deixado profundamente ador-
mecido na cama. Então acordei sobressaltado dizendo: “Estive no Templo da
Sabedoria! Que felicidade! Que alegria!”
Até hoje não consegui esquecer aquela luz tão branca, tão imaculada, que
brilhava naquele Santuário. Certamente, essa luz não se parecia com nenhuma
lâmpada física; saía de todas as partes e não projetava nenhum tipo de sombra.
95
Quando há o desdobramento voluntário, ao despertarmos na cama, po-
demos nos lembrar de onde estivemos?
É claro que se não se lembra de nada é porque não houve desdobramento
consciente, porque me parece impossível que uma pessoa se desdobre volun-
tariamente, que saia do seu corpo intencionalmente, conscientemente, e não
seja capaz de lembrar o que viu fora do corpo. Por exemplo, quando você sai
de sua casa para o trabalho e depois volta do escritório para sua casa, se lembra
do que viu no escritório? Lembra-se do trabalho que executou? Das ordens de
seu chefe?
Sim, lembro de tudo que fiz no escritório quando volto para casa...
Pois é o mesmo caso, senhorita. Tenha em mente que seu corpo físico é
uma casa de carne e osso. Se você sai voluntariamente dessa casa, verá muitas
coisas. Se você retorna a ela voluntariamente, é lógico que se lembrará também
de tudo que viu e ouviu.
96
capítulo 9
FENÔMENOS MÍSTICOS
97
um gongo; então apareceram três Mestres. Seus rostos eram veneráveis e
tranqüilos, porém de olhares penetrantes. Dois deles estavam vestidos de
amarelo; o outro, com uma túnica branquíssima. Depois de me saudarem,
deram as boas-vindas com um abraço fraternal.
Em seguida, oficiaram uma missa em um altar que havia entre duas
colunas enormes, com um grande escaravelho de ouro, que resplandecia na
fumaça do incenso. Em seguida, uma pequena pia com água cristalina, que
não havia notado antes, foi iluminada. Aproximaram-me dela e comecei
a ver meu rosto, horrivelmente negro e barbudo, como um orangotango.
Posteriormente, vi muitas passagens da minha vida, onde cometera todo
tipo de pecado. Terminei gemendo e chorando. A seguir me admoestaram,
dando-me conselhos em forma simbólica, e me entregaram um escaravelho
de ouro maciço; puseram-no na minha mão direita, fecharam-na e pronun-
ciaram algumas palavras que não entendi. Disseram-me que o conservasse
e me fizesse merecedor de tê-lo sempre ao meu lado. Abençoaram-me e re-
gressei ao meu corpo, despertando instantaneamente muito impressiona-
do. Até hoje não me esqueci de nenhum detalhe. Poderia me dizer o que
aconteceu e que significado tem tudo isso para mim?
Com muito prazer responderei a sua pergunta. Sem dúvida, trata-se de um
caso de desdobramento. Você adormeceu enquanto meditava e orava; então
sua alma saiu do corpo e foi parar no Egito, a terra sagrada dos faraós.
Quero que você compreenda que entrou espiritualmente no misterioso
templo da esfinge. Alegra-me muito que haja descoberto uma porta secreta
no nariz da esfinge. Obviamente, não se trata de uma porta física, mas de uma
porta invisível para os sentidos físicos, mas perfeitamente visível para a inteli-
gência e para o coração.
É ostensível que o templo da esfinge não se encontra neste mundo físico.
Trata-se de um templo invisível para os olhos da carne, mas totalmente percep-
tível para os olhos do espírito.
O que lhe aconteceu foi algo parecido com a experiência do apóstolo São
Paulo, o qual foi levado aos céus, onde viu e ouviu coisas que aos homens não
lhes é dado compreender.
Não há dúvida que você, numa existência passada, foi iniciado nos mis-
térios egípcios; devido a isso, foi chamado ao templo. Por isso, devido a essa
chamada, que fizeram quando você estava meditando, foi dar precisamente lá.
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Assistiu espiritualmente um ritual egípcio, viu e ouviu os sacerdotes do
templo, escutou sublimes cânticos e viu na água o seu ‘eu pecador’ e todos os
delitos que cometeu. Não há dúvida que viu a si próprio bastante horrível; fica-
mos assim devido aos pecados.
Entregaram-lhe um escaravelho sagrado, de puro ouro, símbolo maravi-
lhoso da alma santificada; isso é tudo.
Espero, cavalheiro, que haja compreendido: é indispensável que se decida a
seguir o caminho da santidade e que se arrependa de todos seus erros.
99
um edifício espichado horizontalmente, no qual se percebia sete colunas de
mármore belamente decoradas. Ao observar o corredor, passei a ouvir co-
ros angelicais, que trouxeram consigo uma figura que desprendia luminosi-
dade e respeito: era nada menos, nada mais, que o Mestre Jesus, o Cristo; ao
vê-lo, senti-me desfalecer. Ele me olhou fixamente, e em seu rosto esboçou-
se um sorriso de fraternidade e amor. Ato seguinte, aproximou-se de mim,
pôs sua mão direita em minha testa e disse: “Ide e ensinai a todas as nações
que estarei convosco”.
Depois, andamos por outros corredores e encontramos outros gran-
des Mestres, entre os quais reconheci o Mestre Samael Aun Weor, a quem
o Cristo Jesus chamou em voz alta e recomendou que vigiasse e instruísse
minha humilde pessoa. Depois, chamou outros alunos e Mestres que se en-
contravam próximos, todos vestidos de branco, e nos abençoou com ora-
ções e mantras especiais. Pessoalmente, ele se despediu do Mestre Samael
e de mim, e vi como desaparecia de nossa visão o magnífico recinto. Ao
regressar ao corpo, abri os olhos, e vi que meu amigo ainda não despertara;
porém, um minuto depois também acordava, e então comentamos as expe-
riências vividas...
Como é que um estudante gnóstico, sem mérito algum, tenha tido uma
experiência tão maravilhosa e que lhe hajam confiado essa delicada missão?
Com muito prazer responderei a sua pergunta. Já vê você o que é a medi-
tação e a oração. Se uma pessoa de boa vontade se entrega à oração e à medita-
ção, pode ter a dita de atingir o êxtase. Então, a alma sai do corpo, como já ex-
plicamos muitas vezes, e viaja aos mais remotos lugares da terra ou do infinito.
No seu caso concreto, você foi parar no Tibet e entrou em um templo se-
creto, onde pôde ver os Mestres da humanidade e Nosso Senhor o Cristo. Não
esqueça que a alma em oração, em êxtase, pode chegar a ver o próprio Cristo.
Você teve essa graça, e não há dúvida que o Senhor [o Cristo] recomendou que
ensinasse a doutrina gnóstica a todos os seus semelhantes.
É óbvio que eu devo te ensinar. Por isso, viste e ouviste o Senhor Cristo
preocupado em que te instruísse.
100
capítulo 10
EXPERIÊNCIAS MÍSTICAS
DE UM NEÓFITO
101
A alma pode ver não somente o futuro e o presente, como também, o pas-
sado. O que você viu corresponde exatamente àquela época passada, quando a
Lua teve rios caudalosos, mares profundos, vegetação exuberante, vulcões em
erupção, vida vegetal, animal e humana.
Quero que saiba que os selenitas existiram. A Lua teve sete raças humanas
através de sucessivos períodos históricos. As primeiras raças foram de gigantes
e as últimas de liliputianos, isto é, pequeníssimos. As últimas famílias humanas
que viveram na Lua poderiam ser catalogadas como de ‘homens formigas’. Não
se espante com o que digo; isto sempre acontece com todos os planetas. As
primeiras raças são de gigantes, e as últimas, muito pequenas. Felicito-o por ter
recordado o que viu e ouviu na Lua.
Futuramente, os arqueólogos encontrarão debaixo do subsolo lunar, ruínas
de cidades antiqüíssimas. Você verá as notícias em todos os jornais.
102
Esses são os elementais; assim são chamados porque vivem nos elementos. Os
pigmeus, por exemplo, vivem nas rochas da terra; as salamandras vivem no
fogo; os silfos, no ar e nas nuvens; por fim, as nereidas, na água.
As pessoas incrédulas não aceitam nada disto, mas penso que você seja
uma pessoa que tem fé; por isso, com o maior prazer explico e respondo sua
pergunta. Por meio de certas fórmulas secretas, meu próprio espírito deu or-
dens aos silfos que vivem nas nuvens para que as afastassem. Você não deve
ignorar que as águas são manejadas pelas ondinas. Se os silfos promovem
correntes psíquicas especiais, levam as nuvens, mexem-nas, afastam-nas do
lugar, e com elas vão também as ondinas. Por conseguinte, momentaneamen-
te pode-se afastar a chuva. Porém, isto somente o fazemos, nós os Iniciados,
em ocasiões especiais, porque, do contrário, se estabeleceria a desordem na
natureza. Quando um Iniciado gnóstico realiza um milagre desses, o faz
sempre com permissão dos Seres Superiores. O milagre que você presenciou
foi necessário, pois era preciso estudar alguns monólitos de Tula, por certo
bastante interessantes.
Em uma prática em que quis recordar minhas vidas passadas, tal como
nos ensinou, trouxe as seguintes experiências: Vi-me nas pirâmides de
Teotihuacan na época dos astecas, bem onde se encontra a Cidadela. Havia
uma grande multidão que aclamava e vociferava. Em toda a Avenida dos
Mortos havia gente do povo, soldados e políticos ricamente adornados com
penachos, braceletes, sandálias, ornamentos de ouro e pedrarias.
Por aquela avenida caminhávamos com as mãos e pescoços atados;
éramos prisioneiros. Rodeados por vários soldados vestidos de Cavaleiros
Tigres e Cavaleiros Águias fomos levados ao pé da pirâmide do Sol, onde
ardia uma grande fogueira. Ao chegarmos à plataforma colocaram-nos em
forma. Um sacerdote fez um sinal e todos se calaram. As chirimias e os tepo-
naztlis começaram a soar e surgiram donzelas bailando em danças de uma
faustosidade indescritível.
Terminadas as danças, apareceram doze anciãos que compuseram uma
espécie de corte marcial e nos julgaram. Posteriormente, vendaram-nos os
olhos e fizeram-nos subir os degraus da pirâmide. Alguns resvalaram e ca-
íram, já que escutavam o ruído e os gritos de dor. Lembro-me que sentia
os degraus estreitos que mal davam para a metade do pé. Ao chegarmos à
parte superior, houve invocações, orações e ofertórios. Depois, fomos sacri-
103
ficados ao Deus Huitzilopochtli. Poderia explicar o que me aconteceu nessa
reencarnação ou retorno?
Em plena meditação você quis recordar suas vidas passadas. Adormeceu
um pouco e sua alma saiu do corpo de carne e osso. Depois, vieram diversas
cenas, lembranças do passado. Convido-o a compreender que você viveu entre
os astecas no antigo México. Viu como os delinqüentes eram julgados e depois
sacrificados aos Deuses. Portanto, nem todos os imolados no altar dos sacrifí-
cios humanos eram vítimas inocentes. No México pré-colombiano, havia sa-
crifícios humanos.
104
capítulo 11
NEGÓCIOS
105
Você precisa saber que com a fornicação se formam muitas larvas invisíveis
ao seu redor, em sua aura. Delas existem múltiplas espécies. Com as emanações
provindas do enxofre, essas asquerosas larvas se desintegram e sua atmosfera
clareia. Além disso, convém que limpe o ambiente onde tem o seu negócio. Faça
queimações de enxofre por uns nove dias. Depois, faça queimações com açúcar,
para adoçar o ambiente e para torná-lo agradável; também durante nove dias.
Estamos falando de ocultismo prático e penso que você me compreende, já
que precisa melhorar seu negócio.
Poderia me dizer o que devo fazer para prosperar? Vendo artigos no inte-
rior sem ter um negócio estabelecido. Há meses que não consigo receber nada.
Compreendo a sua situação, meu amigo. Com toda a sinceridade posso
dizer que quando alguém segue exatamente os dez mandamentos da Lei de
Deus, quando reza diariamente ao Pai que está oculto em nós, é claro que a si-
tuação melhora. O Pai nos dá tudo; nada lhe faltará então. Mas quando alguém
se comporta mal, quando não cumpre os Dez Mandamentos, quando não se
entrega ao Pai, então Ele se ausenta e você cai em desgraça.
Siga meus conselhos. Faça muitas obras de caridade. Guarde castidade.
Banhe-se com ervas aromáticas, como menta, camomila, eucalipto, nogueira,
etc. Use estas plantas por 40 dias em seu banho diário e faça obras de caridade
às toneladas. Somente assim melhorará a sua situação econômica.
106
Poderia me dizer quando devo fazer uma obra de caridade, quando
não, e a quem?
Ninguém é juiz para julgar; ademais a caridade não precisa de juiz. Isto faz
parte do bom senso. Dar de comer ao faminto é algo bastante humano porque
até aos presos recebem alimentação; senão morreriam de fome. Dar de beber
ao sedento é algo lógico, já que seria muito cruel negar um copo de água a al-
guém com sede. Presentear com uma camisa ao mal vestido é natural; consolar
um aflito é humano. Para isso não é preciso juízes [para decidir]. Contudo
seria absurdo dar-se cachaça a um bêbado ou emprestar armas a um assassino.
Amor é lei, porém amor consciente.
107
capítulo 12
Quero lhe pedir um favor. Acontece que meu marido separou-se de mim
por causa de outra mulher. Sofro o indizível e não sei o que fazer. Como você
conhece as ciências ocultas, parece-me que poderia ajeitar minha situação.
Sei que dispõe de força mental maravilhosa e que pode dominar a mente
alheia, sugestionar o ser amado e pô-lo aos meus pés através da magia. Que
preço o senhor me cobraria pelo trabalho? Poderia lhe pagar o que quisesse.
Creio que a senhora se equivocou. Não sou mago negro. Utilizar as forças
da mente para subjugar os outros, para escravizá-los, para obrigá-los, é violên-
cia, e todo ato violento, é magia negra. Cada um vive sua vida e ninguém tem
o direito de intervir nos assuntos alheios. É absurdo querer dominar os outros.
Quando será que as pessoas aprenderão a respeitar o livre arbítrio dos
demais? Você acredita mesmo que é possível obrigar impunemente alguém a
amar o outro à força?
É necessário que saiba que este tipo de ações de magia negra se paga com
castigos muito fortes. Os Anjos do Destino não estão dispostos a perdoar se-
melhante delito. Se você continuar por esse caminho receberá seu castigo.
No mundo, existe muita gente dedicada à bruxaria, à feitiçaria e à magia
negra. Milhares de feiticeiros vivem desse negócio sujo, e é claro que não pro-
gridem, porque a magia negra só traz miséria, fome, nudez e suprema dor.
108
quem progenitores ou pais terrenos que sejam magos negros. Não é de se
estranhar que os filhos dos perversos também sejam perversos e caiam na
desgraça.
É lamentável que as pessoas não entendam a necessidade de se respeitar o
livre arbítrio dos demais. Sempre existe a nefasta tendência de querer dominar
os outros à força, de querer impor nossas idéias ao próximo, de tentar obrigar
o semelhante a fazer nossa vontade. Tudo isso se paga muito caro: lágrimas,
miséria e suprema dor.
Por que os magos negros acham que estão fazendo um bem à huma-
nidade? Eles acreditam que mesmo cobrando estão ajudando as pessoas a
resolver seus problemas?
Quero lhe dizer que a lógica do absurdo existe. Para os tenebrosos o bran-
co é preto e vice-versa. Lembre-se que o caminho que conduz ao Abismo está
calçado de boas intenções.
De forma constante chovem cartas de todas as partes solicitando este tipo
de serviço. Realmente, a humanidade causa pena. Se alguém está entregando
uma mensagem divina às pessoas, ao invés de se preocuparem em estudar essa
mensagem, a única coisa que lhes ocorre é escrever para arranjar marido, para
dominar a mente da mulher desejada ou para obrigar alguém a pagar uma
dívida.
Verdadeiramente, tudo isso me causa profunda dor. Não escrevem para
pedir orientação esotérica, para esclarecer ensinamentos; apenas para que do-
mine os demais. Eis o estado em que se encontra a humanidade. Nestas con-
dições, prefiro que não me escrevam porque só me preocupo em ensinar, em
mostrar o caminho da libertação, em indicar a meta que conduz à verdadeira
felicidade de espírito.
Infelizmente, as multidões não querem compreender isso. Há pessoas que
valorizam muito o poder da sugestão mental, e cobram tantos pesos ou tantos
dólares para cada sugestão. Outros pagam para colocar um ‘espírito’ (como
dizem os espíritas) ao ser amado para que abandone a outra pessoa, em cujos
braços dorme, e voltar chorando para casa, etc.
É claro que todos esses negócios sujos pertencem ao Abismo, aos tenebro-
sos. Aqueles que são dados a esse tipo de prática, de boa ou má fé, inevitavel-
mente cairão no Abismo, onde só se ouve pranto e ranger de dentes.
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Eu sou cartomante e posso jurar que digo a verdade às pessoas, aju-
dando-as em seus problemas, ainda que lhes cobre alguma coisa porque
esta é a minha maneira de viver. O senhor acredita que estou agindo
bem?
Horrível maneira de viver você tem. De fato, és uma adivinha, uma feiti-
ceira. Acreditas por acaso que com o diabo dentro de ti, no próprio reino do
coração, pode-se dizer a verdade?
Bem sabes, e de uma vez por todas convém que não mais ignore, que levas
no fundo de teu coração o ‘eu pecador’ dos mortais, o próprio Satã. Pode, por-
ventura, uma pessoa que não chegou à santidade ser iluminada? O fato mesmo
de cobrar por predicar ou adivinhar já é um delito.
Pensas estar agindo bem, porém não estranhe: no Abismo vivem muitos
anacoretas, penitentes, feiticeiros, bruxos, adivinhos, que se sentem mártires e
que também acreditam estar indo muito bem.
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Faço trabalhos de todo tipo: arrumo maridos alheios, faço vir gente à
força, etc., e estou muito bem economicamente, já que ganho muito dinhei-
ro. O que o senhor tem a dizer a respeito disso?
No seu caso, a miséria virá um pouco mais tarde; nesse ínterim, contente-
se com os sofrimentos morais que tem e que certamente não são muito agradá-
veis. Lembre-se que tem um filho enfermo, atacado de epilepsia. Semelhantes
enfermos são, na realidade, possessos do demônio. Não se dá conta disso? Não
quer entender? A sorte que a aguarda é o Abismo e a Segunda Morte.
111
capítulo 13
MAGIA PRÁTICA
Por ser aniversário de minha irmã, fui até à sua casa, aonde não ia há
bastante tempo, já que ela somente aparecia por lá de oito em oito dias.
Chegando lá, encontrei-a bastante enferma, sem que os médicos soubessem
o que ela tinha. Ela me explicou que se sentia assim só pela noite desde há
algum tempo; não podia dormir por falta de respiração. Disse ainda que ao
querer ler certo livro esotérico que lhe haviam emprestado, punha-se tão
mal que não conseguia lê-lo, a não ser que fizesse a Conjuração dos Sete
que eu tinha lhe dado, e invocando a ti [Samael Aun Weor]. Vendo-a tão
enferma, nasceu em meu coração o ímpeto de tomar dois ovos e limpá-la
com eles, enquanto que ao mesmo tempo fazia a Conjuração dos Sete que
você nos havia ensinado. Em poucos minutos, ela se sentiu melhor e pôde
respirar perfeitamente. Gostaria que me dissesse se agi bem e a que se deveu
essa enfermidade?
Não há dúvida que os tenebrosos costumam atacar as pessoas que buscam
o sendeiro da luz. É evidente que as potências das trevas vivem no mundo in-
visível. Elas vigiam, e quando vêem que uma alma tenta escapar de suas garras,
fazem de tudo para desviá-la, para afastá-la do caminho luminoso. Você agiu
muito bem curando a sua irmã. Não resta dúvida que o ovo, usado da maneira
que você usou, possui certo poder mágico maravilhoso, que permite a elimi-
nação de certas larvas e fluidos malignos que se acumulam na atmosfera das
pessoas, ocasionando diversos males.
É necessário que as pessoas que venham a ler estas linhas conheçam a
Conjuração dos Sete do sábio Salomão. Esta conjuração afugentou os tene-
brosos que atacavam sua irmã. É preciso memorizá-la, e usar sempre que ne-
cessário.
112
13.1 - CONJURAÇÃO DOS SETE
Em nome de Mikael que Iehovah te mande e te afaste daqui, Khava-
Ioth. Em nome de Gabriel que Adonai te mande e te afaste daqui,
Bael. Em nome de Rafael desaparece ante Elial, Sangabiel. Por Samael
Sabaóth e em nome do Elohim Ghibor afasta-te, Andramelekh. Por
Zakariel e Sakiel Melekh obedece ante Elvah, Sanagabril. Pelo nome
divino e humano de Shaddai, pelo signo do Pentagrama que tenho
na mão direita, em nome do Anjo Anael e pelo poder de Adão e de
Eva que são Iot-Khavah, retira-te Lilith; deixa-nos em paz, Nahemah.
Pelos Santos Elohim e em nome dos Gênios: Cashiel, Sehaltiel, Afiel
e Tzarahiel e ao mandato de Orifiel, afasta-te de nós, Molokh; não te
daremos nossos filhos para os devorar. Amém. Amém. Amém.
Outro dia, voltei a essa casa acima citada com outro irmão gnóstico
porque a notei muito sombria; juntos, queimamos enxofre, incenso e mirra
por toda a casa. Pusemos o pentagrama esotérico que você havia magneti-
zado e fizemos cadeias chamando os Mestres da Fraternidade Branca para
que nos ajudassem. Fiz bem?
As queimações são úteis para limpar a atmosfera das casas. O enxofre, por
exemplo, desintegra larvas; os outros perfumes ou incensos, é preciso saber
usá-los. Você deveria queimar o enxofre por uns nove dias seguidos para puri-
ficar a atmosfera da casa, limpando-a das larvas astrais, e só depois continuar
com os outros perfumes, porque o incenso e a mirra são úteis, mas não se mis-
turam com o enxofre; são incompatíveis.
O Conde Cagliostro invocava os Quatro Santos ou os Quatro Anjos, situa-
dos nos quatro pontos cardeais da terra, que governam o destino dos seres hu-
manos. Não há dúvida que o Conde Cagliostro usava também as queimações
para isso. Oferecia louro ao Gênio da Luz que vive no Oriente, murta ao Anjo
do Ocidente, incenso ao Rei do Norte e mirra ao Rei do Sul. Em um caso grave,
pode-se invocar estes quatro Santos, oferecendo-lhe seus perfumes correspon-
dentes e pedindo-lhes de coração, a ajuda almejada.
Nota: Na IGB usamos sprays feitos com essas plantas com os mesmos resultados aqui descritos.
Para saber mais sobre o uso mágico das plantas sugerimos o livro Medicina Oculta, do mesmo
autor, já editado pela IGB-Edisaw.
113
capítulo 14
MEDICINA OCULTA
* NT - Mateus 17:20 diz literalmente: “(...) se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este
monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível”.
114
Qualquer enfermo pode ser curado através desses métodos?
Os Mestres da ciência curam o corpo vital, medicam-no e o resultado é a
cura do organismo físico logo a seguir. Sem dúvida, há enfermidades kármicas
bem graves, resultado das más ações cometidas em vidas anteriores. Quando
o castigo é muito severo, a cura torna-se impossível, porém os Mestres da
Medicina assistem e tratam de salvar o paciente.
115
Ler os quatro evangelhos é muito demorado. Não existe algo mais breve?
Sim, pode-se ler as bem-aventuranças com verdadeira fé para lançar um
fluido curativo suficientemente forte para que anule ou desaloje as energias
negativas acumuladas no organismo do enfermo, e assim este fique curado.
116
Eliphas Levi, especialmente sobre questões metafísicas, pois ele tam-
bém se interessava sobre o tema há décadas, e não apenas teoricamente.
Certa noite, ficaram a sós no salão, pois o duque, preocupado, fora
para o quarto, para ficar ao lado de sua esposa enferma. Era uma noite
fria e úmida. Fora, a célebre névoa londrina ondulava, empanando a
luz dos lampiões. De repente, o abade agarrou uma das mãos de Levi
e disse com voz baixa: - Escute, querido amigo, desejaria falar de algo
com você. Posso confiar em sua inteira discrição?.
Levi respondeu afirmativamente e o abade prosseguiu: - Tenho to-
dos os motivos para supor que a doença da duquesa não é natural.
Conheço Mildred desde pequena e sempre foi a menina mais saudável
que possa imaginar. Agora, torna-se lânguida e se debilita dia-a-dia;
parece-me que está sendo misteriosamente sugada.
– Acredita você que se ache sob o influxo de algum poder obscuro?
Que está em jogo algum sortilégio? – perguntou Levi.
– Posso confiar bastante em minha voz interna e, por isso, quase me
atreveria a dizer que essa enfermidade tem algo esquisito. Quer me
ajudar a romper o encanto?
– Com muito prazer, respondeu Levi.
– Bem, então não devemos perder mais tempo. Agradeceria que meia
hora antes da meia-noite viesse ao meu domicílio para uma conjura-
ção conjunta. Tentarei interpelar o poder tenebroso. Quem sabe nos
chegue alguma resposta do além...
Depois desta conversação, Eliphas Levi tomou um coche e rapidamen-
te se dirigiu até sua residência, onde se lavou, se barbeou e mudou de
roupa, da cabeça aos pés, pois os espíritos da zona média, que eram os
que o abade pretendia invocar, exigiam de seus conjuradores a mais
escrupulosa limpeza. Também o traje devia estar de acordo com sua
natureza: não suportavam nenhum tecido animal, pelo que ficavam
descartadas roupas de lã e sapatos de couro.
Como a casa do abade situava-se no nordeste de Londres, em
Hampstead Heath, e Eliphas Levi vivia na Praça Russel, ou seja, que
era considerável a distância entre ambos os lugares, Eliphas Levi teve
de fazer seu exigente asseio com certa pressa, uma vez que queria
estarlá no horário combinado. Uns quarenta minutos antes da meia-
117
noite chegou a Hampstead Heath. O abade em pessoa, todo de bran-
co, abriu-lhe a porta e o conduziu por uma elevada escadaria até um
aposento que se achava no extremo do corredor do primeiro piso. Os
olhos de Eliphas Levi tiveram primeiro que se acostumar com a obscu-
ridade; pequenas chamas azuladas e trêmulas emanavam um incenso
que cheirava a âmbar e a almíscar.
Nessa luz incerta, Eliphas observou uma grande mesa circular que se
encontrava no centro da habitação e, plantado sobre ela, o crucifixo in-
vertido, símbolo do falo. Junto à mesa estava um homenzinho delgado.
O abade comentou: – É meu criado. Você já sabe que é indispensável a
cifra de três para estas conjurações. Você começa a primeira invocação.
Este convite da parte do abade era mais que uma cortesia, pois as po-
tências da zona média poderiam irar-se e vingar-se sobre o dono da
casa, causando-lhe até a morte, caso permitisse rebaixar a harmonia
de sua esfera por um intruso incompetente. Ceder, pois, a invocação
ao amigo era mostra de que considerava a Eliphas como mestre de
primeira categoria na magia. Tal suposição era em verdade justificada.
Se alguém podia executar com êxito, com gesto desembaraçado e sem
temor, com coração puro e uma vontade fortalecida por numerosas
provas as cerimônias milenares da sagrada magia, este era o homem
certo. Ele exercia, no reino dos espíritos, tanto domínio quanto no
mundo das criaturas encarnadas e adeptos.
Em meio ao véu de fumaça Eliphas estendeu a mão instintivamente à
esquerda. Lá devia estar o recipiente com água benta que devia ter sido
recolhida em uma noite de plenilúnio de uma cisterna, velando-se e
orando-se sobre ela durante 21 noites. Em seguida, fez uma aspersão
pelos quatro cantos da habitação. O abade fazia as vezes de acólito e
movimentava o incensário ondulatoriamente. Na fumaça começaram
a se formar figuras estranhas e, ao mesmo tempo, pareceu-lhes que um
frio gelado brotava do chão e chegava até a ponta dos cabelos, dificul-
tando-lhes a respiração.
Eliphas Levi proferiu agora com mais força as palavras de invocação.
Subitamente, as paredes do quarto pareceram retirar-se como se um
abismo infinito e astral se abrisse na frente deles, ameaçando engoli-los.
Brilharam os esplendores de uma cintilante luminosidade e os olhos se
cobriram para não ofender o espírito invocado com um olhar indiscreto.
118
Com voz régia Levi perguntou sobre a causa da enfermidade da du-
quesa Mildred. Não recebeu resposta. As emanações de fumaça fi-
caram espessas de tal modo que ameaçaram sufocar os sentidos.
Precipitando-se rumo à janela, Eliphas ouviu subitamente uma voz, a
qual ainda que forte e retumbante, parecia sair do mais profundo de si
mesmo e encher todo o espaço de sua alma. O que a voz lhe gritou era
tão espantoso que suas pernas se negaram a mover-se e ficou como que
petrificado no mesmo lugar onde se encontrava.
Agora foi a vez do abade se precipitar para junto da janela, porém suas
mãos trêmulas, sem forças, não conseguiram abri-la. O criado, que
assistira passivamente a invocação, jazia desmaiado no chão. Por fim,
Eliphas saiu de sua paralisia e rompeu o vidro [da janela] com o cru-
cifixo, absorvendo o ar fresco da noite com fruição em companhia do
abade, especialmente ele que banhava, por assim dizer, sua cabeça febril
na névoa úmida. Por todos seus nervos corria a espantosa acusação que
o misterioso espírito havia se lançado com clareza inequívoca contra ele.
Quando, por fim, se recobrou, voltou para o quarto. A fumaça tinha se
dissolvido, mas a lamparina seguia ardendo tenuemente. O abade, pali-
díssimo, contemplava a Eliphas com os olhos dilatados e balbuciou:
– Você é realmente culpado, meu amigo? Não posso acreditar!
– Você também ouviu a resposta do espírito? – perguntou Levi.
O abade deixou cair a cabeça, como que oprimido, num gesto de con-
cordância. – Sim! sussurrou apenas perceptivelmente.
Levi se manifestou com veemência:
– Juro-lhe que tomei o símbolo com mãos puras e que em minha
vida jamais cometi um crime. Juro-lhe que não estou manchado de
sangue.
Ao dizer estas palavras, aproximou-se mais da lâmpada de maneira
que o brilho dela caiu em cheio sobre ele. Espantado, o abade apontou
com o dedo a mandíbula e a gola da camisa de Eliphas.
– Aí está! Olhe você mesmo no espelho, disse, tomando a mão do
amigo e conduzindo-o a um grande espelho de parede que pendia
no quarto contíguo. Ali, Eliphas comprovou um corte em sua barba
com umas gotinhas de sangue; também em sua camisa apareciam ou-
tras gotinhas. Devia ter se cortado ao fazer apressadamente a barba...
119
Assim, a resposta do espírito explicava-se perfeitamente: “Eu não falo
com alguém manchado de sangue”.
Levi sentiu como se seu coração se aliviasse de um enorme peso. No
entanto, o abade parecia mais acabrunhado e tinha se deixado cair so-
bre um sofá; contraía os ombros convulsivamente e escondia o rosto
com as mãos. Levi tentou acalmar o ancião, porém ele o rechaçou di-
zendo:
– Trata-se da pobre Mildred; cada hora consome sua vida. Não fosse
por isso, poderíamos invocar novamente o espírito três vezes 21 dias,
com as devidas oferendas e orações; porém isso demoraria muito tem-
po e nesse ínterim Mildred morrerá.
Levi não soube o que responder e fechou-se em um denso silêncio que
obrigou o abade a se levantar e a andar com passos vacilantes de um
lado para outro na sala: – Custe o que custar, devo obter uma respos-
ta... a qualquer preço. Prometa, meu amigo, que não me abandonará!
Uma vigorosa determinação lia-se no olhar do ancião; para tranqüi-
lizá-lo, Eliphas respondeu: – Dou-lhe a minha palavra. Ponho-me à
sua disposição como mago. Como o objetivo ainda não foi alcançado,
mantenho a palavra dada.
– Então, permaneça aqui, e dentro de 12 horas efetuaremos outra con-
juração; invocaremos os espíritos da zona baixa – disse o abade.
Eliphas sobressaltou-se. Teria o velho ficado louco? – Você, o quê?
Você disse que...? Um filho da Igreja quer entrar em contato com os
espíritos infernais? Não! Isso não está sequer na intenção da devota
duquesa. Renuncie a isso! Não arrisque sua alma!
(É evidente que invocar demônios é magia negra. Resulta claro que a ma-
gia negra traz fome, nudez, enfermidades e calamidades físicas e morais).
Havia tão glacial decisão nas palavras e gestos do abade que Eliphas
sentiu que toda réplica seria vã. Contra sua vontade, mais por lealdade
à palavra dada, aceitou a solicitação do amigo. Ficou como hóspede
na casa. Depois da extraordinariamente fatigante e tensa conjuração
anterior, dormiu tão profunda e pesadamente que despertou tarde pela
manhã. O dia foi passado com as devidas purificações e orações. De
noite, Eliphas recebeu a roupa apropriada para o serviço com o diabo,
bem como os demais requisitos. Como já manifestara antes, o abade
120
não tomaria parte ativa na invocação. Somente o assistiria como acóli-
to, mas mesmo assim vestiu-se com a roupagem prescrita.
(O que aconteceu após é algo que francamente e de maneira alguma
quero transcrever porque há responsabilidade na palavra. Neste caso é
preferível calar porque o silêncio é a eloqüência da sabedoria. É notório
que se alguém transcreve parágrafos tenebrosos, converte-se em cúmplice
do delito. Isto é semelhante a ensinar magia negra às pessoas. Felizmente,
os invocadores do presente relato não conseguiram tornar visíveis e tan-
gíveis os demônios invocados. A única coisa que conseguiram foi fazer
brotar de uma parede uma salamandra, pequena e inocente criatura do
fogo).
O abade, reunindo todas as suas forças, perguntou pela doença da du-
quesa.
– Batráquios, falou a salamandra, com voz infantil, e no mesmo instante,
desapareceu. Eliphas viu então como o abade cambaleava e desabava no
chão. Imediatamente tomou nos braços seu magro corpo e o levou para
o dormitório, onde, despindo o ancião, o pôs na cama, indo logo buscar
o criado para que trouxesse algo reconfortante. Ao voltar, encontrou o
abade completamente restabelecido, mas sua aparência era a de um ho-
mem abatido, que parecia haver envelhecido muitos anos.
(Obviamente, o abade estava fazendo esforços sobre-humanos para sal-
var a duquesa).
– Tudo inútil, falou com voz débil! A pobre Mildred haverá de morrer.
Minha alma! Oh minha alma! O que significa ‘batráquios’? – exclama-
va com voz febril.
– Apenas sei que é uma palavra grega que significa ‘rãs’ [sapos], res-
pondeu Eliphas.
O criado não tardou a chegar com vinho e biscoitos, porém o abade
repeliu todo alimento. Eliphas tomou um pouco e tentou arrancar o
amigo de sua desesperada letargia, mas foi inútil sua pretensão de re-
animá-lo. Com o coração oprimido retirou-se para sua moradia. No
dia seguinte, informou-se sobre como estavam o abade e a duquesa.
Mildred ia cada vez pior. Seu médico de cabeceira dava por certo
seu óbito. Também o abade achava-se em estado grave. Negava-se a
comer qualquer alimento e inicialmente não respondeu as perguntas
121
do amigo; depois, manifestou sua intenção de pôr fim aos seus dias
mediante a inanição. Profundamente entristecido, Levi se despediu,
preocupando-se muito com as trágicas conseqüências do pecamino-
so conjuro.
Durante as duas tardes seguintes, afundou-se outra vez nos seus cos-
tumeiros estudos e enquanto lia o Enquiridion, de Leão III; deteve-se
no ponto no qual, através da Chave de Trithemus, se decifrava do eso-
térico e cabalístico escrito o seguinte: “Um apreciável encantamento
maléfico é o da rã.”
(Abstemo-nos de entregar a fórmula secreta do sapo para não dar armas
aos perversos criminosos da magia negra).
Como um relâmpago essas palavras atravessaram a mente de Eliphas.
Sem fechar o livro pôs o sobretudo e lançou-se através das ruas de
Londres que iam sumindo no crepúsculo vesperal. Por fim, achou
uma carruagem e pareceu-lhe insuportável e longo o tempo que le-
vou para chegar ao palácio do duque. Rostos chorosos o receberam.
Informaram-lhe: “... a duquesa está em agonia. Já estão administrando-
lhe os últimos sacramentos...”
– Eu posso salvá-la, exclamou Eliphas; e afastando os espantados cria-
dos de seu caminho, precipitou-se em direção ao quarto de Mildred,
onde encontrou o duque. Com a respiração ofegante, suplicou-lhe: –
Você me conhece o suficiente para saber que sou de confiança. Creia-
me, pois, que não se perdeu toda a esperança. Enquanto a duquesa
viver não há porque se desesperar. Rogo que me deixe a sós com ela e,
pelo amor de Deus, não me pergunte nada... Tenha confiança em mim.
Ainda que atônito e confuso ao extremo, o duque acedeu ao desejo de
Eliphas, pedindo aos presentes, um médico, um sacerdote e uma don-
zela de companhia, que abandonassem a paciente. Uma vez só, Levi
fechou a porta atrás de si e se aproximou do leito da princesa. – Era o
que supunha, murmurou ao ver Mildred sumida em uma espécie de
catalepsia com os olhos brancos. Seus lábios estavam roxos e respirava
com suave estertor.
Imediatamente Levi pôs mãos à obra e começou a levantar o assoalho
da soleira da porta, porém a madeira resistiu aos seus trêmulos dedos.
Sacou sua navalha de bolso, cuja folha se rompeu no frenético inten-
to. Finalmente e com força desesperada conseguiu levantar o sarrafo.
122
Sangravam-lhe os dedos e seu esforço tinha sido baldio... Nada estava
oculto ali. Levantou os tapetes e tampouco achou alguma coisa. Tornou
a olhar a duquesa que respirava com dificuldade. Reparou que sua mão
esquerda pendia singularmente contraída para um lado. ‘A cama’, pen-
sou e com a certeza de agora procurar no lugar certo, levantou a enferma
de seu leito e a depositou tão suave quanto pode sobre um sofá que esta-
va contra a parede. Dedicou-se a seguir com uma crescente excitação a
revolver cobertores e almofadas, mas nada, nada de novo.
Tirou o colchão e o rasgou; tateou, apalpou, remexeu a crina... Então,
seus dedos tocaram um objeto mole, esponjoso; agarrou-o e retirou-o.
Com efeito, era aquilo que buscava... Precipitou-se para fora do quarto
e pediu ao duque, por meio de curta explicação, que pusesse à sua
disposição uma carruagem que o transportasse com a maior rapidez
até sua casa.
Chegando lá, pôs-se a executar a nova tarefa: a de queimar em chamas
de pez e enxofre a besta infernal, seguindo ao pé da letra a prescrição
do Enquiridion.
Abriu a janela do quarto para deixar sair o mau cheiro. Oprimido por
um enorme cansaço lançou-se vestido como estava na cama e num
instante sumiu em profundo sono.
No dia seguinte, foi recebido como um salvador no palácio do duque.
De maneira surpreendente e absolutamente incompreensível para os
médicos, o estado de saúde da jovem duquesa havia melhorado a tal
ponto que podia falar de uma franca superação da crise.
A própria Londres, no dia 28 de outubro de 1865, impressionou-se
com a sensacional notícia de que a diva do balé, Maria Bertin, tinha fa-
lecido repentinamente sem enfermidade alguma. Esta não foi a única
notícia. Poucas horas depois era também arrebatada pela morte uma
parente próxima do duque, uma velha solteirona que tinha sido apai-
xonada inimiga de Mildred, e que em vão tentara impedir o casamento
do duque com a princesa católica.
FIM
123
samael aun weor
O GRANDE MESTRE GNÓSTICO DO SÉCULO XX
Estas são algumas das mais palpitantes questões que os esoteristas moder-
nos estão buscando compreender. Samael, no Talmud, Zohar e outros livros
que comentam a Bíblia, é mencionado como um ‘Anjo Caído’ (efetivamente,
ele estava ‘caído’ até o século passado, mas para cumprir sua missão como Ava-
tar da Era de Aquário teve que se ‘levantar’ – e o fez magistralmente. Por isso,
vale a pena conhecer algo de sua vida e sua O Apocalipse o descreve como o
Quinto dos Sete. No esoterismo mais profundo e autêntico, Samael é conheci-
do como o Logos Regente de Marte ou o Senhor dos Exércitos. Modernamente
podemos dizer que Samael é o Senhor do Quinto Raio.
Para aqueles que nunca ouviram falar de Samael torna-se necessário te-
cer alguns comentários acerca de sua obra e da sua missão terrena no século
XX. Mesmo o leigo tem idéia de que é muito difícil a formação ou o nasci-
mento de um Adepto ou Mestre de Sabedoria; a maioria inclusive ignora que
125
eles existem. Portanto, seguem valendo as perguntas: O que é um Mestre de
Sabedoria? O que é ‘levantar-se’?
Bem poucos, pouquíssimos são os que chegam ao nível de ‘Mestre de
Sabedoria’; Samael Aun Weor foi um desses poucos. Por isso, a Ele foi confiada
a transcendental missão de ser o Avatar de Aquário, o esperado Kalki Avatar,
Décimo Avatar de Vishnu, o abridor de caminhos para a vinda do próprio
Vishnu ou do Cristo Cósmico na Era de Aquário.
O ‘boddhisattva’ de Samael nasceu no dia 6 de março de 1917 numa família
aristocrática de Bogotá, Colômbia. Foi batizado com o nome de Victor Manuel
Gómez Rodríguez. Desde muito cedo demonstrou talentos e capacidades in-
comuns, como a de se lembrar de suas vidas passadas e a de se desdobrar em
astral conscientemente.
Ao fim de sua juventude já havia passado por diferentes escolas espirituais,
como espiritismo, yoga, rosacruz, teosofia. Sempre levou uma vida nômade.
Bem cedo recebeu a chave secreta do Grande Arcano – que é o segredo dos
segredos para quem quer o Caminho Iniciático.
Suas capacidades e sabedoria logo se tornaram marcantes. Ficou conheci-
do no círculo esotérico de seu país, ao final dos anos 40, como ‘o jovem Mestre
Aun Weor’. Falava com grande autoridade e todos os que o escutavam sentiam
a força que emanava de seu Ser. Os que o conheceram pessoalmente naquela
época não podiam deixar de notar duas coisas: seu grande amor à humanidade
e sua extrema humildade.
Em 1948 lhe foi revelado no mundo espiritual qual seria sua missão, con-
formada em três aspectos:
1. Formar uma nova cultura.
2. Forjar uma nova civilização.
3. Criar o Movimento Gnóstico.
Em 1950 é editado o primeiro livro do ‘jovem Mestre Aun Weor’. O traba-
lho que ele desenvolveu nessa época está bem detalhado no livro A História da
Gnose, escrito por seu primeiro discípulo, Julio Medina Vizcaino.
Um trabalho tão grande para a época e o país não poderia deixar de provo-
car reações. E a tempestade apareceu em forma de perseguições, calúnias, trai-
ções, etc. Em 1952 Aun Weor é preso sob a acusação de ‘curandeirismo’. Anos
mais tarde, com a família (dois filhos pequenos e a esposa grávida do terceiro),
126
teve que abandonar o país para não ser morto pelos ‘poderes deste mundo’.
Cruzou o Panamá e os países da América Central parte a pé parte pegando
carona, até chegar ao México, onde viveu até desencarnar em 1977.
Em 27 de outubro de 1954, no templo subterrâneo de Serra Nevada de
Santa Marta, Colômbia, um grande acontecimento espiritual marca a vida
de Aun Weor. Na presença de seus poucos discípulos, acontece o advento de
Samael. Aun Weor alcançava a Quinta Iniciação Maior e seu verdadeiro e real
Ser [Samael] penetrou na Alma Humana devidamente preparada pelas ordá-
lias iniciáticas de Aun Weor. Desde então assumiu sua total identidade íntima
como Samael Aun Weor.
Dia 4 de fevereiro de 1962 iniciava-se oficialmente a Era de Aquário.
Graças a um excelente trabalho desenvolvido por vários de seus discípulos na
época, seus livros já estavam sendo distribuídos e circulavam por diversos pa-
íses da América do Sul, incluindo o Brasil onde sua gnose chega em São Paulo
nesse mesmo ano.
As décadas de 60 e 70 foram muito fecundas para o Mestre Samael Aun
Weor. Além de haver escrito suas mais notáveis obras num total de quase se-
tenta livros criou também diversas instituições, abrangendo assim os princi-
pais segmentos sociais. Destacamos dentre elas:
POSCLA – Partido Operário Socialista Cristão Latino-Americano.
ICU – Instituto de Caridade Universal
IGCU – Igreja Gnóstica Cristã Universal
AGEACAC – Associação Gnóstica de Estudos Antropológicos
Em paralelo foram organizados e realizados diversos Congressos Mundiais
que chegavam a reunir mais de 3.000 (três mil) participantes.
Toda essa larga trajetória de realizações bem sucedidas foi interrompida
pouco antes da noite do Natal de 1977. Na noite de 24 de dezembro de 1977
ocorreu o desencarne do Mestre Samael Aun Weor.
Por havermos acompanhado parte de toda essa história sabemos direta-
mente que o Mestre Samael não foi um simples escritor esotérico, nem foi sim-
plesmente um estudioso do hermetismo ou tampouco o criador de mais uma
simples ‘seita’ como querem os eternos detratores da Divina Gnose.
Samael, além de haver encarnado todos os princípios espirituais que
ensinou ao mundo no Século XX, soube também sintetizar a essência do
127
buddhismoe do cristianismo; decodificou a ciência alquímica; rasgou os véus
dos mistérios sexuais e abriu as portas da antropologia esotérica que nos dá o
elo perdido para unificar e conciliar todas as culturas e civilizações do passado
e do presente, do Oriente e do Ocidente.
Assim como Deus se esconde em sua própria Creação, também o Kalki
Avatar da Era de Aquário se oculta em sua própria obra. Porém para alguns
inimigos da divindade, Samael Aun Weor é apenas o criador de uma das mais
destrutivas seitas do século XX. Por paradoxal que pareça aos olhos dos não-
iniciados, o Movimento Gnóstico iniciado por Samael, é a única escola au-
tenticamente iniciática que restou à humanidade nos tempos atuais aqui no
Ocidente. Seus livros abordam de forma escancarada todo o processo de cris-
tificação do ser humano que anela trilhar o autêntico Caminho da Iniciação
Branca.
IMPORTANTE: Samael Aun Weor não deixou nem nomeou sucessores.
128
A IGREJA GNÓSTICA DO BRASIL
129
“No nome do Deus Vivo (o Cristo) há uma igreja invisível aos olhos da
carne, mas visível para os olhos da Alma e do espírito. Esta é a Igreja
Gnóstica primitiva, à qual pertencem o Cristo e os Profetas. Essa igreja
tem seus bispos, apóstolos, diáconos e sacerdotes que oficiam no altar
do Deus Vivo”.
“O Patriarca dessa igreja invisível é Jesus, o Cristo. (...) Na Igreja
Gnóstica vemos o Cristo sentado em seu trono, onde podemos conver-
sar com ele pessoalmente” (Do livro A Virgem do Carmo, cap. VIII,
pág. 20 e 21).
Samael Aun Weor foi o criador da Igreja Gnóstica Cristã Universal na dé-
cada de 70, no México, hoje com ramos e derivações em diversos países. Porém,
há muitos e importantes antecedentes ligados à criação da Igreja Gnóstica por
Samael. As raízes da Igreja Gnóstica na América Latina remontam ao início
do século XX (ano de 1910 mais exatamente) quando o médico alemão Dr.
Arnold Krumm-Heller chegou ao México procedente da Alemanha.
É por demais sabido nos círculos esotéricos e espirituais latino-america-
nos que Krumm-Heller era o Patriarca da Igreja Gnóstica da Europa para a
América Latina. Ocorre que Samael foi discípulo de Krumm-Heller (Mestre
Huiracocha) nos anos 1940, e dele recebeu os ensinamentos básicos que leva-
ram o então Hierofante de Mistérios Menores, Aun Weor, a criar mais tarde o
Movimento Gnóstico e a própria Igreja Gnóstica, utilizando inclusive os mes-
mos ritos que a Igreja Gnóstica de Krumm-Heller usava.
O distanciamento ou separação de Samael com a organização do seu
Mestre não aconteceu de forma conflituosa. Deu-se de forma natural pela mor-
te ou desencarne de Krumm-Heller em 1948. Portanto, ainda que não haja
uma ligação formal e jurídica entre a Igreja Gnóstica criada por Krumm-Heller
(V.M. Huiracocha) e o Movimento Gnóstico de Samael, não há como esconder
o fato de que o Movimento Gnóstico de Samael Aun Weor sucedeu o trabalho
e a própria Igreja Gnóstica de Huiracocha.
A demonstração mais inequívoca disso são os ritos internos utilizados pe-
las instituições gnósticas criadas por Samael. Eles foram trazidos da Europa
por Krumm-Heller. Além disso, nas primeiras obras de Samael é muito forte
a inspiração dos ensinamentos dados pelo Mestre Huiracocha antes de desen-
carnar. Basta ler os primeiros livros de Samael Aun Weor para se perceber esse
traço marcante. Afinal, todo discípulo, antes de se tornar mestre, traz consigo
os traços do seu Iniciador.
130
Qualquer apreciação do Movimento Gnóstico e da Igreja Gnóstica de
Samael Aun Weor fora desse contexto levará aos naturais desvios e falsas con-
clusões. A história e os fatos apontam o surgimento da gnose em terras ameri-
canas no início do século XX, tendo inclusive surgido antes na América Latina
que na América do Norte, onde um ramo também oriundo da Europa se esta-
beleceu em 1928, quase 20 anos depois de haver chegado ao nosso continente.
Em 1962 a Gnose de Samael chega ao Brasil, em São Paulo. Em 1972 che-
ga a Curitiba. É nesse ano que começa a nossa história, a história da Igreja
Gnóstica do Brasil.
131
sumário
Apresentação................................................................................................................................................................................................ 5
132
Capítulo 3: Reencarnação e karma.............................................................................................................................39
Capítulo 4: O Karma......................................................................................................................................................................42
Capítulo 5: O Íntimo......................................................................................................................................................................44
Capítulo 6: Magia sexual..........................................................................................................................................................46
Capítulo 7: As Sete Igrejas......................................................................................................................................................49
Capítulo 8: Viagens astrais.....................................................................................................................................................51
APÊNDICE
Samael Aun Weor – O Grande Mestre Gnóstico do século XX...................................... 125
A Igreja Gnóstica do Brasil................................................................................................................................................ 129
133
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Quem gover naavi da?Quem r egeamor te?
Quem det er
mi naqueasal masvoltem at ernovoc or po
esobquec ondiç
ões ?
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asei númer asout rasper gunt
ass ãor espondidasnes t
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Adiant amosqueaal madosmor t
osc onti
nuavi vendo
nasdi mens õessuper ioresdanat ureza.Issosignificaque
osdesenc arnadospodem veros ol,al ua,asest
relas,osri
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defor mamai sres plandecente.Asal mast antopodem ir
aoCéuquant or etornarimedi at
ament eaestemundo,
num novoc or
po.Ouent ãodes ceraoMundoI nferi
or.
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SBN978-
85-
62455-
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Gnoseéaqui
:
www.
gnose.
org.
br 9788562 455131