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Uma psicanálise filosófica do amadurecimento da personalidade

O livro “O homem à procura de si mesmo”, de Rollo May, publicado pela


Editora Vozes, São Paulo, 2002, 230 p., aborda sobre a solidão e a ansiedade
do homem moderno, as raízes da perda do senso do Self, sua redescoberta,
com a autoconsciência e empreendimento, com a luta de o ser humano ser
independente e atingir metas de integração com o exercício da sua liberdade,
força interior, criatividade, coragem para ser autêntico e maduro com
capacidade de distinguir a verdade e transcender o próprio tempo. Na parte I,
fala-se sobre o dilema da ansiedade e suas raízes. No capítulo 1, a solidão e a
ansiedade são faladas como sentimentos do homem atual, decorrente de uma
sensação de vazio e perda de senso do seu próprio Self (Eu). A ansiedade é
constatada como decorrente do medo e da ameaça por várias maneiras de
situações ou de perigo, o que oprime a pessoa quando assim sente. Portanto,
a ansiedade é na verdade uma reação básica do ser humano a um perigo que
ameaça sua existência, ou um valor que ele identifica com sua existência. O
medo é uma ameaça a uma parte do Self, o que precisa se analisar sua
neurose em si quando se torna ansiedade e percebê-la como normal, quando
se um conflito psicológico não foi resolvido e tomar consciência de se procurar
uma solução plausível. No capítulo 2, fala-se a respeito das raízes da
ansiedade e solidão como doenças psicológicas, que têm origem na
competição individual e o anseio por estar adequado ao “progresso” que a
sociedade incute como valor, o que nesses casos, a solução é reavaliar e
transvaliar valores. Outra raiz da doença é a perda do senso do Self, que é a
perda do sentido de valor e dignidade humana, o que faz a pessoa se sentir
desumanizada, julgando-se impotente e insignificante. Sabe-se que isso é um
fator que gera os movimentos sociais, liderados por pessoas messiânicas.
Percebe-se que para retomar o prórpio Self, a própria pessoa deve retomar sua
auto-expressão, retomar em ser autêntica, e que para isso tem que se retomar
a consciência de si mesma. A perda do Self faz a pessoa não ser comunicar
normalmente com a outra pessoa. A linguagem comunicacional inter-pessoal
torna-se mais pobre até com as pessoas mais próximas. As experiências
emocionais são abafadas e a sensação de vazio e solidão aumenta mais. A
perda do Self também faz a pessoa perder sua própria identidade e, por isso,
sua ansiedade aumenta, sua natureza intra-pessoal não deixa fazer uma
retrospectiva de sua própria vida, sua imaginação se isola, sua personalidade
se empobrece e se debilita por causa disso. A forma de combater essa perda
seria procurar a própria força interior. Na Parte II do livro, trata-se da
redescoberta do Self, o que a pessoa deve fazer um empreendimento por ela
própria e para ela própria, a fim de recuperar sua identidade como pessoa
humana e se tornar pessoa humana. A autoconsciência que ajuda a procurar a
própria força interior, a mais alta qualidade humana, que proporciona ao ser
humano contemplar sua própria história e seu próprio desenvolvimento.
Portanto, a autoconsciência é uma aptidão e ver a si mesmo e sentir empatia,
imaginar em planejar sua maneira de agir. É portanto, a capacidade de amar o
próximo, ter sensibilidade ética, considerar a verdade, admirar e construir a
beleza, dedicar-se a ideais, o que faz a pessoa se auto realizar com suas
potencialidades. O Self faz a pessoa se tornar independente, o que faz o
indivíduo sair da dependência principalmente dos seus pais e procura superar
a impotência da vida adulta. O adulto possui o selfhood, ou seja, um quadro
retrospectivo da sua própria vida para melhor compreender no que falhou na
busca do seu self. É nos relacionamentos interpessoais que o ego se torna self,
como simples reflexo do contexto social que o rodeia. E isso ocorre quando há
um modo especial de conformidade que pode destruir o selfhood, quando se
adapta aos padrões como norma a ser aceita, a fim de a pessoa “ser estimada”
para ser sua própria salvação. Quando isso acontece, a própria pessoa perde a
capacidade de criar a si própria. A experiência da própria personalidade é a
convicção básica de que o ser humano é um ser psicológico, pois sua
autoconsciência assim aponta como percepção de si próprio com dados que o
envolve e se faz auto-indagar a respeito para empenhar mais sua
autoconsciência. O self é a função organizadora no íntimo do indivíduo, por
meio do qual um ser humano pode relacionar-se com o outro. É, portanto,
anterior e não um objeto da ciência e ele é um pressuposto de o cientista ser
cientista. E para compreender o Self, deve-se compreender a própria
identidade, examinar a experiência pessoal, ter consciência da própria
individualidade para se descobrir a própria existência humana. O self é a
capacidade de representar as facetas da própria personalidade e não a soma
dos papéis que são representados na sociedade. Quando se perde o Self, a
própria pessoa se condena a si mesma, o que pode acarretar uma maneira
mais rápida de obter um substituto para senso do próprio valor. Quando a
pessoa perde sentimento de seu próprio valor, em geral tem grande
necessidade de se autocondenar, a fim de abafar seu sentimento de
indignidade e humilhação. E na verdade, a autocondenação é um disfarce de
arrogância. Por isso que a autocondenação é considerada de forma equívoca
de se autovalorizar nesse sentido. Também, a autoconsciência não é uma
introversão. Muitas vezes, a introversão não proporciona a pessoa a
capacidade do seu “eu atuante”, o que faz a pessoa não ser espontânea e
cordial. A experiência do próprio corpo e dos próprios sentimentos é grande
importância para a vida, pois tal percepção faz a pessoa ter consciência de si.
Muitas vezes, a atitude impessoal com o próprio corpo faz a pessoa adoecer. É
através do corpo que se busca o prazer. O corpo sente desejo sexual, paixão,
vontade de comer, descansar, satisfazer-se. E o Self não é separado do corpo,
principalmente, quando se trata do desejo sexual e de conversar com as
pessoas. É através do corpo que se verifica a saúde e a doença, tanto males
físicos ou psicológicos. A dificuldade do self neste caso seria para se encontrar
a si mesmo no mundo, com a finalidade de se combater a doença e integrar o
Self na consciência e saber o que se quer. E quando se integra o self, a pessoa
deve evitar o passivismo (a conformidade) e o ativismo (atividade sem
percepção). No capítulo 4, a luta para o indivíduo ser parte da autoconsciência
dos conflitos interiores e psicológicos, que através de experiências anteriores, o
ser se torna pessoa independente, sente a necessidade de se libertar do
cordão umbilical psicológico com a família e das massas, para ser um humano
individualizado, o qual se liberta na escolha de todas as decisões de sua
própria vida e o torna capaz de se relacionar com seus semelhantes em um
plano escolhido com amor, responsabilidade e trabalho criador. Os estágios da
autoconsciência passa: 1) pela inocência, quando criança; 2) rebeldia, quando
a pessoa luta para se libertar e com sua força interior independente, o que
acontece entre a infância e a adolescência, portanto, uma necessária transição
de se romper velhas cadeiras e buscar novas; 3) autoconsciência comum:
quando se distingue erros e concessões, utilizando-se de sentimentos de culpa
e ansiedade como experiências anteriores e tomar decisões com
responsabilidade – é o que determina a personalidade sadia da maioria das
pessoas. É no terceiro estágio da autoconsciência que as pessoas recebem um
insight, uma súbita solução para determinados problemas, que na verdade são
revelações em sonhos ou em momentos de devaneio, como algo que surge no
plano subconsciente da personalidade, o que seria, o despertar das idéias ou
inspiração. Essa fase é também chamada de autoconsciência objetiva, a qual
ultrapassa a ela mesma e se autotranscende e poderia ser chamada de
autoconsciência criativa. Poderia ser chamada de êxtase, ficar fora de si
mesmo, que pode ser considerada algo que ultrapassa a subjetividade e
objetividade do contato do ser humano com o mundo. É algo que
temporariamente transcende a personalidade consciente, também chamada de
intuição o insight, o que vislumbra uma verdade objetiva ou nova possibilidade
ética. E geralmente isso acontece quando a consciência está em estado de
tranqüilidade. Na parte III do livro, fala-se sobre as metas de integração como:
a liberdade e força interior (capítulo 5), a consciência criativa (capítulo 6), a
coragem como virtude da maturidade (capítulo 7) e a capacidade humana de
transcender o tempo (capítulo 8). A liberdade é a capacidade de o homem
contribuir para sua própria evolução, uma aptidão de autoconsciência de se
afastar da cadeia de estímulos e reações para avaliar e decidir qual a resposta.
A espontaneidade seria a medida certa da consciência em liberdade para
orientar a própria vida dentro de uma margem de reflexão na realidade
determinista da vida. E para isso, a liberdade não se adquire, se conquista e
faz a pessoa optar por si mesma e ver métodos de optar durante toda a sua
vida. A consciência criativa do self é a capacidade de explorar os próprios
níveis mais profundos de insight, sensitividade ética e percepção, onde a
tradição e e a experiência imediata não se opõem uma outra, mas integram-se.
Quando se avalia, cria e quando se decide, assume-se o risco da opção –
elemento criativo e dinâmico da decisão. Cada indivíduo é seu próprio centro e
o universo gira à sua volta porque o conhecimento de si mesmo é o
conhecimento do que o transcende. E a coragem para ser autêntico e maduro
é uma virtude necessária para o ser humano atravessar sua própria história. É
portanto a capacidade de enfrentar a ansiedade para conquistar a liberdade, a
inclinação para diferenciar e sair do reino da dependência familiar para novos
planos de liberdade e integração. É a fase do rompimento da dependência
psicológica e nascimento da autoconsciência e não temer de ficar isolado,
sozinho, esquecido, ridicularizado ou rejeitado. É, portanto, então a coragem da
compreensão amigável, cordial, pessoal, original e construtivista do
crescimento pessoal de se tornar autêntico, que antecede a capacidade para
doar-se. É a capacidade de construir as próprias convicções com base no
relacionamento criativo, coragem não só para afirmar-se mas também para
doar-se. A coragem conserva a liberdade íntima na jornada interior para novas
conquistas em desafiar o mundo exterior, o que caracteriza uma evolução
firme, paciente, em direção à liberdade externa – o que é a mais difícil de todas
as tarefas do ser humano, portanto, um bem valioso maior. E o maior bloqueio
no desenvolvimento da coragem é adotar um modo de vida que não se bia nas
próprias aptidões – o que acarreta vários problemas psicológicos. A liberdade é
conquistada pela responsabilidade, autoconsciência, autodisciplina, capacidade
de avaliar e decidir por si próprio, consciência e relacionamentos criativos com
a sabedoria da experiência do passado da vida – o que se considera então a
integração e a maturidade da personalidade. O amor se aprende sem se
colocar no patamar da ilusão e irrealista do que seja, mas sim como se
experimenta. A verdade é uma busca , integrante do self, que não pode
separar o sujeito ser humano do objeto da realidade em todos os seus
aspectos. Portanto, tanto a verdade como o amor é algo que se pensa, sente e
age. A verdade é somente alcançada na liberdade, e que se relaciona com ela
e se abre para novos aprendizados e novas descobertas da verdade no futuro.
Quanto à perspectiva de integração pela transcendência do tempo, é perceber
que o ser humano não vive só no presente, mas é o que busca no passado a
sua identidade e busca no futuro, sua finalidade. Os relacionamentos
interpessoais acontecem no presente e quando o homem se lança em atos
criativos, ele imortaliza sua essência nas suas expressões. É algo que vai além
da quantidade de tempo, mas sim na qualidade de suas obras. A eternidade,
neste caso, seria o ato original, único, interior que se individualiza nas próprias
decisões com liberdade e responsabilidade, com autoconsciência e de acordo
com seu caráter pessoal singular. A liberdade, a responsabilidade, a coragem,
o amor e a integridade interior são as qualidade ideais para as metas
psicológicas que dêem significado para a integração. A idéia central se firma na
questão da liberdade pelo self, com objetivos claros, lógicos e consistente do
autor. O padrão organizacional é em partes e em capítulo de forma didática. A
importância da obra é de extrema relevância para a filosofia e a psicologia, com
um referencial teórico muito bem que contempla e problematiza o assunto. Os
fatos são apresentados de forma mais científica, histórica e filosófica. Há várias
exemplificações genéricas e específicas. O público-alvo é para o meio
acadêmico e estudiosos de filosofia, psicologia e teologia. Há muitas citações e
o autor faz bom uso delas. Os resultados são claros, com a conclusão
coerente, convincente e memorável do autor. O texto é didático e o estilo do
autor é mais filosófico psicanalítico, com uso de uma bibliografia perspicaz.

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