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O ideal que todas as cargas presentes numa instalação sejam fossem resistivas, isto é, que não
apresentassem o chamado efeito reativo, pois com isso o ângulo de defasamento entre a corrente e
voltagem seria nulo, o que significa fator de potência unitário. Neste caso, a potência aparente
seria mínima e igual a potência ativa e, consequentemente, a corrente do alimentador também seria
mínima. É o que se deseja.
Porém, não se pode ter apenas as chamadas cargas resistivas ou de comportamento aparente
resistivo. Aliás, há uma predominância de cargas reativas (motores em geral, lâmpadas
fluorescentes, lâmpadas eletrônicas, aparelhos de refrigeração, etc.). Assim, deve-se tentar ao
menos torná-los aparentemente resistivos, seja isoladamente, seja na instalação como um todo (o
que normalmente se faz). O exemplo abaixo ilustra o que foi dito acima.
Exemplo 1.
Deseja-se aumentar para 0,9 o fator de potência da carga com P = 1200W e fator de potência 0,6
alimentada por uma tensão de 220V/60Hz. Que potência reativa deve ser gerada para isso?
Solução:
O importante nos casos de correção de fator de potência é que se mantenha o P, caso, contrário,
estaríamos alterando as condições de trabalho da(s) cargas(s). Assim, tem-se:
P 1200
N 2.000VA
cos ' 0,6
P 1200
N' 1333,33VA
cos ' 0,9
N 2000
I 9,09A .
V 220
N 1333,33
I´ 6,06A .
V 220
Ou, alternativamente:
P = 1200W
N´ 1200 j.581,15
N'=1333VA Q'= 581
Q=1600VAR
N=2000VA ' Qcap= 1018
Observe que apenas a parte imaginária da corrente é que foi alterada. A parte real continua como
estava. Isto acontece porque a potência ativa não se altera. Assim, uma corrente puramente
imaginária igual a 7,27 – 4,63 = 4,63 amperes deve circular num capacitor para se obter o
resultado acima, conforme mostra o diagrama fasorial abaixo.
+j.4,63
I'
V 2200 o 220
j.4,63 4,63 90 o o
Xc 47,52
Z cap X c 90 4,63
Assim sendo, deve-se colocar um capacitor de 55,8 μF em paralelo com a carga para fazer a
correção de 0,6 para 0,9
V2 V2 220 2
QC XC 47,5 ,
XC Q C 1018,82
Chegando-se ao mesmo resultado anteriormente mostrado
220 2 1 1
XC 30,25 C 8,77 x10 5 F 87,7F
1600 X C 377.30,25
2200 o
IC 7,27 90o j.7,27
30,25 90 o
A corrente da carga é I 9,09 53,13o 5,45 j7,27
Somando-se as correntes acima, vê-se que a parte imaginária se anula, ou seja, desaparece o angulo
de defasamento entre a voltagem e acorrente, tornando o circuito aparentemente não-reativo. Assim,
em diagrama fasorial, tem-se:
IC
I'
I
Exemplo 2
Deseja-se corrigir totalmente o fator de potência de uma certa instalação monofásica 220V onde
estão ligadas 20 lâmpadas fluorecentes de 40W/ FP = 0,4 e 5 máquinas de 1/3 HP/FP=0,6. Deter-
minar a capacitância necessária para isso. Obs: 1 HP = 746W.
Solução:
P 800
N 2000VA Q N 2 P 2 1833,03VAR N L 800 j1833,03
cos() 0,4
P 1243,33
N 2072,22VA Q N 2 P 2 1657,78VAR N M 1243,33 j1657,78
cos() 0,6
O N total é dado por:
N N L N M (800 1243,33) j(1833,33 1657,78) = 2043,33 + j3491,11
Deve ser desenvolvido uma energia reativa igual e oposta de valor = 3491,11 VAR.
Num sistema tarifário convencional, a concessionária cobra a demanda de potência ativa (KW), o
consumo de ativa (KWh) e adiciona uma cobrança extra a título de ajuste de fator de potência. O
ajuste é um índice multiplicador que é aplicado sobre os faturamentos de demanda e consumo. A
fórmula abaixo mostra como as concessionárias calculam o ajuste de fator de potência:
FP
$ fp ($ demanda $ consumo ). ref 1
FP
Onde:
Assim, se o fator de potência for 0,83, por exemplo, a concessionária cobrará um ajuste de
fator de potência que elevará a conta de energia em 11%. Se for 0,75, esta elevação será
de 23%. E, assim, por diante.