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Alexandre Nichel

Engenheiro Civil - PUCRS/2003


Mestre em Geotecnia - UFRGS/2011
Geotecnia:
Ramo da Engenharia Civil que trata de projetos ou construção de
obras que dependam do comportamento dos solos e/ou das rochas.

Abrange as áreas de mecânica dos solos e mecânica das rochas, e


muitos dos aspectos de engenharia da geologia, geofísica,
hidrologia e ciências afins.

Lida com o modo de como a natureza se comportará com as


construções.
Geotecnia Ambiental:

“Ramo da Geotecnia que trata da proteção ao meio ambiente


contra impactos antrópicos”
(Maria Eugenia Gimenez Boscov)
Geotecnia Ambiental:
Compreende:
 Projeto, operação e monitoramento de locais de disposição de resíduos;
 Avaliação do impacto ambiental de obras civis;
 Prevenção da contaminação do solo superficial, do subsolo e das águas
superficiais e subterrâneas;
 Mapeamento geotécnico e geoambiental para planejamento de uso e
ocupação do solo;
 Recuperação de áreas degradadas e remediação de terrenos
contaminados;
 Investigação, instrumentação, monitoramento e amostragem de água e
solo;
 Reutilização de resíduos em obras geotécnicas.
Geotecnia Ambiental:
Utiliza os conhecimentos gerais de Geotecnia, mas também de:
Hidrologia, Química, Pedologia e Microbiologia.

Projetos geoambientais envolvem a solução de problemas que


abrangem diversos conhecimentos específicos
(multidisciplinaridade), exigindo dos profissionais uma linguagem
comum mínima.
Geotecnia Ambiental:
Materiais envolvidos: Resíduos Sólidos (ou semissólidos)
 Resíduos Sólidos Urbanos;
 Resíduos Sólidos (ou solidificados) Industriais;
 Resíduos da Construção Civil;
 Lodos de Estações de Tratamento;
 Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris;
 Resíduos de mineração.
Geotecnia Ambiental:
Áreas de Estudo e Atuação:

 Investigação Geoambiental;
 Transporte de poluentes no solo;
 Remediação de áreas contaminadas;
 Pilhas de Estéreis e Barragens de Rejeitos;
 Aterros de Resíduos;
 Monitoramento Geoambiental.
Investigação Geoambiental
Visa verificar a existência de contaminações em uma área supostamente
contaminada e o seu grau de contaminação, bem como a distribuição dos
contaminantes no subsolo, assim como as propriedades mecânicas e
hidráulicas dos materiais envolvidos.

São utilizadas prospecções, caracterizações, ensaios geofísicos e análises


laboratoriais com amostras de solo, água, ar e gases.
Investigação Geoambiental
Ensaios geofísicos:
Investigação Geoambiental
Ensaios geofísicos:
Investigação Geoambiental
Ensaios geofísicos interpretação:
Transporte de poluentes no solo

Mecanismos de Transportes de Contaminantes:


 Advecção: Processo em que o soluto é carregado pela água em movimento mantendo
sua concentração;
 Dispersão Mecânica ou Hidráulica: Processo de mistura que ocorre durante o fluxo
d’água no solo;
 Difusão: Processo pelo qual constituintes iônicos ou moleculares se movem em razão de
sua energia térmico-cinética;
 Dispersão hidrodinâmica: Dispersão Mecânica + Difusão;
 Reações químicas e bioquímicas.
Remediação de áreas contaminadas
 Barreiras Verticais
Remediação de áreas contaminadas
 Bombeamento e tratamento da água
Remediação de áreas contaminadas
 Barreiras Reativas
Pilhas de Estéreis
Estéreis de mineração são basicamente solos, e fragmentos de rocha.
Sua disposição em pilhas requer os mesmos cuidados de aterros de
grandes dimensões:
 Análise de estabilidade;
 Projeto de drenagem pluvial adequado, e;
 Projeto de cobertura vegetal de proteção à erosão.
Barragens de Rejeitos
Rejeitos são os resíduos resultantes do beneficiamento do minério,
possuindo granulometria fina, são transportados até o local de disposição
em suspensão em água.
Barragens de Rejeitos
Rejeitos são os resíduos resultantes do beneficiamento do minério,
possuindo granulometria fina, são transportados até o local de disposição
em suspensão em água.
Aterros de Resíduos
 Classificação quanto à Origem (Lei nº 12.305 - Política Nacional
de Resíduos Sólidos):
a) Resíduos Domiciliares;
b) Resíduos de Limpeza Urbana;
c) Resíduos Sólidos Urbanos: engloba "a" e "b";
d) Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Serviços;
e) Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico;
f) Resíduos Industriais;
g) Resíduos de Serviços de Saúde;
h) Resíduos da Construção Civil;
i) Resíduos Agrossilvopastoris;
j) Resíduos de Serviços de Transportes;
k) Resíduos de Mineração.
Sinir.gov.br
Aterros de Resíduos
 Classificação quanto à Periculosidade:
NBR 10.157 - Aterros de Resíduos Perigosos - Critérios
Perigosos para Projeto, Construção e Operação
(classe I) NBR 8.418 - Apresentação de Projetos de Aterros de
Resíduos Industriais Perigosos

NBR 10004 NBR 13.896 - Aterros de Resíduos


Resíduos sólidos – Não Perigosos - Critérios para
Classificação Projeto, Implantação e Operação
Não inertes NBR 8.419 - Apresentação de
(classe II-A) Projetos de Aterros Sanitários de
Resíduos Sólidos Urbanos
Não Perigosos
(classe II)
NBR 15.113 - Resíduos sólidos da
Inertes construção civil e resíduos inertes –
(classe II-B) Aterros – Diretrizes para projeto,
implantação e operação
Aterros de Resíduos

Diferentes Periculosidades

Diferentes exigências de Projeto, Implantação e Operação


Aterros de Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes
Exigências quanto à:
 Condições de Implantação:
• Localização;
• Acessos, Isolamento e Sinalização;
• Iluminação e energia;
• Comunicação;
• Análise de resíduos;
• Treinamento de pessoal;
• Proteção das águas subterrâneas e superficiais.
Aterros de Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes

1.4

60
50
Elevação

40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

Distância
Aterros de Resíduos Não Perigosos
Exigências quanto à:
 Condições Gerais:  Condições Específicas:
• Localização; • Proteção das águas subterrâneas e
• Isolamento e Sinalização; superficiais;
• Acessos; • Impermeabilização do aterro, drenagem e
tratamento do líquido percolado;
• Iluminação e força;
• Emissões gasosas;
• Comunicação;
• Segurança do aterro;
• Análise de resíduos;
• Inspeção e manutenção;
• Treinamento de pessoal;
• Procedimentos para registro da operação;
• Condições gerais de operação;
• Plano de encerramento e cuidados para
fechamento do aterro;
 Topografia Geral
 Topografia Geral
SP13
SP13 SP10
SP14 SP05
SP06
SP11
SP12 SP04
SP07 SP01
SP03 SP02
SP09 SP08
SR09
SR01
SR10
SR02 SR04 SR11
SR03 SR12
SR05 SR06
SR14 SR15
SR07 SR13 SR16
SR08
SR17 SR20
 Investigação geotécnica SR19 SR21

detalhada SR18 SR23 SR22

SR26
SR24
SR25
 Preparação Total

 Características
 Área total ocupada: 456.313 m²
 Volume de corte: 2.305.581 m³
 Volume de aterro: 305.745m³
 Volume de decapagem: 112.650m³
 Volume excedente: 1.826.038 m³
 Preparação Total

 Características
 Área total ocupada: 370.444 m²
 Volume de corte: 1.396.187 m³
 Volume de aterro: 509.764m³
 Volume de decapagem: 35.371m³
 Volume excedente: 851.052 m³
Divisor de águas
Cota:1.017m
 Geometria Final
Topo
Cota:1.025m

 Volume: 16.137.967m³
 Vida útil: 30 anos – 1.500m³/dia Dique
 Geração de Percolados Cota: 912m
 Mínima: 37 (m³/dia)
 Média : 401 (m³/dia)
 Máxima: 1.043 (m³/dia)
Divisor de águas
Cota:94,10m
 Geometria Final

Topo
Cota:115m

 Volume Total: 6.927.521m³


 Vida útil: 20 anos – 1.000 m³/dia
 Geração de Percolados
 Mínima: 138 (m³/dia) Dique
Cota: 76m
 Média : 254 (m³/dia)
 Máxima: 459 (m³/dia)
 Planejamento Executivo
 Planejamento Executivo
 Planejamento Executivo
 Planejamento Executivo
 Preparação Divisor de águas
Cota:1.017m

 Características
 Acesso perimetral externo com
largura de 10m
 Patamares a cada ~10m de escavação
 Patamares com largura de 5m Ponto baixo
 Patamares com declividade Cota: 904m
longitudinal máxima de 10%
Dique
 Taludes com inclinação variável, sendo
Cota: 912m
a máxima 3:2 (H:V)
 Superfície de fundo com caimento
único de declividade variável
 Espessura mínima de aterro sobre a
drenagem de surgências de 3m
 Drenagem Pluvial Temporária Divisor de águas
Cota:1.017m

 Conceito:
 Canais temporários em cada
patamar, desaguando no canal
externo principal do acesso
perimetral
 Como os patamares serão
executados conforme o avanço do
aterro, os canais temporários
também serão.

Dique
Cota: 912m

Área A
 Drenagem Pluvial Definitiva
 Alternativas:
 Canais coletores nos pés dos
taludes revestidos com
geomembrana ou leivas
 Canal perimetral com inclinação
máxima de 10 % revestido com
colchão reno ou concreto com
barreiras
 Valas de talude em solo revestido
com leivas
 Descidas d’água em geomembrana
e ou gabião manta
 Drenagem de percolados
 Fundo:
 Drenos do tipo espinha de peixe
espaçados a cada 40 metros
 Ponto único de saída para a Lagoa
de percolados
 Níveis intermediários:
 Drenos do tipo espinha de peixe
espaçados a cada 40 metros com
deságue em uma linha central
 Drenos nos patamares
intermediários
 Área A:
 Necessitará bombeamento para a
lagoa de percolados, ou outra
solução alternativa.
 1º Patamar

Geotêxtil

Geomembrana
 Detalhes
 Drenos de Gás
 Preparação da 2º Etapa de Disposição

 Duas camadas de ~ 5m de
altura são executadas em cada
etapa de disposição
 Preparação da 3º Etapa de Disposição
 Preparação da 4º Etapa de Disposição
 Disposição 4º Patamar
 Disposição Final

 Espessura máxima de
resíduos: 81 m
 Análise de Estabilidade com Ru=0,20
em uma Superfície Circular de Ruptura

FS ~ 1,5
 Análise de Estabilidade com Ru=0,20 em uma
Superfície auto definida de ruptura

• FS ~ 1,5
 Análise de Estabilidade com Ru=0,20 em uma
superfície definida de ruptura no contato da
impermeabilização
• FS ~ 1,6
 Encerramento e uso futuro
“O Parque Raposo Tavares é
considerado o primeiro parque da
América do Sul a ser construído sobre
um Aterro Sanitário”
Aterros de Resíduos Perigosos
Exigências quanto à:
 Condições Gerais:  Condições Específicas:
• Localização; • Proteção das águas subterrâneas e
• Isolamento e Sinalização; superficiais;
• Acessos; • Impermeabilização do aterro, drenagem e
tratamento do líquido percolado;
• Iluminação e força;
• Emissões gasosas;
• Comunicação;
• Material carreado pelo vento;
• Análise de resíduos;
• Segurança do aterro;
• Treinamento de pessoal;
• Inspeção e manutenção;
• Procedimentos para registro da operação;
• Condições gerais de operação;
• Plano de encerramento;
 Layout:
ÁREA (m²) %
Terreno 931.372 100
Reserva Legal 186.164 20%
Aterro Classe II 253.508 27,2%
Aterro Classe I 29.360 3,1%
Unidades Auxiliares 3.320 0,4%
Unidades Tratamento 15.996 1,7%
Lagoa pluvial 18.220 2%
Lagoa Percolados 13.250 1,4%
Acessos 73.715 7,9%
Cortinamento 49.283 5,3%
Reserva e Ampliação 288.556 31%
 Aterro Classe I
 10 Células cobertas idênticas
 Capacidade individual de 6.455 m³
 Para operação em 20 anos - Capacidade diária de 10,4 m³

20m
96,2m
 Seção típica implantação

Cobertura
Vinigalpão
 Seção típica implantada
Monitoramento Geoambiental
Monitoramento Geotécnico:
Aterros de resíduos assemelham-se a obras de terra e Barragens de
Rejeitos são barragens de lama. Ambas estruturas necessitam controle
sistemático de sua estabilidade estrutural: Piezometria, deslocamentos
verticais (recalques) e horizontais e pressões de gases.
Monitoramento Geoambiental
Monitoramento Ambiental:
Controle da qualidade de águas subterrâneas,
superficiais, da poluição do ar, da pluviometria
e da geração de efluentes líquidos.

Poços de monitoramento (NBR 15495)


Obrigado!

alexandre@azambuja.com.br

Eng.° Alexandre Nichel


Engenheiro Civil - PUCRS/2003
Mestre em Geotecnia - UFRGS/2011

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