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As armadilhas da referência
e o mal-entendido
- problemas de alguns pressupostos teóricos -
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l" 91
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Joana Plaza Pinto
AS ARMADILHAS DA REFERÊNCIA
E O MAL-ENTENDIDO
Campinas
Instituto de Estudos da Linguagem
1998
FICHA CATALO GRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA IEL - UNICAMP
rr=====================
!I P1nto, Jo a na Plaza li
IIP658a As armadtlhas da ref erência e o mal - enten- !1
11 d1do problemas de alguns pressupostos teóri-11
11 c o s I Joana Plaza Pinto . -- Camp1nas, SP [ s 11
11 n J, 1998 . 11
11 li
11 11
I
2
Você certa vez entrou em minha vida e tirou-me do son o, salvo u -me da ser-
vidão, conduziu-me em segurança através da floresta . Não posso fazer m e -
nos por você. Será que podemos sa ir j untos do conto de fadas e entrar no
futuro lado a lado?"
( M . KoJbenschlag)
Agradeço
pelo financiamento desta pesquisa nos vinte e quatro meses que
ela custou, a CAPES; e pela ajuda de custo para a participação em encon-
tros e semi nários diversos, todos momentos importantes na reflexão e di-
vulgação do trabalho , à Pós-Graduação em Lingüística/IEL/ UNICAMP.
pela paciência e disponibilidade permanentes , a todos os funcio -
nários da bib li oteca do IEL. Também à Rose , à Beth e ao Rogério, da se-
cretaria de Pós-Graduação, pelo profissionali s mo e bom humor de sempre .
E a todo o pessoal do se rviço de infor m ática, que me ajudou quando preci-
sei, ou seja, sempre.
pela confiança e respeito , e, principalmente, por me aj ud ar a
desconstruir minha noção de refe rência e alguns dos meus mitos sobre a
linguagem, ao Prof. Dr . Kanavillil Rajagopalan.
por terem acompanhado o trabalho, em diferentes mom e ntos , em
especial na banca de qualificação, e ajudado a repensá-lo, à Profa. Dra .
Maria Fausta Pe reira de Castro e à Profa. Ora. In ês Signorini.
por terem aceito o co nvite à leitura e ao debate na banca de defe-
sa, à Profa. Dra. Helena N . Brandão , e novamente à Profa. Dra. Maria
Fausta P . de Castro.
pelo amor que me despe rtaram aos inúm eros fenômenos que c ha-
mamos ' linguagem', à Profa . Lydia Polec k e ao Pr of. Oto A . Vale, da
Universidade Federal de Goiás .
pelo apoio e co nvi vência nos meses de estudos dentro e fora do
IEL, aos a migos André Alves e Márcio Renato, e às amigas Danie la, C ri s-
tiane , Gláucia, Maria Helena , Paula, Robert a e She i] a.
por fazerem pa rte da minha vida há tanto tempo e por terem me
fe ito acreditar em mim , a Odi sle ne , Eliane, Leni se, Rurany, Gclva e Ke -
mle .
5
Sumário
Resumo
Introdução
não foram todos elaborações crí tic as sobre o tema. E m prin cíp io, as per-
nominais definidos qut: não referem? Esta me fez saber de uma polêmica
9
gante, e ac red ito que seja para tod os os interessados pel a referência, to-
ferencial.
Pelos te rmos que utilizei até aqui é possível notar que as teo-
rias a que fui exposta fincam raízes na cham ada F ilosofia Analíti ca da
sabe r a histó ri a desses es tudo s. Rort y (19 94) me fez ter acesso tamb é m
ao termo 'fi losofia da linguagem pura ' para nomear os trabalhos qu e fa-
ferenc iais. Ess a filosofia se mostra co mo te ndo uma história bastante di-
Tratado lógico-filosófico, são respe it ados pe los crité rios fir mes adotados
também em outras á reas que v ieram ex plicar não so me nte ' referên c ia ',
10
fascinada, talvez menos pelo que havia ne stes textos críticos do que pelo
que eles me faziam ver nos textos analíticos. Foi nesse processo qu e
da Filosofia Analítica, não mais para saber o que é refe rência , mas para
vras, poderia ser perguntado: como se formou, para res ponder a quais
rência que havia me interessado com maior ê nfase: a ambigü id ade refe-
que ele produzia no ato de referir, colidia com muitos argumentos das
nos casos de refe rência singular definida, como as expressões refer enci-
ais que nada denotam, ou as expressões que possuem sentido mas não re-
caminho feito de Frege a Donnellan , não somente para listar seus argu-
mente para extrair deles, apoiada nas c ríticas de Rort y (1994), os pres-
e xemplo, tanto pensado como um ele me nto desco ncertante para o esque-
co ntramos nos es tudos de Frege a Donn el Jan . Não abarca rei, portanto ,
da Semântica Lógica , ou seja, aqueles que probl e mati zam certos trata-
mal-entendidos referenciais .
Par a finali zar, reto mare i cone! usiv a mente alguns dos a rgu-
me nto s críti cos qu e apresentarei, e proc urarei apontar uma outra inte r-
o fun cio nam e nto da refe rênc ia é, antes de mais nada, uma co nfronta ção
Capítulo 1
1. Prelúdio
fiquei bastante intrigada pelo modo como algumas disc ussões apresenta-
vam certos prob .l emas referenciais como verdadeiros art ifícios para apa-
' referê ncia' e se us relaci o nados . Para cita r alguns exemplos, lembro
aqui Kn eale & Kneale (1991), que discutem as acepções d e Fr ege para
Sinn e Bedeutung 2 e de Ru sse]] para ' nome próprio ', e ntre o utros termo s
termo ' referi r '. Rorty (1994) avança disc utindo não so me nte as ace pções
de ' referir ' mas também as co nseqüên cias teó rica s de cada ace pção para
a filosofia da linguagem .
história da Sem ânti ca, me chega ram acomp anh ados de texto s que tra ta-
1
O ca pítulo 7, Referê n ci a , Sen tid o e Denotação .
2
Aliás, esses dois termos, do e nsaio de F rege (1978a) Sob re o sentid o e a referênci a
(do o ri g inal alemão Uber Sitw und Bedeutung, publi cado pela primeira vez em
Zeilschnft fiir Philosophie untl plulosopl11she K rilik, NF . 100, 1892 . p.25-50 ) são
freq üent emen t e s ubm e tidos a esclare cimentos so bre s ua s tradu ções e usos (co mo
exe mplos, c f. A l coforad o (1978); Almeida ( 1995) ; Lyo ns ( 1980); Ogden & Ri -
chards ( 1972)).
15
locação para mais adiante. Por enquanto, gostaria apenas de ressa ltar
renciais como "ene rgia despendida para desarmar probl emas ".
Esse empe nho em sol uci onar a série de problemas que incomo-
Kant , ou talvez diga-se que foi um pouco antes no século XVII 3 • Mas-
terman (1976) afirma: "Na minha contage m , ele [Kuhnl usa 'pa radi gma'
Kuhn , ilustrando cada um dos sentidos que ela con tou . Pessoalmente,
rin (1994 , 18) resumiu numa expressão bastante produtiva: "as teorias
c ie ntífi cas , como os icebergues , têm uma enorme parte imersa , que não
é científica". O fio que une a tradição ana lítica no que concerne à refe-
3
Cf. Fou cault [ 1967?).
18
' = ' para o sinal vulgar '=' (cL Kn eale & Kneal e, 1991, 498).
Essa alt eração foi motivada, por assim dizer, no ano an terior,
a =b for verdade ira, essa relação corresponde a a =a. Deve mos co ncl uir
Vênus. O que , então, diferenciaria (1) e (2)? P ara reso lv er esse proble-
4
Uti li zo tradução brasileira: Frege (1978 a). Cf. nota 2 des te capítulo .
21
caso como o das se nten ças anteriores, di fere nciá-las . O autor procura
(ou falante) o sen tido será um ou outro. Sendo assi m , Frege prete nd e
' referência' e 'refere nte ' são indisti ntos para Frege, j á que e le afirma,
por exe mplo, qu e a própri a lua é a referê nci a, na metáfo ra do tel escó-
pio. Por bastante tempo in te rpretei dessa maneira o texto de Frege , além
duzido ' Digressões sobre o sentido e a referência ' 6 , Frege defende expli-
conj unto das coisas ao qual ele é aplicável" (Kneale & Kneale, 1991,
323). Isso significa que a extensão de um nome são os objetos aos quais
os an imais que são referidos pelo termo 'elefante ', da mes ma forma que
a extensão do termo 'Sigm und Freud ' é o homem a que nos referimos
no mundo.
5
Não so mente os já citados Kneale & Kneale (1991) discorreram sob re os perca lços
dessa tradução, como também lógicos renomados, como Carnap (1947).
6
Este artigo, ainda que tenha s ido escrito entre 1892 e 1895, só foi pub l icado pos-
tumamente. sob o título Ausführungen über Sinn und Bedeutung, em FREGE, G. Na-
chgelassene Scltnft, o rg. H. Hermes. F. Kambartel & F . Kaulbach , e m 1970 . Utilizo
tradução brasileira Frege (1978b).
23
1978b , 113).
mes próprios de um objeto podem substitu ir uns aos outros sem prejuízo
da ve rdade ", ainda que ele também reconheça que " naturalmente , com
do da sentença, não sua referência " (Frege, 1978b, 108). Assim, Frege
ça entre as se nten ças (1) e (2) são um problema extensional, pois , se ndo
7
Não quero parecer aqui ser concl usiva a respeito do trabalh o de Frege sobre a refe-
rência. Ao co ntrário , F rege , ainda que declaradam e nte comprometido co m a concep-
ção ex t e nsio nal da Lógica, empenhou-se em entender a di s tin ção entre referência e
se ntido e a relevância do papel deste último na lin g uagem ord in á ria . A reflexão f re-
g iana a resp eito da referência, acredito , não está esgotada nesta afirmação. Pretendo
aqui apenas ressaltar a questão do va lor de verdade que aparece tão repetidamente no
trabalho de Frege, e que é prim o rdial para ent ender o perc urs o das di scussões que
vieram depoi s dele a respeito das ex pressões referenciais.
24
D essa maneira , o exe mplo (2) pod e se r ava liado se pro c urar-
mos no mundo seu refere nte, isto é, o planeta Vênus. A asse rção 'A es -
trela da manhã é uma estrela brilhante ' pode assim se r co nsiderad a fa lsa ,
se se baseia no fato de que a estrela da manhã não é uma est rela , mas
'A estrela da manhã gira e m torno de uma es tre la chamada Sol ' pe lo
que nada denotam. Ele afirma que tai s e xpressões possuem sentido , mas
não refe rência. A uti lid ade da no ção freg iana de se ntid o nestes casos é
bastante clara, pois não somente resolve a qu estão de sabe r com o traba -
"tem um sentido, mas provadam e nte não tem referê ncia, j á que a cada
série co nverge nt e dada , um a outra que co nve rge menos rapidam e nte pode
'Exist em ex pressões que poss uem se ntido mas n ão possuem refe rênc ia' é
uma série de expressões definidas singulares, como 'a estrela mais dis-
de um objeto que recaia sobre uma exp ressão que deve ter não so mente
c rições definidas:
esse fosse o caso, a negação não seria ' Kep ler não
afirmar que ' Kepler morreu na miséria' porque pressuponho que ex iste
um objeto que recai sobre o nome ' Kepler '. Negar o pressuposto não
significa negar a asserção. " Se 'Ke pler não existe ', então 'Ke pler não
miséria' e sua negativa não podem ser nem verdadeiras ne m falsas. Para
X
27
p V ou F *
-p V ou F *
Russell defende que esse paradoxo somente seria válido para expressões
mo , como ' o autor de Vidas secas' . Sua te se nuclear é que uma descri-
ção não co nstitui uma unidade semântica autônoma, difere ntemente dos
se ndo arbit rariam ente relacionado ao objeto que ele nom eia. As descri-
ções definidas, por sua vez, devem ser interpretadas como ocorrências
está sendo designado por uma determinad a descri ção para que eu faça
uma afirmação sob re ela. Uma análise das sen ten ças a baixo pode ilus trar
essa distinção:
tor de Vidas secas' é um a sen ten ça a ser interpretada como 'U ma e so-
mente uma entidade escreveu Vidas secas', o que resulta que (4) deve
primária com pos ta por expressões singulares comp lexas. Sendo dessa
forma, devo ter co nhecim e nto de qual ent id ade um ato arb itrário desi-
gnou como 'Gracil iano Ram os' p ara pod e r asse rir (3); entretanto, não é
pretá-la, por exe mplo, como ' Quem esc reve u Vidas secas, não importa
Se 'C ' é uma expressão den o tativa , diga mos ' o termo
1
° Keitb Donnellan interpreta esse comportam en t o da desc ri ç ão definida de man e ira
bas tan t e diferen t e de Ru ssell , e a prese nta ainda aspectos das exp ressões referen c iais
compl ex as qu e foram ignorad os pela argumentação ru ssellia o a. Adiante e xpore i a
teoria d e D o nnellan .
30
s urgiria porque essa não seria uma classificação co rreta ; tal expressão
ser ia de fato uma ocorrência secundária, e a propos ição afirmada por tal
ocorrência se ria falsa, já que ela não denota qualquer objeto no mundo.
Assim, o famoso exe mplo ' O atual rei da França é calvo ' é
rei da França', e e ntão a negativ a ' O atual rei da Fran ça não é calvo'
que nada denotam , co mo ' O atual re i da Fra nça', não deve m se r subme-
tidas ao cá lc ulo de v alor de verdade porque seu press upo sto, a exist ê nc ia
mesmo que este objeto não seja en contrado no mundo. Dessa maneira , ' o
quad rado redondo ' é um a e xpres são refe re ncial que denota um obj e to
suposto , ai nda que nun ca possamos enco ntra r tal objeto no mundo . O
ria a le i de contradi ção , pois a admi ss ão do uso legítimo d e uma exp res -
são como ' o qu ad rado redondo ' s usten ta logicamente tanto a afirmação
' O quadrado redondo é redon do ', quanto o co nt rário ' O qu ad rado redon -
do não é redo nd o ' . O qu e Ru sse ll pretende pre serv a r é a co ndi ção lóg ica
32
referencial.
cista tornaram-se, por isso mesmo , seus maiores problemas: Russell ga-
rante, por exemplo, que sua teoria das descrições atende também aos
Kneale (1991, 603) , Russell cometeu este erro levado pelo desejo de sair
do que da de Frege . Mas Strawson (1977a) não considerou esta uma boa
uma pequena nota para o título: "As razões desta tra dução do título On
que ele marca bem , co mo notou Milner, o que embasa toda a co ntestação
11
Meinong (190 4 ), rebatido por RusseJJ no texto On denoting.
33
de Strawson à teoria das descriçõ es definidas de Ru sse ll: a teo ria dos
Atos de Fala.
quanto Ru sse ll pro c urou pat rocin a r a idéia d e que se referir a a lgo é
cessariamente dizer que tal e ntidade exista. Uma sentença, portanto , não
cuja notação pod eria ser (x , C), x co rrespond e ndo a 'e u ' e C
ao predicado 'es tou com ca lor', para cada valor de x, vana o valo r d e
uma sentença como 'O atual rei da França é ca l vo' deve ser analisada
mar tal sentença é necessário saber quem disse , quando disse, em que
lugar, que ' O atual rei da França é calvo', e então saber se de fato é
análise.
em que não mais havia uma monarquia francesa), confundido dessa for-
são referencial definida deve ser o objeto particular ao qual ela se refe-
re.
exemplo, que cada pedaço de lava congelada que constitui o vulcão Etna
Essa no ção " especial e i nabit ua J" de ' implicação' é, sem dú-
tra mos qu e Frege ta mbém percebeu , que uma ex pressão r efere ncial pode
o que poss ibilita o fu ncion ame nto de sentenças como 'a sé ri e que co n-
verge me nos r apidame nte ' (cf. Frege, 1978a, 63). Ma s a refe rência que
ça. E mais : o tipo de negativa produ zida pela e nun ci ação de uma senten-
ça como 'o atua l rei da França é c alvo ' não está re lacionado à proposi-
ção principa l , mas à propo s ição press uposta 'Existe um e somente um rei
37
negar a proposição pressuposta não implica (no sen tido lógico) negar a
ser avaliada.
" erro" de Ru ssell , afirmando que ambos tratar am de fato de dois as-
pectos dife re ntes das proprie dades das se nten ças, cada um modelando
sua teoria com o fim de acentuar se us interesses (cf. Lyo ns, 1980 , 152).
Nest e texto , Reference and definite de scriptions , or igin alm e nte publica-
direta a Strawson, argum entando q ue este auto r sob re põe o uso à f unção
Strawson teria ne glige nciad o uma das ocorrências possíveis das descri-
ções de finidas, e por isso co ncordado co m Russell , tr ata ndo como ponto
ferente s remonta à Id ade Média, quando essas diferenças e ram nom eadas
ção pode ser tomada como sendo sobre os individuais - tipicamente dife-
rentes - que são retirados pelo termo singular de um dos vários possíveis
também pode ser tomada como sendo sobre um certo indivíduo particular
Hintikka, 1973, 202-203). De dicto pode ser simbolizada por uma fun-
crição definida presente na afirmação. De re, por sua vez, requer uma
das podem ocorrer em fra ses singulares tanto com uso de re, qu e ele
O que determinaria essa diferença? Para este autor, a opção para se sa-
39
ber qual dos dois usos está em questão numa sentença qualquer é dada
pela intenção do falante (não necessari amente por suas crenças a respeito
nha sido assassinado brutalmente, pode-se usar essa sentença para dizer
'não importa quem de fato tenha matado Smith, podemos afirmar que tal
pessoa é louca pela maneira brutal com que proc e deu no assassinato';
fazer saber ou pensar que quem assassinou Smith foi, digamos, Jones ,
do / pensando / querendo fazer saber/ pensar que ele assassinou Smith, pos-
so dizer que o assassino de Smith é louco '; dessa maneira , faz-se um uso
referencial.
que pode aca rret ar dois valores de ve rdad e diversos, poi s tais proposi-
40
ções resultantes da mesma sentença (7) podem obter os dois valores ex-
no caso a , que não denota coisa alguma. Donnellan r esolve esse impasse
de da sente nça ' O <pé 'I' ' depende da e xistência de a lgo / alguém, não Jm-
são referencial utilizada nada denota , então a proposição ' O <P é 'I'' não
importa que algo/ alguém possua ou não os atributos de q> (no caso (7),
Jones pode não ser o ve rdadeiro assassino de Smith mas todos pensam
que ele o é), o que importa e que esse algo/ alguém seja reconhecido
como o objeto a ser identificado no mundo como sujeito de 'O q> é 'I' ' e
como algo foi dito sobre alguma coisa que deve necessa ri amente existir
é determinável.
a Donnellan
bulário kantiano , que pretendia por sua vez tornar a fi losofia uma teoria
geral da representação. Ente ndia- se, desde Kant , uma teoria da repre-
1994).
guiou a formulação das hip óteses: es truturar um mod e lo de fun cio na-
ra pela qual as express ões referenciais são ca p azes de co nst ruir repre-
ou seja, do qu e está fora da mente. Vários sinais são deixados nas e l abo-
43
rações dos estudiosos sobre co mo s uas c ríticas aos mode los referenciais
uns dos outros indicam a mesma busca pelos melhores crité rio s repre -
o fio que une esses autores num mes mo objetivo programãtico . Mas
finidas são fo rmas de e laborar a te oria da refe rência como uma teoria
lingüística da representação?
termo ' proposição ' para a deli mi tação dos trabal hos analí ti cos, e le te m
sido relat ivam en te con troverso no meio filo sófico. Suas defini ções po-
dem varia r de "entidad es puramente abst rat as" a "subj etivas ou psico-
vas ou asse rções ( Lyo ns, 1980, 119-120). Kn eale & Kn eaJe (1991 ) di s-
mei r a seção do capítulo X ( Knea] e & Kneal e, 199 1, 583 - 600), qu e e nfa-
cado de uma decla ração , o que por sua vez tem relação com a possibili-
identificar com exatidão esses objetos , e fazem co nstar o nosso con heci -
cul ados . Forn ece ndo critérios seguros de avaliação da refe r ê ncia , está-se
estabe lece ndo também o me io mai s seg uro de construir re prese ntações do
que es tá fora da mente . Pêcheux (1988) mo stra que a co ntrové rsia inici-
fincada na afirm ação f reg iana de que toda expressão refe re ncial definida
vou o mundo morrendo na cruz nunca existiu' deveriam soar como des -
nada denota?
ção de que devem haver tipos de expressão, esses tais nomes logica-
mente próprios, que , por terem apenas refe rência e nunca sentido , im-
elas produzem . Kneal e & Kn e ale (1991, 603-606) procuram most rar que
teoria do co nhe c im ento qu e " pode estar e rrada " pois "o conhecimento
que ele atr ibui à pessoa qu e fala não pode oferecer ne nhuma garantia à
46
que uma teoria da referência pode e deve consta r uma teoria da repre-
rência como rep resentação. Com esse ges to , Strawson tenta dar conta do
problema das variáveis e nun ci ati vas: uma teoria da r efe r ê ncia deve ser
presentado. Dessa maneira , ' referência ' é definida como as duas possi-
1994, 287)
Capítulo 2
l . Epílogo
so e com fracasso, presente na teoria de Austin [196?] . .Por mais rcvo lu-
do ato de dizer é muito insuficiente e muito deri vada. Ela press upõe uma
elaboração ge ral e siste mát ica d a estrutura de loc ução que ev it aria um a
qual se pode dizer que em certos aspectos Austin faz parte , vê a referê n-
cia, r eprese ntação acurada do mund o, co mo composta por uma essê ncia,
que correspo nd e à s ituação de sucesso dessa repr ese ntação , e exc lui , por
1991, 367)
suce dida trazem co n sigo ô nu s altos para os problemas atuais que as tco-
50
deve ser aplicada às expressões referenciais para dar conta dos proble-
mas encont rados nos registros chamados "fracassados " de tais expres-
's ujeito ' nas mais conhecidas teorias do significado recentes (cf. Hen ry ,
lantes estão " realmente" falando. Em out ras palavras, a confusa preten-
cimento.
entendido
é que foi se mpre o de bate entr e os teóricos: por uma m a rca? por um
valer a prese nça do mund o co ncreto na atividade refe ren cial , as teo ria s
analíticas aceitaram sem disc us são diversos pressupostos, não some nte
Enq uant o todo esse arcabo uço tomou co nta dos es tud os sobre a
pela falta de passividade dos parti c ipantes nas ativ idades lingüíst icas,
situação dive rsa : fa lantes diariamente partici pavam de co nve rsas cujas
54
quer mundo qualqu e r tipo de obj eto referencial em questão - e nem por
que esteja "errad o" no mode lo de referência analít ico tanto possa se r
fala?
locu tores não reco nhecessem a refe rência e o sen tido das expressões de
desde muito tem po incomoda , aind a que muitas vezes de man e ira di lu í-
sões que nada denotam, e as ambi güidades na avaliação dos valores pro-
posicionai s. Segund o tais est udos, o falante produz uma refe rência para
que o o utro reconh eça-a d e for ma qu e seja possíve l um reco nh eci ment o
da represe ntação do mund o que está sendo co nst ru ída na ativid ade de
dos press upostos que sustentam também a referência bem s ucedida . As-
rência?
c uja resposta seja " Não!", deve ser atribuída, confor me nos
mostra Rorty (1994) , somente um a das dua s soluções para a sentença que
1977a) ;
nella n , 1975)
a oportunidad e de perceber que o probl ema também pode ser de fato dis-
tanto paradoxal , quanto curiosa. Curiosa porqu e dessa " fórmula " pode-
ve m a se r " uma parte significativa"? Como d efi nimo s "e nt end er''?
Quando estamos diante de um "mal -en tender"? Além dessas, pod emos
também for mul ar uma s pergu ntas próprias para o t rec ho , que num a ca-
57
na atividade de linguagem.
1
O trabalho utilizado por Dascal é FILLMORE, C. J. Topics in Jexica l semantics.
ln: COLE, (ed.). Cu rren t issues in lingui stics tb eo r y. Bloomi ngton: In diana Uni-
vcrsi t y Press, 1976. p. 76-138. apud Dascal, 1986,201 e 216.
58
201).
se m maiores traumas:
como o 'e nte ndim e nto' - res ult a de formas es pec ífi-
Dessa maneira, como toda dicotomia (c f. Raj agopalan, 1990) , esse par
sões espa lhadas pelo texto reiteram essa visão negativa , esse olhar sohre
cit., 211) 2
é que no fina l do tex to e le acrescenta mais duas camadas (Dasc al, 1986 ,
2
Todos os grifos des t es trecbos foram efetuad os po r mim , J.P. P.
61
se: a relação que o autor defende entre entender e mal-entender não pode
contrá rio , sua importância " paradoxal" está em ser levado em conta
cia mal -suced ida, nos remete àquelas perguntas colocadas logo no início:
o que é " uma parte significativa"? como definimos "entender "? e quan-
ção, pois esta última lh e garante suportar o que de fato lhe escapa. Vol-
ge, no seu gesto ina ugural da tradição que es ta mos anal isando, assumia
64
que uma expressão referencial pode ter muito mais que um sentido. Nada
percalços que abalam os press upo stos que sustentam a teo ria da referên-
fato notório. Com este autor pode mos aprender que muitos argumentos
objetos . Pode parecer muito claro que exis ta um conju nto , d igamos , O,
tativo da hipótese que a está utili zando . Frege, por exe mplo , com a ino-
por uma e xpressão referencial deve abarcar também o se ntid o desta . As-
pítulo 1, seção 2). Podemos pensar que o que Frege qu is dizer é que,
Vê nus , por lados diferentes . E mais: Frege defende que, quando retira-
mos do conj unto O um certo objeto por um certo lado (um cer to se nti-
do), não temos mais acesso aos "outros lados" desse mesmo objeto.
Lembremos o que Russe ll afi rm ava a esse respeito: uma ex pressão refe-
rencial con tém o próprio objeto. Essa posição ge rou d ebate ent re os
dois, Frege e Ru ssell, porque , difere.nt eme nte daquele, este acreditava
que, m esmo que seja possível retirar o objeto do co njunto O por lados
expressão refe r encial com um objeto no mundo ?' Que pode ser refor mu-
lada:
66
ferido , e portanto ca lcular seu valor de verdade. Não por acaso algumas
das sentenças que causa ram problemas entre os filósofos foram decreta-
mos qu e determinar o objeto referido por uma ex pressão é uma que s tão
que esse mesmo ouvinte pode ser levado a retirar do conju nto O , da ca-
da festa), não consegue ver o homem mais alto, mas um outro também
alto; ou porque existia na festa um homem mais alto que passou desper-
cebido pelo falante, mas não pelo ouvinte. Mas essa dificuldade imposta
Vale dizer que o valor de verdade da sentença ' O hom e m mais alto da
Strawson, que um certo x presente num a festa atende à desc rição de ho-
m em mais alto, e que este x é, para o caso da proposição ser ve rdad eira ,
ou não é, para o caso de ser fa lsa, o dono da casa. Evid e nte mente , este
sempre poderão ser satisfeitas por algum objeto. Mas se nos lembrarmos
do exemplo d e F rege 'a série que converge menos rapidamente ', que
série conve rgente dada , uma outra que conve rge menos rapidamente pode
68
sempre ser encont rada." (Frege, 1978a, 6 3), vamos co ncl uir qu e não é
de todo evide nte a garantia refere ncial produzida por uma expressão
comparativa. D e qualquer for ma, não precisamos sai r do voc abul á rio da
mo st re que a r efe rê ncia não é um a relação " natur a l " e ntre expressão e
exemplo nos é dado por Quin e (1980) . D efende ndo que a indeterminação
apontando -o, utiliza 'es ta maçã' para falar sob re e le. Um ouvinte pre -
sente esc uta e olha para tal objeto, pois não há mai s nad a sobre o bal-
cão. Ora , trata-se de uma situação si mpl es: não h á qu a lqu e r dúvida so-
caso de ' o hom e m mai s alto da festa '. Aliás, a legi timid ade da cond ição
pode gara ntir qu e 'esta maçã' seja inter pretada como apo nt ando para um
objeto único e deter min ável e nco ntr ado no mundo . 'Est a maçã' pod e es-
69
tar presente numa dada sentença para designar tanto a maçã inteira,
te.
tese pode causar arrepios. Mas Quine (1968) baliza essa noção de refe-
70
característica do pro cesso de produção refe ren cial não seria possível
O uso das ex pressões refe renci ais não Lem , portanto , dete rm i-
nação em píri ca de qualqu e r tipo, mas é delimitado muito mai s por nor-
do sistema lingüís ti co, não tendo qualquer tipo de rel ação causa-
questão (4).
71
gras que prevejam qual representação de qual objeto está sendo elabora-
ção entre singu lar e genérico) impede que apelemos para as brechas do
valo r d e verdade, pois isso agi ri a, ai nda que nos ajudasse a acha r termos
me nte aptos.
sobre um objeto determina seu uso referencial, e se são falsas suas c ren-
72
ças sobre tal objeto também serão falsas as sentenças que o falante pro-
ferir sobre ele, pois suas cre nças não representariam acuradamente o
mundo. Mas Davidson (1986) mostra que essa noção de crença é, como o
do fala nte.
ção) . Sendo essas relações e las mesmas tradu zíve is diretamente em cre n-
73
ças, é fácil ver como significado depende de cre nça. Esse raciocínio cria
segura de verdade.
ç ão.
74
eficác ia com que uma expressão refe r e ncial nos informa sobre o mundo.
dada expr essão r efe ren cia l . Mas Quine nos mos trou qu e a referên cia é
inescrutáve l , porque a vag ueza compõe sua própria est rutura . Por isso
fracasso.
75
Kneale & Kn eale (1 991 , 606) defendem que o pronome 'e u'
nos um e lemento da lista das exp ressões referenciai s pode ter s ua descri-
ção garantida por critério repre sentacio nali sta . O funcionamento dêitico
(1978) para o tratam e nto da oste nsão a partir da trad ição analítica. S eu s
dar a esclarecer porque nem mesmo a afirmação ante rior d e Kn eale &
3 O texto e ru que Kaplan se baseia p ara traçar ess as observações é H TNTI KKA, J.
Individuais , p ossib l e wo rld s, and epistcmic l ogi c. Nozl.s. n ° 1, p. 33-62 . 1967;
apud Kaplau, 1978, 222.
76
início , que os exemplos utilizados por Donnellan (1975) são atos de fala
filosófica:
prop osiç ões gerais e proposições singulares para tomar alguns exemp los
para as proposições gerais , do tipo ' Todo homem é mortal ' , donde a
notação
77
conteúdo de uma se nten ça singular: a) qual língua está sendo fa lad a, in-
"das muitas pessoas assim apelidadas, qual um nome próprio sig ni fica"?
plan como mais óbvios e de análise rápida, o uso demonstrativo das ex-
duo é dado pela demonstração. Mas não somente a refe rê ncia da expres-
são seria dada pelo uso demonstrativo, também o sent id o seria compre-
das proposições contendo u sos demonstrativos. Esse uso , então, atua ria
no papel de nome próprio peJo conjunto unHário que formaria. Ele apa-
receria dessa forma como o modelo de uso para uma identi ficação segura
da referência.
Entreta nto , Kaplan não se sat isfaz com a ostensão como ponto
de ' that ', pronome demon strativo do orig ina.! em inglês, a través da pala-
usado demonstrativa mente , e i ndi car seu conteúdo pela ostensão . Mas o
por descrição, tão mais faci lm ente adquirido no co nhe cimento direto
passam e m algum mundo e neste mundo deve haver , tem de haver, alg um
te mpos (como os nomes próprios) . Posto dessa man e ira , tom a a forma de
uma descrição d efi nida comum e poderia ass im se r tomado o uso de-
Mas em Kaplan uso demonstrativo e uso refer e ncial diferem pelo modo
mir uma certa proximidade entre o uso d emonstrativo por e le anali sado e
o uso refere ncial de Donnellan , já que uma sen te n<; a co nt endo uma des-
crição definida qualquer pode ter sido usada pela fa lta de um demons-
80
trativo como ' dthat ', ou seja, ambas podem se r identi f icadas pela mesma
função na sentença.
não está mais onde se pe nsava estar pode dife rir no valor de verdade da
a verdade da afirmação 'Eu amo isto [apontando para o filho entre tantos
(falso , p.e., se o ouvinte ente nder que foi apontada urna li xei ra) .
ser critério para reso l ver a questão da ve rdad e e m sentenças de uso de-
referencial a sua essencial capacid ade de co nter o objeto so bre o qual ela
recai. Mas se, com nos mostra Kaplan , nem a ostensão garante o suc esso
Capítulo 3
'
As últimas conseqüências
1. A referência revisada
Einstein, 1932)
que, pa ra se m a nte r intac tos os press upo s tos teór icos que compõem o
a sua teoria. Neste esforço dos cientistas para fa ze r valer seus prog ra-
mas encontra m- se apl icad as duas heurísticas, doi s conj untos de reg ras
que levam uma a nega r termi nante mente o que está fora do núcl eo do
tica analítica. Harris (1981 , 152ss) defend e que so me nte leva ndo -se em
exemplos que su rgem quando pro c uramos desfazer a heurística nega tiva
característica re presentac ionalista da refe rência? Não hav e ria outras ma-
rente; mas podemos acrescentar algum item (no caso, mai s uma pe rgunta
não interfira no esq uema elabo rado . Antes de Dasca] , v imos que o de -
85
abri u as portas para as críticas que pro cu ramos elaborar ao modelo re-
problema.
famosa por contar co m muitos exe mplos e muitos arg um e ntos retirados
de situação de tradução. Isso quer dizer que Quine percebeu que os pro-
para se qu es tionar a represe ntabilid ade das expressões refere nciais . Sua
ção de uma teoria de números para um teoria de conj untos , e m que vári-
traduzir uma expressão muito mais por eliminação do que por similitude
que se refere um fa lante que diz ' gavagai' , mesmo qu e ele aponte para
2. A transformação
Toma remos, então, a tradução que assusta e arrepia muitos com suas
da referência.
gostaria de conta r uma pequena hi s tória sobre o processo que pode fazer
surpresa por uma nota d e j ornal , que dizia , e ntre outras coisas: "o texto
palavras ... ". Qual não foi o susto de nosso amigo tradutor quando notou
nota do jornal desfilava di versos "e rros '' de seu texto: palavras manti-
original, ao nom ea r uma per so nagem hi s tór ica famosa com outro nome
É claro que isso só serviu para co nso lar o nosso amigo tr adu-
balhando co m outros textos. Mas nós não podemos nos es quec er, pois
a seguir:
ser fiel. Pressupõe-se que exista o sentido do original, aquele que emana
tal, que é inerente ao texto . Fazendo preval ecer este, o tradutor acredita
O objetivo da fid e lidad e, e ntã o, leva a crer que ex iste uma se-
tido literal , inerente, que deve se r traduzido. Mas e xiste também o scn-
1
G rifos meus.
2
Gri fos meus.
91
op. cit., 4 7) 3
ral em sua língua, desde que mantenha aquele sentido emanente do texto.
se ao texto original e à sua essência. Essa essên cia deve ser e ncontrada
Essas preoc upaçõ es com o sentido lite ral soam muito próximas
relat ivo ao 'se ntido literal ' na tradição tradutológica: ex isti ria um uso
3
Grifos me us .
92
do.
originalmente em outra língua. Como ele fará isso? Bom , ele conhece
tando cada sentido. Ele vai até uma caixa de palavras que existe em sua
a pergunta : mas n ão é para ser fiel? Não é para faze r " uma tradução não
"se parar o que pertence ao autor daquilo que p e rtence ao tradutor ''
se, por e liminação (cf. Quine, 1968) , da referên cia relativa àquela série
153)
ma lingüís tico a outro, ou de uma pessoa para outra , essa refe rênc ia de-
d e terminada , vai a lé m do que " quis " dizer o autor , porque não há como
própria e xperiência com o ass unto traduzido , com se u siste ma, sua lín-
gua , sua c ultura , s uas fant asia s e desejos. Por isso , pre te nd e " corrigi r "
94
sume. Quando ele afirma qu e sabe que aqu ela palavra está "err ada " no
Leonardo da Vinci, a p artir do qual o pai da Ps ican álise pro curo u con-
fir mar sua teoria sobre sexualidade infantil, fetichismo e homo ssex uali-
de milhafre , que aparece, de acordo com Bass e outros autores por ele
Bass afirma:
1985 , 137)
ilusão de esta r sendo fiel, j urand o estar a pe nas troca ndo a expressão re-
ferencial da língua do texto em questão por uma o utra co rres ponde nte
cia , então não é necessário elaborar uma teoria da refer ê ncia representa-
cional. Podemos insistir com Quin e que o uso das expressões refe renci-
bém encont rado s na nossa própria fala, na nos sa própria história e ex pe-
Summary
approach to the re ference problem impossib le, and h ave red uced the
functio ning , criticising the ass umptions in wh ich the analitic schollars
are based .
97
Referências bibliográficas*
· Tan to as refe rê n cias bib li ográfi cas, qu a nto a bibli ografia co ns ultada e as re mi ssões
no co rp o da dissertaç ão segu e m as normas da Ass ociação Bras il eira de No rma s
T ~c nicas , de agosto de 1989 . Orientaçõ es não cons tantes dos procedimentos a que
tive acesso fo ram ofe recidas pel os fun cionários da bibli o teca do I EL/ UNI CAMP .
Agradeço especialm e nte à es tagiária Káti a Soprani F errei ra , pela di s pos i ção e m
rev isa r tod os os me us dados bibli og ráfi cos.
98
230.
23).
116 .
HINTIKKA, Jaakko. Grammar and logic: some boderline prob lems. In:
1993.
101
1987.
Europa-América, 1994.
61 - 161.
UNICAMP, 1988.
173-194 .
Seuil, 1973.
Bibliografia consultada
1979.
Inédito.
p. 73-81. 1994.