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se KAUEMANA, A j Nassene, W, Cos? nboducao ob Fitosefia, do Diao 5 Hee ‘ Zood. 1, Filosofia do direito, teoria do direito, dogmitica ie E os a E ee “ER gt oud ; i jurtdica. “p e a ‘ i Por Artbur Kaufmann, Munique Q os = Be nytt oe : moe Y i 1, Rilosafia do dineito « dogmética, ee ‘ a ilosofia do diveto 6 um camo da Slosofia,ndo é ux: ramo dacitucia ¥ ae é 2 qo disoitp. Coabede, tambisn nds so pode i to . a ‘como use classe especial dentro ‘do género filosofia (geral)..A fosofia & ‘ Dae sempze,¢ em todas as sag formas, com 95 problemas fandamen- i ‘ais da existéncla humana, ogmaguiloa qua Karl Jaspers shared <2 o> globanter’, Em sintese, ne: filosofia esté sempre em causa «o eseancial». ‘Portanto, a Slosofia do diraite no 52 distingue dos outros rarsos dafle- sofa por ser mais ‘special, mas porque reflecte, filoseficamente, sobre estos jut i ‘lemas{urfdiecs fundamontaie,dis- cotinds-ps e dando-Thes, tanto quanto postivel, uma resposta. Pode pirse ‘2 questio, olgo negligentemente, desta mancira! na SlosoBe de dive, 0 u eo fildsof dé os respostas, Por isso, wm fil6- oh etente dove -seniir-s0.em casts, taniopa iacia do direito como na filosofis. A poxguata, jf v&rias veres colocada, Spore qual das filosofias do direito seré:pior, a dos «puxos filésofosm, ou a dos ‘puree jurstass, daver-se-d reoponder que 680 igualmente més “Assim, 2 lcsofia do ireito nfo 6 ciéncia do dixeito; mas, sobretudo, ela is 6 dopmitica juridice. "A dogmtis 6, vegundo Kant, o procedimentndog- sem uma crea prévia de sua prépri capacidade mético da razifo pura, sem uma. ESE ote eee 1 Jagpec, Binflirang in die Piloophe, 2622, 1988, pp.24 dodo tet tabi Eaita Set, Sinfthrung ia die Philosophie, Elaetang (pp S00), 2901 eat rth der rinen Veraunf 08 3, p- ZO, Quanto aeste tana, cf tabi Bike suSovipey, De Rollo der Dogmate— witentshaftlich grocbew, om Noumea aneche Dogmatib und Wixeenechaftstheors, 1876, 7p. 100 65. Kaun omomdes 2 8° plod icteric ju 26 orésa, dispnxde-pamvas dessa veracidade, Ele pensa ex datls, 0 que € a8 ‘nal o direito? Em que cixcunsténcias, em que medida e de que forma existe conhecimento do direito? — o dogmatico do direito nip st nia penante eae ‘tag panguntes. Isto nfo significe, necessariamente, que a dogmética juni dica proceda acriticamente. Contudo, mesmo quando adopta uma posture: critica, nomeadamente na andlise de uma norma legal®, o axgumenta da dogmatica juridica é sempre imanente eo sistema; o sistema vigente per- manece intocado. No quadro da dogmitica juridica, esta atitude ¢ icteira- ‘mente lepitima, Ela.o6 se toras perigosa quando recusa o modo de pensar nnéo dogmitico (meta-dogmatice) da flosofia do direito por esta ser «des- ‘nocassdrion, amexamente teéricos au, até, «no clanttficon ‘Bf Sbvio qua tarsbém no se poe o caso dea filosofia, a filosofia do direi- to, poder operar sem quaisquer pressupostes. Esta ideia tornarse-d mais class t¢ Hivermes presente aquilo que Pascal, ng Légica de Poré Royal (1662), descreven como o— inatingtvel — amétodo mais gampleto»: aio se podeu um cor hhaja sido anteri io de forma ineguivocn; no se pode proferir nenkn irinacdp, cuia vera dade nZo tonha sido stestada Nao 6 necossdria uma exposigio muito Jonga para mostrar que estas exigéncies nfo podem ser cumpridas, uma ‘ver que conduziriam a regressées infinitas. ‘No entanto, a Slosofia — diferentemente'da dogmética — deve, pelo me- a sofia no se pode Gar por esto textos linguistioos). Mas 2 Slasofia nfo se p P sobre Wie dave eex vconstantemante revisto, de mato a receber jpregente ao erpiit em resultada de um maior aprofim ect exboso pxévio; eo fade aquile que ‘omentost, Nagbé nada na Blosofia— pose pelts lemdtico, nem mesmo.0 sou puiprio ser. Bm prinefpio, ¢ fildso- opin Gave ccetar sada compumdate alasiid> ‘Neste pemto pode mesito ae eroa Hssofia procs deforma eins profunda, do que as cidnciss salares, Daqui nao se pode, porém, concluir que & flosofia se acupe de eis importantese do que as ciéncias dogmaticas particulares.Ain- ca obra o cancro nKc é, com carteza, menos importante do dia Hlosofa do dreite segundo os ritérios de wm dixeita “osofia ¢ a dogmésien nfo existe uma relapo do " nf, aap Uma Te past visas cn ‘vestigagdo médica que ainvestigasia comecto Gusto). 5 lamas ou memes, de anais ody o cferegics fanaa dese Por sso, wma no se subsist aoutra 1.2.0 ambito da filosofia do direito mas de cer da filosofia do direito e da dogmaética juri@i- As diferentes fo saceectems, coao foi dado a entener asime,nos seus diferentes wi i ss e objects material eario 0 cbjecto concrete ibs, fo do gual ume ciéacia ge ooupa na totslidade, Por suave ee ‘toa fundamentais das cléncias e dos sletemas, Por outras palavras, a floso- fia tem de ar uma atibade que branscenda os sistemas', Esta atitide ao 6, porém, ada tdhuarese. Foijustemente a hermenbutica mais recente que mostrou que o «prevonceitor ou a «pré-compreensdor € uma candipao ‘transcendental para 0 entendimento de conteddos de significado, donde re- sulta o seu particular significads, sobretado para as ciéncias lingufsticas (nas quais se inclui a ciéncia do direite, j& que esta se debruga, essencial- * Of, por exumplo,a propénito da adefen da order fuidicae (147 al 1.* 0860.7 60 StGB), BGHSE24, pp. 40 oe, — uma dosato juridica ousnda pela portura critics adoptade, ‘eaabors asoents num base intaiammente dogmitica, $0 Coing, Grundetge der Rachtsphlorophie,* of, 1993, p.3:«Portante, em presca ir dos eoabesimento que a eitaca juries elaborou na sua Gree, x Eloucfia de dirsito tom necensoriamente deir ssa dos Limites daqueles ala elacioa os problems posts pela ma slfeetap cultural do diveib xm a» quostbas gers e assencals da ose» Por sua vet, p objecta formal g perspective eg da quale ciéncia investiga esse tod (daf Gave ej, por vouns,dognado por ebjecto do ivostizagion). Qables formal éamarsa di de cada cidnela, ap passo que o cbjecto materia! pode ser comum avérias citasiag ‘Assim, oedireito, én abjects materiel eo Fm todas as scolnasuniteas — cit ied veto nilicn dieio ciciniatrative,divlte pone lc. —, cas expacficidades assentamno7e+- pastive object formal, Ten-se asitid, previsamente nes tempos mais re cen, ao cregeente desdobramento dos okjectos materiais em sucessivas eisesteeesttasseeeestsns | #¥.,s0t fo, Gadamer, Hluhrieit und Mathode, 6." 2d., 1986, yp.270 a, 390, | a5.; Bava, dares s, 2. ed., 1972, eepecialmente Ep. ee ind Maden in er Bash : Lo pe tannery cr ettchn Semana 0 1 Se ee eae in rontemns sess dba | Pa wah Die bermenautzche Aufessung der Rechtsphlosphie, 991. Gadasoes, Hoel. ct p27 28 cbjectos formais (por exesiplo a criminclogia come disciplina autiaoma, ao lado da ciéncia do direito penal ¢ a subdivisdo da prdpria crizinologia om vérias disciplinas especiais), o que conduzia & progressiva especislizasio das ciéncias, Bste processo, que dificimente poderd ser travads, errasta, forgosaments, consigo o perigo do estreitamenta da perspectiva, que poder& passar a incidir sobre um «campo disciplinary demasiado linnitado, Q gon- texto, o todo, o essencial, escanam ao clhax, ¢ que toma sinda mais impor- tante o papel da Hlosofe. 3 ‘Hnquanto a natureza das ciéncias particulares consiste ne facto de os- tas, tal como o seu nome indica, se concentrarem nas particularidades © ‘nunca no ser na sua totalidade, a natureza da Slosofia caracteriza-ce pela | | 2 eséica, ist 6, otode. Fzendo nossas as paleveas deTespers, ames: mi ante ee prtclsé oti até a am ivestigaoreotéro aa Nuiige eomado ou no oe Iborati, fazer ume desecberta cients, so mente porgoe estéem cause algo particular. O mesmo no acontere Li sto que a razio humana 66 consegue atingir o todo a partin da t Hplicdade das partes, Por isoo,ohjectiv da flosoia of pode sex alcan- fais s0 6 que pode ser atingdo de alguma forme, aravés da coninbcis a ria co Sooty ou sea, azavés do discuss It por exta razto qu semunicagéo, va omnis através de (partilba de) informepor*, desea ao importante na flosofia. Muito mais do que as ciéncias fotlidace do su objet format. Cama so sabe, x flowtia Boge preocupa | _yeuha um papel to importante ne osc Rn aa MEE ESSE Seoyutainnatopaseiicadacecar | sins: Siu kt emia Se xidades, mas com o todo, com{c contexto, com d essencial. ¥ nisto i & cgoverméncie’. A vanedace Sine ea otiedenie aia tin deum dos problemas majs ditfceis da: See f soropeesten, co eae Euecsereiticets problemas mais Cee nae ; seo um eco sem 2. Antes pelo contefiio, Laiserclnppearrtpsaadap nT aetna eee para oceu completo desenvolvimento. chjecto material, a um aer concreto, que analisam sob tam aspecto espectiica —cobjecto formal, Na filosofia nfo subsiste; da mesmia forma, adupla liga- 0 aura objecto mateziel e x um objecto formal. Aliés, tard a floscfia, de todo, unt eg que acon pela pone cams A elas rereie S25 en “Fe avestiganto, enquanto na flosofa isso ¢ amy josefvel dada a Siew & mvestgarlo, eaquante a8 Bohs aor vena Gas coisas”. a Fe una cata pce munca perapesiva edo as ape cams isladns do todo, outas partes ser nevesteriamento, scarey pee slownia deta ova época ter6, ois, atarefade cater edominer 5 so sateen desprozades, Desto nods, celocarnzeconstantoments Bf Perna pastcdahistiviao, como tal, partir da situogdehisérien tase 1 8 Peiiferonciadas™, Em concrete: @ bénica parcial que a doutrina ‘et poulnta odesista do ireto astunel, dos sfesloe 0a € x, caloons vaie a mameatoraional {deal do dirlto tere forgesamente, que procue ser bertar-se pela Zecala Histrica do dirtio ,finalmente, pelo posite wep arian positivismo juridice do sécalo xx eve un tarefa mane Teauamente bstéric; tave que reolotar© aspecto existent do dieit,o enearfvtes postive, no eazapo de Ysifo. Contd, apésoferxrel abuso do STraive equsado pelo pensazento positivita extremo do rosso uésulo, & gore nossa missto descobir alge do windiopontvel, que cologne a abit qfedde na disposindo einterpretestic do diveito dentro de mites, mas uendo deve ser procurado num abstracto «frmamento de valores, de- endo, stn, ser bascado na realidad jusidical®, O exemple reratado moe Tretarbéin que un filsofo podo perfeitaments fazer perguntas que Pas pam ao lado dos problemas do seu terapo™, “hquilo que fi dito serve, por um lado, para sublinhar que a correcta fonnulayta do perguntas Slosdicas consitbul um problema de grande al- cenas e de responsubilidads cientfica considerdvel; por outro lado, deve porta que vaca flosofia determinada s6pode cer eomprecndida a partir osofia se fas 20v85 & Perec esteoieceeea Ti ato on na ges nce sa niin a Ra ecb phish 9 ey 189 RGA, aid unl OR Tomar an pce oda 394 2 ernie uma teins mre ene aren Sarno eta 1S aie fr Wve 188 9638 A arta eke ch orn pp. 56, 101 oe. 32 das questtes que coloca. Um pensamento floséfico 96 serd compreensive, se se perceber com que tipo de perguntas o filésofo em causa atacon oa pro- ‘blemes, © se oe apreender a situacéo bistérica que propiciou a um corte ‘pansaddor certas perguntas muito concretas. Coahecimentas acerca de opi nies doutrindrias sobre a floecfia ainda néo s60 flosofia; represeatam, na liz expresstic de Heidegger «quando mutts, ciéncia da flosofia»™. 1.4. Os erras do cientismo, do filesofismo ea forma errada de Lidar com a filonofia ‘Us tai acima refsrenciado gues flosofia do direito dos «puros filésofoar epresenta um mal tai ‘a flosofia do direite dos epuros juns- tas». Comecando com esta tiltima: 9 ofildsafo do‘direite, orientado exalusi- ‘Yvamente para o juridico, incorze no erro do cientigmo, ou seje, eai na o0- Srevalort éncia (particuler ¢ dogmética), ume orientapio parcial do pansamento Guridico-Joientifco. Ble protende responder acs problemas da Blosofa —que off também as quosties funda mentais do direito — sem recorrer A Slosofia e, na maior parte dos casos, sem conhesimentos filos6ficos. Esta atitude encontra-se zouito divalgada, Jaspers toca o corne da questo quando diz, a este respeito: «Guuase todos 0 consideram com logitimaidade para formular juitos sobre assumntos Slo« séficos, Enquanto se reconhéce que, nas ciéncias,a sprendizagem, p exsi- 11g, o-método condicia spreeastio, oyu relagio A filosofia redama~ se, sem mais, 0 direito de participar na discussto ede emitir opiniSesy™ Tom os juristas passa-se exactamente o mesmo. Cada qual julga-se com- petente nas matérias da filosofia do direito, ainda que nunca se tenba proocupado serlamente pom a filosofia. A modalidade mais caracteristica deste cientismo jurfdigo evidenciou-se, na viragem do século, na beoria ge- ral do direito, easa «eutandsia da filoeofia do direite™, onde a sespecialis- ‘ay juridico, tomanda em mos a tarefa de Slosofar, quis, pois, wansformar a Glosoia do Geto em «Filosofia dos Juristasr. O resultado de uma con sanguinidade tal ¢, ne melhor des hipéteses, uma Slosoda vulgar, que tal- 3 Heidegger, Biyfthrang in die Mesophysh, 1958, 7.8. " Jespors, Binfthrung.. lt, p10. i Radbrush, Rechsphilowphie. iy. LL yor chagas, inh 33 igoma conclus acartada, mas que nada sabe de si propria. Em regra, trata-se do mais ‘eriviell Se eee gee : 5 solo do dicaits, nun « orentade apenas Pe TE 2 vost, a9 méio se preocupar com 05 problemas caracteristicos 2 ea ciéngia do direito dizige, aguie ogora, a een renta-nog, por vezes, Lavestigayoes impressjonansamen- 2 ae She sg ronutedoo da tradupto desta ou daqueld carrente de emai para alinguagem da filosofia do dizsita, mas, 00 fa26-lo, «tes- Poe a questies que, nessa situaglo histérion concrets, nem sequer se asian ‘por isso, nio merocem ser colocadas hie etn ee ‘Des comportamento exrade, us ocorre frequentemento, de um née bento om relago & Slosofia consists em pretends trenape essen 08, ass ou tsoranSlosces para se préprio campo sto 6 em apis a losofia como ques gplica uma receita. Daf resultam, entdo, as conbeci- fa Slosofia do direito: tominino, kantisnismo, hegelianisme, ‘que elas se chamém. Aqui deve, desde loge, objec- éficas nunca representam sohugoes a ‘receitasy —, que possara 52° ‘utilizadas como se fossem fir- ee ‘Antes pelo contrésio, s40 «apenasr aspectos, linhas vpviado, que ve mostram essencinis numa certa perspectia expario- tet. poral, Infelizments, a Slosofia tem, demasiadns vezes, dese deixar actaat belo fracasso, quando, na ealidade, o que est na origem deste 60 trata- ents impensado actin da prin soi Seuss — a i ie um fildagz0, se o acomy 105 & TE 5 achivame seta a est ce oe Fe Sroveate da recepgio de algo exterior: SE néo 6 roubo a apropriege que obsorve o apropriads, através da sue transformagSo, em acyio pré- ne 7 a De que foi dito resulta ainda que uma formagde de escolas contradis a natureza da filosofia. Tais escolas poder ter muitos mérites, mas, mais tarde ou mais codo, acabem por degenerex aum dogratisme que deixe de ser cepad de se abrir a outres correntes condusindo, assim, a uta endure- Cnrento, a uasa nerostesdo alé a uma absolutizagdo da wpinio de esco- Tar. Todos os absolntsmos, todas as férmulas presises, exacts — "e, em oposi- 40 A sociologia do direito, nio se ocupa das realidades do dirsito ‘No fundo, a teoria do direito 66 se distingue da filosofia do direito pelo ‘sou motivo: © que est em causa é 2 emancipardion face A filosofia; ojurista 3B, Stain, Binfohrung..cit, p21, loprtprata quests Slosécas do dicito,stravés de uaa eee explo lect grit: distanciamenio~ daa ctocias fave filcecia 0 $0 os Mog a flosofa como era isciplina residual Hoidegges So te moc amnpo para. qo on psn da Sono pegs se veer am rag dasisivo da Slosni: a formasto de sitnces ne borizonte cosa i gona. Dasta apotar a antonomia da psp, da sto aero Pl eopigia come enzcplogie ental, o pala in o> tion codotin..o™, Dove terse tabi om bata que, i Sas nabucais estavem indisgosiavelmente Taamente, todas a2 clént gio rads a Slosofi, ; ie proceso id@stica possou, mutatis rsutandls, a Glosofia de dices ‘dalongo éo tempo tarabém dela se wee onde estar em primsizo plane, a-pergunta acerca do verdadelro st mas ei, como dz Rudelt Stamler, o problema do scoahecimeat vedeitos, Negase uma sssencialidade sutGaoma eo direite, que passa ser spends umm conceito nominal, uma designagio quo cempreende as qe convebidas pola ornigotencia do legisladoc(positivismo). A idela do vidal a Critic do tensa) eabedoris ‘A atitude face 29 questa cia paxap' monte, _—_ 2 Meditate: Delis quae in itu =BOx 2 Geto, Carta Schulte de 16 ds Setembr do 1891. 2 Suumaulet Theorie der Retewissenscbat, 2" ey 1023, pp. 1428 _revecati peevunts Meditatio IV: De vers etal 40 Aireito naturel jd nem sequer 6 compreendida. Da inesma forma que se pretende ver nas leis da netureza meras «generalizagbes cienlificasr, qua- 1ifica-se 0 direito natural como um «produto da teariay**, B também nada. mais resta da fllosofia do direita do que a «teotie geral do direito™, Tam- ‘bém aqui se revelam, pois, es tendéncias fracturantes™. 3, 4 filosofia da existéncia (0 mundo como proceszo de auto-rea- lizagéo) A terceira fonte do Slosofer 6 comogéo existencial, que se apodera do ho- xem, quando confrontado com as esituapSesronteira» da existénci; situa Ses que nfo consegue transpor ners alterar, nas quaia ohomem (ou asocie- dade, 2 bumanidade inteira) experimenta o limite do seu ser, 0 carécter nlio definitive do seu mundo quotidianamente preccupeio: culpa, doensa, morte, guexra, epidemias, desmoronamento de culturas, declinictde povos.A tome- da de consciéncia desta situagies-limita, a percepgio da préprie fraqueza © impotlncia impel, jé dizia Epictoto, & tomada de posigéo, A pergunta sobre 0 sentido da existéncia humana. «A afligdo ensina a pensax» (Bxnst Bloch), ‘Tudo depends da forma comoc homem enfrenta tates sikiagées-limite. Pods fechar os olkos, agic como se essas situarGes nfo existissem, o, um corto dia, deixar-ce, de facto, dominer por elas. Este é o procedimeato do incaracteris- ‘Hoo, da deficiéncia da existéncie: existéocia de massa. O homem 96 atings a verdadeira e prépria existéncia quando se coloca, decidido, perante as situa sSee-limite, quando as insere, corn sentido, nos seus planos a no seu agit © quando assim, pela transformacio da sua coasciéncin de ai prépric, ce tora complstamante ele mesmo. Histo que esti em causa na flosodia de existén- cia: ela exorta o homom a resintir ao impulse da fuga para um mero «rego- tar» incaracteristico, na medida om que ele se decide pelas etuas préprias possibilidades e, deste modo, atinge arealiagio de si proprio. ® Bagiach, Die Idee der Konkret 2 ed, 1066,p. 251. Mio se pretende afer que tal tx Gis acme notes, 4, Radbruch, Bin/Bhrung in die Rechtsuissensctaf, 818 o, 1909, p. 109 (12." 0 ‘Plates por Kaarad Zeiger: 1089, pp. 257 mu; GRGA, 1, 2967p. 50). 3 Pubinger Binleitung in die Philorophie, 1, 1083, pp 2 es, Park uma peropectivainfor+ sativa, Hannch Arendt, Wos it Bastenzphilagoil, 1980. srang in Recht wad Recheswisunschsft unserer Zit, ja completamente falas. a ‘nio pode constituir motive de espanto 0 facto de tincia preferencialmente e compro «,por isse, em crise, Bla 6 filosc- “Apés 0 que ficon dito, sos deperarains com a locoia 4 exis fpora se encontra ex ropthire ; “eiragens de época. Encontramora, ainda que! “Oe, no mies da Antiguidade com os pré-socrétizor, no Tes da ‘Boge Média em Santo Agostnho, no imiar da Modernidade porventura aan scal, © 6 ela, novamenie, a Slasoia do rosso tempo, de tempo de Cm Jiqgo para wise nova, qbacia era einda inominade”®, Tabém no cam rota dreto nia comocio existencial, a tomada de coasciéneis das situs Pe mite, woxpotiancia do inevitsvel racasso do nosso dieito terresiree ieee a questonabilidade éliima, medida segundo o critéris de valores h- sqialos Radbruch aficmou usa Yaz que 66 0 juriste eum a couscitncia pe veda a6 aque usista cus wom cada inatante da sua vida prisiona! tex endia tanto da necessidade como do carécter pibfandamsente da sua profiselior seria um bom jurista””. Bsta é, por intair, jensar do flosofia da existincia, O jurista que fecla.os alhos ‘eraate a Himitagho, a incompletude do direto ea impossibilidade do nele ye conf, tal como ele nos 6 acessfvel, entroga-se cegamente a ele ¢ aben- Gnas 2 todas as suas fatalidades. Bsta posture é caxacterfotica tanto do posidvsta como da jumaturaliste, O positvista vé apenas a Ji fesha-se Teraate qualquer momento supralegal do dieito e, por io, ¢ impotante fave a qualquer perversio do direito pelo poder politico, tel como, alids,ex- perinontimos no nosso século até a néusee. O juanhuralista valorita pow toa le positive, apostando em normas pré-coneebidas. No eitaxto, como snd consague apresentié-las de forma cognoscivel, acaba por condiuzir& nx tortera do direitoe & arbitrariedade, o que ficoa experialmente patente no séoub XVI ejumaturalister, Ambas as teorias se desencontram com ¢ odode existéncia do direito. Def qua, em nenkume alas, odivsite chegue até oi préprio®™, queue fia tipica das ‘lena coasci questionével umaforma dep De idogyee —anas no apenas clo— fla da de ore da wiumnbtcay, Cle Zur Sache des Denhen cit p. 64 ¥, abroad, também Guardini, Dos Brde der Newsit; Bin Versuch sur Gnentovang, 6 et, 1950. Também Aathar Raufmens, Rechisphilosophi i der Nach-Nes- fulp2 03, 1992 om eapathtl, La Hiloveic dal Derecho en ls Persedernidad, Bogois, 1392. "adboush, Rechphiloeephie. oy. 204% também Sek Welt Fragwandigheit wn Notweedigneit der Racktssisonschoft, 2060 (ximpreaeto, 1960), 13 bee pte problemtce, rer Matkofer (org), Naturrechtonar Rechispoitviemust 3° 1983; tambien Arte Kawsinann Beltrge. i pp. 79 oe a2 164. A sintese das diferentes correntes Areferida divisdo da flosofia deve entender-se come estando construt dasobre tipos-ideais, Nenhuma corvente se apresenta na sua pureza, mas ns diferentes épccas acentuam-nas diversamente. A concentracio ideal das caracteristicas de uma Glosofia permite sobretudo que os seus exras sobrescaiam mais nitidamente do que a partir de uma observasiorealiste, ‘Avvelha concepgio substantivo-ontolégica e cbjectivista do dirito 6 or- rada, 0 dizeito néio 6 um ihjecto» como as Acvores e as casas. O direito é, polo contrério, a estrutura das relagies nas quais os homens esto uns pe- rante 0s oubros e perante as coises. Hm vez de uma ontologia da substin- cia, deve desenvolversse una ontologia das felagées. (Conbado, também 6 ercade iluir tudo no subjective o, em wltima anéli- se, funcional, negendo todo 0 vontoldgico» (indisponivel). Deste made, surge o perigo do direito estar inteiramente a disposigto do legisladox Ambes as ‘posturas —a objectivista oa cubjectivista —slo reféns ddesquemasujeito- jf “objecto (sujsita © cbjecte permanecem soparados no conbecimento), ainda que com sinal contrécio, Este esquema 6, hoje, posto em causa nas prépries siéncias naturais, mas, pelo menos, nfo 6 adequado as ciéncias hermendut- cas (da compreensie). Ele tem de dar lugar a um pensamento pessoa ‘Também deve sor evitado o extxemo da Glosofia existentialista na ver ako de Jean-Paul Sartca, segundo a qual o homem constséi a sua propria moral, bem come o extrema do funcionalismo no seatide que Ihe & dado por ‘Niklas Lubmana, para o qual direito sd surge ese legitima etravés do pro- codiments.A pessoa e também 0 droite sie simulteneemente dados adqui- 1idos e renunciados, so irrevogavelmente chjectividade e subjectividade ‘num of, so tamto o equ como 0 vcomoe do precesse de realizapio pessoal, siravésdo qual atingem a sua concreta forma de sex, com s¢ limitarem a ser excdusivamente o produto desee processo. Esta 6, em afntese, a ideia de uma teoria processual da justiga objectivamente (pessoalmente} fundade ®. Mais deidameate sobre este tema: Arthur Kalina, »Voribeclepungen na eier jw sisticben Lopik und Ontologie der Relatisnan; Grundlopung einer parsonalen Rechiatheo- bem BTS, 17 (L908), yp. 257 56; idem Uber dle WissenscheMichels der Rechtawis- eanbal; Antitze ma sinar Komvaryenstaovie der Wabrhelts, em ARSP, 7 (2986), pp. 425 riders “Recht und Rationalit2h, em Rechsstact und Menschenuilrde; Festschrift fir Wer- rer Meihofer, 1986, pp. 1 as; iden, Proved Theorten der Gurechuigheit 195% dar, “Rechsphlceophe in der Nach News t 43 ‘pa5.A sore da filvoia e da flosofis do direite nos tempos Ge hoje do transigdo e de suptura, Fala-ce muito de xau- Vite vadigmar, © sucedem-se as mudensas do paredigma Ainda oe marca distintiva da Modernidade— a racionalida ar yada cuba de tudo — 2 nas chegs vindo doe HUA » da Prange, 0 oe fpnodeciamno que sgaifca nada mense que retormn do iraciosl Peete que iraconalidade nko aerve de recita para wm filtsofs om 7 es conteas, Mas jastamente qusnd se aposta ns resonalidad © sino, ¢ aconselbAvel apereebermenos de onde vera o malester cox a Ripernigade e,nomeadamente com oTuinstno, que confeiu ao ps z0- Megumo uma fal orga de atracpdo. Dizendo-o nama Sase:¢ a prcssto de eetiaaydo da Modernidades, a

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