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Review – Black Clover, capítulo 97 – “Nada Especial”

Nosso protagonista decolando na velocidade de um cometa!

Em seu livro The Practice of Psychotherapy , Jung afirma que “o inconsciente não é
somente maligno por natureza, é também a fonte do mais elevado bem: não somente
escuro mas também iluminado, não somente bestial, semi-humano e demoníaco, mas
super-humano, espiritual, e, no sentido clássico da palavra, divino.” O inconsciente, a
força interior, o poder adormecido, são recursos bastante comuns em narrativas de
histórias heroicas. Seguindo a cartilha de um bom shonnen, Black Clover avança no
desenvolvimento de nosso carismático protagonista.

O capítulo se inicia com nosso protagonista perdido em sua consciência. A priori, ele
não sabe o que aconteceu, não sabe onde está e nem porque está lá. Seu primeiro
pensamento é pensar que morreu (acho que eu pensaria o mesmo). Interessante ver as
motivações que mantém Asta vivo: seu amor platônico pela freira que cuidou dele
quando criança (sensacional esse desejo de querer casar com ela haha) e sua rivalidade
por Yuno, seu irmão e rival.

O ser negro que habita em Asta (que a partir daqui chamarei carinhosamente de
capiroto) finalmente entra em contato com seu hospedeiro, em um tom de hostilidade
bem característico de seres poderosos que habitam corpos de protagonistas
adolescentes (Kyuubi, tô olhando pra você).

O capiroto tenta tomar o corpo de Asta na base da força bruta, e é rechaçado


imediatamente pelo rapaz. A inocência do mago o impede de aceitar ser manipulado
tão facilmente e isso é bom. Se não fosse assim, Tabata estaria quebrando toda a
persona que construiu para Asta: um cara que levou o conceito de “determinado” ao
extremo, não deixando nada nem ninguém atrapalhar seus sonhos.
Numa sequencia de quadros recheados com frases de impacto (característica marcante
deste mangá, afinal), Asta assume o controle do capiroto na base da força bruta mesmo,
e reafirma sua posição de “protagonista mais determinado da atualidade”.

O agora meio mago, meio capiroto parte para o ataque sem piedade. Radros, o vilão
bundão, não entende a nova transformação de seu inimigo a frente, que do nada passa a
transbordar magia. Sim, magia. Tabata-sensei me surpreende novamente explicando que
a anti-magia também vem de uma energia que é contrária à mana (energia utilizada
pelos magos para usarem magias normais), servindo assim, como uma força oposta e
natural.

A explicação da rainha das bruxas para o repentino poder de Asta é deveras


interessante. Ela afirma que Asta (apesar de ser protagonista) não tem nada de especial
em si, sendo apenas uma mera aberração da natureza que não consegue acumular mana
em seu corpo. O poder que o garoto possui é fruto de um grande acaso.

Essa é uma mensagem extremamente poderosa e tão útil nos dias atuais. As pessoas
enxergam em sí uma necessidade gigantesca de serem especiais, quando na verdade, o
que as tornam especiais é o seu amor próprio. Viajei legal nessa afirmação? Talvez. Mas
é meu modo de interpretar esse capítulo. E se não for pra causar esse tipo de reação eu
nem leio.
Na sequência, vemos o vilão bundão morrendo de medo do Asta-capiroto. Os ataques
desferidos por Radros não tem mais efeito nenhum contra Asta, que o ataca sem dó nem
piedade. Se Asta tivesse um mínimo de compaixão contra esse vilão, eu particularmente
desistiria desse mangá. Tudo tem limite, até compaixão de herói.

No derradeiro fim, não poderia faltar a frase de efeito, afinal esse é o mangá dos clichés
bem usados:

Destaque para a página dupla sensacional do fim derradeiro de Radros (assim espero,
ninguém mais aguenta esse cara).

Esse foi um capítulo bem bacana, com cara de capítulo 100. Me deixa apreensivo para
como a trama irá se desenrolar a partir daqui. Agora que nós vimos que Asta é só um
cara que por acaso possui tal poder, dá margem para Tabata mostrar mais um
personagem que de fato será descendente direto do demônio. Outra coisa é entender
qual a relação da rainha das bruxas com esse tal demônio (ou seu descendente), talvez
num flashback que mostre a história do reino Clover. Asta precisa treinar mais sua anti-
magia e aprender a controlar melhor seus poderes. Será se ele terá algum mestre, nesse
quesito? Só o tempo dirá.

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