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1.1. Natureza:
1.2. Conceito:
1.3. Objeto:
1.4. Perspectiva:
A perspectiva política foi elaborada por Schimitt, ele dizia que a constituição
nada mais era que uma decisão política fundamental. Para ele. Seria o ato
político que daria origem à constituição e que dentro dela, haveria um conflito
entre as Leis Constitucionais e a Constituição de fato.
Por fim, temos a perspectiva jurídica é a mais aceita hoje em dia, seu
difusor for Hans Kelsen que diz que a constituição é a norma jurídica pura. É o
dever-ser, simplesmente que não busca parâmetro em nenhuma lei anterior,
nem mesmo na sociedade. A constituição exerceria o sentido lógico-jurídico, já
que serviria de pressuposto para as demais leis que surgirem e sentido
jurídico-positivo por ser uma norma positiva suprema que regula as demais.
1.6. Concepções
As Concepções da Constituição
Sobre esta nova dinâmica, gerou-se uma produção dogmática intensa que
absorveu esta realidade e passou a construir vários sentidos, conceitos e
explicações para o fenômeno Constituição.
“A partir do século XVI, mas principalmente nos séculos XVII e XVIII, a doutrina
jusnaturalista, de modo especial por meio das teorias contratualistas, chega ao
seu ponto culminante de desenvolvimento. Paralelamente ocorre um processo
de laicização do direito natural, que atinge seu apogeu no iluminismo, de
inspiração jusracionalista.”[11]
Por conclusão, essa idéia faz com que os fatores reais de poder determinem a
realidade e, por conseqüência, faz com as coisas “... não possam ser mais do
que são e como são”[19].
“... ‘uma decisão global sobre a forma da unidade política’ adotada através de
um ato de poder Constituinte. De acordo com ele se diferencia a Constituição
da Lei Constitucional, a qual se pressupõe a existência da constituição como
decisão política e contem uma multiplicidade de regras heterônomas, que não
reflitam simplesmente as decisões fundamentais a que são chamadas
Constituição.”[25]
A Constituição propriamente dita deriva de uma vontade política e não se
confunde com a Lei Constitucional, ou seja, o documento que representa a
Constituição não se iguala com ela mesma. Isso ocorre segundo Carl Schmitt,
porque à vontade de formação social antecede o que ele denomina de
comunidade política. Trata-se esta de um ser consciente da sua própria
unidade política, e assim, só o é por possuir uma vontade de existir.
Para que essa divisão fosse possível e, principalmente, para estabelecer o seu
conceito positivo de Constituição, Carl Schmitt teve que partir de um
pressuposto, separar a Constituição propriamente dita do que denomina Lei
Constitucional.
Isso não quer dizer que certas matérias presentes nos textos constitucionais
(Lei Constitucional) não façam parte também daquilo que Carl Scmitt denomina
de Constituição. Significa apenas que os conteúdos da Constituição não
dependem dos textos constitucionais (Lei Constitucional) para existirem ou
para terem validade. O entendimento de Carl Schmitt inverte esta lógica,
fazendo com os textos constitucionais só ganhem o status de Constituição e,
por conseqüência, adquiram validade, quando derivem de “... uma decisão
política prévia, adotada por um poder ou autoridade politicamente
existente”[28].
“Las leyes constitucionales valen, por el contrario, a base de la Constitución y
presuponen uma Constitución. Toda ley, como regulación normativa, y tambiem
la ley constitucional, necesita para su validez em ultimo término uma decisión
política previa, adoptada por um poder o autoridade politicamente existente.”
[29]
Essa distinção realizada por Carl Schmitt faz com que possam existir normas
provenientes dos textos constitucionais (Constituição Escrita) cujos conteúdos
não façam parte da Constituição, por não fazerem parte da decisão política que
esta de fato é[30].
O raciocínio desenvolvido por esta teoria ensina que nem tudo em uma
sociedade deve ser normatizado, por entender impossível qualquer intenção de
tornar todas as condutas humanas passíveis de serem prescritas atravpes de
normas.
Além disto, e com maior relevância prática, a teoria culturalista expõe que há
certas condutas sociais que são mais valorizadas do que outras e, por isso,
auferem a condição de norma, adquirindo o status de Direito. Desde que o
Estado Moderno surgiu e consolidou o monopólio da força como forma de
garantir a eficácia de certas condutas humanas prescritas como norma, tornou-
se interessante para as sociedades colocarem sob essa tutela atos individuais
e coletivos, eleitos por esta mesma sociedade diante de sua relevância.
Por outro lado, a Constituição não se mantém estática, mas, sobretudo, por seu
caráter de regulação ao processo de integração, se mantém e se renova na
sociedade, com o intuito de atingir sua finalidade, encontrando uma realidade
dinâmica, mantendo-se em contínua criação e renovação.
Jorge Miranda ensina que Peter Haberle entende a Constituição como “...
expressão de uma situação cultural dinâmica, meio de auto-representação
cultural de um povo, espelho do seu legado e fundamento da sua
esperança.”[40]
“Uma Constituição que estrutura não apenas o Estado em sentido estrito, mas
também a própria esfera pública (Offentlichkeit), dispondo sobre a organização
da própria sociedade e, diretamente, sobre setores da vida privada, não pode
tratar as forças sociais e privadas como meros objetos. Ela deve integrá-las
ativamente enquanto sujeitos.”[41]
A partir destes fatos da história, houve um resgate significativo por parte das
Constituições Ocidentais de valores básicos da modernidade, de ordem liberal
e social, que galgaram grau de fundamentalidade nos ordenamentos
constitucionais do pós-guerra, e que se consolidaram na ordem global na
Declaração dos Direitos Humanos de 1948 realizada pelas Nações Unidas.
Porém, por ser Constituição, Lei fundamental, Lei das leis, revela-se mais do
que isso. Vem a ser a expressão imediata dos valores jurídicos básicos
acolhidos ou dominantes na comunidade política, a sede da idéia de Direito
nela triunfante, o quadro de referência do poder político que se pretende ao
serviço desta idéia, o instrumento último de reivindicação de segurança dos
cidadãos frente ao poder. E, radicada na soberania do Estado, torna-se
também ponte entre a sua ordem interna e a ordem internacional.”[62]
2. Constituição