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DIREITO CIVIL IV – DOS CONTRATOS EM GERAL

DAS ESTIPULAÇÕES CONTRATUAIS DE PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO

CONSIDERAÇÕES INICIAIS E REGULAMENTAÇÃO

 Além da previsão legal da estipulação em favor de terceiro, admite o


Código Civil brasileiro a possibilidade de estabelecimento de uma
declaração de vontade na afirmação da realização de um ato por terceiro.

 A expressão “fato de terceiro”, consagrada no texto codificado, nos


parece um tanto imprópria, tendo em vista que se trata da prática futura
de uma conduta humana, e não de um fato de coisa ou animal.

 Trata-se, portanto, de um negócio jurídico em que a prestação acertada


não é exigida do estipulante, mas sim de um terceiro, estranho à relação
jurídica obrigacional, o que também flexibiliza o princípio da
relatividade subjetiva dos efeitos do contrato.

 Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por
perdas e danos, quando este o não executar.

Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o


cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado,
e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo,
venha a recair sobre os seus bens.

 Trata-se do denominado contrato por outrem ou promessa de fato de


terceiro. O único vinculado é o que promete, assumindo obrigação de
fazer que, não sendo executada, resolve-se em perdas e danos.
 Isso porque ninguém pode vincular terceiro a uma obrigação. As
obrigações têm como fonte somente a própria manifestação da vontade do
devedor, a lei ou eventual ato ilícito por ele praticado.
 Configura-se quando uma pessoa se compromete com outra a obter prestação
de fato de um terceiro (CC, art. 439). Responderá aquela por perdas e
danos, quando este o não executar.

 A nova regra evidentemente visa à proteção de um dos cônjuges contra


desatinos do outro, negando eficácia à promessa de fato de terceiro
quando este for cônjuge do promitente, o ato a ser por ele praticado
depender da sua anuência e, em virtude do regime de casamento, os bens
do casal venham a responder pelo descumprimento da promessa. O Código
Civil brasileiro de 2002 trouxe uma inovação, ao prever uma hipótese de
exclusão de responsabilidade civil do estipulante, para o
descumprimento da obrigação pelo terceiro.

 É a situação em que Caio promete a Tício que sua esposa (de Caio, não
de Tício), com quem é casado em comunhão universal de bens, irá
transferir um imóvel para si. Ora, a responsabilidade civil de Caio,
pelo descumprimento da prestação por sua esposa, acabará recaindo no
patrimônio desta, o que seria uma situação de responsabilização de
terceiro que não fez parte da relação jurídica obrigacional.

 Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem,
se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.

Está repleto de razão Silvio Rodrigues quando declara que o dispositivo


supratranscrito afirma um truísmo (coisa tão óbvia que não precisa ser
mencionada; banalidade, obviedade), pois cogita de uma promessa de fato
de terceiro que, uma vez ultimada, foi por este ratificada com sua
concordância. Ora, “assumindo a obrigação, o terceiro passou a ser o
principal devedor. A assunção da obrigação pelo terceiro libera o
promitente”.

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