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Abstract
From the conversations between the field of experience and the cartographic experience, the
article questions the transcendent and fixed concept of research ethics. Having in view the
affirmation from the processuality and the pluralism belonging to subjectivity, we intend to
highlight the need for an open ethical guidance, in tune with the singularity of events involving
human subjects. In this sense, and defined by the cartographic perspective, two analysis
guidelines shall be prioritized, namely: the research “with”, in lieu of the investigation “on”, and
the understanding of research as an intervention. The proposal for the generation of new
knowledge and new practices from the shared experience, oriented towards the invention of new
ways of existence, allows us to consider another ethical sense, which, averse to the strict and
generalizing regulations, would act as a guide in the face of everyday dilemmas in field of
mental health research.
Keywords: Ethics of Research; Cartographic Perspective; Subjectivity; Mental Health.
Resumen
A partir de la conversación entre el campo de la experiencia yla perspectiva cartográfica, el
artículo cuestiona la concepción trascendente y fija de la ética en la pesquisa. En vista de la
afirmación de la procesualidad y del pluralismo propio a la subjetividad, se pretende resaltar la
importancia de una orientación ética abierta y sintonizada con la singularidad de los
acontecimientos involucrando sujetos humanos. En ese sentido, serán priorizadas dos directrices
de análisis indicadas por la perspectiva cartográfica, a saber: la pesquisa “con”, en el lugar de la
investigación “acerca de”, y la compresión de la pesquisa como intervención. La propuesta de
producción de nuevos conocimientos y prácticas generadas en la experiencia compartida,
orientada para la invención de nuevos modos de existencia, permite pensar otro sentido ético
que, avieso a prescripciones rígidas y generalizantes, actuaría como guía delante de las
dificultades cotidianas del campo de pesquisa en salud mental.
Palabras clave: Ética de la Pesquisa; Perspectiva Cartográfica; Subjetividad; Salud Mental.
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Primeiramente, cabe esclarecer a desvios, mudanças no projeto, a serem
questão que este trabalho vem propor à área realizadas ao longo de todo desenvolvimento
da pesquisa. Ela surge a partir da perspectiva da investigação. Visamos construir argumen-
cartográfica e se dirige à ética das tação contra o estabelecimento de orientações
investigações envolvendo sujeitos humanos. éticas estanques, pré-fixadas, que engessam a
Trataremos de questões ético-metodológicas experiência gerada no campo da pesquisa.
que tenham sido geradas no campo de Nosso encaminhamento fica mais claro
investigação e que se impõem ao pensamento, quando constatamos que, hoje em dia no
nos forçando a construir uma atitude crítica Brasil, quando falamos de ética na pesquisa,
face a impasses que nos são impostos pelo dia somos remetidos, a princípio, à autorização
a dia de nossa prática como pesquisadores. formal que precisamos receber dos comitês de
Evidencia-se assim a relação indis- avaliação, denominados CEP (Comitê de
pensável entre o pensamento e o plano Ética de Pesquisa), espalhados pelas
concreto de nossa experiência num processo universidades brasileiras. Baseados num
de afetação recíproca, de transversalidade código de ética composto de preceitos gerais,
entre os dois planos. Pretendemos mostrar os comitês avaliam quais pesquisas merecem
como os planos, teórico e empírico, da ser realizadas. O objetivo deste trabalho é
pesquisa estabelecem entre si uma conver- ampliar a discussão para além dessa
sação, um processo de contágio ininterrupto concepção de ética apoiada em um código
entre ideias e gestos técnicos que exigem fixo que vem sendo afirmado como critério
presas a uma mesma lógica, a da verdade mancham o instituído, criando condições para
invariante. fazer manter ininterrupto o processo de
Vale pensar uma orientação ética instituição. No caso da subjetividade, fala-
capaz de realizar composições entre fluidez e mos da intensificação das forças de
conservação, isto é, hábil para mesclar desubjetivação, que desestabilizam a forma
instabilidade e estabilidade. Enfim, uma sujeito estabelecida temporariamente, ou seja,
direção ética que tome o ser como série põe em questão o conjunto de modos de
sucessiva de estados de equilíbrio metaestável existência em jogo no momento, com vistas à
(Simondon, 1989). Queremos dizer que possibilidade de construção de outras formas
respeitar a natureza variável da subjetividade de subjetividade que, do mesmo modo, serão
é, pois, incitar seu movimento, é alimentar a acompanhadas e administradas pela pesquisa.
continuidade do processo. Temos aí não uma Trata-se de fazer perseverar o movimento
prescrição rígida, mas uma diretriz mais inerente às instituições e à subjetivação2.
ampla, uma vez que deixamos para traz o solo Gostaríamos, nesse momento, de
de normas fixas para afirmação de uma continuar a análise desta questão na
orientação mais aberta que contempla a conversação com nosso projeto de pesquisa
dimensão de indeterminação da subjetividade, cujo objetivo é investigar práticas de saúde
isto é, sua potência inventiva, produtora de mental que inspirem construção de novas
modos de existência singulares. Sabemos bem políticas de saúde mental, na perspectiva da
que a preservação do processo de reforma psiquiátrica, no contexto do sistema
singularização, de variação, pressupõe levar de justiça criminal3.
em conta as circunstâncias locais, modulando- Reconhecemos aí a iniciativa de
se segundo os jogos de força, só definidos na ampliar o âmbito da reforma psiquiátrica. O
particularidade de cada momento dado caráter tardio da inclusão dos indivíduos com
(Tedesco & Rodrigues, 2012). transtorno mental em conflito com a lei, no
E ainda cabe lembrar que a movimento da reforma, aponta para o jogo de
orientação ética não diz respeito apenas aos forças conservador, ainda hegemônico em
efeitos dos procedimentos técnicos utilizados nossa sociedade, que desqualifica esses
durante a aplicação da metodologia de indivíduos, desapropriando-os do direito de
pesquisa, mas diz também dos efeitos receber tratamento adequado4.
almejados pelos objetivos de cada inves- Constata-se, portanto, que no Brasil,
tigação. Eis a orientação ética que deveria grande parte dos serviços ligados à oferta de
orientar nossas pesquisas: detectar e incitar as saúde mental ao sistema de justiça criminal é
forças instituintes, que interrogam e des- marcada pela lógica asilar, além de
vez de posicionar-se de forma diretiva ou não comum, entendendo que é a partir dela que
diretiva, o entrevistador visa construir a novos conhecimentos são construídos.
experiência da partilha de algo em comum. O Desse modo, traz à cena, protagonismo
comum, a que nos referimos aqui, não diz dos sujeitos e, em especial, foca nesses efeitos
respeito a pontos de vista harmônicos, à o encaminhamento metodológico do estudo.
concordância plena ou ao oferecimento de Um desdobramento importante desse prota-
respostas que atendam clareza e a gonismo dos sujeitos é o que Latour (2000)
objetividade. Partilhar significa a existência denomina recalcitrância ou resistência do
de interesse comum pelo diálogo e, objeto de estudo, entendido como a aptidão
principalmente, pela pesquisa que está sendo do objeto, no nosso caso o sujeito, de
proposta. contradizer o que é suposto pelo pesquisador,
A entrevista, portanto, depende de um de contestar o que acreditamos e dizemos
manejo especial, apoiado no respeito e sobre ele. A recalcitrância é benvinda porque
valorização mútua. Não cuidar da construção atua gerando tensões, novas forças no campo
do plano comum é arriscar-se a obter que interrogam a pesquisa, que põem em
respostas evasivas ou mesmo falsas, compro- análise e desestabilizam o ponto de vista do
metendo toda a investigação. O entrevistado pesquisador, exigindo deste a reformulação
precisa sentir-se confortável, valorizado nas dos rumos do projeto inicial.
suas contribuições ao estudo. E, ao mesmo Sobre a recalcitrância dos sujeitos,
tempo, espera-se do entrevistador escuta encontramos um exemplo de desarranjo entre
sensível a todas as dimensões do que está a orientação ética da pesquisa cartográfica e a
sendo dito. Por exemplo, em certo momento, exigência de obediência a um código. Na
a fala do entrevistado pode abrir brechas, nas prática da rede de pesquisadores, que vem se
quais emergem outras direções para a dedicando à discussão e elaboração das pistas
conversa-entrevista. Ou seja, uma resposta ou do método cartográfico, observou-se que,
um comentário, uma expressão verbal ou muitas vezes, o manejo da recalcitrância do
corporal, põe outras forças em cena, e o sujeito pode entrar em choque com preceitos
entrevistador precisa estar apto a acolher, do código de ética. Como relatam Sade,
detectar e seguir a nova rota proposta, sem, no Ferraz e Rocha (2013) em muitas ocasiões foi
entanto, perder de vista o problema, ou seja, o notada a resistência, de muitos sujeitos, de
campo problemático no qual estão ambos assinar o contrato no primeiro encontro.
instalados. Ou seja, a entrevista na Denominado Termo de Consentimento Livre
perspectiva cartográfica explora a experiência e Esclarecido, o TCLE, segundo o código de
ética, deve ser assinado pelos sujeitos antes
do início da pesquisa. Contudo, em vez de deixar-se afetar e estar preparado para abrir
tomar a recalcitrância como um obstáculo, mão de nosso ponto de vista de pesquisador,
eliminando os sujeitos recalcitrantes da daquele que detém o conhecimento. O
pesquisa, a decisão do grupo de pesquisa tem pesquisador implicado permite ser afetado
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sido de utilizá-la como um analisador . Logo pelo que acontece no campo empírico e
somos levados a reconhecer que as relações possui disponibilidade para abandonar suas
de cooperação na pesquisa não estão dadas, premissas para assim experimentar a abertura
elas demandam muita atenção e precisam ser a outras perspectivas que ali circulam. Não se
cuidadosamente construídas com nossos trata, porém, de substituir um ponto de vista,
sujeitos. A norma fechada do código de ética, o do pesquisador, por outro defendido pelos
de entrar no campo da pesquisa somente com sujeitos-protagonistas, mas deixar-se habitar
a permissão formal dos sujeitos, tem sido pelo perspectivismo, pela multiplicação de
reformulada a partir da composição entre a modos de pensar e agir, para assim deixar a
experiência de impasse vivida no campo de diversidade atuar na busca por outros pontos
pesquisa e a diretriz que aponta para a relação de vista ainda não firmados.
de cooperação com os sujeitos. O contrato Diferentemente de uma atitude de
(TCLE) foi substituído por um processo combate ou de tolerância com o que diverge,
contínuo de contratação, realizado ao longo a circularidade das falas fomentada na
dos encontros da pesquisa. Substitui-se assim entrevista em grupo, opera não só a ampliação
a assinatura formal do contrato pela dos pontos de vista, mas principalmente,
contratação, trabalhando-a como movimento estabelece condições para que o processo de
gradual e contínuo de construção de parcerias afetação recíproca aconteça entre eles. É bem
(Sade et Al. , 2013). através desse contágio que estimulamos a
Ou seja, segundo a perspectiva carto- composição disjuntiva, a síntese heteróclita
gráfica, no manejo da experiência compar- que nos encaminha para a invenção de novos
tilhada, emerge a relação de parceria, um pontos de vista. É no atrito, no rugoso do em-
plano comum de forças a recalcitrância do bate entre diferentes posicionamentos que
sujeito age não só no redirecionamento do emerge o inédito, o novo. Não seria justa-
projeto inicial, mas se expõe claramente como mente o inédito a evidência de que estamos
relevante tema da ética, do respeito e efetivamente produzindo conhecimento?
valorização dos participantes na construção de
um trabalho coletivo.
Para tal cabe ouvir nossos sujeitos,
desenvolver relações de parceria para melhor
Pesquisar é intervir sobre a realidade de ver assim como nosso discurso sobre o
mundo são práticas histórico-politicas produ-
Como segunda diretriz afirmamos que: toras de realidade. É no mesmo movimento
toda pesquisa é uma prática de intervenção. que nós conhecemos e mudamos o mundo.
Isto significa dizer que toda pesquisa realiza Todo saber possui sua dimensão política,
ações, modifica fatos, imprime outras sendo preciso estar alerta para os efeitos que
direções ao mundo. Neste caso, parece-nos produz.
ser sempre necessário interrogar a direção Uma questão, portanto, parece se impor:
dessas ações, a amplitude e orientação dos se pesquisar é intervir sobre a realidade,
efeitos pragmáticos que o saber/fazer provo- incluídos aí os determinantes dos processos
ca. de subjetivação, é possível dizer que a
Cabe lembrar que esta questão não teria pesquisa dispara um gesto que poderemos
lugar ou sentido, caso estivéssemos trabalhan- qualificar de clínico. Portanto, parece ser
do exclusivamente com a concepção mais prioritário problematizar a orientação ético-
tradicional do saber. A pesquisa, na clínica de nossas pesquisas.
perspectiva positivista é definida pela busca Tomando os estudos e os conceitos da
da universalidade e da neutralidade, acre- análise institucional, com forte sintonia com a
ditando-se capaz de manter-se distanciada da perspectiva cartográfica, distinguimos duas
realidade que estuda. orientações políticas, duas tendências da
No entanto, em nossa proposta o quadro pesquisa. De um lado, a pesquisa da esta-
é diferente. Se admitirmos, com os estudos da bilidade, que prioriza a colocação em cena da
filosofia pragmática de J. L. Austin (1990), pura repetição e assim intervém na direção da
que dizer é fazer, nós podemos afirmar que preservação do instituído, oferecendo à
todo discurso sobre o mundo, incluído aquele subjetivação apenas a opção da submissão à
que sustenta a pesquisa, está envolvido norma, à ordem instituída. Por outro lado, a
necessariamente na construção da realidade. pesquisa, apoiada na ética, que ativa as forças
Segundo G. Monceau, (1996) o próprio ao instituintes provocadoras da desestabilização
processo de conhecimento, ao ser elaborado, do instituído. A partir da parceria com M.
comporta necessariamente mudanças no Foucault e com os autores da Análise
mundo. Institucional, afirmamos que a orientação
M. Foucault (1994), forte defensor do ética da pesquisa pode ser validada por sua
não existe saber livre ou neutro – nosso modo desvios nos acontecimentos do mundo, de
afastá-los de sua rota regular para multiplicar entendida como sinônimo de uniformidade,
os encaminhamentos, as soluções possíveis, regularidade, identidade. Nessa direção, as
suscitando a emergência de outras realidades, singularidades, compreendidas como modos
de outras modalidades de subjetivação de existência desviantes dos padrões vigentes,
(Kastrup et al, 2013). A postura ética do são entendidas como anomalias, e assim,
pesquisador passa a ser entendida como a desqualificadas e classificadas como o grande
atitude crítica destinada à problematização perigo em relação ao qual seria preciso agir,
ininterrupta da orientação do poder de tendo como direção a recuperação da ordem
intervenção da pesquisa. Tomo minha prática perdida através da correção. Trata-se da
de pesquisa atual como objeto desta análise subordinação forçada a modelos muito gerais
ético-crítica. de saúde.
Como dissemos anteriormente, a meta As ciências humanas e da saúde -
do projeto do qual tratamos nesse artigo é psicologia, direito, psiquiatria e profissionais
pesquisar estratégias de atenção à saúde da saúde em geral - agem como técnicas
mental que viabilizem o redirecionamento do auxiliares no exercício da submissão de todos
tratamento para ações substitutivas à hospi- a um único padrão de saúde. Estas ciências,
talização e que ao mesmo tempo privilegiem a ao proporem modelos universais, priorizam a
produção de modos múltiplos de existência, redução da diferença, do irregular e
respeitando as singularidades de cada caso. imprevisível, tão frequente nas condutas dos
No entanto, tais objetivos entram em indivíduos acometidos de transtorno mental.
choque com tendências reativas do nosso Nas distintas categorias, criadas para a
contemporâneo. Para melhor entender como organização do saber sobre os transtornos
esse confronto se instala, vale nos determos mentais, são sublinhadas as condutas
sobre nosso objetivo e seus riscos, uma vez anômalas a serem tratadas, as modalidades de
que a desospitalização pode não coincidir vida que precisam passar por práticas de
com o entendimento de saúde mental como reabilitação. Na verdade, esses saberes
promoção de múltiplos modos de existência. servem para fornecer normas mandatórias
relações entre poder e controle, ressaltam que fazer para que escapemos ao enquadramento
estas se exercem pela imposição de modos de dentro das categorias de transtorno mental. As
populações. Pois, o exercício do poder dirige- sas que, ao não serem cumpridas, justificam
lidade que havia sido perdido (Foucault, ações dedicadas à promoção de singula-
1978). ridades, à ativação de múltiplas formas de
As instituições fechadas, prisões e vida. A lógica da normalização também pode
hospitais psiquiátricos foram e ainda permear o funcionamento dos serviços de
continuam sendo muito úteis ao exercício da atenção à saúde mental em meio aberto. Isto
uniformização, atualizando, no espaço da porque o exercício de poder, sempre
reclusão, as normas geradas na interface entre ordenador, igualmente se distribui pelos
saberes e poderes. O autor nos adverte que espaços das cidades, invade locais inusitados,
nos muros fechados da escola, da prisão e dos os quais eram considerados a salvo do
hospitais psiquiátricos, a tutela do espaço controle disciplinar (Foucault, 1995).
disponível, a gestão segmentadora do tempo e Lidamos ainda com o mesmo exercício do
ainda outras operações disciplinares dirigidas poder que visa à submissão de todos a um
a cada indivíduo, adestram corpos e aptidões, único padrão, mas, agora, não mais efetivado
enquadrando-os sob um mesmo modelo pela via da disciplina institucional, exercida
invariante, universal. no confinamento. As paredes das instituições
O movimento da reforma psiquiátrica, deixam de ser indispensáveis. Em todos os
regulamentado por leis e portarias pelo espaços das cidades, nas ruas, nas redes de
Estado, ao assumir esse projeto, estendeu-o a comunicação, somos invadidos, seduzidos por
todo e qualquer indivíduo portador de essas verdades, por esses princípios
transtorno mental e, portanto deveria modeladores de nossas escolhas na vida.
estender-se aos autores de delito7. Leis e Trata-se da sociedade de controle, com seu
portarias indicam a desospitalização como sistema de comunicação construído em redes
prioridade na oferta de tratamento para saúde capilares por onde circulam os mandos sobre
mental. A orientação é de que os atendimentos como devemos agir, pensar, sentir (Deleuze,
sejam realizados em ambulatórios e através de 1992).
atividades dirigidas a reinserção social Observa-se que a insistência da lógica
encaminhadas no próprio território existencial da normalização age tensionando os serviços
dos pacientes. É a Rede de Atenção da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
Psicossocial - RAPS), constituída pelos Esses estão cotidianamente expostos à lógica
CAPS, os SRT e tantos outros serviços da padronização da saúde, da
substitutivos à clausura asilar. homogeneização de todos, tendendo a
Porém, a eliminação do confinamento defender um único modelo de saúde.
como tratamento pode não ser suficiente.
Tomamos a Reforma Psiquiátrica (RP)
Uma vez que não implica necessariamente em