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História da Radiologia

Tudo começou em 8 de novembro de 1895 com a descoberta experimental dos raios x,


pelo físico alemão Wilhelm Konrad Roentgen. Na Universidade de Wuzbug, na Alemanha
ao repetir experimento de outro cientista, Phillip Lenard observou que os raios catódicos
que fugiam de um tubo com vácuo por uma estreita janela de alumínio produziam uma
luminescência em sais fluorescentes e um escurecimento em chapas fotográficas.
Enquanto trabalhava em seu laboratório, observou o brilho fluorescente de cristais numa
mesa próxima do tubo. Esse tubo consistia de um invólucro de vidro com elétrodos
positivos e negativos encapsulados.
O ar do tubo tinha sido evacuado e quando uma alta tensão era aplicada, produzia um
brilho fluorescente, Roentgen protegeu o tubo com papel pesado e negro e descobriu uma
luz verde fluorescente gerada por um material próximo do tubo.

Por que envolver o tubo com uma cartolina preta?

Numa entrevista concedida ao jornalista Dam, em janeiro de 1896, Roentgen informa que
estava usando um tubo de Crookes no momento da descoberta (8 de novembro de 1895).
Numa carta enviada a Zehnder (fevereiro de 1896), ele diz que usou uma bobina de
Ruhmkorff 50/20 centímetros, com interruptor Deprez, e aproximadamente 20 amperes
de corrente primária. O sistema é evacuado com uma bomba Raps, ao longo de vários dias.
Os melhores resultados são obtidos quando os eletrodos da descarga estão afastados por
uma distância de aproximadamente 3 cm. Mais uma vez, não especifica o tipo de tubo
usado; diz apenas que o fenômeno pode ser observado em qualquer tipo de tubo de vácuo,
inclusive em lâmpadas incandescentes.
Que Roentgen descobriu os raios X por acaso, parece não haver dúvida. De que outra
forma algo tão inesperado poderia ser descoberto? Agora, sobre o que não se tem certeza
é qual foi o acidente que proporcionou a descoberta, e em que momento ele ocorreu. É
difícil de imaginar que no primeiro arranjo experimental Roentgen tenha envolvido o tubo
com a cartolina. O que ele esperava ver atravessando a cartolina preta, senão raios X?
Como é possível, em menos de dois meses, alguém abordar aquela enorme quantidade de
aspectos fundamentais de um fenômeno desconhecido, por mais genial que seja? Por outro
lado, se o "verdadeiro" momento da descoberta não é o 8 de novembro, qual a razão para
Roentgen fazer-nos crer que esta é a data correta?
Puro acidente ou não, o fato é que a repercussão da descoberta foi de tal ordem que, com
muita justiça, o primeiro Prêmio Nobel de Física (1901) foi concedido a Roentgen.
Radiografia tirada por Roentgen de seu rifle de caça. Observe que há um pequeno defeito
no cano. Com essa foto, Roentgen antecipou o uso industrial dos raios-x como controle de
qualidade de peças.

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-raio-x/historia-do-raio-x.php
Fonte: www.rxnet.com.br

Acostumado a visão no escuro, Roentgen percebeu que um cartão de platino cianureto de


bário brilhava debilmente durante as descargas. Convencido que os raios catódicos não
saiam do tubo e, portanto, não poderiam estar provocando esse fenômeno, Roentgen
especulou que um novo tipo de raio podia ser responsável. Concluiu que um tipo de
radiação estava sendo emitida pelo tudo, sendo capaz de atravessar a proteção de papel
pesado e excitando os materiais fosforescentes.
A descoberta dos raios x, não foi um acidente, embora ocasional, nem ele trabalhava
isolado.
Com investigações que ele e os seus colegas estavam a desenvolver, em diversos países, a
descoberta era iminente. De fato, ele tinha planejado usar o écran na próxima etapa da
investigação e certamente faria a descoberta momentos depois. Num dado momento,
enquanto investigava a capacidade de vários materiais de pararem os raios x, Roentgen,
colocou uma peça de chumbo em posição enquanto ocorria uma descarga, então Roentgem
viu a primeira imagem radiográfica.
No inicio todos queriam ver o próprio esqueleto, os raios x causaram sensação. Seis dias
depois de radiografar a mão de Bertha Roentgen apresentou seu achado aos colegas da
Universidade de Wurzburg.
A imprensa noticiou o fato com destaque em 5 de janeiro de 1896. No mesmo ano, os
médicos adotaram as novidades, pois graças a nova descoberta poderiam ver ossos
quebrados, órgãos doentes dentro do corpo humano. Logo seria a ser usada no tratamento
do câncer. Na sociedade a reação era deslumbrante. Todos queriam ver o próprio
esqueleto.
Rápido, o americano Thomas Alva Edison (1847-1931) inventou um instrumento com tela
fluorescente que deixava ver a radiografia ao vivo, sem a necessidade de revelar filmes.
E o verdadeiro risco da radiação continuou sendo ignorado. Em poucos tempos, surgiram
as lesões provocadas pelos raios X. As primeiras vítimas eram os operadores das
máquinas, que sofriam exposições repetidas e em grande quantidade.
Vários perderam as mãos. A primeira radiografia foi realizada em 22 de dezembro de
1895. Neste dia Roentgen pós a mão esquerda de sua esposa Anna Bertha Roentgen no
chassi com filme fotográfico, fazendo incidir a radiação oriunda do tubo por cerca de 15
minutos. Revelado o filme lá estavam, para confirmação de suas observações, a figura da
mão de sua esposa e seus ossos dentro das partes moles menos densas.

A primeira radiografia foi realizada no dia 22 de dezembro de 1895. Neste dia, Roentgen pôs a mão
esquerda de sua esposa Anna Bertha Roentgen no chassi, com filme fotográfico, fazendo incidir a
radiação oriunda do tubo, por cerca de 15 minutos. Revelado o filme, lá estavam, para confirmação
de suas observações, a figura da mão de sua esposa e seus ossos dentro das partes moles menos
densas.
http://www.walmorgodoi.com/aulascamoes/aula01_TR.pdf

Primeiros Aparelhos.

Novas conquistas:

Desde esta época até os dias de hoje surgiram várias modificações nos aparelhos iniciais,
objetivando reduzir a radiação ionizante usada nos pacientes, pois acima de uma certa
quantidade sabia-se que era prejudicial à saúde. Assim surgiram os tubos de Raios X,
diafragmas para reduzir a quantidade de Raios X e diminuir a radiação secundária que,
além de prejudicar o paciente, piorava a imagem final.
Em Janeiro de 1896 Roentgen realizou a primeira radiografia em público na Sociedade de
Física Médica de Wüzburg. Em Abril desse mesmo ano fez-se a primeira radiografia de um
projétil de arma de fogo no interior do crânio de um paciente, essa radiografia foi feita na
Inglaterra pelo Dr. Nelson.
Em 1898, o casal Curie (Pierre e Marie Curie) anunciou, na Academia de Ciências de Paris,
a descoberta do rádio.
Naquela mesma época, Madame Curie demonstrava que as radiações, descobertas por
Becquerel (a atividade radioativa dos sais de Urânio) poderiam ser medidas usando
técnicas baseadas no efeito da ionização.
Em Abril de 1896, um relatório médico apresentado no “Medical Record” descreve um
caso no qual um carcinoma gástrico teve uma surpreendente resposta quando irradiado
com raios-X.
Em novembro de 1899, Oppenhein descreveu a destruição da sela túrcica por um tumor
hipofisário.
Em 1900, Wallace Johnson e Walter Merril publicaram um artigo descrevendo os
resultados positivos obtidos em câncer de pele pela aplicação de raios-X.
Em março de 1911, Hensxhen radiografou o conduto auditivo interno alargado por um
tumor do nervo acústico (VIII par.).
Em novembro de 1912, Lackett e Stenvard descobriram ar nos ventrículos ocasionados
por uma fratura do crânio.
Um neurocirurgião de Baltimore, Dandy, em 1918, desenvolveu a ventriculografia
cerebral, substituindo o líquor por ar. Assim ele trouxe grande contribuição no diagnóstico
dos tumores cerebrais.
Em 1920, iniciaram-se os estudos relativos à aplicação dos raios-X na inspeção de
materiais dando origem à radiologia industrial.
Em julho de 1927, Egaz Moniz desenvolveu a angiografia cerebral pela introdução de
contraste na artéria carótida com punção cervical. Ao apresentar seu trabalho na
Sociedade de Neurologia de Paris, ele disse: "Nós tínhamos conquistado um pouco do
desconhecido, aspiração suprema dos homens que trabalham e lutam no domínio da
investigação".
A evolução dos equipamentos trouxe novos métodos. Assim surgiu a Planigrafia Linear,
depois a Politomografia onde os tubos de Raios X realizavam movimentos complexos
enquanto eram emitidos.
No Brasil, Manuel de Abreu desenvolveu a Abreugrafia, um método rápido de
cadastramento de pacientes para se fazer radiografias do tórax, tendo sido reconhecida
mundialmente.
Por volta de 1931, J. Licord desenvolveu a mielografia com a introdução de um produto
radiopaco no espaço subaracnoideo lombar.
Irene e Fréderic Joliot Curie, em 1934, descobrem a radioatividade em elementos
artificiais impulsionando as aplicações médicas com a obtenção de isótopos radioativos.

No final da década de 40, surgiu à ideia de usar a tensão alternada para acelerar partículas
carregadas originando, mais tarde, o acelerador de partículas.
Em meados da década de 50, foi construído um LINAC (Linear Acelerator) com a finalidade
de tratar tumores profundos, pelo Stanford Microwave Laboratory, sendo instalado no
Stanford Hospital, localizado em São Francisco – EUA.
Em 1952, desenvolveu-se a técnica da angiografia da artéria vertebral por punção da
artéria femoral na coxa passando um cateter que ia até a região cervical, pela aorta.
Por volta de 1970 através de cateteres para angiografia, começou-se a ocluir os vasos
tumorais surgindo assim a radiologia intervencionista e terapêutica. Assim, nos dias de
hoje, usam-se cateteres que dilatam e desobstruem até coronárias, simplesmente
passando-os pela artéria femoral do paciente, com anestesia local, evitando nesses casos,
cirurgias extracorpóreas para desobstrução de artérias (famosas pontes de safena).
Também na década de 1970, um engenheiro inglês, J. Hounsfield desenvolveu a
Tomografia Computadorizada, acoplando o aparelho de Raios-X a um computador. Ele
ganhou o prêmio Nobel de Física e Medicina. Até então as densidades conhecidas nos
Raios X eram ossos, gorduras, líquidos e partes moles. Com esse método, devido a sua alta
sensibilidade foi possível separar as partes moles assim visualizando sem agredir o
paciente, o tecido cerebral demonstrando-se o líquor, a substância cinzenta e a substância
branca. Até essa época, as imagens do nosso corpo eram obtidas pela passagem do feixe de
Raios X pelo corpo, que sofria atenuação e precipitava os sais de prata numa película
chamada filme radiográfico que era então processada. Com essa nova técnica, o feixe de
Raios X atenuado pelo corpo sensibilizava de maneiras diferentes os detectores de
radiação. Essas diferenças eram então analisadas pelo computador que fornecia uma
imagem do corpo humano em fatias transversais em um monitor e depois passada para
um filme radiográfico.·.
O homem, não satisfeito ainda, descobriu e colocou em aplicação clínica a Ressonância
Nuclear Magnética por volta de 1980. Ela obtém imagens do nosso corpo similares às da
tomografia computadorizada, só que com mais vantagens adicionais. Não utiliza radiação
ionizante e raramente necessita uso de contraste.·.
A ressonância resulta da interação dos núcleos dos átomos, os prótons de Hidrogênio de
número ímpar, com um campo magnético intenso e ondas de radiofrequência. Sob a ação
dessas duas energias, os prótons de hidrogênio ficam altamente energizados e emitem um
sinal que apresenta uma diferença entre os tecidos normais e os tecidos patológicos. Essa
diferença de sinal é analisada por um computador que mostra uma imagem precisa em
secções nos três planos.
Atualmente sabe-se que os chassis e filmes radiográficos em muitos centros Radiológicos
já não são mais utilizados, pois a técnica de Radiologia Digital já é uma realidade. Essa
nova técnica melhora a qualidade da imagem e facilita o seu processamento.
Achados Interessantes

As transformações científicas e tecnológicas aconteciam de forma intensa no final do


século XIX. Elas estavam presentes na vida de todos os indivíduos, mesmo aqueles que não
eram cientistas. Para os cientistas, no entanto, as novidades eram mais frequentes.
Em 8 de novembro de 1895, trabalhando em seu laboratório, na cidade de Lennep,
Alemanha, Wilhelm Röntgen observou uma nova forma de radiação.
Na época em que Röntgen fez sua descoberta, diversos cientistas investigavam fenômenos
relacionados com descargas elétricas em gases. Um equipamento padrão era o tubo de
Crookes, que consiste em um tubo de vidro evacuado até que uma pressão muito baixa
seja produzida em seu interior, e no quais dois eletrodos são submetidos a uma alta tensão
elétrica. Nestas condições observa-se o surgimento dos chamados "raios catódicos", que
hoje são interpretados como um fluxo de elétrons. Sabia-se que estes raios catódicos não
atravessavam o vidro ou outros materiais (mas que podiam passar por folhas metálicas
muito finas) e que mesmo no ar não conseguiam percorrer mais do que poucos
centímetros antes de serem absorvidos. Sabia-se também que eram defletidos por um ímã.
O aparato experimental de Röntgen consistia em um tubo de Crookes protegido por papel
preto - para que a luz emitida pelo tubo não interferisse em suas observações e um
anteparo de papel pintado com platino cianeto de bário, que servia como detector da
radiação emitida.
Em sua experiência Röntgen encontrou resultados inesperados. Aumentando a tensão
aplicada aos eletrodos do tubo, ele observou um curioso fenômeno: um anteparo situado
próximo ao tubo ficou fluorescente. Quando a corrente foi cortada esse fenômeno
desapareceu. A seguir, Röntgen observou que esse efeito acontecia mesmo recuando o
anteparo de alguns centímetros, o que certamente não poderia ser provocado por raios
catódicos. Intrigado com este fenômeno e buscando compreender melhor essa nova
radiação, Röntgen continuou suas experiências interpondo entre o tubo de Crookes e o
anteparo fluorescente diversos objetos, constatando que eles eram "transparentes"
aos Raios X.
Röntgen então chamou essa radiação de Raios X.
Um aspecto interessante sobre a descoberta dos raios X foi o fato dela não ter ocorrido
antes, visto que vários cientistas, altamente capacitados e mesmo mais conhecidos do que
Röntgen, vinham trabalhando com tubos de descarga há muitos anos.
Lenard, que realizou experiências para verificar se os raios catódicos podiam ser
detectados fora do tubo, foi possivelmente o que chegou mais próximo da descoberta, mas
não se deu conta de que a radiação observada seria uma mistura de raios catódicos e raios
X, pensando trata-se apenas dos primeiros.
O fato de renomados cientistas não ter notado que estavam às voltas com um novo
fenômeno tem a ver com a dificuldade de se "observar" aquilo que não se espera
teoricamente. Por outro lado, como bem observou o conhecido historiador e filósofo da
ciência Thomas S. Kuhn, é justamente a existência de investigações guiadas por
paradigmas (um conjunto de problemas, expectativas teóricas, métodos e técnicas
experimentais aceitas pelas comunidades científicas) que possibilita e mesmo conduz ao
surgimento de anomalias, ou seja, "falhas" na natureza em se conformar inteiramente ao
esperado.
A Röntgen cabe o mérito de ter "visto" aquilo que outros "olharam", mas não perceberam e
de ter concentrado seus esforços e habilidades na investigação do novo fenômeno, cujas
repercussões fizeram-se sentir de forma imediata e estrondosa. Não sem razão , portanto,
foi lhe atribuído o primeiro Prêmio Nobel de Física, no ano de 1901.
Em sua primeira comunicação - Sobre Um Novo Tipo de Raios, uma comunicação
preliminar - publicada em dezembro de 1895, na Alemanha, Röntgen escreveu:
“a mais impressionante característica desse fenômeno está no fato de que um agente ativo
(RX) aqui passa através de um cartão preto o qual é opaco aos raios ultravioletas e visíveis
provenientes do sol ou do ARCO ELÉTRICO”. Este agente também tem o poder de produzir
uma ativa fluorescência, então resolvemos primeiro investigar a questão sobre quais os
outros corpos que também possuíam essa propriedade.
Descobrimos que todos os corpos são transparentes a esse agente, mesmo em graus muito
diferentes.
Röntgen experimentou o efeito dessa radiação em vários corpos, de materiais com
espessuras e características diferentes: papel, um livro de aproximadamente 1000
páginas, folhas de latão, grossos blocos de madeira, placas de alumínio, placas de borracha.
Esses materiais e alguns outros são, em maior ou menor grau, transparentes aos Raios X.
Mas,
“... Placas de vidro de mesma espessura comportam-se de modo um pouco diferente caso
tenham uma camada de chumbo ou não; as primeiras são muito menos transparentes que
as últimas. Se a mão é colocada entre o tubo e a tela, a sombra escura dos ossos é vista
dentro de uma sombra, mas clara da mão propriamente dita (...) os resultados das
experiências (...) conduzem à conclusão que a transparência das várias substâncias, para a
mesma espessura, depende, sobretudo da DENSIDADE dos corpos...”.
As notícias já podiam correr mundo rapidamente com a melhoria das comunicações. O
Brasil recebeu bem precocemente a notícia da descoberta.

Mas como são produzidos os Raios X?

Hoje sabemos que os chamados raios catódicos são constituídos por elétrons de alta
energia emitidos pelo catodo. Ao se chocarem violentamente com o anodo, os elétrons são
rapidamente desacelerados. Pelo princípio da conservação da energia, a energia cinética
perdida por cada elétron nessa colisão é convertida em energia radiante radiação
eletromagnética de alta frequência conhecida como raios X.
Desde a época de Röntgen, a questão de identificar a natureza dos raios X e da sua
produção estava colocada.
Em seus primeiros passos para identificar a natureza dos raios X, ele usou um sistema de
fendas para mostrar que os raios X se propagam em linha reta e não possuem carga
elétrica, pois não são desviados pela ação de campos elétricos ou magnéticos. Este
comportamento é muito semelhante ao da luz visível e não poderia ser diferente, pois se
trata de radiação eletromagnética como aquela. A teoria eletromagnética clássica dava
conta de explicar o fenômeno ao menos parcialmente, porque já se sabia que cargas
elétricas aceleradas (neste caso com aceleração negativa, ou desaceleração) emitem
radiação eletromagnética.
Entretanto, Röntgen não observou o fenômeno da DIFRAÇÃO, já que seu sistema de fendas
tinha dimensões muito maiores que o comprimento de onda associado aos raios X.
Mais tarde, em 1905, C. G. Barkla realizou experimentos sobre ESPALHAMENTO dos raios
X, isto é, o resultado da colisão destes raios com os átomos da rede cristalina de uma
determinada substância.
Observou-se claramente um comportamento semelhante ao da luz. No artigo de Max Von
Laue, físico alemão, sobre a difração dos raios X, publicado em 1912, ele começa se
referindo aos experimentos de Barkla.
Este último havia mostrado que, enquanto parte da energia da radiação incidente iria
produzir radiações características dos espalhadores (os átomos), a outra parte era
espalhada sem qualquer variação no seu comprimento de onda, exatamente como a luz,
que é espalhada pela atmosfera, e é responsável pelo azul do céu. Laue argumentava que,
quando os raios X passam através de um cristal, os átomos tornam-se fontes de ondas
secundárias, como as linhas de uma rede de difração, embora esses efeitos tenham um
padrão mais complexo devido ao arranjo tridimensional dos átomos.

Para que servem os raios X?

A descoberta dos raios X, em 1895, foi o primeiro resultado de pesquisas no campo da


física que teve uma grande repercussão no campo científico bem como na sociedade, além
de ter proporcionado um avanço significativo em outra ciência, a medicina, que
imediatamente utilizou seus resultados mais práticos para diagnósticos.
No entanto, a utilização indiscriminada dos exames radiológicos e mesmo experiências
realizadas para saciar a curiosidade que a novidade despertou, desconhecendo as
consequências biológicas da exposição sistemática a este tipo de radiação levaram a
alguns efeitos na saúde das pessoas envolvidas.
Apesar da utilização médica dos raios X ser mais comum na vida do cidadão, existem
outras utilizações de importância relevantes: verificação de soldas, caracterização de
redes cristalinas, além de aplicações nos campos da Astrofísica e da Astronomia.
Fonte: www.cbpf.br

O raio catódico foi descoberto por William Crookes usando um dispositivo inventado por
ele conhecido como tubo de Crookes. Durante suas experiências Crookes deixou
acidentalmente algumas embalagens contendo chapas fotográficas virgens próximo onde
havia instalado o seu tubo rarefeito.
Algum tempo depois, ao usar estas chapas fotográficas verificou que algumas tinham sido
sensibilizadas. Entretanto, nunca lhe ocorrera que a sensibilização das películas pudesse
ser uma conseqüência da radiação emanada do tubo rarefeito.
A história da ciência esta repleta de sutilezas, pois da mesma forma que Crookes, outro
físico de renome Phillip Lenard, não atinou para o fato de investigar por que uma lâmina
delgada de alumínio revestida com uma película de platinocianeto de bário ficava
fluorescente na presença de raios catódicos produzidos pelo tubo de Crookes quando em
sua proximidade.
Willhelm Conrad Roentgen era engenheiro mecânico onde se formou em 1868 na Escola
Politécnica de Zurich. Entretanto, apesar de nunca ter freqüentado um curso básico de
Física doutora-se em Filosofia com a tese “Estudo sobre Gases”. Seu grande interesse por
experiência sobre mutações físicas, o ensino e, a grande habilidade de conduzir pesquisas
sobre os raios catódicos aproximou-o de outros pesquisadores como: Hertz, Hittorf e
Crooks e, com eles desenvolveu experiências que permitiram comprovar os efeitos desses
raios sobre placas fotográficas. Em 8 de novembro de 1895, Roentgen repetiu a
experiência de Lenard empregando um tubo de Crookes provido com um tipo de máscara.
Trabalhando em seu laboratório caseiro verificou que uma parte dos raios catódicos
produzidos escapava do tubo passando pela máscara.

Da mesma forma que Lenard fizera, colocou uma lâmina de alumínio delgada, revestida
com uma película de platino cianeto de bário, próxima da máscara do tubo de Crookes
comprovando que através da máscara haviam escapado raios catódicos suficientes para
provocar uma leve fluorescência. Intrigado com o fenômeno, Roentgen começou a
pesquisar se seria necessário abrir uma janela na parede de vidro do tubo para que os
raios catódicos escapassem.
Como os raios catódicos eram invisíveis, pensou que seria necessário usar um tipo de tela
para a sua detecção. Entretanto, como achava que haveria uma menor fluxo de raios
catódicos emanando da parede de vidro do que através da mascara coberta com tiras
delgadas de alumínio devido à intensa luminosidade do tubo de Crookes, talvez não seria
possível observar a tênue fluorescência da tela.
Assim, Roentgen cobriu o tubo de Crookes, talvez não seria possível observar a tênue
fluorescência da tela. Assim, Roentgen cobriu o tubo de Crookes com um cartão negro para
impedir toda a luminosidade indesejada alem de obscurecer o ambiente do seu
laboratório. Ao excitar o tubo, verificou uma emanação amarelo-esverdeada cintilando
intensamente. Incrédulo, repetiu a experiências por diversas vezes concluindo que o
catodo do tubo não era responsável pela fluorescência convencendo-se finalmente que se
tratava de um raio desconhecido o qual foi por ele denominado de raios-X.
Na realidade os raios-X são um tipo de onda eletromagnética alocada em uma determinada
porção do espectro de radiofrequência, consistindo de uma rápida variação dos campos de
força e eletromagnético. Logo após a descoberta dos raios-X, concentrou-se esforços para
sua aplicação em medicina.
Originalmente, o diagnóstico por Raios-X era indicado apenas para ortopedia. Os
primeiros anos da sua descoberta foram de tentativas e erros devido à precariedade dos
equipamentos e, principalmente do desconhecimento dos seus efeitos sobre os seres
humanos.
Entretanto, já na segunda década do século XX registraram-se grandes avanços como do
aparecimento de dispositivos geradores de raios-X, conhecidos como ampolas, agora mais
elaboradas, além de sistemas de cálculos para controle da dosagem. Fig. 2. Assim, para
roentengrafias de qualidade satisfatória do sistema ósseo a excitação do aparelho exigia
respectivamente baixa tensão e corrente, cerca de 70 KV.

Fig.2 Uma moderna ampola de raios X

À medida que o conhecimento da técnica roentengráfica se aprofundava começou a ser


aplicada para diagnósticos em outras áreas como, gastroenterologia e pneumologia. No
diagnóstico de doenças do tórax, como por exemplo, da tuberculose, em virtude das áreas
em observação serem móveis e profundas, exigia excitações com tensões mais elevadas e
menor tempo de exposição surgindo assim a fluoroscopia. Os novos aparelhos advindos
desta crescente tecnologia aliados com o processo de contraste eram agora capazes de
focalizar a área em observação com grande precisão, permitindo identificação de
abscessos profundos como tumores malignos, fraturas etc.
A descoberta de Roentgen foi a primeira grande aplicação dos fenômenos elétricos em
medicina sendo a precursora da moderna radiologia e, do diagnóstico por imagem com a
invenção em 1972 da tomografia axial transversa computadoriza.
Como visto os raios-X foi uma consequência direta da avançada evolução da Física no
campo da Eletrologia ocorrida no final do século XIX, que paralelamente abriu novas
possibilidades de pesquisa e, assim, permitindo agora que as tênues correntes de origem
biológica começassem a ser medidas e registradas com maior precisão.

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