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INTEGRADOS
DE GESTÃO
QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
Coordenação de Gilberto Santos
2.a Edição
Revista e Aumentada
SIG QAS
ÍNDICE
Prefácio à 1.a Edição, por A. Almeida Júnior (Eng.o) ................................................................................... XI
Introdução ...............................................................................................................................................................XII
V
Breves notas curriculares sobre os autores...............................................................................................XVII
CAPÍTULO 1
Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade .................................................1
1. Requisitos gerais do Sistema de Gestão da Qualidade ................................................................... 3
1.1. Fazer bem à primeira....................................................................................................................................................5
1.2. Prevenção em vez de inspeção .............................................................................................................................6
2. Algumas normas da família ISO 9000 ................................................................................................... 6
2.1. Estrutura da norma NP EN ISO 9001:2008 .......................................................................................................8
2.2. Requisitos da norma NP EN ISO 9001: 2008 ...................................................................................................9
2.3. Outras normas .............................................................................................................................................................. 10
3. Definições, estrutura organizativa e política da qualidade ........................................................ 10
3.1. Missão, visão e valores .............................................................................................................................................11
3.2. Política da qualidade ................................................................................................................................................ 12
3.3. Estrutura organizativa .............................................................................................................................................. 13
3.4. Orientação para o cliente ....................................................................................................................................... 14
4. Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade .................................................................. 14
4.1 Diagnóstico da empresa ......................................................................................................................................... 15
4.2. Competência e necessidades de formação................................................................................................ 16
4.3. Comunicação ................................................................................................................................................................. 16
4.4. Processo de compra .................................................................................................................................................. 17
4.5. Gestão de processos ................................................................................................................................................ 18
4.6. Plano de Inspeção e Ensaio (PIE)........................................................................................................................20
SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO › QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
CAPÍTULO 2
Sistema de Gestão Ambiental ........................................................................................69
1. Os Sistemas de Gestão Ambiental. ....................................................................................................... 71
1.1. Introdução. ......................................................................................................................................................................71
1.2. A família ISO 14001. ....................................................................................................................................................72
1.3. O Sistema Europeu de Ecogestão e Auditoria...........................................................................................75
1.4. A norma ISO 14005. .................................................................................................................................................... 76
2. Implementação da norma ISO 14001 de acordo com a metodologia faseada
proposta pela ISO 14005. .........................................................................................................................77
2.1. Introdução .......................................................................................................................................................................77
2.2. Comunicação. ................................................................................................................................................................79
2.3. Recursos, papéis, responsabilidades e autoridades. ..............................................................................80
2.4. Competência, formação e sensibilização .....................................................................................................82
2.5. Documentação. ............................................................................................................................................................84
2.6. Controlo de documentos. ......................................................................................................................................86
2.7. Controlo de registos ..................................................................................................................................................88
2.8. Identificação dos aspetos ambientais significativos da organização.......................................... 91
2.9. Identificação dos requisitos legais e outros requisitos da organização. ....................................98
2.10. Avaliação da conformidade com os requisitos legais e outros
que a organização subscreva............................................................................................................................ 100
2.11. Preparação e implementação de uma política ambiental ..............................................................102
2.12. Definição de objetivos, metas e programa. ..............................................................................................103
2.13. Controlo operacional ............................................................................................................................................. 106
2.14. Planear e responder a emergências. ............................................................................................................ 109
2.15. Avaliação do desempenho ambiental, incluindo a monitorização e medição. ................. 111
2.16. Auditorias internas. ...................................................................................................................................................116
ÍNDICE
2.17. Gestão das não-conformidades. ......................................................................................................................119
2.18. Análise crítica pela gestão de topo ................................................................................................................122
3. O processo de certificação.....................................................................................................................123
VII
Bibliografia.............................................................................................................................................................125
Anexo A: Lista de Verificação NP EN ISO 14001:2012..............................................................................127
CAPÍTULO 3
Implementação do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho .......133
1. Introdução ...................................................................................................................................................135
2. Requisitos gerais do sistema da SST (Segurança e Saúde do Trabalho) ...............................136
3. Normas OHSAS 18001 e NP 4397 ........................................................................................................137
4. Requisitos gerais do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho ....................139
4.1. Política da Segurança e Saúde do Trabalho (4.2) ...................................................................................139
4.2. Planeamento (4.3) ......................................................................................................................................................141
5. Implementação do sistema da SST .................................................................................................... 141
5.1. Recursos, funções, responsabilidades (4.4.1).............................................................................................141
5.2. Competência e necessidades de formação (4.4.2) ...............................................................................142
5.3. Comunicação, participação e consulta (4.4.3) .........................................................................................143
6. Documentação do sistema da SST (4.4.4, 4.4.5 e 4.5.3)...............................................................145
6.1. Manual da SST .............................................................................................................................................................145
6.2. Procedimentos da SST ........................................................................................................................................... 146
6.3. Controlo de documentos (4.4.5)...................................................................................................................... 146
6.4. Registos ...........................................................................................................................................................................147
7. Prevenção e controlo operacional (4.4.6 e 4.4.7) ...........................................................................148
7.1 Controlo operacional (4.4.6) ................................................................................................................................148
7.2. Prevenção e capacidade de resposta a emergências (4.4.7) ......................................................... .151
SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO › QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
CAPÍTULO 4
Sistemas Integrados de Gestão – Qualidade, Ambiente e Segurança .................181
VIII
CAPÍTULO 5
Desenvolvimento Sustentável .................................................................................... .243
1. O contexto da sustentabilidade e os SIG-QAS ............................................................................. .244
2. Relatórios de sustentabilidade........................................................................................................... .246
ÍNDICE
3. A consulta às partes interessadas .......................................................................................................247
4. A Estrutura dos relatórios de sustentabilidade e sua verificação .......................................... .250
4.1. Possível índice para um relatório de sustentabilidade ..................................................................... .251
IX
Bibliografia.............................................................................................................................................................262
Capítulo 1
Implementação do Sistema
de Gestão da Qualidade
CAPÍTULO 1
1. Requisitos gerais do Sistema de Gestão da Qualidade
3
Segundo a NP EN ISO 9000:2005, a Gestão da Qualidade traduz-se num conjunto de atividades
coordenadas para dirigir e controlar uma organização no que respeita à qualidade, definida esta
como o grau de satisfação de requisitos dado por um conjunto de características intrínsecas. Por
sua vez, o SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade constitui a estrutura organizacional ao nível de
recursos, procedimentos e responsabilidades estabelecidas, para dirigir, controlar e assegurar de
forma consistente aquela qualidade, permitindo criar o enquadramento certo para a melhoria
contínua, de modo a incrementar a probabilidade de aumentar a satisfação dos clientes e outras
partes interessadas.
Por seu turno, releva-se que da NP EN ISO 9004:2011 decorre que o sucesso sustentado de uma
organização é alcançado pela sua aptidão para satisfazer as necessidades e expetativas dos seus
clientes e outras partes interessadas, a longo prazo e de forma equilibrada, podendo ser alcança-
do por uma gestão eficaz da organização, através da consciencialização do ambiente desta, pela
aprendizagem e através da aplicação apropriada de melhorias, de inovações, ou ambas. A NP EN
ISO 9004:2011 proporciona orientações para atingir, através de uma abordagem da gestão pela
qualidade, o sucesso sustentado de qualquer organização, num ambiente complexo, exigente e
em constante mutação, abordando as necessidades e expetativas de todas as partes interessadas
relevantes e proporcionando orientação para a melhoria sistemática e contínua do desempenho
global da organização.
Na medida em que um SGQ transmite confiança à organização e às suas partes interessadas
(desde logo, os clientes) quanto à sua capacidade para fornecer produtos que cumpram de forma
ATUAR PLANEAR
SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO › QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
Atuar no Definir os
processo métodos e
para obter as metas
resultados
A P
C D
Verificar Aquisição de
o trabalho competências
executado (saber-fazer)
VERIFICAR EXECUTAR
Os 23 requisitos desta norma estão enquadrados e situados num dos 4 blocos seguintes:
Responsabilidade da gestão – 6 (requisitos)
8
Gestão de recursos –4 “
Realização do produto –6 “
Medição, análise e melhoria – 5 “
Aos requisitos citados adicionam-se dois requisitos mais genéricos, podendo estes últimos ter
aplicação a nível interno, ou para certificação.
P1 - Revisão e
ADM 5.6; 6.1; 7.1; 8.1; 8.2.1; 8.2.3; 8.4;
Planeamento SGQ 8.4.8; 8.5.1; 8.5.2; 8.5.3
P4 - Planeamento e MR
7.1; 7.5; 8.1; 8.2.3;
8.4; 8.5.2; 8.5.3
Controlo da Produção
P7 - Controlo dos AF
4.2; 8.1; 8.2.3;
8.4; 8.5.2; 8.5.3
Documentos e Registos
CAPÍTULO 1
Na Figura 1.13 podemos verificar um exemplo de um modelo de Mapas de Processos (MP). Qual-
quer das figuras referidas nos pode elucidar sobre a forma como os processos interagem entre si.
19
RG – GESTÃO
GR2 - Recursos Humanos GR5 - Controlo de Registos MA2 - Ações Corretivas MA5 - Avaliação Satisfação Cliente
GR3 - Sistemas de Informação GR6 - Manutenção MA3 - Ações Preventivas MA6 - Avaliação Fornecedores
RS – REALIZAÇÃO DE SERVIÇO
CAPÍTULO 1
3 - A Equipa Auditora analisa a documentação aplicável e
3 Preparação da Auditoria define o Plano da Auditoria, que comunica aos responsá-
veis da área ou processos a auditar. Este plano fica sujeito
a alterações, caso os auditados entendam ser necessário.
4
Auditoria
IMP 8.2 4 - A realização das auditorias por equipas internas, é efe-
tuada com base em listas de comprovação, IMP 8.2. Se não
39
5 existir lista de comprovação disponível, o Diretor da Qua-
Análise do resultado da Auditoria
lidade providencia a sua elaboração e aprovação. No caso
da Equipa Auditora ser externa, a Empresa “X” dispensa a
6 análise e aprovação de qualquer lista de comprovação que
venha a ser utilizada.
Necessárias
N
ações corretivas/
5 - O resultado da auditoria é analisado pelos responsáveis
preventivas? das áreas auditadas.
O modelo europeu de Ecogestão e Auditoria foi republicado pelo Regulamento (CE) n.o 1221/2009 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de novembro, vigorando desde 11 de janeiro de 2010. É um
instrumento de participação voluntária, dirigido às organizações que pretendam avaliar e melhorar
o seu desempenho ambiental. O EMAS tem como suporte a ISO 14001 mais 5 pilares, sendo que
um deles reside no facto do registo ser realizado por uma entidade pública. Os restantes pilares são:
Envolvimento dos trabalhadores;
Informação pública dos resultados ambientais através da declaração ambiental;
Conformidade legal;
Melhoria do desempenho dos verificadores ambientais.
CAPÍTULO 2
+ REGISTO POR
ISO 14001 ENTIDADE PÚBLICA
+ CONFORMIDADE + MELHORIA
75
LEGAL DO DESEMPENHO
VERIFICADORES
AMBIENTAIS
Figura 2.3. O EMAS, tendo como base a ISO 14001, mais os elementos os elementos adicionais
(adaptado de http://ec.europa.eu/environment/emas/about/summary_en.htm).
Objetivos e metas
Específicos, realistas,
tangíveis
Passo 2 e Passo 3
De seguida são apresentados alguns objetivos e metas.
Tabela 4. Exemplos de objetivos e metas que podem ser estabelecidos num SGA
Objetivos Metas
Reduzir a quantidade de matérias-primas por unidade Reduzir em 3 % até final do ano
de produto
Reduzir a quantidade de energia consumida por unidade Reduzir em 3 % até final do ano
de produto
Incluir outras fontes de energia na organização Aumentar mais um tipo de fonte de energia até final do ano
Aumentar a taxa de separação de resíduos Aumentar 5 % até ao final do ano os resíduos de cartão
Aumentar 3 % até final do ano os resíduos de embalagens
Aumentar o número de colaboradores com formação Mais de 80 % dos colaboradores devem possuir formação na área
ambiental ambiental até final do ano
IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
MELHORIA
CONTÍNUA
Política de
Revisão Segurança
pela Direção
Planeamento
Verificação e
Ações Corretivas
Implementação
e Funcionamento
Os pontos que se seguem são baseados neste referencial normativo, não sendo no entanto
seguida rigorosamente a estrutura da norma. Para facilitar a consulta da norma NP 4397:2008, indica-
se à frente de cada ponto a secção da norma a que diz respeito.
CAPÍTULO 3
No anexo 3A apresenta-se uma lista de verificação que permite apoiar a implementação da NP
4397:2008 / OHSAS 18001:2007.
139
da Segurança e Saúde do Trabalho
O Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho (SST) deve ser devidamente estabelecido
pela organização. Deve ainda ser convenientemente documentado, implementado e mantido, bem
como melhorado continuamente.
A política da SST (Segurança e Saúde do Trabalho) deve estabelecer uma orientação geral coerente
com as características da organização, dos seus processos e produtos, assim como com a cultura e
personalidade da organização e os objetivos estabelecidos pela Direção. A política deve ser coerente
com os riscos, com a legislação, com o propósito de melhoria contínua e deve poder ser facilmente
compreendida e comunicada a toda a organização.
A política da SST deve ser formalmente estabelecida e aprovada pela gestão de topo, ou seja,
pelo mais alto nível de gestão da organização (Administração, Direção, Gerência). A norma indica
que a política deve:
a) ser apropriada à natureza e à escala dos riscos de segurança e saúde da organização;
b) incluir um compromisso de prevenção de lesões, ferimentos e danos para a saúde e de
melhoria contínua do sistema da SST;
Embora a auditoria seja integrada/conjunta – sendo designada por “auditoria combinada” – os
respetivos relatórios também continuam separados, para que uma não-conformidade detetada
num sistema não vá travar o outro sistema, o qual tem tudo em conformidade com a norma. Isso
SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO › QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
poderia implicar a perda de clientes, o que seria um retrocesso para a empresa, sendo considerado
um dos obstáculos da integração.
Na figura 4.1 podemos verificar o símbolo da sinergia entre a qualidade, o ambiente e a segu-
rança, concebido por Pascal (1997):
A S
Na figura 4.2 podemos verificar uma representação esquemática da integração dos três sistemas
182
Qualidade Ambiente
Sistema Integrado
de Gestão
Segurança
A S Q OSG
A S Q OSG
Requisitos Requisitos Requisitos Requisitos
comuns comuns comuns comuns PAS 99
Requisitos comuns
A Ambiente Q Qualidade
CAPÍTULO 4
S Segurança OSG Outros Sistemas de Gestão
189
Figura 4.3. Ilustração de como requisitos de múltiplas normas de Sistemas de Gestão podem ser
integrados num sistema comum (PAS 99:2012).
Releva-se que a PAS 99:2012, na sua primeira edição de 2006, é tida como a primeira especificação
do mundo sobre Sistemas Integrados de Gestão. Constitui um auxiliar para Integração de Sistemas,
tendo sido produzida para ajudar as organizações a poderem beneficiar com a integração dos
requisitos comuns de múltiplas normas e especificações de Sistemas de Gestão, benefícios esses
que, de acordo com a PAS 99:2012, incluem:
Melhor focalização no negócio;
Uma abordagem mais holística para a gestão dos riscos do negócio;
Menos conflitos entre sistemas individuais de gestão;
Redução da duplicação e burocracia;
Auditorias internas e externas mais eficazes e eficientes;
Mais fácil integração dos requisitos de novas normas de gestão que a organização deseje
adotar.
Por sua vez, de acordo com o apresentado no Anexo D da UNE 66177:2005, a estrutura de
processos e documentos comuns e específicos de um Sistema Integrado de Gestão poder-se-á
configurar como a Tabela 4.1 seguinte:
Por sua vez, constata-se uma coordenação ao nível de Comités Técnicos de Normalização,
nomeadamente no que se refere à estruturação de normas e à uniformização na linguagem das
mesmas, designadamente aquando da sua revisão. De resto, é de todo desejável que assim possa
SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO › QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA
ser e a elaboração da NP EN ISO 19011:2012, que foi preparada pelos Comités Técnicos ISO/TC
176 – Gestão da Qualidade e Garantia da Qualidade e ISO/TC 207 – Gestão Ambiental, disso é
exemplo.
Releva-se, também, que a existência de normas suportadas em modelo de gestão seme-
lhante (desde logo o Ciclo PDCAI) é um aspeto fundamental (Rebelo, 2011) para uma integração
bem-sucedida dos Sistemas de Gestão QAS. Por outro lado, existem correspondências possíveis
de estabelecer entre diferentes referenciais normativos, que tornam evidentes compatibilidades
e redundâncias, entre os correspondentes requisitos normativos e que são potenciadoras da
integração dos Sistemas individualizados de Gestão: ISO 9001:2008, ISO 14001:2004 e OHSAS
18001:2007/NP 4397:2008. Entre outros, são exemplo:
› O Quadro A.1 do anexo A – Correspondência entre a ISO 9001:2008 e a ISO 14001:2004, da
NP EN ISO 9001:2008;
› O Quadro B.1 do anexo B – Correspondência entre a ISO 14001:2004 e a ISO 9001:2008, da
NP EN ISO 14001:2012;
› O Quadro A.1 do anexo A – Correspondência entre as normas NP 4397:2008, NP EN ISO
14001:2004 e NP EN ISO 9001:2000, da NP 4397:2008.
PLAN
ACT Improvement DO
CHECK
Desde logo, deve partir de uma decisão estratégica da gestão de topo (Rebelo, 2011). Esta deve
CAPÍTULO 4
Sistemas de Gestão QAS (na circunstância as auditorias).
De entre os procedimentos comuns para a integração dos três sistemas, podemos salientar, de
entre outros: homologação de fornecedores; homologação do produto adquirido; requisitos de
auditores; documentos confidenciais; difusão de documentos; necessidades de formação profissional;
201
qualificação do pessoal; preparação e processamento de procedimentos; gestão de equipamentos
de inspeção e medição e ensaio, conforme podemos verificar na Figura 4.6.
Manual de Gestão
Manual de Gestão
Manual da Qualidade da Segurança e Saúde
Ambiental
do Trabalho
Figura 4.6. Integração faseada dos três Sistemas de Gestão (Santos, 2004,a).
datários das respetivas normas de referência (OHSAS 18001:2007/NP 4397:2008; ISO 14001:2004;
ISO 9001:2008);
3. Aquela que define os respetivos procedimentos técnicos (aqueles que reportam a uma ope-
Tabela 4.6. Estrutura possível para os documentos do Sistema Integrado de Gestão (SIG).
CAPÍTULO 4
Operacional
evidências de atividades realizadas que podem ser usados, por exemplo,
Nível C
Registos para documentar a rastreabilidade e fornecer evidência de verificação,
ação preventiva e corretiva.
Nota: Os registos, normalmente, não precisam de ter controlo de revisão.
213
Assim, na tabela 4.6, bem como na Figura 4.11, é fornecida uma possível estrutura para os do-
cumentos do Sistema Integrado de Gestão (SIG).
Health
Quality Environment and Safety
Manual Manual Manual
Using Instructions
Documents Master File
Na Figura 4.14 podemos verificar a apresentação esquemática, descrição e interpretação prática dos
Processo 2 Fornecedor Entrada Saída Cliente Processo 5 Fornecedor Entrada Saída Cliente
Cronogramas
/ OS
Programação programadas
Cliente / de OS p/ Man. por equipa Execução / Solicitação
Programação Recrutamento Todos MO integrada Todos
Vendas Preventiva e por dia / AP Controlo de MO
ou Pacote programadas
/ Escala dos
Funcionários
CAPÍTULO 4
Processo 3 Fornecedor Entrada Saída Cliente Processo 6 Fornecedor Entrada Saída Cliente
OS Executadas
217
e Preenchidas
Cronogramas
/ Relatório de
/ OS Listas de
Acompanham. Levantamento
programadas Controlo e Presenças /
da Man. Formação Todos das Todos
Execução Programação por equipa Apropriação / Avaliação
Preventiva necessidades
e por dia Cliente da Eficácia
/ Relatório
/ Escala dos
de Desvio
Funcionários
/ Quadros
preenchidos
Processo 4 Fornecedor Entrada Saída Cliente Processo 7 Fornecedor Entrada Saída Cliente
AP
programadas /
OS preenchidas AP Efetivas Pedidos de
/ Relatório de (acerto prévio Materiais
Cliente / Compra /
Programação / Acompanham. p/ faturação) aprovisionados
Controlo Contas a pagar Compras Todos Requisição de Todos
Execução da Preventiva / Retorno / Documentos
e receber materiais e
/ Relatório dos Serviços Fiscais
ferramentas
de Desvio Executados
/ Quadros
preenchidos
Valor a ser
Contas a pagar Controlo / Faturas / Cliente /
Faturado / Doc.
e a receber Compras Contas pagas Fornecedor
Fiscais
Reclamação Reclamação
/ Solicitação atendida /
Cliente / de Assistência Solicitação
Programação Técnica / de Assistência
Após Venda Cliente / SIG
/ Execução / Informações Técnica
Controlo sobre os atendida /
serviços Melhorias
executados no SIG
Figura 4.14. Apresentação esquemática, descrição e interpretação prática dos processos SIG.
Tabela 4.9. Matriz de compatibilização de requisitos normativos e de suporte à integração
dos Subsistemas de Gestão QAS e sua configuração com o Ciclo PDCAI (Rebelo, 2011).
ISO 14001
ISO 14001
ISO 9001
ISO 9001
ISO 9001
1. POLÍTICA INTEGRADA DE GESTÃO 3. IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO 4. VERIFICAÇÃO E CORREÇÃO
5.1 4.1 Monitorização 7.6
1.1 Compromisso 3.1 Recursos, estrutura
5.1 5.5.1
5 e medição 8.1
da Gestão organizacional, atribuições,
5.3 4.2 5.5.2
5.5
5. 4.4.1 4.4.1 do desempenho de 8.2.3 4.5.1 4.5.1
responsabilidades
ponsabilida
bilidades e
8.5.1 6.1
6 processos e produtos 8.2.4
Melhoria contínua 4.2 autoridade
au
6.3 8.4
3.2 Formação,
sensibilização,
ensibilizzaç
ç 6.2.1 4.2 Avaliação 8.2.3
2. PLANEAMENTO 4.4.2 4.4.2 4.5.2 4.5.2
competências e 6.2.2 da conformidade 8.2.4
qualificação
2.1 Identificação:
4.3 Investigação
de requisitos dos --- --- 4.5.3.1
3.3 Comunicação, de incidentes
produtos, aspetos,
participação e consulta 5.5.3
impactos, perigos 4.3.1 4.3.1 4.4.3 4.4.3
das partes interessadas 7.2.3
e riscos e sua
avaliação
5.2 4.4 Não-conformidades;
7.2.1 correções; ações 8.3
CAPÍTULO 4
7.2.2 corretivas e preventivas 8.4
4.5.3 4.5.3.2
8.5.2
2.2 Identificação,
Controlo do produto 8.5.3
acesso e atualização
3.4 Documentação
me não-conforme
de requisitos legais e
FASE III - VERIFICAR (Check)
219
objetivos, metas
3.5 Controlo
e programa(s) de 5.4.1
dos documentos
gestão e melhoria 5.4.2 4.3.3 4.3.3 4.2.3 4.4.5 4.4.5 4.6 Auditorias Internas
8.2.2 4.5.5 4.5.5
QAS 8.5.1 Combinadas QAS
5. R
REVISÃO PELA
LA GESTÃO
GE
FASE I - PLANEAR (Plan)
7.1
FASE II - REALIZAR (Do)
e comunicação da Política Integrada de Gestão QAS, a qual é um requisito comum aos diferentes
referenciais normativos. Será necessário ser coerente com a Missão e a Visão da empresa, as quais
são suportadas numa estratégia e objetivos concretos que, por sua vez, suportam a efetivação da
referida Política Integrada de Gestão QAS.
ATUAR,
Revisão, pela Gestão, para a melhoria contínua e evolução
5.1 CORRIGIR,
coerente do SIG-QAS e sucesso sutentável da empresa
MELHORAR
Implementação e operacionalização do SIG ao nível do(s) 3.1 ; 3.2 ; 3.3 ; 3.4 ; 3.5
REALIZAR
Programa(s) QAS, observando princípios Lean thinking 3.6 ; 3.7
PLANEAR
ETAPAS
FASES
(conforme Tabela 4.9)
O planeamento das atividades no âmbito do Sistema Integrado de Gestão – Fase I (Plan) é, por-
ventura, a mais importante. De facto, um planeamento descuidado conduzirá a ineficiências que
podem ser traduzidas em potenciais desvios aos objetivos propostos. É, pois, fundamental investir
recursos e competências nesta fase, através de um trabalho exaustivo e cuidadoso, no sentido de
dar respostas efetivas a todas as exigências decorrentes dos requisitos normativos envolvidos nesta
fase de planeamento do SIG.
Seguindo-se a Implementação e Operacionalização – “Do/Realizar”, a empresa deve, nesta Fase
II – Realizar (Do) – potenciar, o “Fazer/Do” em coerência com o previamente Planeado. Corresponde
fundamentalmente às cláusulas: 7 – Realização do produto, da ISO 9001 e 4.4 – Implementação e
ENTRADAS PARA AVALIAÇÃO DO SIG-QAS
Figura 4.17. SIG-QAS – Revisão pela Gestão – referenciais, entradas e saídas (Rebelo, 2011).
As saídas da revisão pela Gestão constituem um registo. A ata de revisão do SIG pela Gestão
deve ter divulgação interna na empresa e ficar disponível para consulta externa, designadamente
em contexto de auditorias.
Releva-se que o modelo esquematizado na Figura 4.18 se suporta no ciclo PDCA para SIG, sendo
passível de integração e operacionalização baseado em processos, conforme o modelo de SIG-QAS
representado na Figura 4.16. O referido modelo é coerente com os referenciais normativos em causa,
222
Responsabilidade
da gestão
Partes interessadas
Partes interessadas
de recursos e melhoria
Saídas
Entradas
Realização do produto Produto serviço
(e/ou serviço)
Figura 4.18. Modelo de SIG-QAS – a abordagem por processos (elaboração baseada na figura 1 da ISO
9001:2008) (Rebelo, 2011).
economia, na proteção e melhoria do ambiente e da sociedade, para benefício de todas as partes
interessadas e das gerações, no presente e no futuro (Rebelo, 2011).
Decorre da Responsabilidade Social das empresas o compromisso para com Desenvolvimento
Sustentável. De resto, e como refere a NP 4469-1, referente ao Sistema de Gestão da Responsabi-
lidade Social – Parte 1, as atividades das empresas geram impactes positivos e negativos ao nível
económico, social e ambiental, à escala global.
A ISO 9001 revolucionou a forma de gerir as organizações, constituindo um referencial de
atuação para a sua estruturação, alicerçada no correspondente Sistema de Gestão da Qualidade.
Hoje, o sucesso de uma organização passa pela Sustentabilidade. De acordo com a ISO 9004:2009/
NP EN ISO 9004:2011, o sucesso sustentado de uma organização é tido como o resultado da sua
aptidão para atingir e manter os seus objetivos a longo prazo, o que passa por satisfazer, de forma
consistente, as necessidades e expetativas das suas partes interessadas, de modo equilibrado e a
longo prazo também.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Acresce o facto de que, por sua vez, outros referenciais normativos de Sistemas de Gestão
(designadamente a ISO 14001 referente à Gestão Ambiental e a OHSAS 18000 /NP 4397 relativas à
Saúde e Segurança do Trabalho) constituem auxiliares valiosos na gestão evolutiva das organizações
e, desde logo, nas três vertentes da sua sustentabilidade: a Económica, a Ambiental e a Social. Na
Figura 5.2 procuramos esquematizar o potencial de relações entre o Desenvolvimento Sustentável
CAPÍTULO 5
e um SIG-QAS suportado nas normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001/NP 4397.
Desenvolvimento
245
Sustentado
Proteção
Desenvolvimento Desenvolvimento
e Promoção
Económico Social
Ambiental
HSST
Qualidade Ambiente
OHSAS 18000
ISO 9000 ISO 14000
SA 8000
Sistema Integrado
de Gestão QAS
Nível de aplicação
do relatório
C C+ B B+ A A+
Responda aos itens: Responda a todos os O mesmo exigido
1.1 critérios elencados para o para o nível B
2.1 - 2.10 Nível C mais:
Resultado
desempenho da
um de cada uma uma das seguintes áreas consideração ao príncipio
GRI & indicadores das seguintes áreas de desempenho: da materialidade de uma
de desempenho do de desempenho: social, económico, ambiental, das seguintes formas:
suplemento setorial económico e ambiental dir. humanos, práticas a) respondendo
trabalhistas, sociedade, ao indicador ou
responsabilidade pelo b) explicando o motivo
produtos da omissão
Figura 5.5. Níveis de elaboração de relatório da GRI (GRI – Starting Points, 2012).