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Biologia 11º Ano – A origem dos seres eucariontes

A vida na Terra foi evoluindo ao longo dos séculos, e os seres mais simples evoluíram até
seres mais complexos. As explicações que reúnem maior consenso defendem que os primeiros
organismos vivos se formaram a partir da interação de agregados de moléculas orgânicas
presentes no meio. Os agregados aumentaram gradualmente a sua complexidade dando origem
a organismos unicelulares.
2500 M.a

PROCARIONTES EUCARIONTES EUCARIONTES Linha da evolução dos seres vivos


UNICELULARES PLURICELULARES

De acordo com o número de células os seres podem ser divididos em:

 Unicelulares - Bactérias, cianofitas, protozoários, algas unicelulares e leveduras;


 Pluricelulares - os outros seres vivos.

De acordo com a organização estrutural, as células são divididas em:

 Células Procariontes;
 Células Eucariontes.

o Constituição dos seres procariontes (seres unicelulares):

- DNA muito simples e não associado a proteínas – histonas - (formado apenas por 1
molécula de DNA circular);
- Citoplasma;
- Ribossomas (mais pequenos do que na célula eucariótica);

 Os primeiros procariontes eram muito diversificados em termos metabólicos. Alguns


desenvolveram a fotossíntese, o que terá levado à acumulação de oxigénio na atmosfera. O
aparecimento e acumulação deste gás na atmosfera teve um impacto gigantesco na vida na
Terra. Para a grande maioria, o oxigénio revelou-se letal.

 O oxigénio é um gás muito reativo, isto é, estabelece ligações químicas com facilidade com
muitas moléculas, alterando-as de forma muito significativa ou mesmo destruindo-as,
interferindo de forma drástica com as reações metabólicas necessárias à sobrevivência destes
organismos.
 Os sobreviventes pertenciam a dois grupos: um grupo conseguiu sobreviver em ambientes
onde permaneciam anaeróbios (conseguiam sobreviver na ausência de oxigênio), outros
desenvolveram a capacidade de resistir ao oxigénio. Estes últimos, à semelhança das atuais
mitocôndrias, conseguiram aproveitar o oxigénio para oxidar compostos orgânicos e assim
obter energia.

 Os organismos procariontes são muito simples, e por isso era impossível realizar ao mesmo
tempo a fotossíntese e a respiração. Assim, alguns grupos de procariontes terão aumentado a
sua complexidade, estando na origem dos eucariontes. Foi preciso aparecer o oxigénio para se
desencadear o aumento de complexidade que terá dado origem aos eucariontes. Daí os 2.500
M.a. que separam os primeiros procariontes dos primeiros eucariontes.

Mas como é que a partir dos procariontes surgiram eucariontes?


Fundamentalmente, há duas hipóteses que tentam explicar a origem dos seres eucariontes: a
hipótese autogénica e a hipótese endossimbiótica.

1 . Hipótese autogénica/ Modelo autogénico.

De acordo com a hipótese autogénica, os seres eucariontes são o resultado de uma evolução
gradual dos seres procariontes. Numa fase inicial, as células desenvolveram sistemas
endomembranares através de invaginações progressivas da membrana plasmática.

O núcleo ter-se-á formado por porções da membrana que envolveram o material nuclear.
Outras membranas evoluíram no sentido de produzir organelos semelhantes ao retículo
endoplasmático.

Posteriormente, algumas porções de material genético abandonaram o núcleo e terão


incorporado pequenas estruturas membranares, onde evoluíram sozinhas, originando deste
modo as mitocôndrias e os cloroplastos.

Argumentos a favor:

– As membranas celulares apresentam continuidade física entre todas;


– além disso, todas as membranas apresentam a mesma estrutura e composição bioquímica.
Contudo:

- O material genético das mitocôndrias e dos cloroplastos apresenta uma maior semelhança
com o das bactérias autónomas do que com o material genético presente no núcleo. Se o
material genético e as membranas tivessem todos uma origem comum, como defende o modelo
autogénico, todo o material genético deveria ser semelhante, o que efetivamente não acontece.

2 . Hipótese endossimbiótica/ Modelo endossimbiótico.

Esta hipótese, inicialmente proposta por Lynn Margulis, defende que os seres eucariontes
terão resultado da evolução conjunta de vários organismos procariontes, os quais foram
estabelecendo associações simbióticas entre si.

A investigadora propôs que as mitocôndrias e cloroplastos seriam inicialmente organismos


procariontes autónomos. Contudo, há cerca de 2100 M.a. ter-se-ão estabelecido relações
endossimbióticas entre os procariontes heterotróficos ancestrais e as células de maiores
dimensões. Os procariontes terão “entrado” nas células através da endocitose. Esta célula
hóspede fornecia matéria orgânica ao ser procarionte e este utilizava-a para produzir ATP, ou
seja, os procariontes heterotróficos ancestrais terão dado origem às mitocôndrias. A íntima
cooperação entre estas células terá levado a uma evolução conjunta dos organismos que
resultou no surgimento das células eucarióticas heterotróficas.

É de salientar o caráter sequencial com que as associações foram tendo lugar. De facto, nem
todas as células apresentam cloroplastos. Mas todas têm mitocôndrias.
Esta situação explica-se pela sequencialidade com que as associações foram ocorrendo.
Inicialmente a associação terá ocorrido com os ancestrais das mitocôndrias. Só posteriormente
algumas células (já com mitocôndrias) teriam estabelecido novas relações endossimbióticas,
desta vez com seres autotróficos fotossintéticos, que terão vindo a originar os cloroplastos.
Argumentos a favor desta teoria:
-Os cloroplastos e as mitocôndrias possuem dimensões semelhantes aos procariontes atuais;
-Os cloroplastos e as mitocôndrias são capazes de se dividir autonomamente;
-Os cloroplastos e as mitocôndrias possuem o seu próprio material genético, que é semelhante
ao material genético bacteriano (o cromossoma circular não está associado a histonas, por
exemplo);
-As mitocôndrias e os cloroplastos são capazes de sintetizar parte das proteínas (dependem
parcialmente do núcleo, pois os seus cromossomas circulares não codificam para todas as
proteínas que necessitam). A sua maquinaria celular para a transcrição e tradução é semelhante
à dos procariontes;
-Existem muitos genes de origem bacteriana encontradas nos organismos eucariontes (os
genes dos procariontes “entraram” nos genes dos eucariontes);
-Os ribossomas das mitocôndrias e dos cloroplastos são parecidos aos dos ribossomas das
células procarióticas;
-Ainda hoje se encontram várias relações de simbiose;
-Tal como nos seres procariontes, nas mitocôndrias e nos cloroplastos o codão de iniciação
responsável pela tradução é diferente dos seres eucariontes.
-Quando sujeitos a uma determinada reação, os procariontes, os cloroplastos e as mitocôndrias
reagem da mesma forma.

Contudo:
- Esta teoria, tal como foi proposta inicialmente por Lynn Margulis, não explica a origem do
núcleo e dos restantes organitos endomembranares. Além disso, não se podem esquecer
os argumentos a favor do modelo autogénico (continuidade física e semelhança estrutural entre
as membranas celulares internas e externa).

Assim, alguns investigadores procuraram conciliar as duas hipóteses, defendendo que os


sistemas endomembranares e o núcleo tenham resultado de invaginações da membrana
plasmática, tal como defende a hipótese autogénica e as mitocôndrias e os cloroplastos terão
tido origem em relações de endossimbiose, tal como defende a hipótese endossimbiótica.
Existem alguns organismos eucariontes, como, por exemplo, a
Giardia (ser binuclear), que não possuem mitocôndrias, o que
apoia o modelo de que a formação do invólucro nuclear antecedeu
a incorporação das mitocôndrias – o modelo endossimbiótico. A
presença de cloroplastos nas plantas e algas e a sua ausência em
animais e fungos apoiam a incorporação sequencial das células
procarióticas por parte de células hospedeiras.
Resumindo as duas hipóteses:

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