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CÂMPUS DE ARAGUAÍNA
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
ARAGUAÍNA
2016
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................3
2. A HISTÓRIA DA MATENMÁTICA PRESENTE NOS LIVROS
DIDATICOS...................................................................................................................4
2.1. Matemática: Ciências e Aplicações, 3: Gelson Iezzi, Osvaldo D., David D.,
Roberto P., Nilze de A.; 5. ed.. .....................................................................................4
2.2. Matemática : Contexto e Aplicações, v.3 / Luiz R. Dante. 1° ed. . ...................5
2.3. Matemática : Ciências, Linguagem e tecnologia, 3: Ensino Médio / Jackson
R.....................................................................................................................................6
3. INFORMAÇÕES DA LITERATURA ESPECIALIZADAError! Bookmark not
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3.1. Introdução a História da Matemática : Howard Eves.Error! Bookmark not
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3.2. História da Matemática: Carl B. Boyer............. Error! Bookmark not defined.
4. OCONFRONTO....................................................................................................15
5. UMA PROPOSTA DIDÁTICA A PARTIR DA LEITURA ESTUDADA. ......16
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................19
7. REFERENCIAS .....................................................................................................20
1. INTRODUÇÃO Commented [S1]: introdução magrinha.
Neste trabalho faço uma análise da forma como é abordado os temas de história da
matemática nos livros didáticos utilizados na rede pública de ensino, especificamente
números complexos, e como este é abordado em uma literatura especializada e a partir
daí faço minhas conclusões e uma proposta didática a partir do estudo dessas literaturas.
1. A HISTÓRIA DA MATENMÁTICA PRESENE NOS LIVROS Commented [S2]: Capítulo novo página nova.
DIDATICOS
2.1. Matemática: Ciências e Aplicações, 3: Ensino Médio / Gelson Iezzi, Osvaldo D.,
David D., Roberto P., Nilze de A.; 5. ed. – São Paulo: Atual, 2010.
−2 ± √22 − 4 ∙ 1 ∙ 5 −2 ± √−16
𝑥 = =
2∙1 2
2.2. Matemática : Contexto e Aplicações, volume 3 / Luiz Roberto Dante. São Paulo Commented [S3]: Verifique o recuo para ficar como em
: Atíca, 2010. 1° impressão da 1° ed. Obra em 3 v. 2.1.
3 3
𝑛 𝑛 2 𝑚 3 𝑛 𝑛 2 𝑚 3
𝑥 = √− + √ ( ) + ( ) + √− − √ ( ) + ( )
2 2 3 2 2 3
3.1. Matemática, Uma Breve História Vol. II: Paulo Roberto Martins
Contador.
“Vamos começar este capítulo mencionando um episódio interessante que
aconteceu com Leonardo Fibonacci, ... em 1525 o mestre Giovane Palermo,
que era conselheiro do imperador, propôs a Leonardo que resolvesse a seguinte
questão: 𝑥 3 + 2𝑥 + 10𝑥 = 20. Deveria ser resolvida pelos métodos de
euclidianos, ou seja usando apenas régua e compasso... Fibonacci provou que
o problema não poderia ser resolvido com instrumentos euclidianos e deixou
uma solução numérica aproximada até nona casa decimal: 1,3688081075.
... Tartaglia em seu livro Invencion deu a solução da equação cúbica e no
Tratado dos números e das medidas apresentou um método que permite achar
os coeficientes no desenvolvimento de (1 + 𝑥)𝑛 ...publicou diversas obras, na
Matemática sempre terá seu nome diretamente ligado às equações de terceiro
grau, ou por suas disputas com seu contemporâneo Gerônimo Cardano(1501-
1576), da cidade de Pávia, Itália. ...
Em, 1545 Cardano publicou em Nurenberg, na Alemanha, o primeiro trabalho
em latim dedicado exclusivamente à Álgebra, A Ars Magna ou A grande arte,
onde trata de raízes negativas de uma equação, números imaginários e regra
de sinais. ... Uma história muito estranha aconteceu nesta época. Conta-se que,
em 1510, um matemático de nome Scipione del Ferro encontrou a solução para
uma equação do terceiro grau do tipo 𝑥 3 + 𝑝𝑥 + 𝑞 = 0, mas morreu sem
publicar a sua descoberta. Antônio Maria Fior era aluno e, de alguma maneira,
ficou conhecendo o novo método, então de posse deste conhecimento procurou
tornar-se conhecido desafiando Tartaglia. ... Tartaglia prontamente aceitou o
desafio, mesmo sabendo que seu adversário tinha o respaldo de outro
matemático, pois não acreditava que Antônio Maria Fior tivesse grandes
conhecimentos nessa área. .... Antônio Maria Fior, naturalmente formulou
problemas de modo que as suas soluções dependessem do conhecimento da
equação que somente ele conhecia. …Antônio Maria Fior foi ridicularizado e
humilhado. …já que não conseguiu resolver propostos por Tartaglia, por sua
vez, além de resolver todos os propostos por Antônio Maria Fior, encontrou a
solução para a equação do tipo 𝑥 3 + 𝑝𝑥 + 𝑞 = 0, solução era a base de todos
os problemas que ele elaborou. Cardano, que ainda acreditava na
impossibilidade da resolução das equações de terceiro grau, estava escrevendo
seu livro, Practica Arithimeticae Generalis, envolvendo assuntos com
Álgebra, Aritmética e Geometria, quando soube do desafio e da vitória de
Tartaglia. Pediu então que este o ensinasse ou que revelasse a solução.
Tartaglia disse que não, argumentando que ele mesmo pretendia publicar essa
descoberta num futuro livro. Cardano sentiu-se ofendido e também insultou
Tartaglia, chamando-o de egoísta. ...Cardano, resolveu investir novamente nas
suas tentativas, desta vez chegando a implorar e fazer juramento sobre a bíblia,
que se Tartaglia lhe revelasse as fórmulas, ele por sua vez, jamais revelaria ao
público. Talvez vencido pelo cansaço ou pela promessa de Cardano, Tartaglia
cedeu e resolveu acreditar em seu rival, ...Cardano desrespeitou o acordo,
publicou o livro Ars Magna, Onde encontramos um discurso claro sobre o
conceito dos números negativos e a grande revelação; a fórmula de Tartaglia.
Embora tenha feito elogios ao seu rival, fez comentários sobre o episódio
envolvendo o professor Scipione del Ferro, dizendo que este já teria chegado
ao mesmo resultado havia alguns anos. Tartaglia furioso e traído, publicou a
sua versão, denunciando a traição de Cardano e citando o seu julgamento
perante a Bíblia. Ferrari, um matemático da e discípulo de Cardano, tomou as
dores e partiu em defesa de seu mestre. Assim, quando Tartaglia desafiou
Cardano para um debate em público na própria terra de Cardano, ou seja,
Milão, quem apareceu para o debate foi seu discípulo, Ferrari. Por fim o debate
sequer aconteceu,... Assim a fórmula que Tartaglia deduzir a, hoje é
carinhosamente conhecida como Fórmula de Cardano. ... Examinando o
capítulo XI da Ars Magna, verificamos que Cardano não apresentou uma
solução mais geral para resolução de equações do terceiro grau, mas sim uma
prova específica para a cúbica 𝑥 3 + 6𝑥 = 20 que pode ser escrita como 𝑥 3 +
𝑝𝑥 = 𝑞. Na sua demonstração, que é puramente geométrica. ... Cardano obteve
sua versão algébrica para a resolução da equação 𝑥 3 + 𝑝𝑥 = 𝑞., dada por:
3 3
𝑞 𝑞2 𝑝3 𝑞 𝑞2 𝑝3
𝑥= √ +√ + − √− + √ +
2 4 27 2 4 27
Agora vejamos outro exemplo...ao iniciar este assunto, falei que a forma geral
de uma equação do terceiro grau ou cúbica era da forma 𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 +
𝑑 = 0 e nós resolvemos um caso particular dela, ou seja, achamos a solução
para uma equação cúbica do tipo 𝑥 3 + 𝑝𝑥 = 𝑞. Então vejamos qual
procedimento de Tartaglia para resolver este problema. Seja a equação: 𝑎𝑥 3 +
𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑 =0, pelo método da substituição, façamos 𝑥 = 𝑦 + 𝑚
3 3
𝑞 𝑞 2 𝑝 3 𝑞 𝑞 2 𝑝 3 𝑏
𝑥 = √ − + √ ( ) + ( ) + √− + √ ( ) + ( ) −
2 2 3 2 2 3 3𝑎
0 2 0 2
3 3
0 −4 3 0 −4 3 (−9)
𝑥 = √ − + √ ( ) + ( ) + √− + √ ( ) + ( ) − ⟹
2 2 3 2 2 3 3𝑎
3 3
1 1
𝑥 =2 √√ − − 2 √√ − + 3 ⟹ logo 𝑥 = 3
27 27
.... Mas onde estão as outras duas raízes? E essa raiz quadrada de número
negativo? Para nossa sorte elas se anularam, mas e se fosse uma soma? ... Seja
a equação: 𝑥 3 − 15𝑥 = 4, onde temos 𝑝 = −15 e 𝑞 = 4.
−15 3 −15 3
3 3
4 4 2 4 4 2
𝑥 = √ +√ ( ) +( ) − √− − √ ( ) + ( ) ⟹
2 2 3 2 2 3
3 3
𝑥 = √ 2 + √4 − 125 − √− 2 + √ 4 − 125 ⟹
3 3
𝑥 = √ 2 + √−121 − √− 2 + √−121
E agora? Se observarmos com atenção a equação, verificaremos que 𝑥 = 4 é
um a raiz, e Cardano também sabia disso, mas novamente apareceu uma raiz
quadrada de um número negativo, além de que este resultado não se aproxima
nem de longe da raiz já conhecida. A fórmula manteve- se frágil, e ninguém
entender o que estava acontecendo. ... Cardano referia-se as raízes quadradas
de números negativos como grandezas sofísticas e, dizia ele, que estes
números eram para progresso da Matemática tão engenhosos quanto inúteis.
Este problemas ainda durariam cerca de 200 anos para serem resolvidos e a
história mostra que muitas das melhores mentes do mundo sucumbiram na
busca das repostas, mas quando elas apareceram, mostraram que
principalmente que Cardano estava errado numa coisa: estes números podem
até ser engenhosos, mas de maneira alguma, seriam inúteis.(CONTADOR,
2006 p. 27-43).
“ Rafael Bombelli 1526-1573, foi engenheiro hidráulico, ... Na matemática,
dedicou cerca de quinze anos de sua vida para escrever, o livro, Álgebra e
assim melhorar o ensino, diminuir as dificuldades, e permitir aos estudantes
dominarem um pouco mais este assunto. Ao estudar o trabalho de Cardano,
𝑞 2 𝑝 3
verificou que, para as equações do tipo 𝑥 3 + 𝑝𝑥 2 + 𝑝 = 0, onde ( ) + ( )
2 3
é negativo, os números reais não seriam suficientes para sua resolução. Mas
que números reais não seriam esses que não pertenciam ao campo real? Não
dá nem para imaginar ... Vejamos sua linha de raciocínio.
Sejam os números reais a, b e c as raízes equações 𝑥 3 + 𝑝𝑥 + 𝑞 = 0, então é
lógico que: (𝑥 − 𝑎)(𝑥 − 𝑏)(𝑥 − 𝑐) = 0.
Façamos esse desenvolvimento de modo a chegar à equação de terceiro grau
sem o termo de segundo grau. ... Fazendo o desenvolvimento obtemos
𝑞 2 𝑎𝑏(𝑎+𝑏) 2 𝑝 3 𝑎𝑏−(𝑎+𝑏) 3
(2 ) = ( 2
) e (3 ) = ( 3
)
𝑞 2 𝑝 3
Façamos ∆ = ( ) + ( ) , então
2 3
É interessante notar que não foram as equações quadráticas que deram origem
ao estudo dos números complexos, pois, no caso dessas equações, quando ∆<
0, era fácil dar a resposta, não existem raízes que satisfazem a equação, mas
agora o caso era diferente, pois já se conhecia uma das raízes. Esta equação é
abordada por Bombelli em seu trabalho Álgebra . Bombelli já possui as regras
para trabalhar com esses estranhos números, poderiam então discutir o
resultado obtido com uso da fórmula de Cardano para uma equação como 𝑥 3 −
15𝑥 − 4 = 0. Então, para obter o resultado 𝑥 = 4, parte do raciocínio
3 3
segundo o qual os números √ 2 + √−121 e √− 2 + √−121 deveria ser
3
do tipo 𝑎 + √−𝑏 e 𝑎 − √−𝑏 ou 𝑎 + √−𝑏 = √ 2 + √−121 e 𝑎 − √−𝑏
3
= √− 2 + √−121, assim, seu resultado deveria ser 𝑥 = ( 𝑎 + √−𝑏)( 𝑎 −
√−𝑏). A respeito desta proposição, próprio Bombelli comentou:
3 3 3 3 3 3
𝑝 𝑞 𝑞 𝑝 𝑞 𝑞
𝑥 = √ √( ) + ( ) + ( ) − √ √ ( ) + ( ) − ( )
3 2 2 3 2 2
Cardano passava outros casos, tais como “ o cubo igual e número”. Aqui faz-
se a substituição 𝑥 = 𝑢 + 𝑣 em vez de 𝑥 = 𝑢 − 𝑣, o resto do método
permanecendo essencialmente o mesmo. Nesse caso, porém há uma
dificuldade. Quando se aplica a regra a 𝑥 3 = 15𝑥 + 4, por exemplo, o
3 3
resultado é 𝑥 = √2 + √−121 − √2 − √−121. Cardano sabia que não existe
raiz quadrada de número negativo, no entanto ele sabia que 𝑥 = 4 é uma raiz.
Não consegui entender como sua regra faria sentido em tal situação. Tinha
jogado com raízes quadradas de números negativos em outra situação, quando
pediu para que se dividisse 10 em duas partes tais que o produto fosse 40. As
regras usuais de da álgebra levaram as respostas 5 + √−15 e 5 − √−15 para
as partes9 ou na notação de Cardano 5p: R m:15 e 5m: R m:15). Cardano se
referia a essas raízes quadradas de números negativos como “sofisticas” e
concluía que o resultado nesse caso era “tão sutil quanto inútil”. Autores
posteriores mostraram que tais manipulações eram um tato de fato sutis mas
nada inúteis. É mérito de Cardano que ele ao menos tenha dado alguma atenção
a essa intrigante situação.
3 3
1 1 1 1
𝑦 = √ 287 + √80499 + √ 287 − √80499 − 5
2 4 2 4
uma ausência da demonstração dos resultados que conduziram a descoberta dos números
complexos, passo a passo a forma como Cardano pensava quando resolvia as equações
cúbicas. Um relato da vida desses matemáticos, sua profissão, o destaque de a matemática
lhes proporcionou, onde lecionaram? quais foram suas influências, sua origem, a forma
como aprenderam matemática o que os levou a estudarem matemática? e uma a descrição
de como eram vistos os números complexos pelos primeiros matemáticos da época, etc.
A influência da igreja católica na produção de conhecimento. Por que os homens daquela
época não se restringiam em dominar apenas uma área do conhecimento?
ATIVIDADE: Faria uma leitura cada aluno leria um parágrafo de um texto com a Commented [S9]: detalhar mais a atividade, ainda não se
percebe o caminho histórico que vc comenta abaixo.
descrição da vida e dos confrontos entre Cardano e Tartaglia e Del Ferro e em seguida
dividiria a classe em grupos de 4 ou 5 alunos, proporia resolver a primeira equação que
Cardano utilizou para resolver as cúbicas que é:
3
𝑥 + 6𝑥 = 20 , deixando que alunos resolvendo sozinho e auxiliando em alguma dúvida,
trabalhando como mentor da atividade
3 3
𝑝 𝑞 2 𝑞 𝑝 𝑞 2 𝑞
𝑥 = √ √( )3+( ) + − √ √( )3+( ) −
3 2 2 3 2 2
Explicando como Cardano e Bombelli percebeu que estes números eram uma
parte da solução da equação, uma parte que até então era desconhecida da matemática
da época.
“É relativamente recente a atenção ao fato de que o aluno é agente Commented [S10]: duas citações sem argumentação não
caracterizam bases teóricas.
da construção do seu conhecimento, pelas conexões que
estabelece com seu conhecimento prévio num contexto de
resolução de problemas” (PCN, 1998).
A proposta visa mostrar aos alunos as origens dos números complexos, e ao mesmo
conhecendo a história destes números. Podemos concluir que essa metodologia
proporciona aos alunos além dos conhecimentos dos métodos utilizados por Cardano e
Tartaglia para a resolução de equações cúbicas e quárticas o desenvolvimento do
raciocínio lógico e uma avaliação de seus conhecimentos prévios mediante a resolução
do problema proposto. Buscando fugir dos métodos tradicionais, e criando no aluno o
interesse pela matemática através compreensão dos conceitos e axiomas abordados com
o conhecimento de sua origem.
7. REFERENCIAS Commented [S12]: nova página
BOYER, Carl B. História da matemática – revista por Uta C. Merzbach; trad.: Elza F.
Gomide – 2. ed. – São Paulo: Blücher, 1996.
CONTADOR, Paulo Roberto Martíns, Matemática, uma breve história. V. 2 2. ed. São
Paulo: Editora Livraria da Física, 2008.