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TRAÇÃO
3.1. INTRODUÇÃO
FIG. 16 – Esforços de tração na madeira. Fonte: RITTER (1990) apud CALIL JÚNIOR &
BARALDI (1998)
Nas peças submetidas a tração paralela, o estado limite a ser observado é o de ruptura da seção
causada por tensões normais de tração, e portanto um estado limite último.
Neste caso deve-se verificar se a tensão atuante, na área efetivamente de madeira, não supera a
resistência da madeira a tração paralela às fibras. Esta condição de segurança, que corresponde
ao estado limite último de ruptura da seção por tensões normais de tração, é expressa por (NBR
7190/1997 – item 7.3.1):
Nd
σ td ≤ f t 0,d ⇒ σ td = ≤ f t 0,d
Aef
Onde:
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Aef = área efetiva (de madeira), da seção transversal, e
ft0,d = resistência de cálculo à tração paralela às fibras.
• Caso sejam conhecidos todos os enfraquecimentos da seção, em geral presentes nas ligações:
Onde:
• Caso não sejam conhecidos os enfraquecimentos da seção, eles podem ser estimados e pode-
se adotar a seguinte regra prática:
1 – Obter a força normal de cálculo (Nd), se necessário, traçando o diagrama de força normal.
a) Se conhecida a ligação.
Aef = A – Aenfraquecimentos
Na qual, em geral:
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• Furos para colocação de pregos e parafusos.
b) Se desconhecida a ligação.
Aef = 0,7.A
Nd
σ td =
Aef
Nd
σ td = ≤ f t 0,d
Aef
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3.3. TRAÇÃO INCLINADA
A ocorrência da tração inclinada em peças de madeira não é muito comum, mesmo assim a
ABNT (1997) tomou o cuidado em recomendar o uso da expressão de Hankinson, sempre que o
ângulo entre a direção do esforço de tração e a das fibras for superior a α = 6 0 ( arctgα = 0 ,10 ) .
Neste caso a condição de segurança ficaria:
Nd
σ td ≤ f tα ,d ⇒ σ td = ≤ f tα , d
Aef
Onde:
A resistência de cálculo à tração inclinada de um ângulo α em relação às fibras, ftα,d, por sua vez
é obtida, admitindo-se que o comportamento à tração seja semelhante ao observado por
Hankinson para a compressão (ver item 4.4.), por:
f t 0 ,d . f t 90 ,d
f tα ,d =
f t 0 ,d . sen α + f t 90 ,d .cos 2 α
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Onde:
1 – Obter a força normal de cálculo (Nd), se necessário, traçando o diagrama de força normal.
a) Se conhecida a ligação.
Aef = A – Aenfraquecimentos
Na qual, em geral:
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Aenfraquecimentos = Afuros + Aentalhes (ver figuras 17 e 18)
b) Se desconhecida a ligação.
Aef = 0,7.A
Nd
σ td =
Aef
Nd f t 0 ,d . f t 90 ,d
σ td = ≤ f tα ,d , na qual, f tα ,d =
Aef f t 0 ,d . sen 2 α + f t 90 ,d .cos 2 α
A ABNT (1997) recomenda que a segurança das estruturas, em relação a estados limites últimos,
não deve depender diretamente da resistência à tração normal às fibras. Nos casos em que as
tensões de tração normal às fibras puderem atingir valores significativos, devem ser empregados
dispositivos que impeçam a ruptura decorrente dessas tensões (NBR 7190/1997 – item 7.2.3).
3.5.1. Obter a seção da barra 1-3 da tesoura esquematizada na figura 19, construída com madeira
da classe C-40 (dicotiledônea). Sabe-se que para facilidade na montagem das ligações, a
barra deve ter largura de 6,00 cm e que os esforços característicos na barra (obtidos em
Planos Cremona) são os listados abaixo. Sabe-se que: a madeira utilizada é de segunda
categoria, classe 2 de umidade, usual na região, o carregamento é de longa duração, as
cargas permanentes são de grande variabilidade, e, em princípio, não se sabe qual a ação
variável principal.
Esforços na barra 1-3 (valores positivos indicam tração, negativos compressão), devidos a:
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FIG. 19 – Tesoura de madeira classe C-40 (Exercício 3.5.1)
Esforços na barra 1-3 (valores positivos indicam tração, negativos compressão), devidos a:
3.5.3. Qual a máxima força normal de cálculo, de tração, a que pode resistir resiste uma peça de
madeira classe C-60 (dicotiledônea), de seção 6,00 cm x 12,00 cm, sendo que 3,00 cm de
sua altura são utilizados em entalhes e colocação de parafusos (figura 20)?. Sabe-se que: a
madeira utilizada é de segunda categoria, classe 2 de umidade, usual na região e o
carregamento é de longa duração.
3.5.4. Obter a seção da barra 1-2 da treliça, esquematizada na figura 21, construída com uma
conífera da classe C-30. Sabe-se que para facilidade na montagem das ligações, a barra é
formada por duas tábuas com 2,5 cm de espessura cada. Sabe-se também, que: a madeira
utilizada é de segunda categoria, classe 2 de umidade, usual na região, o carregamento é
de longa duração e as cargas permanentes são de grande variabilidade.
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FIG. 21 – Esquema da treliça (Exercícios 3.5.3 e 3.5.4)
3.5.5. Obter a seção da barra 5-7 da treliça esquematizada na figura 21, construída com uma
conífera da classe C-30. Sabe-se que para facilidade na montagem das ligações, a largura
da barra é de 6,00 cm. Sabe-se também, que: a madeira utilizada é de segunda categoria,
classe 2 de umidade, usual na região, o carregamento é de longa duração e as cargas
permanentes são de grande variabilidade.
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