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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA

CÂMPUS FLORIANÓPOLIS

Dimensionamento de guias lineares

Alunos: Pedro von Hertiwg


Rodolfo Cavour
Victória Zanetti

Florianópolis, dia 1 de Dezembro de 2017


Sumário
1. Introdução .................................................................................................................................. 3
2. Desenvolvimento ....................................................................................................................... 3
2.1. Requisitos de projeto ................................................................................................... 3
2.3 Dimensionamento dos patins e trilhos ..................................................................... 9
3. Componentes selecionados ..................................................................................................... 14
1. Introdução
As guias são elementos mecânicos de movimentação, ou seja, influencia
diretamente na projeção (sentido e direção) que diversos elemento de máquinas
efetivam. Essas guias, não são tão complexas de se entender quando
comparada aos demais elementos mecânicos, uma vez que, a sua utilização vai
depender nada mais que a condição de uso e de aplicação. Uma boa aplicação
do tipo de guias correta fará com que o funcionamento de uma determinada
máquina seja executado da melhor forma possível. Não impedindo assim, o seu
processo produtivo (s.n.).
O presente trabalho tem como proposta inicial apresentar o processo de
seleção de fusos e guias lineares, mais especificamente trilhos e patins, para um
protótipo que simula o ensaio de dureza Brinell.

2. Desenvolvimento
Nesta seção será apresentado os requisitos do projeto, o dimensionamento
dos eixos e das guias lineares e, por fim, a seleção dos mesmos com o auxílio
de catálogos.
2.1. Requisitos de projeto
Para que seja feito o dimensionamento ou o levantamento do que é ou não
relevante para o projeto, é preciso que seja estipulado os requisitos do projeto,
para que assim o projetista consiga determinar e avaliar as variáveis que
realmente importam.
-Velocidade máxima: vc=6000mm/min;
-M1=10Kg;
-Massa do bloco: M2=9,07Kg;
-Aceleração: a=2000mm/s²;
-Percurso: l=200mm;
-Carga máxima aplicada no ensaio de Brinell: F=3000Kgf
-Vida em horas esperada: 9600horas

2.2 Dimensionamento do fuso


A partir do que se foi estipulado, através de cálculos, o fuso que mais se
adequar as características será selecionado.
A massa do bloco, m2, foi calculada com a densidade do chumbo para um
bloco de 200x200x20mm. A massa do conjunto de movimentação. Estimando
uma velocidade máxima, Vc, de 6000mm/min, e supondo um ensaio de dureza
com uma peça de 200x200mm. Com 16 medições igualmente espaçadas em
forma de uma matriz 4x4, considerando 120s para a marcação de cada ponto,
resultaria em um tempo de percurso de 34min, com 15 posicionamentos
afastados 50mm e um movimento de 25mm do ponto de “zeramento” até o
primeiro ponto, totalizando 775mm. Considerando uma aceleração de
2000mm/s², leva-se 2,5mm para acelerar ou desacelerar. Caso a velocidade
média seja considerada a máxima, o tempo de movimentação ficaria em torno
de 8s. Portanto a velocidade e aceleração escolhida não se tornou um fator
relevante para o tempo de execução do ensaio.

𝑑𝑖𝑠𝑡 𝑚𝑚;
𝑉𝑐
𝑑𝑖𝑠𝑡𝑎𝑐𝑒𝑙 𝑚;
𝑑𝑖𝑠𝑡
𝑡𝑚 = ;
𝑉𝑐
𝑇𝑓 𝑠
-Motor candidato - Nema 23M-M-2231-3.0
Optou-se pelo uso de motores de passo pela facilidade de controle, o modelo
nema 23 foi escolhido pela facilidade de encontrar no mercado.
𝑅𝑜𝑡_𝑚𝑎𝑥
𝑇𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑐𝑚

𝐽𝑚 𝑐𝑚^2
-Dimensionamento do fuso
Com base na velocidade máxima do motor é possível calcular o passo mínimo
do fuso para alcançar a velocidade crítica. Segue o cálculo abaixo:
𝑉𝑐 𝑟𝑜𝑡max
𝑎𝑣𝑚𝑖𝑛 = = → 𝑎𝑣𝑚𝑖𝑛 = 2𝑚𝑚
Considerando uma resolução de 0,05mm para viabilizar ensaios com maior
liberdade de posicionamento é possível calcular o passo máximo do fuso e com
isso ter mais facilidade na seleção.
360 ∗ 𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 0,05𝑚𝑚 ; 𝑎𝑣_𝑚𝑎𝑥 = → 𝑎𝑣_𝑚𝑎𝑥 = 10𝑚𝑚
1 ,8

Com a possibilidade de selecionar fusos com a variação de passo de 2mm até


10mm, resta selecionar a classe do fuso. Pelo fato da precisão não ser um fator
crítico no projeto, o fuso de esferas laminado, classe C10, atende aos requisitos
de precisão, possuindo precisão de 210µm/300mm. Com essa seleção é
possível diminuir os custos do projeto em comparação com a seleção de um fuso
de esferas retificado, sem que isso prejudique o resultado da operação da
máquina.
Seguindo a tabela de fusos de esfera disponíveis do catálogo, o intervalo de
passos calculado, e com o intuito de diminuir a massa projeto, optou-se, para a
primeira iteração o fuso de passo 3mm com diâmetro de 10mm.

Figura 1- Tabela Fusos de Esfera disponíveis NSK

𝑎𝑣𝑎𝑛ç𝑜 = 3 𝑒 𝑑 = 10𝑚𝑚
Com um comprimento inicial de 200mm, comprimento de percurso,
desconsiderando o comprimento da castanha e do acoplamento do eixo no
mancal e no motor. É possível notar pelo gráfico de Velocidade crítica x Diâmetro
do fuso que independentemente do tipo de acoplamento e da velocidade, o fuso
não alcançará ressonância com as velocidades disponíveis no gráfico.

Figura 2- Rotação NSK


𝑉𝑐 6000 𝑎𝑣𝑎𝑛ç𝑜 3
𝑛= → → 𝑛 = 2000𝑅𝑃𝑀
Além da velocidade crítica também deve ser considerado o produto do
diâmetro primitivo com a velocidade de rotação que para a classe C10 deve ser
menor que 50.000. Com base no cálculo abaixo, o fuso atende a esse critério.

𝐷𝑚_𝑛 = 𝑑 ∗ 𝑛 = 10 ∗ 2000 → 𝑑𝑚_𝑛 = 2000𝑚𝑚/𝑚𝑖𝑛


Como a velocidade crítica não afetará o projeto nas condições atuais, é
possível escolher a montagem suportado-suportado pela facilidade de
construção e rigidez proporcionada. É esperado que o fuso tenha uma vida de 5
anos em um regime de 8h em 5 dias da semana. Para calcular a carga dinâmica
foi estimada a força axial envolvida na movimentação com o atrito da guia com
os patins e a força de aceleração, o momento mais crítico.

𝑢𝑒 = 0,0003 ;

𝐹𝑎𝑐𝑒𝑙 = 𝑢𝑒(𝑚1 + 𝑚2) ∗ 𝑔 + (𝑚1 + 𝑚2) ∗ 𝑎 → 𝐹𝑎𝑐𝑒𝑙 = 3,87;

𝐿ℎ = 5 ∗ 12 ∗ 4 ∗ 8ℎ → 𝐿ℎ = 9600ℎ

𝐿 = 𝑛 ∗ 𝐿ℎ ∗ 60 𝐿 → 1150 ∗ 106𝑟𝑒𝑣
A condição de operação, Fw, será considerada normal, visto que a carga
aplicada durante o ensaio de cada ponto não é de impacto.

𝑓𝑤 = 1,5;

𝐿 𝐹𝑎𝑐𝑒𝑙 ∗ 𝑓𝑤 𝑠2
𝐶𝑎 = (10 6) ∗ 𝑔 → 𝐶𝑎 = 62,017 𝑚𝑓

Figura 3- Catálogo

Comparando com o valor de capacidade de carga dinâmica, o fuso atende ao


critério de carga dinâmica. Para prosseguir com a seleção do fuso é necessário
verificar a existência de mancais de rolamento para o diâmetro do eixo.
Pelo tipo de carregamento, puramente axial, optou-se pelos rolamentos de
esfera de escora dupla. Que, segundo o catálogo de rolamentos da SKF, o de
menor diâmetro interno é de 10mm.
Figura 4- Rolamentos SKF
O fuso de 3mm de passo e 10mm de diâmetro possui diâmetro mínimo de
8mm, o que impossibilita a usinagem para acoplamento no rolamento com 10mm
de diâmetro interno. Por esse motivo, será realizada a segunda iteração com o
próximo diâmetro com passo de 4mm, 14mm.
-Dimensionamento do fuso - 2ª iteração:
1- dm_n<5000

𝑛 → 𝑛 = 1500𝑅𝑃𝑀
𝑑𝑚_𝑛 = 14 ∗ 1500 → 𝑑𝑚_𝑛 = 21000𝑚𝑚
2-Carga Dinâmica

𝐿 = 1500 ∗ 60 ∗ 9600 → 𝐿 = 864 ∗ 106

𝐶𝑎 → 𝐶𝑎 = 56,5𝐾𝑔𝑓

Figura 5- Capacidade de carga fuso NSK


3 - Fator de segurança- carga dinâmica, Sa, e estática, Se:
𝑆𝑎 = → 𝑆𝑎 = 9,646 𝑆𝑒 = → 𝑆𝑒 = 277,778
-Cálculo do torque
Seguindo as equações abaixo, informadas pelo catálogo, foi obtido o torque
máximo, T2, durante a aceleração. Os cálculos realizados estão na tabela do
Excel.

Figura 6- Calculo Torque

𝑇1 = 2,65𝐾𝑔𝑓 ∗ 𝑐𝑚 𝑇2 = 2,68𝐾𝑔𝑓 ∗ 𝑐𝑚 𝑇2 = 26,4𝑁 ∗ 𝑐𝑚


Para a rotação de 2000rpm e aplicando uma tensão de 45V, o torque fica em
torno de 35N.cm. Podendo conseguir valores superiores aplicando até 75V.
Portanto o motor será capaz de funcionar nessas condições.

Figura 7- Relação Torque x Velocidade


-Verificação do rolamento
𝑅 = 99,9%
𝐿

𝐿 →𝐿
𝑌 𝑁;𝑎=3
𝐿

𝐶𝑎 → 𝐶𝑎 𝑁

𝑆𝑑 = → 𝑆𝑑 → 𝑆𝑒
-Comprimento final
O comprimento total do fuso de esferas depende do curso definido como
200mm, o comprimento da porca, lp, do comprimento de acoplamento no motor,
lm, do mancal, lr, e uma folga na ponta do eixo para inserir o anel elástico.

𝐿𝑝 = 43𝑚𝑚; 𝑙𝑟 = 22𝑚𝑚; 𝑙𝑚 = 20𝑚𝑚; 𝑙𝑓 = 15𝑚𝑚


𝑙𝑡 = 1 + 𝑙𝑝 + 𝑙𝑟 + 𝑙𝑚 + 𝑙𝑓 → 𝑙𝑡 = 0,3𝑚
O aumento do comprimento não prejudicará os fatores já calculados, pois só
interfere na velocidade crítica. Segundo o gráfico, os 300mm ainda estão dentro
dos parâmetros aceitáveis para a velocidade máxima e diâmetro do fuso.

-Eixo Y
Com uma massa total inferior ao do eixo X e com mesmas condições de
velocidade e aceleração, o fuso de esferas dos dois eixos, os motores e os
rolamentos serão iguais.

2.3 Dimensionamento dos patins e trilhos


A partir do que foi requisitado, através de cálculos, foi dimensionado e, por fim,
selecionado a guia linear que mais se adequa para o tipo de carga, serviço e
movimento o qual o protótipo está sujeito.
-Dimensionamento dos Patins para o eixo X:
O ensaio de dureza será feito em diferentes partes do bloco de chumbo, foi
analisado, para cada patim, o ponto de marcação mais distante do centro, o qual
causaria a maior carga sobre eles. A partir da carga estática determinada para o
projeto, foi selecionado uma guia linear candidata, no catálogo da NSK, para que
fosse possível fazer a análise de carga em cada patim, tendo como restrição o
tamanho da mesa (200x200mm) foi decidido uma disposição inicial. Segue a
imagem abaixo.
Figura 8- Layout da montagem eixo X
O círculo na Figura 1 representa o lugar mais crítico em que a força F será
aplicada. Os patins candidatos possuem 44x69.8mm e os trilhos 20x300mm,
para fazer a análise, primeiramente, foi determinado, como uma melhor
disposição, a distância entre os patins no eixo y igual à 136mm e no eixo
x=110.2mm. Segue os cálculos abaixo:

𝐹 𝐹𝑦1 𝐹𝑥1
𝑃1 = + −
4 2𝑙2 2𝑙1

𝑃1𝑒 = 943,6

𝑃1𝑑 = 1,43𝐾𝑔𝑓

𝐹 𝐹𝑦1 𝐹𝑥1
𝑃2 = + +
4 2𝑙2 2𝑙1

𝑃2𝑒 = 2598𝐾𝑔𝑓

𝑃2𝑑 = 9,64𝐾𝑔𝑓

𝐹 𝐹𝑦1 𝐹𝑥1
𝑃3 = − +
4 2𝑙2 2𝑙1
𝑃3𝑒 = 556,4𝐾𝑔𝑓

𝑃3𝑑 = 3,04𝐾𝑔𝑓

𝐹 𝐹 𝑦1 𝐹 𝑥1
𝑃4 = − −
4 2 𝑙2 2𝑙1
𝑃4𝑒 = −1098,1𝐾𝑔𝑓

𝑃4𝑑 = 5,16𝐾𝑔𝑓

Sendo 𝑦1 = 𝑥1 = 75𝑚𝑚; 𝐹 = 3000𝐾𝑔𝐹; 𝑙1 = 110,2𝑚𝑚; 𝑙2 = 136𝑚𝑚 para o cálculo


da força de reação estática. Para o cálculo da força de reação dinâmica foi
considerado o peso do bloco que será movimentado 𝐹 = 9𝐾𝑔𝐹; 𝑦1 = 𝑥1 = 100𝑚𝑚;
𝑙1 = 𝑙2 = 100𝑚𝑚. Observando os resultados é possível concluir que o Patim 2 é
quem sofrerá a maior carga.

A carga estática pode ser obtida através da fórmula 𝐶𝑒 = 𝑓𝑤 𝑃 sendo P a


carga sob o patim e 𝑓𝑤 o fator de serviço, que para este caso será 1,5 tendo em
vista que a guia está submetida à impactos, logo temos que 𝐶𝑒 = 1732𝐾𝑔𝑓.
Para determinar a carga dinâmica foi utilizado a formula do tempo de vida que
relaciona a força dinâmica aplicada sobre o patim e o fator de serviço.
𝐿 3

𝐶𝑑 𝑓𝑤
𝐿 = 𝑛 ∗ 𝐿ℎ ∗ 60 → 𝐿 = 1150 ∗ 106𝑟𝑒𝑣𝑜𝑙𝑢çõ𝑒𝑠

𝑓𝑤 = 1,2

𝐹 = 9,64𝐾𝑔𝑓
𝐶𝑑 = 121𝐾𝑔𝑓
Comparando com o valor da capacidade de carga dinâmica e estática, a guia
atende ao critério das cargas.

Figura 9- Guias lineares NSK

Figura 10- Guias lineares NSK -


Dimensionamento dos Patins para o eixo Y:
No eixo Y temos uma mesa que suporta o atuador hidráulico, ao analisar que
a força peso do atuador possui é inferior à do bloco, foi selecionado, como
candidato, os mesmos patins e trilhos do eixo X para que fosse feito o layout de
montagem. Mas como o atuador aplica um tipo de carga diferente nos patins,
foi feito cálculos seguindo o catálogo da NSK.
Figura 11- Layout de montagem NSK
Sendo 𝑦1 = 45,50𝑚𝑚; 𝑦0 = 22𝑚𝑚; 𝑙1 = 110,2𝑚𝑚; 𝑙2 = 136𝑚𝑚; F = 3000Kgf e
W = 50Kgf. Analisando a carga quando não há movimentação, a força de
reação de cada patim pode ser observada abaixo.
𝐹𝑦 𝑊𝑦0
𝑃1 = 𝑃2 =−
𝑙2 2𝑙2

𝑃1 = 𝑃2 = 497,79 𝐾𝑔𝑓

𝑃3 = 𝑃4 = −497,79 𝐾𝑔𝑓
Durante o deslocamento o atuador hidráulico não aplica a força do ensaio,
então só foi considerado, para os cálculos, a força peso do suporte.
𝑊𝑦0
𝑃1 = 𝑃2 =
2𝑙2

𝑃1 = 𝑃2 = 4,04 𝐾𝑔𝑓

𝑃3 = 𝑃4 = −4,04 𝐾𝑔𝑓

Para determinar a carga estática foi utilizado aa fórmula 𝐶𝑒 = 𝑓𝑤 𝑃 ,


novamente, onde P é força de reação do patim e fw o fator de serviço, que será
igual ao que foi determinado para o eixo X. 𝐶𝑒 = 319,86𝐾𝑔𝑓. Para determinar a
carga dinâmica, foi utilizado a seguinte equação.
𝐿

𝐶𝑑 𝑓𝑤

𝐶𝑑 = 50,8 𝐾𝑔𝑓

Após esta análise, os valores obtidos foram comparados com os do


catálogo dos patins já selecionados para o eixo X e assim, concluído que os
tanto os patins, quanto os trilhos, suportam as cargas do eixo Y.

3. Componentes selecionados
Por fim os componentes selecionados para o projeto do simulador de
ensaio de dureza Brinell foram os seguintes.
Referência Código Fabricante
Patins LAH30BN NSK
Trilhos L1H30BN NSK
Carga Dinâmica 100Kgf --
Carga Estática 1732Kgf --
Fuso RS1404A036 NSK
Castanha RNCT1404A3.5 NSK
MOTOR Nema 23M-M-22331- -
3.0
Rolamento 52202 SKF

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