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LIÇÃO 5

SUBSÍDIO PARA O ESTUDO DA 5ª LIÇÃO DO 1º TRIMESTRE DE


2018 – DOMINGO, 04 DE FEVEREIRO DE 2018

CRISTO É SUPERIOR A ARÃO E À ORDEM


LEVÍTICA

Texto áureo
“Visto que temos um grande
sumo sacerdote, Jesus, Filho de
Deus, que penetrou nos céus,
retenhamos firmemente a nossa
confissão.” (Hb 4.14)
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – Hb 4.14-16; 5.1-14

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Pela graça de Deus, chegamos na 5ª lição deste trimestre, distinto leitor. E


diante de nós se apresenta o maior e mais sublime ministério sacerdotal de que
temos notícia na história. Talvez, caro leitor, esteja pensando que estou referindo-me
ao sacerdócio de Arão – conhecido no Antigo Testamento – e de caráter ritual, mas
na verdade refiro-me a um sacerdócio de condolências, descrito no Novo
Testamento e de caráter espiritual. Pois bem, convido-lhe a percorrer o caminho da
reverência e da confiança, em tempo oportuno (Hb 4.16).

1
I – UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À QUALIFICAÇÃO

1. Por representar melhor os homens diante de Deus.

O verbo representar1, de acordo com o Dicionário Etimológico da Língua


Portuguesa, p. 108, de Rotilde Caciano de Almeida, significa “estar em lugar de;
substituir”. Ora, porque o sacerdócio de Jesus é reconhecidamente superior ao de
Arão e consequentemente de toda ordem levítica, no que tange a elevação do
homem perante Deus? Pois bem, a esta pergunta, pensemos no seguinte.

Segundo as Sagradas Escrituras, foi Deus quem escolheu os filhos de Arão e


os levitas para o serviço do tabernáculo (Nm 3), bem como separou os filhos de Levi
para levar a Arca do concerto do Senhor (Dt 10. 8). Em Números 3.7 é dito que o
ministério do tabernáculo como papel dos levitas tem caráter distinto da obra de
Arão e de seus descendentes, que “administraram o sacerdócio” (v.4). Pois bem,
mesmo um levita que não fosse descendente de Arão não lhe era autorizado para
ministrar como sacerdote – ser-lhe-ia considerado “estranho” (v. 10). Em Êxodo 28.
1-3 está registrado que Deus havia escolhido Arão e seus filhos para sacerdotes.

O que me chama a atenção é que em Êxodo 28.30b está escrito desta


maneira: “assim, Arão levará o juízo dos filhos de Israel sobre o seu coração 2 diante
do senhor continuamente”. De acordo com Strong, a palavra hebraica para
continuamente é tamid, que significa, constantemente, sempre, para sempre,
perpetuamente. Contudo, este advérbio, ainda segundo Strong, vem de uma raiz
que significa “estender até a eternidade”, “estender para sempre”. Ora, ver-se
claramente que estes significados teve um caráter transitório, na pessoa de Arão e
de seus descendentes, pois tanto Arão quanto os seus filhos já morreram e,
portanto, já não mais intercede por ninguém; era sombra de um sacrifício pretérito
(Hb 10 1-18), destarte, na pessoa de Jesus Cristo constituí-se em seu sentido pleno
da palavra tamid, pois o Senhor Jesus é o nosso Sumo Sacerdote eterno (Hb

1
Etimologicamente, o vocábulo representar, oriundo do Latim, é assim destrinchado: re: “de novo”;
prae: ”diante de”; esse: “estar”, e o sufixo entar: “ação continuada de”. Daí o significado
supramencionado. (Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de Rotilde Caciano de Almeida).
2
“Sobre o seu coração”. O Urim e o Tumim eram duas pedras colocadas no peitoral do sacerdote, e
significavam respectivamente: luzes e perfeições. Tratava-se de objetos usados para lançar sortes e
obter uma resposta de Deus em questões específicas. (Nm 27. 21; Dt 33. 8; Ed 2. 63; Ne 7. 65, etc).
2
4.14,15; 5. 6), que está assentado à destra de Deus e vive a interceder por nós (Hb
7. 21-25), allelluyah!!

2. Por compreender melhor a condição humana.

Aqui, temos em destaque a figura do Sumo Sacerdote constituída pela Antiga


Aliança, ou Antigo Pacto, como se depreende do texto de Hebreus 5.1, que nos
informa que o mesmo era “tomado dentre os homens”, com a missão específica de
compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados, (v. 2). A referência é ao Sumo
Sacerdote Arão e posteriormente aos seus descendentes congênitos.

Mas o que significar a palavra sacerdote3? E Sumo Sacerdote, de que se


trata? Pois bem, o étimo sacerdote, segundo Strong, vem da palavra hebraica
kohen, que significa um sacerdote, um sacerdote chefe, um ministro, um assistente
pessoal, um oficial. Portanto, o kohen era a pessoa encarregada de assistir
pessoalmente diante do Senhor (Êx 28.1). Em Hebreus de 8.1 a 9.10, vemos as 6
(seis) aparições das palavras “ministro” ou “serviço” com relação ao sumo sacerdote.
Já o étimo Sumo é um sinônimo de Supremo, “que está acima de tudo”, no sentido
de “superioridade”.

Pois bem, o Sumo Sacerdote tinha um missão importantíssima no contexto da


Antiga Aliança, ele tinha que “oferecer dons e sacrifícios pelo pecado”,
compadecendo-se “ternamente dos ignorantes e errados”. O que nos chama a
atenção é que o versículo 2 de Hebreus 5 diz que “ele mesmo está rodeado de
fraqueza”, e que por isso “deve, ele, tanto pelo povo como também por si mesmo,
fazer oferta pelos pecados” (v. 3). Nota-se que este ritual era feito constantemente
todos os anos; uma vez por ano o sumo sacerdote adentrava no lugar santíssimo
para oferecer sacrifícios por ele e por todo o povo. Quão grande, de fato, não era
estes sacrifícios! Mas não foi assim com Jesus Cristo. Ele o fez uma vez por todas,
oferecendo a sua própria vida como sacrifício eterno (Hb7. 27, 28). Àqueles foram
impedidos por causa da morte de continuar em seus sacrifícios (Hb 7. 23), este
permanece para sempre. (Hb 7. 24). Desta maneira, quem melhor do que Jesus – o
3
Em Latim, sacerdote vem de sacer: sagrado e dos, dotis: dote. Portanto, “ministro dos sacrifícios
religiosos”. (Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de Rotilde Caciano de Almeida).
3
nosso Sumo Sacerdote Eterno para nos compreender em nossas debilidades e
fraquezas? (Hb 4.15)

3. Pela posição que exerceu.

Analisando este versículo, vemos que o autor da missiva aos Hebreus se fixa
no sacerdócio de Cristo no que tange a honra deste ofício. O oficio de sumo
sacerdote era uma honra conferida por Deus à pessoa que assumira as obrigações
de dito ofício. O sumo sacerdote, desde a época de Arão, até a destruição do templo
em 70 d.C., gozava plenamente de um digno reconhecimento por parte da
comunidade hebraica. Indubitavelmente, o sumo sacerdote exercia o mais alto posto
de dignitário da nação de Israel, juntamente com o líder do poder civil.

Destarte, o autor destaca que nenhuma pessoa aceitava essa honra por
autocondecoração, até porque quem exercia semelhante ofício, apenas podia entrar
na presença de Deus no Dia da Expiação (Lv 8.7-9). A honra devida ao ofício
derivava-se do cumprimento das obrigações designadas ao sumo sacerdote. Este
tinha como missão precípua servir a Deus em favorecimento ao povo. Ele era
constituído como representante legal deste povo. O seu papel de mediador era
justamente o de rogar pela remissão dos seus pecados.

A vocação de Deus para o ofício de sumo sacerdote constituía-se, de fato, em


um ofício honroso. Iniciado pelo Sumo Sacerdócio de Arão, terminado com a morte
deste e de seus descendentes, e a destituição deste ofício em Israel quando não
mais se necessitou de tal serviço.

Não foi assim com o sacerdócio de Cristo, pois a Bíblia declara que “temos
um grande sumo sacerdote, Jesus Cristo, Filho de Deus...” (Hb 4.14), e ainda,
“Chamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.” (Hb
5.10).

Conta-se que certo presidente de determinado seminário uma vez fez uma
palestra para uma classe de novos alunos; depois de saudar os aspirantes, ele
disse: “A menos que o Senhor os tenha chamado para estudar para o ministério, nós
não os queremos aqui”.
4
Depreende-se, portanto, que para uma determinada pessoa ser empossado
no ofício sagrado, deve ser chamado por Deus. Se assim não for, se constitui em
uma afronta a Deus e uma ignomínia ao seu povo, isto é, ele se coloca acima do
povo que ele quer representar, demonstrando uma incontida arrogância em vez de
espírito de humildade.

II – UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO AO SERVIÇO

1. Pela realeza e o propósito pelo qual viveu.

Segundo, Orton H. Wiley, em sua obra: A excelência da nova aliança em


Cristo — Comentário exaustivo da Carta aos Hebreus existe, pelo menos, seis
qualificações essenciais ao sumo sacerdote Arônico, intrínseca a divisão do capítulo
(Hb 5.1-5), as quais podem ser assim enumeradas:

1. Ele deve ser tomado dentre os homem (Hb 5.1a) e, portanto, deve ser da
mesma natureza que aqueles a quem serve; 2. Ele é ordenado ou indicado
a favor dos homens; é um representante deles e, apesar de seu cargo
pertencer a Deus, está sempre interessado em interceder pelos homens (Hb
5.1b); 3. Ele não deve comparecer à presença de Deus de mãos vazias;
deve, porém, oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados (Hb 5.1c a
ra); 4. Ele deve manifestar uma atitude de compaixão e moderação para
com os que são ignorantes e os que erram (Hb 5.2a); 5. Porque é tomado
dentre os homens e compartilha de suas fraquezas e pecados (Hb 5.2a), ele
deve fazer oferta por si mesmo, bem como pelo povo (Hb 5.3); 6. Não toma
para si a honra de ser sumo sacerdote, mas é chamado e constituído por
Deus, com Arão (Hb 5.4).

Deste modo, percebe-se claramente que o sumo sacerdote devia ser


escolhido dentre os homens, mas constituído por Deus.

Tomando a frase “Todo sumo sacerdote, tomado dentre os homens... “(Hb


5.1a)

5
Temos que esta era a principal qualificação para o sumo sacerdócio!
Segundo Ebrard: “Todo sumo sacerdote pode comparecer diante de Deus a favor
dos homens, somente em virtude de ser tomado dentre eles”. Deste modo é que o
autor desta missiva aos Hebreus, de antemão declarara que Cristo “não tomou os
anjos, mas tomou a descendência de Abraão” (Hb 2.16). Esta mesma expressão,
diz-nos Wiley, “tomado dentre os homens, sugere a ideia de que existe um outro
Sumo Sacerdote de quem poderia ser feita uma descrição diferente — Cristo, o
qual, embora, como homem, esteja associado à humanidade, é ao mesmo tempo de
origem celestial” (Hb 7.28).

Assim, temos aqui a expressa realeza de Cristo como representante nosso e,


apesar de seu cargo pertencer a Deus, está sempre interessado em interceder pelos
homens (Hb 5.1b).

2. Pela vida santa que possuía.

Orton H. Wiley, explica muito bem o sentido de Hb 5.7a;

A expressão nos dias da sua carne refere-se a todo o período da vida


terrena de Cristo, incluindo também a Sua morte. A palavra grega sarx
assinala a distinção entre a criatura e o Deus invisível. Refere-se não tanto
aos elementos essenciais da humanidade quanto às condições da vida
presente. É um termo que se remete à natureza humana em sua fragilidade
e seu sofrimento. Paulo usou o termo sarx para aludir à natureza humana
pecaminosa ou tal qual passou a existir após a Queda. Contudo, visto que o
escritor, em Hebreus 4.15, declara que Jesus era sem pecado, devemos
excluir todo vestígio de pecado em Sua natureza, atribuindo-se somente as
fraquezas isentas de pecado da natureza humana, tais como as dores e
aflições da vida. No quadro todo da existência da humanidade, com suas
fragilidades e seus sofrimentos, Cristo cabe perfeitamente, com esta única
exceção: era sem pecado.

E continua, no que se refere ao texto; “Tendo oferecido, com forte clamor e


lágrimas, orações e súplicas” (Hb 5.7b ARA), assim:

O sacerdote levítico era um representante pecaminoso de povo no pecado,


que necessitava de purificação. Por isso, tinha de sacrificar por si mesmo
antes de oferecer sacrifício pelo povo. Cristo era sem pecado, mas, na
agonia de Sua súplica, Ele suou, por assim dizer, grandes gotas de sangue;
o início do derramamento daquele sangue que depois verteu de Sua fronte
6
coroada de espinhos, das mãos e dos pés pregados na cruz e da lança que
atravessou o Seu lado. Este sangue derramado no Calvário é que é a
propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas
também pelos de todo o mundo (1 Jo 2.2). Quem poderia compreender a
profundeza infinita das palavras: Aquele que não conheceu pecado, o fez
pecado por nós; para que, nele, fossemos feitos justiça de Deus (2 Co 5-
21)? A palavra comum para oração é proseche, e a que significa simples
petição ou pedido é aitema. A que é usada aqui, no versículo 7, porém, é
deeseis, que significa rogos ou pedidos humildes e piedosos, sendo, por
isso, às vezes traduzida como súplicas (Fp 4.6). A palavra usualmente
traduzida como súplicas é hiketerias e, em geral, é tida como mais formal. É
o termo usado quando se enviam embaixadores com insígnias externas de
instância. Com substantivo, denota o costume de um suplicante atar um
ramo de oliva a um pedaço de lã e exibi-lo como sinal de seu caráter ou
missão. Trata-se, portanto, de uma súplica humilde e modesta, traduzindo-
se, às vezes, como instância [rogo insistente]. A palavra traduzida como
clamor é krauges; a traduzida como forte é ischuras, que significa forte,
poderoso, veemente; e a traduzida como lágrimas é dakruon. Estas
expressões devem, sem dúvida, referir-se a alguma ocasião particular, e a
nossa mente naturalmente se volta para o jardim do Getsêmani — local em
que, segundo o relato dos evangelistas, o Senhor sofreu grande agonia.

3. Pela submissão que demonstrou.

No que diz respeito à expressão “ao que o podia livrar da morte, foi ouvido
quanto ao que temia”, temos assim na ARA4: “a quem o podia livrar da morte e tendo
sido ouvido por causa da sua piedade” (Hb 5.7c), e, portanto, comentado desta
maneira por Orton H. Wiley:

Tendo falado da intensa agonia de Jesus, que envolvia súplicas com forte
clamor e as lágrimas de um coração dilacerado pela angústia, o autor da
Epístola refere-se à natureza das súplicas e à resposta que Jesus recebeu.
Pelo que Cristo orou? Qual foi a resposta? Ha várias conjecturas quanto a
isso por parte dos comentadores bíblicos. As diferenças residem na
interpretação das duas expressões principais: a quem o podia livrar da
morte e tendo sido ouvido por cama da sua piedade. Concernente à
primeira, na expressão ek thanatou, da morte, a preposição ek, de, indica
separação, egresso ou estar fora de, sendo usada aqui em lugar de apo,
que, também significa, de, mas indicando origem ou procedência.
Destacam-se, assim, dois significados diferentes para ek thanatou: (1) ser
salvo da morte? de modo a escapar- lhe ou ser isento dela; ou (2) trazer da
morte para uma nova vida. [Neste segundo caso, a súplica de Jesus não era
para ser livre da morte (no sentido de não morrer); era para escapar dela
pela ressurreição.] A segunda sentença principal é apo tes eulabeias.
4
ARA: Almeida Revista Atualizada.
7
[Traduzida como quanto ao que temia, na arc, e como por causa de sua
piedade, na ara] . [Isso porque] A palavra eulabeias tem dois significados:
(1) pode denotar temor piedoso ou reverência; (2) pode significar medo,
temor ou terror ante a calamidade iminente. E usada em ambas as
acepções no grego clássico e também em diferentes traduções da Bíblia. O
primeiro significado, temor piedoso, foi adotado na Vulgata, bem como pelos
escritores gregos em geral e na maior parte das versões inglesas, incluindo
as notas marginais da Authorized Version. De um modo geral, é preferível à
segunda ideia, de temor ou terror. Esse sentido, por influência de Calvino e
de Beza, foi usado no texto da Bíblia em genovês, na Bíblia dos Bispos, e
na Authorized Version, de 1611. A tradução de eulabeias como temor (godly
fear) consta tanto na American Revised Version (1881) como na Revised
Standard Version. É evidente que qualquer interpretação desse texto há de
levar em consideração os vários significados das duas expressões
participiais: quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da
sua piedade (ARA), ou quanto ao que temia (ARC) 5.

III – UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À IMPORTÂNCIA TEOLÓGICA

1. Uma doutrina transcendente.

Continuemos a ouvir o mestre Orton H. Wiley, nestes pormenores deste


tópico (Hb 5. 11,12):

Que os destinatários eram cristãos evidencia-se pelo fato de que tinham a


faculdade de ouvir, embora enfraquecidos pela falta de atenção; eram
crianças e, portanto, capazes de crescimento. Podiam andar, mas não
tinham feito progresso sensível. No versículo 9, são chamados amados e
elogiados por suportarem grande aflição e aceitarem com alegria a
espoliação de seus bens. Contudo, eles estavam sujeitos à tentação de
retornar às exterioridades do judaísmo e necessitavam de firmeza para
manter a fé. Em suma, não pode haver dúvida de que tinham vida espiritual,
pois o escritor de Hebreus não exortaria pecadores à firmeza.
Convenientemente interpretadas, estas palavras são uma censura à
negligência dos cristãos judeus.

2. Uma doutrina essencial.

E por fim, ele explica em sua sequência de pensamento (Hb 5. 13,14): :

O escritor de Hebreus usa a forma inversa para salientar o fato de que


aquele que não progrediu mais espiritualmente, estando sua dieta espiritual
ainda baseada no leite, é criança. Como tal, é apeiros, inexperiente, só
podendo falar de coisas de menino (1 Co 13.11). Eis o estado a que os
cristãos judeus se tinham permitido ficar desde a conversão! Usando cada
vez menos seus dons e suas habilidades espirituais, o desenvolvimento

5
ARC: Almeida Revista Corrigida.
8
desses cristãos se embargara tanto, que se tornaram incapazes de
distinguir entre o bem e o mal. Não estavam, portanto, preparados para as
grandes verdades que o autor da Epístola queria apresentar-lhes. A
expressão logou dikaiosunes, palavra da justiça, tem sido fonte de várias
interpretações. Lenski achava que o termo justiça, na presente acepção,
tem sentido adjetivo e, portanto, significa apenas que, como crianças, os
judeus tinham progredido insuficientemente para entrar em um estudo justo
ou próprio. A maioria dos comentadores, porém, julgou o termo justiça como
um genitivo que se refere à justiça que Cristo comunica pela fé. Westcott
adotou uma posição intermediária, pois considerou que a palavra justiça
aqui não aludia a toda a doutrina cristã (2 Co 3.9), e sim ao fato de que
Cristo é a Fonte da justiça e o Meio pelo qual os homens participam dela. A
palavra traduzida como adultos é teleion, perfeitos, vocábulo que aparece
em Filipenses 3.15 como perfeitos. É possível que o autor da Epístola aos
Hebreus tenha introduzido este termo a fim de preparar a mente dos leitores
para a posterior discussão do termo perfeição no capítulo seguinte, onde
ocorre o mesmo radical na primeira sentença: Deixemo-nos levar para o que
é perfeito (Hb 6.1 a r a ). Podemos dizer, então, que o escritor de Hebreus
não pretendia ministrar o “leite da Palavra” ao tratar com os cristãos judeus.
Tampouco tencionou oferecer-lhes alimento sólido. Sua intenção era
conduzi-los de um estágio de infância para o de teleion, isto é, perfeitos,
aqui traduzido como adultos. Para esta caminhada à maturidade nas coisas
espirituais, o tempo não séria essencial, como para o desenvolvimento
natural, pois, como adiante demonstraremos, esta maturidade consiste na
devoção sincera do crente, levado pela graça divina às plenas provisões da
nova aliança em Cristo.

CONCLUSÃO

Portanto, temos um sumo sacerdote perfeito que em tudo foi superior ao


sacerdócio de Arão bem como as prerrogativas levítica de seus ofícios. Destarte, a
morte de Cristo aboliu todas as consequências mortais do pecado para aqueles que
o aceitam como Salvador e Senhor. Deste modo, sabendo, então, que agora temos
um Sumo Sacerdote Eterno que se compadece de nós, prossigamos na carreira que
nos é proposta não como meninos na forma de viver, mas como maduros na fé.

Meditemos, assim, nesta linda estrofe:

9
Eu tudo a Deus consagro
Em Cristo, o vivo altar;
Ó desce, fogo santo,
Do céu vem tu selar!

[Professor. Teólogo. Tradutor. Jairo Vinicius da Silva Rocha – Presbítero;


Superintendente e Professor da E.B.D da Assembleia de Deus no Pinheiro.]
Maceió, 02 de fevereiro de 2018.

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