Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
FUNDAMENTOS TEÓRICOS E
METODOLÓGICOS DO
ENSINO DA FÍSICA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS E
METODOLÓGICOS DO
ENSINO DA FÍSICA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
E METODOLÓGICOS DO
ENSINO DA FÍSICA
ISBN 978-85-387-5240-0
A FÍSICA DO
ENSINO MÉDIO
Objetivos:
Parte
A FÍSICA DO ENSINO MÉDIO
Histórico e trajetória do ensino da Física
Neste tópico trataremos sobre o histórico do ensino de Ciências
(em particular da Física) no Brasil. O conhecimento sobre a trajetória
e a importância dada a esse tema, nas diferentes etapas históricas,
nos permite compreender alguns aspectos atuais e fazer uma análise
crítica da situação atual do ensino de Física no Brasil.
Parte
A FÍSICA DO ENSINO MÉDIO
metodologia científica não durou muito tempo devido à dificuldade
de se encontrar materiais didáticos e professores capacitados, entre
outros fatores.
Em 1862, esse curso foi extinto e novamente o ensino de Física
teve a carga horária reduzida e alocada nos últimos anos, pois o obje-
tivo do novo curso era preparar os alunos para as escolas superiores.
Dessa forma, podemos afirmar que, durante o Império, o ensino
de Ciências não sofreu nenhum avanço significativo em comparação
com o período jesuítico. O Ensino Médio (denominação atual) preo-
cupava-se em preparar para o ingresso nas escolas superiores, sem
formação para algum ofício específico.
Extra
Leia o artigo de Rodrigo Claudino Diogo e Shirley Takeco Gobara,
publicado na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos v. 89, p. 365-
383, 2008: Educação e ensino de Ciências Naturais/Física no Brasil:
2
Principalmente as interacionistas e as sociointeracionistas de Piaget e Vygotsky.
Parte
A FÍSICA DO ENSINO MÉDIO
do Brasil Colônia à Era Vargas. Disponível em: <http://rbep.inep.gov.
br/index.php/RBEP/article/view/1293/1141>. Acesso em: 24 ago.
2015.
Atividades
Elaborar uma linha do tempo relacionando os períodos históricos
com as principais características do ensino de ciências em cada época.
Referências
DIOGO, Rodrigo Claudino; GOBARA, Shirley Takeco. Educação e ensino de Ciências
Naturais/Física no Brasil: do Brasil Colônia à Era Vargas. Revista Brasileira de
Estudos Pedagógicos v. 89, p. 365-383, 2008. Disponível em: <http://rbep.inep.gov.
br/index.php/RBEP/article/viewFile/1293/1141>. Acesso em: 24 ago. 2015.
ROSA, Cleci Werner da; ROSA, Álvaro Becker da. O ensino de ciências (Física) no
Brasil: da história às novas orientações educacionais. Revista Ibero-americana de
Educação, 2013. Disponível em http: <www.rieoei.org/deloslectores/4689Werner.
pdf>. Acesso em: 24 ago. 2015.
Resolução da atividade
Parte
A FÍSICA DO ENSINO MÉDIO
Entretanto, é bastante conhecido que muitas escolas, incentivadas
pelos anseios dos pais dos alunos, ainda praticam o Ensino Médio com
a finalidade de preparar para o ingresso nas universidades. Percebe-se
que os nomes mudaram, as escolas superiores se tornaram as universi-
dades e as provas de admissão se tornaram o vestibular, entretanto, a
finalidade do ensino continua a mesma de dois séculos atrás.
Outro obstáculo ainda presente remete à má-formação dos pro-
fessores. Essa dificuldade já influenciou no abandono do modelo ale-
mão1 (realschullen), em 1855, e continuamos a sofrer com ele. É de
conhecimento de todos que a carreira docente não é uma das mais
buscadas no momento da escolha da profissão. Existem vários motivos
para isso que não são objeto de estudo neste momento, entretanto a
má-formação docente tem um grande reflexo na implantação de me-
todologias e filosofias de ensino.
Mesmo diante dessa situação, é necessário perceber que a busca
pela melhora na formação docente vem sendo realizada há varias dé-
cadas. É importante destacar o crescimento dos grupos de pesquisa em
ensino de ciências/física e o fortalecimento dos grupos mais antigos,
em especial os ligados à Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) e à Universidade de São Paulo (USP) (primeiros do país). Essa
construção de corpo qualificado para o estudo a respeito do ensino
tem surtido efeito e pode ser percebido na análise dos currículos dos
cursos de Licenciatura em Física.
Muitos dos cursos ofertados/reformulados na última década apre-
sentam um currículo preocupado com as cadeiras pedagógicas e con-
sequentemente com a formação de um professor de Física. A antiga
1
Não se está afirmando que a realschullen fosse/seja a solução para o ensino de ciências, apenas questiona-se que
a mesma dificuldade não foi superada em mais de 150 anos. Entretanto, a formação de professores é um assunto bas-
tante complexo, que merece uma discussão muito mais aprofundada, portanto não trataremos sobre ela neste tópico.
Extra
Recomendamos a leitura do artigo de Fábio Luís Alves Pena: Por
que, apesar do grande avanço da pesquisa acadêmica sobre ensino
de Física no Brasil, ainda há pouca aplicação dos resultados em sala
de aula? Publicado na: Revista Brasileira de Ensino Física. v. 26 n. 4,
São Paulo. 2004. Disponível em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/car-
ta_Vol26_num4.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2015.
Atividades
Verifique a prova do último vestibular (o mais procurado pelos
alunos) de alguma Instituição de sua região. Analise se a forma de
cobrança das questões está relacionada com a aplicação cotidiana do
conhecimento.
Parte
A FÍSICA DO ENSINO MÉDIO
Referências
SANTOS; José Cícero; GOMES, Aldisío Alencar; PRAXEDES, Ana Paula Perdigão.
O ensino de física: da metodologia de ensino às condições de aprendizagem.
2013. Disponível em: <http://dmd2.webfactional.com/media/anais/ENSINO-
DA-FISICA.pdf>. Acesso em: 18 ago. 2015.
Resolução da atividade
Parte
A FÍSICA DO ENSINO MÉDIO
A concepção dos alunos
sobre a Física do Ensino Médio
Muitas pesquisas foram e continuam sendo realizadas no intuito
de descobrir a concepção de alunos e professores sobre o ensino de
Física praticado nas escolas brasileiras. Obviamente que cada um dos
trabalhos possui um contexto escolar específico e suas comparações
sempre necessitam de uma análise bastante criteriosa.
Entretanto, analisando alguns artigos, percebe-se que, embora
realizadas em situações diferentes, os resultados dessas pesquisas
apontam quase sempre para um conjunto de situações bastante se-
melhantes, e mais do que isso, para resultados que não surpreendem
quem vivencia a sala de aula, uma vez que são relativamente conheci-
dos e recorrentes ao longo da trajetória escolar.
Um trabalho publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física
mostra que alunos de Ensino Médio consideram a ciência Física extre-
mamente importante, enquanto que esses mesmo alunos consideram a
disciplina de Física como de pouca importância. Esse resultado mostra
que o ensino de Física tem falhado em motivar o aluno para a área
científica. No mesmo trabalho, é discutida a relação entre a Física e
a Matemática. É interessante perceber que os alunos entrevistados
consideram essas duas áreas praticamente idênticas. Alguns dizem in-
clusive não saber a diferença.
Se analisarmos essas respostas veremos que muitas vezes o aluno
percebe a Física como mera aplicação de fórmula. Essa percepção do
aluno é construída pela prática docente, muitas vezes enraizada na
resolução de questões com simples substituições numéricas.
Parte
A FÍSICA DO ENSINO MÉDIO
levantada, muitas vezes as ações para corrigi-la acabam ficando em
segundo plano, sem uma atitude de enfrentamento direto, que pode-
ria trazer resultados mais satisfatórios.
Extra
Recomendamos a leitura do artigo Perguntas, respostas e co-
mentários dos estudantes como estratégia na produção de sentidos
em sala de aula:
ALMEIDA, Maria José. P. M. de; SOUZA, Suzani Cassani; SILVA,
Henrique César. Perguntas, respostas e comentários dos estudantes
como estratégia na produção de sentidos em sala de aula. In: NARDI,
Roberto; ALMEIDA, Maria José P. M. de, (Org.). Analogias, Leituras e
Modelos no Ensino de Ciência: a sala de aula em estudo. São Paulo:
Escrituras. 2006, p. 61-75.
Disponível em: <www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo =p&-
tbm=bks&q=isbn:8575314912> Acesso em: 15 out. 2015.
Atividades
Realize uma pesquisa em artigos científicos de conteúdo aberto
(Google acadêmico) e levante as principais concepções dos alunos a
respeito do ensino de Física. Ao lado de cada item, coloque a indicação
do artigo que continha essa informação.
Referências
RICARDO, Eli C.; FREIRE, Janaína C. A. A concepção dos alunos sobre a física do
ensino médio: um estudo exploratório. Revista Brasileira de Ensino de Física,
2007.
Resolução da atividade
Parte
ANÁLISE DOS PCN E O ENSINO DA FÍSICA
Apresentação sobre os principais pontos do PCN
Parte
ANÁLISE DOS PCN E O ENSINO DA FÍSICA
Na área Na Física
Na área Na Física
Parte
ANÁLISE DOS PCN E O ENSINO DA FÍSICA
Na área Na Física
Na área Na Física
Elaboração de comunicações
Parte
ANÁLISE DOS PCN E O ENSINO DA FÍSICA
Na área Na Física
Na área Na Física
Ciência e tecnologia na história
Parte
ANÁLISE DOS PCN E O ENSINO DA FÍSICA
Na área Na Física
Ciência e tecnologia na cultura contemporânea
Na área Na Física
Na área Na Física
Parte
ANÁLISE DOS PCN E O ENSINO DA FÍSICA
Extra
Recomendamos a leitura dos PCN disponíveis em: <http://portal.
mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf>. Acesso em: 24
ago. 2015. <www.sbfisica.org.br/arquivos/PCN_FIS.pdf>. Acesso em: 24
ago. 2015.
Atividades
Elaborar um texto de até 10 linhas abordando as principais mu-
danças sugeridas pelos PCN em relação ao currículo de Física no Ensino
médio. Apontar tópicos que no seu entendimento poderiam deixar de
ser abordados, mas que continuam presentes nos livros didáticos.
Referências
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino médio (Pcnem). Ciências da
natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília. MEC/SEF, 2000.
Resolução da atividade
Parte
ANÁLISE DOS PCN E O ENSINO DA FÍSICA
Discussão sobre PCN
Parte
ANÁLISE DOS PCN E O ENSINO DA FÍSICA
Esses temas apresentam uma das possíveis formas para
a organização das atividades escolares, explicitando
para os jovens os elementos de seu mundo vivencial
que se deseja considerar. Não se trata, certamente,
da única releitura e organização dos conteúdos da
Física em termos dos objetivos desejados, mas serve,
sobretudo, para exemplificar, de forma concreta, as
possibilidades e os caminhos para o desenvolvimento
das competências e habilidades já identificadas. (MEC,
PCN+:cienciasdanatureza, p. 71)
Extra
Recomendamos a leitura do artigo O Currículo de Física do
Ensino Médio no Brasil: Discussão Retrospectiva, disponível em:
<http://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/down-
load/5646/3990>. Acesso em: 24 ago. 2015.
Atividades
De acordo com a distribuição de conteúdos utilizada em sua es-
cola, elabore uma proposta de sequência didática utilizando um tema
estruturante por semestre. Caso não seja possível com a distribuição
da sua escola, elabore uma distribuição que você considere a mais
adaptável ao seu cotidiano.
Referências
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino médio (PCNEM). Ciências da
natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília. MEC/SEF, 2000.
MACHADO, Vera Mattos. Análise das orientações didáticas dos pcn de ciências:
enfoque sobre a problematização. Horizontes – Revista de Educação, Dourados,
MS, n.1, v. 1, 2013, disponível em: <www.periodicos.ufgd.edu.br/index.php/
horizontes/article/view/2066>. Acesso em: 24 ago. 2015.
Resolução da atividade
Equipamentos
1.° Universo, Terra Som, Imagem e eletromagnéti-
semestre e Vida Informação cos e telecomu-
nicações
Calor,
Movimentos:
2.° Ambiente, Matéria e
variações e
semestre Fontes e Usos Radiação
conservações
de Energia
Parte
ANÁLISE DOS PCN E O ENSINO DA FÍSICA
O PCN e o atual ensino de Física no Ensino Médio
Parte
ANÁLISE DOS PCN E O ENSINO DA FÍSICA
Enem Pcnem
Extra
Recomendamos a leitura do artigo Livro Didático de Física e de
Ciências: contribuições das pesquisas para a transformação do en-
sino, disponível em: <www.scielo.br/pdf/er/n44/n44a10.pdf>. Acesso
em: 24 ago. 215.
Atividades
Analise o livro didático utilizado em sua escola e verifique se
existem tópicos que são trabalhados por meio de exemplos que con-
templam situações artificiais ou extremamente abstratas. Escolha três
exemplos e sugira uma abordagem por meio de situações significativas
para o aluno.
Referências
CHIQUETTO, Marcos José. O currículo de física do ensino médio no Brasil:
discussão retrospectiva. Revista e-curriculum, São Paulo, v. 7, n.1 Abril/2011,
disponível em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/
download/5646/3990>. Acesso em: 24 ago. 2015.
Resolução da atividade
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
NO ENSINO DA FÍSICA
Objetivos:
Parte
NO ENSINO DA FÍSICA
Abordagem investigativa
A prática didática conhecida como Resolução de Problemas tem
sido discutida há várias décadas. Toda essa discussão conceitual pro-
vocou um avanço e a criação de alguns consensos sobre a maneira de
abordar essa metodologia em sala de aula.
Não é novidade para os docentes que o ensino de Física deve ser
voltado para o desenvolvimento de habilidades e competências impor-
tantes para a vivência do aluno, dentro e fora do ambiente acadêmico.
Os PCN indicam que o foco do ensino de Física deve ser voltado para a
interdisciplinaridade e a contextualização do conhecimento.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais... orientam os
professores quanto ao significado do conhecimento es-
colar quando contextualizado e quanto à interdiscipli-
naridade, incentivando o raciocínio e a capacidade de
aprender1. (INEP)
Parte
NO ENSINO DA FÍSICA
enquanto na questão 2 o aluno deverá estimar (ou pesquisar) valores
razoáveis para a velocidade dos veículos, para o coeficiente de atrito
(com chuva, sem chuva, com pneu careca etc.) e chegar à resposta
solicitada.
A intenção na Resolução de Problemas é fornecer ao aluno uma
situação mais aberta possível, na qual ele tenha espaço para formular
hipóteses e elaborar possíveis soluções. Esse tipo de questão não pos-
suirá uma resposta definitiva (gabarito), e sim um intervalo de valores
aceitáveis, que dependerá das estimativas iniciais.
A resolução desse tipo de situação exige a adoção de uma sequên-
cia, de modo a organizar a resolução da tarefa. Não existe um manual
com a sequência correta, entretanto podem-se elencar algumas etapas
essenciais. A seguir é apresentada uma figura ilustrativa dessas etapas.
Extra
Sugerimos a leitura do artigo: Resolução de Problemas no Ensino de
Física Baseado numa Abordagem Investigativa. IV Encontro Nacional de
Pesquisa em Educação em Ciências. Disponível em: <http://fep.if.usp.
br/~profis/arquivos/ivenpec/Arquivos/Orais/ORAL159.pdf>. Acesso em:
31 ago. 2015.
Atividades
Aplique o método de resolução de problemas para solucionar a
questão 2:
a) Estime qual a distância mínima entre os veículos em uma es-
trada, para que, em caso de um bloqueio na pista, não ocorra
colisão com o veículo da frente.
b) Existe diferença nessa distância mínima caso esteja choven-
do? E com o pneu careca?
Referências
PEDUZZI, Luiz O.Q. Sobre a Resolução de Problemas no Ensino de Física. Caderno
Catarinense de Ensino de Física, v. 14, n 3. 1997. Disponível em: <https://
periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/download/6982/6464>. Acesso em:
31 ago. 2015.
Parte
NO ENSINO DA FÍSICA
Resolução da atividade
Exercício 1
Dentro da água, as pessoas sentem-se mais leves em virtude da
força exercida pela água sobre o corpo imerso. Essa força, descrita
pelo princípio de Arquimedes, é denominada empuxo. É correto afir-
mar que:
Parte
NO ENSINO DA FÍSICA
a) A direção do empuxo pode ser horizontal.
b) O empuxo é igual ao peso do corpo.
c) O empuxo é proporcional ao volume de água deslocado pelo
corpo. O empuxo é sempre menor que o peso do corpo.
Exercício 2
Um campo magnético uniforme faz um angulo de 30° com o eixo
de uma espira circular de 300 voltas e um raio de 4 cm. O campo va-
ria a uma taxa de 85 T/s. Determine o módulo da f.e.m. induzida na
espira.
Extra
Sugerimos a leitura do artigo: Ensino de Conteúdos Procedimentais
por meio de Atividades Didáticas de Resolução de Problemas.
Disponível em: <www.portalanpedsul.com.br/admin/uploads/2004/
Painel/Painel/05_18_11_ENSINO_DE_CONTEUDOS_PROCEDIMENTAIS_
POR_MEIO_DE_ATIVIDADES_DI.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2015.
Atividades
Considere o exercício a seguir.
Na figura, os blocos A e B, com massas iguais a 5 e 20 kg, respec-
tivamente, são ligados por meio de um cordão inextensível.
B
Parte
NO ENSINO DA FÍSICA
Referências
PEDUZZI, Luiz O.Q. Sobre a Resolução de Problemas no Ensino de Física. Caderno
Catarinense de Ensino de Física, v.14, n3. 1997. Disponível em: <https://periodicos.
ufsc.br/index.php/fisica/article/download/6982/6464>. Acesso em: 31 ago. 2015.
Resolução da atividade
Parte
NO ENSINO DA FÍSICA
contextualizada e solicitar a resolução da vários exercícios que são
apenas de repetição (aplicação de fórmula). Também não resolve uti-
lizar-se apenas de situações-problema e em nenhum momento fazer
atividades que busquem encontrar resultados numéricos exatos.
A escolha dos exercícios ou problemas deve ser feita de forma cri-
teriosa, pois cada tipo de atividade possui um objetivo bem definido.
Exercícios de aplicação direta de fórmula são importantes para auxi-
liar na memorização de procedimentos e tornar automáticos os pro-
cessos necessários como conversão de unidades etc. Já os problemas
abertos possuem o objetivo de desenvolver a criatividade, bem como
reforçar a importância do planejamento na execução de uma tarefa.
Não se pode criar uma escala de importância entre as atividades,
uma vez que todas são complementares e os alunos necessitam de to-
das elas para desenvolver as habilidades e competências requeridas,
entretanto é fundamental que o docente tenha claro aonde desejar
chegar e com isso planeje sua aula buscando este objetivo.
Extra
Sugerimos a leitura do artigo: Sobre a Resolução de Problemas no
Ensino de Física. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.
php/fisica/article/download/6982/6464>. Acesso em: 31 ago. 2015.
Atividades
Elabore uma atividade que tenha por objetivo discutir possibilida-
des de redução no consumo de energia elétrica. Oriente para que as
ações sugeridas sejam de fácil implantação.
Resolução da atividade
TEORIA E EXPERIMENTAÇÃO
NO ENSINO DA FÍSICA
Objetivos:
Parte
NO ENSINO DA FÍSICA
Atividades experimentais no ensino da Física
O ensino da Física baseado nas orientações dos PCN deve direcio-
nar o aluno para obtenção de determinadas habilidades e competên-
cias necessárias em sua vivência diária. Nesse sentido, muito se tem
falado em atividades didáticas que modifiquem o ensino tradicional e
tragam para a sala de aula metodologias que facilitem o entendimento
por parte dos alunos e a que afastem a matematização (desnecessária)
e a repetição de procedimentos.
Quando se pergunta aos professores como tornar o ensino de Física
mais interessante, uma das primeiras respostas está associada ao uso
de experimentos em sala de aula. Certamente esses docentes não es-
tão equivocados, entretanto o uso de experimentos para o ensino de
Física deve ser uma atividade pensada (e planejada) buscando atingir
algum objetivo muito bem determinado. E detalhe: esse objetivo não
pode se tornar a aula mais interessante.
Tornar a aula mais interessante pode ser uma das consequên-
cias, mas o uso de experimentos passa, por exemplo, pelos seguintes
objetivos:
• verificar na prática a ocorrência de um fenômeno;
• confirmar a existência de uma relação matemática entre
duas variáveis;
• fomentar a criatividade para resolver algum problema.
Uma das questões importantes é a adequação do experimento
para o objetivo que se quer atingir. Um erro comum é levar para a
sala de aula um aparato demonstrativo de algum fenômeno e não se
atentar para alguns detalhes secundários na demonstração, mas que
1
Explicação disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/10903>.
Parte
NO ENSINO DA FÍSICA
Extra
Recomendamos a leitura do artigo: Experimentos de Física para
o Ensino Médio com Materiais do Dia a Dia. Disponível em: <www2.
fc.unesp.br/experimentosdefisica/rbef_1pp.htm>. Acesso em: 31 ago.
2015.
Atividades
Elaborar/planejar um experimento que discuta o conceito de den-
sidade ou empuxo. Elencar quais os objetivos que devem ser atingidos
com a realização dessa prática.
Referências
ARAÚJO, M. S. T. de; ABIB, M. L. V. dos S. Atividades Experimentais no ensino de
física: diferentes enfoques, diferentes finalidades. Revista Brasileira de Ensino
de Física, v. 25, 2003. Disponível em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v25_176.
pdf>. Acesso em: 31 ago. 2015.
Resolução da atividade
Uma sugestão de atividade é realizar a medição do empuxo so-
frido por um corpo e associar com a lei da ação e reação. Existe na
internet um vídeo mostrando o experimento, disponível em: <www.
youtube.com/watch?v=dZXRymHa2TY>. Acesso em: 31 ago. 2015.
Parte
NO ENSINO DA FÍSICA
a obtenção de medidas e a repetição, a fim de se estabelecer uma
relação minimamente confiável em termos estatísticos. Normalmente
são utilizados kits de experimentos adquiridos de empresas especia-
lizadas. Estes kits possuem todas as adaptações necessárias para a
obtenção de medidas confiáveis.
Um exemplo é a determinação da resistividade elétrica de um
material por meio de um aparato experimental. Os alunos utilizam
o ohmímetro para medir a resistência elétrica e fazem variações no
comprimento do fio. Com o conjunto de dados obtidos, determinam
a resistividade do material. Uma questão importante nesse tipo de
experimento é a análise feita após a coleta de dados. Costuma-se dar
muita importância para o resultado final obtido, entretanto esse tipo
de prática é muito útil para se discutir as relações entre as variáveis e
também para se trabalhar conceitos estatísticos de maneira interdis-
ciplinar com a Matemática.
O uso de experimentos para a comparação e/ou adequação entre
modelos teóricos costuma ser menos utilizado, mas pode ser de gran-
de interesse em determinadas situações. No estudo sobre o período
de um pêndulo simples, normalmente é ensinado que o período de
oscilação não depende do ângulo inicial, o que é uma meia verdade,
uma vez que esse modelo teórico é válido para ângulos iniciais peque-
nos. Nesse caso, pode-se fazer o experimento, medindo-se o período
de oscilação em função do ângulo de abertura e na sequência, com
base nos resultados experimentais (gráfico) discutir em qual intervalo
o ângulo não influencia. Essa discussão reforça no aluno a percepção
de que a Física é baseada em modelos que possuem suas limitações e
simplificações, que é um conhecimento muito importante na questão
da alfabetização científica.
A comparação entre métodos experimentais para a obtenção do
Parte
NO ENSINO DA FÍSICA
Extra
Recomendamos a leitura do artigo: O papel da experimenta-
ção no ensino de Física. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/
index.php/fisica/article/viewFile/6560/6046>. Acesso em: 31 ago.
2015.
Atividades
Elaborar um experimento que tenha por objetivo a comparação
de métodos experimentais.
Referências
ARAÚJO, M. S. T. de; ABIB, M. L. V. dos S. Atividades Experimentais no ensino de
física: diferentes enfoques, diferentes finalidades. Revista Brasileira de Ensino
de Física, v. 25, 2003. Disponível em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v25_176.
pdf>. Acesso em: 31 ago. 2015.
SÉRÉ, M. G. O papel da experimentação no ensino de Física. Caderno Brasileiro
de Ensino de Física, v. 20, 2005. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/
index.php/fisica/article/viewFile/6560/6046>. Acesso em: 31 ago. 2015.
Resolução da atividade
Parte
NO ENSINO DA FÍSICA
perceber que o índice do azeite é maior1.
Determinação de alguma constante
Caso a intenção do professor seja utilizar o experimento para
trabalhar habilidades como a confecção de gráficos, a obtenção de
informações a partir de tabelas, ou mesmo a confirmação de valores
tabelados pode-se utilizar o experimento sobre refração da luz para
essa finalidade.
Nesse caso, é necessário um aparato que possibilite a medida dos
ângulos de incidência e de refração (normalmente os kits possuem
um transferidor adaptado para isso). Nessa prática, os alunos variam
o ângulo de incidência e realizam a medida dos ângulos de refração.
Após a coleta dos dados, faz-se um gráfico com o seno dos ângulos e
obtêm-se por meio do coeficiente angular a relação entre os índices
dos dois meios. Provavelmente seja o experimento sobre refração mais
conhecido dos professores. Essa prática se torna muito mais eficiente
do ponto de vista pedagógico se forem feitas discussões a respeito do
formalismo matemático na obtenção do coeficiente angular e ainda
sobre as fontes de erros experimentais. É interessante solicitar que
os alunos façam o gráfico em algum programa de computador (Excell,
Origin etc.) e depois discutir a diferença de resultado em comparação
com o método dos dois pontos ou da melhor reta (visual) para a deter-
minação do coeficiente angular.
Comparação e/ou adequação entre modelos teóricos
No caso da refração, é possível comparar dois modelos teóricos
utilizando-se do procedimento descrito no item anterior. No livro
Dioptrice, escrito pelo astrônomo Johannes Keppler em 1610, ele su-
gere a seguinte relação entre o ângulo de incidência (i) e o de refração
1
O índice de refração da água é aproximadamente 1,33, enquanto o do azeite é próximo de 1,45.
Parte
NO ENSINO DA FÍSICA
Extra
Recomendamos a leitura do artigo: O papel da experimenta-
ção no ensino de Física. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/
index.php/fisica/article/viewFile/6560/6046>. Acesso em: 31 ago.
2015.
Atividades
Elaborar uma lista com os experimentos realizados comumente
pelos docentes de sua escola (três experimentos) e elencá-los de acor-
do com o objetivo de cada prática. Caso não seja comum realizar expe-
rimentos com os alunos, escolha três experimentos que você conheça.
Referências
ARAÚJO, M. S. T. de; ABIB, M. L. V. dos S. Atividades Experimentais no ensino
de física: diferentes enfoques, diferentes finalidades. Revista Brasileira de
Ensino de Física, vol. 25, 2003. Disponível em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/
v25_176.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2015.
Resolução da atividade
HISTÓRIA DA CIÊNCIA
COMO FERRAMENTA
NO ENSINO DA FÍSICA
Objetivos:
Parte
FERRAMENTA NO ENSINO DA FÍSICA
A história da ciência no
processo ensino-aprendizado
A utilização da História de Ciência (HC) como metodologia de
ensino tem sido pesquisada há várias décadas. Esses estudos trazem
como resultados o incentivo ao uso dessa ferramenta pedagógica, jun-
tamente com algumas orientações de cuidados que devem ser tomados
no momento da preparação da ação didática.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) trazem essa visão
e deixam claro que o ensino de Ciências (Ensino Fundamental) e de
Física (Ensino médio) devem contemplar a História da ciência como re-
curso didático, voltado a desenvolver no aluno o entendimento de que
o desenvolvimento de um conceito científico é fruto de um processo
com vários atores e dependente do momento histórico. Essa orien-
tação aparece nos objetivos do Ensino Fundamental, mostrados nos
trechos dos PCN a seguir:
[...] Compreender a Ciência como um processo de pro-
dução do conhecimento e uma atividade humana, his-
tórica, associada a aspectos de ordem social, econômi-
ca, política e cultural;
1
Trechos dos PCN. (BRASIL, 1998, p.33)
2
FORATO et al. Historiografia e natureza da ciência na sala de aula. (2011)
Parte
FERRAMENTA NO ENSINO DA FÍSICA
forma a evitar a utilização de anedotas sobre personagens históricos,
principalmente as que reforçam a ideia de que a descoberta científi-
ca surgiu em um momento específico da vida do cientista, como um
insight momentâneo3. Esse tipo de abordagem supervaloriza a geniali-
dade do cientista, mas esconde o real processo de construção daquele
conhecimento.
Extra
Recomenda-se a leitura do artigo de João Ricardo Quintal, A
História da Ciência no processo Ensino-Aprendizagem.
Disponível em: <www.sbfisica.org.br/fne/Vol10/Num1/a04.pdf>.
Acesso em: 9 set. 2015.
Atividades
Elaborar uma lista com três exemplos de anedotas (verídicas ou
não) relacionadas com História da Ciência.
Referências
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais – Terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental. Ciências Naturais.
Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/
arquivos/pdf/ciencias.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015.
Resolução da atividade
Parte
FERRAMENTA NO ENSINO DA FÍSICA
Considerações sobre o uso da história da ciência
Embora seja conhecido o valor e a importância da utilização da
História da Ciência (HC) no ensino de Física, pode-se facilmente per-
ceber que o uso dessa metodologia ainda deve melhorar bastante. A
distância entre o valor atribuído à HC e a sua utilização em sala de
aula fica evidenciado em várias pesquisas1 que mostram a opinião dos
professores acerca desse tema. Em praticamente todas elas, os do-
centes são favoráveis ao uso de HC em sala de aula, porém, quando se
analisam as suas práticas, percebe-se que são cometidos os mesmos
erros elencados em pesquisas realizadas há mais de duas décadas. Esse
tipo de ocorrência demonstra que não basta acreditar na metodologia
e achá-la interessante, deve-se possuir conhecimento sobre a sua uti-
lização e, dessa forma, maximizar seus resultados.
Entre as várias demandas encontradas no uso da Histórica da
Ciência, algumas são mais corriqueiras e necessitam de uma discussão
um pouco mais aprofundada para que os objetivos definidos sejam
atingidos.
Um ponto-chave é a seleção do tema em que será utilizada a
abordagem via História da Ciência. A princípio, não há impedimento
em relação a nenhum tema, entretanto alguns são mais favoráveis.
Certamente discutir a evolução histórica do conceito de calor é mais
favorável do que o desenvolvimento do conceito de vetor em uma aula
sobre decomposição vetorial.
Outro ponto fundamental é a avaliação sobre quais pontos histó-
ricos do desenvolvimento daquele conceito merecem ser abordados
1
André S. dos Reis; Maria D. de B. Silva; Ruth G. C. Buza. O uso da história da ciência como estratégia metodológica
para a aprendizagem do ensino de química e biologia na visão dos professores do ensino médio. História da Ciência e
Ensino v. 5, 2012.
Parte
FERRAMENTA NO ENSINO DA FÍSICA
Outro fator é a pouca familiaridade do professor com essa me-
todologia. Em geral, os cursos de Licenciatura não têm a tradição de
formar professores capacitados para trabalhar de modo efetivo a HC.
Essa visão é reforçada pela análise da carga horária destinada a HC
nos cursos de Licenciatura, muito embora tenha havido um avanço na
elaboração dos currículos dos cursos de Licenciatura na última década.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo História e Filosofia da Ciência no
Ensino: Há Muitas Pedras nesse Caminho. Disponível em: <https://
periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/viewFile/6056/12761>.
Acesso em: 9 set. 2015.
Atividades
Assista ao documentário Guerra das Correntes, disponível no
YouTube (www.youtube.com/watch?v=vewg4uviZAw), e faça um resumo
dos principais fatores que levaram à adoção da corrente contínua como
padrão de transmissão de energia elétrica.
Referências
FORATO et al. Historiografia e natureza da ciência na sala de aula. Caderno
Brasileiro de Ensino de Física, v. 28, 2011. Disponível em: <https://periodicos.
ufsc.br/index.php/fisica/article/download/2175-7941.2011v28n1p27/18162>.
Acesso em: 9 set. 2015.
Resolução da atividade
Parte
FERRAMENTA NO ENSINO DA FÍSICA
A evolução no entendimento da luz e Whiggismo
A utilização da História da Ciência (HC) como metodologia didá-
tica tem fornecidos bons resultados em sala de aula. Existem alguns
fatores que contribuem para a obtenção de melhores resultados, como
a escolha adequada do tema, a avaliação sobre quais fatos históricos
mencionar, entre outros. Se bem trabalhada, essa metodologia conse-
gue atingir seus objetivos, principalmente o de demonstrar a constru-
ção da ciência como um processo dinâmico e influenciado por vários
fatores.
Um dos grandes problemas que deve ser considerado é a aborda-
gem conhecida como whiggista, associada a uma interpretação atual
do acontecimento passado. É muito comum tentar compreender os
acontecimentos históricos utilizando-se de conceitos atuais, sem levar
em consideração o status quo da ciência no momento em questão.
Um dos temas mais escolhidos para serem trabalhados em sala de
aula por meio da História da Ciência é o entendimento sobre conceito
de luz – mais especificamente a questão da dualidade onda-partícula.
Muitos textos didáticos trazem o embate entre os defensores da teoria
cospuscular (representada por Newton) e da teoria ondulatória (repre-
sentada por Huygens), mostrando que ao longo do tempo cada um teve
seu momento de proeminência e atualmente entende-se que ambos
estavam corretos.
Essa abordagem apresentada em muitos livros didáticos acaba
sendo transmitida sem a preocupação de se discutir quais eram os
conhecimentos da época e quais as outras descobertas formataram
o conceito de luz atual. A falta de acesso a textos que discutem essa
Parte
FERRAMENTA NO ENSINO DA FÍSICA
Da mesma forma, o efeito fotoelétrico avalizou a interpretação
corpuscular da luz, mas não foi decorrência da evolução do concei-
to proposto pela teoria Newtoniana, pois também possuem essências
diferentes.
Esse cuidado na descrição dos fatos deve ser sempre considerado,
pois caso contrário comete-se o erro de propagar informações incorre-
tas e com isso fugir dos objetivos pretendidos com o uso de História da
Ciência como metodologia didática.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Fabio W. O Silva. A evolução da
teoria ondulatória e os livros didáticos. Disponível em: <www.scielo.br/
pdf/rbef/v29n1/a21v29n1>. Acesso em: 9 set. 2015.
Atividades
Faça um resumo dos principais eventos que contribuíram para o
atual entendimento da luz.
Referências
SILVA, Fabio W. O. A evolução da teoria ondulatória e os livros didáticos. Revista
Brasileira de Ensino de Física, 2007. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/rbef/
v29n1/a21v29n1>. Acesso em: 9 set. 2015.
REIS, André S. dos; SILVA, Maria D. de B.; BUZA, Ruth G. C. O uso da história
da ciência como estratégia metodológica para a aprendizagem do ensino de
química e biologia na visão dos professores do ensino médio. História da Ciência
e Ensino, v. 5, 2012. Disponível em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/
hcensino/article/view/9193>. Acesso em: 9 set. 2015.
Resolução da atividade
EDUCAÇÃO CTSA
Objetivos:
Parte
EDUCAÇÃO CTSA
Por que utilizar o CTSA no ensino da Física
A preocupação com o uso de metodologias que abordassem o ensi-
no de maneira contextualizada teve início formal na década de 1970,
com o movimento CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade). Após algumas
décadas, com o aumento das discussões a respeito das questões am-
bientais, o movimento foi alterado para CTSA (Ciência, Tecnologia e
Sociedade e Ambiente).
Em relação aos documentos oficiais brasileiros, a LDB – e mais
tarde os PCN – trazem a necessidade de um ensino voltado para o exer-
cício da cidadania, ressaltando a necessidade da contextualização dos
conteúdos relacionados com as questões sociais, ambientais e tecno-
lógicas. Dessa maneira, percebe-se a articulação entre os documentos
oficiais e as ideias defendidas pelo movimento CTSA.
De maneira simplificada, o movimento CTSA orienta que os temas
de Ciências sejam abordados com base em uma perspectiva crítica,
realizando discussões sobre o papel da ciência e da tecnologia na so-
ciedade. Essas discussões devem abordar questões econômicas, políti-
cas, sociais, culturais, éticas e ambientais.
Dessa forma, a utilização da abordagem CTSA visa atender à ne-
cessidade atual de fornecer aos alunos uma alfabetização científica,
que supere as abordagens conteúdistas e descontextualizada dos con-
ceitos científicos, presentes nos currículos escolares. Assim, ao utilizar
essa abordagem, busca-se assegurar o comprometimento do aluno com
a sociedade e sua inserção nas discussões que interferem no futuro de
sua comunidade.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Miguel Antonio Favila e Martha
Adaime: Uma análise da contextualização na perspectiva CTSA sob a
ótica do professor de química. Revista Monografias Ambientais, 2013.
Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.
php/remoa/article/view/10994>. Acesso em: 9 set. 2015.
Parte
EDUCAÇÃO CTSA
Atividades
Elabore uma lista das possíveis atividades que podem ser utiliza-
das para uma abordagem CTSA.
Referências
FLOR, Cristhiane Cunha. Possibilidades de um caso simulado CTS na discussão da
poluição ambiental, 2008. Ciência & Ensino, v. 1, 2007. Disponível em: <http://
prc.ifsp.edu.br/ojs/index.php/cienciaeensino/article/viewFile/156/112>. Acesso
em: 9 set. 2015.
Resolução da atividade
1
Pedretti e Hodson, 1995.
Parte
EDUCAÇÃO CTSA
• indústria e tecnologia;
• ambiente;
• transferência de informação;
• ética e responsabilidade social.
Essa lista de temas não é definitiva, ou seja, existem vários outros
assuntos que podem servir de motivação para a prática pedagógica
em sala de aula. De qualquer forma, a escolha do tema deve levar em
consideração o momento e a especificidade em que será trabalhado.
Como exemplo, o artigo escrito por Cristhiane Cunha Flor (leitura
indicada nas referências) propõe a discussão em sala de aula sobre
uma proposta de instalação de uma incineradora de lixo na cidade de
Celso Ramos no estado de Santa Catarina. Essa discussão aproveitou-se
do momento vivido pela comunidade, em que a prefeitura da cidade
recentemente havia aprovado a instalação da incineradora de lixo.
Como se discutia esse assunto na cidade, a partir dele gerou-se
a abordagem CTSA que envolveu questões sociais, econômicas, am-
bientais, entre outras. Nesse trabalho em específico, a disciplina era
a de Química, mas o exemplo pode ser seguido por outras áreas, em
particular pelos professores de Física.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo Educação CTSA: obstáculos e pos-
sibilidades para sua implementação no contexto escolar, disponível
em: <http://prc.ifsp.edu.br/ojs/index.php/cienciaeensino/article/
viewFile/160/113>. Acesso em: 9 set. 2015.
Atividades
Elabore um resumo com os principais objetivos da abordagem
CTSA.
Referências
FLOR, Cristhiane Cunha. Possibilidades de um caso simulado CTS na discussão da
poluição ambiental, 2008. Ciência & Ensino, v. 1, 2007. Disponível em: <http://
prc.ifsp.edu.br/ojs/index.php/cienciaeensino/article/viewFile/156/112>. Acesso
em: 9 set. 2015.
FAVILA, Miguel Antonio; ADAIME, Martha. Uma análise da contextualização na
perspectiva CTSA sob a ótica do professor de química. Revista Monografias
Ambientais, 2013. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/
index.php/remoa/article/view/10994>. Acesso em: 9 set. 2015.
RICARDO, Elio Carlos. Educação CTSA: obstáculos e possibilidades para sua implementação
no contexto escolar. Ciência & Ensino, v. 1, 2007. Disponível em: <http://prc.ifsp.edu.
br/ojs/index.php/cienciaeensino/article/viewFile/160/113>. Acesso em: 9 set. 2015.
Resolução da atividade
O resumo deve conter pelo menos os seguintes itens:
formação de alunos para a compreensão das implicações da evo-
lução científica no contexto de sua sociedade;
abordagem dos tópicos com base em uma perspectiva crítica,
realizando discussões sobre o papel da ciência e da tecnologia na
sociedade.
Parte
EDUCAÇÃO CTSA
Exemplos de CTSA no ensino de Física
Existem inúmeras possibilidades de trabalho com a abordagem
CTSA no ensino de Física do Ensino médio e no ensino de Ciências do
Fundamental. Nesse texto, serão apresentados três exemplos de abor-
dagens que podem servir de inspiração ou mesmo modelo para outras
atividades.
Parte
EDUCAÇÃO CTSA
Nessa situação, é interessante discutir a relação do bem-estar
imediato (uso individual de automóveis, consumo e energia termoelé-
trica etc.) e sua influencia no efeito estufa. Na sequência, entender
os efeitos do aumento do efeito estufa para a natureza e os habitantes
do planeta.
Percebe-se que existem inúmeros temas que podem ser trabalha-
dos com a utilização da abordagem CTSA, por meio de várias metodo-
logias, dependendo do interesse do professor e da disponibilidade de
tempo da turma.
Extra
Sugere-se a leitura do Cristhiane Cunha Flor. Possibilidades de
um caso simulado CTS na discussão da poluição ambiental, 2008,
Ciência & Ensino, v. 1, 2007. Disponível em: <http://prc.ifsp.edu.br/
ojs/index.php/cienciaeensino/article/viewFile/156/112>. Acesso em:
9 set. 2015.
Atividades
Elabore um exemplo de trabalho com a abordagem CTSA seguindo
o mesmo padrão que apresentamos nas sugestões.
Referências
FLOR, Cristhiane Cunha. Possibilidades de um caso simulado CTS na discussão da
poluição ambiental, 2008. Ciência & Ensino, v. 1, 2007. Disponível em: <http://
prc.ifsp.edu.br/ojs/index.php/cienciaeensino/article/viewFile/156/112>.
Acesso em: 9 set. 2015.
Resolução da atividade
FUNDAMENTOS TEÓRICOS E
METODOLÓGICOS DO
ENSINO DA FÍSICA