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DIREITO CONSTITUCIONAL

Conceito e Classificação de Constituição I


Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DE CONSTITUIÇÃO I

1. CONSTITUIÇÃO – CONCEITO E ACEPÇÃO GERAL

“Constituição, empregada ao Estado, designa a sua organização fundamen-


tal total, quer social, quer política, quer jurídica, quer econômica – Constituição
total ou integral.” (M. G. Ferreira Filho)
“Um conjunto de normas jurídicas supremas que estabelecem os fundamen-
tos de organização do Estado e da sociedade, dispondo e regulando a forma de
Estado, a forma e sistema de governo, o seu regime político, seus objetivos fun-
damentais, o modo de aquisição e exercício do poder, a composição, as compe-
tências e o funcionamento de seus órgãos, os limites de sua atuação e a respon-
sabilidade de seus dirigentes, e fixando uma declaração de direitos e garantias
fundamentais e as principais regras de convivência social.” (Dirley)

1.1. Constituição Material e Constituição Formal

1.1.1. Constituição Material – Concepção Tradicional

Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão de 1789


Art. 16. A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem
estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.
A concepção tradicional estabelece que as matérias constitucionais devem
se relacionar principalmente com a organização do Estado, a organização
dos poderes e os direitos e garantias fundamentais.

1.1.1.1. Constituição Material – Concepção Contemporânea

“O conceito material de Constituição, portanto, segue a inteligência sobre


o papel essencial do Direito e do Estado na vida das relações em uma comu-
nidade. A Constituição, como ordem jurídica fundamental da comunidade,
abrange, hoje, na sua acepção substancial, as normas que organizam aspectos
básicos da estrutura dos poderes públicos e normas que tracejam fórmulas de
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compromissos e arranjos institucionais para a orientação das missões sociais do


Estado, bem como para a coordenação de interesses multifários, característicos
da sociedade plural.” (Gonet Branco)
José Afonso da Silva afirma que a Constituição é a norma suprema que irá
criar e organizar os elementos primários ou constitutivos do Estado. O Estado é
composto por quatro elementos: povo, território, governo soberano e finalidades.

1.1.2. Constituição Formal – Caracteres Intrínsecos

As principais características de uma Constituição formal são:


a) Documento escrito e solene;
b) Elaboração por processo constituinte específico;

Constituição Federal de 1988


Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I – De um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado
Federal;
II – Do Presidente da República;
III – De mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

Atenção!
Esse processo constituinte é complexo e gera como consequência uma rigidez
constitucional.

c) Hierarquia normativa das normas constitucionais (supremacia formal da


Constituição).

Atenção!
Essa hierarquia possibilita o surgimento de instrumentos de controle de
constitucionalidade.
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1.2. Conceito Ideal de Constituição (Canotilho)

O conceito ideal de Constituição, segundo Canotilho, deve possuir três ele-


mentos (caracteres intrínsecos).

1.2.1. Caracteres Intrínsecos

a) Elementos limitativos e de participação. Exemplo: direitos de primeira geração.


b) Garantia orgânica contra abusos estatais. Exemplo: separação de poderes.
c) Forma escrita.

2. CONSTITUIÇÃO – SENTIDOS, ACEPÇÕES, CONCEPÇÕES E PERSPECTIVAS


(FUNDAMENTOS)

2.1. Visão Geral

a) Sentido Sociológico (Ferdinand Lassalle);


b) Sentido Político (Carl Schmitt);
c) Sentido Jurídico (Hans Kelsen);
d) Sentido Normativo ou Pós-Normativo (Konrad Hesse);
e) Sentido Culturalista (Meireles Teixeira).

2.1.1. Sentido Sociológico (Ferdinand Lassalle)

Lassalle estabeleceu uma distinção entre a Constituição jurídica e a Consti-


tuição real (efetiva). Para ele, a primeira se refere à Constituição que está escrita
em um documento, enquanto a real se baseia na soma dos fatores reais de
poder que regem a sociedade.
A Constituição escrita só tem valor quando ela espelha fielmente esses fato-
res reais de poder; e caso não haja uma adequação entre o que está escrito e
o que está acontecendo na sociedade, sempre prevalecerá o que está aconte-
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cendo na sociedade, fazendo com que os fatores coordenem, na prática, o pro-


cesso político. Sendo assim, a Constituição jurídica seria somente uma “folha de
papel”.
A Constituição jurídica não possui poder condicionante; não tem força norma-
tiva para coordenar o processo social. É o processo social que organiza o pro-
cesso escrito da Constituição.

2.1.2. Sentido Político (Carl Schmitt)

Para Schmitt, a Constituição é a norma fundamental, logo ela não pode ser
fundamentada por outra norma. Ela deve ser derivada de uma decisão política
fundamental do Poder Constituinte Originário (Teoria Decisionista).
Essa ideia de decisão política fundamental gerou uma distinção entre dois
tipos de normas: a Constituição e as Leis Constitucionais.
As matérias constitucionais devem se relacionar principalmente com a
organização dos poderes, a organização do Estado, as formas de exercícios do
poder e os direitos fundamentais.

2.1.3. Sentido Jurídico (Hans Kelsen)

A Constituição é “o puro dever-ser”, segundo Kelsen. Ela é a norma pura, fun-


damental e suprema do Estado (Teoria Pura do Direito), e por isso ela deve ser
obedecida sempre, não devendo se preocupar com questões filosóficas, políti-
cas, sociais e econômicas.
Essa concepção de Constituição proposta por Kelsen se subdivide em dois
sentidos: o sentido lógico-jurídico e o jurídico-positivo. O primeiro sentido institui
uma norma hipotética fundamental que estabelece que a Constituição deve ser
obedecida. Para o sentido jurídico-positivo, a Constituição é o fundamento de
validade do ordenamento jurídico e ela estabelece a forma pela qual as demais
normas devem ser elaboradas.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Wellington Antunes.

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