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Apontamentos de História – A expansão Marítima

B 3.1.

De Portugal às Ilhas Atlânticas e ao Cabo

da Boa Esperança
3.1.1. Motivações e condições para a expansão marítima

portuguesa
No século XIV Portugal ficou marcado pelas pestes, fomes e

guerras.

No entanto no século XV, depois de assinar a paz com Castela, João

I, rei de Portugal, procurou afirmação e prestígio internacional, assim

como a solução para os problemas sociais e económicos que afectavam

Portugal.

Para isso era preciso obter metais preciosos, cereais, matérias-

primas e mão-de-obra e todos os grupos sociais tinham os seus

interesses:

- A nobreza – tinha interesse para obter novos cargos e mais terras;

- O clero – tinha interesse em espalhar a fé cristã, o cristianismo;

- A burguesia – tinha interesse em ter acesso a novos mercados e

produtos para poder aumentar a sua fortuna;

- O povo – esperava poder melhor as suas condições de vida.

Como Portugal não podia alargar o seu território para Castela, a

solução que encontrou foi a expansão marítima. Para isso, Portugal já reunia

um conjunto de condições favoráveis:

- Uma localização geográfica privilegiada – estamos no extremo

ocidental da Europa, relativamente perto do Norte de África, e temos uma

costa marítima grande e com bons portos naturais.


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- Uma tradição marítima – os portugueses já tinham experiência no

mar devido à actividade piscatória (pesca) e ao comércio de longa distância.

- Progressos na construção naval – os portugueses criaram a caravela

que ajudou á navegação contra o vento devido à utilização das velas

triangulares.

- Condições técnicas e científicas – os portugueses já conheciam

instrumentos como a bússola (indicava o norte magnético), o astrolábio e o

quadrante (que orientavam os navegadores em alto mar, medindo a altura do

sol ou da estrela polar), a balestilha (que media a altura que une o horizonte

ao astro) e as cartas náuticas (mapas desenhados para a navegação

marítima, onde estavam assinalados os portos, o relevo costeiro e as linhas

de rumo).

3.1.2. Conhecimento do Mundo


Nesta altura, os portugueses apenas conheciam o Norte de África

até ao cabo Bojador e sabia-se da existência da Ásia, porque os

muçulmanos tinham trazido de lá várias riquezas.

O continente americano e a Oceânia eram totalmente desconhecidos.

Os mercadores e os viajantes aventureiros contavam muitas lendas

que descreviam monstros, perigos e fenómenos naturais que provocavam

medo nas populações europeias.

3.1.3. A conquista de Ceuta


A conquista da cidade de Ceuta, em 1415, marcou o início da

expansão portuguesa. A primeira expedição foi organizada pelo rei D.

João I e pelos seus filhos mais velhos: D. Duarte, D. Pedro e D.

Henrique.

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Os portugueses interessaram-se por Ceuta, por ser um importante

centro de comércio e porque os campos à sua volta eram ricos em

cereais. Para além disso, a sua localização é junto ao estreito de

Gibraltar, entre o mar mediterrâneo e o oceano Atlântico, o que ajudava os

portugueses a controlar o comércio que por aí passava.

Apesar de ter sido um êxito militar, não foram alcançados os

objectivos iniciais porque os muçulmanos desviaram as suas rotas

comerciais para outras cidades e os campos de cultivo passaram a ser

constantemente atacados e destruídos.

Depois deste fracasso económico, as políticas de expansão

portuguesa seguiram rumos diferentes: começamos a tentar conquistar

cidades estratégicas para o comércio no Norte de África e definimos a

exploração marítima ao longo da costa africana.

3.1.4. A política de descobertas no tempo do Infante

D. Henrique
O Infante D. Henrique é considerado o grande responsável pela

expansão portuguesa, devido às descobertas que promoveu no oceano

Atlântico e à exploração do continente africano. Por isso, este período de

tempo, ficou conhecido como o período henriquino (1434 a 1460).

O arquipélago (conjunto de ilhas que se encontram perto umas das

outras) da Madeira e algumas ilhas do arquipélago dos Açores já eram

conhecidos pelos navegadores portugueses, mas ainda eram despovoados.

Por isso, D Henrique mandou ocupá-las, para que assim não fossem

ocupadas por povos estrangeiros.

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As primeiras viagens marítimas ao longo do litoral africano foram

feitas por cabotagem, ou seja, sem perder de vista a linha da costa.

Contudo, ao caminharem para Sul, os portugueses foram obrigados a

estudar os ventos e as correntes marítimas. O uso da caravela e domínio dos

instrumentos de navegação astronómica (navegação em alto mar cuja

orientação era feita através dos astros) foram fundamentais para o êxito

obtido.

O primeiro grande obstáculo que os portugueses tiveram de superar

foi a passagem do cabo Bojador. Mas ao passá-lo, acabaram com os mitos

e lendas sobre a existência de monstros.

Em 1460, morreu o Infante D. Henrique e os portugueses já tinham

chegado à Serra Leoa.

3.1.5. A política de conquistas de D. Afonso V


A morte do Infante D. Henrique fez com que as descobertas

marítimas abrandassem, porque o rei D. Afonso V interessou-se mais pela

conquista territorial no Norte de África.

Assim, em 1469, o rei arrendou a um mercador, chamado Fernão

Gomes, a exploração da costa africana, pelo prazo de 5 anos. Por isso,

entre 1469 e 1474, Fernão Gomes e os seus navegadores chegaram até

Santa Catarina.

3.1.6. A política expansionista de D. João II


Depois de D. Afonso V, foi o seu filho D. João II que, em 1481,

subiu ao torno e mandou prosseguir com as viagens ao longo da costa

africana com o objectivo de chegar à Índia por mar.

Para isso, organizou duas expedições:

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- Por mar, enviando o navegador Diogo Cão, que avançou para sul ao

longo da costa africana

- Por terra, mandando os emissário Pêro da Covilhã e Afonso Paiva

para recolherem informações sobre o comércio e a navegabilidade do oceano

Indico.

Depois de algumas tentativas falhadas, foi Bartolomeu Dias, em

1488, que conseguiu contornar o cabo das tormentas. Como este cabo fica

situado no extremo sul de África e permite a ligação entre o oceano

Atlântico e o oceano indico, passou a chamar-se o cabo da boa

esperança, porque depois de o contornar, já havia esperança de chegar

à índia por mar.

Contudo, havia muitas rivalidades entre Portugal e Castela sobre o

domínio das terras descobertas.

Por isso, o Papa teve que interferir, levando os dois monarcas a

assinarem, em 1479, o tratado de Alcáçovas. Este tratado definiu que o

Mundo ficava dividido em dois hemisférios, a partir de um paralelo.

Com o reinado de D. João II houve novamente um grande conflito

entre Portugal e Castela, pois Cristóvão Colombo, ao serviço de Castela,

descobriu as Antilhas (pensando que tinha chegado à Índia) que estavam

em área portuguesa. Como Cristóvão Colombo estava a mando de Castela e

descobriu as ilhas em área Portuguesa, gerou-se novamente um conflito que

obrigou o Papa a intervir novamente.

Então em 1494, os dois reinos assinaram o Tratado de Tordesilhas.

Com este tratado, o Mundo ficou então dividido em dois hemisférios a

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partir de um meridiano que passava a 370 léguas a ocidente do

arquipélago de Cabo Verde.

3.1.7. A viagem de Vasco da Gama


D. João II tinha o objectivo de chegar à Índia por mar mas

morreu, em 1495, sem o conseguir alcançar.

No entanto, o seu sucessor, D. Manuel I, deu continuidade a esse

objectivo e escolheu Vasco da Gama, com apenas 28 anos, para comandar

a armada (conjunto de forças navais de um país) para tentar chegar à

Índia.

Assim, em Julho de 1497, partiram de Lisboa 4 naus da armada de

Vasco da Gama.

Nesta altura, foram escolhidas as naus, porque eram embarcações

muito maiores do que as caravelas. Visto as viagens serem longas, com

estas naus podiam levar mais alimentos, mercadorias, homens e peças

de artilharia.

Esta armada fez a primeira paragem em Cabo Verde, na ilha de

Santiago, e chegou a Calecute (Índia) em Maio de 1498. Por isso, Vasco da

Gama, demorou 10 meses a chegar à Índia.

3.1.8. A viagem de Pedro Álvares Cabral


Apesar de os portugueses terem sido bem recebidos quando

chegaram à Índia, com o passar do tempo, os muçulmanos

aperceberam-se que os seus negócios estavam a ser afectados com a

concorrência comercial portuguesa no comércio de especiarias.

Por isso e para garantir o domínio português, D. Manuel I enviou

para a Índia uma armada comandada por Pedro Alvares Cabral.

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Esta armada, teria que seguir a mesma rota que Vasco da Gama,

contudo, por razões desconhecidas, junto a Cabo Verde, as embarcações

foram desviadas e em Abril de 1500, chegaram ao Brasil. Ou seja, Pedro

Alvares Cabral, em 1500, descobriu o Brasil.

Questões:
1. Dá três exemplos de instrumentos de orientação utilizados no mar e já

conhecidos pelos portugueses antes da expansão marítima.

2. Porque razão a caravela foi tão importante para a expansão portuguesa?

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3. Quais as dificuldades económicas que Portugal enfrentava no inicio do

século XV?

4. Quais os interesses da burguesia, do clero, da nobreza e do povo na

expansão marítima?

5. Portugal tinha condições favoráveis para a expansão marítima. Enumera-

as.

6. Indica as regiões do Mundo conhecidas pelos Europeus no século XV.

7. Que acontecimento marcou o inicio da expansão portuguesa?

8. Quais os nomes dos organizadores da expedição ao Norte de África, em

1415?

9. Quais os motivos que levaram os portugueses à conquista de Ceuta?

10. Por que razão não foram alcançados os objectivos iniciais que levaram

os portugueses à tomada de Ceuta?

11. O que é um arquipélago?

12. Porque é que D. Henrique mandou ocupar a Madeira e os Açores?

13. Quem foi o grande responsável pela expansão portuguesa?

14. Qual o significado da passagem pelo cabo Bojador?

15. Em 1460 faleceu Infante D. Henrique. Onde tinham chegado os

portugueses?

16. O tratado de Alcáçovas dividia o mundo em duas partes através de

um paralelo ou de um meridiano? E o tratado de Tordesilhas?

17. Qual a politica expansionista defendida por D. Afonso V?

18. A quem entregou D. Afonso V a continuação da exploração da costa

africana?

19. Qual o objectivo de D. João II ao prosseguir com as viagens de

exploração da costa?

20. Quem e quando é que conseguiram passar o cabo da boa esperança?

21. Qual a importância da passagem do cabo da Boa Esperança?


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22. A que se deveram as rivalidades entre Portugal e Castela, no século

XV, que levaram a assinar o tratado de Alcáçovas?

23. Mais tarde, houve novamente rivalidades entre Portugal e Castela. A

que se deveu essas rivalidades?

24. O que ficou decidido no Tratado de Tordesilhas?

25. Qual a diferença entre a caravela e a nau?

26. Quem comandou a primeira armada em direcção à índia?

27. Quantos meses demorou a viagem de Vasco da gama?

28. Qual a diferença entre a rota seguida por Vasco da Gama e a rota que

levou algumas naus de Pedro Alvares Cabral para a América do Sul?

29. Explica a reacção dos mercadores muçulmanos à presença dos

portugueses na Índia.

30. Qual o objectivo de D. Manuel I ao enviar uma nova armada para a

Índia?

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