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Poços como estruturas de infiltração 383

umidade, aumentando a sucção e sua capacidade de armazenamento. Uma elevação marcante


na capacidade de infiltração também acontece na estação da primavera, quando animais da
fauna terrestre ficam ativos. Uma diminuição marcante de capacidade de infiltração acontece
no outono, tempo em que a fauna fica dormente. Essas duas causas enumeradas são os princi-
pais fatores para a formação de macroporos em determinadas estações do ano.

5 Ensaios de laboratório e campo para projeto de poços de infiltração

Os parâmetros do solo para a determinação da taxa de infiltração e caracterização do


perfil são obtidos por meio dos ensaios de laboratório e de campo. A Tabela 1 apresenta um
sumário das investigações geotécnicas recomendadas.

Tabela 1. Principais ensaios de campo e laboratório para identificar parâmetros do perfil de


solo envolvidos na infiltração.
Ensaios de
Norma ABNT Parâmetros obtidos Observações importantes
Laboratório
Identificação tátil visual A retirada das amostras deve ser
Abertura de poços
do perfil e retirada de preferencialmente no poço em que
e trincheiras de NBR 9604/86
amostras deformadas e serão feitos ensaios de infiltração e
inspeção em solos
indeformadas. permeabilidade.
O ensaio de granulometria com e sem
Granulometria com Curva granulométrica defloculante para identificar o grau de
defloculante e sem NBR 7181/84 com avaliação de D10, intemperismo do solo perfil de solo.
defloculante Cue Cc. O intemperismo tende a favorecer a
infiltração.
NBR 7180/81 e wL, wP, IP e
Limites de Atterberg Classificação do solo
6459/84 caracterização
Parâmetro necessário à avaliação
Peso específico dos
NBR 6508/84 γs da porosidade e no ensaio de
sólidos
sedimentação
A CCRW constitui-se em ferramenta
Curva característica Distribuição de poros; auxiliar importante na avaliação do
Borges (2010) e
de retenção de água energia disponível potencial de infiltração e na avaliação
Bullut (2007)
(CCRW) auxiliar na infiltração de riscos como o de colapso estrutural
do solo por aumento de umidade.
Umidade em campo NBR 6457/86 w Determinação do perfil de umidade
14545/2000 – A permeabilidade saturada é
Permeabilidade Solos argilosos propriedade do solo que causa maior
Ks
saturada e 13292/1995 – impacto no desempenho dos poços de
Solos arenosos infiltração.
Compressibilidade,
Tensão de pré- Permite a determinação da
MB 3336 e NBR
Ensaio oedométrico adensamento, infiltrabilidade e permeabilidade do
12007 CB-2 1990
Colapsividade e perfil de solo.
Expansão
384 Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais
(continuação)
Ensaios de Campo Norma ABNT Parâmetros obtidos Observações importantes
Permite teste de permeabilidade
Identificação tátil visual
e infiltrabilidade em furo,
do perfil de solo e
Ensaio de Sondagem NBR - 0684/2001 monitoramento do nível do lençol
identificação do nível
freático, determinante da profundidade
do lençol freático.
segura dos sistemas de infiltração.
Permite a determinação da
Ensaio de infiltração ABGE (1996) - Permeabilidade e
infiltrabilidade e permeabilidade do
em poço Boletim IV. infiltrabilidade do perfil
perfil de solo.
Ensaio de
ASTM D5093 Infiltrabilidade de Avalia a infiltrabilidade do solo em
Infiltrômetro de anéis
02(2008) superfície superfície.
concêntricos

Os resultados dos ensaios de laboratório são indispensáveis na interpretação dos resul-


tados de infiltrabilidade em campo.
Na retirada de amostras para os ensaios de laboratório, recomenda-se que as amostras
de solo, deformadas e indeformadas, sejam obtidas durante a escavação do próprio poço que
será utilizado para o ensaio de infiltração e permeabilidade do solo.
A Figura 6 apresenta um exemplo de resultados de análises da granulometria de um per-
fil de solo tropical de Goiânia. O perfil analisado está localizado na região Sudoeste da cidade
e foi estudado por Leão Carvalho (2011). Como é típico de muitos solos do Centro-Oeste,
tem-se um perfil bastante uniforme e com maior estruturação na profundidade de 0,5m. O
solo mais superficial é mais intemperizado, característica de solo submetido a grandes varia-
ções de umidade e temperatura.
O grau de intemperismo do solo, mostrado na Figura 6, influencia diretamente na sua
estrutura. Agentes cimentantes que agregam as partículas do solo alteram seu comportamen-
to com o surgimento de uma macrotextura. Essa alteração é observada na sua composição
granulométrica ao se compararem os resultados dos ensaios sem defloculante aos com de-
floculante.

Figura 6. Resultado da granulometria do solo até 3,0m de profundidade com registro a cada 0,5m. Gra-
nulometria com e sem defloculante (Leão Carvalho, 2011).
Poços como estruturas de infiltração 385
O perfil de umidade do solo deve ser determinado durante a perfuração do poço para
o ensaio de campo e a coleta de amostras para ensaios de laboratório. A Figura 7 apresenta
um exemplo de perfil de umidade de solo, medido por Leão Carvalho et al. (2011), resultado
preliminar do campo experimental II aplicado a um projeto de controle de águas urbanas
instalado no local em 2010. Como pode ser observada na figura, a umidade do perfil de solo
varia ao longo do ano e, com ela, a capacidade de armazenamento do maciço e a sucção inicial
interveniente no processo de infiltração.

Figura 7. Perfil de umidade do solo no campo experimental II de Leão Carvalho et al.(2011).

A verificação da profundidade do lençol freático ao longo das estações do ano é im-


portante para identificar sua variação e conhecimento do nível d’água máximo esperado. Tal
medição pode ser realizada com piezômetro construído a partir de um furo de sondagem. A
identificação do nível máximo do lençol é condição determinante para estabelecer a profun-
didade adequada do sistema de infiltração. Embora não apresente nenhum estudo nem leve
em conta características do solo (se argiloso, arenoso ou pedregulhoso), a Norma Técnica de
Esgoto Sanitário, NBR 13.969 (ABNT, 1997), recomenda que as bases de sumidouros e valas
estejam no mínimo a 1,5 m do nível máximo do lençol freático condição que geralmente é
aplicada aos sistemas de infiltração. Estudos como esses que requerem certo prazo de execu-
ção devem ser previstos com antecedência. O ideal é serem realizados por ocasião da elabo-
ração do plano urbanístico ou como requisito de aprovação de uso de determinada área para
fins de loteamento.

5.1 Ensaios de campo

A permeabilidade de um solo pode ser obtida em laboratório ou por meio dos ensaios
de campo. A determinação da permeabilidade do solo por meio de ensaios de campo é ge-
ralmente realizada em condições menos controladas do que os ensaios de laboratório, porém
em situação de contorno mais realista. O ensaio de campo é realizado sob condições do solo
in situ, levando em conta suas características geológicas e a sazonalidade, que é fator determi-
nante dos resultados. Fatores como perturbação do solo por amostragem e baixa representa-
tividade do perfil pelo tamanho reduzido de corpos-de-prova são amenizados ao se fazerem
ensaios em campo.
386 Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais

Dentre os ensaios de campo, pode-se citar: ensaio de poço de pequeno e grande diâ-
metro para avaliar o perfil de infiltrabilidade local e ensaio de infiltrômetro de duplo anel
ou anéis concêntricos para avaliar a infiltrabilidade superficial do maciço. Os primeiros são
aplicados na avaliação da capacidade de infiltração do perfil do solo, aplicando-se a poços e
trincheiras de infiltração. O último permite avaliar a infiltrabilidade superficial do maciço,
aplicando-se a projetos como os de valas, bacias de infiltração, colchões drenantes e pavimen-
tos drenantes. Ele pode ser também usado para avaliar a infiltrabilidade de bases de poços e
trincheiras de infiltração

5.2 Ensaio em poço

A literatura recomenda que os testes de infiltração em campo sejam realizados, sempre


que possível, em poço em escala real e sejam ensaiados no mínimo duas vezes, de preferência
no mesmo dia. Recomenda também que o enchimento do poço para cada ensaio seja sempre
na mesma cota, ou seja, mesma carga hidráulica. Essa recomendação se deve ao fato de que
o efeito de arco interfere tanto no fluxo como na compressão junto à face do maciço após a
escavação.
Alguns cuidados devem ser adotados durante a escavação do poço em campo, dentre os
quais se destacam:
a) garantir o alinhamento com a vertical;
b) identificar se há, ao longo das paredes do poço e no seu fundo, a presença de perfura-
ção lateral que possa provocar a fuga da água e falsear o ensaio de infiltração em perfil;
c) identificar se houve, durante o processo de escavação dos poços, a formação de col-
matação superficial devido ao contato da ferramenta de corte com o solo. O fenôme-
no da colmatação é comum em solos com teor elevado de argila. Se isso acontecer,
deve ser feita uma escarificação manualmente na superfície das paredes e no fundo
do poço.
Ensaios de infiltração devem ser realizados com o enchimento do poço utilizando uma
vazão de água que garanta o seu rápido enchimento. Geralmente, utiliza-se um caminhão
pipa ou reservatório com volume e vazão adequados. O teste deve ser realizado pelo menos
duas vezes seguidas e de preferência no mesmo dia. Para a realização do ensaio de campo,
devem ser adotados os seguintes procedimentos:
a) verificar as medidas da escavação: diâmetro e profundidade;
b) abastecer e esvaziar o poço no mínimo duas vezes, tentando simular a estação chu-
vosa que corresponde às menores taxas de infiltração, momento em que o sistema de
infiltração é solicitado;
c) adotar um sistema apropriado para avaliar o rebaixamento do nível da água no poço
(utilizando trena, sensor de nível d’água ou outro) e considerar o mesmo referencial
e variação de tempo para cada ensaio;
d) não direcionar a mangueira para as paredes do poço, para evitar riscos de perda de
resistência e erosão do solo;
e) a realização de teste com o poço completamente cheio não é necessário nos casos de
sistemas de infiltração onde a camada de maior infiltração se encontra nas camadas
Poços como estruturas de infiltração 387
inferiores, como é o caso de perfil com a presença de lente de cascalho ou areia. Nes-
ses casos, deve-se avaliar se a matriz grossa desse material é filtro da fina; caso contrá-
rio, pode dar origem a processo de erosão interna, subsidências e mesmo colmatação
parcial dos poros a longo prazo, devido ao deslocamento de partículas menores.
A interpretação dos resultados de campo deve ser acompanhada de testes de laboratório
que caracterizem o perfil de solo e ensaios especiais no caso de solos problemáticos, como os
solos colapsáveis.

5.3 Interpretação de ensaios de infiltração em poço

A ABGE (1996) sugere um método de interpretação do rebaixamento do nível d’água


nas estruturas tipo poços de infiltração com geometria semelhante à apresentada na Figura
8. O poço de infiltração é representado por um tubo cilíndrico de raio r, altura h da lâmina
d’água na estrutura, e o rebaixamento da lâmina d’água, Δh, em um intervalo de tempo igual
a Δt para um nível de lençol freático conhecido.
A partir da Figura 8, a determinação da permeabilidade k é feita de acordo com a Equa-
ção 1:
Δh r 2
k= × (1)
Δh R
em que: R é o raio de influência considerada uma distância hipotética que, simplificadamen-
te, representaria a zona do solo que receberia o volume infiltrado, escoamento que se faz
do centro do furo para a lateral ao longo da profundidade do poço. Esse raio de influência
pode ser estimado conhecendo-se a porosidade do solo e o volume de água máximo a ser
infiltrado.
A relação entre R e h é dada pela equação a seguir:

R2 + R – h = 0 (2)
Segundo Rodio (1960) apud Boletim da ABGE (1996) a equação evidencia que quan-
to menor for o rebaixamento, menor será a variação de R e mais válida será a aplicação da
Equação 2.

Figura 8. Modelos adotados para avaliar a taxa de infiltração do poço: detalhamento do poço de ensaio
para determinação da taxa de infiltração (ABGE, 1996).
388 Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais

Os resultados dos ensaios de infiltração em poço podem ser utilizados para o cálculo da
“taxa de infiltração”. Num intervalo de tempo qualquer, à medida que a água infiltra, o nível
d’água no poço abaixa e a área disponível para infiltração reduz. A Equação 3 e a Figura 9
mostram como calcular a área de infiltração que varia a cada instante com a redução de h e
aumento de Zmédio, sendo:
Zmédio = (Z1 + Z2)/2 (3)
onde: Z1= é a altura de secagem num tempo inicial; Z2= é a altura de secagem em um tempo
final.
A área de infiltração corresponde à área das paredes verticais das estruturas mais a área
do fundo, de acordo com a Equação 4 a seguir:
A = 2π∙r (H – Zméd) + πr 2 (4)

Figura 9. Determinação da área de infiltração no poço (Leão Carvalho, 2008).

A taxa de infiltração I é calculada por meio da relação do volume infiltrado pela área de
infiltração da estrutura, em relação ao tempo acumulado:
V
I= (5)
A × Δh
em que: V= volume em m3; A= área de infiltração; Δt= intervalo de tempo para medir a varia-
ção do nível d’água na estrutura (minuto ou fração).
De acordo com Borin et al. (2008), o ensaio deve ser realizado em escala real do poço
(diâmetro e profundidade) e deve-se adotar como taxa de infiltração média de um poço o
tempo decorrido para infiltrar o volume correspondente a 50% do volume do poço, despreza-
dos os primeiros e últimos 25% de profundidade.
Vale lembrar que, em qualquer um dos processos utilizados na avaliação da infiltração
de um sistema de infiltração, é importante conhecer o volume de água utilizado no teste. Ao
mesmo tempo em que o poço é abastecido, há perda de água por infiltração no sistema, de
forma que o volume total de água utilizado é superior ao volume do poço. Recomenda-se a
utilização de hidrômetro apropriado para avaliação de volume de água consumido.
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5.4 Resultados típicos de ensaios de infiltração em poço

A Figura 10 apresenta um exemplo de medições de nível em um poço no qual ocorreram


três enchimentos sucessivos em um mesmo dia. Tanto o enchimento quanto o esvaziamento
foram registrados por um sensor de nível d’água (linígrafo).
Nesse ensaio, podem-se observar as curvas de enchimento e esvaziamento do poço. No
primeiro teste, o processo de esvaziamento geralmente é mais rápido do que no segundo teste,
que, por sua vez, é mais rápido do que no terceiro ensaio, conferindo redução na capacidade
de infiltração à medida que o perfil do solo torna-se mais encharcado e o gradiente hidráulico,
devido à ação da sucção, diminui. Esse processo reproduz a condição de dias consecutivos de
chuva da estação chuvosa.

Figura 10. Variação do nível d’água no poço durante o tempo de enchimento e esvaziamento do poço
nos testes 1, 2 e 3. Data da realização dos testes: 24 ago. 2011.

As leituras de campo alimentam uma planilha Excel que calcula o perfil de infiltração
do poço. A Figura 11 apresenta um resultado típico obtido no campo experimental II. A taxa
de infiltração é representada em função da profundidade, permitindo uma avaliação do perfil
como um todo. Foi adotado para o cálculo do perfil de infiltração do solo o método da ABGE
(1996). Nesse ensaio, a taxa de infiltração média foi calculada considerando-se que a infiltra-
ção ocorre nas paredes laterais e no fundo do poço, apresentando valor médio de 1,0 x 10–5
m3/m2s, equivalente a I= 36 mm/h para o poço de grande diâmetro.
Outra prática possível é a realização de testes de infiltração utilizando furos a trado.
Essa alternativa é de fácil execução e baixo custo quando comparada com a execução de
ensaios em poços em escala real. Esse tipo de ensaio é recomendado quando a área estudada
é extensa e/ou heterogênea, exigindo medições em vários pontos. Na Figura 11, a taxa de
infiltração média para o poço de pequeno diâmetro é de 2,5 x 10–5 m3/m2s, equivalente a I=
90 mm/h.
Conclui-se que nesse caso, o ensaio de poço de pequeno diâmetro, poço a trado, supe-
restimou a taxa de infiltração do poço de grande diâmetro.
390 Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais

Figura 11. Taxa de infiltração do perfil de solo para o poço a trado (poço pequeno) e poço de grande
diâmetro (Leão Carvalho et al.(2011).

5.4.1 Ensaio de infiltrômetro de anéis concêntricos

O ensaio de infiltrômetro de anéis concêntricos tem sido constantemente utilizado na


área agrícola e no manejo do solo. A superfície irregular de um solo pode apresentar depres-
sões, macroporosidade provocada pelas raízes das plantas e pelo movimento do ar, vapor
d’água e água no solo. A Figura 12 mostra o desenho manuscrito de Horton (1933), analisan-
do o movimento do ar e da água no solo, relacionado com as características da superfície do
solo e a presença de canais ou pedotubos (macroporos).

Figura 12. Comportamento da água e ar em presença de um macroporo (manuscrito de HORTON,


1933 apud BEVEN, 2004).

O ensaio de infiltração por infiltrômetro de anéis concêntricos é bastante utilizado na


avaliação da infiltrabilidade para a determinação da parcela de infiltração do balanço hídrico
de um local e de bacias de infiltração. Ele pode ainda ser utilizado na determinação da taxa
de infiltração na base de poços e trincheiras e em camadas de apoio de colchões e pavimentos
drenantes.
Os principais fatores que modificam a capacidade de infiltração da superfície do solo são:
a) a cobertura do solo, que poderá favorecer a infiltração da água no solo;
Poços como estruturas de infiltração 391
b) alguns tipos de vegetação que possuem um sistema radicular, que melhor favorece a
absorção da água através das raízes ao produzirem macroporos;
c) o manejo dos solos, que tende a melhorar a capacidade de infiltração do solo. No
entanto, se esse manejo for inadequado ou se a camada de cobertura vegetal for reti-
rada sem que se faça a sua reposição quase que imediata, a capacidade de infiltração
pode piorar. Por um lado, a superfície exposta do solo fica sujeita ao fenômeno do
encrustamento, resultante do impacto de gotas de chuva ou ressecamento, dificultan-
do a infiltração; por outro, alguns insumos e defensivos agrícolas podem reagir com
o solo, defloculando-o e facilitando o processo de encrustamento.
Em estruturas ou sistemas de controle das águas pluviais na fonte, tais como poços, valas,
colchões ou trincheiras, pode-se determinar a condutividade hidráulica do solo saturado utili-
zando infiltrômetros de anéis concêntricos cravados na superfície do terreno. O ensaio consiste
em cravar dois tubos rígidos com dimensões mais usuais de 30,0 cm de diâmetro, anel interno
e de 60,0 cm, anel externo, ambos com altura de 30,0 cm. Para o ensaio, os anéis são cravados
concentricamente pelo menos 10,0 cm no solo. A carga hidráulica é então mantida constante
por meio do abastecimento de água nos anéis. O teste deve ser feito para diferentes cargas
hidráulicas. As leituras são feitas de acordo com a redução da carga hidráulica em relação ao
tempo. Dependendo do tipo de solo, a frequência de leitura pode variar de 30s a 5min.
Durante o ensaio, a água é adicionada nos dois compartimentos dos anéis. A função do
anel externo é evitar a dispersão da água a partir do anel interno e garantir a verticalidade
do movimento da água no solo. Para tanto, o anel externo deve ter o mesmo nível d’água do
interno.
A taxa de infiltração é considerada constante quando a vazão de alimentação do cilindro
central se mantiver sem se alterar durante um período de tempo considerável, até que não
haja rebaixamento do nível d’água no anel interno. O volume médio infiltrado nos últimos
minutos é utilizado para calcular a condutividade hidráulica. A condutividade hidráulica é
calculada de acordo com as formulações tradicionais da Lei de Darcy.
Barraud (2009) considera imperativo fazer medições em vários pontos da área, mesmo
para pequenos espaços, visto que a variabilidade espacial é geralmente grande, além das in-
certezas com que se mede a condutividade hidráulica.
Segundo Barraud (2009), a literatura refere-se aos limites inferiores de viabilidade de apli-
cação do método na avaliação da condutividade saturada, não devendo ser inferior a 10-6 m/s.
A Figura 13 mostra o conjunto de anéis e o esquema de medição em campo da taxa de
infiltração superficial de um solo.

Figura 13. Infiltrômetro de anéis concêntricos.

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