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Menezes Cordeiro – PPV - Coutinho de Abreu – Cassiano dos Santos – Ferrer Correia -
jogeraldes@sapo.pt
1 - Antónia aproveita o facto de se deslocar a Fátima semanalmente para vender velas aos
peregrinos. Para o efeito, Antónia compra velas a um fornecedor de Coimbra para
depois as vender aos referidos peregrinos;
A compra de velas para revenda é um ato objetivamente comercial – artigo 463.º n.º 1 do CCOM.
A venda daqueles bens por parte de Antónia não é um ato objetivamente comercial, por isso,
importa aferir se Antónia é comerciante. Para se saber se Antónia é comerciante há que aferir a
sua capacidade, que in casu, nada sendo dito, se pressupõe que Antónia tem capacidade, e a
sua profissionalidade, verificando-se que Antónia comercializa velas com intenção lucrativa, de
forma reiterada e habitual e atua em seu nome, sendo por isso subjetivamente comerciante.
Apreciar cada caso olhando para todo o lado; Do lado do comprador, do lado do vendedor, do
lado do fornecedor;
Artigo 230.º refere empresas em sentido subjetivo (Ex. Galp) e em sentido objetivo, atenta a
natureza semântica de “empresa” (como atividade), ou seja, em série;
Artigo 463.º e 464.º - Se a intenção for posterior desqualifica o ato enquanto comercial;
1.º parte do artigo segundo casa se com o código em geral e com o artigo 230 em especial;
A atividade do Rodrigo encaixa no artigo 230.º 7 do Código Comercial + 394.º parte final
Contrato de empréstimo e contrato de depósito são ambos comerciais, artigo 394 e 402
do CCom, uma vez que são acessórios da atividade mercantil – por conexão
Ver a compra e venda – falta a intenção de revenda – não é um ato objetivo absoluto;
Parte final do artigo 2.º só desqualifica o ato porque é feita no momento da prática do
ato. Declarações posteriores não desqualificam o ato;
Tuc tuc é resolvido com analogia iuris do n.º 2 do artigo 230.º ao artigo 13, uma vez que
R fazia da atividade uma prática reiterada e o contrato de mútuo pelo artigo 2.º parte final;
Também o depósito era comercial por acessoriedade mercantil por via da 2.ª parte do
artigo 2.º
Artigo 2.º é uma norma de competência; Esta atividade de construção de estradas é um setor
importante da economia. No entanto, a sua atividade não está prevista expressamente
Índices de comercialização que permitiam a aplicação do método tipológico;
Capacidade,
4 – Roberto adquiriu 5M acções de uma empresa cotada em bolsa, tendo decidido que
nunca iria vender as referidas acções, uma vez que um dia seria presidente daquela
empresa;
Caso 6 – Jorge é casado com Ana em comunhão geral. Jorge é dono de uma pastelaria e está a
dever 1000€ à padaria X pelo fornecimento de bolos para o casamento da filha de uma amiga.
Neste contexto, a padaria X, uma vez que Jorge está em incumprimento, pode responsabilizar
Ana pela quantia em dívida?
Capacidade
Se o contrário do próprio ato não resultar – declaração em sentido contrário por parte do
comerciante (que permitem afastar a comercialidade subjetiva)
Insegurança jurídica?
Preenchimento dos atos de comércio para efeitos do artigo 13.º - Atos acessórios são de
comercialidade indireta (que não nos dá uma estabilidade de critério – a clientela pode
ser mista – A doutrina não tem afastado os atos acessórios para efeitos do artigo 13)
Assim, passaremos a aferir os outros pressupostos do artigo 13, que são: 1) a prática de atos de
comércio; 2) com caráter de profissionalidade. Verifica-se a prática de atos de comércio
objetivos, constantes do artigo 463.º 1 do Código Comercial, porquanto António adquiriu
algumas miniaturas de automóveis exclusivamente com a intenção de revenda, pelo que esses
atos são objetivamente comerciais. No entanto, salvo melhor opinião, cai o caráter de
profissionalidade na prática destes atos, uma vez que António apenas comprou algumas para
revenda, não parecendo fazer esta prática reiterada ou habitualmente, nem tendencialmente
exclusiva.
No primeiro caso, a escrituração de cada um faz prova contra ele, mas a outra
parte que dela se quiser aproveitar, deverá igualmente aceitar o que lhe seja
prejudicial, salvo prova em contrário; na segunda hipótese, a escrituração de
cada um faz prova não só contra, mas também a favor do comerciante a que
pertença e, se houver divergência entre as escritas regularmente arrumadas, será
esta resolvida por outros meios de prova; na última hipótese, a escrituração
arrumada faz prova contra e favor do comerciante a quem pertença; a que não
estiver regularmente faz prova contra a quem pertença e, havendo divergência
entre o que constar da regularmente arrumada e da escrita que o não está,
prevalece sobre esta, salva sempre a possibilidade que assiste ao comerciante
cuja escrituração não está regularmente arrumada de invocar outros meios de
prova.
Factos, Comercialidade,
Artigo 29.º que é concretizada no artigo 31.º , com as regras no artigos 29.º
a 44.º
Universalidade de facto e de direito – Uma unidade funcional e unidade jurídica – Empresa como
objeto (ao contrário da definição de empresa do artigo 230.º que vê a empresa como sujeito);
Para haver estabelecimento comercial a atividade praticada tem que ser comercial;
Será que uma galeria de arte é uma atividade comercial? Será que o objeto de trespasse é uma
atividade comercial? Artigo 230.º n.º 5 do CCom;
b) A sua cunhada era rececionista da referida galeria, mas o novo proprietário nega
qualquer responsabilidade e proibiu-a de comparecer na galeria?
c) A diz que o novo proprietário lhe deve 5000€ em rendas pelos 5 meses que ocupa
aquele espaço desde que lhe vendeu a galeria;
d) A diz que não tem que pagar 2000€ de contas atrasadas respeitantes a eletricidade
e água pois o Francês teve todo o tempo necessário para estudar a aquisição da
galeria em todas as suas dimensões jurídicas!
No caso de um contrato de trespasse o chamado " passivo " não integra a " universatis juris " em que
o estabelecimento se traduz, pelo que não pode em regra ser transmitido sem o consentimento do
credor- art.s 595° e 596° do C. Civ
Âmbito natural – elementos caracterizadores do EC – contém tudo o que existe tipicamente naquele
estabelecimento sendo que é limitado pelo âmbito mínimo porque proíbe a exclusão de elementos do
âmbito natural e no entanto não inclui tudo aquilo que exigir uma convenção; Ligação funcional
Problema de usufruto –
Ligação do prédio funcional com o estabelecimento – sempre que acontecer o prédio integra o
estabelecimento – (hotel do buçaco como exemplo que aqui integra o âmbito mínimo)
Quando não se transfere a propriedade do direito real pode estar implícita o arrendamento;
Transmissão de uso,
O primeiro argumento para a ONC implícita que poderia ser logo afastado, explicitamente;
Coutinho de Abreu é mais radical – pró ONC implícita âmbitos espacial e temporal;
O trespasse implica o dever de não concorrência (durante certo tempo e num espaço não iniciar
actividade similar á exercida no estabelecimento trespassado), face ao trespassário, caso este
não seja pactuado, poderá exigir-se esta através do princípio da Boa Fé ( principio da lealdade,
usos do comercio…); a violação de não concorrência pode levar a cessão de concorrência
indevida, indemnização ao lesado, reconstituindo a situação que existiria sem a violação; sanção
pecuniária compulsória artº829ºA, resolver o contrato de trespasse artº801º ou intentar uma
acção de incumprimento;
Além do trespassante outras pessoas podem ficar sujeitas a obrigação implícita de não
concorrência, é o caso por ex. do cônjuge do trespassante, filhos quando com ele tenham
colaborado na exploração da empresa transmitida;
No caso em que o trespassante é uma sociedade, alguns sócios também ficaram sujeitos á
obrigação de não com concorrência, essencialmente aqueles que tenham conhecimento
relativamente á empresa trespassada;
A obrigação de não concorrência tem limites senão violaria o princípio da liberdade de iniciativa
económica:
i. Limite temporal: a obrigação de não concorrência não dura para sempre, dura o tempo
suficiente para o trespassário consolidar o estabelecimento;
ii. Limite espacial: o trespassante não pode abrir um estabelecimento no mesmo espaço de
radiação do estabelecimento trespassado, não pode disputar o mesmo mercado;
iii. Limite pessoal ou subjectivo: pessoas como os filhos ou cônjuges do trespassante podem ter
a mesma capacidade de gerir o estabelecimento e por isso também eles estão vinculados á
obrigação de não concorrência;
Caso 10 – A é dono de uma livraria instalada na Rua dos Livros, 3, por força de um contrato de
arrendamento celebrado com B. A decidiu vender a sua livraria a C não tendo solicitado
autorização a B. Volvidos 5 meses de fracos resultados económicos, C decidiu converter a livraria
num fitness center chamado “More than books”. Para aumentar o volume de negócio, C
contratou com D, E e F, ficando estes de angariar novos clientes, sendo que D ficaria com a zona
norte do pais, E a zona centro e F a zona sul.
Ficou estipulado que receberiam 25% por cada novo membro angariado para o fitness center.