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Prof Diogo Coelho – Comercial I

Menezes Cordeiro – PPV - Coutinho de Abreu – Cassiano dos Santos – Ferrer Correia -

PPV Atos de comércio

jogeraldes@sapo.pt

1 - Antónia aproveita o facto de se deslocar a Fátima semanalmente para vender velas aos
peregrinos. Para o efeito, Antónia compra velas a um fornecedor de Coimbra para
depois as vender aos referidos peregrinos;

A compra de velas para revenda é um ato objetivamente comercial – artigo 463.º n.º 1 do CCOM.

A venda daqueles bens por parte de Antónia não é um ato objetivamente comercial, por isso,
importa aferir se Antónia é comerciante. Para se saber se Antónia é comerciante há que aferir a
sua capacidade, que in casu, nada sendo dito, se pressupõe que Antónia tem capacidade, e a
sua profissionalidade, verificando-se que Antónia comercializa velas com intenção lucrativa, de
forma reiterada e habitual e atua em seu nome, sendo por isso subjetivamente comerciante.

Apreciar cada caso olhando para todo o lado; Do lado do comprador, do lado do vendedor, do
lado do fornecedor;

Atos comerciais unilaterais, bilaterais ou multilaterais;

Puros – Quando todas as partes são comerciais;

Mistos – Quando envolvem diferentes ordens jurídicas;

Transacção comercial – quando é um ato puro;

Ver se são comerciantes e/ou se praticam atos de comércio –

Divisão entre atos comerciais puros e atos comerciais mistos;

Artigo 230.º refere empresas em sentido subjetivo (Ex. Galp) e em sentido objetivo, atenta a
natureza semântica de “empresa” (como atividade), ou seja, em série;

Artigo 463.º e 464.º - Se a intenção for posterior desqualifica o ato enquanto comercial;

1.º parte do artigo segundo casa se com o código em geral e com o artigo 230 em especial;

2.ª parte do artigo segundo casa se com o artigo 13.º


2 – Rodrigo solicitou a Maria um empréstimo de 20M para adquirir um TUC-TUC. Na sua
atividade, R usa vários materiais (calendários, leques, bandoletes, mapas), tendo
celebrado com Bento um contrato nos termos do qual fica habilitado a guardar no
armazém deste os referidos materiais;

A atividade do Rodrigo encaixa no artigo 230.º 7 do Código Comercial + 394.º parte final

Contrato de empréstimo e contrato de depósito são ambos comerciais, artigo 394 e 402
do CCom, uma vez que são acessórios da atividade mercantil – por conexão

Artigo 2.º - Classificar o ato de comércio –

Ver a compra e venda – falta a intenção de revenda – não é um ato objetivo absoluto;

Classificar o R como comerciante; Por via do artigo 2.º parte final o

Parte final do artigo 2.º só desqualifica o ato porque é feita no momento da prática do
ato. Declarações posteriores não desqualificam o ato;

Atos comerciais objetivos por conexão – Depósito, mútuo, etc

Compra e venda mercantil é um ato comercial per se;

Natureza especulativa, finalidade lucrativa,

Tuc tuc é resolvido com analogia iuris do n.º 2 do artigo 230.º ao artigo 13, uma vez que
R fazia da atividade uma prática reiterada e o contrato de mútuo pelo artigo 2.º parte final;

Também o depósito era comercial por acessoriedade mercantil por via da 2.ª parte do
artigo 2.º

3 – A, B e C, dedicam-se à construção de estradas, contratando com vários fornecedores


os materiais necessários para a sua atividade. A, B e C não desempenham qualquer outra
atividade, subsistindo apenas desta;

Há intuito lucrativo; Especulação, intermediação,

Artigo 2.º é uma norma de competência; Esta atividade de construção de estradas é um setor
importante da economia. No entanto, a sua atividade não está prevista expressamente
Índices de comercialização que permitiam a aplicação do método tipológico;

Se preenchidos os requisitos do artigo 13.º

Capacidade,

Organização, intenção lucrativa;

A compra de material é comercial subjetivamente, excluindo os pressupostos de aplicação civil;

4 – Roberto adquiriu 5M acções de uma empresa cotada em bolsa, tendo decidido que
nunca iria vender as referidas acções, uma vez que um dia seria presidente daquela
empresa;

Artigo 463.º 5, é um ato objetivamente comercial -

Caso 6 – Jorge é casado com Ana em comunhão geral. Jorge é dono de uma pastelaria e está a
dever 1000€ à padaria X pelo fornecimento de bolos para o casamento da filha de uma amiga.
Neste contexto, a padaria X, uma vez que Jorge está em incumprimento, pode responsabilizar
Ana pela quantia em dívida?

Para se poder imputar a comercialidade a determinada pessoa, singular ou coletiva,


importa aferir os pressupostos constantes dos artigos 7.º e 13.º do Código Comercial. Do
caso não verificamos que Jorge careça de capacidade para se obrigar, pelo que se presume
que Jorge não padeça de alguma limitação da sua capacidade jurídica, aferível à luz do
Código Civil, artigos 67.º, 123.º e 139 do preceito supra aludido.
Assim, passaremos a aferir os outros pressupostos do artigo 13, que são: 1) a prática de
atos de comércio; 2) com caráter de personalidade. Desta forma, verifica-se que Jorge é
comerciante uma vez que sobre ele não recai qualquer incapacidade de exercício, tem
profissionalidade porque é proprietária de um estabelecimento de fabrico e venda de
produtos de pastelaria e exerce o comércio em nome próprio, a título individual,
independente e autónomo.
A compra de bolos por parte de Jorge é subjetivamente comercial (porque efetuada por
um comerciante, afastando-se a sua qualificação como objetiva nos termos do artigo 463.º
1 do CCom, uma vez que se deduz do caso concreto que foram comprados bolos não para
revenda mas para o casamento da filha de uma amiga…)
Por aqui verifica-se logo que não estão preenchidos os três requisitos do artigo 2.º,
segunda parte, porquanto se afere desde logo que esta compra, apesar de ter sido efetuada
por um comerciante, não é um acto substancialmente comercial, pois não tem a ver com
o comércio em sentido jurídico, tudo se resultasse do próprio ato esta não comercialidade.
Ou seja, caberia a Jorge afastar a presunção do artigo 15.º de que todos os atos que pratica
são comerciais.
Isto é, teria que dar a entender à padaria X que o ato praticado não teria que ver com a
sua atividade comercial;
Caso Jorge afastasse a presunção que sobre ele impende no momento da prática do ato,
este não é comercial e, nessa medida, não seria possível à padaria responsabilizar Ana
nos termos do artigo 1691.º 1.º alínea d) do Código Civil.

Analisar os atos, depois os sujeitos e posteriormente o ato em si.


Detetar comercialidade objetiva, estatuto comerciante e a seguir detetar regime jurídico
aplicado.
Que tipos de atos encaixam no artigo 13?
Puros e mistos;
Objetivos e subjetivos;
Absolutos ou conexão acessória;
Formalmente mercantis e substancialmente mercantis;

Capacidade

Profissionalidade – organização finalidade lucrativa, meio de substistência;


Autonomia (caixeiros, mandatário com representação (efeitos jurídicos na esfera de
terceiros) ou sem representação (aqui é comerciante)

Atividade de depósito – A tem um armazém e recebe bens que deposita

Se o contrário do próprio ato não resultar – declaração em sentido contrário por parte do
comerciante (que permitem afastar a comercialidade subjetiva)

Artigo 2.º segunda parte é mais amplo que o artigo 15.º

Distribuição do ónus da prova no direito mercantil;


Só os causais é que são bons para o artigo 13.º os formais não;

Insegurança jurídica?

Interpretação extensiva do 230.º 2 e 13.º e 7.º

Preenchimento dos atos de comércio para efeitos do artigo 13.º - Atos acessórios são de
comercialidade indireta (que não nos dá uma estabilidade de critério – a clientela pode
ser mista – A doutrina não tem afastado os atos acessórios para efeitos do artigo 13)

Caso 7 – António é colecionador de miniaturas de automóveis (6000 miniaturas) adquirindo


algumas com intuito de as revender dado o seu potencial de valorização. António decidiu
colocar a sua coleção à venda num site de vendas online (Ok Vende) ficando obrigado a pagar
mil euros por esse serviço, tendo a Ok Vende já emitido fatura. No entanto, António não pagou
a quantia devida e a Ok Vende pretende saber se pode exigir juros comerciais;

Verifica-se que os factos em causa no presente caso se reportam à compra

Para se poder imputar a comercialidade a determinada pessoa, singular ou coletiva, importa


aferir os pressupostos constantes dos artigos 7.º e 13.º do Código Comercial. Do caso não
verificamos que António careça de capacidade para se obrigar, pelo que se presume que António
não padeça de alguma limitação da sua capacidade jurídica, aferível à luz do Código Civil, artigos
67.º, 123.º e 139 do preceito supra aludido.

Assim, passaremos a aferir os outros pressupostos do artigo 13, que são: 1) a prática de atos de
comércio; 2) com caráter de profissionalidade. Verifica-se a prática de atos de comércio
objetivos, constantes do artigo 463.º 1 do Código Comercial, porquanto António adquiriu
algumas miniaturas de automóveis exclusivamente com a intenção de revenda, pelo que esses
atos são objetivamente comerciais. No entanto, salvo melhor opinião, cai o caráter de
profissionalidade na prática destes atos, uma vez que António apenas comprou algumas para
revenda, não parecendo fazer esta prática reiterada ou habitualmente, nem tendencialmente
exclusiva.

Jorge não é comerciante.

O Contrato de prestação de serviços entre António e a Ok Vende é um contrato unilateralmente


comercial, mas apenas do lado da empresa, artigo 99.º do Código Comercial, que afasta a
aplicação do artigo 102.º do mesmo código.

DL62/2013, 10 de Maio, contém definições para aplicação de um regime específico comercial


para transações comerciais; Previsão subjetiva das relações que geram mora e em segundo
lugar regime específico para o vencimento de obrigações mercantis – desvios face ao direito
civil tradicional;
Numa interpretação literal, para que haja vencimento de juro comercial é necessário que a
relação se estabeleça é necessário atos puramente comerciais (não mistos);

Caso 8 – Antónia é fornecedora de peixe a vários restaurantes de Lisboa. Um desses


restaurantes é o peixe na brasa. Antónia no mês de Junho de 2017, inscreveu nos seus livros
de escrituração um crédito sobre o peixe na brasa no valor de 10000€. Por seu turno, o peixe
na brasa inscreveu nos seus livros um débito de 1000€ a Antónia e ainda um débito de 2000€
igualmente a Antónia, relativo a outras vendas ocorridas. Face a estas discrepâncias e não
havendo entendimento entre as partes, qual o critério jurídico de decisão quanto a este
assunto?

Há que considerar separadamente três casos: a escrituração não está


regularmente arrumada; a escrituração está regularmente arrumada; a escrita de
um ou uns está e a de outro ou outros não está regularmente arrumada.

No primeiro caso, a escrituração de cada um faz prova contra ele, mas a outra
parte que dela se quiser aproveitar, deverá igualmente aceitar o que lhe seja
prejudicial, salvo prova em contrário; na segunda hipótese, a escrituração de
cada um faz prova não só contra, mas também a favor do comerciante a que
pertença e, se houver divergência entre as escritas regularmente arrumadas, será
esta resolvida por outros meios de prova; na última hipótese, a escrituração
arrumada faz prova contra e favor do comerciante a quem pertença; a que não
estiver regularmente faz prova contra a quem pertença e, havendo divergência
entre o que constar da regularmente arrumada e da escrita que o não está,
prevalece sobre esta, salva sempre a possibilidade que assiste ao comerciante
cuja escrituração não está regularmente arrumada de invocar outros meios de
prova.

O art. 44.º do Código Comercial determina que os livros de escrituração


comercial podem fazer prova entre comerciantes, sobre os factos do seu
comércio.
Este artigo refere-se à força probatória da escrituração comercial quando
invocada entre comerciantes por factos do seu comércio.
Fernando Olavo esclarece que a escrita comercial não tem força probatória
plena, mas, por efeito do disposto no art. 44.º do Código Comercial, traz
vantagem na prova (Direito Comercial, I, 2.ª edição, pág. 366).
Sendo certo não ter a escrita comercial a força probatória plena, com as
consequências daí resultantes, tem já efeito, como princípio de prova, que
pode ser afastado por qualquer outro meio. Na verdade, tratando-se de
escritos elaborados, exclusivamente, para documentação e memória do
respectivo comerciante, podem os mesmos não corresponder à verdade,
designadamente por ausência de certos cuidados, que se observam quando
os escritos documentam actos com efeitos junto de terceiros (J. RODRIGUES
BASTOS, Das Relações Jurídicas, V, pág. 195).
Assim, sem outra prova, e apresentando ambas as partes os seus livros de
escrituração, poder-se-à inferir, ab initio, que existe uma dívida de 3000€ por
parte do Peixe na Brasa a Antónia. É o único facto passível de ser provado
com a apresentação dos livros de escrituração em juízo.

Factos, Comercialidade,
Artigo 29.º que é concretizada no artigo 31.º , com as regras no artigos 29.º
a 44.º

Motivos internos – estruturas societárias – controlo por parte dos órgãos;


Motivos externos – Dimensão confessória;

Caso 9 – A é proprietário de um armazém no Chiado que foi objeto de remodelação e convertido


em galeria de arte. Nesse espaço, encontram-se vários quadros de pintores portugueses
pertencentes a A. Duas máquinas de café, um computador e algumas garrafas de vinho e água;
Por força do afluxo turístico, A recebeu uma oferta de um empresário francês para adquirir a
galeria no valor de 200M€. Tendo aceite o negócio de venda da galeria e dirigiu-se a nós
colocando as seguintes perguntas:

ESTAMOS A TRATAR DE UM ESTABELECIMENTO COMERCIAL – O que constitui a obrigação de


entrega de Estabelecimento –

Universalidade de facto e de direito – Uma unidade funcional e unidade jurídica – Empresa como
objeto (ao contrário da definição de empresa do artigo 230.º que vê a empresa como sujeito);

Para haver estabelecimento comercial a atividade praticada tem que ser comercial;

A venda pode processar-se vendendo o estabelecimento e também a venda da pessoa coletiva


proprietária do estabelecimento;

Será que uma galeria de arte é uma atividade comercial? Será que o objeto de trespasse é uma
atividade comercial? Artigo 230.º n.º 5 do CCom;

Âmbito mínimo, natural, convencional e legal;


Âmbito mínimo: ou essencial de entrega, constituído pelos elementos sem os quais não há
trespasse; alguns elementos como a firma; marca; patente; ou o prédio (a Brasileira); a patente
(a receita dos pasteis de Belém); o know-how;
Âmbito natural: são os elementos que se transmitem naturalmente com o estabelecimento,
aqueles que são transmitidos independentemente de estipulação ad hoc, desde que não
excluídos por cláusulas; (nome; insígnia de estabelecimento; logótipo e as marcas);
Aqui o silêncio das partes quanto aos elementos a transmitir é também acompanhado pelo
silêncio da lei isto é, se as partes nada estipularem não é a lei que irá cobrir esta falta, no entanto
não se pode esquecer que o estabelecimento é organizado por meios e elementos necessários
para o exercício de uma actividade de produção; assim o trespassante fica obrigado a entregar
o complexo que o compõe – maquinas; utensílios; patentes…
Âmbito máximo ou convencional: é composto pelo conjunto de elementos que necessita de
convenção das partes para serem transmitidos, - firma artº44º do RRNPC; créditos artº577º do
cciv, embora não sejam considerados elementos empresariais devem ser transmitidos com o
estabelecimento desde que as partes concordem;
Âmbito imperativo: conjunto de elementos que acompanham obrigatoriamente a transmissão
do estabelecimento independentemente da vontade das partes, como por ex: os contratos de
trabalho artº318ª CT; o trespassário assume todos os direitos e obrigações emergentes do
contrato de trabalho salvo se, antes da transmissão, contrato de trabalho houver deixado de
vigorar ou se, tiver havido acordo entre transmitente e o adquirido;
Relativamente a transmissão singular de dívidas, o cciv, a jurisprudência e a doutrina dominante
negam a transmissão automática das dívidas tendo que haver acordo das partes e ratificação
dos credores – artº595º cciv, por sua vez o Dr. Januário Costa Gomes aceita a sua transmissão
com apoio no artº424º do cciv ou seja, desde que o outro contraente consinta na transmissão;
O trespassário pode excepcionalmente responder por dívidas anteriores ao trespasse, é o caso
do plasmado no artº318º nº1 e2 do CT;
Quanto aos prédios na falta de estipulação, não implicam a transmissão, não pressupõe
necessariamente a transmissão do local onde o estabelecimento funciona;
Quando num contrato de trespasse não se faça menção á transmissão do prédio e não se
conclua por interpretação do negócio que ele foi excluído deve, concluir-se que a propriedade
foi transmitida;
O art.º 1112ºnº1, al.a) permite a transmissão da posição do arrendatário sem autorização do
senhorio, se o prédio for arrendado pertence ao âmbito mínimo (ex. Brasileira), o trespasse não
implica obrigatoriamente a transferência do prédio, no entanto entende-se que o trespasse
envolve a transmissão de posição do arrendatário;
No caso do trespasse dos estabelecimentos comerciais em prédio arrendado o trespassante-
arrendatário pode dar a sua posição sem necessidade de autorização do senhorio, é uma norma
que tutela a circulação negocial dos estabelecimento;
A artº1112ºnº3, 1ª parte, exige que a transmissão seja celebrada por escrito e comunicada ao
senhorio, no entanto a forma escrita não é em relação ao trespasse mas sim, a transmissão da
posição de arrendatário, isto porque, um trespasse que não englobe o direito ao local é apenas
consensual e não formal;
No artº1112º nº4 rege-se o direito de preferência do senhorio no âmbito de venda ou dação em
cumprimento, e apenas nestes casos, salvo se foi convencionado o contrario; o direito de
preferência não tem lugar quando o inquilino trespasse o estabelecimento continuando com o
gozo do local arrendado onde funcionas o estabelecimento;
A comunicação deve ser judicial ou extrajudicial, verbal ou escrito, o senhorio que queira que
queiracer o seu direito de preferência deve comunicar a sua posição no prazo de 8 dias salvo se,
tiver sido pactuado outro prazo;
Artº1112º nº3, 2º parte, refere-se a comunicação ao senhorio, a regra geral diz que é necessário
consentimento – artº424ºcciv, e a comunicação –artº1038ºal.g);
Esta obrigação de comunicação e de consentimento, é regar geral a da cessão da posição
contratual a não do trespasse;
No caso especifico do trespasse é uma excepção ao artº424º ou seja, não é exigido
consentimento, mas o artº1112ºnº3, exige a comunicação no prazo de 15 dias aplicando
analogicamente o artº1038º al.g), ou segundo algumas opiniões o prazo de 30 dias pelo facto
de ser o prazo estipulado no caso da locação;
Caso não haja consentimento e comunicação, há o chamado fundamento da resolução do
contrato previsto no artº1083º nº2 al.e), salvo se o senhorio tiver reconhecido a cedência ou
comunicação lhe tiver sido feita artº1049ºcciv;
O trespasse implica o dever de não concorrência (durante certo tempo e num espaço não iniciar
actividade similar á exercida no estabelecimento trespassado), face ao trespassário, caso este
não seja pactuado, poderá exigir-se esta através do princípio da Boa Fé ( principio da lealdade,
usos do comercio…); a violação de não concorrência pode levar a cessão de concorrência
indevida, indemnização ao lesado, reconstituindo a situação que existiria sem a violação; sanção
pecuniária compulsória artº829ºA, resolver o contrato de trespasse artº801º ou intentar uma
acção de incumprimento;
Alem do trespassante outras pessoas podem ficar sujeitas a obrigação implícita de não
concorrência, é o caso por ex. do cônjuge do trespassante, filhos quando com ele tenham
colaborado na exploração da empresa transmitida;
No caso em que o trespassante é uma sociedade, alguns sócios também ficaram sujeitos á
obrigação de não com concorrência, essencialmente aqueles que tenham conhecimento
relativamente á empresa trespassada;
A obrigação de não concorrência tem limites senão violaria o princípio da liberdade de iniciativa
económica:
i. Limite temporal: a obrigação de não concorrência não dura para sempre, dura o tempo
suficiente para o trespassário consolidar o estabelecimento;
ii. Limite espacial: o trespassante não pode abrir um estabelecimento no mesmo espaço de
radiação do estabelecimento trespassado, não pode disputar o mesmo mercado;
iii. Limite pessoal ou subjectivo: pessoas como os filhos ou cônjuges do trespassante podem ter
a mesma capacidade de gerir o estabelecimento e por isso também eles estão vinculados á
obrigação de não concorrência;

A cessão de exploração e a locação de estabelecimento

Na locação de estabelecimento artº1109º cciv, ou antes chamada de cessão de exploração é um


contrato pelo qual uma das partes se obriga a proporcionar a outra o gozo temporário de
estabelecimento, mediante uma retribuição – artº1022ºcciv;
Haveria que distinguir que: cessão de estabelecimento seria uma transferência temporária do
estabelecimento, efectuada a qualquer título; exigia escritura pública; a locação de
estabelecimento implicaria a cessão titulada por um negócio decalcado da locação,
nomeadamente com uma obrigação periódica de pagamento de retribuição;
Houve interesse da autonomização de cessão de exploração devido ao próprio reconhecimento
do estabelecimento como objecto de negócio:
1. Permitiria a cedência temporária do estabelecimento como um todo, sem necessidade de
negociar individualmente todas as necessidades de negociar individualmente todas as
realidades que compunham e sem trazer dificuldades do cálculo do aviamento e de clientela
que não têm autonomia:
Aviamento- consiste na capacidade que o estabelecimento tem para gerar lucro;
Clientela- conjunto de pessoas que contratam ou podem vir a contratar bens ou serviços desse
estabelecimento;
2. Possibilidade de afastar normas aplicáveis a outras figuras contratuais, como por exemplo o
arrendamento;
Para se puder afastar o regime restritivo do arrendamento na locação de estabelecimento, tem
que se ter em primeiro lugar como objecto do negócio, um estabelecimento comercial pois foi
este com a sua lógica e valores que conduziu á autonomização prática e conceitual da figura;
A cessão de exploração é um negócio atípico, caberá as partes desenvolverem o que pretendem
adoptar;
Hoje, o artº1109º cciv fala em locação de estabelecimento, explicitando que, quando instalado
em local arrendado ele não carece de autorização do senhorio, não obstante lhe deva ser
comunicado no prazo de um mês – artº1109ºnº2;
A jurisprudência diz que para que se possa falar em cessão de exploração é necessário que seja
um estabelecimento, caso contrário seria um arrendamento no sentido puro da palavra;
A locação de estabelecimento é um contrato nominado e e típico,
Artº1110º cciv mostra que os contratos de arrendamento para fins não habitacionais são
livremente estipulados pelas partes, e na falta destas aplicar-se-ão as regras do arrendamento
para habitação no entanto, se as partes nada tiverem estipulado não se aplica o disposto no
artº1094ºnº3 (ou seja por tempo indeterminado), mas sim por prazo de 10 anos – artº1110ºnº2;
A denúncia do contrato de locação de estabelecimento é fixado livremente pelas partes, na falta
de estipulação, aplicam-se em principio o disposto para o arrendamento habitacional,
artº1110ºnº1 cciv;
Quando o contrato for celebrado por tempo certo, na falta de regime convencionado para a
denuncia, aplica-se o disposto no artº1098ºnº2, (denuncia do locatário, o locador não tem esse
direito), excepto se o prazo for de 10 anos, o locatário poderá denunciar o contrato com
antecedência não inferior a um ano- artº1110ºnº2cciv;
Se o contrato tiver sido celebrado por duração indeterminada, o regime de denúncia e agora
sim pelo locador e locatário será o previsto nos artsº1110º;1101º al.c) e 1104ºcciv, por remissão
do art 1110ºnº1cciv;
O contrato de locação caducara findo o prazo do artº1051ºal.a)cciv, com possibilidade de as
partes preverem a prorrogação do contrato;
O artº1111º não se aplica visto que estão aí em causa relações entre senhorio e arrendatário a
locação não ser um arrendamento de prédios;
Para alem do artº1112ºnº3 também se aplica o nº2 do mesmo artigo, com algumas adaptações
assim: não há locação de estabelecimento se não forem incluídos no negocio os elementos
mínimos da empresa(al.a) , ou se houver exercício de outro ramo de comercio ou industria (al.b),
também não há locação de estabelecimento se se verificarem, pertencendo o prédio a um
terceiro, um subarrendamento, que seria ilícito sem autorização do senhorio;
Aplica-se o art1113º assim a locação de estabelecimento não caduca por morte do arrendatário
mas podem os sucessores renunciar á transmissão;
a) Tenho de entregar as máquinas de café, computador, garrafas de vinho e água? E
os quadros?

Contrato celebrado entre o galerista e o artista;

O Estabelecimento comercial traduz-se num conjunto de coisas corpóreas e incorpóreas


devidamente organizadas para a prática de comércio. O estabelecimento comercial em causa é
uma galeria de arte e foi sobre esta galeria que foi efetuado o negócio

b) A sua cunhada era rececionista da referida galeria, mas o novo proprietário nega
qualquer responsabilidade e proibiu-a de comparecer na galeria?
c) A diz que o novo proprietário lhe deve 5000€ em rendas pelos 5 meses que ocupa
aquele espaço desde que lhe vendeu a galeria;

Direitos reais acompanham o estabelecimento? Prof CA entende que basta um documento


escrito; Há quem defenda que não basta, Cassiano dos Santos, Registo predial é obrigatório;

d) A diz que não tem que pagar 2000€ de contas atrasadas respeitantes a eletricidade
e água pois o Francês teve todo o tempo necessário para estudar a aquisição da
galeria em todas as suas dimensões jurídicas!
No caso de um contrato de trespasse o chamado " passivo " não integra a " universatis juris " em que
o estabelecimento se traduz, pelo que não pode em regra ser transmitido sem o consentimento do
credor- art.s 595° e 596° do C. Civ

Âmbito natural – elementos caracterizadores do EC – contém tudo o que existe tipicamente naquele
estabelecimento sendo que é limitado pelo âmbito mínimo porque proíbe a exclusão de elementos do
âmbito natural e no entanto não inclui tudo aquilo que exigir uma convenção; Ligação funcional

Problema de usufruto –

Ligação do prédio funcional com o estabelecimento – sempre que acontecer o prédio integra o
estabelecimento – (hotel do buçaco como exemplo que aqui integra o âmbito mínimo)

Quando não se transfere a propriedade do direito real pode estar implícita o arrendamento;
Transmissão de uso,

Proteção do credor mercantil – 595.º 1 a) do Código Civil;

Prof Ferrer Correia defendia um caráter implícito do direito de uso;


e) A pretende abrir uma nova galeria numa rua paralela e quer saber se há algum
problema?

- Liberdade de estabelecimento só pode ser restrigida expressamente ou por fatores externos


(heteronímia do sistema jurídico);

Ofensa ao aviamento – Faz parte do estabelecimento? É considerada um elemento do


estabelecimento?

O primeiro argumento para a ONC implícita que poderia ser logo afastado, explicitamente;

Tem que haver fundamento para o impedimento da concorrência;

PPV vai de encontro à concorrência de 317.º alínea a) do CPI;

Coutinho de Abreu é mais radical – pró ONC implícita âmbitos espacial e temporal;

O trespasse implica o dever de não concorrência (durante certo tempo e num espaço não iniciar
actividade similar á exercida no estabelecimento trespassado), face ao trespassário, caso este
não seja pactuado, poderá exigir-se esta através do princípio da Boa Fé ( principio da lealdade,
usos do comercio…); a violação de não concorrência pode levar a cessão de concorrência
indevida, indemnização ao lesado, reconstituindo a situação que existiria sem a violação; sanção
pecuniária compulsória artº829ºA, resolver o contrato de trespasse artº801º ou intentar uma
acção de incumprimento;
Além do trespassante outras pessoas podem ficar sujeitas a obrigação implícita de não
concorrência, é o caso por ex. do cônjuge do trespassante, filhos quando com ele tenham
colaborado na exploração da empresa transmitida;
No caso em que o trespassante é uma sociedade, alguns sócios também ficaram sujeitos á
obrigação de não com concorrência, essencialmente aqueles que tenham conhecimento
relativamente á empresa trespassada;
A obrigação de não concorrência tem limites senão violaria o princípio da liberdade de iniciativa
económica:
i. Limite temporal: a obrigação de não concorrência não dura para sempre, dura o tempo
suficiente para o trespassário consolidar o estabelecimento;
ii. Limite espacial: o trespassante não pode abrir um estabelecimento no mesmo espaço de
radiação do estabelecimento trespassado, não pode disputar o mesmo mercado;
iii. Limite pessoal ou subjectivo: pessoas como os filhos ou cônjuges do trespassante podem ter
a mesma capacidade de gerir o estabelecimento e por isso também eles estão vinculados á
obrigação de não concorrência;

Caso 10 – A é dono de uma livraria instalada na Rua dos Livros, 3, por força de um contrato de
arrendamento celebrado com B. A decidiu vender a sua livraria a C não tendo solicitado
autorização a B. Volvidos 5 meses de fracos resultados económicos, C decidiu converter a livraria
num fitness center chamado “More than books”. Para aumentar o volume de negócio, C
contratou com D, E e F, ficando estes de angariar novos clientes, sendo que D ficaria com a zona
norte do pais, E a zona centro e F a zona sul.

Ficou estipulado que receberiam 25% por cada novo membro angariado para o fitness center.

Volvidos 5 anos, F destacou-se na angariação de membros (480M€ em contratos) e foi


surpreendido quando recebeu uma carta de C cessando a sua “colaboração que muito
agradecemos”. A razão subjacente para a cessação da “colaboração” prende-se com o facto de
C ter celebrado com E um contrato nos termos do qual E poderia abrir uma “more than books”
em Faro, ficando obrigado a pagar 2500€ mensais pela utilização do conceito de fitness center
desenvolvido por C e pelo nome do fitness center de C. Quid Juris?

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