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Português • Apoio individualizado

Nome: _______________________________________________________________ Data: _____/_____/_______

Luís de Camões, Rimas – Sonetos


(Temática: A reflexão sobre o amor e a experiência amorosa)

Amor é um fogo que arde sem se ver;


É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;


É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;


É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor


Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

 LER / INTERPRETAR
1. Seleciona o verso que, para ti, melhor define poeticamente o Amor.

a. Justifica a tua escolha.

2. Caracteriza o Amor, conforme apresentado nas duas quadras.

3. Duas das figuras de estilo utilizadas na definição do Amor são a Metáfora e

o Paradoxo. Identifica-as e analisa a sua expressividade.

4. Comenta as atitudes associadas ao amante, referidas no 1º terceto.

5. Esclarece a importância da última estrofe na estrutura interna do poema.

(Por exemplo, “A última estrofe é denominada de chave de ouro e funciona

como conclusão do poema…”)

6. O soneto inicia e termina com a palavra Amor.

a. Justifica o uso de maiúscula em Amor.

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Luís de Camões, Rimas – Sonetos


(Temática: A reflexão sobre a vida pessoal)

O dia em que nasci moura e pereça,


Não o queira jamais o tempo dar;
Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.

A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escureça,


Mostre o Mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.

As pessoas pasmadas, de ignorantes,


As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.

Ó gente temerosa, não te espantes,


Que este dia deitou ao Mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!

Luís de Camões

 LER / INTERPRETAR

1. Identifica o tema do poema.

2. O sujeito poético começa por manifestar um desejo.

a. Refere-o.

b. Menciona o recurso estilístico utilizado para lhe conferir maior

destaque.

c. Procura no poema os versos que apresentam a causa desse desejo.

3. Relaciona o estado de espírito do eu poético com a ambiência descrita.

4. Demonstra que a atitude dos outros face ao mundo apresentado é distinta da

do sujeito poético.

5. Propõe uma divisão do poema em partes, fundamentando a tua resposta com

critérios temáticos e gramaticais.

6. Sugere um título adequado ao poema, explicando as razões da tua escolha.

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(Continuação)

7. Lê o texto informativo seguinte, dedicado ao soneto "O dia em que eu


nasci...", de Camões.

Auto-retrato de Camões: o soneto "O dia em que eu nasci..."

Este texto coloca-nos de chofre em contacto com o que há de mais íntimo e


profundo em Camões, isto é, em contacto com o próprio poeta.
E como? Em primeiro lugar, pela estreita relação Camões-poeta e Camões-
personagem, Camões-sujeito e Camões-objeto da sua poesia. Depois, pela situação
de desespero que aparece como ponto de chegada de uma série de temas: ilusão,
engano, desengano, sofrimento, frustração... Em terceiro lugar, pelo tom de ira e
furor, de revolta cega, e contudo lúcida, especificamente camoniana. E depois,
ainda, por temas muito característicos e definidores da visão da vida do poeta: a
ligação do nascimento e da morte; as relações ambíguas com a mãe; a visão de si
próprio como um ser desmesurado, mesmo monstruoso; a sensação de desgraça maior.

MATOS, Maria Vitalina Leal de, 1987.


Ler e Escrever. Lisboa: IN-CM

7.1. Assinala a frase ou expressão que, no segundo parágrafo, confirma o carácter


autobiográfico do texto camoniano e explica-a.

7.2. Retira do poema versos que ilustrem os temas enunciados e destacados no


texto.
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Luís de Camões, Rimas – Sonetos


(Temática: A representação da amada)

Eu cantarei de amor tão docemente,


Por uns termos em si tão concertados,
Que dois mil acidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente.

Farei que amor a todos avivente,


Pintando mil segredos delicados,
Brandas iras, suspiros magoados,
Temerosa ousadia e pena ausente.

Também, Senhora, do desprezo honesto


De vossa vista branda e rigorosa,
Contentar-me-ei dizendo a menor parte.

Porém, pera cantar de vosso gesto


A composição alta e milagrosa
Aqui falta saber, engenho e arte.

Luís de Camões

 LER / INTERPRETAR
1. Indica o assunto do soneto, justificando.
2. Divide o soneto em 2 partes, estabelecendo relações entre elas.
3. Indica o recurso expressivo, marcado pelo uso do vocativo, presente no 1º
verso do 1º terceto.
4. Identifica neste poema duas linhas temáticas caracterizadoras da lírica
camoniana.
5. Analisa formalmente o poema. (Tipo de poema; número de versos; nº de
estrofes (denominação das mesmas); tipo de versos; esquema rimático).

Podes iniciar da seguinte forma: “Este poema é um…, pois é composto por… e
….”
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Luís de Camões, Rimas - Vilancete


(Temática: A representação da amada)

Descalça vai para a fonte


MOTE Lianor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.

Leva na cabeça o pote,


O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.
VOLTAS
Descobre a touca a garganta,
Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura.

Luís de Camões

Este vilancete traça o retrato físico de Lianor. A descrição da sua beleza e


graciosidade associa-se a um espaço bucólico (o espaço é rústico, campestre,
simples, natural, rural): “Descalça vai para a fonte / Lianor pela verdura”.

1. Ao longo do poema é feito um duplo retrato de Lianor.


a. Faz a caracterização física da jovem, tal como é apresentada nas
voltas.
b. Identifica as figuras de estilo dos versos abaixo, usadas na
apresentação de Lianor e refere a sua expressividade.
i. “mãos de prata” (v.5)
ii. “Mais branca que a neve pura” (v.9)

2. Confirma que o último verso do mote, que funciona como refrão, contribui
decisivamente para a caracterização psicológica da figura feminina.
3. Transcreve do texto dois arcaísmos.
4. Este poema insere-se na chamada medida velha, de inspiração tradicional,
cultivada por Camões.
a. Faz a escansão de 3 versos (à tua escolha) e comprova a afirmação.

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