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Roteiro de avaliação e
formulação de caso
clínico para terapeutas
iniciantes.
Ma. Psic. Erica T. dos (images/noticias/0705909001481968477.jpg)
Santos Crepaldi
CRP 06/98080
ericapsic@uol.com.br
(mailto:ericapsic@uol.com.br)
O início da prática clínica é geralmente motivo de ansiedade para os terapeutas. Além da
imprevisibilidade que cada sessão reserva, há a expectativa de colocar em prática todos os conhecimentos
teóricos adquiridos ao mesmo tempo que precisa cuidar do setting terapêutico. Com o objetivo de auxiliar estes
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pro ssionais a iniciar esta tarefa, o roteiro aqui proposto sugere um modelo simpli cado de rastreamento e
organização de informações necessárias para as análises funcionais dos comportamentos-problema do cliente.
1. Informações sobre o cliente:
a. Dados pessoais;
b. Dados do núcleo familiar;
c. Quem são as pessoas que fazem parte do convívio do cliente;
d. Aparência geral do cliente durante as entrevistas ou outras observações do terapeuta;
e. Como o cliente chegou à terapia;
f. Dados biográ cos: experiências particulares da história do cliente. (Por exemplo: pro ssões
anteriores, morte de pessoas relevantes para ele, etc). Não se inclui aqui dados da queixa.
2. Análise da Queixa:
a. Síntese da(s) queixa(s): descrição, em poucas palavras, do motivo preciso que levou o cliente a
buscar terapia. Compreende apenas comportamentos do cliente e não de outras pessoas.
b. Histórico da queixa: Descrever, separadamente para cada queixa, como se deu o início e o
desenvolvimento da queixa até se apresentar na forma atual.
3. Análise das di culdades do cliente: descritas pelo cliente (queixa) e observadas pelo terapeuta.
a. Identi car os comportamentos-problema do cliente. Exemplo: excessos ou dé cits
comportamentais.
b. Informações que podem ser pertinentes para a análise de cada comportamento-problema do
cliente:
Um exemplo de ocorrência;
Consequências gerais, a curto, médio e longo prazo, do comportamento-problema;
Pensamentos e sentimentos do cliente, durante e depois da ocorrência do problema;
O que outras pessoas dizem sobre o problema.
b.1. De forma mais detalhada, seguem abaixo quadros com esquemas que auxiliam na obtenção e organização
de dados para a Análise Funcional dos Comportamentos-Problema:
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O que foi
observado? Qual
a frequência, Algo surgiu como
Circunstância no momento da intensidade e agradável?
resposta (R) duração da R?
Algo desagradável
Em que situações a R ocorre? O que foi foi removido do
relatado pelo ambiente ou teve
Em que situações a R não ocorre? autor do sua intensidade
comportamento? diminuída?
O agente estava privado de algo ao
responder? O que foi Algo desagradável
relatado por foi evitado ou
No momento da R havia algo em outras pessoas? adiado?
nível satisfatório para o agente?
A R possui Algo desagradável
funções similares surgiu como
A R observada já ocorreu antes? a outras Rs com consequência?
Como esta R foi se desenvolvendo topogra as
ao longo do tempo? Que diferentes? Algo agradável foi
consequências foram oferecidas à removido do
emissão da R? Emoções e ambiente?
pensamentos
associadas à R.
OPERAÇÃO
Algum detalhe foi fundamental para a ocorrência da
Discriminação
R?
Generalização A mesma R tem ocorrido em contextos diferentes?
Alguém estava consequenciando diferencialmente as
Modelagem
evoluções do comportamento?
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4. Informações complementares
Vale lembrar que este roteiro não é um questionário a ser aplicado na sessão com o cliente. O terapeuta
precisa ser habilidoso ao fazer uma entrevista clínica de modo que não seja diretivo, não prejudique a sua
relação com o cliente e aumente as possibilidades de obter informações verídicas. Além disso, é
necessário o domínio teórico sobre os princípios básicos da Análise do Comportamento para fazer as
análises funcionais com as informações obtidas. A ajuda de um supervisor clínico é importante para o
desenvolvimento destas habilidades de entrevista, assim como para o auxílio no exercício de articulação
da teoria com a prática durante todo o processo terapêutico (da avaliação à intervenção).
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II. SILVARES, E. F. M. & GONGORA, M. A. N. (1998). Psicologia Clínica Comportamental: a inserção da
entrevista com adultos e crianças. São Paulo: EDICON.
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511964588928728/)
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