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REFLEXOES SOBRE A PSICOLOGIA EXPERIMENTAL Aquilo. a que nos propomos nas linhas que se seguem, 6 uma reflexio preliminar sobre a chamada psicologia experimental, seus Ambitos, e por vezes confusos parametros. Clissicamence se aceita gue uma citncia se define pelo seu objecto € pelo seu método. E sendo assim, a simples inferéncia Linguistica nos permite concluir tratarse na psico logia experimental do estudo experimental dos fenémenos psiquicos, assercéo pela qual o iniciado em psicologia toma contacto tom este matéria. Daf, o porse em relevo a adapta- bilidade de metotologia experimental ao mundo vastissimo + Consideramor dil pars © exude dus questGes tatades neste arse 2 soguinte bibliog: 1. FESTINGER et D.KATZ—Ley Méthodes de recherche dans les scienees sociales, tiadoaion trangaise, PU. F, Pans 1989: love ein mévcnin, ‘The Dryden Press, New) York, 1953, P. FRAISSE et J. PIAGET — Défense de te méthode expérimentale om pay ‘holosie. sventpropos ei Mans) Pratique de Payehloaie Een mentale, PU. 8 Par 1956, rtd dr Povhotogie Expérimentle, fase. 1, sBisoire et Mé- tote, PU. By, Patt 1963, J. PIAGET of B, INHELDER— La Psychologie de Penfon Que saije? 368 PIERRE GRECO—Episdmolosie de’ la. Pocholosie, Encyclopédie deta Pléads, Logique et connaissance sclenitiqu, 196). M. REUCHLIN™ Les Méthodes quonituiver en psyohologis, PUL E. Pats, 1982 KURT LEWIN —Priciptes of topological Psychology, McGraw — Hil, New Yor, 1936. 240 REVISTA DA FACULDADE DE LETRAS —FILOSOFIA dos fenémenos psiquicos. Dai também a tendéncia apa rentemente ultrapassada, mas latente, de se discutir a iden- tifieacdo parcial ou no identificagao destes com todo um mundo de valores—que realmente nao & posto em questo por fenémenos mensuriveis, pois envolve estes numa dina mizagio polisalente © transformadora, de que 0 homem, a sociedade, ¢ a histéria de ambos, fazem o esquelete. E sem intengio imediata de esquematizar, pelo con- travio, de reflectir—o que podera levar a esquema —pode- mos sempre interrogar-nos do porqué do nascimento relat vamente tardo de uma ciéncia que por interesse prioritério —porque a0 homem que «aparece» real e efective diz res- pello— poderia na historia do pensamento brotar natural- mente com os primeiros porqués, e sobretudo, com os primeiros «como», dado que na busca das razies internas das suas relagGes com 0 mundo, através dos seus actos © dos actos dos outros, elaboraram sistemas repetitivamente tuniversais, os grandes filésofos. A metodologia das. cién. clas aquietarros de certo modo em relacio a esta questo, mas a niveis que ndo estritamente da coeréneia légica, talvez 86 possamos ser esclarecidos aquando do estado adulto da psi: cologia como ciéncia. Aliés, longa foi a gestagdo de algumas: daquelas ciéncias que, por fazerem de factos concretos ¢ precirios © seu exclusivo objecto de estudo, ganharam foros de independéncia relativamente a reflexdo inicial sobre o mundo das coisas e das pessoas. E lenta, de arrangue dificil, tem sido para os que vivem no nosso tempo o crescimento da psicologia cientifica, possivelmente por dizer respeito ape nas ¢ $6 a0 que o homem é como ser actuante de um simbo: lismo agido, 0 que nao se delimita facilmente. Como conse quéncia, verificamos a ineficécia e ininteligibilidade do bind- mio: psicologia— fendmenos psiquicos, aumentados com todo 0 cariz de rigor e precisiio que acarreta a expressio «expe- rimentals, por mito que se defina «fenémenos e «psiquicos, © por mais que se refiram todas as ctapas, nuances ¢ carac- teristicas do método experimental. Pelo contrério, quanto mis se clarificam © logificam tais nogdes, mais se correm riscos nfo sé de errar metodologicamente, como de reduzir 10 métado ao objecto © vice-versa, 0 que jé ndo comporta apenas lacunas de tipo metodologico. REFLEXOFS SOBRE A PSICOLOGIA 2 Na verdade, supomos que para que uma ciéacia se possa definir pelo seu objecto, & necessario que a existéncia desse objecto seja verificada distintamente como tal, e sobre: tudo persista come contetido suficientemente coeso para deter minar 0 método mais adequado e como que fabricar a linguagem tinica que Ihe sera propria, Método e linguagem ‘moldam e informam cntio 2 coesio inicial, transforman: doa em contetido susceptivel de enriquecimento progressivo. Ninguém duida que nessa busca se ocuparam as ecitneias da natureza» ¢ que por isso se referem, escolar mente, nos primérdios da historia da psicologia, Claude Bernard, Weber ¢ Fechner (a par de veladas referéncias a Flaubert, Zola e Dostoiewsky, pelo facto de terem assurmido fa priori a fungie de deseritores de alguns perfis-tipo do género humano, esbocande futuros dualismos) Todos sabemos também que a citada linguagem ainda nao foi encontrada no obstante 0 objecto ou contetido possivel da psicologia so delimiter ja nos nossos dies em termos de contextura relativamente diferenciada, ¢ @ método se tenha imposto com primazia na trfade: contetido — métado —terminologia, No entanto, como diz significativamente Paul Fraisse na primeira pagina do cavant-propos» do «Manuel Pratique de Psychologie Expérimentale» intitulado «Défense de fe mé thode expérimentale en Psychologies: «Pour beaucoup, la psychologie expérimentale est la prychologie de laboraioire, que Yon distingue de la psychologic animale, pathologique, génétique, sociale, comme si dans ces différents domaines Ia méthode expérimentale n'était pas utilisable e ilisée, Diautres vont eneare plus loin dans wt sens restritif, qui ne concoivent la psychologie expe: vimentale quarmée @appareils complexes et cote teux ef qui fopposent par exemple a la méthode des tesis qui peut se contenter de simples ques- tionnaire. Ces confusions sont entretenues, if est vrai, par des mauvaises habitudes qui se retrowvent dans la dénomination des chaires et des laboratoires, 24 REVISTA DA FACULDADE DE LETRAS— PILOSOFIA des certificats et des diplémes et jusque dans les titres des ouvvages. Hf apparait immédiatemeni que ta méthode expérimentale peut etre employee en psychologie animale comme en psychologic pathologique ou sociale, par des gestaltistes, des reflexologisies ow méme ‘des analystes. ‘Méthodes et théories dans leurs insplications réeiprogues concourent j édification d'une science psychologique qui va vers lunités, Este caminhar para a unidade poe em questio o argu- mento sempre velho © novo, tantas vezes utilizado em des- favor da psicologia cientifica, de que, dado basearse esia no conhecimento de cada ser humano dinimicamente dis- tinto de todos os outros, e «parce quill n'y a de science que ddu général, la psychologie... ne saurait sériger en sciences ara os psicélogos, necessiviamente experimentalistas, tal argu mento confurde © individua com 0 contingente © com o singular, senéo impossivel nfo recorrer andlise dos carac: teres particulares como chave, naquelas cigncias que tm como objecto o estudo do individuo, seja a que nivel for Realmente, para que este posia ser conhecido, é necessévio que, conquarto tinico nas caracteristicas ainda nio deter mindveis da sua unidade, possa ser ponto convergente de leis gerais, & medida que a indugio empirica esclarece as condutas humanas. B naturalmente cairlamos na oposicao segundo Fraise mais formal que real, entre a psicologia do experimentalista e as psicologias compreensivas, dis- cussio que de momento ultrapassa 0 nosso objectivo Para ja, uma série de questées se nos podem por de maneira mais au menos ordenada: 2) © método experimental funciona como processo de elaborago do que neste momento da evolucao da psicologia 6 observavel e susceptivel de ser formulado como hipstese 0. eit REFLEXOES SOBRE A PSICOLOGIA 23 comprovavel. Neste sentido a psicologia experimental tem como objecto 0 que nas cigncias psicolégicas puder ser elaborado por aquele método, ultrapassando amplamente os continuadores de Théodule Ribot, que retomando os argu: mentos de Augusto Comte renunciam & almasubstancia. © fa introspeccio para tratar os «...fenémenos, as suas leis € as suas causas imediatas»? (Simplesmente Ribot nao che- gou a utilizar o mé&odo experimental, restringindo-se & obser- vagio da patologia mental, pelo que Bergson pode facilmente criticar a sua concepgo das faculdades mentais, que, final mente ¢ apesar do epifenomenismo, Ribot nao. ultrapassa, Na verdade, estabelece posteriormente o valor da introspecgo quer como meio ndispensivel de informagao, quer como proceso de anilise dos fenémenos). Em termos diferentes se integra 0 méiodo experimental nna «revolug2o watsoniana», posto em relevo por Piéron quando da ligio ‘naugural na Ecole des Hautes Etudes’ com o manifesto de J. B. Watson A psicologia aparece entao como uma cincia do comportamento, reflexologia, behaviow- rismo ou antroponomia, fazendo da experimentaciio ni s6 © elemento necessirio mas suficiente para a fundamentar como cifncia auténoma Posta a questdo nestes termos e apesar das _posigdes assumidas por Titchener, simultaneamente fiel a Wundt ¢ a um associacionismo analitico, de Dewey, adepto de um

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