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RESPOSTA À ACUSAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Embora muitas sejam as peças prático-profissionais possíveis, uma das mais relevantes e
prováveis no Exame da Ordem dos Advogados é a Resposta à Acusação.
Introduzida do Código de Processo Penal pela reforma de 2008 (Leis 11.689 e 11.719),
referida peça está prevista tanto nos ritos ordinário e sumário (arts. 396 e 396-A do CPP) como no
procedimento dos crimes dolosos contra a vida (art. 406 do CPP).
A resposta à acusação, nos três procedimentos, consiste em peça única (petição simples),
apresentada no início do processo, logo após o recebimento da denúncia ou queixa e a citação do
acusado.
Vejamos os gráficos abaixo:
interrogatório
debates orais
sentença
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AUDIÊNCIA DE
Resposta à acusação na 1a. fase do INSTRUÇÃO E
JULGAMENTO
Procedimento do Tribunal do Júri
oitiva do ofendido
oitiva das
testemunhas
arroladas pela
Contra acusação
Resposta à
resposta oitiva das
Recebimento Citação Acusação
da acusação testemunhas
(arts. 406 CPP) arroladas pela defesa
(art. 409)
Denúncia ou peritos, acareações
Queixa etc
interrogatório
Rejeição
debates orais
(art. 395 CPP)
DECISÃO
(Pronúncia,
Impronúncia,
Desclassificação ou
Absolvição Sumária)
Já no rito dos crimes dolosos contra a vida, o CPP prevê a resposta à acusação no art. 406,
que estabelece:
Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do
acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
§ 1o O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo
cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de
defensor constituído, no caso de citação inválida ou por edital.
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§ 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na
denúncia ou na queixa.
§ 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo que
interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as
provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-
as e requerendo sua intimação, quando necessário.
Devemos nos lembrar que as alterações na contagem dos prazos no processo civil pelo novo
CPC (Lei 13.105/2015) não se aplicam aos processos criminais.
Recebimento da Absolvição
Resposta à
Denúncia ou Queixa denúncia ou Citação sumária (art.
acusação
queixa 397 CPP)
Mesmo nos crimes dolosos contra a vida, para o qual o procedimento previsto nos artigos 406
a 411 do CPP não consagra a absolvição sumária do art. 397 do CPP de forma expressa, devemos
atentar ao que dispõe o § 4o. do art. 394 do CPP, o qual acaba por consagrar a possibilidade daquela
espécie de absolvição sumária em todos procedimentos criminais em curso na 1a. instância.
Assim, muito embora o rito do júri, como visto acima, não contemple o art. 397 do CPP,
devemos inseri-lo por força do disposto do art. 394, § 4o., do mesmo código.
Art. 394. O procedimento será comum ou especial.
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo.
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual
ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja
inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma
da lei.
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições
em contrário deste Código ou de lei especial.
§ 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento
observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código.
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os
procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código.
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Desta forma, o rito dos crimes dolosos contra a vida passa a ser:
Contra
Resposta à
resposta
Recebimento Citação Acusação
da acusação
(arts. 406 CPP)
(art. 409)
Denúncia ou
Queixa Audiência de
Instrução e
Julgamento
Rejeição
(art. 395 CPP)
Portanto, o pedido principal em uma resposta à acusação, seja nos ritos ordinário ou sumário,
ou mesmo no rito dos crimes dolosos contra a vida, será o de absolvição sumária, na forma de um dos
incisos do art. 397 do CPP.
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste
Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade;
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV - extinta a punibilidade do agente.
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por mandado Réu no território de jurisdição do juízo processante
CITAÇÃO REAL
por precatória Réu em outra comarca ou seção judiciária
OU PESSOAL
por rogatória Réu no estrangeiro, em local certo
Réu em local incerto ou não sabido; ou em local inacessível.
OBS.: Devemos nos lembrar que o juiz, antes de determinar a citação
por edital por edital, deve esgotar as chances de encontro do acusado.
CITAÇÃO
Atenção à súmula 351 do STF: "É nula a citação por edital de réu preso
FICTA OU
na mesma unidade da federação em que o juiz exerce a sua jurisdição."
PRESUMIDA
Réu que se oculta para não ser citado
por hora certa OBS. O procedimento a ser adotado pelo oficial de justiça para a citação
por hora certa é o previsto nos arts. 252 a 254 do CPP.
Novamente:
A peça de resposta à acusação é apresentada em 10 (dez) dias contados da efetiva citação
do réu.
O momento para sua apresentação é, portanto, após o recebimento da denúncia e a citação
do réu, ou seja, é anterior à instrução probatória.
Ao elaborar a resposta à acusação o advogado deve buscar a absolvição sumária do
acusado, com fundamento em um dos incisos do art. 397 do CPP. Entretanto, embora o juiz já tenha
recebido a denúncia e, consequentemente, instaurado o processo criminal, se verificarmos a
impropriedade daquela decisão, pois ausentes um ou mais requisitos necessários ao ajuizamento da ação
penal, devemos suscitar tal vício em sede preliminar.
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3. PARTES DA RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Como indicado anteriormente, a resposta à acusação é o momento oportuno para que o réu
apresente, por escrito, através do seu advogado:
1) arguição de preliminares;
2) teses necessárias à sua defesa, com o especial objetivo de alcançar sua absolvição
sumária;
3) documentos e justificações;
4) requerimento de produção de provas;
5) rol de testemunhas, com sua qualificação e requerimento de intimação das mesmas.
É o que nos diz o próprio art. 396/396-A do CPP, que fundamenta a peça de resposta. Basta,
portanto, um breve passar de olhos pelo próprio dispositivo legal para lembrar como e o que devemos
incluir na petição.
Assim, além do endereçamento, identificação do processo e do acusado, a RESPOSTÁ À
ACUSAÇÃO, fundamentada nos arts. 396 e 396-A do CPP, deverá conter:
FATOS
PRELIMINARES
MÉRITO
PEDIDO
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Causas extintivas da punibilidade (art. 107 do CP etc)
Na RA as causas extintivas da punibilidade, embora se caracterizem como uma das principais
teses de mérito, na forma do art. 397, IV, do CPP, também podem e devem ser suscitadas como
preliminar.
Isso porque se extinta a punibilidade, o Estado não possui direito de punir, o que, em
consequência, deveria ensejar a rejeição da denúncia por falta de interesse de agir, ou seja, ausência de
condição da ação (art. 395, II, do CPP).
Portanto, verifique, desde logo, se presente alguma das causas extintivas da punibilidade,
previstas no art. 107 do CP:
- morte do agente (art. 107, I do CP);
- anistia, graça ou indulto (art. 107, II do CP);
- retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso (art. 107, III do CP);
- prescrição, decadência ou perempção (art. 107, IV do CP);
- renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada (art. 107, V do
CP);
- retratação do agente, nos casos em que a lei a admite (art. 107, VI do CP);
- perdão judicial, nos casos previstos em lei (art. 107, IX do CP).
Contudo, o art. 107 do Código Penal é exemplificativo, uma vez que existem causas extintivas
da punibilidade fora desse artigo, seja no próprio Código Penal, seja na legislação extravagante. Dentre
tais hipóteses encontramos, por exemplo:
- art. 7º, § 2º, d, do CP: cumprimento da pena no estrangeiro pelo crime lá cometido;
- art. 82 do CP: o término do período de prova da suspensão condicional da pena (sursis penal),
sem motivo para revogação do benefício;
- art. 90 do CP: o término do período de prova do livramento condicional, sem motivo para
revogação do benefício;
- art. 168-A, § 2º, CP: pagamento da contribuição previdenciária antes do início da ação fiscal no
crime de apropriação indébita previdenciária;
- art. 171, § 2º, VI, do CP e Súmula 554 do STF: ressarcimento do dano antes do recebimento da
denúncia no crime de estelionato mediante emissão de cheque sem provisão de fundos;
- art. 236 do CP c/c art. 60 do CPP: morte da vítima no crime do art. 236 do Código Penal gera
perempção, uma vez que o crime é de ação penal privada personalíssima;
- art. 312, § 3º, 1ª parte, do CP: a reparação do dano no peculato culposo, antes da sentença final
irrecorrível;
- art. 337-A, § 1º, do CP: declaração ou confissão, sendo prestadas as informações necessárias à
previdência social, antes do início da ação fiscal, no crime de sonegação de contribuição
previdenciária;
- art. 342, § 2º, do CP: retratação do falso testemunho antes da sentença em que o mesmo foi
prestado;
- art. 107, VI, do CP c/c art. 520 do CPP: a conciliação na audiência prevista no art. 520 do CPP
para os crimes contra a honra;
- aquisição de renda superveniente na contravenção de vadiagem – LCP, art. 59, par. único;
- art. 76 c/c art. 84 da Lei nº 9.099/95: cumprimento da transação penal;
- art. 89, § 5º. da Lei nº 9.099/95: decurso do prazo de suspensão condicional do processo sem
que haja revogação;
- pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, no caso de sonegação fiscal.
Neste caso, devemos ter atenção aos seguintes dispositivos legais: art. 34 da Lei 9.249/95; art.
83 da Lei 9.430/96; art. 15 da Lei 9.964/2000, art. 9o. da Lei 10.684/2003 e art. 5º, da Lei
13.254/15.
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Prejudiciais de mérito (arts. 92 e 93 do CPP)
Como vimos na Parte II (Capítulo 7), por questão prejudicial entende-se toda questão de
valoração jurídica, seja de direito penal, seja extrapenal, que interfere diretamente no meritum causae,
devendo, por tal motivo, ser decidida antes da questão principal, que é dela dependente.
São, portanto, impedimentos ao desenvolvimento normal e regular do processo penal,
devendo ser decidida, pelo próprio juiz criminal (quando se tratar de questão prejudicial homogênea), no
mesmo processo, porém antes do julgamento da questão principal – exemplo: falsidade documental no
caso de um estelionato praticado através de um documento falso -, ou por juiz de competência distinta
(prejudicial heterogênea), hipótese em que o processo criminal será suspenso.
Preliminares processuais (art. 95 do CPP) e outras nulidades (art. 564 III e IV do CPP)
Além das prejudiciais acima indicadas, devemos ter atenção a questões que, sendo de
natureza processual, devem ser decididas antes da questão principal, já que influenciam na resolução de
outros aspectos do processo, ensejando inclusive a discussão sobre a validade dos atos nele praticados.
Tais questões, ditas preliminares, são arguidas, geralmente, por meio de EXCEÇÕES, que
devem ser opostas conjuntamente à Resposta à Acusação, em regra, através de peça autônoma.
No entanto, na prova de 2a. fase da OAB, o candidato somente poderá elaborar uma única
peça.
Assim, em tendo sido oferecida denúncia, recebida esta pelo juízo e citado o réu, deverá o
candidato optar pela apresentação da Resposta à Acusação, peça mais ampla, na qual aquelas questões
que seriam suscitadas através de exceções podem ser arguidas como preliminares. Ou seja, como as
questões preliminares previstas no art. 95 do CPP configuram também hipótese de nulidade, devemos
inseri-las como tese preliminar quando da apresentação da resposta à acusação.
Vejamos tais hipóteses:
- suspeição ou impedimento do juiz (art. 95, I, CPP, que configura a nulidade prevista no art. 564,
I, CPP –ambos combinados com o art. 252 ou com o 254 do CPP);
- incompetência de juízo (art. 95, II, CPP, que configura a nulidade prevista no art. 564, I, CPP);
- coisa julgada (art. 95, V, CPP) ou litispendência (art. 95, III, CPP);
- ilegitimidade de parte (art. 95, IV, CPP, que configura a nulidade prevista no art. 564, II, CPP);
Além das "questões preliminares" acima indicadas, devemos observar se presentes outros
vícios que ensejem arguição de nulidades, tais como:
- a falta da denúncia, da queixa ou da representação (art. 564, III, a, CPP);
- a falta do exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios (art. 564, III, b, c/c art. 158,
CPP);
- a falta de intervenção do Ministério Público na ação penal privada (art. 564, III, d, CPP);
- a falta ou irregularidade da citação (art. 564, III, e, c/c art. 570, CPP);
- a falta de oportunidade para apresentação das defesas preliminares em mometo anterior ao
recebimento da denúncia, quando previstas em lei (procedimento de crimes de responsabilidade
de servidores públicos - art. 514 do CPP, e procedimento da Lei de Entorpecentes - art. 55 da
Lei 11.343/2006);
- dentre outras.
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Lembrando que todo e qualquer vício processual, previsto de forma expressa no art. 564 do
CPP ou não, deve ser arguido como nulidade. Se referido vício estiver previsto no art. 564, incisos I, II ou
III, utilize o dispositivo específico. Caso contrário, devemos alegar nulidade com base no art. 564, inciso
IV do CPP.
OBS.:. Toda vez que houver violação a garantias constitucionais, a nulidade será absoluta.
Ausência dos requisitos necessários ao recebimento da denúncia ou queixa (art. 395 do CPP)
Dispõe o art. 395 do CPP que o juiz rejeitará a denúncia ou a queixa quando houver:
- inépcia (art. 395, I, CPP);
- ausência dos pressupostos processuais (art. 395, II, CPP);
- ausência das condições da ação (art. 395, II, CPP);
- faltar justa causa (art. 395, III, CPP).
Assim, se a denúncia ou queixa foi recebida e o réu citado, embora ausentes os requisitos
para o recebimento da exordial acusatória, devemos arguir tal vício em sede de preliminar na peça de
resposta à acusação.
Inépcia da exordial
Falamos em inépcia da exordial quando a denúncia ou a queixa não se amoldam aos
requisitos exigidos no art. 41 do CPP, que dispõe:
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas
as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais
se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das
testemunhas.
Dentre os requisitos ali exigidos ganha destaque "a exposição do fato criminoso, com todas
as suas circustâncias". É inepta a denúncia ou queixa que narra os fatos de forma superficial ou
excessivamente resumida, ou ainda quando a descrição da conduta imputada ao réu restringir-se a
transcrição do tipo penal. Nestes casos, a narrativa deficiente inviabiliza o adequado exercício do
contraditório e da ampla defesa, motivo pelo qual a peça acusatória não estará apta ao recebimento,
devendo ser rejeitada por inépcia da exordial.
Assim, a narrativa dos fatos na peça acusatória, chamada de imputação, deve ser
pormenorizada, não podendo haver lacunas ou omissões, contradições, ambiguidade ou mesmo
confusão na apresentação dos fatos objeto da acusação. Da mesma forma, quando vários os acusados, a
peça acusatória não pode ser genérica; os fatos devem ser individualizados, devendo a narrativa
corresponder à conduta de cada um deles isoladamente, de forma a que cada um possa compreender do
que, de fato, é acusado, defendendo-se do teor da acusação que recai contra si. Havendo concurso de
agentes, portanto, a exordial deve destacar a quota de participação de cada um na infração penal.
Resumindo, que se exige é uma narrativa clara, direta, bem estruturada e precisa, contendo a
descrição adequada dos fatos, de forma a evitar dificuldades para a defesa do acusado.
Além disso, a narrativa deve possuir características de concretude, não podendo nascer da
imaginação do órgão de acusação ou consistir numa peça de ficção, seja o acusador o Ministério Público
ou o querelante.
Pressupostos processuais
São os mesmos observados para o processo civil, uma vez que decorrem da teoria geral do
processo. Os pressupostos processuais classificam-se em pressupostos de existência e pressupostos de
validade do processo. São eles:
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um órgão jurisdicional e da capacidade de ser parte (aptidão
PRESSUPOSTOS subjetivos
de ser sujeito processual)
PROCESSUAIS DE
a própria demanda (ato que instaura um processo, ato de
EXISTÊNCIA objetivos
provocação)
- competência e imparcialidade do juiz
subjetivos - capacidade processual das partes
- capacidade postulatória (presença de advogado)
PRESSUPOSTOS pressupostos que devem ser vistos
PROCESSUAIS DE dentro do processo, como o
intrínsecos
VALIDADE adequado desenrolar dos atos
objetivos
processuais
extrínsecos ou ausência de coisa julgada e de
negativos litispendência
O interesse de agir relaciona-se ao princípio nulla poena sine iudicio. Sempre que
praticada uma infração penal, possuindo o Estado o direito de punir e não podendo
exercê-lo senão através do processo, haverá interesse de agir. Por isso, é comum
ouvirmos a seguinte afirmação: "No processo penal, o interesse de agir está
sempre presente". Contudo, devemos interpretar esta assertiva da seguinte forma:
Se o Estado possui direito de punir, haverá interesse de agir.
INTERESSE DE AGIR Uma vez que não é possível aplicar a pena sem processo, e diante de um
Judiciário inerte, não há processo sem ação.
Daí, se a conduta supostamente praticada pelo indivíduo se amolda, está adequada
a um determinado tipo penal e não ocorreu qualquer causa extintiva da
punibilidade, o interesse de agir estará presente.
Trata-se de interesse processual, conjugando o trinômio adequação-necessidade-
utilidade.
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Para que a ação seja regularmente exercida, a providência requerida pelo autor, na
hipótese, deve estar prevista em lei. Assim, o fato narrado na petição inicial penal
enquadrar-se em uma conduta típica e o pedido formulado deve ser admitido no
direito pátrio.
A análise da possibilidade jurídica do pedido observa o princípio da legalidade (art.
POSSIBILIDADE 5°, XXXIX, da CRFB): "Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
JURÍDICA DO PEDIDO prévia cominação legal".
Assim, se a conduta praticada é flagrantemente atípica, não haverá possibilidade
jurídica do pedido (e nem mesmo interesse de agir, uma vez que o Estado não
possui direito de punir).
Da mesma forma, será juridicamente impossível no Direito Brasileiro, por exemplo,
um pedido de condenção à pena de morte ou de prisão perpétua.
Embora muitos sejam os posicionamentos acerca do que seria a justa causa para a
a ação penal, conforme posicionamento majoritário, consiste a mesma na prova da
JUSTA CAUSA
materialidade ou da existência da infração E indícios suficientes de autoria,
extraídos de peças de informação válidas, evitando uma acusação temerária.
Além disso, devemos observar se estão presentes, quando a lei as exigir, as condições
específicas de procedibilidade. Algumas delas são:
LAUDO DE Para a prova da materialidade, nos crimes previstos na Lei 11.343/2006, será
CONSTATAÇÃO NOS indispensável o laudo de constatação ou laudo prévio (art. 50, § 1o. da Lei),
CRIMES DA LEI confirmando encontrar-se a substância dentre aquelas consideradas psicotrópicas,
11.343/2006 na forma da Portaria 344 da ANVISA.
SENTENÇA
DEFINITIVA DE No crime de induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento para o
ANULAÇÃO DO casamento, o oferecimento da queixa-crime dependerá do trânsito em julgado da
CASAMENTO NO sentença de anulação do casamento (art. 236, parágrafo único, do CP).
CRIME DO ART. 236
DO CP
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LEMBRE-SE ainda de que nos crimes da Lei nº 8137/90 (Crimes contra a Ordem Tributária),
para o oferecimento da denúncia, será necessário o exaurimento do processo administrativo-fiscal,
conforme Súmula Vinculante 24:
Súmula Vinculante 24 do STF – Não se tipifica crime material contra a ordem
tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento
definitivo do tributo.
OBS.: Caso a infração seja de menor potencial ofensivo, verifique também os demais
benefícios despenalizadores da Lei 9.099/95, em especial aqueles previstos nos arts. 74 e 76 da referida
lei.
3.3. DO MÉRITO
Em sede de mérito devemos descrever detalhadamente as teses de direito penal aplicáveis ao caso,
abordando cada um dos institutos jurídicos, com objetividade e clareza.
Assim, por exemplo, se a alegação for de legítima defesa, discorra sobre os requisitos dessa
excludente de ilicitude, demonstrando sua presença no caso concreto.
Evite parágrafos longos, e apresente as teses associando-as, necessariamente, aos fundamentos
legais pertinentes.
Como já vimos, na resposta à acusação, devemos ter por objetivo a ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA do
acusado. Portanto, concentre-se nas hipóteses indicadas no art. 397 do CPP:
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código,
o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II – a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo
inimputabilidade;
III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
IV – extinta a punibilidade do agente.
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Repare que o art. 396-A do CPP fala que o momento da RA é também o momento para
apresentar justificações. São hipóteses de justificação aquelas inseridas como causas de exclusão da
ilicitude. Destaque-se que, se patente a excludente, podemos inclusive arguir a inexistência do crime e,
portanto, sustentar também em sede de preliminar que a denúncia sequer poderia ter sido recebida por
ausentes as condições da ação.
Atipicidade da conduta
No caso do inciso III, deverá ser alegada alguma hipótese de atipicidade, formal ou material.
Exemplo: pessoa que foi denunciada por ter cometido dano ou outra conduta atentatória ao próprio
patrimônio.
ATENÇÃO: Num mesmo caso concreto, podem estar presentes diversas teses
defensivas, e neste caso, o espelho de correção provavelmente pontuará todas elas.
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REPROVABILIDADE DA CONDUTA. ORDEM CONCEDIDA. 1. A aplicação do
Princípio da Insignificância, na linha do que decidido por esta Corte, pressupõe
ofensividade mínima da conduta do agente, reduzido grau de reprovabilidade,
inexpressividade da lesão jurídica causada e ausência de periculosidade social.
2. Nos delitos de descaminho, a reiteração da conduta delitiva, por si só, não
impede que o juiz da causa reconheça a atipia material, à luz do princípio da
insignificância. 3. O paciente foi denunciado pela suposta prática, em três dias
distintos, do delito de descaminho, cujas mercadorias apreendidas e perdidas em
favor da Fazenda Pública foram avaliadas em R$ 253,31; R$ 174,90 e R$ 96,83.
O valor dos tributos elididos totalizou R$ 262,53. 4. Embora as três condutas
tenham sido praticadas em curto lapso temporal, inexistem informações de
eventual existência de outros procedimentos administrativos fiscais ou processos
criminais em face do paciente; não se revela, portanto, criminoso habitual. 5.
Ordem concedida para restabelecer a sentença de primeiro grau, que rejeitou a
denúncia por falta de justa causa, ante a aplicação do princípio da insignificância.
(STF. HC 130453, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, julgado
em 08/08/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-186 DIVULG 22-08-2017
PUBLIC 23-08-2017)
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do ordenamento jurídico penal, sendo imperioso aferir, no caso concreto, se a
conduta e o histórico do ofensor também se revestem de reprovabilidade mínima.
A meu ver, analisando de forma conglobante as circunstâncias do fato, constato o
efetivo enquadramento da hipótese no crime de bagatela. Isso porque, malgrado
o valor ultrapassar o patamar de 10% do salário mínimo vigente à época dos
fatos (apenas R$ 1,72 a mais), entendo ser irrisório o valor econômico dos bens
subtraídos, quase todos de natureza alimentícia, somada à circunstância de ser o
acusado primário e de bons antecedentes, bem como a ausência de prejuízo ao
estabelecimento comercial, demonstram flagrante ilegalidade no acolhimento da
denúncia criminal contra o acusado, ante a pequena lesividade e reprovabilidade
da conduta perpetrada.
2. Agravo regimental desprovido.
(STJ. AgRg no HC 293.906/ES, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA
TURMA, julgado em 03/08/2017, DJe 14/08/2017)
Após a análise sobre as excludentes do crime, passamos a analisar se ocorreu qualquer das
causas que levam à extinção da punibilidade, em regra previstas no art. 107 do CP.
Neste caso, embora as causas extintivas da punibilidade já tenham sido objeto de análise em
sede de preliminar, novamente a indicaremos em sede de mérito, uma vez que o inciso IV do art. 397
contempla referida tese de forma expressa.
Assim, na RA devemos pleitear a absolvição sumária, com fundamento no art. 397, IV, do
CPP sempre que estivermos diante de (repetindo):
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recebimento da denúncia no crime de estelionato mediante emissão de cheque sem
provisão de fundos;
- art. 236 do CP c/c art. 60 do CPP: morte da vítima no crime do art. 236 do Código
Penal gera perempção, uma vez que o crime é de ação penal privada
personalíssima;
- art. 312, § 3º, 1ª parte, do CP: a reparação do dano no peculato culposo, antes da
sentença final irrecorrível;
- art. 337-A, § 1º, do CP: declaração ou confissão, sendo prestadas as informações
necessárias à previdência social, antes do início da ação fiscal, no crime de
sonegação de contribuição previdenciária;
- art. 342, § 2º, do CP: retratação do falso testemunho antes da sentença em que o
mesmo foi prestado;
- art. 107, VI, do CP c/c art. 520 do CPP: a conciliação na audiência prevista no art.
520 do CPP para os crimes contra a honra;
- aquisição de renda superveniente na contravenção de vadiagem – LCP, art. 59, par.
único;
- art. 76 c/c art. 84 da Lei nº 9.099/95: cumprimento da transação penal;
- art. 89, § 5º. da Lei nº 9.099/95: decurso do prazo de suspensão condicional do
processo sem que haja revogação;
- pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, no caso de
sonegação fiscal. Neste caso, devemos ter atenção aos seguintes dispositivos legais:
art. 34 da Lei 9.249/95; art. 83 da Lei 9.430/96; art. 15 da Lei 9.964/2000, art. 9o. da
Lei 10.684/2003 e art. 5º, da Lei 13.254/16.
OBS. 1.: Em sede de resposta à acusação não devemos discutir aspectos relativos à
aplicação da pena.
OBS. 2.: É possível sustentar, caso seja este o caso apresentado, a desclassificação do
crime para outro, de menor gravidade. Neste caso, após a apresentação da tese de desclassificação,
devemos novamente analisar o PPPx2 (Passo a Passo Preliminar), uma vez que uma ou mais das
hipóteses ali constantes poderão surgir diante da conduta desclassificada. Foi o que ocorreu na RA
cobrada no VIII Exame da OAB, ao qual remetemos o leitor (Parte IV dessa obra).
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4. RESPOSTA À ACUSAÇÃO NO RITO DO TRIBUNAL DO JÚRI
Muito embora o procedimento dos crimes dolosos contra a vida possua previsão específica
de resposta à acusação no art. 406 do CPP, esse rito não possui, dentre seus dispositivos, de forma
expressa, da aplicação da absolvição sumária do art. 397 do CPP.
Art. 406 do CPP – O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação
do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.
§ 1º O prazo previsto no caput deste artigo será contado a partir do efetivo
cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de
defensor constituído, no caso de citação inválida ou por edital.
§ 2º A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), na denúncia
ou na queixa.
§ 3º Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo que interesse a
sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar
testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e requerendo sua intimação,
quando necessário.
Por tal motivo, a resposta à acusação no rito do Tribunal do Júri apresentará a mesma lógica da
resposta à acusação nos ritos ordinário e sumário, ou seja, formulando o pedido de absolvição sumária na
forma dos incisos do art. 397 do CPP.
A hipótese de absolvição sumária específica do procedimento do Tribunal do Júri, prevista no
art. 415 do CPP, é específica para a fase posterior à instrução criminal da primeira fase do procedimento,
portanto, tal pedido deverá ser formulado em sede de memoriais.
Contudo, no caso da RA no rito do Júri, a fundamentação legal será a do art. 406 do CPP.
A resposta à acusação também está prevista na Lei 8.666/93, que institui normas para a licitação
e contratos. Neste caso, se a denúncia imputar ao acusado crime previsto naquela lei, a peça de Resposta
deverá ter como fundamento o art. 104 da referida lei, uma vez que prevalece o critério da especialidade:
Art. 104. Recebida a denúncia e citado o réu, terá este o prazo de 10 (dez) dias para
apresentação de defesa escrita, contado da data do seu interrogató- rio, podendo
juntar documentos, arrolar as testemunhas que tiver, em número não superior a 5
(cinco), e indicar as demais provas que pretenda produzir.
Também o Código Eleitoral (Lei 4.737/1965) detém dispositivo específico para a resposta do
acusado, que, contudo, apresenta igualmente o prazo de 10 dias para sua apresentação, e peça escrita.
Vejamos o que estabele o art. 359, parágrafo único, do Código Eleitoral:
Art. 359. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para o depoimento
pessoal do acusado, ordenando a citação deste e a notificação do Ministério
Público.
Parágrafo único. O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para
oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas.
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Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à
acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo
recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa,
interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente
aos debates orais e à prolação da sentença.
OBS.: NÃO são aplicáveis ao processo penal as modificações na contagem dos prazos do
CPC.
Pular 2 ou 3 linhas
Processo número:
Pular 3 ou 4 linhas após o "processo número"
(Fazer parágrafo para a qualificação) NOME DO ACUSADO, (inserir qualificação completa ou a expressão "já
qualificado nos autos do processo supra indicado"), por seu advogado que a esta subscreve (procuração
em anexo), vem à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 396 e 396-A do Código de
Processo Penal, (OU artigo 104 da Lei nº 8.666/1993 - no caso da lei de licitações - OU artigo 359,
parágrafo único, do Código Eleitoral - em se tratando de crimes decorrentes da lei nº 4.737/1965),
apresentar sua (sem saltar linhas e sem fazer abreviações)
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
(Pula-se uma linha)
DOS FATOS
Apresentar uma breve e estruturada narrativa dos fatos, extraindo os pontos relevantes do enunciado da
questão (aproximadamente 5 ou 6 linhas).
(Pula-se uma linha)
DAS PRELIMINARES
Na resposta à acusação, devemos, primeiro, buscar todo e qualquer fundamento que poderia ter levado à
rejeição da peça acusatória, bem como aqueles que prejudicam ou retardam o processo.
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Assim, devemos indicar as falhas processuais relevantes, seguindo o PASSO A PASSO PRELIMINAR
(PPPx2).
Fazer um parágrafo para cada uma das preliminares eventualmente existentes, apontando qual a
preliminar, justificando-a e indicando os dispositivos legais pertinentes e eventuais súmulas relacionadas.
Lembre-se: A exceção das causas extintivas da punibilidade, os aspectos arguidos em sede de preliminar, são,
em regra, aspectos processuais.
DO MÉRITO
Em sede de mérito devemos descrever detalhadamente as teses de direito penal aplicáveis ao caso, abordando cada
um dos institutos jurídicos, com objetividade e clareza.
Assim, por exemplo, se a alegação for de legítima defesa, discorra sobre os requisitos dessa excludente de ilicitude,
demonstrando sua presença no caso concreto.
Evite parágrafos longos, e apresente as teses associando-as, necessariamente, aos fundamentos legais pertinentes.
Como já vimos, na resposta à acusação, devemos ter por objetivo a ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA do acusado. Portanto,
concentre-se nas hipóteses indicadas no art. 397 do CPP.
ATENÇÃO: Num mesmo caso concreto, podem estar presentes diversas teses defensivas, e neste caso, o
espelho de correção provavelmente pontuará todas elas.
Por isso, tente identificá-las uma a uma, em parágrafos distintos, explicando-as e indicando os dispositivos
aplicáveis.
DOS PEDIDOS
(Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Diante de todo exposto, requer seja declarada a nulidade do
processo ab initio (se houver tese de nulidade) em face da _______ (apresentar a preliminar existente;
exemplo: "flagrante incompetência desse douto juízo"), ou, caso não seja esse o entendimento de Vossa
Excelência, que julgue improcedente o pedido para absolver sumariamente o acusado, na forma do art.
397, inciso ___ (indicar o inciso ou os incisos do art. 397 correspondentes, a depender da tese
sustentada), do Código de Processo Penal.
Caso assim não entenda Vossa Excelência, requer sejam realizadas as diligências ______ (se
for o caso) e intimadas as testemunhas abaixo arroladas.
Após terminar os pedidos, pular 1 linha e colocar, centralizado:
Nestes termos
Pede deferimento.
Pular 2 ou 3 linhas
Processo número:
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Pular 3 ou 4 linhas após o "processo número"
(Fazer parágrafo para a qualificação) Nome, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem por
seu advogado e bastante procurador que a esta subscreve, conforme procuração anexada, muito
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar com fundamento no artigo 406 do Código
de Processo Penal (sem saltar linhas e sem abreviar nada)
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
pelos motivos de fato e de direito que passa a expor.
(Pula-se uma linha)
DOS FATOS
Apresentar uma breve e estruturada narrativa dos fatos, extraindo os pontos relevantes do enunciado da
questão (aproximadamente 5 ou 6 linhas).
(Pula-se uma linha)
DAS PRELIMINARES
Na resposta à acusação, devemos, primeiro, buscar todo e qualquer fundamento que poderia ter levado à
rejeição da peça acusatória, bem como aqueles que prejudicam ou retardam o processo.
Assim, devemos indicar as falhas processuais relevantes, seguindo o PASSO A PASSO PRELIMINAR
(PPPx2).
Fazer um parágrafo para cada uma das preliminares eventualmente existentes, apontando qual a
preliminar, justificando-a e indicando os dispositivos legais pertinentes e eventuais súmulas relacionadas.
Lembre-se: A exceção das causas extintivas da punibilidade, os aspectos arguidos em sede de preliminar, são,
em regra, aspectos processuais.
DO MÉRITO
Em sede de mérito devemos descrever detalhadamente as teses de direito penal aplicáveis ao caso, abordando cada
um dos institutos jurídicos, com objetividade e clareza.
Assim, por exemplo, se a alegação for de legítima defesa, discorra sobre os requisitos dessa excludente de ilicitude,
demonstrando sua presença no caso concreto.
Evite parágrafos longos, e apresente as teses associando-as, necessariamente, aos fundamentos legais
pertinentes.
Como já vimos, na resposta à acusação, devemos ter por objetivo a ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA do acusado.
Mesmo no procedimento do Tribunal do Júri, por força do art. 394, § 4 o., do CPP, devemos buscar a absolvição
sumária do art. 397, o qual não se confunde com a absolvição sumária do artigo 415 do Código de Processo
Penal, próprio para o final da 1a fase, no momento dos memoriais. Por isso, NO MÉRITO, ao indicar o artigo
397 do CPP, combine-o ao art. 394, § 4o., do mesmo código.
Mas concentre-se nas hipóteses indicadas no art. 397 do CPP.
ATENÇÃO: Num mesmo caso concreto, podem estar presentes diversas teses defensivas, e neste caso, o
espelho de correção provavelmente pontuará todas elas.
Por isso, tente identificá-las uma a uma, em parágrafos distintos, explicando-as e indicando os dispositivos
aplicáveis.
DOS PEDIDOS
(Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Diante de todo exposto, requer seja declarada a nulidade do
processo ab initio (se houver tese de nulidade) em face da _______ (apresentar a preliminar existente;
exemplo: "flagrante incompetência desse douto juízo"), ou, caso não seja esse o entendimento de Vossa
Excelência, que julgue improcedente o pedido para absolver sumariamente o acusado, na forma do art.
397, inciso ___ (indicar o inciso ou os incisos do art. 397 correspondentes, a depender da tese
sustentada), do Código de Processo Penal.
ATENÇÃO: Como vimos, o Código de Processo Penal não prevê a resposta à acusação com pedido de
absolvição sumária para o rito do Tribunal do Júri, pois a absolvição sumária do art. 415 CPP é um instituto
completamente diferente do art. 397 CPP. Não se deve confundir a absolvição sumária da resposta à
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acusação com a absolvição sumária do art. 415 CPP, esta última cabível ao final da 1a. fase do Júri, após a
instrução probatória, em sede de memoriais.
Caso assim não entenda Vossa Excelência, requer sejam realizadas as diligências ______ (se
for o caso) e intimadas as testemunhas abaixo arroladas.
Após terminar os pedidos, pular 1 linha e colocar, centralizado:
Nestes termos
Pede deferimento.
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8. MAPAS MENTAIS E QUADROS SINÓTICOS
COMO IDENTIFICAR SE A PEÇA A SER APRESENTADA É A RESPOSTA À ACUSAÇÃO?
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