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Mecânica das Rochas II

Mecânica das Rochas


Mecânica das Rochas II (MM01034)

Docente: Karina Felícia Fischer Lima

Turma: Minas 2015

Local: Campus II/ Sala 15/ Bloco 4

Carga Horária: 51 horas

Horário: 3M456
Mecânica das Rochas
 REFERÊNCIAS
Azevedo, I.C.D., Marques, E.A.G. (2006). Introdução à Mecânica das Rochas.
Editora UFV - Universidade Federal de Viçosa.
Hudson, J. A. (2000). Engineering Rock Mechanics
Goodman, R.E. (1989). Introduction to Rock Mechanics (2nd ed.). John Wiley
& Sons, 562 p.
Hoek, E. (2000). Rock Engineering. Course notes by Evert Hoek.
www.rocscience, 313 p.
ISRM (1978). Suggested methods for the quantitative description of
discontinuities in rock masses.Int. J. Rock. Mech. Min. Sci. & Geomech. Abstr.,
Vol. 15, pp. 319-368.
Rocha, M. (1973). Mecânica das Rochas. Laboratório Nacional de Engenharia
Civil, Lisboa.
VALEJO, L. I. G., (2002). Ingeniería geológica. Madri, Espanha. Editora Isabel
Capella. v.1 744p
Mecânica das Rochas

 Cabe a Mecânica das Rochas o estudo teórico e prático das propriedades e comportamento
mecânico dos materiais rochosos e de sua resposta perante a ação de forças aplicadas em seu
entorno;

 Para a avaliação dos maciços rochosos e a determinação de sua competência para ser uma estrutura
ou servir como estrutura estável torna-se necessário sua caracterização mais objetiva possível;

 Caracterização de maciço rochoso: matriz rochosa, descontinuidades, incluindo todos os fatores


físicos, ambientais e químicos que contribuem para sua integridade.
Mecânica das Rochas
À medida que o volume de rocha aumenta, é incorporado um maior número de
descontinuidades, e a resistência da amostra diminui.
Mecânica das Rochas

Descrição de maciços rochosos

▪ Estes trabalhos se realizam por meio de investigações insitu;

▪ Nas descrições devem ser incluídos todos os aspectos e parâmetros que podem ser observados,
deduzidos e medidos em afloramentos;

▪ As descrições devem ser mais objetivas possíveis, mesmo que seja comum surgir uma certa
subjetividade.
Mecânica das Rochas

 Ocorre da seguinte forma:


 Descrição das características gerais do afloramento;
 Divisão em zonas e descrição geral de cada zonas;
 Descrição detalhada de cada zona: matriz rochosa e descontinuidades;
 Descrição dos parâmetros do maciço;
 Caracterização global e classificação geomecânica do maciço rochoso;

 A caracterização final do maciço rochoso dependerá da valoração adequada de cada


parâmetro averiguado e analisado.
Mecânica das Rochas
 Descrição e zonificação do afloramento

 Identificação do afloramento: localização, situação geográfica, acessos,


extensão, características geométricas;

 Fotografias e esquema;

 Descrição geológica geral (formação e idade geológica, litologias,


estruturas observadas a grande escala, aspectos estruturais gerais, zonas
alteradas, presença de água).

 Divisão em zonas e descrição geral de cada zona: dados sobre a litologia,


estado de alteração, fraturamento e presença de água e a identificação de
zonas singulares.
Mecânica das Rochas
 Caracterização da Matriz Rochosa

 Os aspectos a serem analisados em campo são:


 Identificação
 Meteorização ou alteração
 Resistência à compressão simples

 Identificação: composição mineralógica, forma e tamanho dos grãos, cor e


transparência, dureza;

 Meteorização: segundo avança o processo de meteorização aumenta a


porosidade, permeabilidade e deformabilidade, diminuindo a resistência;
Mecânica das Rochas

 Descrição das descontinuidades

 As descontinuidades condicionam de uma forma definitiva as propriedades e o comportamento


resistente, deformacional e hidráulico dos maciços rochosos;

 A resistência ao cisalhamento das descontinuidades é o aspecto mais importante na determinação


da resistência dos maciços rochosos duros fraturados;

 Parâmetros físicos e geométricos que devem ser medidos em campo: orientação, espaçamento,
continuidade ou persistência, rugosidade, resistência das paredes, abertura, preenchimento,
filtrações.
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 Os planos de descontinuidades são os que dão o caráter diferencial da
mecânica das rochas em relação a outras disciplinas: caráter descontínuo
e anisotrópico;
 Elevado número de fatores que condicionam a caracterização dos maciços
rochosos, características e propriedades:
 Tensões e deformações: determinantes nos projetos de estruturas e obras de
engenharia, a relação entre estes parâmetros descreve o comportamento dos
maciços que depende das propriedades dos materiais e das condições naturais
as quais estão submetidos;
 Propriedades Físicas: densidade, porosidade, permeabilidade, alterabilidade,
dureza, etc.; dependem da gênese, composição mineralógica, condições e
processos geológicos e tectônicos sofridos pelas rochas ao longo de sua
história;
 Características geológicas: litologia e estratigrafia, estrutura geológica,
descontinuidades tectônicas ou diagenéticas, estados de esforços in situ.
Mecânica das Rochas
 Condições hidrogeológicas: influência da água na alterabilidade dos maciços
rochosos;
 Condições ambientais: processos de alteração e meteorização, modificando as
propriedades iniciais dos maciços.

 As descontinuidade e seus processos de alteração governam a


deformação e ruptura de maciços a cotas superficiais, onde se realizam a
grande maioria das obras de engenharia;
 Já em profundidade, o grande condicionante é o estado tensional a que a
estrutura está submetida;

 As condições da matriz rochosa tem maior ou menor influência na


avaliação de um maciço rochoso?
Mecânica das Rochas
 O maciço rochoso é composto por “rocha intacta”, descontinuidades
(ou juntas), água e estado de tensões naturais
Mecânica das Rochas
Mecânica das Rochas
 A rocha intacta é caracterizada por amostras pequenas (54mm de
diâmetro), as quais incorporam textura e micro fissuras
Seleção de amostras 

Corpos de prova 

Ensaio de compressão
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 Para a rocha intacta, foliação e juntas podem ser incorporadas ou
não às propriedades, dependendo do espaçamento

Espaçamento de juntas > 50 Espaçamento juntas > 15 Foliação incorporada à rocha


cm (não incorporada) cm (não incorporada) intacta (penetrativa)
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 A amostragem da rocha intacta, e a preparação de corpos de prova para os ensaios
provocam danos que podem comprometer os resultados dos ensaios
Rocha de alta resistência
Rocha de baixa resistência
Mecânica das Rochas
 A rocha intacta é caracterizada principalmente pela resistência à compressão, que pode ser
grosseiramente estimada em campo (Brown, 1981).
Mecânica das Rochas
Mecânica das Rochas
 A resistência à compressão da rocha intacta depende do tamanho do corpo de prova

Equação de ajuste (Hoek e


Brown, 1980)

Corpos de prova muito Corpos de prova grandes tem


pequenos tem alta resistência baixa resistência
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Mecânica das Rochas
 As descontinuidades apresentam atributos geométricos, mecânicos e hidráulicos...
 Os atributos geométricos:
 Direção e mergulho

 Espaçamento

 Persistência

 Os atributos mecânicos:
 Rugosidade

 Resistência da parede

 Abertura

 Preenchimento

 As permeabilidades são atributos hidráulicos das descontinuidades (dependem da


abertura, preenchimento, rugosidade, espaçamento, e interseções entre descontinuidades)
Mecânica das Rochas
Influência da estrutura geológica na estabilidade de escavações

Escavação perpendicular à estrutura


Escavação paralela à estrutura
Mecânica das Rochas
Representação e análise das descontinuidades

Interseção das descontinuidades Representação em diagrama


Representação estereográfica
com a seção de blocos
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Os espaçamentos representam as distâncias médias entre as descontinuidades de cada família.

Descrição dos espaçamentos


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É a extensão de uma descontinuidade e um dos parâmetros que mais tem influência no comportamento
dos maciços rochosos

Classificação das persistências


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A rugosidade das descontinuidades depende da escala
de medição
Mecânica das Rochas
Mecânica das Rochas
A resistência das paredes das descontinuidades podem ser descritas de forma qualitativa ou semi
quantitativa
Mecânica das Rochas
A abertura das descontinuidades podem ser descritas de forma qualitativa ou semi quantitativa
Mecânica das Rochas
O material de preenchimento das descontinuidades deve ser também caracterizado

Características do preenchimento

Resistência do material de preenchimento

Granulometria
Mecânica das Rochas
 Modos de ruptura dependem do maciço, das condições de tensão e do tempo...
 Queda e deslizamento de blocos
 Maciço compartimentado
 Tensões baixas
 Maciço fraturado por explosivos
 Tensões elevadas em rochas competentes
 Tensões médias, quebras localizadas nos cantos vivos
 Tensões altas, spalling (lascas de rocha)
 Tensões muito altas, rock burst
 Tensões médias em rochas plástica
 Plastificação (swelling rock)
 A resistência de atrito do maciço passa a ser muito importante para evitar o fluxo da rocha para dentro da
escavação
 O fator tempo passa a ser importante
 Delaminação e ruptura por flexão em rochas estratificadas
 Rochas expansivas
 Desenvolvimento de pressões elevadas no entorno das escavações devido à expansão de argilas expansíveis
em contato com a água subterrânea
 Rupturas graduais, por deterioração do maciço
 Modos compostos de ruptura
Mecânica das Rochas

Modos de ruptura
(Hoek et. al, 1997)
Mecânica das Rochas
Mecânica das Rochas
Mecânica das Rochas
Mecânica das Rochas
 Ruptura por tensões elevadas (spalling)
Mecânica das Rochas

 Condições muito severas de tensões (regime de Rock Burst)


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 Tensões elevadas induzidas por feições geológicas...
Mecânica das Rochas
Classificação de maciços rochosos

 INTRODUÇÃO
✓Pré-viabilidade

✓Características Hidrológicas e Tensões.

✓Sistemas SIMPLES Check-List Relevantes


✓Permitem avaliar:

✓Suporte Resistência Deformações

 TER SEMPRE EM MENTE:


✓Não elimina procedimentos mais elaborados

✓Usar sempre com outros métodos mais detalhados.


Mecânica das Rochas
Objetivos principais da Classificação

 PARAMETRIZAR: identificar parâmetros mais


significativos que influenciam sobre o comportamento do
maciço.

 COMPARTIMENTAR: dividir o maciço em grupos de


comportamentos similares, de acordo com a qualidade
da rocha.

 CARACTERIZAR: definir as bases do conhecimento das


características de cada classe do maciço.
Mecânica das Rochas

 IDENTIFICAR: correlacionar experiências das


condições de uma rocha de determinado local com
experimentos encontrados em outros.

 EXTRAPOLAR: inferir dados quantitativos e servir de


pauta para projetos.

 COMUNICAR: permitir uma base comum de diálogo


entre todos os profissionais envolvidos com problemas
geomecânicos (engenheiros e geólogos).
TABELA DE PRINCIPAIS OBJETIVOS DAS CLASSIFICAÇÕES
SISTEMA DE OBJETIVOS GERAIS
CLASSIFICAÇÃO
Therzaghi (1946), Sistema de suporte com cambotas, identificação das feições geológicas e cargas
atuantes (fator de carga – critério qualitativo).
Rabceviski (1957) Sistema de suporte com cambotas, concreto projetado e moldado – introdução do
conceito de auto suporte.
Laufer (1958) Sistema de suporte com cambotas, concreto projetado e moldado, conceito de auto
suporte. Confirmando o conceito anterior.
Deere (1964) Sistema de suporte com cambotas, concreto projetado e moldado, e ancoragens
metálicas, Introdução de RQD (rock quality designation)
Ikeda (1970) Sistema de suporte com cambotas, concreto projetado e moldado, conceito de auto
suporte caracterizando o método construtivo (uso de explosivos).
Wickham (1972) Sistema de suporte com cambotas metálicas estendendo os resultados para
ancoragens e concreto projetado. RSR (rock strutural rating).
Bieniawski (1974 - Tempo de auto sustentação, parâmetros de resistência, Métodos construtivos, e
1976) sistema de contenção.
Barton (1974) Tempo de auto sustentação, parâmetros de resistência, Métodos construtivos, e
sistema de contenção e relações empíricas das cargas sobre o suporte. Critério Q
(NGI (Instituto Geológico da Noruega)
Rocha (1976) Caracterização de cargas atuantes nos sistemas de contenção (ocasional e
sistemático) (critério de deslocamento de massas instáveis).
Mecânica das Rochas

 Todas essas classificações foram baseadas em compilações,


ordenações e correlações de dados empíricos, atribuindo
pesos a fatores que influenciavam, em ordem de importância,
na estabilidade das obras;

 O sucesso da Classificação Geomecânica para obras


subterrâneas tem incentivado o seu uso nos mais diversos
tipos de obras (fundações, taludes etc.)
Mecânica das Rochas

ÍNDICE CARACTERÍSTICO Te Ra De Ik Wi Bi Ba Ro
1 – ROCHA
TIPO * *
ESTRUTURA * * * *
GRAU DE ALTERAÇÃO * * * *
MINERAIS EXPANSIVOS * * * *
RESISTÊNCIA A ESFORÇOS * * * *
2 – DESCONTINUIDADES
ORIENTAÇÃO *
ESPAÇAMENTO * * * * * * *
RUGOSIDADE * * * *
ALTERAÇÃO * * *
ABERTURA * * *
PREENCHIMENTO * * * *
FAMÍLIAS * *
Mecânica das Rochas

ÍNDICE CARACTERÍSTICO Te Ra De Ik Wi Bi Ba Ro
3 – MACIÇO ROCHOSO
RQD * * *
VELOCIDADE SÔNICA *
ÁGUA * * * * * * *
TENSÃO IN SITU * * * * * *
4 – MÉTODO CONSTRUTIVO
MÉTODO CONSTRUTIVO SIM NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM NÃO
5 INDICE/DESCONTINUIDADE
INDICE/DESCONTINUIDADE 7/1 7/1 4/1 5/0 9/4 9/6 12/6 6/5
REFERÊNCIA DE NOMENCLATURA
Te, TERZAGHI 1946 Ra, RABCEWISCZ 1957 De, DEERE 1970 Ik, IKEDA 1970
Wi, WILCKHAM 1974 Bi, BIENIAWISKI 1976 Ba, BARTON 1974 Ro, ROCHA 1976
Mecânica das Rochas
Principais sistemas de Classificação Geomecânica usados em minas:

 RQD (Deere, 1966)


 RMR – Rock Mass Rating (Bieniawski, 1974)
 Q – Barton, Lunde e Lien (1974)

 Outros sistemas
 Terzaghi (1946)

 Lauffer (1958)

 RSR – Rock Structure Rating (Wickham et al., 1972)

 Laubscher (1977)
Mecânica das Rochas
CLASSIFICAÇÃO DE TERZAGHI

 1946- Projeto de suporte de túnel


 Previsão de carga
 Estimar suporte de aço (cambotas de aço)
 Princípios Básicos
 Na abertura de um túnel pode ocorrer o
desprendimento de blocos do maciço, nas partes
superior e lateral da escavação
 Os blocos tendem ao desabamento.
 A esta tendência atuarão as forças de atrito ao longo
dos limites laterais.
Mecânica das Rochas
REPRESENTAÇÃO DO MODELO DE TERZAGHI
 a b, c, d = seção
enfraquecida pela
abertura;

 H a profundidade do túnel;

 Ht e B é a altura e largura
da escavação; e

 Hp e B1 são as altura e
largura equivalentes, que
dependem da coesão do
(Fonte Hoek, E. & Brown, E. T. -
Underground Excavations in Rock). maciço rochoso
DESCRIÇÃO ORIGINAL DE TERZAGHI (1)

 Rocha intacta- não contém nenhuma junta nem


trincas. Isenta de defeitos. Pode liberar lascas da
parede algumas horas ou dias após o desmonte.
Dura, intacta, pode se encontrar sob condições de
tensão que resulte em violento e espontâneo
destaque de fragmentos das paredes laterais ou do
teto.

 Rocha estratificada- consiste de estrato individual


com pouca ou nenhuma resistência à separação ao
longo de seus limites entre estratos adjacentes. As
camadas podem, ou não, estar enfraquecidas por
juntas transversas. Em tais rochas as condições de
desplacamento são comuns.
DESCRIÇÃO ORIGINAL DE TERZAGHI (2)

 Rocha Moderadamente Fraturada- contém juntas


e trincas pequenas, mas os blocos entre as juntas
estão tão conectados que as paredes verticais
dispensam o reforço lateral. Nestas rochas pode
ocorrer desplacamento ocasional.

 Rocha fraturada- consiste de rochas quimicamente


intactas ou fragmentos de rochas que estão
inteiramente separados uns dos outros cujo contato
é imperfeito. Em tais rochas as paredes verticais
podem exigir suporte lateral.
DESCRIÇÃO ORIGINAL DE TERZAGHI (3)

 Rocha Cominuída- Quimicamente intacta, com


característica de um material britado. Se a maioria ou
todos os fragmentos são tão pequenos quanto os grãos
de areia fina e não tendo re-cimentação a rocha
apresenta processo de liquefação.

 Rocha Conglomerada- avança suavemente dentro do


túnel sem aumento de volume perceptível. Um pré-
requisito para aglomeração é a alta percentagem de
partículas microscópicas e sub-microscópicas de
minerais micáceos ou minerais argilosos com baixa
capacidade de dilatação.
DESCRIÇÃO DE TERZAGHI(4)

 Rocha expansiva- avança para dentro do túnel no


sentido de sua expansão. A capacidade de avanço
está limitada às rochas que contém minerais
argilosos como a montmorillonita, que possui alta
capacidade de expansão.
Mecânica das Rochas
 Classificação de Lauffer (1958)

O tempo em que um vão ativo da escavação auto-


suportada permanece aberto está relacionado com o
maciço rochoso em que é executado.

 Num túnel, o vão auto-suportado é definido como a


largura de uma galeria, ou a distância entre a face e o
suporte mais próximo, se esta for maior que a abertura
do vão.
Mecânica das Rochas
 Significância do tempo: um aumento no vão da escavação significativa
redução do tempo de instalação do sistema de suporte.

 Exemplo- um pequeno túnel piloto pode ser construído com sucesso com
suporte mínimo, enquanto uma escavação com vão maior, na mesma rocha,
pode não ser estável sem a imediata instalação de suporte substancial.
Mecânica das Rochas

Stand-up time – Lauffer


Mecânica das Rochas
 Classificação de Deere, 1967

 Uma contribuição de grande impacto e que tentou quantificar a qualidade


dos maciços rochosos;

 Através da proposta de um índice que busca quantificar o padrão


geomecânico do maciço, obtido diretamente a partir da análise de
testemunhos de sondagens convencionais.

 Este índice denominado RQD - "Rock Quality Designation" corresponde a


um variante do conceito clássico de recuperação.
DEERE (1967):
RQD – ROCK QUALITY DESIGNATION
 Recuperação do testemunho versus
Qualidade da Rocha
 Comprimento: > 2 x Ф (Mín. NX - ISRM)
 Medidas são feitas em relação ao eixo do
testemunho
 O escore varia de 0 a 20, em função da
recuperação (0% a 100%), designando
a qualidade da rocha.
 Não considera os Parâmetros
 Geotécnicos
 Estruturais
 Ambientais
DEERE (1967): ESCORE/CRÍTICAS

 Sistema é limitado. Juntas contém finos preenchimentos


de argilas/materiais alterados (<atrito)
 Não faz referência à outros fatores (orientação).
DEERE (1967): RQD – PALSTRÖM

 Palmström (1982) – se não há testemunho para


avaliar as descontinuidades, mas seus traços são
visíveis em exposições naturais ou artificiais, o RQD
pode ser estimado pelo número de descontinuidades
por volume.
RQD = 115 - 3.3 Jv
 Onde Jv é a soma do número de juntas por
comprimento de todas as famílias de juntas
(descontinuidades), conhecido como
contagem de junta volumétrica.
DEERE (1967): RQD – PALSTRÖM

RQD = 115 - 3.3 Jv


DEERE (1967): RQD – PALSTRÖM

 Na sondagem diamantada deve-se ter o


devido cuidado para identificar e ignorar as
trincas provenientes de manuseios.

 No uso da relação de Palmström as fraturas


induzidas pelo desmonte não devem ser
incluídas na estimativa de Jv.

 A aplicação mais importante do RQD é como


componente de outros sistemas (RMR e Q).
Mecânica das Rochas
OBS: 1 = escavação mecânica B = largura da escavação até 12m
2 = escavação convencional Hp = fator de carga de Terzaghi
Mecânica das Rochas

Correlação entre sistemas Deere x Terzaghi


WICKHAM ET AL (1972):
RSR – ROCK STRUCTURE RATING
 1º método quantitativo.
 Sistema de pontuação que:
 descreve a qualidade do maciço
 seleciona o escoramento adequado ao túnel

 Comportamento do Maciço: (3 Parâmetros de Influência)


 Fatores Geológicos
 Fatores Geométricos
RSR (1972): PARÂMETROS
 A- Geológicos (quanto à Rocha):
 Origem (ígnea, metamórfica, sedimentar)
 Dureza (dura, média, branda, decomposta)
 Estrutura (massiva, leve ou moderada ou intensamente
falhada/dobrada)
 B- Geométricos (Famílias de Juntas x Túnel):
 Espaçamento das juntas.
 Orientação das juntas.
 Direção de avanço do túnel.
RSR : PARÂMETROS

 C- Condições de Maciço, Juntas, Infiltração de Água:


 Qualidade do maciço (Base Parâmetros A e B)
 Condições das Juntas (boa, média, fraca)
 Água Infiltrada (galões/min/1.000 ft de Túnel)
 Três tabelas/parâmetros = 100 pontos
 Qualidade do maciço (Base Parâmetros A e B)
 Condições das Juntas (boa, média, fraca)
RSR – Parâmetro A – Geologia Geral
RSR – Parâmetro B – Sistema de
Juntas e Avanço
RSR – Parâmetro C – Condições de
Água e da Junta
WICKHAM ET AL (1972):
RSR – ROCK STRUCTURE RATING

RSR support estimates for a 24 ft. (7.3 m) diameter


circular tunnel.
Sistemas de Suporte em Escavações Subterrâneas
 Toda escavação subterrânea provoca um desequilíbrio do estado de tensão inicial.
O maciço rochoso irá procurar encontrar um novo equilíbrio pelo ajustamento das
tensões e deformações resultantes.

 Se as características geomecânicas do maciço em causa não forem capazes de por si


só permitir o restabelecimento do equilíbrio, só um suporte aplicado
adequadamente, poderá pela interação deste com o maciço rochoso, evitar a
ruptura deste e o colapso da escavação.

 As classificações geomecânicas permitem-nos de maneira empírica, quantificar a


capacidade que o maciço rochoso possui para se adaptar às novas condições
provocadas pela escavação e sugerir determinado tipo de sustentação a aplicar
Sistemas de Suporte em Escavações Subterrâneas

 Sistemas de suporte de escavações ou sistemas de tratamento são


procedimentos e materiais usados para:

 Melhorar a estabilidade de uma escavação subterrânea;


 Limitar as deformações no maciço;
 Garantir a integridade das estruturas vizinhas;
 Garantir a segurança final da escavação e
 Garantir o avanço das escavações.
Sistemas de Suporte em Escavações Subterrâneas

 O objetivo principal do sistema de suporte é o de mobilizar e conservar a resistência


própria do maciço, aproveitando ao máximo sua capacidade de auto sustentação;

 Reforço é a utilização de materiais que mantenham a capacidade de auto suporte


da rocha;

 O termo suporte (escoramento) é utilizado para descrever procedimentos e


materiais usados para aumentar a estabilidade e manter a capacidade da carga de
rocha próxima a abertura subterrânea
Sistemas de Suporte em Escavações Subterrâneas

 Os suportes podem ser descritos como suportes temporários ou permanentes;


suportes primários ou secundários; suporte sistemático ou localizado e suportes
ativos ou passivos.

 O termo strata control é aplicado para suporte ou reforço utilizados em mineração


de carvão.
Sistemas de Suporte em Escavações Subterrâneas

 Suporte ativo: impõe uma tensão pré-determinada a rocha no momento da


instalação: tirantes, cabos...

 Suporte passivo: não aplicam tensões sobre o maciço, mas desenvolvem o


carregamento a medida que a rocha deforma: arcos metálicos, pilares e vigas de
madeira, tirantes não tensionados...
Sistemas de Suporte em Escavações Subterrâneas

 Suporte localizado: utilizado para um determinado local potencialmente com


problema (bloco ou cunha);

 Suporte sistemático: introduzido seguindo uma malha definida.


Sistemas de Suporte em Escavações Subterrâneas

 Sistema de suporte externo: controla mais a instabilidade da superfície da


escavação;

 Sistema de suporte interno: controla a instabilidade do maciço ao redor da


escavação.
 Sistemas de suporte interno...Tirantes...
Função dos Tirantes:
 Reforçar e suportar blocos de rocha parcialmente soltos, estratos
finamente laminados ou rochas incompetentes sujeitas a queda sob a ação
da gravidade;
 Modifica a resistência interna e as características de deformação do
maciço rochoso;
 O reforço procura prevenir a formação e propagação de novas
descontinuidades ou reage aos deslocamentos que podem ocorrer com as
descontinuidades pré-existentes
 Prevenir a flexão e arqueamento das camadas evitando o movimento
lateral ou vertical do maciço, ou ambos.
 Mantendo dessa forma a estabilidade da abertura escavada...

Teto imediato
Maciço rochoso diretamente sobreposto à camada de carvão
formado por uma sequência de finas lâminas acamadas de
folhelho, siltito, arenito e carvão, as quais variam em
espessura e em extensão lateral.
 Sistemas de suporte interno passivo...
Incrementar a resistência do maciço por meio do acréscimo na
coesão da envoltória de ruptura do maciço no entorno da escavação...por
não serem tensionados, o efeito do suporte passivo é mobilizado com as
deformações internas do maciço, desta forma devem ser instalados antes
que grandes deformações ocorram

- Também chamados de tirantes de coluna total...


 Tirantes de coluna total
 O furo é preenchido com material adesivo ao longo de todo o
comprimento da haste;
 Não são pré-tensionados;
 Ancoragem passiva

 Composição:
 Uma haste de aço rugosa;
 Uma placa de apoio;
 Um material colante (resina ou cimento)
 Tirantes de coluna total
 A rugosidade da haste tem a função de proporcionar uma melhor mistura
entre a resina e o catalisador durante a instalação e aumentar o atrito
entre as ranhuras do tirante e a resina;

 A chapa de apoio é usada para cobrir uma maior área entre os tirantes,
distribuindo melhor a tensão;

 O produto colante consiste de resina adesiva ou cimento, podendo ser


encartuchado ou por meio de polpa injetável no furo
 Tirantes de coluna total
 Tirantes de coluna total

Tirante ancorado com resina


 Tirantes de coluna total

Ancoragem com cabos de aço

Possuem flexibilidade, ajustando-se aos grandes


movimentos do teto e são de fácil manuseio.

São apropriadas unicamente para condições de teto


que exijam comprimentos de tirantes maiores que
a altura da galeria.
 Tirantes de coluna total

 A resina é composta por um conjunto de elementos como poliésteres (resina),


enchimento (pó de pedra), acelerador e catalisador;

 As diferentes porcentagens desses componentes na fabricação da resina


refletem em diferentes resistências, tempo de cura e custo de produção;

 Resistência da resina:
 À compressão = 80 – 110 MPa;
 À tração = 17 – 22 MPa;
 Ao cisalhamento = 35 – 55 MPa
 Tirantes de coluna total

 As maiores vantagens da ancoragem com resina é a sua utilização para


diferentes tipos litológicos e um tempo muito menor na cura da resina;

 O tempo de cura da resina < 1 minuto;

 Capacidade máxima de ancoragem é alcançada em menos de 5 minutos.


 Tirantes de coluna total

Procedimento de instalação
 Ancoragem por fricção ou Split set:

 Consiste em forçar a entrada de um tirante vazado e aberto com diâmetro


superior ao diâmetro do furo em que ele será inserido;
 Ocorrem falhas quando o diâmetro do furo for muito grande ou muito
pequeno em relação ao diâmetro do tirante
 Ancoragem por fricção: Swellex
 Ancoragem por fricção: Swellex

Princípio de funcionamento
 Sistemas de suporte interno ativo...
 Tirantes de ancoragens pontual (escoramento portante)

 Também conhecidos como tirantes mecânicos;

 Geralmente são pré-tensionados (14 a 35 kgf.m);

 Ancoragem ativa.

Composição:
 Uma barra de aço sólida;

 Um dispositivo de ancoragem na extremidade superior;

 Um dispositivo de tensionamento na parte inferior.


 Tirante de cunha
 Consiste em inserir uma cunha de aço na fenda pré-
fabricada no topo da haste, expandindo a abertura
quando esta reage contra o fundo do furo;
 Fornecem uma excelente ancoragem apenas em
rochas duras e resistentes, devido à grande
concentração de tensões na pequena superfície de
contato;
 Gera um trituramento local da rocha, podendo
acarretar o escorregamento do tirante.
 Tirante com coquilha de expansão
 Consiste em aplicar um torque na cabeça
inferior do tirante, puxando a cunha para
baixo como uma rolha para dentro da
coquilha;
 As partes moveis dentadas da coquilha
expandem e fixam-se contra a parede do
furo;
 Para esse tipo de ancoragem, o diâmetro do
furo deve ser cuidadosamente controlado,
podendo apresentar uma fixação deficiente
do tirante quando o tamanho do furo for
desproporcional.
Procedimento de ancoragem pontual com resina: (1) furação,
(2) acomodação da resina, (3) mistura da resina (15 –20 s), (4) cura da resina
(20 –40 s), (5) instalação da placa, (6) aperto do parafuso, (7) aplicação do
torque requerido, (8) instalação concluída
Aplicação de Tirantes

 Cutter roof

 A tensão de tração horizontal máxima no


teto ocorre na parte central da galeria;
 A tensão máxima de cisalhamento ocorre
na interseção do teto com a parede da
galeria
Aplicação de Tirantes

A função dos tirantes é produzir uma ação


estabilizadora do teto que é alcançada
através de vários mecanismos:
 Escoramento de blocos;

 Suporte de teto por suspensão;

 Suporte de teto por efeito viga;

 Suporte complementar (telas, cabos, etc)


 Suporte de teto por suspensão
 Uma camada frágil pode ser suspensa por tirantes ancorados em uma rocha mais

competente;
 Os tirantes estão espaçados de maneira que a capacidade do tirante seja igual ao

peso morto das camadas que tendem a cair.


 Suporte de teto por efeito viga (atrito)
 Vários estratos finamente acamadados podem ser agrupados e atirantados em
uma única unidade formando uma viga, tornando o maciço mais resistente à
deformação podendo se auto suportar;
 O conceito básico do mecanismo de reforço por efeito viga ou fricção consiste
em aumentar a resistência ao cisalhamento na interface dessas camadas;
 Essa técnica é utilizada quando o

mecanismo de suporte por suspensão


não é aplicável quando a combinação
das espessuras dos estratos é grande.
Aplicação de Tirantes

Arco de rocha reforçado Contenção de cunhas de rocha no teto e parede


por tirantes de escavação subterrânea
Exemplos de maciços rochosos fraturados
Suporte de blocos que ameaçam cair
Suporte de blocos que ameaçam deslizar
Conceito de viga em rochas estratificadas

O número de tirantes é ditado pelo peso próprio do estrato subjacente


Conceito de arco

O espaçamento entre tirantes é ditado pela densidade


de fraturas, devendo ser 2 a 3 vezes o espaçamento
médio entre fraturas.
 Sistemas de Suporte Externo

 Concreto projetado
 Malhas de aço
 Cambotas metálicas
 Concreto Projetado

 É aplicado pneumaticamente, por meio de uma bomba, e compactado


dinamicamente ao se chocar contra as paredes das escavações a
grandes velocidades;

 É um excelente sistema de suporte para zonas fracas do maciço, ou


situações de iminente ocorrência de explosão de rocha (rockburst).
 Atuação do concreto projetado na estabilização de escavações:
 Inicialmente penetra nas fissuras e juntas, unindo os blocos e evitando
deterioração posterior;
 A aderência depende das características das partículas de concreto e da
rocha;
 O material mais fino penetra nas fissuras;
 A reflexão é maior na primeira camada;
 Forma-se uma casca que evita a queda de blocos;
 Caso a casca seja fechada (cilíndrica) há um grande aumento na
capacidade de resistência;
 Em maciços em estado de pós-ruptura (zonas com tensões elevadas) o
concreto projetado penetra nas fendas, recompondo a resistência.
 Existem dois tipos de processos de projeção de concreto, o via seca e
o via úmida...
Características do processo a seco:
• Processo mais utilizado
• Produção elevada de poeira;
• Facilidade de projeção descontínua;
• Menor investimento inicial e maior
disponibilidade de equipamentos;
• Produção menor se comparada ao processo
úmido;
• Equipamentos menores, mais adequados
para tuneis com limitação de espaço;
• Difícil controle da quantidade de agua
incorporada à mistura e
• Reflexão elevada, em média 30%
Características do processo úmido:
• Pequena produção de poeira;
• Melhor controle da relação água/cimento;
• Fácil controle de qualidade
• Elevado investimento inicial
• Baixo custo de manutenção;
• Produção no mínimo duas vezes superior à
do processo via seca;
• Produção contínua;
• A qualidade final é menos dependente da
performance do operador;
• O sistema de bombeamento deve ser
completamente lavado imediatamente após
cada aplicação;
• Baixa reflexão, menor que 10%.
 A dosagem do concreto projetado deve satisfazer os seguintes
critérios:

 Lançabilidade;
 Resistencia a curto prazo;
 Durabilidade;
 Economia
 Os agregados devem ter uma gradação uniforme, dentro dos limites das
normas;
 A utilização de fibra de aço aumenta a capacidade do concreto de absorver
energia durante a ruptura por tração;
 A fibra pode ser usada com vantagem em relação á tela no concreto
projetado: em superfícies irregulares a fibra penetra nas cavidades.
 O uso de robôs para aplicação de concreto via úmida aumenta a
segurança do pessoal e a qualidade do trabalho...
 A concavidade da seção da escavação é importante para a redução
de momentos, quando se quer que o concreto atue como casca
cilíndrica...
 Arcos de aço devem ser usados em condições severas de pressão do
terreno
Junta deslizante em cambotas metálicas TH
Instalação de cambotas metálicas com juntas deslizantes
imediatamente atrás da face.
Uso de enfilagens em túneis
Seções parciais escavadas em
múltiplas etapas.
 Com o avanço da frente a escavação deforma radialmente
 O projeto de sistema de suporte deve levar em conta a interação entre o
elemento de suporte e o maciço rochoso;

 Pequenas deformações são permitidas desde que não atinja valores


elevados acima da resistência da rocha;

 Deformações excessivas provocarão a perda de capacidade de suporte da


rocha, sendo muito tarde a instalação de suportes;

 A rigidez do suporte e o seu tempo de instalação tem influencia importante


no controle de deformação
Interação...
 Suporte 1 é rígido – pode causar
rupturas catastróficas
 Suporte 2 com menor rigidez, mas
aceitável deformação
 Suporte 3 com menos rigidez ainda,
mas se instalado no ponto F pode
funcionar
 Suporte 4 foi instalado tardiamente,
apesar da rigidez ser semelhante ao
suporte 2
Ilustração da influência da rigidez do suporte e
do tempo de instalação em seu desempenho
Seleção de suporte: Sistemas de classificação geomecânica; Análises de interação
maciço-suporte; Análises por equilíbrio-limite de blocos;

Decisões normalmente baseadas em abordagens empíricas ou teóricas.

Plastificação (squeezing) em rochas brandas


Análise da deformação em túneis...

Utilização de soluções analíticas para túnel circular submetido a um campo de


tensões hidrostáticas.
Quando a tensão in situ excede certo valor crítico, uma zona plástica circular e
concêntrica desenvolve-se ao redor do túnel.
Todos os resultados da simulação de Monte Carlo retro citada
que deram origem a curva para Pi = 0.
Ideia de Sakurai aplicada às observações
realizadas durante a construção de
túneis em Taiwan.
Estimativas da capacidade de suportes para túneis
de diferentes dimensões.
Exemplo

Pórfiro altamente alterado


Aparência do túnel em granodiorito de moderada qualidade, no qual nenhum suporte permanente
é necessário.
 Para escavações com contorno irregular, a adição de fibra ao concreto
projetado é mais vantajosa que o uso de tela como armadura;

 As telas colocadas sem concreto tem finalidade de evitar acidentes pela


queda de blocos, mas não contribuem para a estabilização das aberturas;

 Em maciços sujeitos a condições de plastificação (squeezing rock) deve-


se adotar sistemas pesados (cambotas).
 Recomendações:

 Instalar o suporte perto da face logo em seguida a escavação;


 Deve haver um bom contato entre o suporte e a rocha;
 A deformabilidade do suporte precisa ser de tal forma que deva adequar-
se a deformação da rocha;
 Deve prever possível deterioração da rocha ao longo do tempo;
 Evitar a retirada e colocação de reforços;
 Não deve obstruir as atividades extrativas (lavra ou avanço do túnel);
 A rocha deve ser o menos perturbada possível.
Mecânica das Rochas
 Classificação de Bieniawski

O sistema atual de classificação (1984), proposto inicialmente por Bieniawski em 1974,


incorpora princípios de relevância dos fatores envolvidos considerando os seguintes
parâmetros:
 Resistência a compressão simples (índice de compressão pontual).
 RQD
 Espaçamento entre descontinuidades.
 Padrão das descontinuidades
 Ação da água subterrânea.
 Orientação relativa das descontinuidades/escavação.
Método de Bieniawski (RMR)

RMR = R1+R2+R3+R4+R5

A classificação RMR alcança no máximo 100


Palmstrom et al. Sugerem que o índice RQD seja estimado a partir do número
de descontinuidades por unidade de volume, utilizando a seguinte relação

RQD = 115 – 3,3 Jv

Jv – número total de descontinuidades por metro cúbico


Método de Bieniawski (RMR)
R1 15
R5 15
Um total de 30 pontos dos 100 é dado para resistência/tensão
R2+R3+R4 70

Estruturas dominantes
O stand-up time obtido por meio do RMR consiste no tempo em que uma abertura com um dado vão
fica estável sem reforço

Pode ser utilizado para estimar o tempo


antes de colocar o reforço.
Classificação de Barton, Lien El Lunde

 Em 1974, Barton juntamente com pesquisadores do NGI (Norwegian


Geotechinical Institute) propuseram um novo parâmetro ‘Q’, sendo o produto de
funções (condições de fraturas, condições de superfícies e por último condições
de tensões);
 Índice de qualidade do corpo:
 Q = (RQD/Jn)*(Jr/Ja)*(Jw/SRF)
 Valores de ,0001 a 1000

 (RQD./Jn): condições de fraturamento


 RQD: índice geomecânico de Deere

 Jn: número de famílias de fraturas (descontinuidades)


Mecânica das Rochas
 Jr/Ja: condições das superfícies das fraturas
 Jr: índice de rugosidade;

 Ja: alteração nas paredes.

 Jw/SRF: condições de tensão no maciço


 Jw: índice de fluência da água;

 SRF: Stress Reduction Factor

 Os termos da expressão “Q” podem ser interpretados como


parâmetros quantitativos dos efeitos isolados das dimensões dos
blocos; da resistência ao cisalhamento ao longo das superfícies das
juntas e das tensões atuantes “in situ” respectivamente.
RQD = 115 – 3,3 Jv

Jv – número total de descontinuidades por metro cúbico


Índice de alteração (Ja)
Índice do estado de tensão no maciço
Categorias do maciço rochoso de acordo ao valor do índice Q

Bieniawski 1989

Barton 1995
Índice de suporte da escavação ESR (Excavation Support Ratio) depende
do tipo de uso que será dado a escavação.

Sistema Q para classificação dos maciços rochosos e escolha do tipo de suporte

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